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Fichamento Paz e Guerra Entre as Nações - Capitulo III - ARON

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Fichamento
Paz e Guerra entre as Nações - Capitulo III
Para Clausewitz, as unidades políticas esforçavam-se por impor sua vontade sobre as outras, o que para ele era a guerra.
É fácil indicar o porquê do início de uma guerra, sendo ele a anexação de um território (Franca com Alsácia-Lorena) ou reinvindicações de territórios (Italianos sobre territórios dos Habsburgos), portanto, ao não proclamar os seus interesses por trás da guerra, pode causar maiores temores e perigos, como no Reich Alemão. Portanto, há a discussão sobre os Objetivos dos Estados
Objetivos eternos
Unidades políticas são rivais pois são autônomas, só contam consigo mesmas.
Hobbes - apresenta o primeiro objetivo com a análise do estado natural. Para ele a segurança era o objetivo primordial, pela sobrevivência. Quanto mais cruel é a guerra, mais os homens anseiam por segurança. 
A segurança pode ser fundamentada na fraqueza do outro ou na própria força. A relações de força ajudam no alcance da segurança. Porém, maximização de recursos não necessariamente ajuda na segurança, pode desencadear um dilema de segurança. E também esse aumento de força pode causar um enfraquecimento relativos, os aliados passam a ser neutros e os neutros, inimigos, pelo medo. Uma Conduta racional poderia ser determinada as unidades caso a segurança fosse o objetivo prioritário. Porém, alguns aceitam o risco de morte por um objetivo especifico. Alguns estados são assim pois querem força para serem temidos, respeitados. 
Há uma certa dificuldade devido a elação entre força e segurança devido a ideia de mais forte, menos ataques, mais segurança. 
Também falam de glória. Humes falava que a luta pela glória é a luta por potência. Ter glória é ser reconhecido, admirado.
Vontade absoluta - paz ditada pelo vencedor (soberanamente) esquecendo o objetivo político e manifestando o desejo pela glória. Glória é uma ideia vazia, ser cheio de glória é ser satisfeito com o que os outros pensam de você. É algo inacessível, enquanto a ideia é algo pré difundido, determinado.
Portando, as unidades políticas buscam segurança e força ou producaram ser respeitadas – força é algo material
Clemenceu: Segurança
Napoleão: Potencia, força, queria ter domínio sobre a Europa, ser reconhecido, sabia que aparência não é suficiente para coagir os estados
Luiz XIV – Gloria, queria ser o maior, rei sol
Coletividade – três estágios de “poder” – território: naturalmente já possui um território, e ao julgar esse insuficiente, vai atrás de outro, o que pode causar conflitos. Súditos: quanto mais súditos, mais forte é. Propagação da fé. Isso se resume a Espaço, Homens e Ideias 
Ao conquistar um território, ela é mútua em relação a novo espaço e mais habitantes. As cruzadas só queriam fazer novamente alguns lugares como lugares santos, não almejavam novos crentes.
Para chefes idealistas, o triunfo da fé e difusão de ideias podem ser concebidos como o objetivo verdadeiro da ação. 
Essa expansão territorial e de recursos (sendo esses humanos ou materiais) constituem elementos de força e segurança, e as vezes da glória), porém não necessariamente, a conquista de um território está ligada a esses, como a Franca e Alsácia-Lorena.
As minorias ativas liderantes querem pertencer a unidade de escolha, não aquela que te governa pois te conquistou. A Europa cedeu tal vontade, as transferências da população marcam o primado da nação sobre o território. 
As religiões dirigentes a humanidade e a salvação, porém, quando armam para conquistar fieis, o projeto não tem fim até dominar o mundo (Islamismo extremo) As guerras mais humanas são as mais desumanas pois são as mais impiedosas.
Terceira série ternária – Coração, corpo e espirito.
A acumulação de força (território, população, segurança...), essa acumulação de recursos é para viver resguardados do perigo ou prontos para enfrentar. 
Amos próprio das unidades políticas as vezes mais suscetíveis do que as dos indivíduos. Ela só se sentiria segura sem nenhum adversário.
