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AULA 01: INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS DE FLUXO Máquinas de fluxo MÁQUINAS DE FLUXO Aula 1: Introdução às máquinas de fluxo AULA 01: INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS DE FLUXO Máquinas de fluxo • Definir máquinas de fluxo; • Classificar em geral as máquinas de fluxo e finalidades; • Compreender o funcionamento das máquinas de fluxo; • Classificar e descrever as bombas; • Reconhecer o funcionamento das bombas de deslocamento positivo. Objetivos desta aula AULA 01: INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS DE FLUXO Máquinas de fluxo As máquinas de fluxo podem ser classificadas em três grandes grupos: • máquinas motrizes; • máquinas geratrizes ou operatrizes e • máquinas mistas. Introdução à máquina de fluxo Classificação geral das máquinas de fluxo e finalidades AULA 01: INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS DE FLUXO Máquinas de fluxo • São aquelas que transformam a energia hidráulica em trabalho mecânico, ou seja, energia capaz de promover a elevação de um peso; • As máquinas motrizes têm como principal função fornecer energia para acionar outras máquinas, como, por exemplo, geradores de energia elétrica. Os dois tipos mais comuns de máquinas motrizes são as turbinas e as rodas hidráulicas. Funcionamento das máquinas de fluxo Máquinas motrizes AULA 01: INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS DE FLUXO Máquinas de fluxo • São aquelas que recebem o trabalho mecânico fornecido pela máquina motriz, para transformá-lo em energia hidráulica; • Pertencem a esta categoria de máquinas todas as bombas hidráulicas. Funcionamento das máquinas de fluxo Máquinas geratrizes AULA 01: INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS DE FLUXO Máquinas de fluxo • São máquinas que apresentam características de geratriz e de operatriz; • O carneiro hidráulico, também conhecido como bomba de aríete hidráulico é uma máquina hidráulica mista; • Estudaremos as máquinas geratrizes e faremos algumas referências às máquinas mistas. Funcionamento das máquinas de fluxo Máquinas mistas AULA 01: INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS DE FLUXO Máquinas de fluxo • Bombas são máquinas geratrizes cuja finalidade é realizar o deslocamento de um líquido por escoamento. • Comunicada ao líquido sob as formas de energia de pressão e cinética; • São também chamadas de máquinas operatrizes hidráulicas, porque realizam um trabalho útil específico ao deslocarem um líquido. Classificação e descrição das bombas Classificação das máquinas geratrizes ou bombas AULA 01: INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS DE FLUXO Máquinas de fluxo O modo pelo qual é feita a transformação do trabalho em energia hidráulica e o recurso para transmitir a energia ao líquido, aumentando sua pressão e/ou sua velocidade, permitem classificar as bombas em: 1. bombas de deslocamento positivo ou volumógenas; 2. turbobombas chamadas também hidrodinâmicas ou rotodinâmicas ou simplesmente dinâmicas; 3. bombas especiais (bomba com ejetor; pulsômetros; bomba de emulsão de ar). Classificação e descrição das bombas Classificação das máquinas geratrizes ou bombas AULA 01: INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS DE FLUXO Máquinas de fluxo • Possuem câmaras internas que impelem o fluido por energia de pressão, promovendo o escoamento, garantindo que o escoamento na tubulação de aspiração alcance a bomba e, na tubulação de recalque, chegue à altura desejada; • As bombas de deslocamento positivo podem ser alternativas ou rotativas; • Nas bombas alternativas, o líquido recebe a ação das forças diretamente de um pistão ou êmbolo (pistão alongado) ou de uma membrana flexível (diafragma). Funcionamento das bombas de deslocamento positivo Bombas de deslocamento positivo AULA 01: INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS DE FLUXO Máquinas de fluxo Saiba mais Animações de bombas hidraulicas em funcionamento • Para conhecer mais assista ao seguinte vídeo: Animação bomba hidráulica de engrenagens, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=S nBUpSHKeHY >, acessado em 17/11/2016. AULA 02: TURBOBOMBAS Máquinas de fluxo MÁQUINAS DE FLUXO Aula 2: Turbobombas AULA 02: TURBOBOMBAS Máquinas de fluxo 1. Classificação e descrição das: • turbobombas; • turbobombas segundo o rotor; • turbobombas segundo o difusor. 2. Classificação segundo a trajetória do fluido no rotor; 3. Classificação segundo o número de: • rotores empregados; • entradas para a aspiração. Objetivos desta aula AULA 02: TURBOBOMBAS Máquinas de fluxo • Turbobombas ou bombas centrífugas são também denominadas hidrodinâmicas ou rotodindâmicas e são indicadas para altas vazões e baixas pressões; • Impelem o fluido, comunicando ao fluido aceleração, através da conversão de energia cinética de rotação para a energia hidrodinâmica do escoamento de fluido; • São bombas de deslocamento não positivo, pois ao contrário do que se verifica nessas bombas, não possui a mesma direção e sentido do movimento do fluido em contato com as pás. Classificação e descrição das turbobombas Há várias maneiras de fazer a classificação das turbobombas. Vejamos as principais. AULA 02: TURBOBOMBAS Máquinas de fluxo A finalidade do rotor, chamado “impulsor” ou “impelidor”, é comunicar ao fluido aceleração, através da conversão de energia cinética de rotação para a energia hidrodinâmica do escoamento de fluido. O rotor pode ser: Classificação e descrição das turbobombas segundo o rotor Fechado: apresenta um disco e