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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO
Obtenção de Materiais Condutores por Reciclagem
Recife, 26 de setembro de 2009
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO
Obtenção de Materiais Condutores por Reciclagem
Trabalho acadêmico apresentado pelos alunos André Luis S. de Farias, Nadja Juliana da S. Lima e Renato Ataide Marinho, solicitado pelo professor Carlos Salviano como requisito parcial na disciplina de Materiais Elétricos.
Recife, 26 de setembro de 2009
INTRODUÇÃO
Atualmente a administração do lixo é uma das grandes preocupações na organização urbana. Diferentes estratégias tem sido usadas a fim de solucionar ou ao menos minimizar esses problemas, com o uso de avançadas tecnologias ambientais e o aumento da reciclagem e da reutilização.
Em muitos países, incluindo o Brasil, os resíduos na maioria das vezes são dispostos inadequadamente sem controle ou cuidados ambientais, provocando danos ao ambiente e a própria população. Quando isso ocorre, há também o desperdício de materiais que poderiam ser reusados, reciclados ou reaproveitados. 
Enquanto isso, novas fontes de energia e materiais estão cada vez mais escassas, assim como locais para dispor resíduos a baixo custo. Resultando em uma maior procura por meios de reutilizar e reciclar materiais como meio de economizar esses recursos naturais, e minimizar gastos com a produção primaria.
Dentro desse universo de resíduos estão os equipamentos eletro-eletrônicos, que possuem, em geral, vida útil relativamente curta, pois surgem a cada dia novas tecnologias para novos modelos o que faz cair em desuso modelos mais antigos. Isso fez com que o setor de equipamentos eletro-eletrônicos tenha se tornado uma das mais importantes indústrias nacionais.
Atualmente a sucata de equipamentos eletro-eletrônicos é disposta junto ao lixo domestico o que acarreta na perda de materiais recicláveis e reutilizáveis e na poluição do meio ambiente pelas substancias liberadas por esses equipamentos. Com exceção dos aparelhos de “linha branca” (geladeiras, fogões etc.), cujos materiais são reaproveitados pela indústria de produção secundaria de metais, os equipamentos menores são depositados em aterros sanitários, lixões abertos ou queimados sem tratamento adequado.
O impacto ambiental e a perda econômica provocado por esse descarte inadequado, são imensos. Somente na Europa são descartados todo ano 8 milhões de toneladas de equipamentos eletro-eletrônicos.
Este trabalho vem com o objetivo de estudar os tipos de reciclagem para obtenção de materiais condutores a fim de economizar os recursos naturais, baixar o custo da produção primaria e amenizar os impactos ambientais. A legislação brasileira ainda é carente de normas que tornem possível programas de reaproveitamento, reciclagem e descarte adequado de materiais eletro-eletrônicos. Havendo assim uma necessidade de avanços tecnológicos para esses processos de reaproveitamento. Para alguns elementos ainda não existe um processo especifico consagrado que agrupe os principais conceitos como: economia de energia de aproveitamento, não geração de resíduos contaminantes e que principalmente seja atrativo economicamente não alterando as características especificas de cada material.
DESENVOLVIMENTO
MATERIAIS CONDUTORES
CONCEITOS
Conceito Geral: Denomina-se de condutor toda matéria que permite o estabelecimento de um fluxo de portadores cargas elétricas livres (elétrons, íons positivos ou negativos) em seu meio, compatível com a diferença de potencial aplicada ao mesmo. A maior parte dos condutores são sólidos, com destaque especial para os metálicos.
Teoria das Bandas: Os materiais condutores são aqueles no qual existe uma superposição parcial entre as bandas de condução e a banda de valência. Dentro de um material as energias possíveis dos elétrons estão agrupadas em bandas permitidas separadas por bandas proibidas devido à periodicidade do potencial criado por íons em sólidos.
CARACTERÍSTICAS
Em seguida encontram-se descritas as principais características/propriedades desses materiais.
Propriedades Mecânicas
Brilho: Cada metal possui o seu brilho característico.
Resistência à tração: É a máxima tensão obtida em um ensaio de tensão versus deformação do material estudado. Essa tensão indica o limite acima do qual é superado o limite de resistência do material e se iniciará a ruptura.
Ductibilidade: É a capacidade de o material sofrer grandes deformações permanentes numa determinada direção sem atingir a ruptura. Indica a maior ou menor possibilidade de o material ser reduzido a fios.
Maleabilidade: É a capacidade de o material sofrer grandes deformações permanentes, em todas as direções sem atingir a ruptura.
Tenacidade: É a capacidade de o material resistir a altas cargas juntamente com grandes deformações, sem ruptura. Seu valor é fornecido pela área total sob a curva tensão x deformação.
Dureza: A dureza é definida pela resistência da superfície do material a penetração. O grau de dureza de um material é estabelecido através de testes padrões.
Propriedades Químicas 
Corrosão: É a “degradação” (modificação) eletroquímica de um material (metal) quase sempre acontece de forma espontânea. A reação de corrosão é exotérmica.
Oxidação: É um caso particular de corrosão, ocorre na presença do oxigênio.
Propriedades Elétricas
Resistividade / Condutividade: É a característica de um material em ter mais afinidade de ser percorrido por um fluxo de portadores de cargas.
RECICLAGEM
Reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar materiais cuja vida útil já se esgotou (sucatas de obsolescência) ou que foram gerados de forma não intencional (sucatas de processo), reintroduzindo-os na cadeia produtiva. Essa recuperação de materiais pode ser realizada com pouco e simples processos, usando menos energia e gerando menos poluição do que a produção primaria.
Matérias primas secundárias, recuperadas de sucatas ou resíduos, são muitas vezes mais concentradas e mais puras do que a matéria prima primaria, pois já foram processadas e necessitam apenas de uma purificação.
A palavra reciclagem difundiu-se na mídia a partir do final da década de 1980, quando foi constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-primas não renováveis estavam se esgotando rapidamente, e que havia falta de espaço para a disposição de resíduos e de outros dejetos na natureza. A expressão vem do inglês recycle (re = repetir, e cycle = ciclo).
Como disposto acima sobre a diferença entre os conceitos de reciclagem e reaproveitamento, em alguns casos, não é possível reciclar indefinidamente o material. Isso acontece, por exemplo, com o papel, que tem algumas de suas propriedades físicas minimizadas a cada processo de reciclagem, devido ao inevitável encurtamento das fibras de celulose. Em outros casos, felizmente, isso não acontece. A reciclagem do alumínio, por exemplo, não acarreta em nenhuma perda de suas propriedades físicas, e esse pode, assim, ser reciclado continuamente.
Os resultados da reciclagem são expressivos tanto no campo ambiental, como nos campos econômico e social. A reciclagem de diversos tipos de materiais é uma atividade que já movimenta R$ 3 bilhões ao ano no País, gerando milhões de empregos diretos e indiretos. Essa iniciativa está passando por grandes mudanças para se adequar às exigências de volumes e qualidade e atender um movimento cada vez mais forte para a substituição e reaproveitamento das matérias-primas tradicionais, promovido por diversos agentes da sociedade. 
