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Subestações Prof. Moacyr Dias de Souza Junior moacyr_dias@yahoo.com.br CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1) Introdução a Subestações Definições; Evolução histórica; Classificação quanto ao: TIPO, FUNÇÂO, NÍVEL DE TENSÃO, INSTALAÇÃO e OPERAÇÃO; Configuração básica dos equipamentos instalados nas subestações; CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2) Barramentos e Diagramas Introdução e definições; Configurações típicas dos barramentos; Diagramas Unifilar, Trifilar, de correntes dos barramentos e de comando e de proteção. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 3) Equipamentos e materiais das Subestações Seccionadores; Disjuntores; Transformadores de Corrente (TC’s); Transformadores de potencial (TP’s); Pára-raios. Bibliografia Básica • D’AJUZ, Ary, Equipamentos Elétricos (especificação e aplicação em subestações de alta tensão): Edições Eletrobrás, Furnas, 1989 - Rio de Janeiro. • CAMINHA, Amadeu C.. Introdução a proteção dos sistemas elétricos. Editora Edgard Blucher Ltda. São Paulo, 1977. • ABNT NBR IEC 62271-100 – Disjuntores de Alta Tensão de Corrente Alternada. • ABNT NBR IEC 62271-102 – Chaves Seccionadoras e de aterramento. 1) Introdução as Subestações A demanda de energia elétrica está diretamente vinculada ao desenvolvimento industrial e econômico mundial, onde as primeiras estações conversoras de energia transformavam as diversas energias em eletricidade para atender o requisitado. Inicialmente a produção de energia elétrica estava próxima a carga, ou seja, o que era gerado passava a ser consumido na proximidade sem necessidade de qualquer conversão. Com o passar do tempo, o emprego de novas fontes de energia e o desenvolvimento de centros industriais e residenciais afastados das usinas, surgiram à necessidade do emprego de Linhas de Transmissão. Com o aumento das distâncias para Transmissão de Energia e Potência, tornou-se mais econômico a transmissão da energia em tensões mais elevadas. O método mais econômico é a Transmissão de Energia em corrente alternada, devido à fácil transformação e a conseqüente obtenção da tensão mais adequada para cada caso. A partir daí, o emprego de subestações tornou-se uma prática na transmissão e distribuição de energia elétrica 1) Introdução as Subestações DEFINIÇÃO 01: O conjunto de instalações elétricas que compreendem equipamentos instalados em ambiente abrigado ou ao tempo, destinado à transformação da tensão, distribuição de energia, seccionamento de linhas de transmissão e, em alguns casos, à conversão de freqüência ou conversão de Vca em Vcc”. 1) Introdução as Subestações DEFINIÇÃO 02: Conjunto de instalações elétricas em média ou alta tensão que agrupa os equipamentos, condutores e acessórios, destinados à proteção, medição, manobra e transformação de grandezas elétricas. Fonte: ANEEL - Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST Resolução Normativa nº 517/2012 (data de vigência – 14/12/2012) http://www.aneel.gov.br/visualizar_texto.cfm?idtxt=18 63 1) Introdução as Subestações observações: Uma subestação pode ser associada a uma central geradora, controlando diretamente o fluxo de potência do sistema ou com transformadores de força, convertendo a classe de tensão para valores usualmente transmissíveis, ou ainda, conectar um número de rotas de fornecimento em um mesmo nível de tensão. Algumas vezes a subestação preenche duas ou mais dessas funções. Basicamente, qualquer subestação consiste de um número de circuitos chegando e partindo, conectados entre si através de uma bara ou sistema de barramento comum. 1) Introdução as Subestações Observações » Atribuições das Subestações: Monitoração do “status” de equipamentos; Medição; Proteção de linha, transformadores, barra, reator, perda de sincronismo, etc; Supervisão das proteções; Religamento automático; Localização de falha na linha; Proteção de falha de disjuntor; Monitoração de sobrecarga; Sincronização; Alarmes em geral; 1) Introdução as Subestações Observações » Atribuições das Subestações: Registro de seqüência de eventos; Oscilografia; Interface com Centros de Operação; 1) Introdução as Subestações EVOLUÇÃO HISTÓRICA: Evolução das Subestações - Edição 39, abril 2009. Revista O Setor Elétrico. 1) Introdução as Subestações Classificação quanto ao TIPO: Subestações de Concessionárias e Industriais. 1.Subestações de Concessionárias: Subestações no Nível de Distribuição; Subestações no Nível de Sub-transmissão; Subestações no nível de Transmissão. 