Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Uso da ergonomia na Engenharia Júlia Giordani Berton 1 Rafael Talini Lorenzi 2 ABSTRACT: This article describes how ergonomics that provided by the Brazilian Association of Technical Standards (ABNT), in the subdivision of the CLT - Consolidation of Labor Laws is divided and applied in engineering as well as in other areas. With it is possible to adapt and improve projects, products and reduce the risks from work. Ergonomics has been developing key role in consciousness, preparation and correction of workers exposed to risks of work, as jobs in poor condition and old machinery, or poor security. So ergonomics is divided into four main areas of ergonomics design, correction, awareness and participation. RESUMO: Este artigo descreve como a ergonomia que é prevista pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na subdivisão da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho é subdividida e aplicada na engenharia assim como em outras áreas. Com ela é possível adaptar e melhorar projetos, produtos e diminuir os riscos provenientes do trabalho. A ergonomia vem desenvolvendo papel fundamental na conscientização, preparação e correção de trabalhadores expostos a riscos de trabalho, como postos de trabalho em péssimas condições e maquinário antigo, ou deficiente de segurança. Assim a ergonomia se divide em quatro áreas principais as ergonomias de concepção, correção, conscientização e participação. PALAVRAS-CHAVE: Ergonomia, NR17, Projeto, Produto. 1 INTRODUÇÃO A motivação em abordar a ergonomia como tema de estudo, vem da necessidade de adaptação do trabalho ao homem, riscos. Atualmente a ergonomia pode ser considerada como um estudo científico interdisciplinar do ser humano e da sua relação com o ambiente de trabalho, assim ela contribui no projeto e modificação dos ambientes de trabalho maximizando a produção, enquanto aponta as melhores condições de saúde e bem estar para os que atuam nesses ambientes. A definição mais utilizada ergonomia atualmente é a que a situa no estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento, ambiente e particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas que surgem desse relacionamento. [Ergonomics Society – Inglaterra]. Surgida após a II Guerra Mundial, como consequência do trabalho interdisciplinar que foi desenvolvido durante a guerra, sendo inicialmente abrangente apenas a indústria considerando o homem-máquina e atualmente englobando os sistemas mais complexos considerando agora, centenas de pessoas, maquinas e materiais como realizantes do trabalho. Tendo como objetivo estudar os fatores que influem em um sistema produtivo, buscando resolver os efeitos colaterais decorrente do trabalho nos colaboradores, a ajuda de médicos do trabalho, engenheiros de projeto, técnicos em segurança, psicólogos, fisioterapeutas, dentre outros profissionais é indispensável para proporcionar ao operário o fim dos riscos a saúde e promover um ambiente e vida mais saudáveis. Os estudos ergonômicos podem também melhorar as residências, locais públicos melhorando na circulação de pedestres e ajudando pessoas idosas, crianças e portadores de 1 Acadêmica de Engenharia Civil, no Centro Universitário UNIVATES – Lajeado RS, berton_julia@hotmail.com ² Acadêmico de Engenharia Mecânica, no Centro Universitário UNIVATES – Lajeado RS, rafalorenzi@hotmail.com deficiência física, além de contribuir para tornar os meios de transporte mais cômodos e seguros, aparelhos domésticos mais eficientes e a mobília mais confortável. 2 A ERGONOMIA NO MERCADO ATUAL A área de estudo ergonômica é subdividida em macro e microergonomia. Onde a macroergonomia considera o sistema homem-empresa de um modo de vista geral, sendo mais eficaz, pois as decisões ergonômicas são tomadas a nível da administração superior da empresa. Já a microergonomia engloba o sistema homem-maquina de um ponto de vista do posto de trabalho. A NR 17, que trata de assuntos ergonômicos, busca instituir métodos que melhorem as condições básicas de trabalho pré-determinadas e subdivididas entre setores, garantindo ao trabalhador conforto, segurança e eficiência para realização das atividades que a eles são designadas. Na indústria a ergonomia contribui para o melhoramento da eficiência, confiabilidade e qualidade de operações, utilizando três vias de trabalho: o aperfeiçoamento do sistema homem-maquina-ambiente; a organização do trabalho; e a