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SUPORTE BASICO DE VIDA

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Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM
Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde - PPGAS
 
						 Fisioterapeuta Vanessa Vieira Pena
Especialista em UTI Geral
								Crefito: 4/ 180837 F
Mestranda em Atenção à Saúde
SUPORTE BÁSICO DE VIDA - SBV
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SUPORTE BÁSICO DE VIDA - SBV
O que é o SUPORTE BÁSICO DE VIDA? 
Conjunto de medidas utilizadas para restabelecer a vida de uma vítima em parada cardiorrespiratória, com o objetivo de recuperar a vítima para uma vida comparável à que tinha previamente ao acontecimento.
O objetivo do estudo é a redução da incidência de mortes ocasionadas por doenças cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais, através do atendimento emergencial a estas vítimas, prestando cuidados em regime de excelência. 
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SUPORTE BÁSICO DE VIDA - SBV
Apesar dos avanços nos últimos anos relacionados à prevenção e a tratamento, muitas são as vidas perdidas anualmente no Brasil relacionadas à parada cardiorrespiratória (PCR)
Os avanços também se estendem à legislação sobre acesso público à desfibrilação e obrigatoriedade de disponibilização de desfibrilador externo automático (DEA), bem como no treinamento em ressuscitação cardiopulmonar (RCP).
Em torno de 200.000 PCRs ao ano no Brasil, sendo metade dos casos em ambiente hospitalar, e a outra metade em ambiente extra-hospitalar.
Conjunto de intervenções que podem ser realizadas por profissionais de saúde e leigos treinados, para:
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Causas de Morte no Brasil 
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SUPORTE BÁSICO DE VIDA - SBV
Doenças do Aparelho Circulatório - 27,5%
Neoplasias Malignas - 12,7%
Causas Externas – 12,5%
Doenças do Aparelho Respiratório - 9,3%
Doenças Endócrinas, nutricionais e metabólicas – 5,0% 
Doenças infecciosas parasitárias – 4,7%
Doenças do Aparelho Digestivo – 4,5%
Algumas afecções do período perinatal - 3,9%
Doenças Sistema Nervoso - 1,2%
Mal formação Congênita - 1,0%
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SUPORTE BÁSICO DE VIDA - SBV
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PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTALIDADE POR FAIXA ETÁRIA - BRASIL
Faixa etária (anos)
<1
1-4
5-9
10-14
15-19
20-29
30-39
40-49
50-59
60+
Total
1
Afecções
Perinatais
Causas
Externas
Causas Externas
Causas
Externas
Causas Externas
Causas
Externas
Causas
Externas
DAC
DAC
DAC
DAC
2
Anomalia
Congênita
DAR
Neoplasia
Neoplasia
Neoplasia
DIP
DAC
Causas
Externas
Neoplasia
Neoplasia
Neoplasia
3
DIP
DIP
Sistema
Nervoso
Sistema
Nervoso
DAC
DAC
DIP
Neoplasia
Causas
Externas
DAC
Causas Externas
4
DAR
Anomalia
Congênita
DIP
DAR
DAR
Neoplasia
Neoplasia
Aparelho
Digestivo
Aparelho
Digestivo
Endócrina
DAR
5
Causas Externas
Sistema
Nervoso
DAR
DIP
Sistema
Nervoso
DAR
Aparelho
Digestivo
DIP
DAR
Aparelho
Digestivo
Endócrina
6
Endócrina
Neoplasia
Anomalia
Congênita
DAC
DIP
Aparelho
Digestivo
DAR
DAR
Endócrina
DIP
Aparelho
Digestivo
7
Sistema
Nervoso
Endócrina
DAC
Anomalia
Congênita
Gravidez Puerpério
Sistema
Nervoso
Transt
Mental
Endócrina
DIP
Causas
Externas
DIP
8
DAC
DAC
Endócrina
Aparelho
Digestivo
Aparelho
Digestivo
Gravidez Puerpério
Endócrina
Transt
Mental
Aparelho
Urinário
Aparelho
Urinário
Afeccções
Perinatais
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Aparelho
Digestivo
Aparelho
Digestivo
Aparelho
Digestivo
Endócrina
Endócrina
Endócrina
Sistema
Nervoso
Sistema
Nervoso
Transt
Mental
Sistema
Nervoso
Aparelho
Urinário
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DçdoSangue
Dç do Sangue
Dç do Sangue
Dç do
Sangue
Anomalia
Congênita
Aparelho
Urinário
Aparelho
Urinário
Aparelho
Urinário
Sistema
Nervoso
Transt
Mental
Sistema
Nervoso
DAC-Doenças do Aparelho Circulatório DAR-Doenças do Aparelho Respiratório DIP-Doenças Infecciosas e Parasítárias
Fonte: DATASUS/SIM
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Causas de Morte – 2004 - 2030
ACIDENTES E MALES SÚBITOS
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Acidentes e males súbitos constituem situações comuns no cotidiano das pessoas
Ao Contrário ao que muitas pessoas acreditam, este não é um problema apenas da área de saúde, mas sim uma: 
				“Responsabilidade de Cada um de Nós”
Na maioria dos casos a primeira pessoa a reconhecer e ter que atender uma emergência é o cidadão comum e não um médico ou bombeiro.