RECICLAGEM DE MATERIAIS METÁLICOS
Os metais são materiais de elevada durabilidade, resistência mecânica e facilidade de conformação, sendo muito utilizados em equipamentos, estruturas e embalagens em geral.Quanto à sua composição, os metais são classificados em dois grandes grupos: os ferrosos (compostos basicamente de ferro e aço) e os não-ferrosos. Essa divisão justifica-se pela grande predominância do uso dos metais à base de ferro, principalmente o aço.
Entre os metais não-ferrosos, destacam-se o alumínio, o cobre e suas ligas (como latão e o bronze), o chumbo, o níquel e o zinco. Os dois últimos, junto como o cromo e o estanho, são mais empregados na forma de ligas com outros metais, ou como revestimento depositado sobre metais, como, por exemplo, o aço.
A grande vantagem da reciclagem de metais é evitar as despesas da fase de redução do minério a metal. Essa fase envolve um alto consumo de energia, e requer transporte de grandes volumes de minério e instalações caras, destinadas à produção em grande escala.
Embora seja maior o interesse na reciclagem de metais não-ferrosos, devido ao maior valor de usa sucata, é muito grande a procura pela sucata de ferro e de aço, inclusive pelas usinas siderúrgicas e fundições.
A sucata é matéria-prima das empresas produtoras de aço que não contam como o processo de redução, e que são responsáveis por cerca de 20% da produção nacional de aço. A sucata representa cerca de 40% do total de aço consumido no País, valor próximo aos valores de outros países, como os Estados Unidos, onde atinge 50% do total da produção. Ressalta-se que o Brasil exporta cerca de 40% da sua produção de aço.
É importante, ainda, observar que a sucata pode, sem maiores problemas, ser reciclada mesmo quando enferrujada. Sua reciclagem é também facilitada pela sua simples identificação e separação, principalmente no caso da sucata ferrosa, em que se empregam eletroímãs, devido às suas propriedades magnéticas. Através deste processo é possível retirar até 90% do metal ferroso existente no lixo (IBS, 1994).
ALUMÍNIO
Apesar de ser o terceiro elemento mais abundante na crosta terrestre, é o metal mais jovem usado em escala industrial, começou a ser produzido comercialmente há cerca de 150 anos.
Sua produção atual supera a soma de todos os outros metais não ferrosos, isso já mostra a importância do alumínio para a sociedade.
A obtenção do alumínio é feita a partir da bauxita, um minério que pode ser encontrado em seis regiões geográficas: África, América do Norte, América Latina, Ásia, Europa e Oceania. No total, são 46 países que produziram, em 2006, aproximadamente 34 milhões de toneladas de alumínio primário, conforme dados do World Metal Statistics. O Brasil é o sexto maior produtor mundial de alumínio primário, precedido pela China, Rússia, Canadá, Estados Unidos e Austrália.
A demonstração da importância da indústria brasileira do alumínio no cenário mundial está na sua participação no mercado global. O Brasil, além da terceira maior jazida de bauxita do planeta, é o quarto maior produtor de alumina e ocupa a quinta colocação na exportação de alumínio primário/ligas. Os números mostram: "o Brasil tem vocação para produzir alumínio”. 
CARACTERÍSTICAS DO ALUMÍNIO
As características do alumínio permitem que ele tenha uma diversa gama de aplicações. Por isso, o metal é um dos mais utilizados no mundo todo. Material leve, durável e bonito, o alumínio mostra um excelente desempenho e propriedades superiores na maioria das aplicações. Produtos que utilizam o alumínio ganham também competitividade, em função dos inúmeros atributos que este metal incorpora como pode ser conferido a seguir:
Leveza:
Característica essencial na indústria de transportes representa menor consumo de combustível, menor desgaste, mais eficiência e capacidade de carga. Para o setor de alimentos, traz funcionalidade e praticidade às embalagens por seu peso reduzido em relação a outros materiais.
Condutibilidade elétrica e térmica:
O alumínio é um excelente meio de transmissão de energia, seja elétrica ou térmica. Um condutor elétrico de alumínio pode conduzir tanta corrente quanto um de cobre, que é duas vezes mais pesado e, conseqüentemente, caro. Por isso, o alumínio é muito utilizado pelo setor de fios e cabos.
O metal também oferece um bom ambiente de aquecimento e resfriamento. Trocadores e dissipadores de calor em alumínio são utilizados em larga escala nas indústrias alimentícia, automobilística, química, aeronáutica, petrolífera, etc. Para as embalagens e utensílios domésticos, essa característica confere ao alumínio a condição de melhor condutor térmico, o que na cozinha é extremamente importante.
Impermeabilidade e opacidade:
Característica fundamental para embalagens de alumínio para alimentos e medicamentos. O alumínio não permite a passagem de umidade, oxigênio e luz. Essa propriedade faz com que o metal evite a deterioração de alimentos, remédios e outros produtos consumíveis.
Alta relação resistência/peso:
Importante para a indústria automotiva e de transportes, confere um desempenho excepcional a qualquer parte de equipamento de transporte que consuma energia para se movimentar. Aos utensílios domésticos oferece uma maior durabilidade e manuseio seguro, com facilidade de conservação.
Beleza:
O aspecto externo do alumínio, além de conferir um bom acabamento apenas com sua aplicação pura, confere modernidade a qualquer aplicação por ser um material nobre, limpo e que não se deteriora com o passar do tempo. Por outro lado, o metal permite uma ampla gama de aplicações de tintas e outros acabamentos, mantendo sempre o aspecto original e permitindo soluções criativas de design.
Durabilidade:
O alumínio oferece uma excepcional resistência a agentes externos, intempéries, raios ultravioleta, abrasão e riscos, proporcionando elevada durabilidade, inclusive quando usado na orla marítima e em ambientes agressivos. 
Moldabilidade e soldabilidade:
A alta maleabilidade e ductibilidade do alumínio permitem à indústria utilizá-lo de diversas formas. Suas propriedades mecânicas facilitam sua conformação e possibilitam a construção de formas adequadas aos mais variados projetos.
Resistência a corrosão:
O alumínio tem uma auto-proteção natural que só é destruída por uma condição agressiva ou por determinada substância que dissipe sua película de óxido de proteção. Essa propriedade facilita a conservação e a manutenção das obras, em produtos como portas, janelas, forros, telhas e revestimentos usados na construção civil, bem como em equipamentos, partes e estruturas de veículos de qualquer porte. Nas embalagens é fator decisivo quanto à higienização e barreira à contaminação.
Resistência e dureza:
Ao mesmo tempo em que o alumínio possui um alto grau de maleabilidade, ele também pode ser trabalhado de forma a aumentar sua robustez natural. Com uma resistência à tração de 90 Mpa, por meio do trabalho a frio, essa propriedade pode ser praticamente dobrada, permitindo seu uso em estruturas, com excelente comportamento mecânico, aprovado em aplicações como aviões e trens.
Possibilidade de muitos acabamentos:
Seja pela anodização ou pela pintura, o alumínio assume a aparência adequada para aplicações em construção civil, por exemplo, com acabamentos que reforçam ainda mais a resistência natural do material à corrosão.
Reciclabilidade:
Uma das principais características do alumínio é sua alta reciclabilidade. Depois de muitos anos de vida útil, segura e eficiente, o alumínio pode ser reaproveitado, com recuperação de parte significativa do investimento e economia de energia, como já acontece largamente no caso da lata de alumínio. Além disso, o meio ambiente é beneficiado pela redução de resíduos e economia de matérias-primas propiciadas pela reciclagem.