uma coroa circular onde se fixam as pás. O líquido entra pela abertura da coroa. Semiaberto: caracteriza-se pela existência de apenas um disco onde se fixam as pás do rotor. Aberto: não possui coroa circular. Usa-se para líquidos contendo pastas, lamas, areia, esgotos sanitários. AULA 02: TURBOBOMBAS Máquinas de fluxo Dependendo do tipo de bomba o difusor pode ser de tubo reto troncônico, nas bombas axiais ou de caixa com forma de caracol ou voluta, nos demais tipos de bomba, chamado, neste caso, simplesmente de coletor ou caracol. Classificação e descrição das turbobombas segundo o difusor As bombas apresentadas, da esquerda para a direita, são: vista lateral do caracol e rotor em corte, vista frontal do caracol e rotor, e caixa espiral de descarga centralizada com difusor. AULA 02: TURBOBOMBAS Máquinas de fluxo • O líquido penetra no rotor paralelamente ao eixo, sendo dirigido pelas pás para a periferia, segundo trajetórias contidas em planos normais ao eixo. As trajetórias são, portanto, curvas praticamente planas contidas em planos radiais. Obs.: Este tipo de bomba hidráulica é o mais usado no mundo, principalmente para o transporte de água. • Antes do funcionamento, é necessário que a carcaça da bomba e a tubulação de sucção estejam totalmente preenchidas com o fluído a ser bombeado. • Ao iniciar-se o processo de rotação, o rotor cede energia cinética à massa do fluído, deslocando suas partículas para a extremidade periférica do rotor. Isto ocorre pela ação da força centrífuga. Classificação segundo a trajetória do fluido no rotor a) Bomba centrífuga pura ou radial AULA 02: TURBOBOMBAS Máquinas de fluxo • Constitui um caso intermediário ente as bombas radiais e axiais, tanto no que diz respeito à trajetória, como, inclusive, no campo de emprego. • Assim, sua trajetória se faz em uma diagonal e seu campo de emprego caracteriza-se pelo recalque de médias vazões em médias alturas. Classificação segundo a trajetória do fluido no rotor b) Bomba de fluxo misto ou bomba diagonal AULA 02: TURBOBOMBAS Máquinas de fluxo • Nestas bombas, as trajetórias das partículas líquidas, pela configuração que assumem as pás do rotor e as pás guias, começam paralelamente ao eixo e se transformam em hélices cilíndricas; • Forma-se uma hélice de vórtice forçado, pois, ao escoamento axial, superpõe-se um vórtice forçado pelo movimento das pás. Não são propriamente bombas centrífugas, pois a força centrífuga decorrente da rotação das pás não é a responsável pelo aumento da energia da pressão; • São estudadas e projetadas segundo a teoria da sustentação das asas e da propulsão das hélices ou ainda segundo a teoria do vórtice forçado; • As bombas axiais são empregadas para grandes descargas (até várias dezenas de metros cúbicos por segundo) e alturas de elevação de até mais de 40 m. Classificação segundo a trajetória do fluido no rotor c) Bomba axial ou propulsora AULA 02: TURBOBOMBAS Máquinas de fluxo • Possuem difusor de pás guias, isto é, coletor troncônico com pás guias. O eixo em geral é vertical, e por isso são conhecidas como bombas verticais de coluna, porém, existem modelos com o eixo inclinado e até mesmo horizontal; • Constroem-se bombas axiais com pás inclináveis (passo variável), podendo-se, por meio de um mecanismo localizado no interior da ogiva e comandado automaticamente por servomecanismos, dar às pás uma inclinação adequada a cada descarga desejada, para que o rendimento sofra pequena variação. Classificação segundo a trajetória do fluido no rotor c) Bomba axial ou propulsora AULA 02: TURBOBOMBAS Máquinas de fluxo • Existe apenas um rotor e, portanto, o fornecimento da energia ao líquido é feito em um único estágio (constituído por um único rotor e um difusor, conforme apresentado na figura). • Teoricamente, seria possível se projetar uma bomba com um estágio para quaisquer condições propostas. Classificação segundo o número de rotores empregados a) Bombas de simples estágio Fonte: Catálogo SULZER AULA 02: TURBOBOMBAS Máquinas de fluxo • Quando a altura de elevação é grande, faz-se o líquido passar sucessivamente por dois ou mais rotores fixados ao mesmo eixo e colocados em uma caixa cuja forma permite esse escoamento; • A passagem do líquido em cada rotor e difusor constitui um estágio na operação de bombeamento. Se o difusor de pás guias está entre dois rotores consecutivos, denomina-se distribuidor da bomba; • As pás do distribuidor são fundidas ou fixadas à carcaça ou ainda podem ser adaptáveis à carcaça. O eixo pode ser horizontal ou vertical. Classificação segundo o número de rotores empregados b) Bombas de múltiplos estágios Fonte: Catálogo SULZER AULA 02: TURBOBOMBAS Máquinas de fluxo • As bombas de múltiplos estágios são próprias para instalações de alta pressão, pois a altura total a que a bomba recalca o líquido é (não considerando as perdas), teoricamente, igual à soma das alturas parciais que seriam alcançadas por meio de cada um dos rotores componentes; • Existem bombas deste tipo para alimentação de caldeiras com pressões superiores a 250 kgf/cm2. Usam-se também para poços profundos de água ou na pressurização de poços de petróleo. Classificação segundo o número de rotores empregados b) Bombas de múltiplos estágios Fonte: Catálogo SULZER AULA 02: TURBOBOMBAS Máquinas de fluxo • Neste tipo, a entrada do líquido se faz de um lado e pela abertura circular na coroa do rotor, ou seja, o rotor possui uma única boca de sucção; • A Figura mostra uma bomba Friatec de simples sucção em material cerâmico; • Todos os componentes hidráulicos em material cerâmico e rotor construído em