1.Subestações de Concessionárias: Subestações Industrial Receptora; Subestação Industrial de Distribuição. 1) Introdução as Subestações Subestações de Concessionárias - no Nível de Distribuição (1 à 34,5 kV); São planejadas, projetadas e construídas segundo as normas ABNT NBR-14039, relatórios da ABRADEE e Resoluções do ANEEL; Além dessas recomendações, devem obedecer às exigências específicas das distribuidoras de energia (concessionárias) através das ND’s (Normas de Distribuição); Caracterizam-se pelo fornecimento aos consumidores com demandas na faixa de 75 a 2500 kW, tipos residenciais (condomínios), hospitais, pequenos estabelecimentos industriais e setor público (hospitais, escolas, etc) 1) Introdução as Subestações Subestações de Concessionárias - no Nível de Sub- Transmissão (acima de 34,5 à 138 kV); São planejadas, projetadas e construídas segundo as Resoluções do ANEEL e das distribuidoras de energia (concessionárias) através de manuais de instruções específicos para grandes consumidores; Em alguns casos, o nível de 138 kV pode ser atendido pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), dependendo da localização e topologia da subestação; 1) Introdução as Subestações Subestações de Concessionárias - no Nível de Transmissão (acima de 138 kV); Estes níveis de tensão (230, 500 e 750 kV) compõem a chamada “Rede Básica”; A rede básica é administrada pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico); 1) Introdução as Subestações Subestações Industriais - Receptora A SE Receptora (ou SE Principal) tem a sua tensão definida pelo fornecedor da energia (Concessionária ou ONS) em função da topologia do sistema elétrico - rede básica ou não, da demanda contratada e do local onde será instalada; Eventualmente, o consumidor industrial pode ser auto-produtor (dispor de geração própria). Ainda nesse caso, deve-se subordinar às exigências da ANEEL ou ONS onde aplicável; 1) Introdução as Subestações Subestações Industriais – de Distribuição Tratam-se de Subestações internas à planta industrial, com a finalidade de fornecer alimentação às cargas em nível de tensão adequado; Usualmente, esses níveis de tensão situam-se entre 2,4 e 34,5 kV; 1) Introdução as Subestações Classificação quanto a FUNÇÃO: 1.Transformação: Elevadora ou Abaixadora; 2.Seccionadora, de Manobra ou de Chaveamento; 3.Reguladora; 4.Conversora. 1) Introdução as Subestações Transformação: alteração nos níveis de tensão para adequá- las a transmissão, distribuição e consumo. 1 – SE Elevadora: localizadas em saídas de usinas, utilizadas para elevar a níveis de tensão para transmissão e sub- transmissão. 2 – SE Abaixadora: Localizadas normalmente no final de um sistema de transmissão, próximas aos centros de carga, ou de suprimento a uma indústria. 1) Introdução as Subestações Seccionadora, de Manobra ou de Chaveamento: Conexão e desconexão de componentes do sistema de transmissão ou distribuição, para orientar fluxo de energia e isolar partes com defeitos. Regulação: Regular os níveis de tensão de modo a mantê-los nos limites aceitáveis e admissíveis, isso através do emprego de equipamentos de compensação tais como reatores, capacitores, compensadores estáticos, etc. Conversora: Associadas a sistemas de transmissão em CC (SE Retificadorae SE Inversora). Assim, estas são destinadas para atuar na modificação de freqüência ou corrente alternada para contínua e vice-versa. 1) Introdução as Subestações Classificação quanto ao NÍVEL de TENSÃO: SE de MT: tensão nominal de 1 kV à 69 kV; SE de AT: tensão nominal de 69 à 230 kV; SE de EAT: tensão nominal acima de 230 kV. 1) Introdução as Subestações Classificação quanto a INSTALAÇÃO: Subestação Externa ou ao tempo: equipamentos expostos ao tempo; Subestação Interna ou abrigada: equipamentos instalados em lugares abrigados (edificação ou câmera subterrânea), podendo ser cubículos metálicos, subestações isoladas a gás (SF6); 1) Introdução as Subestações Classificação quanto a OPERAÇÃO: Subestações com operador: supervisão (SDSC) e operação local ; Subestações semi-automáticas: sistema automatizado ou intertravamentos eletro-mecânico que impedem operações indevidas; Subestações automatizadas: supervisionada a distância sem auxílio de operação local; 1) Introdução as Subestações Configuração básica dos equipamentos instalados nas subestações As subestações são compostas por conjuntos de elementos, com funções específicas no SEP, denominados de vãos (bays) que permitem a composição da subestação em módulos . Os bays que usualmente compõem as subestações são: barra, entrada ou saída de linha, transformação, banco de capacitor ou vão de regulação e interligação de barras. 