RECICLAGEM DO ALUMÍNIO
Alumínio é o primeiro nome lembrado quando o assunto é reciclagem. A reciclabilidade é um dos principais atributos do alumínio e reforça a vocação de sua indústria para a sustentabilidade em termos econômicos, sociais e ambientais. O alumínio pode ser reciclado infinitas vezes, sem perder suas características no processo de reaproveitamento, ao contrário de outros materiais.
O alumínio podeser reciclado tanto a partir de sucatas geradas por produtos de vida útil esgotada, como de sobras do processo produtivo. Utensílios domésticos, latas de bebidas, esquadrias de janelas, componentes automotivos, entre outros, podem ser fundidos e empregados novamente na fabricação de novos produtos. Pelo seu valor de mercado, a sucata de alumínio permite a geração de renda para milhares de famílias brasileiras envolvidas da coleta à transformação final da sucata.
A reciclagem do alumínio representa uma combinação única de vantagens. Economiza recursos naturais, energia elétrica - no processo, consome-se apenas 5% da energia necessária para produção do alumínio primário -, além de oferecer ganhos sociais e econômicos.
PROCESSO DE RECICLAGEM
O processo industrial de reaproveitamento da sucata do alumínio obedece às seguintes etapas:
O material reciclável vai, inicialmente, para a área fria da reciclagem. A operação começa com a alimentação dos fardos de latas usadas em um desenfardador, que quebra os blocos em pedaços. Uma correia transportadora leva o material para um moinho de facas, onde os pedaços de blocos são completamente desmanchados, voltando a serem latas praticamente individualizadas. Depois, um separador eletromagnético remove metais ferrosos que possam estar misturados ao alumínio.
Em seguida, as latas vão alimentar o moinho de martelos, onde são picotadas. O resultado disso é o material chamado cavaco. Uma nova separação magnética é feita como garantia de pureza do material que será reutilizado. Por isso também é importante a próxima etapa: uma peneira vibratória retira terra, areia e outros resíduos. Na seqüência, o separador pneumático completa este processo por meio de jatos de ar que separam papéis, plásticos e outros materiais leves e pesados.
Os cavacos seguem para um silo de armazenagem com capacidade de 13 toneladas. É importante frisar que todos estes equipamentos possuem sistemas de exaustão e as emissões são tratadas em um sistema a frio antes de serem liberadas para a atmosfera.
O passo seguinte é a remoção de todas as tintas e vernizes que recobrem os cavacos, através de um sistema de tecnologia de fluxo simultâneo ar/cavaco, no interior de um grande forno rotativo com 3 m de diâmetro e 11 m de comprimento, chamado forno kiln. O gás gerado no processo de remoção de tintas e vernizes é reaproveitado como combustível no próprio forno.
A seguir, passa-se para o forno de fusão, dividido em duas câmaras nas quais um sistema de agitação do metal provoca a submersão do cavaco no banho de metal líquido para que ocorra seu derretimento. Este material líquido é colocado em cadinhos, onde amostras de composição química são retiradas para análise.
O metal é encaminhado para a laminação de chapas, pronto para a reutilização nos mais diversos segmentos da indústria de alumínio.
INDICADORES DA RECICLAGEM DE ALUMÍNIO NO BRASIL
Geração de emprego e renda para milhares de trabalhadores. Estimativas feitas pela Associação Brasileira de Alumínio - ABAL apontam a existência de aproximadamente 170 mil pessoas ligadas ao processo de reciclagem do alumínio, gerando 3,3 mil empregos diretos;
São 2,1 mil empresas atuando na cadeia de reciclagem, entre cooperativas, revendas, transportadoras, processadores, entre outras. Além da geração de empregos, recolhem impostos e movimentam a economia;
Somente a etapa de coleta de latas de alumínio (a compra das latas usadas) injeta anualmente cerca de R$ 530 milhões na economia nacional, o equivalente à geração de emprego e renda para 180 mil pessoas.
O faturamento estimado da cadeia de reciclagem de alumínio é de cerca de R$ 1,8 bilhão por ano.
Há redução no custo de capital empregado. Os investimentos na cadeia de produção de alumínio primário, incluindo a mineração, refino e redução são muito maiores que os necessários para a reciclagem.
Além dos benefícios sociais e econômicos mencionados, destaca-se nesse tipo de atividade a redução do volume de lixo destinado a aterros e lixões (prolongando a vida dos materiais); a economia de recursos naturais e energia (para produzir alumínio reciclado, utiliza-se apenas 5% da energia necessária para fabricar o produto primário); diminuição da poluição do solo, da água e do ar e redução do desperdício, contribuindo para a preservação do meio ambiente.
Em todo o mundo a reciclagem é a principal atividade para a promoção do uso contínuo do alumínio. Pesquisas feitas recentemente pela Associação Européia de Alumínio (European Aluminium Association-EAA), Organização Européia de Alumínio (Organization of European Aluminiun Refiners and Remelters-OEA) e Instituto Internacional do Alumínio (International Aluminium Institute-IAI) indicam que, desde que esse metal passou a ser fabricado em escala industrial e comercializado, em 1888, já foram produzidas aproximadamente 800 milhões de toneladas de alumínio primário. Desse volume, cerca de 600 milhões de toneladas ainda estão em uso, portanto com potencial para serem recicladas quando tiverem sua vida útil esgotada, sendo:
- 30% em edifícios, na forma de fachadas, janelas, portas etc.
- 29% como fios, cabos elétricos e equipamentos.
- 28% em meios de transportes, como carros, trens, ônibus, aviões, entre outros.
- 13% outros.
Em 1970 havia 90 milhões de toneladas de alumínio em uso. Projeções do Instituto Internacional do Alumínio, entidade sediada na Inglaterra, indicam que esse valor deva aumentar dez vezes até 2020, chegando a 900 milhões de toneladas.
A reciclagem de alumínio em nosso País é uma atividade muito antiga e se confunde com a implementação do seu processo industrial. Na década de 20, data dos primeiros registros de produção de utensílios de alumínio no Brasil, o setor utilizava como matéria-prima a sucata importada de vários países. Na década de 90, com o início da produção das latas, a reciclagem do metal foi intensificada, registrando volumes cada vez maiores. 
A possibilidade de reciclagem é um dos atributos mais importantes do alumínio, e o Brasil aproveita isso muito bem - detém um dos mais eficientes ciclos de reciclagem de alumínio do mundo, com uma alta relação entre sucata recuperada e consumo doméstico. Em 2007 esse índice foi de 35,3%, quando a média mundial era de 29,3%.
Na reciclagem de latas de alumínio para bebidas, o País se mantém, há sete anos, na liderança mundial - em 2006, registrou índice de 94,4% de reaproveitamento e em 2007 de 96,5%.
Os bons números da indústria de reciclagem de alumínio no Brasil refletem a alta demanda pela sucata no país. A profissionalização do setor também tem contribuído com esse resultado. Hoje há uma eficaz estrutura logística de coleta, feita por associações, cooperativas, centros de coleta e por um parque industrial moderno, que vem continuamente investindo e com grande capacidade de recuperação do metal.
