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Relatório 4 Química Geral UFGD (2015)

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
	
	
RELATÓRIO DE AULAS EXPERIMENTAIS (PRÁTICAS 08-09)
 
PADRONIZAÇAO DE SOLUÇOES
TITULAÇAO
DISCENTES
Beatriz Nantes Soares
Fausto Eduardo Bimbi Júnior
Katia Pereira Couto
Pedro Pigossi
PROFESSOR RESPONSÁVEL
Prof. Dr. Cláudio Teodoro de Carvalho
Dourados 26 de Outubro de 2015 – Brasil.
RESUMO
Realizaram-se três experimentos, o primeiro foi padronizar o padrão secundário hidróxido de sódio (NaOH) utilizando o padrão primário biftalato de potássio (C8H5KO4), o segundo foi a titulação de acido clorídrico padronizado (HCl) 0,1 mol/L no hidróxido de sódio (NaOH) para se determinar sua real molaridade, e o terceiro experimento foi a titulação de hidróxido de sódio (NaOH) 0,1000 mol/L que foi padronizado no experimento anterior, para determinar a molaridade do acido clorídrico (HCl).
Palavras-chaves: padronização; titulação; molaridade.
INTRODUÇÃO
	Concentração é o termo utilizado para fazer a relação entre a quantidade de soluto e a quantidade de solvente em uma solução. As quantidades podem ser dadas em massa, volume, mol [1].
	A padronização de uma solução convém para determinação de sua concentração real. Uma solução padrão é a solução cuja concentração é conhecida, esta pode ser preparada a partir de um padrão primário. Sendo substância primária ou padrão primário, a substância que deve atender alguns requisitos: grau de pureza superior a 99,95%; fácil obtenção, dessecação e conservação; estável tanto em solução como no estado sólido; não higroscópico nem volátil; não reagir com a luz; elevado peso molecular, ser facilmente solúvel nas condições em que será empregada. Exemplos de padrão primário são: Oxalato de sódio (Na2C2O4) (99,95 %), Ácido benzoico (C₇H₆O₂) (99,985), biftalato de potássio (C8H5O4K) (99,99 %), dicromato de potássio (K2Cr2O7) (99,98 %) [2].
	O padrão secundário é um composto cuja pureza pode ser estabelecida por análise química e que serve como referência na titulação. Quando não há disponível um padrão primário usa-se uma solução de um reagente (padrão secundário) com concentração aproximada da desejada para titular uma massa conhecida de um padrão primário. Exemplos de padrão secundário são: Nitrato de prata (AgNO3), hidróxido de sódio (NaOH), permanganato de potássio (MnO4) [3].
	A titulação é um processo físico para determinação da concentração em valores específicos de uma substância desconhecida podendo ser esta de natureza ácida ou alcalino-básica. Quando a substancia de concentração desconhecida é um ácido usamos uma base de concentração conhecida para determinar a concentração do ácido, e vice-versa. Existem dois tipos de titulação: 
Titulação ácido-base: onde as hidroxilas da base (concentração conhecida) se combinam com os hidrogênios ionizáveis do ácido aumentando o valor do pH até o ponto de viragem ou neutro (em que a solução passa a ser formada por água e sais).
Titulação de oxi-redução: ocorre a troca de elétrons entre os oxidantes e redutores, onde oxidantes fortes ganham mais elétrons assim como os redutores perdem [4].
	Os principais reagentes utilizados em uma titulação são hidróxido de sódio (NaOH), acido clorídrico (HCl) e o indicador fenolftaleína (C20H14O4).
