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CESPE STJ 2015 AJAA - Prova comentada (Prof. Leandro Ravyelle)

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO (PROVA COMENTADA) 
PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
Bom pessoal, vamos à luta?! Sou o professor Leandro Ravyelle e vamos embarcar 
nesse mundo que é a nossa disciplina de Administração Financeira e Orçamentária 
-AFO. Cursei bacharelado em matemática na Universidade Federal do Ceará (UFC) 
e atualmente sou servidor público no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, 
lotado na Diretoria de Programação e Orçamento, ou seja, estou diariamente 
trabalhando com o nosso objeto de estudo: orçamento público. Leciono nossa 
matéria desde 2016 e farei o máximo para trazer todo o meu conhecimento sobre 
o conteúdo para facilitar o seu aprendizado. Sou concurseiro, assim como vocês, e 
prometo trazer todas as dicas e macetes que aprendi ao longo dos meus anos de 
luta para facilitar o nosso estudo. Já fui aprovado em alguns concursos, dentre eles: 
 
 SEDUC-CE (Professor do Estado) - 2013 
 Banco do Brasil (Escriturário) - 3º Lugar - 2015 
(Assumi e trabalhei por 1 ano e 9 meses. 
 Tribunal de Justiça do Estado da Bahia - 2015 - 22º 
lugar (Técnico Judiciário) - Atual cargo 
 Tribunal Regional Federal 1ª Região - Analista 
Judiciário (Área Administrativa) - 34º lugar 
 Tribunal Regional Federal 5ª Região - 2017 - Analista 
Judiciário (Área Administrativa) - 6º lugar 
 Tribunal Regional Federal 5º Região - 2017 - Técnico 
Judiciário (Área Administrativa) - 92º lugar 
 
 
 
Na página seguinte, trarei mais uma prova comentada: ANALISTA 
ADMINISTRATIVO – ÁREA ADMINISTRATIVA, realizada no dia 27/09/2015, 
pela banca CESPE. 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
Agora, meu querido (a), é bunda na cadeira e correr para o abraço! Avante! 
 
 
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO (PROVA COMENTADA) 
PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
ENTÃO, POVO, VAMOS AO QUE NOS INTERESSA: O QUE TEM NO NOSSO PDF? 
Uma apostila completa e esquematizada em mapas mentais do começo ao fim (é do 
começo ao fim mesmo, tá!? São mapas mentais resumindo os principais tópicos da 
disciplina, organizados na ordem sequencial e gradativa do conteúdo. Há também 
mais de 500 questões separadas por capítulo! Além disso, disponibilizo para os 
que adquirem uma pasta com provas comentadas ao longo do ano de diversas 
bancas (da banca CESPE já comentei todas as provas realizadas neste ano). Resolvi 
postar as provas comentadas na íntegra e separadas em PDF's diferentes com o 
intuito de não encher demais a nossa apostila teórica. Quer mais? Você terá direito 
a atualizações da apostila periodicamente a cada bimestre (até dez/2018). E como 
serão as atualizações? 
• Incluirei novos mapas mentais; 
• Novas tabelas para memorização; 
• Tópicos doutrinários que forem cobrados ao longo do período de atualização do 
PDF; 
• Mudanças de entendimento das bancas conforme questões cobradas ao longo do 
período de atualização; 
• Novas questões cobradas; 
• Entre outras. 
As atualizações serão feitas via Google drive (pela mesma forma que se dará o 
envio do PDF original) a cada 2 meses. Vamos nessa? 
 Para saber mais, acompanhe o meu instagram ou solicite o seu material através do 
email: leandro.ravyelle@gmail.com 
 
 
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO (PROVA COMENTADA) 
PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
Tendo como referência os conceitos e as normas aplicáveis ao orçamento 
público, julgue os itens a seguir. 
97 Ao reconhecer-se, ao final de um bimestre, a frustração na realização da receita, 
pode ser necessário rever as metas fiscais estabelecidas na lei de diretrizes 
orçamentárias (LDO), uma vez que, dependendo das dimensões do problema, o 
descumprimento de tais metas poderia comprometer também o cumprimento dos 
objetivos do plano plurianual (PPA). Isso evidencia que, mesmo durante a 
execução do orçamento anual, é possível e por vezes necessário promover 
alterações na LDO e no PPA. 
CERTO ERRADO 
Comentários: Questão pesadinha e bem polêmica. De fato, compete à LDO 
estabelecer para os poderes e o ministério público CRITÉRIOS DE LIMITAÇÃO DE 
EMPENHO e movimentação financeira se verificado, ao final de um bimestre, que a 
realização da RECEITA PODERÁ NÃO COMPORTAR O CUMPRIMENTO DAS 
METAS de resultado primário ou nominal estabelecidas no anexo de metas fiscais. 
No próprio texto da LRF não há previsão sobre a possibilidade de alteração das 
metas, com o intuito de se facilitar a tarefa de economia de despesa. Vale dizer, 
inclusive, que isso seria uma ''gaiatice" ao conjunto de suas regras, já que os 
orçamentos devem buscar o alcance das metas prefixadas.A própria Constituição 
traz em seu texto: 
Art. 166 
 
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não 
poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 
 