titânio. Classificação segundo o número de entradas para a aspiração a) Bomba de aspiração simples ou de entrada unilateral Fonte: Catálogo Friatec AULA 02: TURBOBOMBAS Máquinas de fluxo • O rotor é de forma tal que permite receber o líquido por dois sentidos opostos, paralelamente ao eixo de rotação, construtivamente, o rotor de dupla sucção nada mais é que a justaposição de dois rotores de simples sucção pelo costato. • Nas bombas de entrada bilateral, tendo uma forma simétrica em relação a um plano normal ao eixo, o rotor equivale hidraulicamente a dois rotores simples montados em paralelo e é capaz de elevar, teoricamente, uma descarga dupla, daquela que se obteria com o rotor simples. Classificação segundo o número de entradas para a aspiração b) Bomba de aspiração dupla ou entrada bilateral Fonte: Catálogo SULZER AULA 02: TURBOBOMBAS Máquinas de fluxo • O empuxo longitudinal do eixo, que ocorre nas bombas de entrada unilateral em razão da desigualdade de pressão nas faces das coroas do rotor é, praticamente, equilibrado nas bombas de rotores bilaterais, também chamados geminados, em virtude da simetria das condições de escoamento; • Para permitir a montagem do eixo com o rotor (ou os rotores), a carcaça da bomba é bipartida, isto é, constituída de duas seções separadas por um plano horizontal à meia altura do eixo e aparafusadas uma à outra; • A Figura mostra uma bomba Scanpump de carcaça bipartida, ou de fluxo duplo. Classificação segundo o número de entradas para a aspiração b) Bomba de aspiração dupla ou entrada bilateral Fonte: Catálogo Scanpump AULA 02: TURBOBOMBAS Máquinas de fluxo Saiba mais Animações de bombas hidraulicas em funcionamento • Para conhecer mais assista ao seguinte vídeo: Process Technology: Axial Pumps. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=fo HY0QbvYCw>. Acesso em 23 maio 2017. AULA 03: CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE FLUIDO Máquinas de fluxo MÁQUINAS DE FLUXO Aula 3: Classificação das máquinas de fluido AULA 03: CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE FLUIDO Máquinas de fluxo Classificação das Máquinas de Fluido: • Quanto ao sentido da transmissão de energia; • Quanto ao tipo de energia envolvido no processo; • Quanto à direção do escoamento do fluido; • Quanto à forma dos canais entre as pás do rotor; • Quanto ao número de entradas para aspiração (sucção); • Quanto ao número de rotores; • Quanto ao posicionamento do eixo; • Quanto ao tipo de rotor. Objetivos desta aula AULA 03: CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE FLUIDO Máquinas de fluxo Classificação das máquinas de fluido Máquina de Fluido (fluid machinery) é o equipamento que promove a troca de energia entre um sistema mecânico e um fluido, transformando energia mecânica (trabalho) em energia de fluido ou energia de fluido em energia mecânica. Máquinas de fluido são divididas em dois grupos: • Máquinas de deslocamento positivo (fluido fica confinado em uma câmara); • Máquinas de fluxo ou turbomáquinas (fluxo continuo através da máquina). Máquinas de Fluido Turbomáquinas (Máquinas de Fluxo) Máquinas de Deslocamento Positivo AULA 03: CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE FLUIDO Máquinas de fluxo Classificação das máquinas de fluido Máquina de Fluido (fluid machinery) é o equipamento que promove a troca de energia entre um sistema mecânico e um fluido, transformando energia mecânica (trabalho) em energia de fluido ou energia de fluido em energia mecânica. Máquinas de fluido são divididas em dois grupos: • Máquinas de deslocamento positivo (fluido fica confinado em uma câmara); • Máquinas de fluxo ou turbomáquinas (fluxo continuo através da máquina). Máquinas de Fluido Turbomáquinas (Máquinas de Fluxo) Máquinas de Deslocamento Positivo AULA 03: CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE FLUIDO Máquinas de fluxo Classificação das máquinas de fluido • Máquinas de fluxo e de Deslocamento Positivo são divididas em duas classes: Máquinas Hidráulicas e Máquinas Térmicas; • Nas máquinas hidráulicas, o processo ocorre com variação sensível da massa específica do fluido de trabalho (esc. incompressível); • Nas máquinas térmicas, o fluido varia significativamente sua massa específica durante o processo de troca de energia (ex.: compressores, turbinas a gás, turbinas a vapor) (esc. compressível). Máquinas de Fluido Turbomáquinas (Máquinas de Fluxo) Máquinas de Deslocamento Positivo Máquinas Hidráulicas Máquinas Térmicas Máquinas Hidráulicas Máquinas Térmicas AULA 03: CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE FLUIDO Máquinas de fluxo Classificação das máquinas de fluido AULA 03: CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE FLUIDO Máquinas de fluxo Classificação das máquinas de fluido As máquinas de fluido podem ser classificadas quanto: • ao sentido da transmissão de energia; • ao tipo de energia envolvido no processo; • à direção do escoamento do fluido; • à forma dos canais entre as pás do rotor; • ao número de entradas para aspiração (sucção); • ao número de rotores; • ao posicionamento do eixo; • ao tipo de rotor. AULA 03: CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE FLUIDO Máquinas de fluxo Geradora (geratriz): A máquina transforma energia mecânica em energia de fluido (ex.: bombas e ventiladores). Classificação das máquinas de fluido a) Quanto ao sentido da transmissão de energia Motora (operatriz): A máquina transforma energia de fluido em energia mecânica (ex.: turbina, gerador eólico, moinho de vento e rodas d’água). AULA 03: CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE FLUIDO Máquinas de fluxo Máquinas de deslocamento positivo: quantidade fixa de fluido de trabalho é confinada durante passagem através da máquina. A energia transferida nestas máquinas é substancialmente de pressão, sendo muito pequena a energia cinética transferida, podendo ser desprezada. Podem ser máquinas rotativas (rotary machines) como a bomba de engrenagens, e alternativas (reciprocating machines) como o compressor de pistão. Classificação das máquinas de fluido b) Quanto ao tipo de energia envolvido no processo Máquinas de Fluxo ou Turbomáquinas (turbomachinery): ou máquinas dinâmicas, o fluido continuamente escoando através da máquina. Nestas máquinas, o escoamento do fluido é orientado por meio de lâminas ou aletas solidárias a um elemento rotativo (rotor). A energia transferida é substancialmente cinética, através da variação da velocidade do fluido entre as pás, desde a entrada até a saída do rotor, a baixa pressão ou baixos diferenciais de pressão. Como exemplo, podem ser citadas as turbinas hidráulicas e os ventiladores centrífugos. AULA 03: CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE FLUIDO Máquinas de fluxo • Axiais: escoamento predominante na direção do eixo. O fluido entra e sai do rotor na direção axial. Recalca grandes vazões em pequenas alturas. A força predominante é de sustentação. • Radiais: escoamento predominante na direção radial. O fluido entra no rotor na direção axial e sai na direção radial. Tem como característica o recalque de pequenas vazões a grandes alturas. Sua força predominante é a centrífuga. • Mista ou diagonal: escoamento predominantemente na direção diagonal, parte axial e parte radial • Tangencial: escoamento tangente ao rotor. Classificação das máquinas de fluido c) Quanto à direção do escoamento do fluido AULA 03: CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE FLUIDO Máquinas de fluxo Máquinas de Ação (ou de impulsão): nesta máquina, toda energia do fluido é transformada em energia cinética antes da transformação em trabalho. A pressão do fluido, ao atravessar o rotor, permanece constante. Um exemplo são as turbinas Pelton, onde um ou mais bocais (separados do rotor), aceleram o fluido resultando em jatos livres (a pressão atmosférica) de alta velocidade, que transferem movimento para o rotor, que gira mesmo sem estar cheio de fluido. • Turbomáquinas de ação (motoras): turbinas Pelton (tangencial) e Michell (duplo efeito radial); • Turbomáquinas de ação (geradoras): sem aplicação Classificação das máquinas de fluido d) Quanto à forma dos canais entre as pás do rotor AULA 03: CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE FLUIDO Máquinas de fluxo Máquinas de Reação: nesta máquina, tanto a energia cinética quanto a de pressão são transformadas em trabalho mecânico e vice‐versa. Parte da energia do fluido é transformada em energia cinética antes da entrada do rotor, durante sua passagem por perfis ajustáveis (distribuidor), e o restante da transformação ocorre no próprio rotor. A pressão do fluido varia ao atravessar o rotor, que fica preenchido pelo líquido. • Turbomáquinas de reação (motoras): turbinas Francis (radial ou diagonal), Kaplan e Hélice (axiais); • Turbomáquinas de reação (geradoras): bombas e ventiladores (radiais, diagonais e axiais). Classificação das máquinas de fluido d) Quanto à forma dos canais entre as pás do rotor Schwamkrug-Turbine, Ganz & Co. AG, Budapest, 1890. Deutsches Museum AULA 03: CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE FLUIDO Máquinas de fluxo • Sucção Simples (entrada unilateral): há somente uma boca de sucção para entrada do fluido; • Dupla Sucção: fluido entra por duas bocas de sucção paralelamente ao eixo de rotação. Como se fossem dois rotores simples montados em paralelo. Tem como vantagem a possibilidade de proporcionar equilíbrio dos empuxos axiais, que melhora o rendimento da bomba, eliminando a necessidade de rolamentode grandes dimensões para suporte axial sobre o eixo. Classificação das máquinas de fluido e) Quanto ao número de entradas para aspiração (sucção) f) Quanto ao número de rotores • Simples estágio: bomba com um único rotor dentro da carcaça; • Múltiplo estágio: a bomba tem dois ou mais rotores associados em série dentro da carcaça. Permite a elevação do líquido a grandes alturas manométricas (>100 [mca]), sendo o rotor radial o indicado para esta aplicação. AULA 03: CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE FLUIDO Máquinas de fluxo • Eixo horizontal: é a forma construtiva mais comum; • Eixo vertical: Usada, por exemplo, para extração de água de poços. Classificação das máquinas de fluido g) Quanto ao posicionamento do eixo h) Quanto ao tipo de rotor Fechado: apresenta um disco e uma coroa circular onde se fixam as pás. o líquido entra pela abertura da coroa. Semiaberto: caracteriza- se pela existencia de apenas um disco onde se fixam as pás do rotor; Aberto: não possui coroa circular. Usa-se para líquidos contendo pastas, lamas, areia, esgotos sanitários. AULA 03: CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE FLUIDO Máquinas de fluxo Saiba mais Animações de bombas hidraulicas em funcionamento • Para conhecer mais assista ao seguinte vídeo: Turbina hidráulica Schwamkrug. Disponível em: • <https://www.youtube.com/watch?v=Y RkNwIvgqpM>. Acesso em 30 maio 2017. AULA 04: MÁQUINAS TÉRMICAS Máquinas de fluxo MÁQUINAS DE FLUXO Aula 4: Máquinas térmicas AULA 04: MÁQUINAS TÉRMICAS Máquinas de fluxo 1. Máquinas térmicas; 2. Funcionamento de turbinas a gás; 3. Funcionamento de turbinas a vapor; 4. Compressores