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SUMÁRIO 1 CONCEITOS BÁSICOS .............................................................................. 3 1.1 Definição, conceitos e aplicações do marketing ................................... 3 1.2 Conceitos centrais de marketing .......................................................... 4 1.3 Hierarquia das necessidades de Maslow ............................................. 5 1.4 Desejos quase ilimitados x recursos limitados ..................................... 6 1.5 Satisfação está intimamente ligado à qualidade .................................. 6 2 ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING .......................................................... 7 2.1 Filosofia de marketing .......................................................................... 7 2.2 Breve histórico do marketing ................................................................ 8 2.3 Do pós-guerra aos dias de hoje ........................................................... 9 2.4 Precursores .......................................................................................... 9 2.5 Filosofias de Administração de Marketing ............................................ 9 2.6 Década de 1960 ................................................................................. 11 2.7 Década de 1970 ................................................................................. 12 2.8 Década de 1980 ................................................................................. 12 2.9 Década de 1990 ................................................................................. 12 2.10 Década de 2000 .............................................................................. 13 2.11 Os motivos e as consequências de mercado das mudanças em Marketing 14 2.12 Vantagens das empresas orientadas em Marketing ....................... 16 2.13 Aplicações do Marketing ................................................................. 19 3 MARKETING DE RELACIONAMENTO .................................................... 24 3.1 Confiança ........................................................................................... 27 3.2 Comprometimento .............................................................................. 27 3.3 Retenção de clientes .......................................................................... 28 3.3.1 Principais benefícios da retenção de clientes: ................................... 29 3.4 Táticas de retenção de clientes .......................................................... 31 4 O EMPREENDEDOR E O PLANO DE NEGÓCIO ................................... 34 4.1 Definição de plano de negócio ........................................................... 34 4.2 A importância do plano de negócios .................................................. 35 4.3 O conceito básico do plano de negócios é o planejamento ................ 36 4.4 O que é um plano de negócios ........................................................... 37 4.5 Por que escrever uma plano de negócios? ........................................ 37 4.6 A quem se destina o plano de negócios ............................................. 38 4.7 A elaboração do plano de negócio ..................................................... 39 4.8 Sumário executivo .............................................................................. 39 4.9 Resumo dos principais pontos do plano de negócio .......................... 40 4.10 Dados do empreendimento ............................................................. 40 4.11 Missão da empresa ......................................................................... 40 4.12 Setores de atividade ....................................................................... 41 4.13 Agropecuária ................................................................................... 42 4.14 Indústria .......................................................................................... 42 4.15 Comércio ......................................................................................... 42 4.16 Prestação de serviços ..................................................................... 42 4.17 Forma jurídica ................................................................................. 42 5 ANÁLISE DE MERCADO .......................................................................... 44 5.1 Estudo dos clientes ............................................................................ 44 5.2 Estudo dos concorrentes .................................................................... 46 5.3 Estudo dos fornecedores .................................................................... 46 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 48 1 CONCEITOS BÁSICOS Fonte: colegioaristoteles.com.br 1.1 Definição, conceitos e aplicações do marketing Seguem algumas definições consideradas mais significativas: Marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu público interessado. (AMA - American Marketing Association). Marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros (KOTLER e KELLER, 2014). Marketing é a entrega de satisfação para o cliente em forma de benefício (KOTLER e ARMSTRONG, 2016). Marketing são as atividades sistemáticas de uma organização humana voltadas à busca e realização de trocas para com o seu meio ambiente, visando benefícios específicos (RICHERS, 2000). Marketing é o conjunto de operações que envolvem a vida do produto, desde a planificação de sua produção até o momento em que é adquirido pelo consumidor (Dicionário Michaelis). Marketing é o conjunto de estratégias e ações que provêm o desenvolvimento, o lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor (Dicionário Novo Aurélio). O conceito contemporâneo de Marketing engloba a construção de um satisfatório relacionamento a longo prazo do tipo ganha-ganha no qual indivíduos e grupos obtêm aquilo que desejam. O marketing se originou para atender as necessidades de mercado, mas não está limitado aos bens de consumo. É também amplamente usado para "vender" ideias e programas sociais. Técnicas de marketing são aplicadas em todos os sistemas políticos e em muitos aspectos da vida. Marketing (MKT) – é um processo social e gerencial através do qual indivíduos e grupos obtêm aquilo que desejam e de que necessitam, criando e trocando produtos e valores uns com os outros (KOTLER, 2014). 1.2 Conceitos centrais de marketing Palavras-chave: Necessidades, Desejos, Demandas, Produtos, Valor, Gratificação, Satisfação, Qualidade, Troca, Transações, Relacionamentos, Mercado. PRODUTOS VALOR, SATISFAÇÃO E QUALIDADE TROCA, TRANSAÇÕES E RELACIONAMENTOS. MERCADOS NECESSIDADES, DESEJOS E DEMANDA Necessidades humanas – são estados de carência percebidos (Pirâmide de Maslow), não criadas pelo MKT. São partes básicas da constituição do ser humano. 1.3 Hierarquia das necessidades de Maslow A teoria da motivação desenvolvida pelo Psicólogo Social Maslow afirma que as necessidades humanas estão organizadas em uma hierarquia de necessidades formando uma espécie de pirâmide. Fig. 01 – Hierarquia das necessidades. Fonte: Cap. 13, pg 304a 309, Chiavenato (2000). Pressupostos da teoria de motivação de Maslow: 1. O comportamento humano pode ter mais de uma motivação; 2. Nenhum comportamento é casual, mas motivado; isto é orientado por objetivos; 3. As necessidades humanas estão dispostas em uma hierarquia de importância ou de premência e 4. A necessidade inferior monopoliza o comportamento do indivíduo e tende automaticamente a organizar a mobilização das diversas faculdades do organismo. Desejos – São necessidades humanas moldadas pela cultura e pelas características individuais. 1.4 Desejos quase ilimitados x recursos limitados Planejamento estratégico de MKT visa a compreensão detalhada das necessidades, desejos e demandas do cliente. Produtos – É aquilo que satisfaz uma necessidade ou desejo. É igual a benefícios proporcionados. Valor – É a diferença entre o valor que o cliente ganha comprando um produto e os custos de sua obtenção (julgamento subjetivo). Satisfação – Se o desempenho do produto percebido atinge as expectativas, temos um cliente satisfeito. Se exceder, temos um cliente encantado. 1.5 Satisfação está intimamente ligado à qualidade Troca – É obter um produto desejado dando algo em retribuição. É um conceito central de MKT – deve haver um acordo entre as partes. Mercado – grupo de compradores reais e potenciais de um produto. Marketing – Administrar mercados para chegar a trocas, com o propósito de satisfazer as necessidades e desejos do ser humano. O que pode ser comprado DEMANDA 2 ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING Fonte: fael.edu.br É a análise, planejamento, implementação e controle de programas destinados a criar, desenvolver e manter trocas de benefícios com os compradores-alvo a fim de atingir objetivos organizacionais. Administração da Demanda procura descobrir e ampliar a demanda, mudá-la ou, até mesmo, reduzi-la. Estabelecer relacionamentos a longo prazo. 2.1 Filosofia de marketing Baseada em 5 princípios: 1. Produção – produtos acessíveis e baratos – melhorar a produção e a eficiência da distribuição. 2. Produto – produtos com qualidade, desempenho e inovação. 