1) Introdução as Subestações GESTÃO DE PROJETOS: Planejamento da expansão do sistema de transmissão. A expansão do sistema de transmissão é apresentada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) no Programa de Expansão da Transmissão (PET) e no Plano Decenal (PD) e pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) no Plano de Ampliações e Reforços (PAR). ONS-» http://apps05.ons.org.br/procedimentorede/procedimento_rede/procedimento_ rede.aspx 1) Introdução as Subestações O PET e o PD elaborado pela EPE após estudos de planejamento de longo prazo, e o PAR elaborado pelo ONS após estudos das necessidades de curto prazo da rede elétrica, indica as linhas de transmissão e subestações necessárias para a prestação dos serviços de transmissão de energia elétrica pela Rede Básica (RB). Todos esses planos são analisados e consolidados pelo Ministério de Minas e Energia (MME), resultando num conjunto de empreendimentos de transmissão necessário para o atendimento do sistema no período considerado. Com base nestas informações, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) prepara os editais para os leilões das novas instalações de transmissão. 1) Introdução as Subestações GESTÃO DE PROJETOS: Premissas no Plano DECENAL. O Plano DECENAL apresenta as premissas de crescimento da demanda de energia e a expansão do parque gerador, bem como as premissas demográficas, macroeconômicas e setoriais, que foram consideradas no planejamento, caracterizando assim o cenário nacional e internacional, em que foram analisadas e selecionadas as alternativas de expansão do sistema elétrico.. 1) Introdução as Subestações GESTÃO DE PROJETOS: Premissas no Plano DECENAL – OBSERVAÇÕES. As variáveis econômicas, tais como a taxa de crescimento da economia, possuem impactos relevantes sobre a projeção do consumo de energia. A exemplo disto destaca-se o peso que a evolução do setor industrial possui sobre autoprodução de eletricidade. A análise do consumo de energia depende também de estudos prospectivos setoriais. 1) Introdução as Subestações GESTÃO DE PROJETOS: Premissas no Plano DECENAL – OBSERVAÇÕES. Da mesma forma, os indicadores demográficos possuem impactos relevantes sobre o consumo de energia. Como exemplo, a perspectiva de evolução da relação habitante/domicílio, variável fundamental para a projeção do consumo residencial de energia.. 1) Introdução as Subestações GESTÃO DE PROJETOS: Metodologia de Composição das unidade modulares de Subestações. Os planos de expansão são analisados e consolidados pelo Ministério de Minas e Energia (MME), resultando num conjunto de empreendimentos de transmissão necessário para o atendimento da carga do Sistema Interligado Nacional (SIN). Com base nestas informações, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) prepara os editais para os leilões das novas instalações de transmissão. Realizados os leilões e definidos os vencedores, estes deverão assinar os respectivos contratos de concessão. O contrato de concessão exige a apresentação de orçamento que deve ser utilizado pela empresa como referência para implantação das instalações correspondentes. 1) Introdução as Subestações GESTÃO DE PROJETOS: Metodologia de Composição das unidade modulares de Subestações. Vantagem da apresentação de orçamento → possibilidade de estabelecer faixas de valores de preços por nível de tensão, tanto para as Receitas Anuais Permitidas (RAP), como para os diversos tipos de subestações e equipamentos. Estes indicadores são importantes para o estabelecimento da estratégia econômica na formulação dos lances do leilão. Observa-se que a elaboração destes orçamentos deve levar em consideração as características de cada subestação especificada no edital, tais como tensão, potência de transformação, correntes nominais e de curto-circuito, níveis de isolamento, arranjo do barramento e condições ambientais da região (vento, temperatura ambiente, etc). 1) Introdução as Subestações GESTÃO DE PROJETOS: Metodologia de Composição das unidade modulares de Subestações. Objetivando estabelecer padronização de conceitos e valores, a ANEEL apresenta metodologia para elaboração do orçamento e para a formação e atualização de banco de preços dos diferentes tipos de subestações e equipamentos. Este item visa apresentar, de forma resumida, as premissas básicas desta metodologia e preços estimativos de alguns equipamentos. A metodologia indicada pela ANEEL para elaboração de orçamentos de subestações é baseada no conceito de modulação. Os módulos são detalhados e quantificados com base em materiais, equipamentos e serviços necessários à execução do empreendimento. A Resolução Homologatória ANEEL nº 758, de 6 de janeiro de 2009, apresenta esta metodologia. 