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LIVRO MODULO 1.2 MICROINFORMÁTICA

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Assuntos abordados
1 – Fundamentos da Tecnologia da Informação 
1.1. Princípios e componentes da Tecnologia da Informação (TI) 
1.2. A TI e as empresas 
1.3. Os profi ssionais de TI 
1.4. O ambiente atual de TI 
2 – Hardware 
2.1. Visão geral do hardware 
2.2. Periféricos de computador 
2.3. Evolução do hardware de computador 
2.4. Classifi cação e tipos de computadores 
3 – Software 
3.1. Princípios básicos sobre softwares 
3.2. Tipos de softwares 
3.3. Software livre e software proprietário 
3.4. Softwares empresariais 
4 – Redes de telecomunicações 
4.1. Componentes de uma rede de telecomunicações 
4.2. Tipos de redes de telecomunicações 
4.3. Redes sem fi o (wireless) 
4.4. Aplicações das redes de telecomunicações 
5 – Internet, intranet e extranet 
5.1. Princípios e funcionamento da Internet 
5.2. Aplicações empresariais da Internet 
5.3. Intranet 
5.4. Extranet 
6 – Gerenciamento de dados 
6.1. Princípios básicos sobre banco de dados 
6.2. Manipulação de banco de dados 
6.3. Sistemas gerenciadores de banco de dados 
6.4. Data warehouse e data mining
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1 – Fundamentos da Tecnologia da Informação
Como futuro administrador, você precisará conhecer os fundamentos da Tecnologia da Informação. 
Por isso, iremos ao longo deste tema:
• apresentar os princípios básicos da Tecnologia da Informação, bem como as princi-
pais diferenças que ela tem com a simples informática;
• discutir a maneira como as empresas utilizam a Tecnologia da Informação em seus 
negócios;
• conhecer quais são os principais profi ssionais envolvidos nesta área;
• analisar como é o ambiente atual de Tecnologia da Informação nas empresas.
Depois de ler e estudar este tema espera-se que você seja capaz de:
• compreender os conceitos básicos sobre Tecnologia da Informação, diferenciando-a 
da simples informática;
• entender de que forma as empresas estão utilizando a Tecnologia da Informação em 
seus negócios;
• identifi car os principais profi ssionais que atuam na área de Tecnologia da Informa-
ção, bem como o papel que exercem nas empresas;
• entender como está estruturado nos dias de hoje, o ambiente de Tecnologia da Infor-
mação na maioria das empresas.
1.1. Princípios e componentes da Tecnologia da Informação (TI)
Temas como Informática e Tecnologia da Informação estão presentes e fazem parte do nosso 
cotidiano. Basta olhar ao seu redor e analisar o ambiente em que vivemos hoje.
Pense no computador e na Internet que você utiliza para participar de nossas aulas, nos equi-
pamentos dos caixas eletrônicos dos bancos, nos sistemas de pagamentos das lotéricas, nas torres 
de transmissão de celulares, nos dados recebidos em nossas faturas de cartão de crédito, enfi m, em 
todos os locais onde exista algum tipo de informação.
Mas, afi nal, qual é o signifi cado de:
• Informática?
• E Tecnologia da Informação?
• Existe diferença entre esses dois assuntos?
Mas não pense que o uso e o acesso automático à informação (conforme o quadro anterior defi -
ne) sempre foram como vemos atualmente.
A idéia inicial, lá pelos anos de 1950 e 1960, era a criação de uma sala totalmente isolada do 
restante da empresa, onde os dados eram passados para os profi ssionais da área de informática. 
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Esses profissionais é que eram os responsáveis por executar o processamento das informações 
e entregá-lo para os usuários finais das outras áreas das empresas. Existiam situações em que o 
usuário solicitava uma informação em determinado instante e só recebia o resultado dela dias após 
a solicitação.
 Essa época é conhecida pelos grandes CPDs (Centrais de Processamento de Dados), que eram 
salas trancadas a chave, onde poucos profissionais podiam manipular os computadores existentes. 
(BATISTA, 2004) 
Você perceberá, quando estudar o conteúdo do Tema 2 de nossa disciplina, que uma das causas 
para a criação desta estrutura centralizada no passado é o fato de, naquela época, os computadores 
serem extremamente caros, de difícil utilização, além de causarem muitos problemas aos usuários.
Este cenário começa a mudar por volta dos anos 1970 e 1980, quando aparecem os primeiros 
computadores pessoais (PC – Personal Computer) e as redes de computadores começam a se ex-
pandir.
A partir deste momento, o usuário que necessitar de informações não dependerá exclusivamente 
do antigo CPD. A partir de seu PC (computador pessoal), cada um de nós, em nossos lares ou em-
presas, pode manipular e acessar informações de forma automática.
 Dentro deste novo contexto, o termo informática vem perdendo espaço e está sendo substituído 
por Tecnologia da Informação, ou, simplesmente, TI.
De agora em diante falaremos muito em TI, e você perceberá que o conceito é bem mais amplo 
que o de informática.
Vejamos os conceitos de TI na visão de vários escritores:
Tecnologia da Informação ou TI =
• Todo e qualquer dispositivo que tenha a capacidade para tratar dados e/ou informa-
ções, tanto de forma sistêmica como esporádica. (BATISTA, 2004)
• Recursos tecnológicos e computacionais para geração e uso da informação. (REZEN-
DE e ABREU, 2003)
• Coleção de recursos de informação de uma organização, seus usuários e a gerência que 
os supervisiona. (TURBAN, RAINER, POTTER, 2005)
• Inclui hardware, bancos de dados, software, redes e outros dispositivos, para tratar 
dados e/ou informações. (TURBAN, McLEAN, WETHERBE, 2004)
Resumindo, podemos definir TI como sendo:
A infra-estrutura organizada de hardware, software, bancos de dados e redes de telecomu-
nicações, que permite manipular, gerar e distribuir dados e informações ao longo dos seus 
usuários (empresas ou pessoas).
Ao analisarmos a definição de TI do quadro anterior, percebemos que ela é formada por alguns 
componentes, não é? Pois então, vamos ver quais são estes componentes?
Os componentes que formam a TI são:
• Hardware;
• Software;
• Banco de dados;
• Redes de telecomunicações;
• E claro, também, nós, os usuários finais.
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A figura a seguir exemplifica os componentes da TI:
Figura 1 – Componentes da teCnologia da inFormaçãoo’Brien (2004)
Com exceção do componente “Pessoas”, cada um dos demais será analisado ao longo dos pró-
ximos temas da nossa disciplina.
No entanto, vamos verificar o que cada componente significa através dos quadros abaixo. 
(O’BRIEN, 2004)
Pessoas
Especialistas: analistas de sistemas, programadores, operadores de micro.
Usuários finais: todos os demais que utilizam a informação.
Software
Programas: sistemas operacionais, planilhas eletrônicas, editores de texto.
Procedimentos: procedimentos de entrada de dados, de correção de erros.
Hardware
Máquinas: computadores, vídeo, disco magnético, impressoras, scanners.
Mídias: disquetes, fita magnética, cds, dvds.
Dados
Descrição de produtos, cadastro de clientes, arquivos de funcionários, banco de dados de 
estoque.
Rede
Meios de comunicação, processadores de comunicações, acesso a redes e software de 
controle.
1.2. A TI e as empresas
Agora que sabemos o que significa tecnologia da informação, vamos analisar de que maneira as 
empresas utilizam a TI.
Pense, primeiramente:
 
O mundo globalizado em que vivemos hoje, seja 
em seus pontos positivos e negativos, teria êxito se a 
Tecnologia da Informação não fosse empregada? 
Podemos considerar algumas afirmativas quando o assunto é Administração de Empresas, Glo-
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balização e Tecnologia da Informação. Analisemos algumas delas:
• O dinamismo imposto pela globalização exige uma maioragilidade de resposta, que só pode 
ser conseguida com o uso da TI.
• As tomadas de decisões podem ser amplificadas/facilitadas com o uso da TI, uma vez que se 
melhora o tratamento e a organização das informações geradas pela empresa.
• As empresas, atualmente, necessitam manipular grandes volumes de informações para po-
derem definir um bom planejamento, quer seja operacional, tático ou estratégico.
Todas essas afirmativas são colocadas em prática através da TI e do uso organizado de seus 
componentes. 
E por falar em componentes, você se lembra quais são os componentes da Tecno-
logia da Informação (TI)?
Caso não se recorde, volte um pouco no texto e releia sobre os componentes da 
TI.
A presença e a utilização da TI pelas empresas podem ser observadas em várias situações práti-
cas. Vamos então para alguns exemplos?
Exemplo 1: Comprar livros e CDs
Você entra on-line no site da editora ou loja que comercializa os produ- tos que 
deseja. Através do site destas empresas, você pode comprar os itens direta- mente 
e pedir que sejam enviados à sua residência. Ou então, você entra on-line e m 
sites como o shoppinguol.com.br e solicita aos sistemas de busca do site q u e 
localizem as empresas que vendam o produto da sua escolha. Pronto! Em 
alguns instantes você recebe a informação na tela de seu computador sobre 
os sites encontrados que vendem o seu produto, bem como os valores, 
condições de pagamento e prazos de entrega de cada um deles.
adaptado a partir de turBan, rainer, potter (2005).