3. Vendas – consumidores compram muito de uma empresa quando ela despende grande esforço em vendas e promoção. É praticado em: produtos de baixa procura. Ex: Partidos Políticos, Empresas sem fins lucrativos. A maioria das empresas pratica esse conceito quando há excesso de produção. 4. Marketing – para atingir metas organizacionais é preciso determinar as necessidades e desejos dos mercados-alvo e proporcionar a satisfação desejada, de forma mais eficiente que a de seus concorrentes. 5. Marketing Societário – Para atingir metas organizacionais é preciso determinar as necessidades e desejos dos mercados-alvo e proporcionar a satisfação desejada, de forma manter ou melhorar o bem-estar do seu cliente e da sociedade. Considerações subjacentes ao MKT Societário: 2.2 Breve histórico do marketing Apesar de encontrarmos suas raízes ao longo da história da humanidade, na própria gênese do comércio o marketing é um campo de estudo novo se comparado com os demais campos do saber. O estudo do mercado surgiu da necessidade dos industriais de administrar a nova realidade, oriunda da Revolução Industrial que causou uma transformação de um mercado de vendedores para um mercado de compradores. Neste estágio o marketing ainda é inseparável da economia e da administração clássica, pois inicialmente sua preocupação era puramente de logística e produtividade, para a maximização dos lucros. Os consumidores não tinham qualquer poder de barganha e a concorrência era praticamente inexistente. Consumidores (Satisfação dos desejos) Empresa (lucro) Sociedade (Bem-estar do homem) 2.3 Do pós-guerra aos dias de hoje Tal realidade manteve-se inalterada até fins da Segunda Guerra Mundial quando então, reagindo ao crescimento da concorrência, mercadólogos começaram a teorizar sobre como atrair e lidar com seus consumidores. Surgiu então a cultura de vender a qualquer preço. P.T. Barnum, autor de “The Science of Getting Rich” e “The Art of Money Getting” foi um ícone deste período, cheio de truques que faziam da arte de vender quase num espetáculo de charlatanice e que faz com que até hoje os profissionais do mercado sejam vistos com desconfiança. Outros autores da época são W.D. Scott, autor de The Psychology of Advertising, e H.L Hollingworth que escreveu Advertising and Selling. As técnicas existentes baseavam-se mais na intuição do que na prática. Eram técnicas ingênuas e/ou maliciosas que estavam misturadas a ferramentas eficientes. Lenda e fato se misturavam, mas o mercado não dava muito ouvido à academia. 2.4 Precursores Nos anos 40, Robert Bartels, da Ohio State University defendeu sua tese de doutorado sobre a teoria do marketing, mas até então raros eram os princípios do Marketing estabelecidos, com exceção de trabalhos como o de Walter Scott, sobre a aplicação da psicologia na propaganda e o de William J. Reilly sobre as Leis de gravitação do varejo. A questão crucial era se as teorias de mercado podiam ou não se desenvolver. Autores como Roland Vaile e outros afirmavam que nunca seria possível desenvolver uma teoria mercadológica genuína, pois considerava esta extremamente subjetiva, quase uma forma de arte. Por outro lado, Bartels e outros começavam a admitir que existia uma potencialidade para a teoria mercadológica se tornar uma ciência. Em 1954, pelas mãos de Peter Drucker ao lançar seu livro “A Prática da Administração”, o marketing é colocado como uma força poderosa a ser considerada pelos administradores. 2.5 Filosofias de Administração de Marketing Na maior parte das empresas, o marketing ocupava, há 50 anos, apenas um lugar modesto no organograma, o de um serviço comercial, composto por alguns vendedores e empregados e muitas vezes estavam subordinadas ao diretor de produção ou diretor administrativo, mas aos poucos, essa função foi-se alargando progressivamente e colocada no mesmo plano das outras direções de produção, financeira e de recursos humanos. Atualmente, pode-se ver a mesma empresa praticando diferentes filosofias de marketing ao redor do mundo e ver empresas usando filosofias diferentes do marketing em um mesmo mercado: orientação para produção, produto, venda, cliente e sociedade, podendo-se identificar na evolução do marketing as seguintes filosofias para sua administração. 1. Orientação para Produção: A grande questão, para as empresas, era produzir e não vender. O papel do marketing é, essencialmente, entregar produtos em locais onde possam ser comprados. 2. Orientação para Produto: Considera que os consumidores preferem os produtos de melhor qualidade, desempenho e aspectos inovadores. Portanto as organizações deveriam esforçar-se para aprimorar seus produtos permanentemente. 3. Orientação para Vendas: A orientação para venda significa que o propósito da empresa é vender o que fabrica e não vender o que o mercado (o cliente) deseja, ou seja, a preocupação com o curto prazo, não se interessando se o cliente ficou ou não satisfeito. 4. Orientação para o Cliente (conceito de marketing): A função principal da empresa não é mais produzir e vender, mas satisfazer à clientela, consultando-a antes de produzir qualquer coisa, via estudos de mercado e com base nessa consulta, caso seja favorável, oferecer-lhe produtos/serviços/ideias de qualidade e valor, para que os consumidores voltem a comprar e a falar bem da empresa e de seus produtos.5. Orientação para o Marketing Socialmente Responsável ou Marketing Societal: Sustenta que a organização deve determinar as necessidades, desejos e interesses do mercado-alvo e então proporcionar aos clientes um valor superior de forma a manter ou melhorar o bem-estar do cliente e da sociedade. 6. Orientação para o Marketing Holístico: Nesta abordagem a empresa deve tentar compreender e administrar toda a complexidade envolvida na gestão de marketing de uma empresa. Fonte: www.agencialibelula.com.br 2.6 Década de 1960 A primeira grande mudança neste cenário veio em 1960 por Theodore Levitt, mais tarde intitulado o pai do marketing, professor da Harvard Business School. Seu artigo na revista Harvard Business Review intitulado "Miopia de Marketing", revelou uma série de erros de percepções, mostrou a importância da satisfação dos clientes e transformou para sempre o mundo dos negócios. O vender a qualquer custo deu lugar à satisfação garantida. Não é à toa que assistiu-se logo após este período um renascimento das marcas como Coca-Cola, Sears, Malboro, etc. O mundo do marketing começou a borbulhar, artigos científicos foram escritos, pesquisas feitas e dados estatisticamente relevantes traçados. Separaram-se as estratégias eficientes dos achismos e viu-se a necessidade de um estudo sério do mercado. Este conhecimento adquirido ficou espalhado, difuso, muitas vezes restrito ao mundo acadêmico. Em 1967, Philip Kotler, lança a primeira edição de seu livro "Administração de Marketing", onde pôs-se a reunir, revisar, testar e consolidar as bases daquilo que até hoje formam o cânone do marketing. 2.7 Década de 1970 Nos anos 70 destacou-se o fato de surgirem departamentos e diretorias de marketing em todas as grandes empresas. Não se tratava mais de uma boa ideia, mas de uma necessidade de sobrevivência. É nesta época que multiplicam-se supermercados, shoppings centers e franchises. De fato, a contribuição do marketing é tão notória no meio empresarial, que passa rapidamente a ser adotada em outros setores da atividade humana. O governo, organizações civis, entidades religiosas e partidos políticos passaram a valer-se das estratégias de marketing adaptando-as as suas realidades e necessidades. 2.8 Década de 1980 Em 1982, o livro "Em Busca da Excelência", de Tom Peters e Bob Waterman inaugurou a era dos gurus de marketing. Num golpe de sorte editorial, produziram o livro de marketing mais vendido de todos os tempos, ao focarem completamente sua atenção para o cliente. O fenômeno dos gurus levou o marketing às massas, e portanto as pequenas e médias empresas, e a todo o tipo de profissional. Talvez por isso, e também por uma necessidade mercadológica o marketing passou a ser uma preocupação direta da alta direção de todas as megacorporações, não estando mais restrita a uma diretoria ou departamento. O fenômeno dos gurus entretanto é responsável pelo posterior descuido com o rigor da investigação científica e uma tendência a modismos. Nesta época floresceram diversos autores que logo caíram no anonimato e outros como Al Ries por definir o conceito de posicionamento, Jay Conrad Levinson por conceituar o marketing de guerrilha e Masaaki Imai pai do Kaizen que ganharam reconhecimento no mundo dos negócios e reputação por suas ideias e abordagens originais. 2.9 Década de 1990 Assim como fez em muitos outros setores, o avanço tecnológico dos anos 90 teve um forte impacto no mundo do marketing. O comércio eletrônico foi uma revolução na logística, distribuição e formas de pagamento. O CRM (Customer Relationship Management) e o serviços de atendimento ao consumidor, entre outras inovações, tornaram possível uma gestão de relacionamento com os clientes em larga escala. E como se isso não fosse o suficiente a Internet chegou como uma nova via de comunicação. É a época do maximarketing de Stan Rapp, do maketing 1 to 1, da Peppers & Rogers Group, do aftermarketing de Terry G. Vavra e do marketing direto de Bob Stone ou seja, caracterizou-se por uma constante busca pela personalização em massa. Outra tendência do período foi o fortalecimento do conceito de marketing societal no qual tornou-se uma exigência de mercado haver uma preocupação com o bem-estar da sociedade. A satisfação do consumidor e a opinião pública, passou a estar diretamente ligada a participação das organizações em causas sociais, e a responsabilidade social transformou-se numa vantagem competitiva. 