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ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL – AVC
Corresponde uma importante e severa causa de morte e incapacidade prolongada em adultos
É a interrupção da irrigação a uma região do cérebro que provoca um comprometimento neurológico súbito
85% dos AVCs são isquêmicos causados por oclusão completa de uma artéria cerebral
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AVC- Obstrução arterial 
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Sinais e Sintomas – AVC
 
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Identificação do AVC
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Escala de CINCINATTI-AVC - 72%
Escala de CINCINATTI-AVC 
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Escala de CINCINATTI-AVC 
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EMERGÊNCIAS CARDIOPULMONARES
Doença Coronária e Síndrome Coronariana Aguda (SCA)
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EMERGÊNCIAS CARDIOPULMONARES
Vítimas do IAM, evidenciam fácies de dor, apreensão, inquietação, palidez, sudorese, extremidades frias, náuseas e vômitos.
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EMERGÊNCIAS CARDIOPULMONARES
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-Vítimas de PCR necessitam de RCP rápido
-A falta de O2leva as células a consumirem energia de metabolismo anaeróbio
-RCP fornece um fluxo de sangue importante e vital para o coração e cérebro.
10 seg. -Perda da consciência 
4 min. -Acabam as reservas de glicose
6 min. -Depleção severa de ATP e dano celular
16 min. -Morte cerebral completa
RCP é um fator determinante para o retorno da circulação espontânea e da sobrevivência com função neurológica satisfatória.
	O ATENDIMENTO DEVE SER INICIADO EM 3 MINUTOS
CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA 
O termo “Cadeia da Sobrevivência” é uma metáfora útil sobre o conceito dos sistemas de Atendimento Cardiovascular de Emergência
Sobreviver a uma parada cardíaca depende de uma série de intervenções cruciais. A sobrevivência é menos provável se qualquer uma dessas ações fundamentais for negligenciada ou retardada
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American Heart Association -AHA
Utiliza os elos de uma corrente para descrever as ações que podem salvar uma vítima de PCR
1º-Avaliar resposta e respiração (Reconhecimento da PCR);
2º -Acionar o Serviço de Emergência e buscar DEA;
3º-Avaliar pulso carotídeo;
4º-Desfibrilação
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Se a vítima tiver inconsciente, executar o C-A-B
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1°ELO da Cadeia de Sobrevivência
Engloba atitudes desde que a vítima perdeu a consciência até a chegada do SE para o atendimento.
No caso da PCR, ações fundamentais devem ser realizadas rapidamente: 
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C- Avalie a Circulação 
Avaliar a presença de pulso em 10 segundos
Local de avaliação: artéria carótida
Se após 10 segundos não foi constatado presença de pulso iniciar compressões torácicas
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Compressões Torácicas 
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Para realização das compressões torácicas:
Minimizar interrupções das compressões e revezar com outro socorrista a cada dois minutos para evitar a fadiga e compressões de má qualidade.
 A realização imediata de RCP em uma vítima de PCR, ainda que apenas com compressões torácicas no pré-hospitalar, contribui sensivelmente para o aumento das taxas de sobrevivência
(SOS-KANTO study group,2007).