e ventiladores. Objetivos desta aula AULA 04: MÁQUINAS TÉRMICAS Máquinas de fluxo Máquinas térmicas Fonte: Adaptado de BRASIL, A.N. Máquinas termo hidráulicas de fluxo. Itaúna: Univ. de Itaúna, 2010. As máquinas de fluido podem ser classificadas em: • Máquinas de deslocamento positivo (fluido confinado na máquina) • Máquinas de fluxo ou turbomáquinas (fluxo contínuo através da máquina) As máquinas de fluxo são divididas em duas classes: • Nas hidráulicas, não ocorre variação sensível da massa específica do fluido de trabalho, e a hipótese de escoamento incompressível é razoável; • Nas térmicas, o fluido varia significativamente sua massa específica durante o processo de troca de energia. Escoamento é considerado compressível. AULA 04: MÁQUINAS TÉRMICAS Máquinas de fluxo Máquinas térmicas São os dispositivos que convertem energia térmica em energia mecânica. A figura apresenta uma instalação de potência a vapor, onde a caldeira recebe calor e produz vapor para alimentar um conjunto pistão-cilindro. Durante o processo de expansão do vapor dentro do cilindro, o êmbolo desloca-se para cima, disponibilizando energia sob forma de trabalho (W). Após a expansão, o fluido é conduzido ao condensador onde entregará calor à vizinhança, mudando da fase vapor para a fase líquida, quando será bombeado de volta à caldeira, reiniciando o ciclo termodinâmico. AULA 04: MÁQUINAS TÉRMICAS Máquinas de fluxo Funcionamento de turbinas a gás As turbinas utilizam os princípios da termodinâmica para converter algum tipo de energia em energia elétrica. Em geral, o mecanismo de transformação é o mesmo: uma hélice (ou pá) que gira uma turbina, podendo esta ser um motor ou um corpo com propriedades magnéticas. O termo turbina a gás é empregado em referência a um ciclo composto por: compressor, câmara de combustão e turbina. Esta configuração forma um ciclo termodinâmico a gás, cujo modelo ideal denomina-se Ciclo Brayton, concebido por George Brayton em 1870. AULA 04: MÁQUINAS TÉRMICAS Máquinas de fluxo Funcionamento de turbinas a gás O ciclo Brayton opera em um ciclo aberto, ou seja, o fluido de trabalho (ar) é admitido na pressão atmosférica e os gases de escape, após passarem pela turbina, são descarregados de volta na atmosfera sem que retornem à admissão. AULA 04: MÁQUINAS TÉRMICAS Máquinas de fluxo Funcionamento de turbinas a gás A figura apresenta um esquema de ciclo aberto de turbina a gás combinado com uma instalação de potência operando com turbina a vapor. O ar passa por um filtro e é conduzido à turbina a gás, onde será inicialmente comprimido e conduzido à camara de combustão, onde receberá calor da combustão. Em seguida, o ar, em altas pressão e temperatura, é expandido isoentropicamente, disponibilizando energia sob forma de trabalho (W). O ciclo é aberto e o ar é despejado na atmosfera, finalizando o ciclo. AULA 04: MÁQUINAS TÉRMICAS Máquinas de fluxo Funcionamento de turbinas a vapor Turbina a vapor é a máquina térmica que utiliza a energia do vapor sob forma de energia cinética para disponibilizar energia mecânica, sob forma de trabalho. Quando a turbina é acoplada a um gerador, se obtém a transformação da energia mecânica em energia elétrica. O Ciclo Rankine é termodinâmico reversível que converte calor em trabalho. O calor é fornecido por uma fonte externa para uma caldeira, e ao fluido de trabalho (água). AULA 04: MÁQUINAS TÉRMICAS Máquinas de fluxo Funcionamento de turbinas a vapor As instalações de turbina a vapor contém uma turbina a vapor, uma caldeira ou gerador de vapor, um condensador e uma bomba hidráulica e são representadas pelo ciclo Rankine. 1-2 bombeamento isoentrópico (na bomba); 2-3 fornecimento de calor isobárico (na caldeira); 3-4 expansão isoentrópica (na turbina a vapor); 4-1 condensação isobárica (no condensador). A figura apresenta um ciclo de turbina a vapor simples, mas podem também apresentar reaquecimento e regeneração. AULA 04: MÁQUINAS TÉRMICAS Máquinas de fluxo Funcionamento de turbinas a vapor A figura a seguir ilustra a utilização de turbinas a vapor para geração de energia em usinas nucleares. O calor liberado durante a reação nuclear é responsável pelo aquecimento da água nos geradores de vapor. O vapor prodizido aciona uma turbina, disponibilizando energia mecânica sob forma de trabalho W, que faz volver um gerador responsável por produzir a energia elétrica. Parte do vapor expandido na turbina se condensa, o restante do fluido de trabalho é levado ao condensador onde entregará calor à vizinhança, mudando da fase vapor para a fase líquida, quando será bombeado de volta aos geradores de vapor, reiniciando o ciclo termodinâmico. O ciclo representativo das instalações de turbina a vapor é o Rankine. AULA 04: MÁQUINAS TÉRMICAS Máquinas de fluxo Funcionamento de turbinas a gás AULA 04: MÁQUINAS TÉRMICAS Máquinas de fluxo Compressores e ventiladores Compressores são classificados pela vazão de gás aspirado e pela pressão na descarga. A Figura apresenta o domínio absoluto dos compressores centrífugos e axiais (máquinas de fluxo) para regiões de grandes vazões, principalmente em situações, como nos motores de avião, em que a relação requerida entre a potência de propulsão e o peso da máquina seja a maior possível e que apresente um formato favorável do ponto de vista aerodinâmico. Na Figura, procura-se mostrar a distinção entre os termos ventilador (fan) e compressor para denominar máquinas que trabalham com gás. AULA 04: MÁQUINAS TÉRMICAS Máquinas de fluxo Compressores e ventiladores Ventiladores, sopradores, compressores e bombas são encontrados em vários tamanhos