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Escola Estadual Professor Wilson Roberto Simonini 
 
Isabela Matos de Almeida, Larissa dos Santos Reis, Letícia 
Trindade Tavares da Silva, Milena Bomfim Ribeiro de 
Souza 
 
 
 
A DROGA DA MORTE: 
DEPENDÊNCIA DO CRACK 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2016 
 
 
Isabela Matos de Almeida, Larissa dos Santos Reis, Letícia 
Trindade Tavares da Silva, Milena Bomfim Ribeiro de 
Souza 
 
 
 
A DROGA DA MORTE: 
DEPENDÊNCIA DO CRACK 
 
Trabalho de Curso apresentado 
como requisito parcial para a obtenção do 
terceiro grau do ensino médio, sob a 
orientação da Prof. Joilson Correia 
 
 
 
 
São Paulo 
2016 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................... 5 
2. O QUE É O CRACK? .......................................................................... 6 
2.1 CARACTERÍSTICAS ......................................................................... 7 
2.2 USO .................................................................................................... 7 
2.3 OS EFEITOS DO CRACK ................. Erro! Indicador não definido. 
2.3.1 Efeitos do crack a curto prazo ..................................................... 7 
2.3.2 Efeitos do crack a longo prazo .................................................... 8 
2.4 EFEITOS PSICOLÓGICOS E FISIOLÓGICOS ................................ 9 
2.5 QUAIS SÃO AS CAUSAS DA DEPENDÊNCIA AO CRACK? ....... 10 
2.6 ABSTINÊNCIA ................................................................................. 11 
2.7 QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS DA 
DEPENDÊNCIA AO CRACK? .................................................................................. 11 
2.8 CONSEQUÊNCIAS DO USO DO CRACK PARA A SAÚDE ......... 12 
2.8.1 Intoxicação pelo metal ............................................................... 12 
2.8.2 Fome e sono .............................................................................. 12 
2.8.3 Pulmões...................................................................................... 12 
2.8.4 Coração ...................................................................................... 13 
2.8.5 Ossos e músculos ...................................................................... 13 
2.8.6 Sistema neurológico .................................................................. 13 
 
 
2.8.7 Prejuízo cognitivo ....................................................................... 13 
2.8.8 Doenças psiquiátricas ................................................................ 13 
2.8.9 Sexo............................................................................................ 14 
2.8.10 Morte ......................................................................................... 14 
3. TRATAMENTO .................................................................................. 14 
4. DEPOIMENTOS ................................................................................ 15 
5. HISTÓRIA ............................................................................................ 6 
5.1 Brasil ................................................................................................... 6 
6. Conclusão .......................................................................................... 16 
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................... 17 
 
 
5 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O crack nasceu nos guetos americanos e se alastrou pelo mundo, 
principalmente nas grandes cidades. Mas hoje já há relatos de grupos de viciados 
até em plantações de cana no Brasil. Nas cidades do interior, lugares como 
rodoviárias e praças centrais tornam-se "filiais" da cracolândia paulistana. 
O crack se alastra porque é uma droga barata e mais viciante (e 
devastadora) que as outras. A cracolândia é praticamente seu único habitat, e o 
crack pelo seu grande poder no ponto de vista do usuário, já que o prazer acontece 
quase instantaneamente após ser fumado, acabou propagando-se no boca a boca, 
chegando a classe média. 
" Já não existe essa coisa de droga de pobre ou droga de rico, uma droga 
leva à outra. Quem fuma maconha pode passar a fumar crack quando ouve que 
aquilo vai dar um barato maior." 
(Dr. Carlos Salgado, presidente da Abead). 
A dependência da droga deixa o usuário em constante estado de 
paranóia - ou simplesmente "nóia", como eles dizem. Quando o viciado tem o crack, 
ele fica em alerta para que ninguém tire a droga dele. Quando não a tem procura 
desesperadamente formas de conseguir dinheiro para mais algumas "pedras". É ai 
que surgem os outros crimes ligados ao uso de entorpecente - roubos, furtos, 
latrociníos, prostituição. Tudo para conseguir a droga. 
 