melhoria nas condições de trabalho. Na agricultura, mineração e construção civil, as aplicações ergonômicas são feitas com baixa intensidade devido a falta de organização de algumas áreas, nas maquinas e implementos agrícolas, equipamentos para mineração e elevadores ou guindastes para obras devem ser feitas melhorias, pois muitos destes são equipamentos rudimentares ou antigos, que causam riscos ao trabalhador. Na área de serviços como bancos, universidades, hospitais ou sistemas de transporte a ergonomia atua no sistema expansão devido a mecanização e automação destes locais. Dentre as diversas empesas no mercado atual, existem várias condições no ambiente que são desfavoráveis á produtividade do trabalhador, dentre essas temos excesso de ruído, falta de ventilação, problemas com a iluminação, exposição a gases tóxicos e as vezes até ambientes com falta de segurança. Dentre as áreas de classificação da ergonomia temos: ergonomia de concepção, ergonomia de correção, ergonomia de conscientização e ergonomia de participação. 2.1 Ergonomia de Concepção Essa classe ocorre quando a contribuição ergonômica acontece durante o projeto do produto, da maquina, ambiente ou sistema. É o método mais eficaz para reduzir custos de retrabalhos, porem exige de todos um maior conhecimento e experiência na área. Esta classe é a que melhor se encaixa nas situações cotidianas de um engenheiro civil, pois ao projetar um escritório, por exemplo, deve-se levar em consideração diversos pontos de vista, como o nível de iluminação, a qualidade da iluminação, os fatores antropométricos que levam em consideração as medidas do corpo humano, a região onde o projeto será executado. Enfim todos esses fatores, quando bem utilizados, auxiliam aumentado o conforto do ambiente a ser projetado. 2.2 Ergonomia de Correção A ergonomia de correção é aplicada em situações com o intuito de resolver problemas já existentes, sejam estes problemas na segurança, fadiga, doenças provenientes do trabalho exercido ou apenas problemas com a quantidade e a qualidade de produção. Em algumas situações essas correções requerem um maior investimento por parte do contratante como a troca de maquinas e equipamentos. Já em outras requer apenas a mudança de postura, instalação de dispositivos de segurança ou melhoria na iluminação, mudanças essas que são fáceis porem eficazes. 2.3 Ergonomia de Conscientização Esta classificação ergonômica procura capacitar os trabalhadores para uma possível identificação e correção dos problemas que possam surgir no dia-a-dia em seu posto de trabalho. Em alguns casos esses trabalhadores conseguem fazer alterações de processo, manutenções, sejam elas corretivas ou preditiva. 2.4 Ergonomia de Participação A ergonomia de participação aproveita o conhecimento pratico do próprio usuário daquele sistema para solucionar problemas ergonômicos. Esta etapa envolve o funcionário de uma forma mais ativa na busca e solução do problema favorecendo as etapas de conscientização, correção e concepção.3 CONCLUSÃO Com este artigo concluímos que a ergonomia é de fundamental importância para criação de qualquer projeto que seja, desde o projeto de um simples produto até o projeto de uma empresa por completo, inclusive com a projeção de uma futura produção. Considerando que os processos administrativos atuais tendem a se alocar nas organizações de maneira eficaz, é correto afirmar que se os modelos ergonômicos forem apresentados de maneira eficiente, colaboram bastante para melhor rendimento dessas empresas. Com base em toda a pesquisa desenvolvida, conclui-se, que a ergonomia é de fato um fator determinante no bom andamento dos processos fabris, desenvolvimento de projetos, correções e adaptações, e até mesmo para o dia-a-dia de uma dona de casa e que ao longo do tempo, ela se torna cada vez mais presente e necessária. A ergonomia é favorável de maneira ampla, por abranger todo o segmento das instalações produtivas e até mesmo administrativas, melhorando o rendimento, e consequentemente, a rentabilidade. Pode-se afirmar, assim, que o enfoque ergonômico se traduz atualmente, como mais um instrumento organizacional que produz eficiência e diferencial. 4 BIBLIOGRAFIA IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. 2. ed. rev. ampl. São Paulo: Edgard Blucher, 2012. Classificação: 65.015.11 I25e (CSA) KROEMER, K. H. E.; GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. Classificação: 65.015.11 K93m (CSA)
Compartilhar