1) Introdução as Subestações GESTÃO DE PROJETOS: Metodologia de Composição das unidade modulares de Subestações. Neste sentido, o banco de preços de referência ANEEL utiliza igualmente o conceito de modulação em que a subestação é subdividia em unidades menores, as quais representam setores bem definidos em termos funcionais, operacionais e físicos. Esta concepção de modulação da subestação facilita as estimativas de sua expansão, caso típico de autorização de reforços em instalações de transmissão, por trazer o detalhamento físico e respectivo orçamento dos módulos a serem utilizados no empreendimento, conferindo maior flexibilidade na elaboração de orçamentos. 1) Introdução as Subestações GESTÃO DE PROJETOS: Metodologia de Composição das unidade modulares de Subestações. Pela metodologia uma subestação é composta por todos os módulos necessários ao seu funcionamento, como módulos de entradas de linha, de conexão de tensão e do tipo de arranjo, subdividem-se em três tipos: Módulos de infraestrutura, Módulo de manobra e Módulo de Equipamento. → Módulo de infraestrutura → consiste no conjunto de todos os itens (bens e serviços) de infraestrutura comuns à subestação, tais como terreno, cercas, terraplanagem, pavimentação, iluminação do pátio, proteção contra incêndio, abastecimento de água, redes de esgoto, malha de terra e cabos para-raios, canaletas, edificações, serviço auxiliar, etc. 1) Introdução as Subestações GESTÃO DE PROJETOS: Metodologia de Composição das unidade modulares de Subestações. Módulo de Manobra → consiste no conjunto de equipamentos, materiais e serviços à implantação dos setores de manobra; Módulo de Equipamento → é composto pelos equipamentosprincipais da subestação e pelos materiais e serviços necessários a sua instalação. 1) Introdução as Subestações GESTÃO DE PROJETOS: Itens que compõem o orçamento de subestações. Custo Direto → compreende as despesas com aquisição de equipamentos, materiais e serviços de construção, montagem eletromecânica, canteiro de obras, comissionamento, engenharia e administração local. → montagem eletromecânica → compreende o somatório das despesas de montagem (mão de obra e fornecimento de materiais de instalação e consumo) dos diversos equipamentos e materiais. 1) Introdução as Subestações GESTÃO DE PROJETOS: Itens que compõem o orçamento de subestações. Comissionamento → compreende todas as despesas para a aceitação do empreendimento, incluindo ensaios e inspeções dos equipamentos e instalações no campo que permitirão a sua operação comercial. Foi estipulado um percentual de 2% sobre o valor de aquisição de equipamentos, materiais e serviços de construção. 1) Introdução as Subestações GESTÃO DE PROJETOS: Itens que compõem o orçamento de subestações. Engenharia → inclui despesas com topografia, projetos básicos e executivo, atividades de inspeção de fornecimento e fiscalização de projeto. Estipula-se um percentual de 1% sobre o valor de aquisição de equipamentos, materiais e serviços de construção. Administração Local → inclui despesas com a fiscalização direta da obra. Corresponde a 2% sobre o valor de aquisição de equipamentos, materiais e serviços de construção. 1) Introdução as Subestações GESTÃO DE PROJETOS: Itens que compõem o orçamento de subestações. Eventuais → Compreende um valor do orçamento estimado sobre os custos diretos, a fim de cobrir imprevistos que venham a acontecer durante a execução do empreendimento. Estipula-se um percentual de 3% sobre o valor do custo direto. Custo Indireto → Compreende as despesas com a administração central e/ou local de empreendimento, contabilizados através de rateio proporcional. Foi estipulado um percentual de 2% sobre o valor do Custo Direto. 