Foi verificada, nos últimos anos, uma alteração no valor da participação das várias fontes de coleta de sucata de alumínio. As cooperativas têm aumentado sua participação nesta atividade, assim como clubes e condomínios. Os depósitos tradicionais vêm perdendo espaço, mostrando que a atividade está conquistando espaço em diversos segmentos da sociedade. A preocupação com o meio ambiente tem impulsionado ações relacionadas à reciclagem, como forma de conservar os recursos naturais e evitar que resíduos sejam dispensados incorretamente.
A reciclagem do alumínio aponta para a sustentabilidade da indústria no setor, em aspectos econômicos, ambientais e também sociais, já que contribui para o desenvolvimento, recolhem se impostos e garante renda em áreas carentes. Devido ao seu valor de mercado, a sucata de alumínio se tornou uma oportunidade para milhares de famílias brasileiras que participam desde a coleta até a transformação final do material. Segundo o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis - MNCR, calcula-se que o número de catadores em atividade no país ultrapasse os 300 mil.
COBRE
O cobre foi o primeiro metal usado pelo homem. Acredita-se que por voltade 13000 a.C. foi encontrado na superfície da terra em forma de “cobre nativo”, o metal puro em seu estado metálico. Usado inicialmente como substituto da pedra como ferramenta de trabalho, armas e objeto de decoração, o cobre tornou-se, pela sua resistência, uma descoberta fundamental na historia da evolução humana. O fato de se ter encontrado objetos tão antigos de cobre em diversos lugares do mundo é prova das propriedades únicas do metal: durabilidade, resistência a corrosão, maleabilidade, ductibilidade e fácil manejo. Apesar de ser antigo o cobre manteve aliado aos metais mais novos, um papel predominante na evolução da humanidade.
CARACTERÍSTICAS DO COBRE
Durabilidade:
É um material com vida útil longa por sua extraordinária resistência à corrosão, inclusive às atmosferas agressivas das grandes concentrações urbanas. É durável, e em condições normais de uso, pode durar por mais de cem anos;
Versatilidade e Trabalhabilidade:
Pela sua versatilidade de desenho, combina e se adapta às varias soluções e desafios pela arquitetura e engenharia civil, dando forma e condições para atender ao bom desempenho técnico das coberturas, dos revestimentos nos sistemas de vedos e pormenores decorativos.
Detalhes extremamente complexos podem ser executados em cobre devido a sua ductilidade, podendo inclusive ser trabalhado em baixas temperaturas. A rapidez de seu manejo, colocação e união de chapas permitem amplo agenciamento de formas por parte dos arquitetos, além de reduzir o custo de mão-de-obra;
Aspecto estético e imagem distinta:
A significativa e ampla gama de coloração do cobre combina e se harmoniza com outros materiais de construção. Sua pátina, formada ao longo do tempo, lhe dá um aspecto singular, cuja imagem distinta se faz presente durante toda sua vida útil.
Esteticamente, suas cores obtidas pro processos naturais ou artificiais, aliadas às possibilidades de composição de suas dobraduras, lhe dão alto valor estético. Os edifícios que utilizam cobre apresentam diferenciação e caráter de obra de arte;
Econômico:
O cobre se torna uma boa opção de uso econômico, pois não necessita de manutenção ou limpeza. Seus custos iniciais e finais são minimizados pela utilização racional de seus perfis e acessórios, principalmente nas coberturas dos edifícios, apresentando ótimo desempenho com um custo x benefício compatível e acessível, pois oferece melhores condições de competitividade frente a outros metais;
Coloração distinta:
As superfícies de recobrimento de cobre adquirem determinadas cores que vão desde o dourado (natural) ao verde pálido (maturado), passando por vários tons de café. Permite-se selecionar a cor e a tonalidade adequada a cada edifício por meio de aplicação de pátinas artificiais e das lacas para mantê-las. As tonalidades se formam naturalmente com o passar do tempo e com a qualidade atmosférica de cada localidade. No entanto, em ambientes agressivos, contaminados e sem proteção, resultarão em uma cor negra em pouco tempo;
Resistência à corrosão:
Fundamenta-se na formação das pátinas, o que permite durações de uso que superam cem anos, até em ambientes marinhos. Com o passar do tempo as lâminas de cobre adquirem superficialmente uma película que protege o restante do metal da corrosão, ou seja, uma autodefesa, liberando o usuário da manutenção;
Resistência mecânica:
Resiste aos esforços no processo de dobragem, encaixes e manipulação por parte dos operários. Por outro lado, se as lâminas forem reforçadas por meio de dobraduras, obtém-se resistências entre os dois pontos de apoio para cargas de até 450 kg/m2 ;
Resistência aos agentes biológicos:
As pesquisas e experiências sobre o cobre no uso e aplicações no campo da edificação industrial contaminante, juntamente com o aço inoxidável, têm revelado que são os materiais mais resistentes à ação dos ácidos e detergentes fortes;
Resistência ao fogo:
Pela sua alta temperatura de fusão (1.083 ºC), é resistente ao fogo, apresentando um retardamento significativo na sua propagação frente a outros materiais.
Resistência às trocas de temperatura:
As causas mais comuns do surgimento de patologias nos sistemas de coberturas em geral são as contínuas variações de temperatura e a deterioração dos materiais, obrigando os usuários a freqüentes e onerosas reparações. Essas falhas não se apresentam nas coberturas em cobre, pois ele se expande e se contrai consideravelmente menos do que os outros materiais; quantitativamente, se movimenta em cerca de 40% a menos que o chumbo e o zinco.
Reciclável:
Apresenta características significativas pela sua reciclagem sem a perda de suas propriedades físicas, químicas, mecânicas e outras. Isso o recomenda como solução definitiva na arquitetura, em um estreito vínculo com o patrimônio histórico e cultural das cidades.
RECICLAGEM DO COBRE
Desde tempos pré-históricos, o cobre foi um dos materiais mais valiosos e mais reciclados da sociedade. Devido a seu alto valor intrínseco e sua fácil reciclagem, o cobre é o material renovável por excelência. Ao contrário da maioria dos outros materiais, o cobre pode reutilizar-se uma e outra vez. Virtualmente não há limites para a quantidade de vezes que o cobre pode ser reciclado em novos produtos. 
Não importa com que freqüência se recicla o cobre, ao refinar-se, sempre manterá suas propriedades benéficas sem perda de qualidade. De fato, não existe diferença alguma entre o cobre reciclado e o metal primário. O cobre é valorizado por sua durabilidade, maleabilidade (capacidade de ser moldado), condutibilidade elétrica e térmica, resistência à corrosão, e excelentes características tanto de liga como antimicrobianas. 
A reciclagem é um segmento vital e crescente da oferta total de cobre. De fato, estima-se que até 40% da demanda mundial anual de cobre é satisfeita com cobre reciclado. Enquanto os restringidos ciclos de vida dos produtos continuam diminuindo os resíduos na fabricação de produtos, a tonelagem de cobre reciclado continuará aumentando. 
O cobre tem o histórico de reciclagem mais extensa entre os materiais conhecidos para a civilização. Estima-se que 80% de todo o cobre extraído durante os últimos 10 mil anos ainda está em uso na atualidade. Em tempos de guerra, os sinos das Igrejas, moedas e outros artefatos elaborados de cobre se fundiam para fabricar canhões, balas e outras armas. Em tempos de paz, estas armas se voltaram a fundir para produzir bens de consumo e insumos industriais vitais. Na atualidade, a fonte mais importante de cobre reciclado provém de produtos que finalizaram seu ciclo de vida funcional. Entre eles se encontram os resíduos de construção (instalações de encanamentos, gás, calefação ou cabos elétricos), e aparelhos elétricos (desde computadores até celulares, incluindo motores). 
