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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA RELATÓRIO DE AULAS EXPERIMENTAIS (PRÁTICA 06) SOLUBILIDADE DISCENTES Fausto Eduardo Bimbi Júnior Selva Priscila Ricardi Orneles PROFESSOR RESPONSÁVEL Prof. Dr. Cláudio Teodoro de Carvalho Dourados 17 de abril de 2015 – Brasil. RESUMO Realizaram-se experimentos para se observar o conceito de misturas homogêneas e heterogêneas utilizando a água (H2O), etanol (C2H6O), hexano (C₆H₁₄) e o butano (C₄H₉OH). Foi realizada a purificação através dos processos de extração do iodo (I) com água (H2O) e hexano (C₆H₁₄) e a recristalização do acetilsalicílico (C9H8O4) através de uma solução de ácido acetilsalicílico (C9H8O4), etanol (C2H6O) e água (H2O). Palavras-chaves: heterogênea, homogênea, extração, recristalização. INTRODUÇÃO Ao se tratar de solubilidade, comumente se ouve falar que o semelhante dissolve o semelhante, ou seja, uma substância polar tende a se dissolver em um solvente polar e uma substância apolar tende a se dissolver em um solvente apolar [1]. Quando adicionamos sal (NaCl) à água (H2O) continuamente em temperatura constante e agitando, é possível observar que, em dado momento, não ocorrerá a dissolução do sal (NaCl); isso ocorrerá quando houver aproximadamente 360 g de sal (NaCl) para cada litro de água (H2O). A partir desse ponto, dizemos que a solução tornou-se saturada ou que a solução atingiu o seu ponto de saturação, pois qualquer quantidade de sal que for adicionada ao sistema irá precipitar ou formar corpo de fundo [2]. Por meio do último exemplo pode-se observar que existe uma quantidade limite ou quantidade máxima de soluto que irá se dissolver em determinada quantidade de solvente, que chamamos de coeficiente de solubilidade. O coeficiente de solubilidade varia de acordo com o soluto, a quantidade de solvente e a temperatura em que se encontra a solução [3]. Quando é colocada uma quantidade de soluto abaixo de seu coeficiente de solubilidade, temos uma solução insaturada. Se a quantidade de soluto for exatamente o valor do coeficiente angular teremos uma solução saturada e no caso de quantidade de soluto ultrapassar o valor do coeficiente de solubilidade, teremos uma solução supersaturada com a presença de corpo de fundo [4]. Para tornar uma mistura mais pura pode-se utilizar o processo de recristalização que consiste na dissolução do sólido em um solvente quente e logo esfriar lentamente. Na baixa temperatura, o material dissolvido tem menor solubilidade, ocorrendo o crescimento de cristais. Se o processo for lento ocorre à formação de cristais então chamamos de cristalização, se for rápida chamamos de precipitação. O crescimento lento dos cristais, camada por camada, produz um produto puro, assim as impurezas ficam na solução [5]. Outro meio de purificação é o processo de extração que consiste na separação com solventes, e é geralmente empregada quando se quer isolar uma substância que se encontra dissolvida em outra substância líquida [6]. OBJETIVO Identificar e compreender algumas variáveis que afetam a solubilidades, efetuando técnicas simples de extração, recristalização e filtração. METODOLOGIA MATERIAIS Bacia plástica com gelo; Bastão de vidro Béquer; Funil; Papel filtro; Pipeta Pasteur; Pisseta; Suporte para tubos de ensaio; Suporte universal; Tubo de ensaio com rolha; Tubo de ensaio; 4.2 REAGENTES Água (H2O); Hexano (C₆H₁₄); Acetanilida ou ácido acetilsalicílico (C9H8O4); Butanol (C₄H₉OH); Etanol (C2H6O); Iodo (I) 0,03%; PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Miscibilidade de líquidos Prepararam-se seis misturas em seis tubos de ensaio numerados de 1 a 6. Agitou-se cada tubo com cuidado de forma a homogeneizar a mistura. Observou-se o que ocorreu em cada tubo e anotou-se o resultado. Extração Colocou-se cerca de 3 ml de solução aquosa saturada de iodo (I) no tubo de ensaio com rolha. Adicionou-se cerca de 1 ml de querosene. Não se agitou e a anotou-se as observações. Colocou-se a rolha no tubo e agitou-se. Esperou-se a mistura descansar e anotaram-se as observações. Recristalização Pesou-se 0,5 g de Acetanilida (C9H8O4) em um béquer e adicionou-se 4 ml de etanol, agitou-se até a dissolução. Adicionou-se 20 ml de água destilada (H2O) e agitou-se. Deixou-se em banho de gelo em uma bacia plástica. Montou-se um sistema para filtração e filtrou-se a substancia recristalizada. Terminada a filtração, retirou-se o papel com a acetanilida (C9H8O4) pura e guardou-a em local apropriado. RESULTADOS E DISCUSSÃO Miscibilidade de líquidos Tubo de ensaio 1 3 ml de H2O + 1 ml de etanol Mistura homogênea Tubo de ensaio 2 3 ml de H2O + 1 ml de butanol Mistura heterogênea Tubo de ensaio 3 3 ml de H2O + 1 ml de hexano Mistura heterogênea Tubo de ensaio 4 3 ml de etanol + 1 ml de butanol Mistura homogênea Tubo de ensaio 5 3 ml de etanol + 1 ml de hexano Mistura homogênea Tubo de ensaio 6 3 ml de butanol + 1 ml de hexano Mistura homogênea Pode-se observar que a água (H2O) é polar, o etanol (C2H6O) tem grupo polar (hidroxila OH) e cadeia apolar (CH3CH2) e que o hexano (C₆H₁₄) e o butano (C₄H₉OH) são apolares. Extração 3 ml de solução aquosa de iodo + 1 ml de hexano = mistura heterogênea de duas fases. Violeta em cima (iodo + hexano) e laranja em baixo (iodo + água). Pode-se observar que o iodo (I) presente em sua solução aquosa passou a se concentrar no hexano (C₆H₁₄), e uma pequena parte deste permaneceu na água. Quando se agitou a mistura podem-se observar os mesmos resultados. Recristalização Ocorreu a recristalização do ácido acetilsalicílico (C9H8O4) ocorrendo à formação de cristais puros que foram separados da solução através do processo de filtração. Se houvesse um maior tempo de recristalização, pode-se dizer que haveria um maior aproveitamento na quantidade e qualidade dos cristais obtidos. CONCLUSÃO Conclui-se que semelhante dissolve o semelhante, ou seja, uma substância polar tende a se dissolver em um solvente polar e uma substância apolar tende a se dissolver em um solvente apolar e que é possível purificar uma amostra através dos processos de extração e recristalização. REFERÊNCIAS
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