e tipos, desde unidades residenciais a unidades industriais, complexas, de grande capacidade. Os requisitos de torque e potência para bombas e turboventiladores idealizados podem ser analisados pela aplicação do princípio do momento da quantidade de movimento, ou princípio da quantidade de movimento angular, usando-se um volume de controle adequado. AULA 04: MÁQUINAS TÉRMICAS Máquinas de fluxo Compressores e ventiladores Na gama das pequenas e médias vazões e elevadas relações de pressão entre descarga e admissão, os compressores alternativos de êmbolo ou pistão mantêm o seu predomínio, com avanços tecnológicos significativos e um consumo energético favorável. Compressores alternativos têm cedido espaço aos compressores de palhetas e de parafuso para as situações de médias vazões e pressões não tão elevadas. Quando se compara as áreas de aplicação das máquinas de fluxo com as das máquinas de êmbolo (deslocamento), observa-se uma grande superposição. Assim, para a compressão de gases são usados compressores de êmbolo e turbocompressores; para a elevação de água servem as bombas de êmbolo e as bombas rotativas. AULA 04: MÁQUINAS TÉRMICAS Máquinas de fluxo Saiba mais Animações de bombas hidráulicas em funcionamento • Para conhecer mais assista ao seguinte vídeos: Animação de turbina a gás. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2DGcgyhm w1U>. Acesso em 06 jun. 2017. Funcionamento de turbina de vapor. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=BwV1J4nI6 6U>. Acesso em 06 jun. 2017 AULA 05: EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Máquinas de fluxo MÁQUINAS DE FLUXO Aula 5: Equação da Continuidade AULA 05: EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Máquinas de fluxo 1. Relações de fluidodinâmica; 2. Equações da continuidade; 3. Forças exercidas por um fluido em escoamento permanente 4. Energia cedida por um fluido em escoamento permanente; 5. Queda hidráulica e altura de elevação; 6. Unidades de pressão, pressão absoluta e pressão relativa; 7. A influência do peso específico. Objetivos desta aula AULA 05: EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Máquinas de fluxo Relações de fluidodinâmica Conceitos de Estática dos Fluidos • O que é um fluido? • Definição de massa específica; • Princípio de Pascal, pressão e profundidade; • O conceito de empuxo e o Princípio de Arquimedes. AULA 05: EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Máquinas de fluxo Relações de fluidodinâmica • “Substância que se deforma continuamente quando sujeita à ação de uma força tangencial, por menor que ela seja”. (FOX e MacDONALD) • Exemplos de fluidos: ar, água, sangue, óleo, petróleo, gasolina, álcol, querosene, gases de combustão, pasta de dentes, mel, soluções, bolhas, gotas, gelatina, glicerina etc. AULA 05: EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Máquinas de fluxo Equações da continuidade Equação da Continuidade • Mostra a conservação da massa de fluido ao longo do escoamento; • Pela condição de escoamento em regime permanente, podemos afirmar que, entre duas seções, 1 e 2, a massa de fluido se conservará, sem acumular ou desaparecer. Assim... 1 1 2 2V A V A AULA 05: EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Máquinas de fluxo Forças exercidas por um fluido em escoamento permanente Equação da Quantidade de Movimento Da 2ª Lei de Newton, temos: du m F dt u u u f t Forcas atuantes: forças de corpo e de superfície; Forças de corpo dependem da massa. Exemplo: força gravitacional, eletromagnética etc.; Forças de superfície: viscosas e de pressão. AULA 05: EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Máquinas de fluxo Forças exercidas por um fluido em escoamento permanente Escoamento incompressível é isotérmico, onde a massa específica ou até mesmo o peso específico do fluido que escoa são mantidos constantes. Escoamento em regime permanente é aquele onde o tempo não entra como variável do estudo, portanto as propriedades de uma seção do escoamento não mudam com o passar do tempo. Na seção (e), que é considerada a seção de entrada da bomba, a suas propriedades são mantidas constantes e o nível zero (nível de captação) é considerado constante. AULA 05: EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Máquinas de fluxo Forças exercidas por um fluido em escoamento permanente Consideremos uma veia líquida em escoamento permanente vencendo certas resistências que podem ser passivas (atritos, turbilhonamentos etc.), ou outras, como as oferecidas pelo rotor de uma máquina motriz (turbina). Para um elemento limitado pelas faces planas ab e a'b' que formam com o plano normal à linha média um ângulo α, chamemos de: – o peso específico do líquido; p – a pressão unitária reinante na face ab; p + dp – a pressão unitária na face a'b'; h – a cota do centro de gravidade G do elemento, contada a partir de um plano tomado como referência; S – a área da seção ab que podemos admitir como igual à da seção a'b'; g – a aceleração da gravidade. AULA 05: EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Máquinas de fluxo Forças exercidas por um fluido em escoamento permanente AULA 05: EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Máquinas de fluxo Queda hidráulica e altura de elevação Na expressão abaixo, temos: g vp h g vp hH P T 22' 2 11 1 2 00 0 em que o 1º membro representa o trabalho realizado ou a energia cedida pela unidade de peso do líquido escoado ao longo do canal ou do dispositivo considerado. A grandeza convencionalmente designada por H é denominada queda hidráulica ou energia específica sempre que o líquido