 
 
6 
 
 
2. HISTÓRIA 
O crack apareceu nos Estados Unidos primeiramente em bairros pobres 
do centro das cidades de New York, Los Angeles e Miami no final de 1984 e em 
1985. No Brasil, o crack passou a ser conhecido nos anos de 1990. 
2.1 Brasil 
As informações sobre a chegada do crack ao Brasil vêm da imprensa 
leiga ou de órgãos policiais. A primeira apreensão da substância no município de 
São Paulo registrada nos arquivos da Divisão de Investigação sobre Entorpecentes 
(DISE) aconteceu em 1990. Algumas evidências apontam para o surgimento da 
substância em bairros da Zona Leste da cidade, para, depois, alcançar a região da 
Estação da Luz (que ficou conhecida como Cracolândia), no Centro da cidade. 
 
3. O QUE É O CRACK? 
O crack é uma mistura da pasta-base de cocaína refinada com 
bicarbonato de sódio e água. Muitas vezes a mistura é falsificada com o acréscimo 
de cimento, cal, querosene e acetona, para aumentar o seu volume. Quando 
aquecida, a mistura separa as substâncias líquidas das sólidas. As substâncias 
líquidas são então descartadas e as sólidas são convertidas na “pedra de crack” 
que, com a utilização de um cachimbo, é então fumada e absorvida pelo corpo em 
quase 100% do total ingerido. A via inalatória confere à droga um tempo de ação e 
um poder viciante extremamente rápidos, o que tem tornado o crack um verdadeiro 
flagelo. 
 
7 
 
 
3.1 CARACTERÍSTICAS 
Nas formas mais puras, as pedras de crack aparecem como cristais 
brancos, com bordas irregulares, com uma densidade ligeiramente maior do que 
cera de vela, ou ainda, se assemelham a um plástico duro e quebradiço. Formas 
mais puras de crack afundam na água ou derretem nas bordas quando perto de uma 
chama (o crack vaporiza a 90 °C, 194 °F).O surgimento do crack foi a solução 
encontrada para o problema do preparo da pasta básica para consumo. Os 
traficantes, então, passaram a vender doses bem pequenas de crack por um preço 
tão baixo quanto 3 dólares estadunidenses. 
3.2 USO 
Para o consumo inalatório da droga, são utilizados cachimbos elaborados 
pelos próprios usuários, geralmente de alumínio e compartilhados entre o grupo de 
uso. Também tem sido comum o consumo de cigarros comuns ou de maconha com 
fragmentos de pedras de crack. A forma injetável de cocaína não teve sucesso e foi 
quase extinta no Brasil, substituído pelo crack que provoca efeito semelhante e tão 
potente quanto a cocaína injetada. 
3.2.1 Efeitos do crack a curto prazo 
O crack causa um barato intenso de curta duração que é imediatamente 
seguido pelo oposto — uma depressão, paranoia e uma fissura por mais droga. As 
pessoas que a usam não comem nem dormem adequadamente. Elas podem 
experimentar taquicardia, espasmos musculares e convulsões. A droga pode fazer 
as pessoas sentirem-se paranoicas1, zangadas, hostis e ansiosas — mesmo 
quandonão estão sob o efeito do barato. 
Independentemente da quantidade ou da frequência que a droga é usada, 
o crack aumenta a probabilidade de o usuário vir a experimentar um ataque 
cardíaco, derrame cerebral, ataque epiléptico ou insuficiência respiratória, qualquer 
uma destas coisas pode resultar em morte súbita. 
8 
 