2.10 Década de 2000 A virada do milênio assistiu a segmentação da televisão a cabo, a popularidade da telefonia celular e a democratização dos meios de comunicação especialmente via Internet. A World Wide Web já estava madura o suficiente e nos primeiros anos desta década surgiram uma infinidade de pesquisas e publicações sobre webmarketing e comércio eletrônico. Mas mais do que isso, agora o cliente não tinha apenas poder de barganha, tinha também poder de informação. Era de se esperar que isso influenciasse a maneira com a qual os consumidores interagiam com as empresas e entre si. A mídia espontânea, conseguida por esforços de Assessoria de imprensa, Relações Públicas e Marketing Social começam a tomar o espaço da propaganda tradicional. O nascimento do marketing de permissão, de Seth Godin, a conceitualização do marketing boca-a-boca por George Silverman e a explosão do buzzmarketing e do marketing viral por autores como Russell Goldsmith e Mark Hughes também são consequências deste fato. Marketing- é uma forma de mostrar ao consumidor que se leva mais qualquer coisa além do produto adquirido, concretizemos esta ideia com o caso de marketing pessoal de David Beckham. A imagem com que o jogador do Real Madrid aparece, vende, quer seja o penteado ou os brincos que usa. Quem consome as réplicas das camisolas com que ele joga, ou quem compra uns brincos iguais aos dele, ou até mesmo que use o mesmo corte de cabelo, acaba por ter uma satisfação acrescida, além do produto físico. 2.11 Os motivos e as consequências de mercado das mudanças em Marketing Fonte: s3.amazonaws.com Identificar necessidades não satisfeitas, de forma a colocar no mercado produtos, serviços ou ideias que ao mesmo tempo proporcionem satisfação, gerem bons resultados aos investidores e ajudem a melhorar a qualidade de vida das pessoas e da sociedade em geral. O marketing tem influências tanto na empresa como na sociedade. Há aceitação geral sobre a aplicação de técnicas de marketing dentro da empresa para gerar satisfação nos seus empregados. A aplicação das técnicas de marketing na empresa ou o marketing interno é uma realidade. Com certeza, procurar orientar a empresa para os funcionários gera satisfação entre eles e ajuda a motivá-los. Consequentemente, com funcionários motivados há dedicação maior por parte desses indivíduos, que passam a trabalhar melhor também para os clientes da empresa. Internamente, a aplicação do marketing poderá trazer muitos benefícios para os colaboradores. O marketing na sociedade desempenha um fator de extrema importância para todos os segmentos. Além de regular as relações econômicas de troca, com funções de equilíbrio entre oferta e demanda, o marketing desempenha papel fundamental nas relações de âmbito macro do mercado. A atividade junto a outros fatores ambientais molda e determina comportamentos e atitudes. Assim, é possível interferir no processo social através da influência das mídias e de todas as atividades mercadológicas. Por isso, a grande importância e poder das organizações no ambiente. É forte o aspecto ético do mercado, e o papel social domarketing está cada vez mais sob controle da sociedade. Empresas e entidades devem, portanto, desempenhar as suas funções comerciais com grande preocupação sobre as consequências que suas atividades podem causar na sociedade. Hoje, não é apenas uma questão de ética, mas também de sobrevivência. As empresas que não cumprirem seu papel social estão fadadas ao fracasso, pois os consumidores estarão dispostos a mudar de fornecedor. O marketing também é uma atividade que tem como função melhorar o padrão de vida. Através de sua orientação para os consumidores, as empresas procuram atendê-los o melhor possível e a busca dos melhores produtos é uma constante nos mercados mais competitivos. Portanto, os consumidores acabam lucrando com esta competição e recebem os produtos aperfeiçoados e ampliados para melhor satisfazer a suas necessidades de desejos. Os consumidores, por sua vez, têm desejos ilimitados que se renovam constantemente. A capacidade produtiva pode ser maior ou menor que a demanda. Em qualquer situação o mercado como um todo pode sofrer consequências de faltas ou de excessos, o que prejudica tanto os consumidores como os fornecedores. Nesse aspecto, a função do marketing é de proporcionar equilíbrio entre os dois setores, o produtivo e o de consumo, ajudando a não faltar ou exceder a capacidade. As empresas, visando ao lucro, procuram equilibrar e aperfeiçoar a oferta e a demanda. A atividade, portanto, tem a função importante também no equilíbrio das trocas entre as empresas e os indivíduos. Na verdade, a importância do marketing na sociedade é de muito fácil constatação. Todos os indivíduos têm alguma forma de influência do marketing nas suas atividades diárias. Ao acordar, o indivíduo consome sabonete, creme dental, creme de barbear, xampu e uma série de outros produtos. No transporte, usa serviços de ônibus, táxi, ou transporta-se em carro próprio, adquirido como resultado de estratégias de marketing. Em certo sentido, a força do marketing está em toda parte, pois na sociedade moderna tudo o que consumimos é consequência de uma relação de troca que envolve produtos, preços, distribuição, e comunicação. Portanto, o papel do marketing na sociedade é permitir a vida acontecer com as suas necessidades básicas e mais conforto. 2.12 Vantagens das empresas orientadas em Marketing Fonte: italo.com.br Os profissionais de marketing envolvem-se no marketing de bens, serviços, eventos, experiências, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e ideias. Bens: Bens tangíveis ou produtos constituem a maior parte do esforço de produção e marketing da maioria dos países. A economia dos Estados Unidos sozinha produz e comercializa a cada ano bilhões de produtos frescos, enlatados, ensacados e congelados, além de milhões de carros, refrigerantes, televisores, máquinas e vários outros bens, que sustentam a economia moderna. E não são só as empresas que colocam bens no mercado; graças à internet, até mesmo indivíduos podem comercializar produtos eficazmente. Serviços: à medida que as economias evoluem, uma proporção cada vez maior de suas atividades de concentra na produção de serviços. A atual economia americana consiste em um mix de 70 por cento de serviços e 30 por cento de produtos. Entre os serviços estão aqueles prestados por empresas aéreas, hotéis, locadoras de automóveis, barbeiros, esteticistas e pessoal de manutenção e reparo, assim como aqueles prestados por profissionais que trabalham em uma empresa ou para ela, como contadores, advogados, engenheiros, médicos, programadores de software e consultores gerenciais. Muitas ofertas ao mercado consistem em um mix variável de bens e serviços. Em um restaurante fast-food, por exemplo, o cliente adquire tanto um produto como um serviço. Eventos: Em determinados períodos, empresas promovem eventos como grandes feiras setoriais, espetáculos artísticos e comemorações de aniversários. Eventos esportivos globais como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo são promovidos agressivamente tanto para empresas como para o público-alvo desses eventos. Há toda uma categoria de profissionais envolvidos que se encarregam de planejar reuniões e elaborar detalhes de um evento, a fim de se certificar de que eu tudo sairá conforme o planejado. Experiências: Orquestrando diversos serviços e mercadorias, é possível criar, apresentar e comercializar experiências. O Magic Kingdom da Walt Disney representa o marketing de experiência: os clientes visitam um reino de conto de fadas, um navio pirata e uma casa mal assombrada. O mesmo acontece no Hard Rock Café, onde os clientes podem apreciar uma boa refeição ou ver uma banda em um show ao vivo. Há também mercado para experiências customizadas, como passar uma semana em um centro de treinamento de beisebol, jogando com grandes craques veteranos, reger a Orquestra Sinfônica de Chicago por cinco minutos ou escalar o monte Everest. Pessoas: O marketing de celebridades tornou-se um negócio importante. Hoje, toda estrela de cinema tem um agente, um empresário e ligações com uma agência de relações públicas. Artistas, músicos, presidentes de empresas, médicos, advogados e financistas bem sucedidos, entre outros profissionais, estão buscando a ajuda de empresas de marketing de celebridades. Algumas pessoas são particularmente hábeis em fazer seu marketing pessoal – pense em Madonna, Rolling Stones e Michael Jordan. O consultor Tom Peters, ele próprio um mestre do marketing pessoal, aconselha as pessoas a se tornarem uma marca. Lugares: Lugares – cidades, estados, regiões e países inteiros – competem avidamente para atrair turistas, fábricas, sedes de empresas e novos moradores. Entre os profissionais de marketing de lugares estão especialistas em desenvolvimento econômico, agentes