A questão, porém, usou entendimento específico de que é sim permitido esse 
ajuste de metas. Em um caso concreto, no ano de 2014, o governo federal aprovou 
uma mudança, alterando a fórmula de cálculo das metas ficais para aquele 
exercício. Contudo, existem regras específicas que regulamentam as alterações das 
metas fiscais e de seus procedimentos de cálculo, pois essas alterações 
representam riscos ao equilíbrio econômico-financeiro do orçamento público. Em 
dezembro de 2014, diversas manchetes foram divulgadas com o mesmo assunto: 
com as contas no vermelho, o governo enviou ao Congresso um projeto de lei para 
não descumprir uma meta estabelecida por ele mesmo no final de 2013. O embate 
foi o seguinte: A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) daquele ano estabelecia o 
valor mínimo de R$ 116,1 bilhões de superávit primário. Isto é, a regra, naquele 
ano, era que fosse permitido "descontar" desse valor até R$ 67 bilhões referentes 
ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ou seja, até R$ 67 bilhões que o 
governo gastar no ano com o programa seriam tirados da conta – reduzindo a 
economia a R$ 49,1 bilhões. Com o projeto de lei proposto, o projeto de lei enviado 
ao Congresso não muda oficialmente a meta de superávit, mas altera esse 
"desconto" determinado na LDO. Pela proposta, será possível abater dos R$ 116,1 
 
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO (PROVA COMENTADA) 
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bilhões o total de gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de 
desonerações de tributos aplicadas em diversos setores. 
Portanto, correta a questão e bastante pesada! 
GABARITO: CERTO 
 
98 O chamado orçamento impositivo se caracteriza, entre outros aspectos, pela 
obrigatoriedade de execução das emendas parlamentares individuais, até o limite 
de 1,2% da receita corrente líquida anual prevista no projeto de lei orçamentária 
encaminhado pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo. 
CERTO ERRADO 
Comentários: Com relação às despesas obrigatórias estabelecidas pela Constituição 
ou mediante lei, no entanto, não há falar em caráter autorizativo do orçamento. 
Para essas, o caráter será sempre obrigatório, e, portanto, impositivo. Mas com 
relação às despesas não obrigatórias, a sua execução insere-se na 
discricionariedade do gestor. Mesmo assim, tenha cuidado com este detalhe:em 
geral, mesmo depois da EC-86/2015 (execução obrigatória de 1,2% da RCL), o 
Orçamento Público brasileiro ainda é considerado autorizativo. Agora vamos aos 
detalhes da questão: o erro está em afirmar que o teto das emendas parlamentares 
será calculado com base na RECEITA PREVISTA NA LEI ORÇAMENTÁRIA 
CORRENTE, quando, na verdade, a apuração é feita com BASE NA RECEITA 
CORRENTE LÍQUIDA DO EXERCÍCIO ANTERIOR. Vamos à letra da Constituição 
Federal: 
Art. 166..........................................................................................................§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão 
APROVADAS NO LIMITE DE 1,2% (UM INTEIRO E DOIS DÉCIMOS POR 
CENTO) DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA PREVISTA NO PROJETO 
ENCAMINHADO PELO PODER EXECUTIVO, sendo que a metade deste 
percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. 
§ 11. É OBRIGATÓRIA A EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA das 
programações a que se refere o § 9º deste artigo, em montante 
correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) DA RECEITA 
CORRENTE LÍQUIDA REALIZADA NO EXERCÍCIO ANTERIOR, conforme os 
critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei 
complementar prevista no § 9º do art. 165. 
GABARITO: ERRADO 
 
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99 A medição dos resultados da ação governamental é um elemento-chave do 
orçamento-programa. Nos níveis intermediários da administração, a mensuração é 
feita com base nos resultados dos programas, mediante o estabelecimento de 
metas ou produtos, o que constitui uma medida da eficiência da organização. 
CERTO ERRADO 
Comentários: Eita, questão massa, povo! Detalhe sutil e que envolve mais 
administração geral do que AFO. O orçamento-programa deve evidenciar 
RESULTADOS, OU SEJA, A EFICÁCIA do que foi planejado (objetivos e as metas 
fixadas). Isso subsidiará a elaboração da LDO de cada exercício, pois, se algum 
programa não se revelar viável ou necessitar de ajustes, é com base nesse 
indicador, aliado à eficiência e à efetividade, que se fará a alocação de recursos e se 
evitará o desperdício. Logo, leve isto para as provas: a eficiência mede se os meios 
(insumos, custo/benefício/melhor aproveitamento dos recursos) para obtenção 
dos fins(outputs/resultados). Já a eficácia avalia se os fins(outputs/resultados) 
foram obtidos como previsto inicialmente na programação orçamentária. 
GABARITO: ERRADO 
 
100 A transferência da contabilização de uma obrigação resultante de despesa 
realizada no exercício atual para o subsequente está associada à quebra dos 
princípios da totalidade e da publicidade. 
CERTO ERRADO 
Comentários: Negativo. Na verdade, a contabilização em exercício posterior de 
despesa realizada em exercício prévio DESCUMPRE O PRINCÍPIO DA 
ANUALIDADE/PERIODICIDADE/TEMPORALIDADE, uma vez que, estipulado, de 
forma literal, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320/1964, este princípio delimita o 
exercício financeiro orçamentário: período ao qual a previsão das receitas e a 
fixação das despesas registradas na LOA irão se referir. Segundo o art. 34 da Lei nº 
4.320/1964, o exercício financeiro coincidirá com o ano civil, ou seja, de 1º de 
janeiro a 31 de dezembro de cada ano. 
GABARITO: ERRADO 
 
No que diz respeito ao sistema de planejamento e de orçamento federal, às 
diretrizes orçamentárias e ao orçamento anual, julgue os itens subsequentes. 
 