 
Fumar crack apresenta uma série de riscos à saúde. O crack é muitas 
vezes misturado com outras substâncias que criam gases quando é queimado. 
Como a fumaça do crack não permanece forte por muito tempo, os canudos de 
crack são geralmente muito pequenos. Isto frequentemente causa rachaduras e 
bolhas nos lábios, causadas porque os usuários pressionam os lábios num canudo 
muito quente. 
3.2.2 Efeitos do crack a longo prazo 
Além dos riscos comuns associados ao uso da cocaína, os usuários de 
crack podem sofrer de problemas respiratórios severos, incluindo tosse, dificuldades 
na respiração, danos e sangramento pulmonares. 
Os efeitos do uso do crack em longo prazo incluem danos graves ao 
coração, fígado e rins. Os usuários ficam mais propensos a ter doenças infecciosas. 
O uso diário contínuo causa insônia e perda de apetite, o que faz a 
pessoa ficar malnutrida. Fumar crack também pode causar um comportamento 
agressivo e paranoico. 
Como o crack interfere com a forma como o cérebro processa os 
elementos químicos no corpo, uma pessoa precisa de mais e mais da droga para se 
sentir apenas “normal”. Os dependentes de crack (como ocorre com dependentes de 
outras drogas) perdem o interesse em outras áreas da vida. 
Quando o efeito da droga passa, isso causa depressão grave, que fica 
cada vez mais profunda depois de cada uso. Isto pode ficar tão sério que uma 
pessoa fará quase qualquer coisa para conseguir a droga, até cometer assassinato. 
Caso ela não consiga a droga, a depressão pode tornar-se tão intensa que pode 
levá-la a cometer o suicídio. 
 
9 
 
 
3.3 EFEITOS PSICOLÓGICOS E FISIOLÓGICOS 
Os efeitos iniciais do crack são mais rápidos e intensos que injeções de 
outras drogas. A duração dos efeitos do crack é muito curta, em média cinco 
minutos, enquanto a cocaína, depois de injetada ou usada por via intranasal, 
provoca efeitos com duração em torno de 20 a 45 minutos. Os efeitos causados pelo 
crack são: 
 Euforia; 
 Agitação; 
 sensação de prazer; 
 irritabilidade; 
 alterações da percepção e do pensamento; 
 taquicardia e tremores; 
 perda de apetite; 
 extrema autoconfiança; 
 insônia; 
 estado de alerta; 
 aumento de energia/disposição física; 
Grandes quantidades podem induzir tremores, vertigens, espasmos 
musculares, paranóia, ou com doses repetidas, uma reação tóxica muito parecida 
com intoxicação por anfetamina. O uso regular do crack pode provocar alucinações 
e causar comportamentos violentos, episódios paranoicos e, inclusive, impulsos 
suicidas. 
O uso de drogas estimulantes (principalmente anfetaminas e cocaína) 
pode levar a "parasitose delirante" (síndrome Ekbom: a crença equivocada de que 
se está infestado de parasitas). Essas ilusões também estão associados a febre alta 
ou abstinência do álcool, muitas vezes, juntamente com alucinações visuais sobre 
insetos. Pessoas que vivem essas alucinações podem arranhar-se e causar danos 
cutâneos graves e sangramento, especialmente quando estão delirando. 
10 
 