imobiliários, bancos comerciais, associações de negócios locais e agências de publicidade e de relações públicas. Para alimentar suas indústrias de alta tecnologia e favorecer o empreendedorismo, cidades como Indianápolis, Charlotte e Raleigh-Durham seduzem ativamente pessoas de 20 a 29 anos por meio de propaganda, relações públicas e outras comunicações. Louisville, no Kentucky, gasta anualmente um milhão de dólares em e-mails, eventos e abordagens de networking para convencer pessoas de 20 a 30 anos da qualidade de vida e de outras vantagens da cidade. Fonte: www.f5cursos.com.br Propriedades: Propriedades são direitos intangíveis de posse, tanto de imóveis como de bens financeiros (ações e títulos). Direitos de propriedade são comprados e vendidos, e isso leva a um esforço de marketing. Imobiliárias trabalham para proprietários de imóveis ou para quem as procura para comprar e vender imóveis residenciais ou comerciais. Já as instituições de investimento e bancárias estão envolvidas no marketing de produtos e serviços financeiros, para pessoas tanto físicas como jurídicas. Organizações: As organizações trabalham sistematicamente para construir uma imagem sólida e positiva na mente do seu público-alvo. Para tanto, investem em propaganda de identidade corporativa. A empresa holandesa de produtos eletrônicos Philips coloca em seus anúncios o slogan “Vamos fazer as coisas ficarem melhores”. No Reino Unido, o programa de marketing da Tesco, “Um pouquinho já ajuda”, levou- o à posição de principal rede de supermercados do país. Universidades, museus, grupos de teatro e organizações sem fins lucrativos usam o marketing para melhorar sua imagem pública e competir por público e recursos. Informações: Informações podem ser produzidas e comercializadas como um produto. É essencialmenteisso que as escolas e universidades produzem e distribuem, mediante um preço, aos pais, aos alunos e à comunidades. Enciclopédias e grande parte dos livros de não ficção vendem informações. Revistas também vendem informações, normalmente de forma segmentada. A produção, a embalagem e a distribuição de informações constituem um dos principais setores econômicos da sociedade de hoje. Até mesmo empresas que comercializam produtos físicos tentam agregar valor pelo uso da informação. O presidente da Siemens Medical Systems, Tom McCausland, por exemplo, disse: “Nosso produto não é necessariamente um aparelho de raios X ou de ressonância magnética, mas sim de informação. Nosso negócio é, na verdade, tecnologia de informação para a saúde, e nosso produto final é, na verdade, um registro eletrônico do paciente: informações sobre exames laboratoriais, patologia e medicamentos, assim como registro de voz”. Ideias: Toda oferta de marketing traz em sua essência uma ideia básica. Charles Revson, da Revlon, observou: “Na fábrica fazemos cosméticos; nas lojas vendemos esperança”. Produtos e serviços são plataformas para a entrega de algum conceito ou benefício. Os profissionais de marketing social estão sempre às voltas com a promoção de ideias como “a vida em primeiro lugar”. 2.13 Aplicações do Marketing Nesse tópico serão abordadas as várias aplicações do marketing, que surgem a partir da evolução das práticas empresariais e da dinâmica econômica, social, cultural, política e tecnológica mundial. Marketing direto – Surgido na década de 1960 e praticado por grandes lojas americanas, consistia na oferta de produtos por meio do envio de catálogos impressos pelo correio, para milhões de domicílios de clientes ou clientes potenciais. Sendo inicialmente uma estratégia de comunicação direta com o cliente, evoluiu para uma estratégia de comunicação e comercialização de produtos e serviços com o cliente, sem intermediação de meios ou canais de terceiros. Marketing de relacionamento – É um conceito surgido na década de 1990 como uma evolução do marketing direto, motivado por pesquisas que indicavam que conquistar um novo cliente custava, em média, cinco vezes mais que reter um cliente. É definido como uma estratégia que visa construir uma relação duradoura com o cliente baseada em confiança, colaboração, compromisso, parceria, investimentos e benefícios mútuos, resultando na otimização do retorno para a empresa e seus clientes. Fonte: www. empreendedoresclarecido.com.br Marketing de fidelização ou retenção – É o primeiro nível do marketing de relacionamento. É definido como a estratégia para fidelizar ou reter o cliente por meio de ações integradas, sistemáticas e contínuas de comunicação e promoção, gerando frequência e repetição de compra por parte dos clientes e recompensando-os por isso. É a estratégia mais adequada para avaliar e reter segmentos de clientes selecionados, cujo potencial de negócios poderá ou não evoluir com o tempo. O marketing de fidelização tem sido bastante utilizado por administradoras de cartão de crédito (programas de prêmios por frequência de compras) e por companhias aéreas (programas de milhagens). Marketing um a um ou individualizado – É o estágio mais avançado do marketing de relacionamento, em que cada cliente é tratado individualmente e a oferta da empresa é totalmente customizada para o cliente. Nesse caso, a empresa e o cliente adotam políticas de colaboração que resultam, por exemplo, em investimentos conjuntos em tecnologia e desenvolvimento de produtor. A evolução da informática tem contribuído para a implementação eficaz dessas estratégias. Nesse sentido, no final da década de 1990, surgiram os sistemas de Customer Relationship Management (CRM), ou gerenciamento do relacionamento com o cliente, para otimizar a gestão integrada do relacionamento com os clientes. Marketing de transação – é a realização de uma venda como transação única, sem perspectiva de continuidade. É, tradicionalmente, o modo de venda dos produtos padronizados, de baixo preço e consumo imediato, como a pipoca ou o refrigerante vendido por ambulantes na rua. Fonte: www.sabertec.com.br Marketing pessoal – É a aplicação do composto de marketing para gerar interesse, atenção e preferência com relação a uma determinada pessoa. O marketing pessoal é geralmente adotado por políticos, artistas, esportistas e outros profissionais cuja atividade pressuponha grande projeção e reconhecimento popular, ou que, por interesse pessoal, desejem se tornar celebridade. Marketing social – É dirigido para organizações sem fins lucrativos, organismos e causas sociais. Cada vez mais, as empresas reconhecem seu papel social e aplicam recursos em programas voltados para as comunidades carentes ou causas sociais, como preservação do meio ambiente, desenvolvimento dos esportes, das artes e da cultura, educação e saneamento. Marketing Institucional – são as ações de marketing direcionadas para a criação de uma imagem favorável e preferência para uma determinada organização ou empresa. A imagem da empresa, juntamente com a dos produtos, são importantes fatores que influenciam a decisão de compra dos clientes. Partindo dessas premissa, muitas empresas realizam investimentos em atividades como propaganda e relações públicas, que projetam a imagem da empresa junto ao público-alvo, visando criar atitude favorável, credibilidade e preferência. Marketing internacional – ë a aplicação do composto de marketing para desenvolver oportunidades de negócios nos mercados externos ao de origem da empresa. As empresas multinacionais e, mais recentemente, as brasileiras implementam estratégias de introdução e expansão no mercado mundial como meio de acelerar o crescimento, neutralizar a concorrência e ganhar economias de escala. Marketing interativo – É o conceito que expressa o conjunto de ações de marketing direcionadas a criar uma interação entre o cliente e a empresa, em que o cliente tem um papel ativo, possibilitando a personalização e a customização de produtos e serviços. No início, o marketing interativo era praticado por empresas ou profissionais de serviços, como consultorias e escolas, ou por empresas de marketing direto. Posteriormente, a interatividade foi sendo ampliada por meio das áreas de atendimento aos clientes, telemarketing e call centers, que atendem às reclamações dos clientes e ouvem as suas sugestões. Marketing digital ou web marketing – Conceito que expressa o conjunto de ações de marketing intermediadas por canais eletrônicos como a internet, em que o cliente controla a quantidade e o tipo de informação recebida. A expectativa é que o marketing pela internet e, principalmente, o comércio eletrônico, venha a se tornar uma estratégia competitiva primordial e amplamente adotada pelas empresas. Marketing religioso - Segundo Vaz (2003, p 176) “marketing religioso é uma expressão que vem sendo empregada quando as igrejas buscam usar técnicas mercadológicas para fazer a sua pregação ideológica”. O autor acrescenta que são duas as formas de aproveitamento do marketing por parte das instituições religiosas. A primeira refere-se a adoção de conceitos e técnicas para atingir, manter e aumentar o número de fiéis, além de possibilitar uma mais significativa arrecadação de recursos financeiros. A segunda forma refere-se a aplicação do marketing para a divulgação dos princípios doutrinários, das ideias, das crenças, que passam a ser tratados mercadologicamente como produtos. Marketing político - Dentro das