As placas exteriores do famoso “Colosso de Roda” na Antiga Grécia se fizeram em cobre. Quando a estátua foi destruída, seu cobre se reciclou, provavelmente numerosas vezes ao longo das diferentes eras. 
A nível mundial, 35% das necessidades de cobre se obtém pelo lixo reciclado que contêm cobre (computadores, equipamentos eletrônicos, válvulas e eletrodomésticos). 
2.7 milhões de toneladas de cobre foram produzidas na Europa em 2004. A indústria da reciclagem de cobre é capaz de recuperar virtualmente 100% do cobre utilizado, criando muito pouco ou nenhum lixo residual. Este processo inclui uma economia de 85% em relação à produção primária, que é extração e conversão do cobre.
Uma fábrica em Boisthorel, na França, dá um bom exemplo de reciclagem do cobre, pois a cada dia 450 toneladas de latão (uma liga de cobre e zinco) ressurgem como cabos, tambores e outros produtos industriais que terminam prontos para o uso. Este lugar existe há 150 anos e, atualmente, é responsável por cerca de 80 toneladas anuais de resíduos destinados em sua maioria à arquitetura.
Atualmente os principais setores que utilizam o cobre são o da energia e da construção. Seu uso se divide em eletricidade e energia (que inclui cabos daindústria construtora) com 65%; construção (incluindo arquitetura e tubulações) com 25%; transporte com 7% e outras (moedas, desenho, escultura, etc.) com 3%.
PROCESSO DE RECICLAGEM
Por Placas De Circuitos Impressos (PCI):
Para a reciclagem de metais das Placas de Circuito Impresso foi realizada previamente uma pré-concentração dos materiais através de processamento mecânico (moagem, classificação granulométrica, separação magnética e separação eletrostática). Este processo teve como objetivo concentrar os metais presentes em uma fração e os polímeros e cerâmicos em outra. Os resultados mostram que após a etapa de separação eletrostática temos em média 50% de cobre, 20% de estanho e 8% de chumbo. Neste trabalho esta fração de metais, concentrada previamente, foi dissolvida com ácido sulfúrico ou água régia e após foi utilizado o método de eletro obtenção para recuperação do cobre. Na eletro-obtenção utilizou-se um eletrodo de platina como ânodo e um eletrodo de cobre como cátodo, aplicando-se uma densidade de corrente de 40 mA.cm-2, em tempos de 30, 60 e 120 minutos.
Após isso, foram feitas análises químicas nestas soluções para verificar a concentração de cada metal presente na solução base, em especial a concentração de cobre remanescente. Os resultados obtidos através de eletrodeposição indicam que em 120 minutos praticamente 100% do cobre concentrado anteriormente pode ser recuperado. Após isso o cobre recuperado poderá ser utilizado novamente como matéria-prima para produção de novos produtos.
PRATA
Material nobre usado na confecção de jóias, moedas e objetos de culto, a prata, que serviu como padrão monetário até a primeira guerra mundial, é também muito utilizado na indústria, sobretudo na fabricação de películas sensíveis para fotografia e radiografia. Pertence ao grupo dos metais de transição e se enquadra na família do cobre e do ouro.
A prata nativa aflora em superfícies rochosas, às vezes em filões de grande massa e riqueza. Encontram-se principalmente na argetita, bromargirita, cerargirita, proutita e galena (sulfureto de chumbo). Em joalheria, é muito usada na preparação de ligas de ouro. Em liga com o cobre, que lhe confere maior dureza, é empregada na produção de moedas. Na indústria é utilizada na fabricação de material de laboratório e para espelhar vidro e pratear utensílios. A partir do metal produzem-se sais de prata para variadas aplicações, em especial na analise química, fotografia e radiografia.
A prata raramente ocorre na forma pura. Pode ser encontrada sob a forma de sulfeto de prata (Ag2S), associados aos sulfetos de chumbo, de zinco, de cobre, de níquel e de estanho. As grandes jazidas de prata estão localizadas na região das Montanhas Rochosas no oeste dos Estados Unidos, nas montanhas do México e na Cordilheira dos Andes, no Peru e na Bolívia.
As principais fontes de nióbio no Brasil são o pirocloro e a niobita (ou columbita). O pirocloro ocorre na região que circunda a bacia do rio Paraná, nos Estados de Goiás e Minas Gerais. A columbita ocorre nos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Minas Gerais.
CARACTERÍSTICAS DA PRATA
A maior parte da prata é um subproduto da mineração de chumbo e está freqüentemente associada ao cobre.
A prata normalmente ocorre em forma compacta como pepitas ou grãos, embora possa também ser encontrada em agregados fibrosos, dendítricos (em forma de árvore). Quando recentemente minerada ou polida, ela possui uma cor branco-prata brilhante característica e um brilho metálico. Entretanto, com a exposição ao oxigênio do ar, uma camada preta de óxido de prata se forma prontamente, escurecendo a superfície. Por causa disso e do fato de que ela é muito maleável para ser usada em joalheria na sua forma pura, a prata é freqüentemente ligada a outros metais, ou recebe uma camada de cobertura de ouro.
A prata não é tóxica. No entanto, a maior parte dos seus sais são venenosos devido à presença de aniões. Estes compostos são absorvidos pelo corpo e permanecem no sangue até se depositarem nas membranas mucosas, formando uma película acinzentada. A intoxicação por prata chama-se argiria. Há, contudo, outros compostos de prata, como o nitrato, que têm um efeito anti-séptico. Usam-se soluções de nitrato de prata no tratamento de irritações de membranas mucosas da boca e garganta. Algumas proteínas contendo prata são poderosos agentes antiirritantes das membranas dos olhos, ouvido, nariz e garganta.
A prata é um metal branco, brilhante, dúctil e maleável, que perde o brilho quando exposto ao ozônio (O3). É um bom condutor de eletricidade e um elemento estável quando exposto ao ar e à água. O elemento 47 é um metal de transição pertencente ao grupo 11 da tabela periódica.
Brilho:
A aparência atrativa do metal é a causadora da sua grande demanda para fins ornamentais. Sua principal desvantagem é a perda gradativa do seu brilho, principalmente nas regiões com indústrias, que liberam compostos de enxofre (S) na atmosfera, que reagem formando sulfeto de prata. Há inúmeras provas da importância e da utilização da prata na antigüidade.
Propriedades físicas e químicas da prata:
	Número atômico:
	47
	Peso atômico:
	107,868
	Ponto de fusão:
	906,8º C
	Ponto de ebulição:
	2.212º C
	Densidade:
	10,5 (20º C)
	Estado de oxidação:
	1,2
	Configuração eletrônica:
	(Kr) 4d105s1
RECICLAGEM DA PRATA
A prata faz parte do grupo dos metais nobres e o sensibilizante dos filmes são sais de prata. No fixador de Raios-X pode conter até 4g de prata por litro. No filme fotográfico, cada rolo de filmes libera 0,659 gramas de prata aproximadamente.