Os conquistadores de territórios justificam suas aventuras pela prosperidade do seu povo, enquanto, na realidade é um pretexto, pois quere, a potência como um instrumento para alcançar a glória. 
Objetivos Históricos
A teoria dos objetivos compreende diversidade histórica. 
Objetivos dos estados estão reunidos nas duas séries ternarias ou aos três termos da última séria abstrata de técnica militar ou econômica de origens institucional ou ideológica.
Sempre houve disputa pelo espaço. As coletividades o dividem para membros mas a soberania não é admitida pelas outras coletividades, não podem haver várias soberanias desses respectivos novos territórios. 
Não existem tantas disputas territoriais como antigamente, porém, quando há, são igualmente brutas, como a disputa pela Palestina. 
Argélia – Nem mesmo os conquistadores (guerreiros e estadistas) sabiam o porquê da conquista desse território. Uns acreditavam que era para diminuir o risco com a pirataria, alegando que seu domínio deixaria o mediterrâneo mais seguro. Enquanto outros, falavam da possibilidade de colonização. Porém, a hipótese mais correta é de que foi para aumentar o espaço e população francesa (deixando mais “forte”) e pelas vantagens econômicas dadas pela garantia de mão de obra, matérias primas, mercado consumidos. Porém, são argumentos sujeitos a lei das transformações 
É um espaço precioso quando está vazio ou mal povoado, bom para o aumento da população e do território.
Com a diminuição da natalidade e da mortalidade, os europeus passam a migrar para a américa do norte no século XIX, em dois séculos, passam de 65 mil canadenses franceses para 5 milhões. 
Apropriação de territórios povoados é algo que causa muitos conflitos, porém, em uma época onde a oligantropia (escassez de homens) era muito temida, acabou sendo praticada, pois aumenta a produção e a população. Isso era discordado pelos economistas liberalistas, (intercâmbio comercial sem fronteiras). Acreditavam que trazia despesas administrativas sem benefício suplementar. Porém, não há dúvida de que eram vantajosas, pois facilitava em relação a mão de obra, mercado consumidor e exército. Esses concordavam:
Direita colonialistas – justificava em termos de missão civilizadora
Marxismo – porem denunciavam a exploração (causa e finalidade do imperialismo)
A argumentação liberalista voltou a ser aceita pós segunda guerra por motivos políticos e econômicos.
Colônias não comportavam o povoamento – Igualdade dos povos levava ao direito de independência (se separar da metrópole)
Colonização era possível – princípio da igualdade individual proibia tratamento inferior (índios)
Porém, com o tempo, foi decidido que a descolonização era mais vantajosa, do que manter, levanto em conta vantagens e custos. Começou com a Grã-Bretanha, seguida da Franca, obrigada. Porém, essa passagem de soberania poderia ser algo arriscado, porém, ainda era mais vantajoso.
Vencidos são conquistados, não tem razão.
Quando a cidadania era algo menor, o número de súditos e escravos podia aumentar sem que o número de cidadãos aumentasse. O povo imperial mantinha a liberdade de conceder ou recusar cidadania. 
Roma – População submetida a Roma, mas não era civilização.
Franca – Acreditava ser mais forte quando tem mais território e súditos. Desejo do homem de obedecer era quase sempre inexistente. 
Há a ideia de que para ter paz, tem que aceitar o que a igreja fala. Muda a partir da Revolução Francesa, com surgimento de duas ideias novas:
- Igualdade jurídica dos membros de uma coletividade: Desaparecimento da ideia de vencedor e vencidos, e distinções. Domínio imperialista leva a independência da população conquistada ou integração com a metrópole.
- Aspiração dos governos de participar de uma comunidade a escolha. - Vontade de participação dos governados não pode ser impedida, nem provocada. Oscila pela nacionalidade e decisão voluntária.	 
Caso os cidadãos recusassem obedecer o senhor que não tinham o direito de escolher, então as unidades políticas nãodeviam mais ter por objetivo a conquista de qualquer território ou população. 