1) Introdução as Subestações GESTÃO DE PROJETOS: Itens que compõem o orçamento de subestações → OBSERVAÇÕES. A elaboração dos orçamentos de subestações deve levar em consideração as características especificadas no edital, tais como tensão, potência de transformação, correntes nominais e de curto-circuito, níveis de isolamento, arranjo do barramento e condições ambientais da região (vento, temperatura ambiente, etc). A ANEEL apresenta metodologia para elaboração do orçamento e para a formação e atualização de banco de preços dos diferentes tipos de subestações e equipamentos. A metodologia para a elaboração de orçamentos de subestações é baseada no conceito de modulação. Os módulos são 1) Introdução as Subestações GESTÃO DE PROJETOS: Itens que compõem o orçamento de subestações → OBSERVAÇÕES. Detalhados e quantificados com base em materiais, equipamentos e serviços necessários à execução do empreendimento. Para formação do banco de preços de equipamentos, a ANEEL estabelece valores para as cinco regiões geográficas (Norte, Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste) de modo a atender às diferenças regionais em termos de clima, relevo, vegetação, solo, transporte, mão de obra, etc, que implicam a adoção de diferentes critérios de projetos e, consequentemente, de parcelas de custos distintas. 2) Barramentos e Diagramas DEFINIÇÃO → Arranjo de Barramento: É a forma de conexão entre linhas, transformadores e cargas de uma subestação. INTRODUÇÃO: A seleção criteriosa da configuração de barra da futura subestação é um fator essencial para o sistema elétrico. Ao longo da vida útil da subestação, o sistema no qual ela está inserida sofrerá as consequências desta escolha. Se a configuração de barra estiver aquém das necessidades do sistema, pode-se fragilizá-lo, se estiver além haverá investimentos ociosos. Portanto, a decisão sobre qual 2) Barramentos e Diagramas configuração de barra utilizar em uma dada subestação e a sua evolução ao longo do tempo é uma das tarefas mais importantes para a inserção de uma nova subestação no sistema elétrico. 2) Barramentos e Diagramas Podem-se dividir as configurações de barra de subestações em dois grandes grupos: o primeiro, das configurações com conectividade concentrada. Neste grupo estão, por exemplo, as configurações em barra simples e as configurações do tipo barra dupla disjuntor simples. Umas das principais características das configurações deste grupo é que as contingências simples externas a elas, no geral, são menos severas do que as contingências simples internas à subestação, onde normalmente ocorre grande perda de circuitos. 2) Barramentos e Diagramas O segundo grupo é o das configurações em conectividade distribuída. Neste grupo estão, por exemplo, as configurações em anel simples e eme barra dupla com disjuntor e meio. Neste grupo, as contingências simples externas ou internas, normalmente, não provocam grande perda de circuitos, porém as contingências duplas podem provocar grandes perdas de circuitos, bem como a formação de ilhas elétricas no sistema. 2) Barramentos e Diagramas Critérios Técnicos para escolha do Arranjo de Barramento: •Segurança do sistema elétrico; •Flexibilidade operativa; •Condições para limitação dos níveis de curto- circuito; •Simplicidade do sistema de proteção; •Baixo custo de instalação. 2) Barramentos e Diagramas Segurança do sistema elétrico: No planejamento de um sistema elétrico é fundamental a definição de requisitos a serem atendidos pelas subestações para que a segurança do sistema seja obtida. Estes requisitos devem certamente considerar que nenhuma subestação será totalmente confiável. O arranjo ideal é aquele que para qualquer falha interna resultasse sempre na possibilidade de eliminação da mesma sem perda da interligação do sistema elétrico, e para qualquer falha no sistema elétrico apenas e exclusivamente o elemento afetado 2) Barramentos e Diagramas é isolado. Isto é impossível de ser alcançado, porém pode-se chegar bem próximo. Considerando este conceito pode-se dizer que, do ponto de vista de falha externa, os arranjos mais adequados seriam aqueles que têm disjuntores distintos para cada circuito e para falhas internas, aqueles que têm duplicação das possibilidades de interligação dos circuitos. Um arranjo que praticamente satisfaz estas condições é o arranjo chamado de disjuntor duplo e barra dupla. Neste arranjo são duplicadas as possibilidades de interligação dos circuitos e cada circuito tem disjuntores distintos para sua isolação. 2) Barramentos e Diagramas Porém, por ser necessária a abertura de dois disjuntores, a probabilidade não ser bem sucedida a isolação da falha externa é maior. 2) Barramentos e Diagramas Flexibilidade Operativa: Significa poder repartir as cargas ativas e reativas de acordo com as necessidades dos sistema. Assim, deve ser possível agrupar os circuitos para que sejam obtidas as melhores condições de regulação, tanto em condições de operação normal quanto em condições de emergência. Nestas condições, os arranjos com barramentos múltiplos, onde estão incluídos os do tipo “disjuntor e meio” e “duplo disjunto, são superiores aos arranjos em anéis. 