novas abordagens mercadológicas, surge a partir das primeiras eleições diretas,após a queda da ditadura militar, a utilização dos princípios de Marketing dentro do contexto político brasileiro, pois devido à concorrência eleitoral, os candidatos a cargos públicos começaram a buscar nas estratégias mercadológicas uma melhor performance nas campanhas eleitorais. Dentro dessa realidade, o candidato, não é mais aquele que busca através de seus adjetivos conquistar os eleitores, e sim, aquele que acompanha as tendências do mercado, orientando as informações de acordo com sua visão e ambição política. Marketing esportivo - A expressão “Marketing Esportivo” surgiu frente à necessidade de descrever as ações que algumas empresas estavam utilizando para promoverem seus produtos e serviços por meio do esporte. O Marketing Esportivo consiste em todas as atividades designadas a encontrar as necessidades e desejos dos consumidores de esporte através do processo de troca. O esporte vem sendo usado para lançar novos produtos, aumentar a empatia do consumidor em relação a uma empresa e até mesmo para minar a liderança regional de uma marca. No princípio os objetivos eram apenas institucionais. À medida que os resultados da estratégia foram aparecendo através do fortalecimento da imagem da empresa, novos caminhos vêm sendo descobertos. Marketing ecológico - A concepção de marketing ecológico ou Ecomarketing começou a aparecer nos anos setenta, quando a AMA - American Marketing Association - realizou um workshop com a intenção de discutir o impacto do marketing sobre o meio ambiente. A partir deste encontro vários autores começaram a conceituar o que seria o marketing verde. O marketing ambiental também foi discutido por Kotler que o definiu como sendo: "um movimento das empresas para criarem e colocarem no mercado produtos ambientalmente responsáveis em relação ao meio ambiente.” O marketing ecológico consiste, portanto, na prática de todas aquelas atividades inerentes ao marketing, porém, incorporando a preocupação ambiental e contribuindo para a conscientização ambiental por parte do mercado consumidor. Marketing cultural - É toda ação de marketing que usa a cultura como veículo de comunicação para se difundir o nome, produto ou fixar imagem de uma empresa patrocinadora. Para se fazer marketing cultural não há fórmula fechada, pois há variáveis que, conforme combinadas, podem resultar numa excelente ação de marketing. O que manda é a criatividade para atingir o público alvo de forma a atender os objetivos de comunicação da empresa com os recursos disponíveis. 3 MARKETING DE RELACIONAMENTO Fonte: www.trinityrs.com.br Muito embora o conceito de trocas seja o alicerce sobre o qual se constrói o conceito de relacionamento, o marketing de relacionamento originou-se a partir de diferentes enfoques. O conceito de marketing de relacionamento foi introduzido em 1983 por Leonard Berry. A abordagem, que remodelou inicialmente o ambiente das compras realizadas entre organizações, envolve cooperação e parceria como elementos necessários para assegurar a competitividade das empresas, possibilitando atingir metas e resultados que sozinhas não conseguiriam. O desenvolvimento de relacionamentos de longo prazo com clientes são fundamentais para o crescimento das organizações. Frequentemente, muitas empresas concentram-se apenas na conquista de novos clientes e esquecem de dar atenção àquilo que deveriam fazer, a fim de que os mesmos fossem mantidos. Na prática, os relacionamentos, as redes e a interação estão no centro dos negócios. O objetivo básico do marketing de relacionamento é a construção e a manutenção de relacionamentos lucrativos com os clientes numa perspectiva de longo prazo, ou seja, desenvolver uma base de clientes comprometidos que sejam rentáveis para a organização. Reter clientes representa desenvolver uma sólida e previsível base financeira para o futuro das atividades empresariais. Nesse sentido, práticas de marketing voltadas ao estabelecimento, desenvolvimento e fortalecimento de relacionamentos lucrativos entre organizações e seus clientes apresentam-se como uma alternativa plausível para o estabelecimento de diferenciais competitivos e para o aumento dos ganhos oriundos da relação. Conforme mencionado anteriormente, existem dois tipos de trocas: as discretas, caracterizadas por uma relação de curta duração e por ganhos imediatos, comunicação limitada e relacionamentos pessoais mínimos; as relacionais, as quais ocorrem em virtude da continuidade das transações e do histórico da relação, da aproximação das partes e do planejamento futuro previsto para os participantes do negócio. Fonte: sixdoo.com Trocas relacionais estreitam a ligação entre empresas e clientes, estimulando a preferência e a lealdade e desenvolvendo barreiras de saída, ou migração do cliente para a concorrência. Uma vez atraídos para a empresa, os clientes estarão mais dispostos a permanecer num relacionamento enquanto estiverem sendo constantemente supridos com produtos e serviços de qualidade e bom valor ao longo do tempo. Muitos autores fazem analogias comparando o marketing de relacionamento a casamentos, visto que precisam ser alimentados reciprocamente, ou seja, o relacionamento é um contrato oneroso que envolve comprometimento mútuo em que benefícios e sacrifícios são inerentes às partes. Nessa perspectiva, as partes comprometem-se a efetuar trocas entre si, tornando-se interdependentes ao longo do tempo. Entretanto, a continuidade do relacionamento dependerá do esforço e da forma com que a relação será administrada. O relacionamento entre as partes é fruto do comportamento das organizações envolvidas no processo. Trocas relacionais bem-sucedidas implicam ganhos mútuos, ou seja, ganhos permanentes a longo prazo, os quais devem compensar os investimentos feitos no relacionamento. Quando se fala em investimentos, é importante destacar que muitos sacrifícios são feitos com o propósito de obter lucros e vantagens a longo prazo. A construção de um relacionamento pode ser desenvolvida a partir de um amplo sistema de trocas e com diversos parceiros. Conforme ilustra a Figura 1, nem sempre o relacionamento se desenvolve com o consumidor final. Numa visão mais ampla, as alianças estratégicas entre concorrentes, empresas, governo, parcerias com empresas sem fins lucrativos, entre outros, também se constituem numa forma de relacionamento. Nos mercados business to business os relacionamentos de longo prazo estabelecidos entre parceiros atuam como fonte de sucesso para as empresas que desejam manter-se no mercado. Na perspectiva do marketing de relacionamento, para um relacionamento de longo prazo acontecer, dois atributos essenciais precisam estar presentes na relação: 3.1 Confiança A confiança pode ser traduzida como a crença de que a outra parte envolvida no negócio é honesta e cumprirá com suas promessas e obrigações. Em empresas de serviço, a confiança é percebida pelas práticas e políticas da empresa e pelas atitudes e ações dos funcionários da linha de frente. A confiança é uma característica da qualidade do relacionamento e a possibilidade de vendas futuras dependerá dessa qualidade ou da habilidade dos vendedores em reduzir a incerteza percebida. A maioria dos consumidores prefere não trocar de fornecedor, principalmente quando se fez algum tipo de investimento no relacionamento. Entretanto, o que determinará a continuidade da relação é a confiança estabelecida entre ambos. Se um fornecedor de produtos ou prestador de serviços conhece seu consumidor, suas preferências, e planejou sua oferta a fim de atender pontualmenteas necessidades deste consumidor ao longo do tempo, a mudança de fornecedor implicaria ensinar a um novo fornecedor todos esses elementos. A confiança é tida como a principal determinante do comprometimento no relacionamento, ou seja, relacionamentos em que a confiança é proeminente são tão valorizados a ponto de que as partes queiram comprometer-se com esses. 3.2 Comprometimento O comprometimento está relacionado à importância do relacionamento para os parceiros e o desejo de continuidade da relação. A essência do comprometimento é estabilidade e sacrifício, ou seja, o relacionamento durará o suficiente para que as partes alcancem seus objetivos e benefícios, mesmo que para isso alguns sacrifícios sejam necessários. Se os benefícios forem maiores que os sacrifícios, certamente o investimento no relacionamento é tido como compensatório. O modelo KMV (Key Mediating Variable) de marketing de relacionamento ilustra que o comprometimento e a confiança são posicionados como variáveis mediadoras entre cinco antecedentes e cinco outputs (ou resultados), conforme mostra a Figura 2. O enfoque nas relações de longo prazo passa, principalmente a partir da década de 1980, a contemplar, juntamente com a satisfação de clientes, teorias sobre retenção de clientes e lealdade, embasada no fato de que clientes relacionais trazem maiores benefícios para as empresas, menores custos e menores chances de deserção. A única forma de as empresas conseguirem uma carteira de clientes leais é por meio da construção de relacionamentos, que devem estar embasados em sólido comprometimento e confiança. 