Ela pode ser recuperada e revendida, reciclada e não ir esgoto abaixo, o que inclusive é proibido por lei.
O processo é através de recuperação eletrolítica que é a única cujo produto vale quanto pesa. A eletrólise é o método mais empregado nos países que promovem a recuperação de prata. O processo eletrolítico consiste na “eletrificação” do íon de prata. Ele proporciona uma prata comercial chamada “prata em escamas”. Protege o meio ambiente e também seu bolso.
Um dos metais mais populares de nossa civilização, a prata (e suas ligas) tem sido utilizada em jóias, talheres, espelhos, objetos decorativos e etc. Está presente também nas fotografias branco e preto e nas radiografias, sendo nesses últimos, considerados como fontes secundárias de prata de grande interesse comercial por ser uma atividade lucrativa e constituir matéria-prima sem custo.
Estima-se, em média, que a prata potencialmente recuperável de negativos de filmes preto e branco é de cerca 0,5g/m2 ao passo que esse número pode aumentar 10 vezes para radiografias.
Algumas técnicas vêm sendo estudadas e desenvolvidas para recuperação de prata a partir de filmes, de resíduos de laboratório e outros materiais. Porém muitas destas técnicas, apesar de serem eficientes na recuperação do metal, criam resíduos extremamente tóxicos (como os cianetos) que são lançados no ambiente ou apresentam grande gasto de energia elétrica. 
Para recuperação de prata a partir de radiografias, devem ser considerados os seguintes aspectos, em igual relevância:
. Simplicidade na execução
. Menor quantidade de reagentes 
. Baixo custo dos reagentes 
. Geração de menor quantidade de resíduos
. Geração de resíduos menos tóxicos
. Bom rendimento
. Potencialidade na recuperação/tratamento dos resíduos 
PROCESSO DE RECICLAGEM
A seguir estão listados alguns dos processos de obtenção da prata:
Eletrolise:
No processo da eletrólise, ou recuperação eletrolítica da prata, uma corrente contínua é passada pela solução rica em prata, entre um eletrodo positivo (o ânodo) e um eletrodo negativo (o cátodo). Durante este processo eletrolítico, um elétron é transferido do cátodo para a prata com carga positiva, convertendo-a para o seu estado metálico, e aderindo ao cátodo. Em uma reação simultânea no ânodo, um elétron é retirado de algumas espécies químicas na solução. Na maioria das soluções ricas em prata,este elétron geralmente é proveniente do sulfito.
A eletrólise produz uma prata metálica quase pura, levemente contaminada apenas por algumas reações de superfície que também ocorrem. O revestimento de prata deve ter mais de 90% de pureza.
Substituição metálica:
A base para a substituição metálica é a redução feita pelo ferro metálico (geralmente presente na forma de “palha de aço”) do complexo pratatiossulfato para prata elementar. Os equipamentos comerciais que podem ser usados para a recuperação são muitas vezes chamados de Cartuchos de Recuperação Metálica (MRCs) ou Cartuchos de Recuperação Química (CRCs). A fonte de ferro mais comum é a palha de aço fina, escolhida devido à sua área de superfície. A palha de aço é enrolada em um macho, ou é picada e colocada em um cartucho. Alguns fabricantes de cartuchos utilizam outras formas, tais como partículas de ferro coladas à fibra de vidro ou partículas de resina impregnadas com ferro, ou material de blindagem de ferro enrolado. Para melhores resultados, as soluções ricas em prata são vagarosamente dosadas, colocadas no cartucho e passadas por um meio de ferro. A prata é deixada para trás no cartucho, enquanto ferro é solubilizado e transportado pela solução.
Pode-se usar a substituição metálica como tratamento primário ou secundário (tratamento residual) para soluções tratadas primariamente com eletrólise. Não se pode reutilizar soluções passadas por cartuchos de substituição metálica para processamentos fotográficos futuros, já que tanto o ferro dissolvido como outros subprodutos da reação contaminarão a solução no tanque do processador. Da mesma forma que a eletrólise, a substituição metálica tem as suas desvantagens. Ela pode não reduzir significativamente as concentrações de prata até os níveis extremamente baixos que devem ser obedecidos. Sem um bom controle da taxa de fluxo e sem uma manutenção adequada do sistema, podem ocorrer variações aleatórias nas concentrações de prata no efluente. É relativamente caro refinar a lama de prata proveniente dos cartuchos e, freqüentemente, a prata recuperada praticamente não compensa os gastos com os materiais e equipamentos usados para coletá-la
Precipitação:
A precipitação pode remover a prata das soluções ricas neste metal, reduzindo-a a níveis extremamente baixos. Quando aplicada de forma adequada, os níveis podem ser reduzidos até taxas baixas de PPM (parte por milhão). Até recentemente, a precipitação não era amplamente usada como técnica de recuperação de prata. Os agentes tradicionalmente usados de precipitação eram os sais de metais alcalinos de sulfeto (sulfeto de sódio, sulfeto de potássio, etc.) que formam sulfeto de prata em solução; o sulfeto de prata é removido por filtragem.
A falta de aceitação em relação ao processo de precipitação-filtragem do sulfeto de prata pode ser atribuída basicamente a dois fatores:
Deve-se medir a concentração de prata com precisão antes de se adicionar o sulfeto, a fim de se evitar tanto uma dosagem excessiva quanto a emissão de gás tóxico de sulfeto de hidrogênio.
Até recentemente, não havia nenhuma técnica de análise fácil e disponível para se medir a concentração de prata antes do tratamento.
É difícil filtrar o precipitado de sulfeto de prata, pois ele causa obstruções no filtro. A desprateação do sulfeto é mais eficaz em instalações centralizadas quando feita por uma equipe treinada.
Outros procedimentos de precipitação geralmente envolvem a conversão da prata na solução para um estado metálico através da adição de compostos redutores fortes como boroidretos. Estas técnicas são mais eficazes quando usadas por companhias de serviço de solução ou em instalações de tratamento centralizadas que contam com uma equipe de técnicos. Há sérias questões em relação à segurança que devem ser levadas em consideração ao se manusear substâncias químicas como boroidretos.
Recuperação de prata em papéis e filmes fotográficos:
As refinarias recuperam a prata de filmes fotográficos de duas maneiras: 
Alguns filmes fotográficos podem receber uma lavagem inicial para remover a emulsão contendo prata da base do filme, permitindo que o material da base seja reciclado. A emulsão cuja prata foi removida é aquecida para se retirar a água e qualquer composto orgânico, e depois é introduzida em um processo de fundição.
Quando não se pode reciclar a base do filme, os filmes fotográficos são aquecidos diretamente para se remover a água e todos os compostos orgânicos (inclusive a base do filme), e depois são colocados em um processo de fundição. Os papéis fotográficos geralmente não são separados para a recuperação da sua base. Estes materiais também são aquecidos para se remover a água e todos os compostos orgânicos (inclusive a base do papel), e depois são colocados em um processo de fundição.
OURO
Símbolo de riqueza e importante fator econômico em todas as épocas, a ponto de ter servido de padrão internacional de conversão de moedas por mais de um século, o ouro encontrou novas aplicações no fim do século XX nas indústrias eletrônicas e espaciais. O ouro é, de todos os metais, o conhecido há mais tempo, pois era empregado desde o V milênio a.C.