	O hidróxido de sódio (NaOH), também conhecido como soda cáustica, é um hidróxido cáustico usado na indústria (principalmente como uma base química) na fabricação de papel, tecidos, detergentes, alimentos e biodiesel. Apresenta ocasionalmente uso doméstico para a desobstrução de encanamentos e sumidouros, pois dissolve gorduras. É altamente corrosivo e pode produzir queimaduras, cicatrizes e cegueira devido à sua elevada reatividade. Reage de forma exotérmica com a água e é produzido por eletrólise de uma solução aquosa de cloreto de sódio (salmoura), sendo produzido juntamente com o cloro. É uma base forte e por isso reage com ácidos (orgânicos e inorgânicos) gerando sais e água [5].	A fenolftaleína (C20H14O4) é um indicador de pH que se apresenta normalmente como um sólido em pó branco. É insolúvel em água e solúvel em etanol. Utilizada frequentemente em titulações, na forma de suas soluções alcoólicas, mantém-se incolor em soluções ácidas e torna-se cor-de-rosa em soluções básicas. A sua cor muda a valores de pH entre pH 8,2 e pH 9,8. Por esta propriedade e sua destacada e intensa cor é comumente utilizado como indicador de pH [6].
	O acido clorídrico (HCl) é um ácido inorgânico forte, também conhecido como acido muriático, vendido em concentrações de no mínimo 33%. Sua aparência é de um líquido incolor ou levemente amarelado. Altamente higroscópico, ou seja, absorve água da atmosfera, deve ter seu frasco permanentemente vedado para não variar a sua concentração. Outro motivo pra que o frasco permaneça fechado é que, em altas concentrações, o ácido exala vapores altamente irritantes para os olhos e nariz. Uma fato curioso sobre o ácido clorídrico (HCl) é que, apesar dele ser altamente tóxico em caso de ingestão na sua forma líquida, esse ácido está presente no suco gástrico [7].
OBJETIVO
Utilizar a padronização e a titulação para determinar a concentração real de soluções com concentrações desconhecidas.
METODOLOGIA 
MATERIAIS
Balança analítica;
Bastão de vidro;
Béquer;
Bureta;
Erlenmeyer;
Garras;
Pera;
Pipeta volumétrica;
Pisseta;
Suporte universal;
4.2 REAGENTES
Água (H2O); 
Biftalato de potássio (C8H5KO4);
Fenolftaleína (C20H14O4);
Solução de acido clorídrico (HCl);
Solução de hidróxido de sódio (NaOH);
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
EXPERIMENTO 8: PADRONIZAÇAO DE SOLUÇOES
	Pesou-se em um béquer, em uma alanca analítica com precisão de 0,0001 cerca de 0,1000g de biftalato de potássio (C8H5KO4) previamente seco.
	Transferiu-se quantitativamente o sal, do béquer para um erlenmeyer de 100 ml.
	Acrescentou-se agua destilada e agitou-se ate dissolver o sal que esta no erlenmeyer, utilizando um bastão de vidro.
	Adicionaram-se três gotas de fenolftaleína (C20H14O4).
	Adicionou-se a solução de hidróxido de sódio (NaOH), a ser padronizada, na bureta de 25 ml e aferiu-se o menisco.
	Fez-se a titulação ate que a solução que esta no erlenmeyer passou da coloração incolor para o rosa.
	Anotou-se o volume gasto na bureta.
	Repetiu-se mais duas vezes esse procedimento.
	Fez-se uma media dos volumes gastos e determinou-se a concentração real da solução de hidróxido de sódio (NaOH). 
EXPERIMENTO 9: TITULAÇAO
Amostra alcalina:
	Montou-se o aparato experimental da titulação.
	Adicionou-se o acido clorídrico padronizado na bureta.
	Em um erlenmeyer, com o auxilio de uma pipeta volumétrica, adicionou-se 10ml da amostra alcalina, com concentração desconhecida.
	Adicionaram-se três gotas de fenolftaleína (C20H14O4) no erlenmeyer.
	Procedeu-se a titulação.
	Repetiu-se o procedimento uma vez.
	Fez-se uma media dos volumes utilizados e determinou-se a concentração da amostra desconhecida.
Amostra ácida:
	Montou-se o aparato experimental da titulação.
	Adicionou-se o hidróxido de sódio (NaOH) padronizado na bureta.
	Em um erlenmeyer, com o auxilio de uma pipeta volumétrica, adicionou-se 10ml da amostra acida, com concentração desconhecida.
	Adicionaram-se três gotas de fenolftaleína (C20H14O4) no erlenmeyer.
	Procedeu-se a titulação.
	Repetiu-se o procedimento uma vez.
	Fez-se uma media dos volumes utilizados e determinou-se a concentração da amostra desconhecida.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
EXPERIMENTO 8: PADRONIZAÇAO DE SOLUÇOES
	