3.3 Retenção de clientes A retenção de clientes objetiva focalizar os esforços de marketing da empresa na base de clientes existentes. Mais especificamente, em vez de procurar novos clientes, as empresas empenham-se em satisfazer os clientes atuais, com a intenção de estabelecer com eles relacionamentos de longo prazo. A retenção está relacionada aos motivos pelos quais os clientes preferem um determinado fornecedor em detrimento de outros, além da intenção e da efetiva repetição de compra ao longo do tempo com o tal fornecedor. A ênfase dada por algumas empresas às práticas de retenção emerge das seguintes premissas: atrair novos clientes torna-se mais oneroso para a empresa do que manter clientes atuais; clientes atuais efetuam mais trocas com a empresa e, por consequência, trazem maiores lucros; clientes atuais reclamam menos e são mais abertos a novas negociações. Considerando o impacto que retenção de clientes traz para as empresas, alguns fatos tornam essa estratégia ainda mais importante: Estagnação do mercado de consumo – diminuição do crescimento populacional (no Brasil o crescimento populacional em meados da década de 1980 era, em média, de 2,4%aa; a previsão para 2020 será de um crescimento de 0,95%aa e no Rio Grande do Sul, por exemplo, de 0,76%aa); Distanciamento entre o comprador e o vendedor em razão das novas fronteiras assumidas pelo comércio – as transações podem ser realizadas pelo telefone, de forma on-line, ou pelo correio, entre outras; Aumento da concorrência (tanto de empresas regulamentadas como desregulamentadas); Custos de ações de marketing têm aumentado significativamente ao mesmo tempo em que o excesso de informação passa a ser menos eficaz, diluindo as chances da mensagem de um anunciante alcançar o público desejado; Diminuição da capacidade diferenciação das empresas; Aumento no número de intermediários em virtude do tamanho de mercado – fato que diminui a chance de retenção se o intermediário não representar bem a empresa; Mudança no perfil dos clientes – mais informados e exigentes. 3.3.1 Principais benefícios da retenção de clientes: Lucros derivados das vendas: em razão da relação estabelecida com a empresa, as vendas repetidas acabam por acontecer. Clientes engajados em relacionamentos com a empresa estão dispostos a pagar mais pela oferta. Isso ocorre porque os clientes se acostumaram com a empresa, com os funcionários e com a maneira como o serviço é prestado, diminuindo, assim, o risco para o cliente; Lucros provenientes de custos operacionais reduzidos: pesquisas indicam que conservar um cliente é de três a cinco vezes mais barato que captar um cliente novo. O relacionamento estabelecido torna os clientes mais receptivos a esforços da empresa, além de o custo do cliente ser menor, ou seja, clientes que já conhecem a empresa, suas políticas e suas normas e procedimentos fazem menos perguntas, demandam menos tempo por parte dos atendentes, têm menos problemas e exigem menos atenção; Lucros provenientes de recomendações: a retenção causa boca a boca positivo. Clientes satisfeitos tornam-se importantes fontes de informação e comunicação da empresa. Em razão disso, esforços em satisfazer clientes que já possuem relacionamentos com a empresa devem ser contínuos; Maior resistência à persuasão de concorrentes: quando os clientes estão engajados num relacionamento com a empresa, tendem a ser mais resistentes a ofertas concorrentes. Embora o enfoque em estratégias de relacionamento tenha sido amplamente abordado na literatura do marketing como ferramenta indispensável à retenção de clientes, destaca-se que, além do tempo de relacionamento, a experiência prévia do cliente com a empresa pode afetar seus julgamentos e atitudes subsequentes, influenciando o interesse de continuidade do relacionamento. Nesse sentido, para se obter uma performance empresarial de longo prazo, é preciso priorizar a completa satisfação do cliente, principalmente em mercados nos quais a competição é acirrada. Empresas que se empenham em manter consumidores satisfeitos possuem maiores chances de obtenção de lucro em função da relação existente entre a satisfação e o lucro por meio da retenção de clientes. Observa-se que com a melhoria dos atributos dos produtos e serviços ofertados a satisfação do cliente pode aumentar, contribuindo para o incremento na taxa de retenção dos clientes e, consequentemente, no lucro da empresa. Clientes satisfeitos são mais propensos a recompra, além de estarem mais propensos a permanecerem com a empresa. A permanência do cliente é essencial para a lucratividade das empresas no longo prazo. Entretanto, muitas empresas se guiam pela armadilha da satisfação, crença que entende a satisfação do cliente e a percepção de qualidade do produto/serviço como as únicas maneiras de gerenciar a retenção de clientes. De fato, clientes satisfeitos permanecem fazendo negócios com a empresa, entretanto, a satisfação é um passo para o alcance da retenção dos clientes, não devendo ser considerada a única variável mediadora, pois não fornece informações suficientes em relação à entrega de valor para os clientes. 3.4 Táticas de retenção de clientes A literatura de marketing apresenta diversas táticas que podem ser empregadas para a retenção de clientes. Entre as quais estão: 1. Criar relacionamentos confiantes: Proteger informações confidenciais dos clientes; Não fazer observações depreciativas sobre outros clientes e concorrentes; Ser confiável, cortês e respeitoso. 2. Lembrar-se dos clientes: Tornar o contato sincero e leal; Lembrar datas importantes para o cliente. 3. Treinar os clientes a utilizar seus produtos e serviços: Evitar frustrações do cliente por não saber operar equipamentos, sistemas ou não entender os procedimentos da empresa. 4. Estar presente quando for solicitado, principalmente em caso de problemas com a performance dos produtos/serviços.5. Desenvolver programas que incentivem a recompra. 6. Criar programas de reconhecimento e tratamentos especiais – em muitos casos, os melhores clientes de uma empresa dão valor a outros tipos de benefícios (atenção individualizada, ser reconhecido pelo nome como um dos melhores clientes), além das recompensas financeiras. 7. Oferecer garantias de serviço. 8. Desenvolver programas de conexão de afinidade e emocional: conheça os interesses dos clientes e desenvolva produtos/serviços complementares embasados em seus interesses principais. 9. Desenvolver e disponibilizar programas de criação de conhecimento: utilizar informações de banco de dados para criar transações futuras mais eficazes e eficientes para ambos – através da revelação de preferências por parte dos clientes e reação da empresa (encantamento). 10. Dar ênfase aos esforços de marketing após a venda inicial, o que envolve: Identificar clientes e criar banco de dados para que eles possam ser facilmente contatados depois da venda realizada; Estabelecer programas formais de comunicação com o cliente; Monitorar falhas na empresa; Criar por toda a empresa uma cultura que reforce a importância de manter um relacionamento com cliente após a venda inicial. 11. Identificar os serviços que possam agregar valor à oferta. 12. Administrar a deserção de clientes: monitorar os motivos que levam os clientes a abandonarem a empresa e usar as informações para melhorar o sistema de prestação de serviço. 13. Monitorar a satisfação dos clientes: clientes satisfeitos tendem a recomendar a empresa e sentem-se estimulados a permanecer no relacionamento. 14. Incentivar a reclamação de clientes: em muitos setores, é provável que a falha só venha a ser conhecida pela empresa se for trazida pelo cliente através de uma reclamação. Os reclamantes fornecem à empresa a oportunidade de recuperar o cliente e aperfeiçoar o sistema a fim de evitar novas falhas. 15. Desenvolver estratégias de recuperação de clientes: em caso de falhas ocorridas, desenvolver ações corretivas buscando maximizar a satisfação do cliente. Assim, embora a experiência do cliente não tenha sido plenamente satisfatória, ele perceberá que a empresa é confiável e está comprometida com os interesses do cliente, buscando cumprir com suas promessas. Fonte: www.abraseunegocio.com.br A retenção de clientes, conforme mencionado, implica inúmeros benefícios para a empresa. Entretanto, é preciso analisar quais clientes merecem ser retidos, a fim de melhor direcionar os esforços de retenção. As empresas que focalizam seus esforços em programas de retenção descobrem que eles são compensadores e altamente lucrativos. Ratifica-se que os benefícios decorrentes da retenção e da lealdade dos clientes normalmente se refletem nos motivos pelos quais um concorrente torna-se mais lucrativo do que outro. Assim, o reconhecimento da importância da retenção traz consigo a necessidade de conhecer profundamente os processos pelos quais os clientes estabelecem trocas com as organizações. Isso implica a constante criação de valor para o consumidor por meio de uma experiência que permita entregar um pacote de benefícios superior ao ofertado pela concorrência. 4 O EMPREENDEDOR E O PLANO DE NEGÓCIO Fonte: www.portaldobibliotecario.com Cada empreendimento tem características específicas, determinadas por suas peculiaridades e seu inter-relacionamento com o mercado. A sua estrutura deve ser adequada à estratégia traçada para o negócio. Nestas circunstâncias, cada negócio tem o modelo mais apropriado à sua realidade, de tal forma que permita o seu melhor desempenho. A importância do Plano de Negócio afirmando que o principal problema dos empreendedores brasileiros é a falta de planejamento: “Nada substitui a visão e o planejamento. O plano de negócios é uma excelente arma para prosperar nos negócios.” 