 
Grandes quantidades (várias centenas de miligramas ou mais) 
intensificam o efeito do crack para o usuário, mas também pode levar a um 
comportamento bizarro, errático e violento. Alguns usuários de crack relataram 
sentimentos de agitação, irritabilidade e ansiedade. Em casos raros, morte súbita 
pode ocorrer no primeiro uso do crack ou de forma inesperada depois. As mortes 
relacionadas ao crack são, muitas vezes, resultado de parada cardíaca ou 
convulsões seguidas de parada respiratória. 
Pode-se desenvolver uma tolerância considerável ao uso do crack, é 
quando os viciados procuram atingir o mesmo prazer de sua primeira experiência. 
Alguns usuários aumentam a frequência das doses para intensificar e prolongar os 
efeitos eufóricos. Embora a tolerância a altas doses possa ocorrer, os usuários 
poderão também tornar-se mais sensíveis (sensibilização) para efeitos anestésicos e 
convulsivante do crack, sem aumentar a dose tomada. Aumento de sensibilidade 
pode explicar algumas mortes que ocorrem após doses aparentemente baixas de 
crack. 
O primeiro relato de acidente vascular cerebral induzido por cocaína data 
de 1977. Com o desenvolvimento e disseminação do crack na década de 1980, 
houve um aumento significativo no número de relatos de casos descrevendo os 
acidentes vasculares cerebrais isquêmicos e hemorrágicos associados ao uso de 
cocaína, porém não há fatores de risco para que ocorra um AVC associado ao uso 
de cocaína. O consumo de crack fumado através de latas de alumínio como 
cachimbo, uma vez que a ingestão de alumínio está associada a dano neurológico, 
tem levado a estudos em busca de evidências do aumento do alumínio sérico em 
usuários de crack. 
3.4 QUAIS SÃO AS CAUSAS DA DEPENDÊNCIA AO CRACK? 
Os efeitos do crack sobre o organismo são muito parecidos que os da 
cocaína, porém mais intensos que eles. A diferença é que enquanto a cocaína 
demora cerca de quinze minutos para chegar ao sistema nervoso central, o crack faz 
11 
 
 
isso em apenas oito a quinze segundos e seu efeito dura apenas dez minutos, 
tempo suficiente para iniciar o vício. O crack causa intensa e rápida euforia, seguida 
por uma igualmente intensa depressão, um estado de grande tensão e incontrolável 
avidez por mais crack. Quando a droga acaba no organismo, o que acontece muito 
rapidamente, o prazer cessa e o indivíduo é tentado a repetir o uso da droga. Daí a 
forte tendência a consumi-la reiteradamente, quase que continuadamente. 
 
3.5 ABSTINÊNCIA 
A abstinência dura cerca de dez semanas. Segundo o coordenador do 
ambulatório do HC, nos quatro primeiros dias o paciente se sente cansado e 
desestimulado, come muito e sofre alterações de humor. “Existe grande tendência 
de o dependente voltar a usar a droga caso a abstinência não seja tratada 
corretamente. Sem a medicação os sintomas continuam e, comumente, levam a um 
quadro de depressão, alterações no padrão de sono e desestímulo.” Na décima 
semana, aponta o médico, esses sintomas começam a desaparecer e o organismo 
começa a se recuperar. 
 
3.6 QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS DA 
DEPENDÊNCIA AO CRACK? 
O crack atinge e repercute em praticamente todo o organismo: sistema 
nervoso, pulmões, coração, rins, tubo digestivo, coração, etc. O dependente de 
crack quase não come, nem dorme, o que ocasiona um rápido processo de 
desnutrição e emagrecimento, ainda mais intenso que o produzido pela cocaína. 
Uma pessoa adulta dependente de crack pode perder até dez quilos em um único 
mês. Os dependentes de crack também passam a não ligar mais para hábitos 
básicos de higiene e cuidados com a aparência. Neurologicamente, o uso do crack 
pode levar a dores de cabeça, tonteiras, inflamações dos vasos cerebrais, etc. Na 
12 
 
 
árvore respiratória a alta temperatura da fumaça do crack pode causar lesões na 
laringe, traqueia e brônquios que favorecem o aparecimento da pneumonia e da 
tuberculose. Na circulação, o crack provoca a liberação de adrenalina e, com isso, o 
aumento da frequência cardíaca e subida da pressão arterial, arritmias, isquemias e 
infarto agudo do miocárdio. No aparelho digestivo, o crack provoca sintomas como 
náusea, perda do apetite, flatulência, dor abdominal e diarreia. Mas a árvore 
respiratória é a que mais sofre com o vício do crack. Normalmentehá tosse, dor no 
peito, falta de ar, escarro sanguinolento. Podem ocorrer quadros psiquiátricos 
graves, como delírios, alucinações, paranoias, etc. 
 