realiza o trabalho ou cede energia, e altura de elevação quando o líquido ganha energia ou sobre ele se executa um trabalho, como ocorre nas máquinas hidráulicas geratrizes (bombas). AULA 05: EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Máquinas de fluxo Unidades de pressão, pressão absoluta e pressão relativa As unidades de pressão mais utilizadas são as seguintes: 1 kgf . cm-2 = 104 kgf . m-2 = 1 atmosfera técnica (at) = 735,6 torr = 100 kPa = 10 m.c.a. (metros de coluna de água) = 32,85 pés de coluna de água = 14,22 psi (lb/in2) = 0,9678 atm = 9,81 N . cm-2 1 atmosfera normal (atm) = 10,332 m.c.a. = Hb = 760 mm de Hg (mercúrio) = 14,696 psi = 29,22 in Hg = 1,013 milibar = 1,033 kgf·. cm-2 = 101,325 kN . m-2 AULA 05: EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Máquinas de fluxo Unidades de pressão, pressão absoluta e pressão relativa Atmosfera local ou pressão barométrica local é aquela normal referida ao local. 1 Pascal = 1N . m-2 = 10-6 bar 1kPa (quilopascal) = 0,1 m.c.a., 1 m.c.a. = 10 kPa 1lb/pol. 2 = 1 psi = 0,7 m.c.a. = 7 x 10-2 kgf . cm-2 = 2,31 pés c.a. = 1441b/pé2 = 6.895 N . m-2 = 6.895 Pa = 51,71 mm de Hg = 0,068 atm 1 torr (Torricelli) = 1 mm de Hg = 0,001359 kgf . cm-2 = 0,01934 psi 1 bar = kgf.cm-2 x 0,98 = psi x 0,689 = 105 N.m-2 = 105 kg.m-1.s-2 = 14,504 psi = 105 N.m-2 1 m.c.a. = 1.000 mm.c.a. = 1.000 kgf.m-2 = 0,10 kgf.cm-2 = 1,422 psi Onde PSIA é a pressão absoluta, em libras por polegada quadrada, e PSIG é a pressão manométrica ou relativa em libras por polegada quadrada. AULA 05: EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Máquinas de fluxo A influência do Peso Específico Na Fig. ao lado representamos quatro colunas de líquidos diversos, produzindo todas uma pressão de 10 kgf . cm-2, acusada nos manômetros. As alturas de coluna líquida correspondentes aos vários líquidos variam com o peso específico. A instalação de bomba que acusasse no início do recalque p = 10 kgf·. cm-2, no manômetro, indicaria que o líquido chegaria a alturas diferentes, conforme seu peso específico. AULA 05: EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Máquinas de fluxo Saiba mais Animações de bombas hidráulicas em funcionamento • Para conhecer mais assista ao seguinte vídeo: Como Calcular a Perda de Carga AULA 06: PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS Máquinas de fluxo MÁQUINAS DE FLUXO Aula 6: Parâmetros característicos AULA 06: PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS Máquinas de fluxo 1. Definição das alturas de elevação; 2. Alturas estáticas, totais, úteis de elevação e motriz de elevação; 3. Cálculo de potências: motriz, de elevação e útil; 4. Cálculo do rendimento. Objetivos desta aula AULA 06: PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS Máquinas de fluxo Definição das alturas de elevação Alguns conceitos são importantes para o estudo de máquinas de fluxo, tais conceitos são relacionados às alturas de elevação. • Altura estática de sucção/aspiração (Hgeos); • Altura estática de recalque (Hgeor); • Altura estática de elevação ou altura geométrica (Hgeo); • Altura total de sucção ou altura manométrica de sucção (Hs); • Altura total de recalque ou altura manométrica de recalque (Hr); • Altura manométrica de elevação ou altura manométrica total (H)3 AULA 06: PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS Máquinas de fluxo Alturas estáticas, totais, úteis de elevação e motriz de elevação Alturas representam as energias envolvidas na operação das máquinas de fluxo e são expressas em alturas. Podem ser classificadas em: 1. Alturas estáticas ou desníveis a) Altura estática de sucção Hs: é a diferença de cota entre o centro da bomba e a altura de aspiração; b) Altura estática de recalque Hr: é a diferença de cota entre o centro da bomba e o nível onde o líquido é abandonado pela tubulação; c) Altura total de elevação: H0=Ha+Hr AULA 06: PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS Máquinas de fluxo Alturas estáticas, totais, úteis de elevação e motriz de elevação 2. Alturas totais ou dinâmicas: a) Altura total de aspiração (Ha): é a diferença entre as alturas representativas da pressão atmosférica local mais a perda de carga na aspiração (Ja ); b) Altura total de recalque (Hr): é a diferença entre as alturas representativas da pressão atmosférica local mais a perda de carga na aspiração (Jr ). 3. Alturas manométrica total: É a soma das alturas totais de aspiração e de recalque : H = Ha + Hr 𝐻𝑎 = ℎ𝑎 + 𝑉0𝑥 2 2𝑔 + 𝐽𝑎 𝐽′𝑟 = 𝑝3 𝛾 + 𝑖 + 𝑉3 2 2𝑔 − ℎ𝑟 + 𝐻𝑏 𝐻𝑟 = ℎ𝑟 + 𝐽 ′ 𝑟 − 𝑉3 2 2𝑔 𝐻 = ℎ𝑎 + ℎ𝑟 + 𝐽𝑎 + 𝐽𝑟 + 𝑉0 2 2𝑔 AULA 06: PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS Máquinas de fluxo Alturas estáticas, totais, úteis de elevação e motriz de elevação É a diferença de altura geométrica (cotas) entre o plano horizontal que passa pelo centro da bomba e o da superfície livre do reservatório de captação. Também conhecida por static suction head. Independe se o reservatório de sucção é pressurizado ou não. Altura estática de sucção/aspiração (Hgeos) AULA 06: PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS Máquinas de fluxo Alturas estáticas, totais, úteis de elevação e motriz de elevação É a diferença de altura geométrica entre os níveis onde o líquido é abandonado e o nível do centro da bomba. Também conhecida por static discharge head. Independe se o reservatório de descarga é pressurizado ou não. Hgeor= 𝑧4 Altura estática de recalque (Hgeor) AULA 06: PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS Máquinas de fluxo Alturas estáticas, totais, úteis de elevação e motriz de