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Legislação Trabalhista e Previdenciária 3° encontro

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CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA
Ariane Almeida Senna
2018
 2
NORMAS GERAIS DA TUTELA DO TRABALHO
A CLT estabelece normas que são destinadas à tutela (proteção) do trabalhador. Estas normas dividem-se em normas sobre documentação da vida do trabalhador (anotação do contrato e demais ocorrências na Carteira de Trabalho), à jornada de trabalho (diurna e noturna), aos períodos de descanso e intervalos, às férias e às normas gerais de segurança, medicina e higiene do Trabalho.
IDENTIFICAÇÃO PROFISSIONAL
A Carteira de Trabalho e Previdência Social é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade profissional remunerada.
Em caso de imprestabilidade ou esgotamento do espaço destinado a registros e anotações, o interessado deverá obter outra carteira, conservando-se o número e a série da anterior.
A Carteira de Trabalho e Previdência Social deverá ser devolvida ao empregado, após as anotações pertinentes, no prazo de quarenta e oito horas.
As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma e pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta.
As anotações na CTPS deverão ser feitas nas seguintes hipóteses (além daquele efetuada no ato da admissão do empregado):
a) na data-base;
b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador;
c) no caso de rescisão contratual; e
d) necessidade de comprovação perante a Previdência Social.
A falta de qualquer anotação obrigatória na CTPS sujeita a empresa a imposição de multa pelo Ministério do Trabalho.
A Lei 10.270/2001 alterou a CLT e estabeleceu uma vedação para proteger a honra e a esfera íntima do trabalhador cidadão, qual seja, de que “...é vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social”.
Também nos casos de acidente do trabalho ou constatação de doença do trabalho será obrigatória a anotação na CTPS.
As Carteiras de Trabalho e Previdência Social regularmente emitidas e anotadas servirão de prova nos atos em que sejam exigidas carteiras de identidade, perante a Previdência Social, para o efeito de declaração de dependentes, para cálculo de indenização por acidente do trabalho ou moléstia profissional.
Todas as anotações das Carteiras de Trabalho devem ser efetuadas também nos Livros de Registro de Empregados, que é um documento obrigatório para a empresa e necessário para exibição e inspeção pelos auditores fiscais do Ministério do Trabalho.
3.1.2 – Do Registro do Contrato de Trabalho na CTPS:
De acordo com o art. 41 da CLT, em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos respectivos trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.
A anotação incorreta ou que não corresponda à verdade dos fatos, feita na CTPS, será considerada crime de falsidade, com as penalidades previstas no art. 299 do Código Penal:
I - fazer, no todo ou em parte, qualquer documento falso ou alterar o verdadeiro;
II - afirmar falsamente a sua própria identidade, filiação, lugar de nascimento, residência, profissão ou estado civil e beneficiários, ou atestar os de outra pessoa;
III - servir-se de documentos, por qualquer forma falsificados;
IV - falsificar, fabricando ou alterando, ou vender, usar ou possuir Carteiras de
Trabalho e Previdência Social assim alteradas; e
V - adotar dolosamente em Carteira de Trabalho e Previdência Social ou registro de empregado, ou confessar ou declarar, em juízo ou fora dele, data de admissão em emprego diversa da verdadeira.
DURAÇÃO DO TRABALHO
A CLT estabelece diversas normas sobre a duração do trabalho que significa o mesmo que jornada de trabalho. Tais disposições também integram o conjunto de normas gerais de tutela do trabalho. Nessas hipóteses objetiva-se a proteção da vida, da segurança, da integridade física e da higiene do trabalhador.
A regra geral é que a duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Tal medida foi inserida na CLT pela Lei 10243/2001 e teve o objetivo acabar com as discussões existentes nos processos trabalhistas sobre o tema.
Horários de ida e retorno ao trabalho significa o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte. Isso em regra não é computado na jornada de trabalho. Todavia, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução.
A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. Sobre a hora extra, incidirá um adicional mínimo de 50% sobre o salário da hora normal.
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 
http://administracaoeinovacoes.blogspot.com/2011/07/normas-gerais-de-tutela-do-trabalho.html Acesso em: 29 de set 2018.
http://www.cltlivre.com.br/capitulos_clt/capitulo-ii-da-duracao-do-trabalho/10 Acesso em: 30 de set 2018.
http://www.cltlivre.com.br/capitulos_clt/capitulo-i-da-identificacao-profissional/40 Acesso em: 30 de set 2018.

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