2) Barramentos e Diagramas Alguns arranjos neste caso são de difícil visualização pelo operador e em outros , quando de rejeições de carga, exigem um número maior de manobras, pois as mesmas devem ser realizadas em sequências bem definidas. Deve-se ainda considerar que, quando se faz o uso da flexibilidade, pode-se também estar reduzindo a segurança operativa da instalação. Um exemplo disto, são os arranjos em anel ou do tipo “disjuntor e meio” onde, para obtenção da segurança, deve-se operar com todos disjuntores fechados. Entretanto, quando se faz uso da flexibilidade, parte dos disjuntores estão abertos.2) Barramentos e Diagramas Limitação do Nível de Curto-Circuito: Sendo a vida útil de uma subestação de pelo menos 25 anos, e considerando que no planejamento de um sistema elétrico nem sempre é possível prever sua estrutura para prazos superiores a 10 ou 15 anos, é provável que em algumas subestações os níveis de curtos-circuitos para os quais a mesma foi dimensionada, sejam superados após um determinado período de operação. 2) Barramentos e Diagramas Um aspecto portanto a ser levado em conta na escolha do arranjo de barramento seria a possibilidade de, através de seccionamento do mesmo, manter os níveis de curto- circuito no local, dentro da capacidade dos equipamentos. 2) Barramentos e Diagramas Simplicidade do sistema de proteção: Um sistema de proteção simples é fundamental para o bom funcionamento da instalação e sua simplicidade é proporcional à simplicidade dos arranjos de barramentos. Sistemas de proteção complexos implicam em maiores possibilidades de falhas. Arranjos de barramentos com múltiplas barras, quando se pretende sua plena utilização, resultam em sistemas de intertravamentos complexos que podem comprometer o bom funcionamento da instalação. 2) Barramentos e Diagramas Sistemas nos quais cada disjuntor pode pertencer a mais de uma zona de proteção também são mais complexos. É fundamental portanto que, na escolha de um arranjo de barramentos, se avalie corretamente os benefícios de uma solução complexa com grande flexibilidade operativa, comparada à complexidade inerente ao seu sistema de proteção. Na medida em que se adotam sistemas automáticos de restabelecimento de serviço nos circuitos defeituosos (religamento e outros), mais importante se torna a simplicidade do arranjo. 2) Barramentos e Diagramas Baixo custo de instalação: Está diretamente ligada a complexidade do arranjo de barramento. 2) Barramentos e Diagramas Principais Arranjos utilizados no Brasil: •Barra simples; •Barra principal e barra de transferência; •Barra dupla com “by-pass”; •Barra dupla com barra de transferência; •Disjuntor e meio; •Anel duplo ou interligado. 2) Barramentos e Diagramas Barramento Simples: todos os circuitos conectam-se a uma única barra com um único disjuntor para cada circuito. 2) Barramentos e Diagramas Vantagens: Instalações extremamente simples; Manobras simples, normalmente ligar e desligar circuitos alimentadores; Custo reduzido; 2) Barramentos e Diagramas Desvantagens: Falha no barramento ou num disjuntor resulta no desligamento da subestação (baixa confiabilidade); A manutenção do barramento ou qualquer outro circuito não pode ser realizada sem a completa desenergização da subestação (baixa flexibilidade operativa); 2) Barramentos e Diagramas Barramento Principal e de Transferência: nesse esquema utilizam-se duas barras, onde as linhas são conectadas na barra principal e, em caso de manutenção ou falha, usa-se a barra de transferência. 2) Barramentos e Diagramas Vantagens: Custo de instalação baixo; Maior flexibilidade operativa; Desvantagens: Requer disjuntor extra para conexão com a outra barra; Falha no barramento combinado ao disjuntor de transferência, resulta em falha da subestação; 2) Barramentos e Diagramas Barramento Duplo: parecido com o arranjo do barramento principal e transferência, mas nesse caso as cargas são divididas entre as duas barras. 2) Barramentos e Diagramas Vantagens: Permite melhor flexibilidade com ambas as barras em operação; Qualquer uma das barras poderá ser isolada para manutenção; 2) Barramentos e Diagramas Desvantagens: Requer disjuntor extra (de transferência) para a conexão da outra barra; São necessários três chaves por circuito; 2) Barramentos e Diagramas Barramento de disjuntor e meio: são três disjuntores em série ligando uma barra dupla, sendo que cada dois circuitos são ligados de um lado e outro do disjuntor central de um grupo. Três disjuntores protegem dois circuitos (isto é, existem 1½ disjuntores por circuito) em uma configuração com dois barramentos. 