3.7 CONSEQUÊNCIAS DO USO DO CRACK PARA A SAÚDE 
 
3.7.1 Intoxicação pelo metal 
O usuário aquece a lata de refrigerante para inalar o crack. Além do vapor 
da droga, ele aspira ao alumínio, que se desprende com facilidade da lata aquecida. 
O metal se espalha pela corrente sanguínea e provoca danos ao cérebro, aos 
pulmões, rins e ossos. 
3.7.2 Fome e sono 
O organismo passa a funcionar em função da droga. O dependente quase 
não come ou dorme. Ocorre um processo rápido de emagrecimento. Os casos de 
desnutrição são comuns. A dependência também se reflete em ausência de hábitos 
básicos de higiene e cuidados com a aparência. 
3.7.3 Pulmões 
A fumaça do crack gera lesão nos pulmões, levando a disfunções. Como 
já há um processo de emagrecimento, os dependentes ficam vulneráveis a doenças 
13 
 
 
como pneumonia e tuberculose. Também há evidências de que o crack causa 
problemas respiratórios agudos, incluindo tosse, falta de ar e dores fortes no peito. 
3.7.4 Coração 
A liberação de dopamina faz o usuário de crack ficar mais agitado, o que 
leva a aumento da presença de adrenalina no organismo. A consequência é o 
aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Problemas cardiovasculares, 
como infarto, podem ocorrer. 
3.7.5 Ossos e músculos 
O uso crônico da droga pode levar à degeneração irreversível dos 
músculos esqueléticos, chamada rabdomiólise. 
3.7.6 Sistema neurológico 
Oscilações de humor: o crack provoca lesões no cérebro, causando perda 
de função de neurônios. Isso resulta em deficiências de memória e de concentração, 
oscilações de humor, baixo limite para frustração e dificuldade de ter 
relacionamentos afetivos. O tratamento permite reverter parte dos danos, mas às 
vezes o quadro é irreversível. 
3.7.7 Prejuízo cognitivo 
O prejuízo cognitivo pode ser grave e rápido. Há casos de pacientes com 
seis meses de dependência que apresentavam QI equivalente a 100, dentro da 
média. Num teste refeito um ano depois, o QI havia baixado para 80. 
3.7.8 Doenças psiquiátricas 
Em razão da ação no cérebro, quadros psiquiátricos mais graves também 
podem ocorrer, com psicoses, paranoia, alucinações e delírios. 
14 
 
 
3.7.9 Sexo 
O desejo sexual diminui. Os homens têm dificuldade para conseguir 
ereção. Há pesquisas que associam o uso do crack à maior suscetibilidade a 
doenças sexualmente transmissíveis, em razão do comportamento promíscuo que 
os usuários adotam. 
3.7.10 Morte 
Pacientes podem morrer de doenças cardiovasculares (derrame e infarto) 
e relacionadas ao enfraquecimento do organismo (tuberculose). A causa mais 
comum de óbito é a exposição à violência e a situações de perigo, por causa do 
envolvimento com traficantes, por exemplo. 
 
4. TRATAMENTO 
Atualmente várias abordagens de tratamento para dependência de 
cocaína e crack no Brasil vêm sendo discutidas, porém existem muitas controvérsias 
sobre qual abordagem demonstra maior efetividade na literatura científica. Há um 
consenso de que a dependência de crack exige um tratamento difícil e complexo, 
por ser uma doença crônica e grave que deverá ser acompanhada por longo tempo. 
Não existe um único tratamento para eliminar o vício de crack: o dependente precisa 
ser atendido nas diversas áreas afetadas, tais como social, familiar, física, mental, 
questões legais, qualidade de vida e trabalho de estratégias de prevenção de 
recaída. 
Devido aos baixos índices de motivação do dependente e, 
consequentemente, pouca aderência do paciente ao tratamento, a família e a rede 
social de apoio exercem um papel de fundamental importância durante o processo 
de intervenção terapêutica. Contudo, a maioria dos estudos de revisão sobre 
famílias de dependentes químicos confirma que o universo familiar dessa população 
15 
 