	Reação do biftalato de potássio (C8H5KO4) com o hidróxido de sódio (NaOH) forma sal (C8H4O4NaK) + agua (H2O). 
1 C8H5KO4 + 1 NaOH 1 C8H4O4NaK + 1 H2O
	Prática 1:
	Peso do béquer: 46,980g
	Peso do erlenmeyer: 81,123g
	Peso do biftalato de potássio (C8H5KO4): 0,104g
	Volume da solução de biftalato de potássio (C8H5KO4) gasto: Ocorreu um erro no fechamentoda torneira da bureta e o valor foi descartado.
	Prática 2:
	Peso do béquer: 31,818g
	Peso do erlenmeyer: 81,981g
	Peso do biftalato de potássio (C8H5KO4): 0,099g
	Volume da solução de biftalato de potássio (C8H5KO4) gasto: 4,8ml
	Prática 3:
	Peso do béquer: 31,826g
	Peso do erlenmeyer: 65,545g
	Peso do biftalato de potássio (C8H5KO4): 0,108g
	Volume da solução de biftalato de potássio (C8H5KO4) gasto: 5,2ml
	Béquer do hidróxido de sódio (NaOH): 32,614g
	Hidróxido de sódio (NaOH): 0,215g
	Média do volume da solução de biftalato de potássio (C8H5KO4) gasto: 5,0ml
	Média das massas de biftalato de potássio (C8H5KO4): 0,104g.
	
	Calculou-se o número de mols de biftalato de potássio (C8H5KO4):
 
	Calculou-se o número de mols de hidróxido de sódio (NaOH):
X= 
	Calculou-se a molaridade da sustância com base no volume gasto na titulação:
Molaridade= 
	Determinou-se a concentração desconhecida do hidróxido de sódio (NaOH) através da pratica de titulação, obtendo-se de resultado. Em uma das analises ocorreu um retardado no fechamento da torneira da bureta, causando discrepância no volume gasto, sendo assim houve o descarte desse valor no calculo da media de volume gasto.
EXPERIMENTO 9: TITULAÇAO
Amostra alcalina:
	Reação da titulação de ácido clorídrico (HCl) em hidróxido de sódio (NaOH):
	1 NaOH + 1 HCl 1 NaCl + 1 H2O
	Ponto de viragem do experimento 1: 9,7ml
	Ponto de viragem do experimento 2: 9,5ml
	Media do ponto de viragem: 9,6ml
	Calculou-se o número de mols presentes em 9,6ml de ácido clorídrico (HCl):
	
X= mol de ácido clorídrico (HCl).
	Como a proporção da reação é de 1:1, pode-se dizer que o número dos mols de ácido clorídrico (HCl) são os mesmo que o do hidróxido de sódio (NaOH).
	Calculou-se a quantidades de de hidróxido de sódio (NaOH):
X= de hidróxido de sódio (NaOH).
Amostra ácida:
	Ponto de viragem do experimento 1: 10 ml
	Ponto de viragem do experimento 2: 10ml
	Media do ponto de viragem: 10 ml
	Calculou-se o número de mols presentes em 9,6ml de hidróxido de sódio (NaOH):
	
X= mol de hidróxido de sódio (NaOH).
	Como a proporção da reação é de 1:1, pode-se dizer que o número de mols do hidróxido de sódio (NaOH) são os mesmo que o do ácido clorídrico (HCl). 
	Calculou-se a quantidades de de hidróxido de sódio (NaOH):
X= de ácido clorídrico (HCl).
	No experimento A e B a concentração encontrada foi exata com a molaridade indicada, ou seja, segundo os cálculos as soluções já estavam padronizadas.
CONCLUSÃO
Conclui-se que e possível determinar a concentração desconhecida de uma sustância através da técnica de titulação. E que através do padrão primário, pode-se obter um padrão secundário.
REFERÊNCIAS

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