Exemplo 2: Personalizar e comprar automóveis e eletrodomésticos
Você entra on-line no site de uma montadora de carros, como a fiat.com.br ou do fabricante que co-
mercializa, por exemplo, a geladeira que você deseja comprar, como a brastemp.com.br. Através do 
site destas empresas, você pode personalizar seu veículo ou geladeira, escolhendo sua cor, itens op-
cionais, tipo de combustível ou de portas, design, entre outras características. A partir deste mesmo 
site você simula a melhor forma de pagamento, o valor das parcelas (caso seja pagamento a prazo), 
define o local de entrega (no caso do automóvel, geralmente na concessionária mais próxima de sua 
casa) e ainda tem a possibilidade de acompanhar a entrega do seu produto.
Exemplo 3: Inscrição em disciplinas em algumas faculdades
Em algumas faculdades, para fazer a inscrição nas disciplinas que você irá cursar, 
basta acessar o site da faculdade, fazer a autenticação no site com o seu nome de 
acesso e código e escolher as disciplinas desejadas. Sem sair da sua casa, o site 
verifica automaticamente os pré-requisitos, as sobrecargas, turmas cheias ou outras 
restrições aplicáveis.
adaptado a partir de turBan, rainer, potter (2005).
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Exemplo 4: Compras em um supermercado do “futuro”
Alguns supermercados estão se reformulando para permitir que você leve 
seus itens a um quiosque de auto-atendimento, onde você passa o código 
de barras de cada item em uma leitora. Depois de ter passado todos os seus 
itens, o quiosque oferece instruções sobre como pagar, seja em dinheiro, 
cartão de crédito ou de débito. Nestes cenários, a espera na fila do caixa 
tende a ser bastante reduzida.
adaptado a partir de turBan, rainer, potter (2005).
Exemplo 5: A TI usada por diferentes áreas de uma empresa
Nas áreas financeiras e de contabilidade, os gerentes usam a TI para prever receitas e despesas, 
determinar as melhores fontes e usos dos recursos financeiros, gerenciar o 
fluxo de caixa, realizar auditorias, entre outras atividades.
Em vendas, em marketing, os gerentes utilizam a TI para definir os preços 
dos produtos e serviços, definir campanhas de vendas, acompanhar o anda-
mento das vendas, gerenciar o relacionamento com o cliente, entre outras 
atividades.
adaptado a partir de turBan, rainer, potter (2005).
Além desses exemplos da utilização da TI pelas empresas, podemos verificar, em outros casos, a 
TI possibilitando às empresas a reformulação e melhoria de seus processos de trabalho.
Vejamos alguns casos através do quadro a seguir.
Iniciativa da TI Processo alterado Benefício empresarial
Vendedor
Sistema de visitas 
de vendas com 
computadores portáteis
Visita de vendas Agilidade e aumento nas vendas
Equipe de marketing
Informação dos 
produtos (catálogos) 
disponibilizados no 
site da empresa
Divulgação e distribuição 
de produtos
Facilidade de localização 
dos produtos e maior 
satisfação dos clientes
Equipe de controle 
de estoque
Sistema de contagens 
de itens através de 
computadores pessoais
Inventário (balanço) dos 
produtos no estoque
Rapidez nas contagens 
de estoque.
Diminuição dos erros
Resumindo, podemos dizer que as empresas usam a TI como ferramenta para:
• resolução de problemas;
• melhorar o controle;
• melhorar o fluxo de informações;
• melhorar o processo de tomada de decisões.
1.3. Os profissionais de TI
Você concorda que, para administrar todos estes componentes da TI, as empresas 
precisam de um ou de vários profissionais qualificados?
Concorda? Sim, ou não?
As empresas necessitam de profissionais que possam compreender e aplicar melhor os recursos/
componentes da tecnologia da informação nos seus processos de trabalho.
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Estes profissionais são conhecidos como analistas de informação ou CIO (Chief Information 
Officer – Chefe Executivo de Informações) e atualmente são considerados peças-chave dentro de 
qualquer empresa.
Estes profissionais devem saber identificar e aplicar as mais relevantes informações que, no 
universo da administração, poderão ser obtidas ao longo das atividades do dia-a-dia das áreas de 
marketing, finanças, produção e recursos humanos.
Além disto, os analistas de informação ou CIO precisam desenvolver estudos e/ou trabalhos no 
sentido de colocar em prática a coleta, o armazenamento e a utilização das informações ao longo 
das empresas.
Ao ler estes parágrafos, você pode estar pensando:
“– Será que na empresa onde eu trabalho, ou que eu conheço, existe este tipo de profissional?”
Em parte, a sua dúvida é coerente, pois muitas vezes nem mesmo os próprios profissionais sa-
bem que são analistas de informação ou CIO, ou muitas vezes, estas atividades são compartilhadas 
entre algumas pessoas de dentro da empresa e outros profissionais contratados externamente, os 
terceirizados.
No entanto, podemos dizer que na maioria das empresas existirá ao menos uma pessoa que 
exercerá o papel de analista de informação, ou seja, aquela pessoa que tem um pouco de conheci-
mento técnico e ao mesmo tempo conhece a empresa como um todo.
Entenda um pouco mais sobre o que faz este profissional da TI e analise se nas empresas que 
você conhece existem pessoas com este perfil.
Perfil do profissional da área de TI:
• bom conhecimento de tecnologia, sem ser exageradamente técnico;
• capacidade de fácil relacionamento com os usuários finais;
• certo conhecimento sobre o negócio da empresa onde trabalha;
• visão da empresa como um todo (visão sistêmica);
• capacidade de vincular a tecnologia com os negócios da empresa.
Veja, no quadro a seguir, o que alguns grandes CIOs do mercado pensam sobre o perfil do ana-
lista de informação ou CIO.
CIO do Senac “O profissional ideal é aquele que se dedica à construção de relações humanas para que todos os pares passem a confiar nele e em sua equipe.”
Diretor de gestão de 
talentos da Kaizen
“O CIO com relacionamento ideal é definido pelo poder de 
transparência, ética, sinceridade, disposição para ouvir, acessibilidade.”
CIO da Medial Saúde “Possuir características de transparência, respeito, ser comunicativo e flexível. Todo o resto gira em torno desses pontos.”
adaptado a partir de dalmazo (2007)
Aprend@ M@is 
Acesse os sites a seguir e aprenda mais sobre o perfil dos profissionaisresponsáveis pela área de 
TI nas empresas:
• http://www.computerworld.com.br
• http://cio.uol.com.br
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Até agora falamos muito sobre o CIO, mas e os outros profissionais da área de TI, como os pro-
gramadores, analistas de sistemas e outros?
A tabela a seguir oferece uma lista de alguns cargos em TI com uma breve descrição das atribui-
ções de cada cargo.
Cargo Descrição do cargo
Diretor de TI ou CIO
Em resumo, é o responsável pelo gerenciamento de 
todos os sistemas, pelo componentes da TI e pelas 
operações informatizadas do dia-a-dia em uma empresa.
Analista de sistemas
Em linhas gerais, analisa o que os usuários das 
empresas precisam e transforma isto em linguagem 
compreensível pelos programadores.
Programador de sistemas Escreve o código de computador para desenvolver novas aplicações (programas) ou manter as já existentes.
Gerente ou administrador de rede Coordena e gerencia a rede de voz e dados das empresas.
Gerente ou administrador 
de banco de dados
Gerencia os bancos de dados da empresa e a 
utilização do software de gerenciamento de dados.
Webmaster Gerencia o site da empresa na Internet. Em empresas maiores, coordena os trabalhos do webdesigner.
Webdesigner Cria e desenvolve sites e páginas para a Internet. Trabalha em conjunto com o Webmaster.
adaptado de turBan, rainer, potter (2005).
1.4. O ambiente atual de TI
Existe uma grande variedade de componentes de TI funcionando dentro de um ambiente moderno 
de computação. 
Podemos dizer que um ambiente de computação é:
A maneira como os componentes da TI, ou seja, hardware, software, redes e banco de 
dados de uma empresa são organizados e integrados para obter o máximo de eficiência e 
eficácia.
turBan, rainer e potter, 2005.
Como vimos anteriormente, o ambiente de computação que dominava até meados dos anos de 
1980 era o ambiente dos grandes computadores, os chamados mainframes. 
Neste ambiente de computação, os usuários trabalhavam com os chamados 
terminais “burros”, que serviam apenas para a entrada ou acesso aos dados. Todo 
o processamento era realizado pelos mainframes, naqueles ambientes fechados, 
chamados CPDs. Lembra-se?
Caso não se recorde dos chamados CPDs, volte um pouco no texto e releia 
sobre os conceitos iniciais de TI.
Atualmente, em função das redes de telecomunicações e especialmente da Internet e das intra-
nets, o ambiente de TI que predomina na maioria das organizações é o da computação distribuída.
Mas o que significa computação distribuída?
A computação distribuída é “a arquitetura de computação que divide o trabalho de proces-
samento entre dois ou mais computadores, usando uma rede para conexão também chama-
do processamento distribuído.”
turBan, rainer e potter, 2005, p. 55
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1.4.1. Arquitetura cliente/servidor
A configuração mais importante neste ambiente de computação distribuída é a arquitetura clien-
te/servidor.
A figura a seguir exemplifica o ambiente distribuído com arquitetura cliente/servidor.
Figura 2 – ambiente distribuído com arquitetura cliente/servidor
Observe bem o formato deste ambiente distribuído, do tipo cliente/servidor, também chamado 
por aqueles que preferem os termos em inglês de ambiente client/server.
Note que nestes ambientes do tipo cliente/servidor existe um computador central chamado de 
servidor, cuja função principal é oferecer aos computadores (PCs) conectados a ele (clientes) uma 
grande variedade de serviços, como acesso a pastas, arquivos, impressão, entre outros.