 
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101 O projeto e a lei orçamentária de 2015 discriminam, em categorias de 
programação específicas, as dotações destinadas ao pagamento de precatórios 
judiciários e de sentenças judiciais de pequeno valor, além das destinações para o 
cumprimento de sentenças judiciais constantes do orçamento de investimentos 
das empresas estatais. 
CERTO ERRADO 
Comentários:Questão pesadíssima, povo! Vejam que a prova de 2015 já buscava 
conhecimentos específicos da própria LDO da época (Lei nº 13.080/15). O 
dispositivo nela presente assim o traz: 
Art. 12 inciso IX: 
IX - ao pagamento de precatórios judiciários, de sentenças judiciais de 
pequeno valor e ao cumprimento de sentenças judiciais de empresas estatais 
dependentes; 
Essa questão vale também para a época atual, uma vez que a LDO 2019, aprovada 
através da Lei nº 13.707/2018) assim determina: 
Art. 11. O Projeto e a Lei Orçamentária de 2019 discriminarão, em categorias 
de programação específicas, as dotações destinadas: 
X - ao pagamento de precatórios judiciários, de sentenças judiciais de pequeno 
valor e ao cumprimento de sentençasjudiciais de empresas ESTATAIS 
DEPENDENTES; 
Portanto, o erro foi considerar na assertiva empresas estatais lato sensu, isto 
é, independentes e dependentes. 
GABARITO: ERRADO 
 
102 Considerando que a lei orçamentária para 2015 incluiu, tanto na estimativa da 
receita como na fixação da despesa, a importância aproximada de R$ 905 bilhões a 
título de refinanciamento da dívida pública federal, é correto afirmar que a União 
poderá emitir o referido montante em títulos públicos para rolar o mesmo 
montante em títulos vencíveis durante o exercício. 
CERTO ERRADO 
 
 
 
 
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Comentários: Que prova, hein, meus caros. Lágrimas escorrem na prova, kkkkk! 
Inicialmente, vamos ver o que traz a LRF a respeito da dívida pública mobiliária. 
Dívida pública mobiliária é a dívida pública representada por títulos emitidos pela 
União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios (art. 29, II). Já 
o refinanciamento da dívida mobiliária é a emissão de títulos para pagamento do 
principal acrescido da atualização monetária (art. 29, V). Além disso, o 
refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término de 
cada exercício financeiro, o montante do final do exercício anterior, somado ao das 
operações de crédito autorizadas no orçamento para este efeito e efetivamente 
realizadas, acrescido de atualização monetária. Resumindo: a questão quer saber 
se é possível refinanciar o total da dívida, por meio de títulos, considerando que a 
lei orçamentária para 2015 incluiu, tanto na estimativa da receita como na fixação 
da despesa, a importância aproximada de R$ 905 bilhões a título de 
refinanciamento da dívida pública federal. 
GABARITO: CERTO 
 
103 O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, como órgão central do 
Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, é responsável pela orientação 
normativa aos órgãos setoriais e específicos, às unidades de planejamento e 
orçamento das entidades vinculadas aos ministérios, e às unidades responsáveis 
pelos orçamentos de outros poderes. 
CERTO ERRADO 
Comentários: Exatamente o que traz a lei nº 10.180/2001, vejamos: 
Art. 4º Integram o Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal: 
I - o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, como órgão central; 
§ 3º Os órgãos setoriais e específicos ficam sujeitos à orientação normativa e à 
supervisão técnica do órgão central do Sistema, sem prejuízo da subordinação 
ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem integrados. 
Art. 5º Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros 
Poderes, as unidades responsáveis pelos seus orçamentos ficam sujeitas à 
orientação normativa do órgão central do Sistema. 
Lembrando que hoje este órgão, hoje, é denominado Ministério do Planejamento, 
Desenvolvimento e Gestão (MPDG), cuja denominação foi alterada em 2016, om a 
Medida Provisória nº 72. 
GABARITO: CERTO 
 
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Com relação a sistema e processo de orçamentação, classificações 
orçamentárias, estrutura programática e créditos ordinários e adicionais, 
julgue os próximos itens. 
104 As categorias de programação são identificadas por programas, projetos, 
atividades ou operações especiais e seus respectivos subtítulos. O projeto, em 
particular, deve constar de cada uma das diversas esferas orçamentárias a que 
pertence, sob programasdiversos. 
CERTO ERRADO 
Comentários: Mais uma questão super pesada, em que a CESPE retira o enunciado 
diretamente do texto da LDO, que é publicada por meio de uma lei ordinária, 
anualmente. Vejamos o que diz a LDO 2019, Lei nº 13.707/2018: 
Art. 4º Para efeito desta Lei, entende-se por: 
§ 1º As categorias de programação de que trata esta Lei serão 
identificadas no Projeto de Lei Orçamentária de 2019 e na respectiva Lei, 
bem como nos créditos adicionais, por programas, projetos, atividades ou 
operações especiais e respectivos subtítulos, com indicação, quando for o 
caso, do produto, da unidade de medida e da meta física. 
§ 6º O PROJETO DEVE CONSTAR DE UMA ÚNICA ESFERA ORÇAMENTÁRIA, 
SOB UM ÚNICO PROGRAMA. 
O erro está justamente nesse § 6º! Mas, prof., essa questão é de 2015 e usou texto 
da LDO 2019? Esse texto também aparecia na LDO 2015, na Lei 13.080/2015, § 6º. 
GABARITO: ERRADO 
 
105 Situação hipotética: Determinado ente da administração pública, que 
necessita da abertura de um crédito especial, dispõe dos seguintes dados: 
 diferença entre a receita realizada e a prevista: R$ 400; 
 ativo financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior: R$ 180; 
 passivo financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior: R$ 140; 
 créditos extraordinários abertos no exercício: R$ 230; 
 créditos adicionais reabertos: R$ 10. 
Assertiva: Nessa situação, há margem para abertura do crédito especial de R$ 200. 
CERTO ERRADO 
 