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Independentemente da técnica utilizada para aplicar ventilações, será necessária a abertura de via aérea, que poderá ser realizada com a manobra da inclinação da cabeça e elevação do queixo e, se houver suspeita de trauma, a manobra de elevação do ângulo da mandíbula. 
Compressões Torácicas30
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05 ciclos completos (aprox. 2 min.)
 30 compressões : 2 ventilações (100/min)
Reavalie o pulso após o ciclo de 2 min. Se não houver sinais de circulação, retome a RCP
Se houver sinais de circulação, avalie se há respiração. 
2°ELO da Cadeia de Sobrevivência
A- ABERTURA DAS VIAS AÉREAS "Airway" 
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 VERIFICAR RAPIDAMENTE
			 Não respira ??
 		 Fornecer duas ventilações de resgate com 			 duração de 1 segundo cada.
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Ver: movimentos respiratórios no peito ou no ventre
Ouvir: se há ruídos de respiração
Sentir: no rosto se o ar é expelido
B -VENTILAÇÃO DE RESGATE "Breathing" 
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3°ELO da Cadeia de Sobrevivência
DESFIBRILAÇÃO
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DESFIBRILAÇÃO EXTERNA AUTOMÁTICA
▪Ligue o DEA – iniciar as mensagens sonoras que guiam o operador durante os passos subsequentes
▪Aplicar as pás auto-adesivas no tórax do paciente.
DESFIBRILAÇÃO EXTERNA AUTOMÁTICA
▪Afaste-se da vítima e analise o ritmo–alguns DEA requerem que o operador pressione o botão ANALISAR (ANALYZE)
▪Se estiver em fibrilação ventricular o aparelho avisará, por meio de uma mensagem escrita, um alarme visual ou sonoro ou uma instrução vocal sintetizada, que o choque está indicado
▪Afaste-se da vítima e pressione o botão CHOQUE(SHOCK)
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▪Deve-se aplicar o choque somente depois que todos tenham se afastado da vítima
▪Após o choque, inicie mais 5 ciclos de 30 compressões para 2 ventilações (o paciente ainda estará com o DEA conectado)
▪Após 2 minutos o DEA irá analisar o ritmo novamente e se for necessário ele indicará o choque
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4º ELO –SUPORTE DE VIDA AVANÇADO –SAV
Inclui:
▪ Equipamento para suporte de ventilação
▪ Acesso endovenoso 
▪ Administração de fármacos
▪ Controle de arritmias e estabilização da vítima
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OBJETIVOS DOS CUIDADOS PÓS-PCR
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Principais componentes de SBV para adultos, crianças e bebês 
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Principais elementos de SBV 
OVACE –Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho
▪A obstrução grave ou completa das vias aéreas é uma emergência que causará a morte em minutos
▪Uma vítima inconsciente pode desenvolver uma obstrução das vias aéreas por causas intrínseca (língua) ou extrínseca (corpo estranho)
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Manobra de Heimlich
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A manobra de Heimlich é uma técnica de primeiros socorros para asfixia que deve ser realizada quando a vítima estiver engasgada, a fim de retirar um pedaço de alimento ou qualquer outro objeto da traqueia, facilitando a passagem de ar para os pulmões e evitando o sufocamento. A técnica consiste em:
Segurar a vítima engasgada por trás (em pé);
Fechar uma das mãos, com o punho bem fechado e o polegar de fora;
Colocar a outra mão aberta sobre o punho fechado;
Empurrar o punho com firmeza e força para dentro e para cima 5 vezes;
Avaliar se o alimento ou objeto já saiu e se a vítima respira;
Se a vítima continuar não respirando, fazer a manobra de Heimlich quantas vezes forem necessárias.
A manobra de Heimlich pode salvar a vida da pessoa que está engasgada porque o sufocamento pode ser fatal.
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Referências:
GONZALEZ e cols. I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia: Resumo Executivo. Arq Bras Cardiol. 2013;100(2):105-113 
Nadkarni VM, Larkin GL, Peberdy MA, Carey SM, Kaye W, Mancini ME, et al. First documented rhythm and clinical outcome from in-hospital cardiac arrest among children and adults. JAMA. 2006;295(1):50-7
SOS-KANTO study group. Cardiopulmonary resuscitation by bystanders with chest compression only (SOS-KANTO): an observational study. Lancet. 2007;369(9565):920-6
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