É preciso levar em conta os costumes (comportamento do estado), junto cm ideias históricas e tecnologia para definir os objetivos concretos
Ofensiva e defensiva 
Clausewitz considera os conceitos ofensiva e defensiva noções estratégicas principais. Tentam distinguir essas em alguns campos, como o bélico, mas não são capazes de distinguir a ambiguidade entre arma ofensiva e defensiva. Já no campo diplomático, potência defensiva e potência ofensiva se refere a capacidade de impor sua vontade sobre as outras. 
Defensivo está ligada a ideia de salvaguarda, proteção dos estados. Principalmente relacionada a potencias melhores. Essas potencias defensivas adotam o isolacionismo, ou seja, ser deixado em paz, isolado, por mais que não seja tão meritório.
Ofensiva está relacionada a agir sobre os outros de acordo a sua vontade, influenciando o comportamento, característico de grandes potencias. As vezes confundida com a reivindicação defensiva e atitude conservadora.
Status Quo: os estado satisfeitos (que ditaram os termos de paz) quer mantê-lo, enquanto os insatisfeitos querem muda-lo. 
Em cenário de conflito, o Estado conservador pode tomar a iniciativa de recorrer as armas, pra prevenir agressão. Essa agressão preventiva foi considerada por Montesquieu como meio legitima.
Essa oposição entre revisionista e conservador é muitas vezes enganosa. Quem toma iniciativa hostil depende das relações de força e da chance de êxito. Mesmo os satisfeitos, se tivessem chance, modificariam o território inimigo, e assim o status, os que provocam guerra nem sempre são os vencidos anteriormente. Assim como o insatisfeito pode estar querendo uma pacificação, não mudança. O caráter de uma política não é definido pela sua hostilidade. O estado que vira hegemônico com a vitória passa por agressivo.
Mais ofensivo ainda, é aquele que quer mexer na situação interna alheia.
França – Século XVIII, diplomacia revolucionária, ideias políticas estavam derrubando tronos por toda Europa.
É revolucionária a política de um Estado que leva a destruição dos Estados tradicionais á ruina do princípio de legitimidade em vigor.
O que foi discutido acima (revolucionário/tradicional, conservador/revisionista, defensiva/ofensiva) é considerado estratégia. Uma vez que um estado agressor pode agir defensivamente, é função também da relação de força o desenrolar da hostilidade
O preparo de um plano de guerra depende da política do Estado, das relações de força, da geografia do local. Os riscos são tomados de acordo com o decorrer da guerra. Acaba não tendo relação com ofensiva e defensiva.
O estado revisionista e conquistador pode tomar uma estratégia defensiva, valendo-se do desgaste do adversário. Japão toou iniciativa de hostilidade contra a china, sua estratégia era ofensiva-defensiva.
Há uma contradição, pois há estados que não tem grandes ambições de conquista, nem são hostis, mais optam por estratégias brutais e aniquilatórias.
Mesmo não estando separada da política, não é essa que determina a estratégia, se é ofensivo, defensivo, a vontade de vitória. Da para ganhar esgotando o inimigo.
Distinguir a causa da oportunidade de guerra é algo difícil. O assassinato do arquiduque foi a causa ou uma oportunidade para a primeira guerra? Porém não dá para saber as causas aparentes e as profunda. A guerra não tem objetivos preestabelecidos. Por exemplo, pode ser que o povo lute por um motivo diferente do que foi passado. E muitas vezes, estado soberanos podem ser condenados a guerra porque temem um aos outros.
A indeterminação da conduta diplomática-estratégica.
Nós agimos sempre com meio e fins, sendo o que digo e o que faço consequências como objetivos e meios. Zwekrational de Max Weber falava do esquema de meios/fins como manifestação necessária do nosso mecanismo psíquico ou de ação. 
Conduta econômica – maximização de uma quantidade, valor.
Teóricos da economia não tentam entender ou conhecer nossos objetivos e vontades, mas sim nos apresentar escolhas.
Comportamento diplomático-estratégico – desenvolver a sombra da guerra e levar em conta a relação de forças. 
Não há diferença de irracionalidade em quem prefere o lazer ao aumento de renda, e quem destrói a saúde para guardar renda. A maximização de renda passa por um objetivo racional, pois a pessoa está livre para usa-la como desejar. Livre escolha para cada um. O interesse vai de pessoa para pessoa, portanto, é difícil analisar o interesse coletivo, pois uns vao estar satisfeito, enquanto outros, insatisfeitos. 