 
 
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Comentários: A fonte de recursos indica a origem dos recursos, de onde virão os 
recursos, para garantir a realização das despesas referentes aos créditos 
adicionais; indica, portanto, como serão financiadas as despesas a serem realizadas 
com a aprovação e abertura de créditos adicionais. As possíveis fontes de recursos 
para abertura de créditos adicionais são: 
FONTE DEDUÇÃO A SER FEITA NA FONTE 
O SUPERÁVIT FINANCEIRO APURADO 
EM BALANÇO PATRIMONIAL DO 
EXERCÍCIO ANTERIOR 
OS SALDOS DOS CRÉDITOS ADICIONAIS 
TRANSFERIDOS E AS OPERAÇÕES DE CRÉDITO A 
ELES VINCULADAS 
OS PROVENIENTES DE EXCESSO DE 
ARRECADAÇÃO 
CONSIDERANDO-SE, AINDA, A TENDÊNCIA DO 
EXERCÍCIO E DEDUZIR-SE-Á A IMPORTÂNCIA DOS 
CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS ABERTOS NO 
EXERCÍCIO. 
OS RESULTANTES DE ANULAÇÃO 
PARCIAL OU TOTAL DE DOTAÇÕES 
ORÇAMENTÁRIAS OU DE CRÉDITOS 
ADICIONAIS, AUTORIZADOS EM LEI 
 
O PRODUTO DE OPERAÇÕES DE 
CRÉDITO AUTORIZADAS, EM FORMA 
QUE JURIDICAMENTE POSSIBILITE AO 
PODER EXECUTIVO REALIZÁ-LAS 
RESERVA DE CONTINGÊNCIA 
OS RECURSOS DECORRENTES DE VETO, 
EMENDA OU REJEIÇÃO DO PROJETO DE 
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL 
SOMENTE PARA CRÉDITOS SUPLEMENTARES E 
ESPECIAIS, MEDIANTE PRÉVIA AUTORIZAÇÃO 
LEGISLATIVA 
 
Vamos analisar agora cada fonte dada pelo enunciado: 
 diferença entre a receita realizada e a prevista: R$ 400; 
Esse é o excesso de arrecadação. 
 créditos extraordinários abertos no exercício: R$ 230; 
Devemos abater esse valor do excesso de arrecadação, assim: 400 - 230 = R$ 170 
 ativo financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior: R$ 180; 
 passivo financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior: R$ 140; 
Esse é o superávit financeiro, assim: AF - PF = 180 - 140 = R$ 40 - 10 = R$ 30 
 créditos adicionais reabertos: R$ 10. (deve ser deduzido do superávit 
acima) 
A questão afirma que há margem para abertura do crédito especial de R$ 200. 
Basta somarmos os saldos remanescentes: R$ 170 + R$ 30 = R$ 200. 
GABARITO: CERTO 
 
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106 A vedação ao início de um investimento que ultrapasse o exercício financeiro 
antes de sua inclusão no PPA evidencia o modelo integrado entre o planejamento e 
o orçamento concebido e incorporado à Constituição Federal de 1988. 
CERTO ERRADO 
Comentários: Conforme a Constituição Federal: 
Art. 167. São vedados: 
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que 
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Isso mostra a preocupação do constituinte com o planejamento e sua ligação com o 
escopo operacional, elencado na LOA. Essa questão é um pouco questionável pois o 
termo "concebido" torna o item um pouco duvidoso. Esse orçamento foi 
determinado pela Lei nº 4.320/1964, reforçado pelo Decreto-lei nº 200/1967, e 
teve a primeira classificação funcional-programática em 1974, mas foi apenas com 
a edição do Decreto nº 2.829/1998 e com o primeiro PPA 2000-2003 que se 
tornou realidade. Segundo Paludo (2018), a vedação expressa no § 1º acima refere-
se ao princípio do planejamento-programação. Se ultrapassar um exercício 
financeiro, então o valor é significativo: tem que ser planejado e tem de constar no 
PPA. Logo, a Constituição Federal determina que nenhum investimento cuja 
execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia 
inclusão no Plano Plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime 
de responsabilidade. A Lei de Diretrizes Orçamentárias obedece à anualidade, 
orientando a elaboração da Lei Orçamentária Anual, e deve ser compatível com o 
Plano Plurianual. A Lei Orçamentária Anual, por sua vez, é o documento que define 
todo o processo de gestão dos recursos públicos. A banca manteve o gabarito, mas 
ainda assim ressalvo que a palavra "concebido" tornou um pouco questionável e 
ambíguo o enunciado. 
GABARITO: CERTO 
 
107 Um aspecto na classificação orçamentária por fontes de recursos é o 
estabelecimento de uma vinculação entre a origem e a aplicação de determinados 
recursos, de tal modo que estes tenham uma destinação exclusiva. Isso pode, 
eventualmente, provocar ociosidade ou escassez de recursos para financiar 
determinadas ações. 
CERTO ERRADO 
 
 
 