 
Você consegue identificar o ambiente de compu-
tação do tipo cliente/servidor em sua residência 
ou local de trabalho? Pense sobre isto. 
 Mas qual será a diferença entre o ambiente antigo, de computação centraliza-
da (dos grandes CPDs), com este ambiente de computação moderna, distri-
buída, do tipo cliente/servidor?
O principal objetivo e, por conseqüência, a principal diferença entre estes dois ambientes é a 
maximização do uso dos recursos do computador, seja ele o servidor ou o cliente. Esta maximiza-
ção é possível devido ao fato de que:
• Este ambiente oferece meios para os diferentes dispositivos de computação (computadores 
servidores, computadores clientes, impressoras, Internet, entre outros) trabalharem juntos, 
cada um realizando as tarefas para as quais são mais indicados.
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Além deste ambiente de computação distribuída, do tipo cliente/servidor, ser predominante em 
quase todas as empresas, sejam elas pequenas, médias ou grandes, ele é a arquitetura base para os 
sistemas baseados na Internet.
Concorda? Sim ou não?
Basta você observar o sistema de ensino a distância que utilizamos em nosso curso. 
Cada aluno em seus computadores, os clientes da rede (e não os clientes/consumidores da empresa) 
acessam os nossos computadores, os servidores da rede, para extrair, enviar e compartilhar informações.
1.4.2. Arquitetura peer-to-peer
Outra configuração do ambiente de computação distribuída é a arquitetura peer-to-peer, ou P2P.
Vejamos como é estruturada a arquitetura peer-to-peer ou P2P.
A arquitetura peer-to-peer, ou, P2P é uma rede de computação distribuída em que cada com-
putador cliente compartilha arquivos ou recursos diretamente com outros computadores, mas 
não por meio de um computador central (como na arquitetura cliente/servidor).
turBan, rainer e potter, 2005
Observe bem a definição para a arquitetura P2P, ou peer-to-peer.
Note que, ao contrário da arquitetura anterior (cliente/servidor), a peer-to-peer não precisa do 
computador central (servidor) para trocar informações com os clientes da rede. Na arquitetura P2P 
esta troca/compartilhamento de informações se dá diretamente de um computador para outro.
A figura a seguir ilustra a diferença entre a arquitetura cliente/servidor (à direita da figura) e o 
ambiente distribuído com arquitetura peer-to-peer (P2P).
Figura 3 – diferenças entre arquitetura cliente/servidor e p2p
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O ambiente de computação distribuída, do tipo peer-to-peer (P2P), é a base para os seguintes softwares:
• KaZaA;
• Napster;
• Ares;
• Morpheus;
• Gnutella;
• entre outros.
Aprend@ M@is 
Acesse os sites abaixo e entenda um pouco mais sobre a arquitetura P2P, bem como os serviços que 
ela pode oferecer através destes sites:
• http://www.kazaa.com;
• http://www.napster.com;
• http://www.ares.com;
• http://www.morpheus.com;
• http://www.gnutella.com. 
Fechamento do tema
Neste tema, vimos e analisamos:
• os fundamentos básicos da Tecnologia da Informação, bem como as principais diferenças 
que ela tem com a simples informática;
• a maneira como as empresas estão utilizando a tecnologia da informação em seus negócios;
• os principais profissionais envolvidos na área de TI das empresas, bem como as habilidades 
requeridas destes profissionais;
• por fim, como é o ambiente atual de Tecnologia da Informação nas empresas.
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2 - Hardware
Como futuro administrador, você precisará conhecer os conceitos elementares sobre hardware, 
mesmo não precisando ter conhecimentos técnicos apurados. Por isso iremos, ao longo deste tema:
• apresentar os princípios básicos sobre hardware, bem como as principais diferenças 
entre os seus dispositivos;
• discutir a diferença entre os diferentes periféricos de computador;
• entender como ocorreu a evolução do hardware de computador;
• analisar os diferentes tipos de computadores e as principais aplicações de cada 
tipo.
Depois de ler e estudar este tema, espera-se que você seja capaz de:
• compreender os conceitos básicos sobre hardware de computador, diferenciando os 
seus principais dispositivos;
• entender os diferentes tipos de periféricos de computador esua utilidade;
• explicar como surgiu o primeiro computador e como se deu sua evolução até os dias 
atuais;
• identifi car os diferentes tipos de computadores existentes atualmente, bem como as 
suas principais aplicações.
2.1. Visão geral do hardware
Para começarmos, pense em como podemos defi nir hardware de computador.
HARDWARE =
• Todo equipamento físico, formado por um conjunto de componentes e acessórios que 
utilizam eletrônica digital, usado para atividades de entrada, processamento e saída de 
dados e informações.
O hardware de computador é composto de alguns elementos ou partes chamados dispositivos. 
São eles:
• Dispositivos de PROCESSAMENTO;
• Dispositivos de ENTRADAS e SAÍDAS;
• Dispositivos de ARMAZENAMENTO;
• Dispositivos de COMUNICAÇÃO.
Você consegue imaginar os outros componentes da TI (software, bancos de dados 
e redes de telecomunicações) funcionando sem o hardware de computador?
Difícil de imaginar este cenário. 
Podemos afi rmar, então, que o hardware de computador oferece as condições físicas básicas para a 
infra-estrutura de TI de uma empresa ser colocada em prática.
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Veja a figura ao lado. Ela exempli-
fica o hardware de computador e seus 
dispositivos (partes ou elementos).
Figura 4 – dispositivos do hardware de computador
Vamos entender um pouco mais sobre cada um dos dispositivos do hardware de computador.
2.1.1. Dispositivos de processamento
São chamados de Unidade Central de Processamento (CPU) e têm como função principal manipu-
lar os dados brutos, passando-os para um formato mais adequado.
Além disto, controlam as outras partes do computador.
2.1.2. Dispositivos de entrada
Convertem dados e instruções para o formato eletrônico para que possam ser processados pelo 
computador.
2.1.3. Dispositivos de saída
Convertem dados eletrônicos produzidos pelo computador e os apresentam em um formato que as 
pessoas (usuários) possam entender.
2.1.4. Dispositivos de armazenamento
São divididos em armazenamento primário e secundário:
• Os dispositivos de armazenamento primário recolhem e guardam, temporariamente, os da-
dos e instruções durante o processamento;
• Já os dispositivos de armazenamento secundário abrigam dados e programas enquanto não 
estão sendo utilizados no processamento, ou seja, mesmo quando o computador está desli-
gado.
2.1.5. Dispositivos de comunicação
Oferecem condições para a conexão entre o computador e as redes de telecomunicações.
Aprend@ M@is 
Você quer aprender mais sobre o funcionamento interno de um computador?
Então acesse o site abaixo e assista a uma animação bem divertida sobre como o computador 
funciona internamente.
• http://www.10s.com.br
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2.2. Periféricos de computador
Depois de tomar conhecimento sobre cada dispositivo do hardware de computador, bem como das 
principais funções de cada um, vamos relacionar estes dispositivos com os periféricos que execu-
tam suas tarefas.
Os periféricos são aqueles equipamentos que trabalham em conjunto com o computador.
Para fixar melhor estes conceitos, vamos para alguns exemplos?
Exemplo 1: Periféricos de entrada e saída
Periféricos/ Equipamentos Entrada ou Saída?
Mouses Entrada
Caneta ótica Entrada
Tela sensível ao toque Entrada
Teclados Entrada
Scanners óticos Entrada
Leitores de código de barras Entrada
Microfones e caixas de som Entrada e Saída
Monitores de vídeo Saída
Impressoras Saída
Placa de rede Entrada e Saída
Exemplo 2: Periféricos de armazenamento
Periféricos/ Equipamentos Primário ou Secundário?
Memória RAM Primário
Drive de disco rígido Secundário
PEN drive Secundário
Drive de disco flexível (disquete) Secundário
Drive de fita magnética Secundário
CD-ROM, DVD Secundário
Exemplo 3: Periféricos de processamento e comunicação
Periféricos/ Equipamentos Processamento ou Comunicação?
CPU Processamento
Placa de rede Comunicação
HUB, Switche Comunicação
Modem Comunicação
Aprend@ M@is 
Você quer saber mais sobre hardware de computador e todos os seus periféricos?
Então acesse o site a seguir e navegue pelo seu conteúdo.
• http://www.clubedohardware.com.br/
2.3. Evolução do hardware de computador
O hardware de computador evoluiu durante cinco estágios ou gerações de tecnologias. (TURBAN, 
RAINER, POTTER, 2005; O’BRIEN, 2004)
Com o avanço destas gerações, os equipamentos tiveram maior poder de processamento e capa-
cidade de armazenamento, enquanto, simultaneamente, diminuíram de custo.
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Entenda, pela análise da figura a seguir, como ocorreu a evolução do hardware de computador.
Figura 5 – evolução do hardware de computador.
Vamos, rapidamente, com o apoio de Mattos (2005), fazer um passeio por essas gerações de 
computadores, analisando sua evoluções:
• 1ª Geração (1946-1956): 
• Esta geração se iniciou-se com a construção do primeiro computador digital, o ENIAC 
(eletronic numerical integrator and computer, ou computador e integrador numérico ele-
trônico). Este computador foi concebido com a finalidade de realizar os cálculos para a 
construção da primeira bomba atômica para o exército norte-americano;
• Para você ter idéia do tamanho deste computador, ele pesava 30 toneladas e consumia 
200.000 watts de potência (um chuveiro consome, em média, 4.000 watts);
• Estes computadores baseavam-se em válvulas eletrônicas;
• Observe, na figura a seguir, o tamanho do ENIAC, o primeiro computador.