 
é frequentemente disfuncional. Outra dificuldade no tratamento do vício de crack é a 
ausência de uma medicação específica que reduza o desejo pelos efeitos dessa 
substância. Inúmeros ensaios clínicos já foram realizados com antidepressivos 
tricíclicos (imipramina), inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) 
(fluoxetina, sertralina e paroxetina), anticonvulsivantes e estabilizadores de humor 
(carbamazepina, gabapentina, lamotrigina, lítio), antipsicóticos e agentes aversivos 
(dissulfiram). Contudo, os resultados não mostraram qualquer sucesso. 
 
5. DEPOIMENTOS 
"A gente não pode dar o primeiro trago. Se der, pode ter certeza: fica 
quatro a cinco dias invernados (usando a droga)", conta João (nome fictício), de 29 
anos, que começou a usar crack aos 12. 
Depois de uma internação em Bebedouro, município com 75 mil 
habitantes na região norte do Estado, ele conta que foi direto para a “biqueira”. 
"Achei rápido. Um mototáxi me levou e deixou na porta do traficante. Fiquei uma 
noite e um dia fumando, R$ 600, no meio do mato, sozinho com uma garrafa de 51, 
dois maços de cigarro, um BIC (isqueiro) e 20 gramas de pedra", conta ele, em nova 
tentativa de tratamento, no 13.º dia sem fumar crack, depois de 13 anos de uso. "De 
repente, você começa a ver trem rastejando no chão, barulho de viatura, sai 
correndo, perde droga, perde as coisas. Nesse dia, eu perdi R$ 200 no meio do 
mato por causa do maldito do crack. Com vergonha da minha mãe, voltei direto para 
a rua." 
"Não tenho mais sensação de loucura. Remorso. Passa rápido. Para mim, 
é como acabei de falar, dá remorso. Pelo fato de passar o tempo, você usou, né... 
Acabou que ... acabou sendo usado né...", diz Sid (nome fictício), viciado há seis 
anos, ao tentar descrever a sensação provocada pela droga logo após fumá-la em 
plena luz do dia, sentado na calçada de uma avenida movimentada de São José do 
16 
 
 
Rio Preto. "Só eloquência... aquela sensação de euforia, só desespero... mais nada." 
Não passa das 15 horas e é a quinta pedra do dia que ele usa." 
Alexandre (nome fictício), de 33 anos, que descobriu o crack há oito, 
confirma. "Foi tudo muito rápido. Quando começou o crack, já me internei 
rapidamente, foi avassalador. Comecei a emagrecer muito e a virar dois dias 
seguidos sem aparecer em casa. Com a cocaína eu voltava, mas com o crack não 
conseguia mais. Estamos falando de uma epidemia. Tirando a heroína, que não se 
usa no Brasil, é a droga mais violenta." Em tratamento em Vera Cruz, no Centro-
Oeste paulista, ele conta como descobriu a droga. "Acabou a cocaína, eu falei (para 
um amigo): ‘Posso experimentar o crack’. Ele me deixou usar. Depois daí, nunca 
mais cheirei cocaína." 
"É o prazer de um orgasmo, irmão. Uma vez minha vizinha perguntou 
isso: 'o crack é bom?' Eu disse: 'Vixe, a droga é a coisa mais gostosa que tem, é 
melhor que sexo'", conta Jimi (nome fictício), de 39 anos, em uma das 
minicracolândias de São José do Rio Preto. "Crack dá grande prazer. Um jovem 
falou comigo outro dia que é 22 vezes mais forte que o sexo", confirma o padre 
Haroldo Rham, referência no tratamento de dependentes no interior." 
6. Conclusão 
 