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Comentários: O registro da arrecadação dos recursos é efetuado por meio de 
códigos de natureza de receita, sendo que cada receita possui normas específicas 
de aplicação. Essas normas, por sua vez, podem especificar tanto “quem” deverá 
aplicar a receita quanto “qual” atividade estatal (qual política pública, qual 
despesa) deverá ser financiada por meio dessa receita. Dessa forma, uma mesma 
atividade estatal pode ser financiada por recursos de diferentes receitas, tornando 
necessário, portanto, agrupar e catalogar, sob o mesmo código comum, as 
diferentes origens de receita que porventura devam ser aplicadas da mesma 
forma, no financiamento da mesma atividade estatal. Denomina-se 
“Fonte/Destinação de Recursos” a cada agrupamento de receitas que possui as 
mesmas normas de aplicação. A Fonte, nesse contexto, é instrumento de Gestão da 
Receita e da Despesa ao mesmo tempo, pois tem como objetivo assegurar que 
determinadas receitas sejam direcionadas para financiar atividades (despesas) do 
governo em conformidade com Leis que regem o tema. Enquanto a natureza de 
receita orçamentária busca identificar a origem do recurso segundo seu fato 
gerador, A FONTE/DESTINAÇÃO DE RECURSOS POSSUI A FINALIDADE 
PRECÍPUA DE IDENTIFICAR O DESTINO DOS RECURSOS ARRECADADOS. 
Segundo Paludo (2018), as fontes de recursos servem para indicar como são 
financiadas as despesas orçamentárias. Elas são constituídas por certos 
agrupamentos de naturezas de receita, que atendem a determinada regra de 
destinação legal, e devem ser individualizadas de modo a permitir a identificação 
de sua aplicação de acordo coma imposição legal. Sendo assim, faz sentido o que 
foi afirmado pelo enunciado: ao vincularmos grande parte da receita a 
determinadas despesas, diminuímos cada vez mais a disponibilidade de recursos 
para despesas discricionárias. 
GABARITO: CERTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Com respeito a programação e execução orçamentária e financeira, julgue os 
itens que se seguem. 
108 A condição para o desbloqueio, em 2015, dos restos a pagar não processados é 
o compromisso de conclusão da execução das respectivas despesas até o final do 
exercício. 
CERTO ERRADO 
Comentários: Nos casos dos restos a pagar não processados, o empenho de 
despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os 
fins, salvo quando: 
 
VIGENTE O PRAZO PARA CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO ASSUMIDA PELO 
CREDOR, NELE ESTABELECIDA 
VENCIDO O PRAZO DE QUE TRATA O ITEM ANTERIOR, MAS ESTEJA EM CURSOS A 
LIQUIDAÇÃO DA DESPESA 
SE DESTINAR A ATENDER TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PÚBLICAS OU 
PRIVADAS 
CORRESPONDER A COMPROMISSOS ASSUMIDOS NO EXTERIOR 
SEJA DE INTERESSE DA ADMINISTRAÇÃO EXIGIR O CUMPRIMENTO DA 
OBRIGAÇÃO ASSUMIDA PELO CREDOR 
 
Nos casos acima, os restos a pagar inscritos na condição de não processados e não 
liquidados posteriormente terão validade até 30 de junho do segundo ano 
subsequente ao de sua inscrição. Caberá as Unidades Gestoras - cujos empenhos se 
enquadrem nas situações abaixo, providenciar o desbloqueio para assegurar a 
continuidade da vigência: 
REFIRAM-SE ÀS DESPESAS EXECUTADAS DIRETAMENTE PELOS ÓRGÃOS E 
ENTIDADES DO PODER EXECUTIVO FEDERAL OU MEDIANTE TRANSFERÊNCIA OU 
DESCENTRALIZAÇÃO AOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS, COM 
EXECUÇÃO INICIADA ATÉ 30 DE JUNHO DO SEGUNDO ANO SUBSEQUENTE AO 
DE SUA INSCRIÇÃO 
 
SEJAM RELATIVOS 
ÀS DESPESAS 
PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO –PAC 
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FINANCIADAS COM 
RECURSOS DA MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO 
ENSINO. 
 
Logo, o problema está em afirmar que o que garante é compromisso de conclusão 
da execução, quando, na verdade, é o início da execução dessas despesas. 
GABARITO: ERRADO 
 
 
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109 A transferência por parte do STJ de um crédito e de seu respectivo recurso 
para o CNJ, com vistas à realização de treinamento de seus servidores, representa 
uma descentralização caracterizada, respectivamente, por um destaque e por um 
repasse. 
CERTO ERRADO 
Comentários: Tanto para os créditos orçamentários quanto para os recursos 
financeiros esses mecanismos possuem nomenclaturas diferentes. As 
descentralizações internas de crédito orçamentários são denominadas 
“provisão”, enquanto que as externas são conhecidas como “destaque”. 
Tratando-se de recursos financeiros, as descentralizações internas recebem o 
nome de “sub-repasse”, enquanto que as externas são chamadas “repasse”. É 
nesse momento que se verifica a correlação: se um órgão ou Unidade Orçamentária 
recebeu os créditos orçamentários sob a forma de destaque, então receberá os 
recursos financeiros sob a forma de repasse; se recebeu os créditos mediante 
provisão, então receberá os recursos sob a forma de sub-repasse. As 
descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando for efetuada 
movimentação de parte do orçamento, mantidas as classificações institucional, 
funcional, programática e econômica, para que outras unidades administrativas 
possam executar a despesa orçamentária. 
GABARITO: CERTO 
 
Julgue os itens subsecutivos, referentes a conceitos e normas aplicáveis à 
receita pública. 
110 A inscrição de um crédito em dívida ativa se configura como um fato contábil 
modificativo aumentativo para o ente público como um todo, pois faz surgir um 
ativo que não existia. 
CERTO ERRADO 
Comentários: Negativo: a inscrição de créditos em dívida ativa representa 
contabilmente uma VARIAÇÃO ATIVA ORIUNDA DE UM FATO PERMUTATIVO 
resultante da transferência de um valor não recebido no prazo estabelecido, dentro 
do próprio Ativo. Somente poderão ser encaminhados para inscrição em dívida 
ativa os créditos já reconhecidos como créditos a receber no ativo do órgão/ 
entidade de origem do crédito. Com relação ao Ente público, resta configurado um 
fato permutativo (resultante de um fato aumentativo e outro diminutivo dentro do 
mesmo Ente), mas no contexto de cada órgão o fato é: modificativo aumentativo 
para o órgão competente para a inscrição e modificativo diminutivo para o órgão 
de origem do crédito a receber. No entanto, esta regra não se aplica a Fundações e 
Autarquias, visto que, nesses casos, não há transferência de responsabilidade na 
cobrança de ativos dentro do mesmo ente público. GABARITO: ERRADO 
 