Figura 6 – Computador eniaC
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• 2ª Geração (1957-1963):
• Computadores construídos com transistores;
• Um computador construído nessa época não ocupava mais que o espaço de um guarda-
roupa (sem falarmos nos periféricos como impressores, discos, fitas, entre outros).
• 3ª Geração (1964-1979):
• Os computadores passam a utilizar circuitos integrados (CI);
• Um CI é um chip (veja a foto a seguir) que consegue armazenar milhões de transistores 
em uma pequena área;
Figura 7 – Chip de computador
• Graças ao surgimento destes chips foi possível a diminuição do tamanho dos computado-
res;
• Nesta geração, surgiram os primeiros PCs, ou computadores pessoais (Apple).
• 4ª Geração (1980-1996):
• Os computadores desta geração possuíam CIs (circuitos integrados), que permitiam a 
instalação de um número maior de transistores;
• No início desta geração, os CIs portavam milhares de transistores em um chip;
• Ao final desta geração já era possível encontrar chips com bilhões de transistores em um 
mesmo CI;
• A IBM lança seu primeiro computador no início desta geração e, a partir daí, populari-
zam-se os computadores pessoais, ou PCs.
• 5ª Geração (1997-Hoje):
• Os computadores desta geração utilizam maciçamente o processamento paralelo, a fim 
de processar várias instruções ao mesmo tempo;
• No processamento paralelo o problema é fragmentado em partes menores;
• Múltiplas instruções são processadas simultaneamente com vários processadores;
• Um exemplo de processamento paralelo está no data mining de grandes bancos de dados, 
que discutiremos no último tema da nossa disciplina.
Aprend@ M@is
Quer aprender mais sobre a história e evolução do computador, bem como o seu funcionamento 
interno? Acesse o site abaixo e navegue por suas informações:
• http://www.museudocomputador.com.br
2.4. Classificação e tipos de computadores
Agora que vimos um pouco sobre a evolução dos computadores, vamos analisar os diferentes tipos 
de computadores modernos.
Adotaremoscomo critério para classificação dos computadores o seu poder de processamento. 
Começaremos discutindo os computadores mais potentes e finalizaremos com os menos poderosos.
Você perceberá, ao longo da explicação sobre cada tipo de computador, as suas respectivas uti-
lizações nas empresas modernas.
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2.4.1. Supercomputadores 
Altamente sofisticados e poderosos, executam cálculos complexos.
Possuem maior poder de processamento e são utilizados em aplicações que requerem uma quan-
tidade enorme de cálculos matemáticos com enorme rapidez.
Diferentemente dos mainframes que são utilizados geralmente em aplicações empresariais, os 
supercomputadores são utilizados em trabalhos científicos e militares.
Você se lembra do processamento paralelo, característico dos computadores da 5ª 
geração? Se não, volte um pouco em nosso texto, pois os supercomputadores utili-
zam maciçamente o processamento paralelo.
Para você ter idéia dos supercomputadores e de onde eles são utilizados, analise a foto a seguir 
da sala dos supercomputadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do governo brasileiro 
(INPE).
Figura 8 – supercomputador do inpe
Outros exemplos, entre brasileiros e estrangeiros, de utilização dos supercomputadores são os 
Correios do Brasil, a Petrobras, a Receita Federal Brasileira, a Caixa Econômica Federal, a NASA, 
as forças armadas dos EUA, entre outros.
Aprend@ M@is
Acesse o site a seguir e confira onde são utilizados os maiores supercomputadores do mundo:
• www.top500.org
2.4.2. Mainframes
Também são computadores altamente sofisticados e de grande porte.
Possuem maior poder de processamento e são utilizados predominantemente em aplicações 
empresariais.
Apesar de parecerem peças de museu, os mainframes são utilizados em grandes empresas devi-
do ao seu desempenho e confiabilidade.
Logicamente, os mainframes de hoje não são enormes como os de antigamente. Veja na foto a 
seguir um exemplo de mainframe utilizado na Secretaria da Fazenda do Estado de Mato Grosso do 
Sul.
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Figura 9 – mainframe da secretária da Fazenda do mato grosso do sul
2.4.3. Computadores de médio porte
São computadores de porte menor que os mainframes e utilizados geralmente como servidores.
Conforme já discutimos anteriormente, os servidores são aqueles computadores cuja principal 
atividade é disponibilizar (servir) seus recursos aos demais computadores da rede.
Como exemplos de servidores podemos citar os servidores de domínio, de banco de dados, de 
aplicação, de recursos (impressão, armazenamento ou arquivos) e os servidores de serviços de In-
ternet (web, correio eletrônico, salas de bate papo).
A figura a seguir exemplifica alguns computadores do tipo servidor (médio porte).
 
Figura 10 – Computadores de médio porte
2.4.4. Microcomputadores
É a categoria menor e mais barata de computadores de uso geral.
São também chamados de micros, computadores pessoais ou PCs (personal computer).
Podem ser subdivididos em quatro classes, de acordo com o seu tamanho:
• os desktops (micros de mesa);
• os clientes enxutos (thin client);
• os notebooks/laptops (computadores de “colo”);
• e os dispositivos móveis (computadores de “mão”).
Veja, no quadro a seguir, as diferenças entre estas quatro categorias de microcomputadores e 
suas principais aplicações.
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Tipos de microcomputadores Conceito Aplicações
Desktops 
São os chamados computadores de 
mesa que dominam, atualmente, 
o ambiente empresarial.
• Empresas
• Uso doméstico
Thin client 
Equipamentos que não 
oferecem a funcionalidade 
completa de um desktop.
São os antigos terminais “burros”, 
com limitação de funcionalidades.
• Postos de varejo
• Quiosques de atendimento
• Laboratórios de TI 
 em faculdades
• Empresas que desejam 
 reduzir custos
Notebook/laptop 
Microcomputadores pequenos, 
facilmente transportáveis e leves.
Atualmente, custam mais 
que os desktops com a 
mesma confi guração.
• Empresas
• Profi ssionais liberais
Dispositivos móveis 
São os chamados computadores 
de mão (hand held ou PDAs).
Geralmente complementam 
atividades realizadas 
com notebooks.
• Coleta de dados
• Equipe de venda
• Gerenciamento de 
 dados pessoais
adaptado de turBan, rainer, potter (2005)
Fechamento do tema
Neste tema discutimos e analisamos:
• os princípios básicos sobre hardware, bem como as principais diferenças entre os seus dis-
positivos;
• a diferença entre os diferentes periféricos de computador;
• a evolução do hardware de computador;
• os diferentes tipos de computadores e as principais aplicações de cada tipo.
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3 – Software
Como futuro administrador, você terá muitas decisões a tomar sobre a utilização de software para 
melhorar o desempenho da sua empresa. Por isso, iremos, ao longo deste tema:
• apresentar os princípios básicos sobre softwares, bem como a sua evolução ao longo 
de tempo;
• explorar os diferentes tipos de softwares existentes e as principais funcionalidades de 
cada um deles;
• discutir as principais diferenças entre o software livre e o software proprietário;
• analisar os diferentes tipos de softwares empresariais, discutindo suas vantagens e 
desvantagens.
Depois de ler e estudar este tema, espera-se que você seja capaz de:
• compreender os conceitos básicos sobre software, sabendo explicar como ocorreu a 
sua evolução;
• entender e explicar os diferentes tipos de software, destacando as suas principais fun-
cionalidades;
• diferenciar o que é um software livre de um software proprietário, fornecendo exem-
plos de ambos;
• distinguir os diferentes tipos de softwares empresariais;
• analisar as vantagens e desvantagens existentes na adoção de cada tipo de software 
empresarial.
3.1. Princípios básicos sobre softwares
O hardware de computador, quando analisado isoladamente, é um equipamento sem “vida”; ele não 
consegue executar qualquer ação sem receber um mínimo de instrução.
Para ser útil, o hardware requer a presença de outro componente da TI: o software. O software é 
o responsável por dar “vida” ao hardware.
Analisando dessa maneira, podemos afi rmar que o software é o coração do hardware de computador.
Você consegue imaginar um computador funcionamento sem a presença de, no 
mínimo, um software?
Difícil de imaginar este cenário. 
Mas o que vem a ser um software? Como podemos conceituá-lo?
Vamos analisar o que alguns autores consideram ser a defi nição de software.
SOFTWARE =
• Elementos que dirigem, organizam e controlam os recursos de hardware, fornecendo 
instruções e comandos na forma de programas. (NORTON, 1996; STAIR, 1998)
• Também chamado de programas de computador, o software é um conjunto de ins-
truções fornecidas para o hardware poder funcionar corretamente. (LAUDON e LAU-
DON, 2004; TURBAN, RAINER, POTTER, 2005)
• Programas que controlam e apóiam as operações de um hardware de computador ou 
que dirigem o desempenho de um determinado aplicativo para atender às necessida-
des de informações dos usuários. (O’BRIEN, 2004)
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Resumindo, podemos dizer que software é:
Um conjunto de ordens (instruções/programas) fornecidas para o hardware com o 
objetivo de fazê-lo funcionar corretamente e/ou atender a uma necessidade de infor-
mação dos usuários.
Analisando bem estas definições, podemosafirmar que o computador será tão eficaz quanto as 
instruções (softwares) que lhe fornecermos.
Esta afirmação pode ser percebida ao verificarmos a evolução e as tendências em software que 
ocorreram ao longo de tempo.