2) Barramentos e Diagramas Vantagens: Maior flexibilidade de manobra; Falha nos disjuntores adjacentes às barras retiram apenas um circuito de serviço; Falha num dos barramentos não retira circuitos de serviço; Desvantagens: Custo maior comparado as outras configurações; 2) Barramentos e Diagramas 2) Barramentos e Diagramas 2) Barramentos e Diagramas Arranjo de Barramento baseado na indisponibilidade. Um artifício técnico para estudo e constatação do melhor Arranjo de Barramento a ser empregado numa subestação é a taxa de falha ( ) e o tempo de reparo ( ), onde estes dois multiplicados resultam na indisponibilidade do sistema, ou indisponibilidade de atendimento a um grupo de consumidores. Isso multiplicado a valores, apresenta uma quantificação para justificar investimentos em Arranjos de Barramentos, cujo critério técnico é segurança do sistema. r 2) Barramentos e Diagramas Definições: Taxa de falha: representa o número de vezes que um componente falhou em um dado período de tempo, dividido pelo tempo total em que o componente permaneceu em operação [falha ⁄ ano]; Tempo de Reparo: é definido como o tempo necessário para que um determinado componente, em estado de falha, seja substituído ou reparado e posteriormente recolocado em operação [horas ⁄ falha]; Indisponibilidade: é a fração de tempo que um componente ou sistema está fora de serviço devido a falhas ocorridas durante um intervalo de tempo adotado [horas ⁄ ano]; 2) Barramentos e Diagramas Topologia Série e Paralelo: Os equipamentos podem ser representados, topologicamente, através de conexões em série e paralelo. Primeiramente usa-se equações para o agrupamento de componentes em paralelo, e posteriormente as equações para o agrupamento em série. Sistema Série do ponto de vista da confiabilidade, um conjunto de componentes constitui um sistema série, se para o mesmo funcionar, todos os componentes devem, obrigatoriamente, estar em funcionamento; 2) Barramentos e Diagramas Dado os componenetes A e B, conforme figura abaixo. A taxa de falha equivalente para este sistema é dado por. Já o tempo médio de reparo equivalente. BAS BA BBAA S rr r .. 2) Barramentos e Diagramas Dessa forma, pode-se deduzir que a taxa de falha e o tempo médio de reparo, para um sistema de n componentes, são expressos, respectivamente por: n i iS 1 n i i n i ii S r r 1 1 . 2) Barramentos e Diagramas Utilizando os conceitos de freqüência e duração, a indisponibilidade (Us) pode ser calculada como: SSS rU 2) Barramentos e Diagramas Sistema Paralelo do ponto de vista da confiabilidade, um conjunto de componentes constitui um sistema paralelo, se para o mesmo funcionar, é necessário que apenas um dos componenetes esteja em funcionamento. 2) Barramentos e Diagramas A taxa de falha equivalente para este sistema é dado por. Já o tempo médio de reparo equivalente. BABAP rr .. BA BA P rr rr r 2) Barramentos e Diagramas Utilizando os conceitos de freqüência e duração, a indisponibilidade (Up) pode ser calculada como: ppp rU 2) Barramentos e Diagramas Método dos Conjuntos Mínimos de Corte: É o conjunto de ramos ou componentes do sistema que , quando se encontram simultaneamente fora de operação, causam falha do sistema. Contudo, se um dos componentes do conjunto volta a operar, o sistema também retorna à operação. É possível definir para um determinado sistema, vários conjuntos mínimos de corte. 2) Barramentos e Diagramas Cortes de 1º Ordem: É considerado corte de 1º ordem um componente ou ramo que se estiverfora de operação, acarreta perda de continuidade de serviço para o ponto de carga de interesse. Cortes de 2º Ordem: É considerado corte de 2º ordem dois componentes ou ramos que, se estiverem simultaneamente fora de operação, acarretam perda de continuidade de serviço para o ponto de carga de interesse. 2) Barramentos e Diagramas Exemplo: comparação de dois arranjos (barra simples e arranjo em anel): 1 - Aplicação do Método de Conjunto Mínimo de Corte para atendimento da LT1, com o Arranjo em ANEL. 2) Barramentos e Diagramas Possíveis caminhos para operação da LT1. LT1 Elementos A B1 – S3 – D2 – S4 – B2 B B3 – S7 – D4 – S8 – B2 C B1 – S2 – D1 – S1 – B4 – S5 – D3 – S6 – B3 – S7 – D4 – S8 – B2 D B3 – S6 – D3 – S5 – B4 – S1 – D1 – S2 – B1 – S3 – D2 – S4 – B2 2) Barramentos e Diagramas Tabela de Cortes. Cortes de Primeira Ordem { B2 } Obs.: a falha de B2 acarretará no não atendimento da LT1, independente do caminho adotado (A, B, C ou D). Cortes de Segunda Ordem {S4 ; S7}, {S4 ; S8}, {S4 ; D4}, {D2 ; S7}, {D2 ; S8}, {D2 ; D4}, {S3 ; S7}, {S3 ; S8}, {S3 ; D4}. Obs.: Se falhar S4 e S8, a LT1 ficará fora de operação. Cortes S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 D1 D2 D3 D4 B1 B2 B3 B4 A 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 0 B 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 1 1 0 C 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 D 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1 2) Barramentos e Diagramas Considere os dados de taxa de falha e tempo médio de reparo para os equipamentos, conforme tabela abaixo: Assim, a taxa de falha total para a condição apresentada pelo exemplo será: Da mesma forma, o tempo médio de reparo total será: Taxa de falha (falha ⁄ ano) Tempo Médio de Reparo (horas ⁄ falha) Disjuntor 0,5 2,0 Seccionadora 0,2 0,5 Barra 0,5 0,05 4383134282724484742 DSSSSSDDSDSDDSSSSSBTotal Total DDDDDSDSDSDSDSDSSSSSSSSSDSDSSSSSSSSSBB Total rrrrrrrrrr r 24242828272744448484747443438383131322 2) Barramentos e Diagramas 4,0 0,25,0 0,25,0 25,00,25,05,02,0 25,0 5,05,0 5,05,0 04,05,05,02,02,0 82724443 82724443 84748373 84748373 DS DS SD DSDSSD SDSDSDDSDS SDSDSDDSDS SS SS SS SSSSSS SSSSSSSSSS SSSSSSSSSS rr rr r rr rrrrr rr rr r rr rrrrr 2) Barramentos e Diagramas 0,1 0,20,2 0,20,2 0,10,20,25,05,0 42 42 DD DD DD DDDDDD DDDD DDDD rr rr r rr rr 2) Barramentos e Diagramas 66,20,125,0404,045,0 44 2 4383134282724484742 Total DDSDSSBTotal DSSSSSDDSDSDDSSSSSBTotal Total DDDDDSDSDSDSDSDSSSSSSSSSDSDSSSSSSSSSBB Total rrrrrrrrrr r 24242828272744448484747443438383737322 55,0 66,2 465,144 22 Total DDDDSDSDSSSSBB Total rrrr r 2) Barramentos e Diagramas 463,155,066,2 rU 2) Barramentos e Diagramas 2 - Aplicação do Método de Conjunto Mínimo de Corte para atendimento da LT1, com Barra Simples. Obs.: todos os elementos estão em série, logo só teremos cortes de primeira ordem, ou seja, existe somente um único caminho para atendimento da LT1. 2) Barramentos e Diagramas Assim, a taxa de falha total para a condição apresentada pelo exemplo será: Da mesma forma, o tempo médio de reparo total será: 4231211 SDSBSDSTotal Total SSDDSSBBSSDDSS Total rrrrrrr r 44223311221111 2) Barramentos e Diagramas 3,22,05,02,05,02,05,02,0 4231211 Total SDSBSDSTotal 025,005,05,0 0,10,25,0 1,05,02,0 11 2211 44332211 44223311221111 BBBB DDDDDD SSSSSSSSSS Total SSDDSSBBSSDDSS Total rr rrr rrrrr rrrrrrr r 2) Barramentos e Diagramas 054,1 3,2 025,00,121,0424 44223311221111 Total Total BBDDSS Total Total SSDDSSBBSSDDSS Total r rrr r rrrrrrr r 4242,2054,13,2 rU 2) Barramentos e Diagramas Exemplo 02: Dado o diagrama unifilar abaixo, monte a tabela com os possíveis caminhos para atendimento da carga (B7), monte a tabela de cortes e calcule a taxa total de falha e o tempo total de reparo. Considere os valores de taxa de Falha e tempo de reparo na tabela abaixo. Taxa de falha (falha ⁄ ano) Tempo Médio de Reparo (horas ⁄ falha) Disjuntor 0,5 2,0 Seccionadora 0,2 0,5 Barra 0,5 0,05 2) Barramentos e Diagramas Diagrama elétrico: É a representação de uma instalação elétrica (equipamentos, condutores e dispositivos) ou parte desta através de símbolos gráficos definidos em normas nacionais e / ou internacionais. Os diagramas elétricos podem ser subdivididos em: diagrama unifilar, trifilar, funcional e diagramas lógicos. 2) Barramentos e Diagramas Diagrama Unifilar: No diagrama unifilar estão geralmente apresentados todos os principais equipamentos elétricos de uma subestação, tais como: transformadores, disjuntores, chaves, pára-raios, etc., bem como as ligações dos circuitos entre os equipamentos.. A ligação dos circuitos entre os equipamentos são representados por um único traço, ou seja, uma única fase, onde este varia de cor conforme o nível de tensão. 2) Barramentos e Diagramas 2) Barramentos e Diagramas Diagrama Trifilar: De forma similar ao digrama unifilar, este também tem como foco a representação dos equipamentos de potência (principais equipamentos contidos na subestação), mas neste caso a representação é realizada através de três traços (três fases). 2) Barramentos e Diagramas 2) Barramentos e Diagramas Diagrama funcional: Para representação da medição, controle, comando e proteção realizada pelos equipamentos de potência, representados nos diagramas unifilar e trifilar, este tipo de diagrama detalha o endereçamento de bornes, fiação e terminais. Diagrama Lógico: Representa de forma macro a atuação de proteção e automação onde envolve principalmente controladores lógicos. 2) Barramentos e Diagramas 2) Barramentos e Diagramas
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