14 
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111 Empréstimos tomados pelo poder público para atender eventuais 
insuficiências de caixa, até que se regularize o fluxo de receitas previstas, 
representam entradas compensatórias e, como tal, são ingressos 
extraorçamentários. Esses empréstimos constituem passivos exigíveis e devem ser 
quitados no próprio exercício. 
CERTO ERRADO 
Comentários: Quando se tratar de Antecipação de Receita Orçamentária (ARO), o 
art. 38, § 2º, da LRF e a Resolução no 43/2002 do Senado Federal estabelecem que 
essas operações somente podem ser efetuadas mediante a abertura de crédito 
junto à instituição financeira vencedora em processo competitivo eletrônico 
promovido pelo Banco Central do Brasil. Compete ao Banco Central do Brasil 
manter sistema de acompanhamento e controle do saldo do crédito aberto e 
aplicar as sanções cabíveis no caso de inobservância dos limites. Além de cumprir 
as exigências referentes às contratações de operações de crédito, as ARO’s 
encontram-se sujeitas ainda às seguintes regras: 
SOMENTE PODEM SER REALIZADAS A PARTIR DO DÉCIMO DIA DO INÍCIO DO 
EXERCÍCIO 
SOMENTE PODERÃO SER REALIZADAS ATRAVÉS DE LEILÃO ELETRÔNICO 
DEVEM SER LIQUIDADAS COM JUROS E DEMAIS ENCARGOS ATÉ O DIA DEZ DE 
DEZEMBRO DE CADA ANO 
NÃO PODEM SER COBRADOS OUTROS ENCARGOS QUE NÃO A TAXA DE JUROS DA 
OPERAÇÃO, PREFIXADA INDEXADA À TAXA BÁSICA FINANCEIRA, OU À QUE VIER A 
ESTA SUBSTITUIR 
 
Além disso, a LRF estabelece que essa operação estará proibida enquanto existir 
operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada, e no último 
ano de mandato do Presidente, governador ou prefeito municipal. 
GABARITO: CERTO 
 
Com relação a conceitos e normas aplicáveis à despesa pública, julgue os 
itens a seguir. 
112 As operações de crédito contraído pelo poder público integram a dívida 
pública fundada, independentemente do prazo de amortização, desde que a receita 
correspondente conste do respectivo orçamento. 
CERTO ERRADO 
Comentários: Para a LRF, a dívida pública consolidada ou fundada é o montante 
total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, 
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de 
operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses, e ainda, 
as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham 
constado do orçamento. GABARITO: CERTO 
 
15 
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113 Uma transferência efetuada pela União a um município, para aquisição de 
equipamentos médicos, é uma despesa de capital efetiva, de forma que não se exigecontrapartida do município. 
CERTO ERRADO 
Comentários: São TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL as dotações para investimentos 
ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam 
realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, 
constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem 
diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as 
dotações para amortização da dívida pública. A despesa não efetiva normalmente 
se enquadra como despesa de capital. Entretanto, há despesa de capital que é 
efetiva como, por exemplo, as transferências de capital, que causam variação 
patrimonial diminutiva e, por isso, classificam-se como despesa efetiva. 
GABARITO: CERTO 
 
115 São passíveis de inscrição em restos a pagar as despesas empenhadas e 
liquidadas, mas não pagas. Logo, o empenho da despesa não liquidada será 
considerado anulado, salvo em situações específicas, como, por exemplo, se for do 
interesse do gestor efetuar a inscrição sem que o serviço tenha sido executado, por 
estarem as partes em fase de negociação para assinatura de um contrato. 
CERTO ERRADO 
Comentários: Nos casos dos restos a pagar não processados, o empenho de 
despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os 
fins, salvo quando: 
 
VIGENTE O PRAZO PARA CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO ASSUMIDA PELO 
CREDOR, NELE ESTABELECIDA 
VENCIDO O PRAZO DE QUE TRATA O ITEM ANTERIOR, MAS ESTEJA EM CURSOS A 
LIQUIDAÇÃO DA DESPESA 
SE DESTINAR A ATENDER TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PÚBLICAS OU 
PRIVADAS 
CORRESPONDER A COMPROMISSOS ASSUMIDOS NO EXTERIOR 
SEJA DE INTERESSE DA ADMINISTRAÇÃO EXIGIR O CUMPRIMENTO DA 
OBRIGAÇÃO ASSUMIDA PELO CREDOR 
 
Nada de interesse do gestor, não, meu povo! Deve ser interesse da administração 
exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor. Além disso, a inscrição 
não garante o direito ao pagamento. É necessário que se cumpra integralmente o 
estágio da liquidação (que em Restos a Pagar é definido como "processado"). 
Portanto, alguns empenhos inscritos poderão ser cancelados se o fornecedor não 
 
16 
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entregar o material ou não prestar o serviço conforme combinado. Além disso, o 
enunciado afirma que as partes estavam em fase de negociação para assinatura de 
um contrato, isto é, contrato não estava assinado e, a ressalva permitida é com 
relação a ''Liquidação em curso", que é posterior à assinatura do contrato. 
GABARITO: ERRADO 
 