No passado, o software era de difícil programação (criação). Apenas alguns especialistas, os fa-
mosos programadores, é que detinham o conhecimento para a criação e manipulação de softwares. 
A maneira de se programar nesta época também era muito complexa.
Além disso, antigamente, os softwares eram criados, na sua maioria, para atender a necessidades 
muito específicas. Por exemplo, um software para emitir folha de pagamento, outro para controlar 
os itens do estoque, e assim por diante.
Este cenário gerava, para as empresas, a necessidade de possuir vários softwares trabalhando 
em paralelo, que por sua vez precisam de uma grande estrutura de profissionais e equipamentos 
para gerenciá-los. Lembra-se da existência do antigo CPD?
Atualmente existe uma tendência de abandono aos programas personalizados, aqueles desenvol-
vidos pelos programadores exclusivamente para atender a determinadas necessidades das empresas.
 
Por que razão as empresas estão partindo 
para esta tendência, ou seja, abandonando os 
programas personalizados? 
Podemos citar como sendo as principais causas para esta tendência:
• A busca pelas empresas em concentrar-se em seu negócio principal, o chamado core business, 
que, na maioria dos casos, não é o desenvolvimento de softwares;
• A necessidade de unificar e integrar os diferentes softwares existentes nas empresas com o 
objetivo principal de dar confiabilidade às informações e diminuir custos (estrutura de TI, 
retrabalho, entre outros);
• A existência, atualmente, de inúmeras empresas especializadas em fornecer e dar suporte 
aos vários tipos de softwares. Isso tem aumentado a concorrência entre os fornecedores de 
software e, automaticamente, diminuído os seus preços.
Em termos gerenciais, um dos principais motivos de você estudar software é ter os conhecimen-
tos básicos para poder discutir e analisar questões relacionadas à escolha dos softwares para sua 
empresa.
3.2. Tipos de softwares
Vamos analisar os dois tipos principais de softwares, o software de sistemas (ou básico) e o software 
aplicativo.
3.2.1. Software de sistema
Comecemos pelo software de sistema.
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SOFTWARE DE SISTEMA (OU BÁSICO) =
• Programas que gerenciam e apóiam um computador em suas atividades de proces-
samento de informações. (O’BRIEN, 2004)
• Programas intermediários que agem, basicamente, entre o hardware e os softwares 
de aplicativos. (TURBAN, McLEAN, WETHERBE, 2004)
Resumindo, podemos dizer que o software de sistema, ou software básico, é responsável por:
Proporcionar importantes funções de auto-regulação para os computadores, como 
preparar-se quando o computador é ligado, como no Windows XP, gerenciar os re-
cursos de hardware, tais como armazenamento de arquivos, utilização das impresso-
ras, entre outras.
O melhor exemplo de software básico ou de sistema é o próprio sistema operacional. Afinal, é 
possível utilizarmos nosso computador sem a presença de um sistema operacional como o Windo-
ws ou o Linux?
O sistema operacional, ou simplesmente SO, pode ser entendido como o administrador geral do 
computador.
Você se recorda do hardware e de seus dispositivos?
Se não lembra, volte rapidamente no tema 2 de nossa disciplina para recordá-lo 
pois é o sistema operacional (SO) o software responsável por gerenciar todas as 
transações que ocorrem entre o hardware, seus dispositivos e os demais softwares 
presentes no computador ou na rede.
O SO (sistema operacional) determina quais os recursos de hardware (memória, disco rígido, 
monitor, CPU, impressora, entre outros) necessários para a realização de tarefas, solução de proble-
mas, freqüência e prioridade de atividades.
Vamos para alguns exemplos?
Exemplo: Sistemas operacionais e sua utilização
Existem vários tipos de sistemas operacionais (SO), sendo os mais comuns o Windows, da 
Microsoft, o Unix, da AT&T e o Linux, de Linus Torvalds.
O UNIX deu origem a vários sistemas semelhantes, como o AIX (da IBM), o Solaris (da Sun 
Microsystems), o HP-UX (da HP), o MacOS (da Apple), entre outros.
Ao analisarmos a utilização destes sistemas, verificamos que, atualmente, o Windows é o SO 
mais usado nos computadores de usuários finais (desktops e laptops), enquanto o Unix e o Linux são 
os mais encontrados em computadores de médio porte (servidores) e nos mainframes.
Observe, no quadro a seguir, os sistemas operacionais mais utilizados, em junho de 2004, para 
acessar o Google. Note a taxa de utilização do Windows em comparação com os outros SOs. 
Sistema operacional % de acessos
Windows XP 51
Windows 2000 18
Windows 98 16
Windows ME 3
Mac 3
Windows NT 2
Windows 95 1
Linux 1
Outros 5
 
google (2007)
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Estes números demonstram a afirmação que fizemos anteriormente sobre a utilização do Windo-
ws na maioria dos microcomputadores de usuários finais.
Voltaremos a discutir sobre estes softwares mais adiante, neste tema, quando analisarmos os 
softwares livres e os softwares proprietários.
3.2.2 Softwares aplicativos
Dando continuidade ao nosso estudo sobre tipos de softwares, vamos analisar agora os softwares 
aplicativos.
Podemos dizer que o software aplicativo é:
SOFTWARE APLICATIVO =
• Um conjunto de programas de computador que orienta o hardware na execução de 
atividades específicas de processamento de dados ou informações que proporcionem 
funcionalidades aos usuários;
• Essas funcionalidades podem ser amplo-genéricas, como o processamento de um 
texto, ou restrito-específicas, como um programa de folha de pagamento. (TURBAN, 
McLEAN, WETHERBE, 2004)
Em outras palavras, podemos dizer que os softwares aplicativos são:
os outros programas utilizados nos nossos computadores, além dos chamados básicos 
(sistemas operacionais).
É importante você saber que:
• os softwares aplicativos basicamente manipulam dados ou textos para criar ou fornecer in-
formação a nós, usuários, enquanto os softwares de sistema (básicos) manipulam recursos 
de hardware;
• os softwares aplicativos usam o sistema operacional (software de sistema) para fazer as soli-
citações de serviços;
• em resumo, o software aplicativo não consegue rodar sem o software de sistema (básico).
Observe, na figura a seguir, a dependência do software aplicativo em relação ao software básico.
Figura 11 – relação entre hardware, software de sistema e aplicativo
Para você fixar bem a diferença entre os softwares aplicativos e os softwares de sistemas, vamos 
analisar alguns exemplos:
Exemplo 1: Interação entre software de sistema e de aplicativo
Suponha que você esteja enviando um documento do Word (software aplicativo) para a im-
pressora (hardware) que está sem papel:
• O Word (software de aplicativo) solicita ao Windows (software de sistema), através de uma comu-
nicação interna, a verificação da situação da impressora, ou seja, se ela está pronta e disponível.
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• Caso ocorra algum problema com o hardware da impressora, o Windows gerencia e envia mensa-
gem de volta para o Word, informando o ocorrido, impedindo que o arquivo seja impresso.
• Da mesma forma, o Windows envia mensagem informando que a impressão não foi realiza-
da, devido à falta de papel na impressora.
Exemplo 2: Tipos de software aplicativo 
Vamos, com o auxílio de Turban, Rainer e Potter (2005), analisar os seguintes softwares 
aplicativos:
• planilhas eletrônicas;
• gerenciamento de dados;
• apresentação gráfica e multimídia;
• processadores de texto;
• groupware;
• entre outros tipos.
• Planilhas Eletrônicas:
– Softwareque usa uma grade de linhas e colunas para exibir dados numéricos ou de texto 
em células.
– Permite aos usuários introduzirem e manipularem fórmulas para exibir respostas calculadas.
– Além disso, as planilhas eletrônicas permitem a manipulação de dados de uma empresa, 
caso seja necessário prever variações no mercado ou mesmo na produção, podendo, as-
sim, ser uma ferramenta de apoio à tomada de decisões.
– São exemplos mais populares as planilhas Microsoft Excel (veja na figura a seguir) e 
Lotus 1 2 3.
Figura 12 – planilha eletrônica da microsoft, o excel
• Gerenciamento de Dados
– Softwares que dão suporte ao armazenamento, à recuperação e à manipulação de dados 
relacionados.
– A maioria destes softwares de gerenciamento de banco de dados pode realizar quatro 
tarefas básicas:
▲ desenvolvimento de banco de dados;
▲ consulta de banco de dados;
▲ manutenção do banco de dados;
▲ desenvolvimento de aplicações.
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– De uma forma geral, estes softwares permitem que você monte e gerencie um banco de da-
dos em seu computador.
– Um dos mais populares é o Microsoft Access (veja na figura a seguir).
Figura 13 – aplicativo de gerenciamento de dados da microsoft, o access
• Apresentação Gráfica e Multimídia:
– Aplicativos que fornecem informações, utilizando uma diversidade de mídias, incluindo 
exibições em texto e gráficos, voz e outros segmentos de áudio, fotos e vídeos.
– As apresentações de multimídia podem ser em forma de gráficos, fotos, animações e vi-
deoclipes.
– Possibilitam projetar e gerenciar as apresentações de acordo com alguns modelos pré-
formatados para elaboração do esboço.
– Um dos aplicativos deste tipo mais utilizados no mercado é o Power Point, da Microsoft 
(veja na figura abaixo).
Figura 14 – aplicativo de apresentação da microsoft, o powerpoint.
• Processadores de texto:
– Um processador (ou editor) de texto é um software aplicativo destinado a editar e visua-
lizar arquivos de texto.
– São programas que permitem a edição de textos para posterior uso, alguns com recursos 
de revisão ou mesmo de importação de gráficos, entre outros.