Está amplamente distribuído na natureza embora encontrado em concentrações. Normalmente encontrado em rochas magmáticas, na forma de partículas de varias dimensões, o ouro também ocorre em rochas sedimentares e freqüentemente em conexões com rochas metamórficas.
Quando associado ao quartzo, o ouro é encontrado de maneira irregular em pequenas laminas cordões e mesmo massas de cristais. Os minerais que acompanham o ouro são: pirita, calcopirita, galena, esfalerita, arsenopirita, terradimita, minerais de telúrio, bismuto nativo, arsênico nativo, estibinita, cinábrio, magnetita, barita, xilita, apatita, fluorita, siderita e crisocola.
Durante muito tempo o ouro não foi diretamente obtido dos veios de quartzo, mas de depósitos secundários encontrados nos vales, nas encostas de montanhas ou colinas e no leito dos rios. O ouro aí encontrado apresenta-se usualmente puro em massas denominadas pepitas quando atingem certas dimensões. Atualmente são mais raros os depósitos sedimentares, e o ouro é obtido diretamente da rocha matriz.
CARACTERÍSTICAS DO OURO
É um metal de transição brilhante, amarelo, pesado, maleável, dúctil (trivalente e univalente) que não reage com a maioria dos produtos químicos, mas é sensível ao cloro. À temperatura ambiente, apresenta-se no estado sólido. Este metal encontra-se normalmente em estado puro e em forma de pepitas e depósitos aluvionais e é um dos metais tradicionalmente usados para cunhar moeda.O ouro puro é demasiadamente mole para ser usado. Por essa razão, geralmente é endurecido formando liga metálica com prata e cobre. O ouro e as suas diversas ligas metálicas são muito empregados em joalherias, fabricação de moedas e como padrão monetário em muitos países. Devido à sua boa condutividade elétrica, resistência à corrosão e uma boa combinação de propriedades físicas e químicas, apresenta diversas aplicações industriais.
APLICAÇÕES
● O ouro exerce funções críticas em ordenadores, comunicações, naves espaciais, motores de reação na aviação, e em diversos outros produtos.
● A sua elevada condutividade elétrica e resistência à oxidação têm permitido um amplo uso em eletrodeposição, ou seja, cobrir com uma camada de ouro por meio eletrolítico as superfícies de conexões elétricas, para assegurar uma conexão de baixa resistência elétrica e livre do ataque químico do meio. O mesmo processo pode ser utilizado para a douragem de peças, aumentando a sua beleza e valor.
● Como a prata, o ouro pode formar amálgamas com o mercúrio que, algumas vezes, é empregado em obturações dentárias.
● O ouro coloidal (nano-partículas de ouro) é uma solução intensamente colorida que está sendo pesquisada para fins médicos e biológicos. Esta forma coloidal também é empregada para criar pinturas douradas em cerâmicas.
● O ácido cloroaúrico é empregado em fotografias.
● O isótopo de ouro 198Au,com meia-vida de 2,7 dias, é usado em alguns tratamentos de câncer e em outras enfermidades.
● É empregado para o recobrimento de materiais biológicos, permitindo a visualização através do microscópio eletrônico de varredura (SEM).
● Utilizado como cobertura protetora em muitos satélites porque é um bom refletor de luz infravermelha.
OBTENÇÃO
Por ser relativamente inerte, pode-se encontrá-lo como metal, às vezes como pepitas grandes, mas geralmente se encontra em pequenas inclusões em alguns minerais, como quartzo, rochas metamórficas e depósitos aluviares originados dessas fontes. O ouro está amplamente distribuído, e amiúde encontra-se associado ao quartzo e pirite. É comum como impureza em muito minérios, de onde é extraído como subproduto. Como mineral é encontrado na forma de calaverita, um telureto de ouro. A África do Sul é o principal produtor de ouro, extraindo aproximadamente dois terços de toda a procura mundial deste metal.
O ouro é extraído por um processo denominado lixiviação com cianeto. O uso do cianeto facilita a oxidação do ouro formando-se (CN)22- em dissolução. Para separar o ouro da solução procede-se a redução empregando,por exemplo, o zinco. Tem-se tentado substituir o cianeto por outro ligante devido aos problemas ambientais que gera, porém não são rentáveis ou também são tóxicos.
Espalhado em toda a costa terrestre numa baixíssima concentração média (5 gramas em 1000 toneladas), e mais baixa ainda nas águas dos oceanos (de 0,1 µg/kg a 2 µg/kg), onde se estima haver bilhões de toneladas de ouro mas de exploração economicamente inviável pelos métodos atuais (um trilhão de litros de água do mar contém 120 kg, ou 1 quilo em mais de 8,3 bilhões de litros, a água consumida por uma cidade como São Paulo em mais de 10 anos). As minas onde o ouro se encontra em teores econômicos têm geralmente acima de 3 gramas por tonelada; se o mesmo teor fosse encontrado no mar, 1 trilhão de litros poderia fornecer 3 mil toneladas de ouro.
CHUMBO
O chumbo (do latim plumbum) é um elemento químico de símbolo Pb , número atômico 82 (82 prótons e 82 elétrons), com massa atômica igual a 207,2 u, pertencente ao grupo 14 da classificação periódica dos elementos químicos. À temperatura ambiente, o chumbo encontra-se no estado sólido.
É um metal tóxico, pesado, macio, maleável e pobre condutor de eletricidade. Apresenta coloração branco-azulada quando recentemente cortado, porém adquire coloração acinzentada quando exposto ao ar. É usado na construção civil, baterias de ácido, em munição, proteção contra raios-X , e forma parte de ligas metálicas para a produção de soldas, fusíveis, revestimentos de cabos elétricos, materiais antifricção, metais de tipografia, etc. O chumbo tem o número atômico mais elevado entre todos os elementos estáveis.
O chumbo raramente é encontrado no seu estado elementar. O mineral de chumbo mais comum é o sulfeto denominado de galena (com 86,6% deste metal) . Outros minerais de importância comercial são o carbonato (cerusita) e o sulfato (anglesita), que são mais raros. Geralmente é encontrado com minerais de zinco, prata e, em maior abundância, de cobre. Também é encontrado chumbo em vários minerais de urânio e de tório, já que vem diretamente da desintegração radioativa destes radioisótopos. Os minerais comerciais podem conter pouco chumbo (3%), porém o mais comum é em torno de 10%. Os minerais são concentrados até alcançarem um conteúdo de 40% ou mais de chumbo antes de serem fundidos.
Através da ustulação do minério de chumbo, galena, obtém-se como produto o óxido de chumbo que, num alto forno, é reduzido com a utilização de coque, fundente e óxido de ferro. O chumbo bruto obtido é separado da escória por flotação. A seguir, é refinado para a retirada das impurezas metálicas, que pode ser por destilação. Desta forma pode-se obter chumbo com uma pureza elevada (99,99%).