Um pobre ficaria mais entusiasmado com um aumento de renda, do que um rico preocupado com uma diminuição proporcional da renda. Isso ajuda a justificar a ideia de redistribuição de renda, apoiada pelo autor. 
Pareto – interesse máximo para uma coletividade, pode ser determinado racionalmente. Continuar aumentando a satisfação de uns sem diminuir a de outros, será legitimo os conflitos entre indivíduos e grupos sociais. 
A coletividade deve ou pode ter como objetivo a potência, o prestigio ou a glória. 
Comportamento diplomático-estratégico é aquele que se age em função do interesse coletivo para empregar a linguagem de Pareto ou em função do interesse nacional. Serve como critério ou ideal para os estadistas. Para dar uma interpretação racional e montar uma teoria de RI comparável a econômica, autores adotaram como conceito fundamental o poder equivalente ao conceito de valor, mas não deve ser função fundamental.
 Potencia – potencial dos recursos, ora esses recursos potenciais não podem ser considerados como um objetivo imposto racionalmente. A maximização potência equivaleria a reconhecer o primado absoluto da força ou da potência coletiva. Uma coletividade que amplia seu território transforma-se, degrada ou desenvolve. Pode entender também como força, para a conduta política externa. Ela não pode ser um objetivo último. Ela é usada pela coletividade para atingir esse objetivo, ou a paz, gloria.
Ao maximizar a força e recursos, está maximizando meios de atuar sobre os outros, está se fortalecendo. 
Atores econômicos também não procuram maximizar a utilidade. 
Relação entre homo oeconomicus e o ator diplomático difere fundamentalmente da relação entre diplomata típico e diplomata histórico.
O da teoria realiza melhor sua essência do que o da prática. O cálculo das forças que o diplomata ideal não se pode furtar nem é a primeira nem a última palavra da conduta diplomático-estratégica.
O desejo de vingança não é mais irracional do que o desejo de potência, assim como as satisfações do amor próprio, vitória, prestigio não são menos reais do que as satisfações matérias, ou seja, conquista de um território, por exemplo.
Então, a segurança, potencia, glória e ideia são objetivos heterogêneos que só poderia ser englobados por um único termo falsificando-se a significação humana da ação diplomático-estratégica.
Essa diplomacia é como se fosse um jogo em que os atores se arriscam em perder a vida pela vitória e os seus benefícios.
Uma definição racional de interesse nacional seria impossibilitada pela pluralidade de objetivos concretos e dos últimos. 
Coletividades- São compostas por indivíduos e grupos de indivíduos que possuem interesses diferentes. Esses se esforçam para a maximização de recursos, participação na renda nacional e posição na hierarquia social. Porem temos que lembrar que não se soma os interesses para obter um interesse em comum para a economia, que não pode deduzir a partir de uma formula. Uma coletividade não muda de objetivo toda vez que muda a constituição.
O interesse nacional não pode ser reduzido a interesse privado, pois distinguem do povo e faz as pessoas verem a unidade política em que está inserida, portanto, é um conceito útil. Mostram os governantes que a segurança e grandeza do estado devem ser objetivos do homem diplomático.
Independente o tipo de diplomacia, a conduta dos diplomatas apresenta pontos de semelhança. Os estadistas por exemplo,recrutam aliados e reduzem inimigos enquanto revolucionários retomam projetos de regimes derrubados. Porem, eles tem desejos e objetivos em comum. Mesmo diferenças como democratas, fascistas e nazistas possuem objetivos semelhantes, pois toda elite que se eleva ao poder deseja reforçar sua posição e a do estado que dirige.
Os interesses nacionais de uma unidade só aparecem concretos nas situações de competição e rivalidade. Se a conduta diplomática nunca é determinada pelas relações de força, chega a conclusão de que não existe uma teoria geral das relações internacionais comparável a teoria geral da economia. 
 A elaboração dos conceitos relativos a conduta das unidades políticas consideradas individualmente vai nos levar a descrição de situações típicas.

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