116 São pagas à conta de despesa de exercícios anteriores as despesas 
anteriormente inscritas em restos a pagar, depois cancelados e posteriormente 
reinscritos, por reconhecimento do direito do credor, sem que haja necessidade de 
novos créditos orçamentários. 
CERTO ERRADO 
Comentários: Segundo a lei 4320, as despesas de exercícios anteriores são aquelas 
relativas a exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava 
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham 
processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição 
interrompida (hipótese tratada no caso em tela) e os compromissos reconhecidos 
após o encerramento do exercício. Já OS RESTOS A PAGAR COM PRESCRIÇÃO 
INTERROMPIDA, PODERÃO SER PAGOS À CONTA DE DOTAÇÃO ESPECÍFICA 
CONSIGNADA NO ORÇAMENTO, discriminada por elementos, obedecida, sempre 
que possível, a ordem cronológica. Em relação ao fenômeno da REINSCRIÇÃO, 
segundo Giovanni Pacelli, caso os restos a pagar inscritos em anos anteriores sejam 
cancelados, não existe a possibilidade de reinscrição. Caso tal situação ocorra e 
fornecedor do material ou serviço se habilitar para o pagamento, deve haver o 
registro de despesas de exercícios anteriores. O instituto da reinscrição, no 
entanto, foi inserido no ordenado jurídico federal, para os restos a pagar não 
processados que foram bloqueados e que ainda não foram cancelados. Nestes 
casos, as unidades gestoras responsáveis pelos saldos dos restos a pagar 
bloqueados poderão efetuar os respectivos desbloqueios que ensejará a 
reinscrição. 
GABARITO: ERRADO 
 
 
 
 
 
 
 
17 
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Com fundamento nos princípios e nas normas emanados da Lei de 
Responsabilidade Fiscal (LRF), julgue os seguintes itens. 
117 Um parlamentar que pretenda apresentar projeto de lei estendendo por mais 
dez anos os subsídios destinados à produção de determinados alimentos deverá, 
entre outras exigências, apresentar a estimativa dos gastos correspondentes ao 
período dos dez anos seguintes e introduzir disposição que obrigue o Poder 
Executivo a incluir os valores correspondentes nas respectivas propostas 
orçamentárias. 
CERTO ERRADO 
Comentários: Para a LRF, a renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, 
crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de 
alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de 
tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento 
diferenciado. ANISTIA pode ser entendida como o benefício que visa excluir o 
crédito tributário na parte relativa à multa aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito 
passivo, por infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concedeu; 
REMISSÃO compreende o perdão da dívida em casos de pequeno valor, 
impossibilidade de pagamento, ou custo de cobrança maior que a dívida; 
CRÉDITO PRESUMIDO é aquele que representa uma dedução do tributo devido, 
outorgado pela autoridade tributária, na forma de crédito do tributo, e que foge da 
estrutura normal do sistema; ISENÇÃO é a dispensa legal, pelo Estado, do crédito 
tributário devido. Embora o termo “renúncia de receitas” compreenda tanto o 
caráter geral como o específico, a preocupação da LRF é com a renúncia que 
beneficia alguns, apenas, em detrimento dos demais. Assim, a LRF estabelece 
regras específicas para sua concessão e exige transparência desses atos tanto na 
LDO e como na LOA. A renúncia, em regra, deve ser concedida mediante lei 
específica e eventualmente mediante convênio. Segundo o art. 14 da LRF, a 
concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual 
decorra renúncia de receita deve: 
ESTAR ACOMPANHADA DE ESTIMATIVA DO IMPACTO ORÇAMENTÁRIO-FINANCEIRO NO 
EXERCÍCIO EM QUE DEVA INICIAR SUA VIGÊNCIA E NOS DOIS SEGUINTES 
ATENDER AO DISPOSTO NA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 
ATENDER A PELO 
MENOS UMA DAS 
SEGUINTES 
CONDIÇÕES 
DEMONSTRAÇÃO DE QUE A RENÚNCIA FOI CONSIDERADA NA 
ESTIMATIVA DE RECEITA NA LEI ORÇAMENTÁRIA E QUE NÃO 
AFETARÁ AS METAS DE RESULTADOS FISCAIS PREVISTAS NA LDO 
a) ESTAR ACOMPANHADA DE MEDIDAS DE 
COMPENSAÇÃO NOS DOIS EXERCÍCIOS SEGUINTES, 
POR MEIO DO AUMENTO DE RECEITA 
 
GABARITO: ERRADO 
 
18 
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118 O projeto da LRF foi concebido no bojo da busca pela estabilidade fiscal, 
visando à obtenção de superávits primários compatíveis com a estabilização da 
relação entre dívida externa e reservas internacionais. 
CERTO ERRADO 
Comentários: Segundo Paludo (2018), o PRINCIPAL MOTIVO da elaboração da Lei 
de Responsabilidade Fiscal foi a DÍVIDA PÚBLICA – EM ESPECIAL A DÍVIDA 
INTERNA, que vinha aumentando de forma descontrolada (principalmente na 
década de 1990) e sem possibilidades de pagamento, cujo montante, na véspera da 
aprovação da LRF, correspondia a 50% do PIB (32% da União e 18% de estados e 
municípios). Em dezembro de 2000esse percentual já era maior, e a dívida do 
Governo Federal havia ultrapassado os 800 bilhões de reais,1 dos quais mais de 
500 bilhões eram dívida mobiliária. Essa lei complementar foi um divisor na 
história das finanças públicas no Brasil e em termos de responsabilidade na gestão 
dos recursos públicos, tornando-se uma espécie de código a orientar a conduta dos 
administradores públicos, impondo-lhes, de um lado, regras e limites e exigindo 
prestação de contas da utilização dos recursos públicos, e de outro, abrindo espaço 
para responsabilização e aplicação de sanções pessoais. Em termos de 
abrangência, a LRF se aplica à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, incluindo os Três Poderes e todos os seus órgãos e entidades, inclusive 
as empresas estatais dependentes. 
GABARITO: ERRADO 
 