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– Além disso, um processador de texto pode gerar índices automáticos, fazer formatação 
condicional, verificação ortográfica, edição de estilos (para automatizar a formatação de 
documentos extensos), entre outras funcionalidades mais avançadas.
– Um dos processadores de texto mais populares do mercado é o Word, da Microsoft (veja 
na figura abaixo).
Figura 15 – aplicativo de processamento de textos da microsoft, o word
• Groupware:
– O software de groupware pode ser definido como sendo aplicações que, além das redes 
locais e das infra-estruturas de telecomunicações das empresas, permitem o trabalho em 
equipe sobre projetos comuns em um ambiente compartilhado.
– Os aplicativos de groupware provêem as condições necessárias para:
▲ centralizar, uniformizar e padronizar a comunicação entre um grupo de trabalho;
▲ trocar informações e conhecimento, colaborando e dinamizando as atividades de um 
grupo de trabalho;
▲ tomar decisões rápidas, pautadas em informações confiáveis sobre o grupo e suas 
atividades.
– As ferramentas de groupware apóiam a colaboração entre as pessoas através de:
▲ gerenciamento de e-mail;
▲ correio de voz;
▲ fórum de discussão;
▲ vídeoconferência;
▲ agendas e calendários compartilhados.
– Em resumo, podemos dizer que as ferramentas de groupware são aquelas que têm as 
condições necessárias para dar assistência aos grupos de trabalho no tocante à comunica-
ção, colaboração, troca de conhecimento e coordenação de suas atividades.
– Podemos citar como exemplos de softwares groupware:
▲ Microsoft Exchange;
▲ Lotus Notes;
▲ SuiteSpot Servers da Netscape;
▲ Group-Wise da Novell;
▲ InterOffice da Oracle;
▲ entre outros.
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– Veja, na figura a seguir, um exemplo de agenda compartilhada entre um grupo de trabalho, 
uma das funcionalidades típicas de dos aplicativos de groupware.
Figura 16 – aplicativo de groupware livre de licenças, o e-groupware
http://www.egroupware.org 
– É importante você saber que os aplicativos de groupware estão se tornando uma poderosa 
ferramenta para aquelas empresas que possuem diversas equipes de trabalho.
– Para estas empresas que constantemente compartilham informações e conhecimentos entre 
seus colaboradores, os aplicativos de groupware são considerados como ferramentas cola-
borativas e de apoio à decisão.
• Outros tipos de softwares aplicativos:
– Navegadores de rede (browser);
– Correio eletrônico (e-mail);
– Utilitários como antivírus, sistemas de backup, entre outros;
– Aplicativos para editoração eletrônica;
– Aplicativos para auxiliar atividades de projetos, como os softwares do tipo CAD (software 
de manufatura assistida por computador);
– Aplicativos de reconhecimento de voz.
3.3. Software livre e software proprietário 
Vamos entender as diferenças entre o software livre e o software licenciado, analisando trechos do 
artigo de Costa (2004).
Este artigo já é um exemplo prático de como é o software livre, ou seja, como pode ser reprodu-
zido e distribuído, desde que citada sua fonte.
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3.3.1. Software livre
Comecemos nossa discussão pelo software livre.
Software livre é uma questão de liberdade, não de preço. Para entender o conceito, você deve 
pensar em “liberdade de expressão”, não em “cerveja grátis”.
Software livre se refere à liberdade de os usuários executarem, copiarem, distribuírem, estu-
darem, modificarem e aperfeiçoarem o software. Mais precisamente, ele se refere a quatro tipos de 
liberdade para os usuários do software:
• Nº 1: liberdade de executar o programa para qualquer propósito;
• Nº 2: liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as suas necessida-
des. Acesso ao código-fonte logicamente é um pré-requisito para esta liberdade;
• Nº 3: liberdade de redistribuir cópias, de modo que você possa ajudar ao seu próximo;
• Nº 4: liberdade de aperfeiçoar o programa e liberar seus aperfeiçoamentos, de modo que 
toda a comunidade se beneficie. Acesso ao código-fonte é novamente um pré-requisito para 
esta liberdade.
Um programa é software livre se os usuários têm todas essas liberdades. Portanto, você deve ser 
livre para redistribuir cópias, seja com ou sem modificações, seja de graça ou cobrando uma taxa 
pela distribuição para qualquer um em qualquer lugar. Ser livre para fazer essas coisas significa 
(entre outras coisas) que você não tem que pedir ou pagar pela permissão.
Resumindo, podemos dizer que:
O software livre tem de ser entregue com o código fonte disponível; não tem limita-
ções no uso e é, mediante o estudo do seu funcionamento, adaptável às necessidades 
do utilizador. A redistribuição de cópias e modificações deve ser livre.
É importante você saber que o software livre nem sempre é gratuito. No entanto, os seus cus-
tos referem-se apenas à distribuição.
Os direitos de autor são protegidos pela GPL (General Public Licence – Licença Geral Pública), 
emitida pela Free Software Foundation e outras entidades. Este documento é um contrato comercial 
diferente das licenças tradicionais, pois apóia a cópia e redistribuição dos programas. 
Na Europa, muitos países já adotaram soluções em software livre para a administração pública. Alguns 
estados brasileiros estão trilhando este caminho e o governo federal também está seguindo este passo.
Vamos, então, para alguns exemplos?
Exemplo 1: Senado brasileiro migra para software livre
O projeto Solis – Software Livre no Senado – foi apresentado no auditório do Interlegis na 
semana de 15/03/2004. O Solis é o projeto de implementação da plataforma de software livre no 
Senado. 
Conforme decisão da presidênciado Senado, haverá a substituição do MSOffice pelo OpenO-
ffice, a versão livre dos programas de automação de escritório. Com isso, espera-se uma grande 
redução dos gastos da instituição com aplicativos, usando “tecnologia não-proprietária”.
O Interlegis, programa desenvolvido pelo Congresso Nacional, em parceria com o Banco Inte-
ramericano de Desenvolvimento (BID), traçou como meta a modernização e integração do Poder 
Legislativo nos seus níveis federal, estadual e municipal. Atingir esse objetivo ao menor custo 
possível é a tarefa diária de Paulo Fernandes de Souza Júnior, coordenador de desenvolvimento de 
tecnologia do programa. 
“Todas as nossas soluções estão sendo desenvolvidas a partir de softwares livres. Como nossa 
meta é distribuir um sistema que seja usado por mais de 5 mil casas legislativas em todo o país, 
imagine o custo se empregássemos os softwares proprietários” – explicou Paulo Fernandes.
soFtwareliVre (2004)
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Exemplo 2: Metrô de SP economiza US$ 900 mil com software livre
A Companhia do Metrô de São Paulo, histórico usuário de soluções de código aberto como o sistema 
operacional Linux e o pacote de aplicativos de escritório OpenOffice, divulgou o balanço do projeto de 
implantação da ferramenta PostgreSQL, um banco de dados de código aberto iniciado em 2001.
Segundo a empresa, a solução atingiu os níveis de conformidade necessários e, por seu baixo 
custo, possibilitou a economia de US$ 990 mil com a não-contratação de licenças de uso de siste-
mas proprietários. 
Para que as metas fossem alcançadas, ações conjuntas entre a Dextra, empresa vencedora do 
processo licitatório destinado à implantação do projeto, e o Metrô foram necessárias. 
Houve treinamento de administradores de bancos de dados para o gerenciamento do ambiente 
PostgreSQL e para o uso de recursos do projeto, além de palestras de aculturamento, criação de 
FAQ PostgreSQL (um banco de perguntas e respostas de dúvidas mais freqüentes), facilidades de 
acesso aos dados replicados, apoio ao desenvolvimento e migração de aplicações, definição de uma 
interface amigável de acesso a dados e uso do pacote de software livre OpenOffice.
estadão (2007)
Aprend@ M@is
Se você deseja saber mais detalhes sobre software livre, navegue pelos sites a seguir:
• http://daniel.costa.nom.br/artigos/free_software_x_open_source.php.
• http://www.softwarelivre.gov.br
• http://www.imasters.com.br/canal/livre 
3.3.2. Software proprietário
Vamos, agora, definir o que é um software proprietário.
SOFTWARE PROPRIETÁRIO =
• aquele software que não é livre;
• seu uso, redistribuição ou modificação são proibidos, requerendo que você peça per-
missão para tal; ou
• é restrito de tal forma que você não possa efetivamente redistribuí-lo ou modificá-lo 
livremente.
Costa, 2004.
Em outras palavras:
Os softwares proprietários, também chamados de licenciados, são desenvolvidos por 
uma empresa que procura ter lucro através do uso do software.
O usuário do software proprietário é obrigado a pagar uma licença para ter direito a utilizá-lo. 
Caso não pague a licença, obtendo o software de forma não oficial, o uso do software é tido como 
ilegal (pirata), estando, o usuário, sujeito às penalidades da lei.
Atualmente, uma das questões na pauta dos executivos de TI é com relação à legalização das 
licenças dos softwares proprietários ou à migração para softwares livres. Afinal, as penalidades são 
grandes para as empresas que utilizam cópias não licenciadas de software, variando de advertências 
a multas de valores elevados.
Aprend@ M@is
Quer saber como a maior empresa proprietária de softwares está rebatendo os casos de software 
livre? Acesse o site abaixo e navegue em seus artigos:
• http://www.microsoft.com/brasil/fatos/default.mspx
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3.4. Softwares empresariais
Chamamos este tipo de software também de aplicativos, pois são projetados e desenvolvidos para 
atender necessidades específicas e oferecer funcionalidades aos seus usuários.