4.1 Definição de plano de negócio ... “uma ferramenta com a finalidade de planejar o negócio e orientar o empreendedor sobre o mesmo, pois muitos deles têm dificuldades de implementar uma ideia nova ou uma mudança [...] um dos motivos que mantém a estagnação é a falta de visão ordenada do que precisa ser feito, e uma orientação que determine passo- a- passo o que é necessário fazer e que antecipe supostas complicações, torna o processo menos arriscado. Tornar mais nítido o caminho que leva ao alcance do objetivo é o principal motivo de se fazer um plano de negócios. (Dornelas, 2016) Assim sendo o plano de negócio é caracterizado como uma ferramenta com propósito de validar uma ideia de um novo produto ou serviço, orientar a implantação de um negócio, promover a identificação e sensibilização de potenciais parceiros, servir de referencial para acompanhamento e avaliação de objetivos traçados e, ainda, ser um importante instrumento de captação de recursos para viabilização do empreendimento. A taxa de mortalidade das empresas ainda nos primeiros anos de existência é bastante elevada, cerca de 90% no Brasil. As causas podem ser atribuídas, em grande parte, ao lançamento prematuro do novo serviço ou produto no mercado, ou seja, sem um planejamento que fundamente seu lançamento. Tal índice poderia ser reduzido se as empresas e o próprio empreendedor não subestimassem a importância de se preparar um plano de negócio, pois ao redigi-lo o empreendedor é conduzido a examinar de forma minuciosa cada elemento do empreendimento. A falta de planejamento pode levar à mortalidade da empresa justamente por não sinalizar algumas falhas que podem ocorrer durante sua atuação, como: falta de experiência gerencial do empreendedor, falta de capital inicial para abrir o negócio, falta de capital de giro, falta de clientes potenciais, falta de fornecedores, localização geográfica errada, expansão inadequada, excesso de capital em ativos fixos, difícil obtenção de crédito, uso de grande parte de recursos particulares, entre outras. A importância do plano de negócio se justifica e se torna uma ferramenta indispensável tanto na abertura de novos negócios quanto na análise e diagnóstico de empresa já em andamento. É um instrumento essencial, utilizado para diminuir riscos e para que o empreendedor tenha capacidade de estimar o sucesso de sua empresa, mas também pode dar indícios ou evidências de que o empreendimento é irreal: [...]” que existem obstáculos jurídicos ou legais intransponíveis, que os riscos são incontroláveis ou que a rentabilidade é aleatória ou insuficiente para garantir a sobrevivência da empresa ou do novo negócio”. Sua elaboração não garante a eliminação total dos riscos e nem mesmo o sucesso da empresa, mas evita que muitos erros sejam cometidos pela falta de análise. 4.2 A importância do plano de negócios O plano de negócios é uma ferramenta que pode e deve ser usada por todo e qualquer empreendedor, que queira transformar seu sonho em realidade, seguindo o caminho lógico e racional que se espera de um bom administrador. É uma ferramenta para o empreendedor expor suas ideias em uma linguagem, que os leitores do plano de negócios entendam e, principalmente, que mostre a viabilidade e probabilidade de sucesso em seu mercado. O plano de negócios é uma ferramenta que pode ser aplicada tanto no lançamento de novos empreendimentos quanto no planejamento de empresas maduras. A maioria dos planos de negócios resumem-se em textos editados sobre um modelo predeterminado e que não convencem ao próprio empreendedor; por isso, falham, o que leva muitos a pensar que o plano de negócios não serve para nada ou não é uma ferramentas eficiente.Geralmente são escritos como parte dos requisitos de aprovação de um empréstimo, ingresso em uma incubadora de empresas, solicitação de bolsas ou recursos financeiros de órgão do Governo. Costumam ser feitos apenas para esses fins, as pressas, sem muita fundamentação ou, recheados de números mágicos. Como esperar que convençam a um investidor, bancos, potenciais parceiros, fornecedores, à própria empresa internamente, esses que são, geralmente, os públicos-alvo de um plano de negócio? É preciso ter em mente que essa ferramenta dever ser o cartão de visitas do empreendedor, mas também pode ser seu cartão de desqualificação. “As oportunidades são únicas e não podem ser desperdiçadas” 4.3 O conceito básico do plano de negócios é o planejamento Fonte: www.dschool.com.ua O Plano de negócios, é uma ferramenta dinâmica, que deve ser atualizada constantemente, pois o ato de planejar é dinâmico e corresponde a um processo cíclico. O plano de negócios será para o empresário um guia, o qual mostrará o situação atual da empresa e onde ela quer chegar no futuro. 4.4 O que é um plano de negócios É documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócio que sustenta a empresa. A elaboração do plano deve envolver um processo de aprendizagem e autoconhecimento, a ainda permitir ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios. As seções que compõem um plano de negócios geralmente são padronizadas para facilitar o entendimento. Cada uma das seções do plano tem um propósito específico. Um plano de negócios para uma empresa pode ser menor que o de uma grande organização, não ultrapassando talvez dez a quinze páginas. Muitas seções podem ser mais curtas que outras e até ser menor que uma única página de papel. Mas para chegar ao formato final geralmente são feitas muitas versões e revisões até que esteja adequado ao público-alvo. Os aspectos chave que sempre devem ser focados em qualquer plano de negócio são os seguintes. 1. Em que negócio você está? 2. O que você (realmente) vende? 3. Qual é o seu mercado-alvo? 4.5 Por que escrever uma plano de negócios? Em primeiro lugar uma empresa deverá lucrar mais, na média, se dispor de uma planejamento adequado. Uma pesquisa realizada com ex-alunos de administração da Harvard Business School, nos Estados Unidos, concluiu que o plano de negócios aumenta em 60% a probabilidade de sucesso dos negócios. Através do plano de negócio é possível: - Entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio. - Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas - monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessário - conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae, investidores, capitalista de risco etc. - Identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a empresa. - estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o público externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associações, etc.) E porque muitos deixam de escrever um plano de negócios? Algumas respostas: “Eu não necessito de um” “Eu tenho um em minha cabeça” “Eu não sei como começar” “Eu não tenho tempo” “Eu não sou bom com números” “Eu tenho mais do que o suficiente $$$ e não preciso disso, pois já tenho sucesso”. 4.6 A quem se destina o plano de negócios Vários são os públicos-alvo de um plano de negócios: Mantenedores de incubadoras (Sebrae, universidades, prefeituras, governo, associações, etc.): para outorgar financiamentos a estas. Parceiros: para definição de estratégias e discussão de formas de interação entre as partes. Bancos: para outorgar financiamentos para equipamentos, capital de giro, imóveis, expansão da empresa etc. Investidores: empresas de capital de risco, pessoas jurídicas, bancos de investimento, angels, BNDES, governo etc. Fornecedores: para negociação na compra de mercadorias, matéria-prima e formas de pagamento. A empresa internamente: para comunicação da gerência com o conselho da administração e com os empregados (efetivos e em fase de contratação) O clientes para venda do produto e/ ou serviço e publicidade da empresa Sócios: para convencimento em participar do empreendimento e formalização da sociedade. 4.7 A elaboração do plano de negócio Fonte: www.produzindo.net 4.8 Sumário executivo O sumário executivo é um resumo do PLANO DE NEGÓCIO. Não se trata de uma introdução ou justificativa e, sim, de um sumário contendo seus pontos mais importantes. Nele irá constar: Resumo dos principais pontos do plano de negócio; Dados dos empreendedores, experiência profissional e atribuições; Dados do empreendimento; Missão da empresa; Setores de atividades; Forma jurídica; Enquadramento tributário; Capital social; Fonte de recursos. Embora o sumário executivo compreenda a primeira parte do plano, ele só deve ser elaborado após a conclusão do mesmo. Ao ser lido por interessados, ele deverá deixar clara a ideia e a viabilidade de sua implantação. Informações mais detalhadas virão nas partes seguintes. 