Os principais depósitos de minérios de chumbo estão localizados nos EUA, Austrália, Canadá, Peru, México, Bolívia, Argentina, África do Sul, Zâmbia, Espanha, Suécia, Alemanha, Itália e Sérvia, sendo os principais produtores os Estados Unidos, Austrália, Canadá, Peru e México
CARACTERÍSTICAS:
O chumbo é um metal pesado (densidade relativa de 11,4 a 16ºC), de coloração branco-azulada, tornando-se acinzentado quando exposto ao ar. Muito macio, altamente maleável, baixa condutividade elétrica e altamente resistente à corrosão. O chumbo se funde com facilidade (327,4ºC), com temperatura de vaporização a 1725ºC. Os estados de oxidação que pode apresentar são 2 e 4. É relativamente resistente ao ataque dos ácidos sulfúrico e clorídrico, porém se dissolve lentamente em ácido nítrico. O chumbo é um anfótero, já que forma sais de chumbo dos ácidos, assim como sais metálicos do ácido plúmbico. O chumbo forma muitos sais, óxidos e compostos organolépticos.
APLICAÇÕES
O mais amplo uso do chumbo é na fabricação de acumuladores. Outras aplicações importantes são na fabricação de forros para cabos, elemento de construção civil, pigmentos, soldas suaves e munições. A fabricação de chumbo tetra etílico (TEL) vem caindo muito em função de regulamentações ambientais cada vez mais restritivas no mundo no que se diz respeito à sua principal aplicação que é como aditivo na gasolina. No caso do Brasil desde 1978 este aditivo deixou de ser usado como antidetonante.
Têm-se desenvolvido vários compostos organoplúmbicos para aplicações como catalisadores na fabricação de espumas de poliuretano, como tóxico para as pinturas navais com a finalidade de inibir a incrustação nos cascos, agentes biocidas contra as bactérias gram-positivas, proteção da madeira contra o ataque das brocas e fungos marinhos, preservadores para o algodão contra a decomposição e do mofo, agentes molusquicidas, agentes antihelmínticos, agentes redutores do desgaste nos lubrificantes e inibidores da corrosão do aço.
Graças a sua excelente resistência a corrosão, o chumbo encontra muitas aplicações na indústria de construção e, principalmente, na indústria química. É resistente ao ataque de muitos ácidos, porque forma seu próprio revestimento protetor de óxido. Como conseqüência desta característica, o chumbo é muito utilizado na fabricação e manejo do ácido sulfúrico.
Durante muito tempo se tem empregado o chumbo como manta protetora para os aparelhos de raios-X. Em virtude das aplicações cada vez mais intensas da energia atômica, torna-se cada vez mais importante as aplicações do chumbo como blindagem contra a radiação.
Sua utilização como forro para cabos de telefone e de televisão segue sendo uma forma de emprego adequada para o chumbo. A ductilidade única do chumbo o torna particularmente apropriado para esta aplicação, porque pode ser estirado para formar um revestimento contínuo em torno dos condutores internos.
O uso de chumbo em pigmentos tem sido muito importante, porém a sua utilização tem diminuído muito. O pigmento, que contém este elemento, é o branco de chumbo, 2PbCO3. Pb(OH)2; outros pigmentos importantes são o sulfato básico de chumbo e os cromatos de chumbo.
Utiliza-se uma grande variedade de compostos de chumbo, como os silicatos, os carbonatos e os sais de ácidos orgânicos, como estabilizadores contra o calor e a luz para os plásticos de cloreto de polivinila (PVC). Usam-se silicatos de chumbo para a fabricação de vidros e cerâmicas. O nitreto de chumbo, Pb (N3)2, é um detonador padrão para os explosivos. Os arseniatos de chumbo são empregados em grande quantidades como inseticidas para a proteção dos cultivos. O litargírio (óxido de chumbo) é muito empregado para melhorar as propriedades magnéticas dos imãs de cerâmica de ferrita de bário.
O chumbo forma ligas com muitos metais e, em geral, é empregado nesta forma na maior parte de suas aplicações. Todas as ligas metálicas formadas com estanho, cobre, arsênio, antimônio, bismuto, cádmio e sódio apresentam importantes aplicações industriais (soldas, fusíveis, material de tipografia , material de antifricção, revestimentos de cabos elétricos, etc.).
Uma misturade zirgonato de chumbo e de titanato de chumbo, conhecida como PZT, está sendo posta no mercado como um material piezoelétrico.
RECICLAGEM DE FIOS E CABOS
De uma maneira geral, os fios e cabos produzidos se destinam à fabricação de produtos eletro-eletrônicos, construção civil, indústria automotiva, máquinas, refrigeração, telecomunicação e energia.
Os tipos de resíduos de fios e cabos são:
- Resíduos pré-consumo: São as aparas industriais originadas nas indústrias de fios e cabos (sucata interna);
- Resíduos pós-consumo: Gerados por empresas que utilizam fios e cabos para fazer instalações de redes elétricas, telefonia ou gerados por empresas que montam equipamentos eletro-eletrônicos, além dos originados durante reformas, conserto de equipamentos que utilizam os fios e cabos, e produtos em final de vida útil quando são descartados.
A origem e estado de conservação dos resíduos definirão o valor de mercado e também algumas características dos produtos reciclados. Os resíduos de fios e cabos gerados antes de chegar ao consumidor são os que despertam maior interesse, tendo por isso um preço mais elevado, por ser um material geralmente limpo e pré-selecionado, o que facilita e evita duas etapas da reciclagem, a lavagem e a secagem do PVC.
O processo de reciclagem de fios e cabos é semelhante ao processo de reciclagem de outras sucatas eletro-eletrônicas. Nesse contexto, o êxito para o processo de reciclagem é a liberação dos metais acoplados aos plásticos.
Entre os processos de separação existentes, a separação usando correntes parasitas é um caminho efetivo para remoção de metais não-ferrosos. Este processo é usado para separar alumínio e cobre de sucatas automobilísticas.
Várias técnicas são usadas para a liberação de metais preciosos e sucatas eletrônicos. Entre elas estão: desmantelamento manual, processos mecânicos para beneficiar a sucata, concentrar e recuperar metais preciosos.
CONCLUSÃO
A reciclagem de materiais eletro-eletrônico se torna necessário para evitar o desperdício de matéria-prima e de recursos naturais não renováveis. A maioria desses produtos não recebe tratamento adequado para o descarte, sendo lançados no ambiente junto ao lixo domestico. O lixos eletro-eletrônicos são caracterizados pela presença de metais distribuídos em placas de circuito impresso, fios e cabos elétricos e componentes eletrônicos em geral. 
A reciclagem de materiais condutores é muito importante ambientalmente, já que não são extraídos matéria prima natural; e economicamente, pois o processo de reciclagem possui baixo custo e é energeticamente mais viável que a produção primaria. Além da geração de emprego e renda para milhares de trabalhadores ligados, direta ou indiretamente, ao processo de reciclagem. O aumento significativo de empresas, que atuam no processo como cooperativas, revendas, transportadoras etc. que além de gerarem empregos, recolhem impostos e movimentam a economia. Há redução no custo de capital empregado. Os investimentos na cadeia de produção primaria desses metais, incluindo mineração, refino e redução são muito maiores que os necessários para a reciclagem.
Sendo assim, Além dos benefícios sociais e econômicos mencionados, destaca-se nesse tipo de atividade a redução do volume de lixo destinado a aterros e lixões (prolongando a vida dos materiais); a economia de recursos naturais e energia diminuição da poluição do solo, da água e do ar e redução do desperdício, contribuindo para a preservação do meio ambiente.
BIBLIOGRAFIA
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