Inicialmente o crack foi disseminado nas classes mais baixas da 
sociedade, embora não se restrinja somente a ela. Tem se tornado cada vez mais 
comum jovens de várias classes sociais se renderem ao uso/consumo de 
Entorpecentes(ou drogas). 
Nos centros das grandes cidades e nas periferias é facilmente 
flagrado/encontrado homens, mulheres e até crianças consumindo o crack ou outro 
tipo de droga, nas baladas glamourosa, nas festa badaladas ou nas ruas , becos e 
vielas. 
17 
 
 
Uma possibilidade que pode acarretar o inicioda dependência é a 
influência doméstica, que significa ter algum conhecido, familiar ou da própria casa 
do usuário. Através deste espelho é possível o surgimento... O surgimento da 
curiosidade pela droga que constantemente resulta em vício. 
Alguns conseguem se livrar do vício, mas a grande maioria não. Aqueles 
que sobrevive miseravelmente, pois a dependência química tem como 
consequência, atos de violentação, alucinações e abstinência continua, para muitos 
a solução encontrada para manter a droga vai do roubo e até a prostituição. 
Com as péssimas condições de vida, não é surpresa que ocorra a morte 
precoce. Há também situações de risco em que o usuário se coloca ao deixar 
dívidas pendentes com traficantes. 
Cabe uma análise a população em relação a origem dessas pessoas que 
antes viviam em uma realidade, e agora se veem a margem da sociedade, 
desprezados. 
A família também é atingida pelo mau do crack (ou de outras 
drogas),além do sofrimento por ver seu ente querido nessas condições, são vítimas 
dos furtos, roubos e violência. Tentam ajudar de alguma forma, resgatar o familiar da 
dependência e suas consequências, no entanto o dependente se recusa a aceitar. 
 O uso de drogas sem limite atualmente, torna possível entender a 
gravidade desta situação, que é uma questão pública alarmante. 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Crack 
18 
 
 
 
 ABCMED, 2014. Dependência do crack: o que é, causas, sintomas, 
diagnóstico, tratamento, prevenção, complicações. Dísponivel em: 
http://www.abc.med.br/p/536509/dependencia+do+crack+o+que+e+causas+si
ntomas+diagnostico+tratamento+prevencao+complicacoes.htm 
 http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2012/01/20/consequencias-do-
uso-do-crack-para-a-saude 
 
 http://www.mundosemdrogas.org.br/drugfacts/crackcocaine/effects-of-crack-
cocaine.html 
 
 http://infograficos.estadao.com.br/especiais/crack/prazer-maior-que-sexo-faz-
viciado-fumar-ate-morrer.html 
 
	1. INTRODUÇÃO
	2. HISTÓRIA
	2.1 Brasil
	3. O QUE É O CRACK?
	3.1 CARACTERÍSTICAS
	3.2 USO
	3.2.1 Efeitos do crack a curto prazo
	3.2.2 Efeitos do crack a longo prazo
	3.3 EFEITOS PSICOLÓGICOS E FISIOLÓGICOS
	3.4 QUAIS SÃO AS CAUSAS DA DEPENDÊNCIA AO CRACK?
	3.5 ABSTINÊNCIA
	3.6 QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS DA DEPENDÊNCIA AO CRACK?
	3.7 CONSEQUÊNCIAS DO USO DO CRACK PARA A SAÚDE
	3.7.1 Intoxicação pelo metal
	3.7.2 Fome e sono
	3.7.3 Pulmões
	3.7.4 Coração
	3.7.5 Ossos e músculos
	3.7.6 Sistema neurológico
	3.7.7 Prejuízo cognitivo
	3.7.8 Doenças psiquiátricas
	3.7.9 Sexo
	3.7.10 Morte
	4. TRATAMENTO
	5. DEPOIMENTOS
	6. Conclusão
	BIBLIOGRAFIA

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