4.9 Resumo dos principais pontos do plano de negócio Ao descrever o plano, faça um breve relato com suas principais características. Procure mencionar: O que é o negócio; Quais os principais produtos e/ou serviços; Quem serão seus principais clientes; Onde será localizada a empresa; O montante de capital a ser investido; Qual será o faturamento mensal; Que lucro espera obter do negócio; Em quanto tempo espera que o capital investido retorne. Dados dos empreendedores, experiência profissional e atribuições Aqui você irá informar os dados dos responsáveis pela administração do negócio. Faça também uma breve apresentação de seu perfil, destacando seus conhecimentos, habilidades e experiências anteriores. Pense em como será possível utilizar isso a favor do seu empreendimento. 4.10 Dados do empreendimento Nesta etapa, você irá informar o nome da empresa e o número de inscrição no CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – se a mesma já estiver registrada. Caso contrário, indique o número do CPF do empreendedor. 4.11 Missão da empresa A missão da empresa é o papel que ela desempenha em sua área de atuação. É a razão de sua existência hoje e representa o seu ponto de partida, pois identifica e dá rumo ao negócio. Para definir a missão, procure responder às seguintes perguntas: Qual é o seu negócio? Quem é o consumidor? O que é valor para o consumidor? O que é importante para os empregados, fornecedores, sócios, comunidade, etc. Veja alguns exemplos de missão: Empresa de alimentos. Servir alimentos saborosos e de qualidade com rapidez e simpatia, em um ambiente limpo e agradável. Locadora de veículos. Oferecer soluções em transporte, por meio do aluguel de carros, buscando a excelência. Hospital. Promover a melhoria da qualidade de vida e satisfação das pessoas, praticando a melhor medicina, por meio de uma organização hospitalar autossustentável. 4.12 Setores de atividade Defina qual é o negócio de sua empresa e, em seguida, assinale em qual(is) setor(es) sua empresa pretende atuar. Para ajudá-lo, leia a seguir as explicações sobre os principais setores da economia. Fonte: fluxoconsultoria.poli.ufrj.br 4.13 Agropecuária São os negócios cuja atividade principal diz respeito ao cultivo do solo para a produção de vegetais (legumes, hortaliças, sementes, frutos, cereais, etc.) e/ou a criação e tratamentode animais (bovino, suíno, etc.). Exemplos: plantio de pimenta, cultivo de laranja, apicultura, criação de peixes ou cabras. 4.14 Indústria São as empresas que transformam matérias-primas em produtos acabados, com auxílio de máquinas ou manualmente. Abrange desde o artesanato até a moderna produção de instrumentos eletrônicos. Exemplos: fábrica de móveis, confecção de roupas, marcenaria. 4.15 Comércio São as empresas que vendem mercadorias diretamente ao consumidor – no caso do comércio varejista – ou aquelas que compram do fabricante para vender para o varejo – comércio atacadista. Exemplos: papelaria, lanchonete, loja de roupas, distribuidora de bebidas. 4.16 Prestação de serviços São as empresas cujas atividades não resultam na entrega de mercadorias e, sim, no oferecimento do próprio trabalho ao consumidor. Exemplos: lavanderia, oficina mecânica, escola infantil. 4.17 Forma jurídica O primeiro passo para que uma empresa exista é a sua CONSTITUIÇÃO formal. Para tanto, é necessário definir sua forma jurídica. A forma jurídica determina a maneira pela qual ela será tratada pela lei, assim como o seu relacionamento jurídico com terceiros. A seguir, você encontrará informações básicas sobre as formas jurídicas mais comuns para micro e pequenas empresas: Sociedade Limitada Nesse tipo de empresa duas ou mais pessoas associam-se para a criação de uma pessoa jurídica, com existência e patrimônio distintos da pessoa física dos sócios. Quem exerce a atividade empresarial é a sociedade (representada pelos seus administradores), e quem responde pelas dívidas contraídas é o patrimônio da sociedade. Em síntese, a responsabilidade dos sócios é limitada. Mas cuidado! Havendo indícios de abuso ou confusão patrimonial, a personalidade jurídica pode ser desconsiderada, respondendo então os sócios e administradores pelos débitos. Empresário É aquele que exerce individualmente e de maneira organizada atividades voltadas para a produção ou comercialização de bens e serviços, sendo obrigatório seu registro na Junta Comercial. Não há a presença de sócios e o proprietário assume integralmente a responsabilidade pelos resultados e riscos. Nesse tipo de empresa, o dono responsabiliza-se pelas obrigações da empresa, que são ILIMITADAS, isto é, o patrimônio pessoal pode ser exigido para o pagamento de certas dívidas, como por exemplo: débitos trabalhistas, com fornecedores, tributos, danos ao consumidor, danos ambientais, etc. Capital Social O capital social é representado por todos os recursos (dinheiro, equipamentos, ferramentas, etc.) colocado(s) pelo(s) proprietário(s) para a montagem do negócio. Mais adiante, ao elaborar o plano financeiro do seu empreendimento, você saberá o total do capital a ser aplicado. Caso você escolha ter uma sociedade, será preciso determinar o valor do capital que cada sócio irá investir e o seu percentual. Fonte de recursos Aqui você irá determinar de que maneira serão obtidos os recursos para a implantação da empresa. Para o início das atividades, você pode contar com recursos próprios, de terceiros ou com ambos. Recursos próprios envolvem a aplicação por parte do(s) proprietário(s) do capital necessário para a abertura da empresa, já a utilização de recursos de terceiros compreende a busca de investidores ou de empréstimos junto a instituições financeiras. 5 ANÁLISE DE MERCADO Fonte: empreendedoras.com.br 5.1 Estudo dos clientes Esta é uma das etapas mais importantes da elaboração do seu plano. Afinal, sem clientes não há negócios. Os clientes não compram apenas produtos, mas soluções para algo que precisam ou desejam. Você pode identificar essas soluções se conhecê-los melhor. Para isso, responda às perguntas e siga os passos a seguir: 1º passo: identificando as características gerais dos clientes. Se pessoas físicas Qual a faixa etária? Na maioria são homens ou mulheres? Têm família grande ou pequena? Qual é o seu trabalho? Quanto ganham? Qual é a sua escolaridade? Onde moram? Se pessoas jurídicas (outras empresas) Em que ramo atuam? Que tipo de produtos ou serviços oferecem? Quantos empregados possuem? Há quanto tempo estão no mercado? Possuem filial? Onde? Qual a sua capacidade de pagamento? Têm uma boa imagem no mercado? 2º passo: identificando os interesses e comportamentos dos clientes. Que quantidade e com qual frequência compram esse tipo de produto ou serviço? Onde costumam comprar? Que preço pagam atualmente por esse produto ou serviço similar? 3º passo: identificando o que leva essas pessoas a comprar. O preço? A qualidade dos produtos e/ou serviços? A marca? O prazo de entrega? O prazo de pagamento? O atendimento da empresa? 4º passo: identificando onde estão os seus clientes. Qual o tamanho do mercado em que você irá atuar? É apenas sua rua? O seu bairro? Sua cidade? Todo o Estado? O País todo ou outros países? Seus clientes encontrarão sua empresa com facilidade? 5.2 Estudo dos concorrentes Fonte: www.docusign.com.br Você pode aprender lições importantes observando a atuação da concorrência. Procure identificar quem são seus principais concorrentes. A partir daí, visite-os e examine suas boas práticas e deficiências. Lembre-se de que concorrentes são aquelas empresas que atuam no mesmo ramo de atividade que você e que buscam satisfazer as necessidades dos seus clientes. Lembre-se: a concorrência também deve ser vista como uma situação favorável. Bons concorrentes servem como parâmetro de comparação e de parceria, além de ser uma fonte de estímulo à melhoria. 5.3 Estudo dos fornecedores O mercado fornecedor compreende todas as pessoas e empresas que irão fornecer as matérias-primas e equipamentos utilizados para a fabricação ou venda de bens e serviços. Inicie o estudo dos fornecedores levantando quem serão seus fornecedores de equipamentos, ferramentas, móveis, utensílios, matérias-primas, embalagens, mercadorias e serviços. Relações de fornecedores podem ser encontradas em catálogos telefônicos e de feiras, sindicato, entre outros. Outra fonte rica de informações é a Internet. Mantenha um cadastro atualizado desses fornecedores. Pesquise, pessoalmente ou por telefone, questões como: preço, qualidade, condições de pagamento e o prazo médio de entrega. Essas informações serão úteis para determinar o investimento inicial e as despesas do negócio. Preenchendo o quadro de estudo dos fornecedores, você terá uma melhor visão de quem são e de como atuam seus fornecedores. Fique de olho: olho Analise pelo menos três empresas para cada artigo necessário; Mesmo escolhendo um entre vários fornecedores, é importante manter contato com todos, ou pelo menos com os principais, pois não é possível prever quando um fornecedor enfrentará dificuldades; Ao adquirir matérias-primas, insumos ou mercadorias faça um estudo de verificação da capacidade técnica dos fornecedores. Todo fornecedor deve ser capaz de suprir o material ou as mercadorias desejadas, na qualidade exigida, dentro do prazo estipulado e com o preço combinado; A tomada e a comparação de preços facilitam a coleta de informações sobre aquilo que se deseja adquirir, aumentando as chances de se tomar decisões mais acertadas; Verifique se é exigida quantidade mínima de compra e lembre-se de evitar intermediários, sempre que possível. BIBLIOGRAFIA ALVAREZ, Francisco J. S.
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