No entanto, destacamos os softwares empresariais dos demais da sua categoria por se tratarem 
de sistemas que administram as operações mais importantes de uma empresa.
Um software empresarial é desenvolvido para atender às necessidades dos processos de negó-
cios de uma empresa, passando pela contabilidade, folha de pagamento, controle financeiro até o 
controle do relacionamento com os fornecedores e com os clientes.
Você se lembra da discussão que fizemos sobre como as empresas utilizavam, no 
passado, os softwares empresariais?
Lembra que falamos que as empresas possuíam diferentes softwares para 
controlar o seu negócio? Ou seja, um para controlar o estoque, outro para emitir a 
folha de pagamento?
Lembra-se?
Caso não se lembre, volte ao início deste tema para recordá-lo, pois, atualmente, na realidade de 
várias empresas, um dos maiores desafios, em se tratando de software, é a busca pela sua integração.
Estamos falando de empresas que podem estar passando pelas seguintes dificuldades:
• Excesso de retrabalho, pois, como possuem diferentes sistemas (softwares), precisam re-
alizar tarefas desnecessárias. Por exemplo, a entrada das informações da nota fiscal sendo 
feita no sistema de estoque e depois sendo redigitada no sistema da contabilidade;
• Dificuldade em obter informações para a tomada de decisões, afinal, como são vários os 
sistemas na empresa, muitas vezes a informação precisa ser buscada em diferentes locais;
• Já possuem um sistema integrado, porém, que não satisfaz às necessidades do seu negócio.
Esse tipo de software empresarial, que integra as diferentes áreas e departamentos de uma em-
presa, é conhecido como sistema ERP, ou sistema integrado de gestão empresarial.
Este software dá suporte ao gerenciamento de todo o fluxo de trabalho de uma empresa, desde o 
recebimento da mercadoria até a entrega ao consumidor final.
Além do sistema ERP, podemos citar outros dois importantes softwares empresariais:
• SCM: software empresarial para o gerenciamento da cadeia e do fluxo logístico;
• CRM: software empresarial para o gerenciamento das relações que a empresa mantém com 
seus clientes.
Você estudará com mais profundidade estes sistemas empresariais em outras disciplinas mais 
adiante em nosso curso.
Neste momento, o que você precisa fixar com relação aos softwares empresariais é a diferença entre:
• Softwares do tipo pacote;
• Softwares desenvolvidos sob medida.
3.4.1. Softwares do tipo pacote
Você já ouviu falar em software empresarial do tipo pacote ou nos desenvolvidos 
sob medida?
Vamos diferenciar um do outro, começando pelo do tipo pacote.
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SOFTWARE EMPRESARIAL DO TIPO PACOTE =
• Este tipo de software é comprado, arrendado ou alugado junto a um fornecedor, 
que desenvolve programas e os vende para muitas empresas. (TURBAN, RAINER, 
POTTER, 2005)
• São programas (softwares) escritos e codificados por empresas de prestação de 
serviços e disponibilizados no mercado para serem adquiridos pelas empresas. 
(BATISTA, 2004).
Em outras palavras:
Os softwares empresariais do tipo PACOTE são aqueles criados por empresas desen-
volvedoras de sistemas (software house) e colocados à venda no mercado na forma de 
um produto.
Estas empresas (software houses) desenvolvem e vendem o seu software para outras empresas. 
O proprietário do software, neste caso, é a empresa que desenvolveu e não a empresa que comprou 
o software.
Os pacotes podem ser:
• Padronizados:
• O software não pode ser ajustado às necessidades específicas da empresa, obrigando-a a 
trabalhar de acordo com o software;
• Parametrizáveis/customizáveis:
• Neste tipo de pacote, as empresas desenvolvedoras adaptam o software às necessidades 
específicas das empresas clientes;
• Essas adaptações podem ocorrer através deduas maneiras:
• configurações no software (parametrização); ou
• criação de programas específicos, personalizados para o cliente (customizações).
3.4.2. Software desenvolvido sob medida
O outro tipo de software empresarial, diferente dos pacotes, é o software desenvolvido sob medida 
para a empresa usuária do sistema.
Neste caso, você contrata uma equipe de profissionais (analistas de sistemas e programadores) 
para criar, internamente na sua empresa, o seu software empresarial.
Uma alternativa à contratação destes profissionais é a terceirização do desenvolvimento do 
software para uma empresa prestadora deste serviço.
Antes de continuarmos, pense nas principais diferenças entre os softwares empre-
sariais do tipo pacote e os sob medida.
Vamos analisar estas principais diferenças?
Para ajudá-lo nesta análise, veja o quadro a seguir com o resumo das principais características 
dos dois tipos de softwares empresariais que acabamos de estudar:
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Padronizados Parametrizáveis/customizáveis
• O software é de propriedade do fornece-
dor;
• É desenvolvido externamente ao cliente;
• A empresa cliente se adapta ao software;
• O software não pode ser modificado.
• O software é de propriedade do fornece-
dor;
• Geralmente é desenvolvido externamen-
te ao cliente;
• O software pode ser ajustado às necessi-
dades da empresa cliente.
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Interno Terceirizado
• O software é de propriedade da empresa cliente;
• É desenvolvido internamente, com equipe 
formada e administrada pelo cliente;
• O software é criado visando se encaixar plena-
mente às necessidades do cliente.
• O software é de propriedade da empresa 
cliente;
• Pode ser desenvolvido tanto interna quanto 
externamente, porém, por profissionais 
terceirizados;
• O software é criado visando a se encaixar 
plenamente às necessidades do cliente.
Agora que analisamos as principais diferenças dos softwares empresariais do tipo pacote e os 
desenvolvidos sob medida, vamos refletir sobre as vantagens e desvantagens de cada um deles.
 
Você é o responsável, na sua empresa, por definir 
se o software será do tipo pacote ou desenvolvido 
sob medida. Qual você considera ser a decisão 
mais interessante? 
Para auxiliá-lo em sua análise, leia o próximo quadro com algumas das principais vantagens e 
desvantagens com relação ao uso dos pacotes nas empresas.
Vantagens Desvantagens
Custo de aquisição inferior ao gasto 
com desenvolvimento interno.
Dificilmente todas as necessidades 
da empresa são satisfeitas.
Período de implantação reduzido, ou 
seja, a colocação em funcionamento 
do pacote é mais rápida.
Alguns pontos do software podem 
fazer com que a empresa tenha que 
se ajustar totalmente a ele.
Segurança de ser um software já 
testado em outras empresas.
Dependência de suporte técnico 
do fabricante do software.
adaptado a partir de Batista (2004).
Fechamento do tema
Neste tema, vimos e analisamos:
• os fundamentos básicos sobre softwares, bem como sua evolução ao longo de tempo;
• os diferentes tipos de softwares existentes e as principais funcionalidades de cada um deles;
• as principais diferenças entre o software livre e o software proprietário;
• os diferentes tipos de softwares empresariais, as suas vantagens e desvantagens.
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4 – Redes de telecomunicações 
Como futuro administrador, você precisará analisar como utilizar a tecnologia e os serviços das 
redes de telecomunicações em sua empresa. Por isso, iremos ao longo deste tema:
• apresentar os componentes básicos de uma rede de telecomunicações, exemplifi can-
do cada um deles;
• explorar os diferentes tipos de redes de telecomunicações, comparando-os entre si;
• discutir as principais tecnologias de redes sem fio existentes atualmente no 
mercado;
• analisar as aplicações das redes de telecomunicações no ambiente empresarial.
Depois de ler e estudar este tema, espera-se que você seja capaz de:
• compreender os componentes básicos de uma rede de telecomunicações, sabendo 
fornecer exemplos de cada componente;
• entender e diferenciar os diferentes tipos de redes de telecomunicações, destacando 
as suas principais características;
• compreender as principais tecnologias de redes sem fi o existentes atualmente no mer-
cado, distinguindo suas características;
• entender como as redes de telecomunicações têm auxiliado as empresas na condução 
de suas atividades de negócios, bem como na implementação de estratégias.
4.1. Componentes de uma rede de telecomunicações
Antes de falarmos sobre as redes de telecomunicações e de seus componentes, é importante você 
entender alguns conceitos.
COMUNICAÇÕES =
• Transmissões de sinais (voz, dados, imagens) por um meio qualquer, de um emissor 
para um receptor.
TELECOMUNICAÇÕES =
• Transmissão eletrônica de sinais para comunicações, inclusive por meios como telefo-
ne, rádio e televisão.
REDES DE TELECOMUNICAÇÕES =
• Conjunto de acessórios e componentes responsáveis pela troca de dados e informa-
ções entre as diferentes partes, ou seja, pela viabilização das telecomunicações.
Batista, 2004; rezende e aBreu, 2003
De forma resumida, podemos dizer que telecomunicação é:
Toda forma de troca de informações (voz, dados, texto, imagens, som) por qualquer 
meio (fi os, ondas, luz), em ambientes de redes de computadores.
Em outras palavras, dizemos que:
• para a comunicação existir basta um emissor, o meio de transmissão e o receptor;
• no entanto, para as telecomunicações existirem, além da comunicação, precisamos também 
da infra-estrutura de hardware e software, que permita a troca de informações;
• essa infra-estrutura é representada pelas redes de telecomunicações.
Mas, antes de iniciarmos nossa análise sobre os tipos de redes de telecomunicações, você preci-
sa saber sobre os componentes básicos de uma rede de telecomunicações.