119 Situação hipotética: Nas previsões de receita de determinado ente para o 
exercício subsequente, tomou-se como referência a arrecadação estimada para o 
exercício em curso, que corresponde a R$ 100 bilhões, considerando-se uma 
inflação de 20%, o crescimento do PIB de 5% e alterações na legislação tributária 
com efeitos residuais na arrecadação. 
Assertiva: Nessa situação, as previsões da receita para o próximo exercício 
deverão ser de R$ 120 bilhões. 
CERTO ERRADO 
Comentários: A LRF estabelece que a previsão de receita deve estar acompanhada 
de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos e da projeção para os dois 
seguintes àquele a que se referirem. Deve constar também a metodologia de 
cálculo e as premissas utilizadas. Além disso, a previsão deve: 
 
RESPEITAR AS NORMAS TÉCNICAS E LEGAIS 
CONSIDERAR OS EFEITOS DAS ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO 
CONSIDERAR OS EFEITOS DA VARIAÇÃO DO ÍNDICE DE PREÇOS 
CONSIDERAR OS EFEITOS DO CRESCIMENTO ECONÔMICO 
QUALQUER OUTRO FATOR RELEVANTE 
 
19 
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 A previsão de receitas corresponde à projeção dos recursos para um 
determinado período futuro: permite visualizar previamente o valor total a ser 
arrecadado, com vistas a limitar a autorização de despesas e manter o equilíbrio 
das contas públicas. E os cálculos, prof.? Veja que você não precisava saber, na real, 
qual a fórmula real para esse cálculo, mas, como vimos acima, não deve observar 
apenas os efeitos na legislação tributária e as variações de índices de preços. Mas, 
se levarmos em conta somente a inflação de 20%, já chegaríamos em 120 bilhões, 
isso sem considerar o crescimento do PIB ou outros fatores não elencados no 
enunciado. Logo, a questão erra ao afirmar que as previsões da receita para o 
próximo exercício DEVERÃO ser de R$ 120 bilhões. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
120 O relatório resumido da execução orçamentária deverá contar, de acordo com 
as circunstâncias, com justificativas para a frustração de receitas, e especificar as 
providências adotadas em matéria de fiscalização e cobrança dos créditos da 
fazenda pública, assim como em matéria de combate à evasão e à sonegação. 
CERTO ERRADO 
Comentários: De acordo com o art. 52 da LRF, esse relatório resumido deve conter: 
RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA 
 
 
 
 
 
RREO 
 
 
BALANÇO ORÇAMENTÁRIO 
 
RECEITAS 
POR CATEGORIA ECONÔMICA 
POR FONTE DE RECURSOS 
 
DESPESAS 
POR CATEGORIA ECONÔMICA 
POR GRUPO DE DESPESAS 
 
 
 
DEMONSTRATIVO DA 
EXECUÇÃO 
 
RECEITAS 
POR CATEGORIA ECONÔMICA 
POR FONTE DE RECURSOS 
 
DESPESAS 
POR CATEGORIA ECONÔMICA 
POR GRUPO DE DESPESAS 
POR FUNÇÃOE SUBFUNÇÃO 
ACOMPANHA O RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA 
 
 
 
RREO 
DEMONSTRATIVO DA APURAÇÃO DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA 
DEMONSTRATIVO DE RECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS 
DEMONSTRATIVO DOS RESULTADOS NOMINAL E PRIMÁRIO 
 
20 
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DEMONSTRATIVO DE RESTOS A PAGAR POR PODER E ÓRGÃO 
ÚLTIMO BIMESTRE – ACRESCENTAR OS DEMONSTRATIVOS 
 
 
 
RREO 
DE QUE AS OPERAÇÕES DE CRÉDITOS NÃO ULTRAPASSARAM AS 
DESPESAS DE CAPITAL 
DAS PROJEÇÕES ATUARIAIS DOS REGIMES DE PREVIDÊNCIA SOCIAL, 
GERAL E PRÓPRIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS 
DA VARIAÇÃO PATRIMONIAL, EVIDENCIANDO A ALIENAÇÃO DE ATIVOS E 
A APLICAÇÃO DOS RECURSOS DELA DECORRENTES 
SE FOR O CASO, 
INCLUIR 
JUSTIFICATIVAS SOBRE A LIMITAÇÃO DE EMPENHO E A FRUSTRAÇÃO 
DE RECEITAS 
 
 Ainda a LRF, se for o caso, deverão ser apresentadas justificativas sobre a 
limitação de empenho e a frustração de receitas, especificando as medidas de 
combate à sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de 
fiscalização e cobrança. 
Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a: 
§ 1º O relatório referente ao último bimestre do exercício será acompanhado 
também de demonstrativos: 
§ 2º Quando for o caso, serão apresentadas justificativas: 
II - da frustração de receitas, especificando as medidas de combate à 
sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e 
cobrança 
GABARITO: CERTO 
 
	ENTÃO, POVO, VAMOS AO QUE NOS INTERESSA: O QUE TEM NO NOSSO PDF?
	Comentários: Nos casos dos restos a pagar não processados, o empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando:
	Comentários: Nos casos dos restos a pagar não processados, o empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando: (1)

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