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A figura a seguir ilustra os componentes básicos de uma rede de telecomunicações.
Figura 17 – principais componentes de uma rede de telecomunicações.
De acordo com O’Brien (2004), uma rede de telecomunicações é composta por cinco categorias 
básicas de componentes.
Observe as cinco categorias que vamos explorar na seqüência, relacionando o número de cada 
uma à sua representação na figura anterior.
• PCs e outros terminais (1):
– Simplesmente chamados de terminais, são os computadores pessoais interconectados em 
uma rede de telecomunicações.
– É importante você saber que todo dispositivo que utiliza redes de telecomunicações para 
transmitir ou receber dados pode ser considerado um terminal. Por exemplo, um telefo-
ne conectado a uma rede de telecomunicações, transmitindo e recebendo dados, pode ser 
considerado um terminal de telecomunicações.
• Processadores de telecomunicações (2):
– Dispositivos de hardware que apóiam a transmissão e recepção de dados entre os termi-
nais de computadores.
– São exemplos de processadores de telecomunicações modems, hubs, switches, comuta-
dores e roteadores.
– Esses dispositivos, por exemplo:
♦ convertem os dados analógicos que estão chegando pela sua linha telefônica em si-
nais digitais entendíveis pelo computador (modems);
♦ codificam e decodificam os dados e controlam a velocidade (placas de redes);
♦ entre outros. 
• Canais e meios de telecomunicações (3):
– São os meios, ou mídias, pelas quais os dados trafegam, sejam na transmissão ou recebi-
mento.
– De acordo com Turban, Rainer e Potter (2005), atualmente, existem dois meios princi-
pais de se trafegar dados: 
♦meios a cabo: fios de pares trançados, cabo coaxial e fibra óptica;
♦ meios de difusão: microondas, satélite, rádio, rádio celular e infravermelho.
– É importante você saber que em um ambiente de telecomunicações moderno e mais 
complexo podem existir combinações dos diferentes tipos e meios de comunicações;
– De forma geral, o papel principal dos canais e meios de telecomunicações é interligar os 
demais componentes de uma rede de telecomunicações.
• Computadores (4):
– Podem ser de todos os tamanhos e tipos e estar interligados pelas redes de telecomunica-
ções para poderem realizar suas tarefas de processamento de informações;
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Você se lembra dos diferentes tipos de computadores? Caso não se recorde, volte 
ao tema 2 e o releia, pois em uma rede de telecomunicações podemos ter diferen-
tes tipos de computadores trabalhando em conjunto.
Por exemplo: podemos ter um mainframe funcionando como um computador cen-
tral (super servidor) para uma grande rede e um ou vários computadores de médio porte 
auxiliando o super servidor com o processamento das solicitações dos microcomputado-
res dos usuários finais.
• Software de controle de telecomunicações (5):
• Consiste em programas que controlam as atividades e gerenciam as funções das redes de 
telecomunicações;
• Podemos citar os softwares, que gerenciam o acesso e as atividades dos usuários na rede, 
os sistemas operacionais e os navegadores de rede.
Vamos resumir, com alguns exemplos, os principais componentes de uma rede de telecomunicações?
Componentes da rede Exemplos
Processadores de 
telecomunicações
Modens, multiplexadores, comutadores, roteadores, 
hubs (eixos), portais, processadores de front-end.
Canais (ou mídias)
Fio de pares trançados, cabo coaxial, fibra ótica, rádio 
microondas, satélites de comunicações, sistemas de 
telefonia celular, rádio LAN, infravermelho.
Software
Sistemas operacionais de rede (Windows Server, Linux, Novell 
NetWare), monitores de telecomunicações, navegadores 
de rede (Internet Explorer, Mozilla, Opera, NetScape).
4.2. Tipos de redes de telecomunicações
Muito provavelmente você interage com alguns dos tipos de redes de telecomunicações que vamos 
discutir neste tópico, seja em seu local de trabalho ou em sua residência.
Existem vários tipos diferentes de redes de telecomunicações. No entanto, do ponto de vista dos 
usuários finais, existem apenas alguns tipos básicos, os quais analisaremos na seqüência, a partir de 
O’Brien (2004) e de Turban, Rainer e Potter (2005).
4.2.1. Redes locais (LANS)
Uma rede local (LAN – Local Area Network) conecta dois ou mais dispositivos de comunicação em uma 
região geográfica limitada, como, por exemplo, um escritório, uma sala de aula, um prédio ou uma fábrica.
As redes LAN (locais) são, geralmente, aquelas dos nossos locais de trabalho e da maioria das 
pequenas e médias empresas.
Você se lembra dos diferentes canais e meios de comunicações que discutimos 
anteriormente? 
Caso não se recorde, volte um pouco ao nosso texto e o releia, pois as redes locais 
(LAN) podem utilizar vários meios de telecomunicações, isoladamente ou em 
conjunto, por exemplo:
• redes locais formadas por cabos de pares trançados (aqueles cabos azuis, geralmente);
• LANs formadas por cabeamento telefônico ou coaxial (mais difíceis de serem encontradas 
atualmente);
• redes locais formadas por sistemas de rádio sem fio;
• entre outras.
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Veja, na figura a seguir, o esquema típico de uma rede local (LAN).
Figura 18 – esquema típico de uma rede lan
4.2.2. Redes remotas (WANS)
As empresas precisam, naturalmente, transmitir e receber dados além das fronteiras limitadas das 
redes LAN. Elas fazem isso através da conexão com uma ou mais redes amplas que são chamadas 
redes remotas ou redes WANs (Wide Area Network).
As redes remotas (WANs) cobrem uma ampla área geográfica.
As WANs, por exemplo, são utilizadas por muitas empresas, nacionais e multinacionais, para 
transmitir e receber dados entre seus funcionários, clientes, fornecedores e outras empresas ao lon-
go de cidades, estados, países ou pelo mundo afora.
Veja, como exemplo, na figura a seguir, a rede WAN da Universidade Estadual Paulista 
(UNESP):
S.J.R. Preto
Ilha Solteira
Araçatuba
Dracena Tupã
P. Prudente
Rosana
Assis
Marília
Bauru
Jaboticabal
Franca
Rio Claro
Botucatu
Ourinhos
INTERNETAraraquara
Sorocaba
Itapeva
Registro
São
Vicente
São Paulo
S.J. Campos
Guaratinguetá
LEGENDA
2 – 4 Mb/s
34 Mb/s
1 Gb/s
unespNET — Rede de Computadores da UNESP
Figura 19 – exemplo de rede wan
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Algumas redes WANs são comerciais, controladas, enquanto outras são proprietárias e privadas, 
geralmente pertencentes a grandes corporações que podem pagar pelos seus custos.
No entanto, outras WANs são consideradas públicas em termos de gerenciamento, recursos e 
acesso.
 
Qual seria a maior WAN, considerada pública, dis-
ponível atualmente para nós e para as empresas?
 
Discutiremos mais sobre essa maior WAN no próximo tema de nossa disciplina.
4.2.3. Redes privadas virtuais (VPNS)
Por definição, uma rede virtual privada (VPN – Virtual Private Network) é:
• uma rede com acesso restrito;
• construída sobre a infra-estrutura de uma rede pública;
• composta, basicamente, por dois ou mais equipamentos interligados em rede;
• estes equipamentos formam um grupo que compartilha informações;
• apenas os equipamentos pertencentes ao grupo podem ter seus dados compartilhados.
pinheiro (2004)
Na maioria dos casos, uma VPN é uma WAN operada por uma concessionária de telecomuni-
cações.
As VPNs permitem que uma empresa aproveite a infra-estrutura robusta de comunicações com-
partilhadas da Internet para conectar-se com:
• usuários remotos;
• escritórios de filiais;
• fábricas;
• parceiros comerciais pelo mundo todo, entre outros.
Veja, como exemplo, na figura a seguir, um modelo de rede VPN proposto pela companhia Te-
lefônica:
Figura 20 – esquema de uma rede Vpn
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4.2.4. Redes clientes/servidor
Lembra-se de que no início da nossa disciplina discutimos sobre o ambiente de TI 
predominante nas empresas atualmente?
Caso não se recorde, volte ao tema 1 da nossa disciplina e o releia, pois as re-
des do tipo cliente/servidor tornaram-se a arquitetura predominante no ambiente 
de TI das empresas.
Estas redes também são chamadas, por aqueles que preferem os termos em inglês, redes 
client/server.
Observe a figura a seguir que exemplifica o ambiente das redes do tipo cliente/servidor.
Figura 21 – ambiente das redes cliente/servidor
Note que no ambiente das redes do tipo cliente/servidor existe um computador central chamado 
servidor, cuja função principal é oferecer, aos computadores (PCs) conectados a ele (clientes), uma 
grande variedade de serviços, como acesso a pastas, arquivos, impressão, entre outros.
4.2.5. Redes peer-to-peer (P2P)
As redes do tipo peer-to-peer (par a par ou usuário a usuário) ou P2P são aquelas em que cada 
computador cliente compartilha arquivos ou recursos diretamente com outros computadores, mas 
não por meio de um computador central (como na arquitetura cliente/servidor).
Observe que, ao contrário das redes cliente/servidor, a rede peer-to-peer (P2P) não precisa do 
computador central (servidor) para trocar informações com os clientes da rede.
Na arquitetura P2P esta troca/compartilhamento de informações se dá diretamente do computa-
dor de um usuário para outro.
As redes P2P são a base para os ambientes como Napster, Gnutella, KaZaA, Ares, Morpheus, 
entre outros.
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A figura a seguir exemplifica o ambiente distribuído