elevação É a diferença de altura entre os níveis dos reservatórios de sucção e de recalque. Também conhecida por altura topográfica. Se o tubo de descarga está posicionado acima do nível do reservatório de descarga, então o desnível deve referir-se à linha de centro do tubo de descarga. Sua unidade é o metro. Altura estática de elevação ou altura geométrica (Hgeo) Hgeo= 𝑧4− 𝑧1 Hgeo= Hgeor − Hgeos AULA 06: PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS Máquinas de fluxo Alturas estáticas, totais, úteis de elevação e motriz de elevação Altura total de sucção ou altura manométrica de sucção (Hs) É a quantidade de energia por unidade de peso existente no flange de sucção, no ponto 2 da Figura. Também conhecido por total suction head. Pode ser calculado pela energia no ponto de sucção (com a instalação em funcionamento) através da equação de Bernoulli. 𝐸 = 𝑝 𝛾 + 𝑉2 2𝑔 + 𝑧 E – energia total ou carga dinâmica [m] p – pressão [Pa] 𝛾 - peso específico [N.m-3] V – velocidade média na seção avaliada [m.s-1] z – altura [m] AULA 06: PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS Máquinas de fluxo Alturas estáticas, totais, úteis de elevação e motriz de elevação Altura total de recalque ou altura manométrica de recalque (Hr) Representa a energia por unidade de peso que o fluido deve ter ao deixar a bomba para que, partindo da saída da bomba, atinja a saída da tubulação de recalque ou a superfície livre, no reservatório superior, atendendo às condições de processo. Pode ser calculada considerando a medida da energia no flange de recalque da bomba (ponto 3). Com a instalação funcionando, são lidos os parâmetros necessários para sua determinação: 𝐻𝑟 = 𝑝𝑚3 𝛾 ± 𝑎3+ 𝑉3 2 2𝑔 + 𝑧3 AULA 06: PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS Máquinas de fluxo Alturas estáticas, totais, úteis de elevação e motriz de elevação Altura manométrica de elevação ou altura manométrica total (H)3 É a quantidade de energia, por unidade de peso, que deve ser absorvida pelo fluido que atravessa a bomba. Esta é a energia necessária para que o fluido vença o desnível da instalação (altura geométrica), a diferença de pressão entre os reservatórios e a resistência natural que as tubulações e os acessórios oferecem ao escoamento do fluido (perda de carga). Considerando que o escoamento vá de “1” para “4”: 𝐻 = 𝑝𝑚3 − 𝑝𝑚3 𝛾 ±𝑎3 − ±𝑎2 + 1 2𝑔 𝑉3 2 − 𝑉2 2 + 𝑧3+ 𝑧2 AULA 06: PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS Máquinas de fluxo Cálculo de potências e do rendimento Altura manométrica de elevação ou altura manométrica total (H)3 A potência é a grandeza mais importante em termos de custos envolvidos em uma instalação. Essa grandeza define a quantidade de energia por unidade de tempo consumida por máquinas geradoras (bombas e ventiladores). Durante o processo de transformação de energia elétrica em energia hidráulica, em uma máquina geradora, o motor elétrico entrega potência ao sistema (eixo), sendo que parte da potência é perdida como perdas mecânicas. A potência restante é entregue ao rotor, que transfere energia ao fluido, sendo parte perdida com perdas volumétricas e parte por perdas mecânicas no interior da bomba. Existem três principais potências: • Potência efetiva/eficaz (total); • Potência interna do rotor (Pi); • Potência hidráulica (Ph). AULA 06: PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS Máquinas de fluxo Cálculo de potências e do rendimento Altura manométrica de elevação ou altura manométrica total (H)3 Rendimento total: A potência efetiva relaciona-se com a potência hidráulica através do rendimento total da instalação, que é sempre menor que 1. Como é difícil a determinação das perdas, é usual adotar-se outra grandeza denominada rendimento total, a qual permite avaliar estas perdas. 𝜂t= 𝑃ℎ 𝑃𝑒𝑓 = 𝜂h 𝜂v 𝜂m AULA 06: PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS Máquinas de fluxo Saiba mais Animações de turbinas hidráulicas em funcionamento • Para conhecer todas as etapas de operação de uma bomba de vácuo NASH assista ao vídeo: Como funciona a bomba de vácuo NASH, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ANftYx oBcrY>. Acesso em 23 jun. 2017. AULA 07: PERDA DE CARGA EM TUBULAÇÃO Máquinas de fluxo MÁQUINAS DE FLUXO Aula 7: Perda de carga em tubulação AULA 07: PERDA DE CARGA EM TUBULAÇÃO Máquinas de fluxo Objetivos desta aula Unidade III – Perdas de carga 1. A influência da viscosidade dos fluidos e da rugosidade das tubulações; 2. Perda de carga em tubulações. AULA 07: PERDA DE CARGA EM TUBULAÇÃO Máquinas de fluxo A influência da viscosidade dos fluidos e da rugosidade das tubulações • A viscosidade [N.s/m2] é uma propriedade dos fluidos que influencia no comportamento dos escoamentos; • Em um fluido Newtoniano, τ= µ 𝜕𝑢 𝜕𝑦 ; • O coeficiente de proporcionalidade da equação representa a viscosidade do fluido. AULA 07: PERDA DE CARGA EM TUBULAÇÃO Máquinas de fluxo A influência da viscosidade dos fluidos e da rugosidade das tubulações • Sempre que houver escoamento haverá também tensões de cisalhamento devido à viscosidade do fluido. Contudo, como forma de simplificação, quando a influência da viscosidade sobre o escoamento for pouco importante em relação às forças de corpo ou de superfície, o fluido pode ser considerado como invíscido, ou seja, sem viscosidade; • Para identificar o tipo de escoamento, o parâmetro adimensional conhecido como número de Reynolds relaciona as seguintes propriedades do fluido: massa específica e viscosidade; geometria do tubo e velocidade média do escoamento; • O número de Reynolds para tubos circulares é Re = 𝜌𝑉𝐷 µ . AULA 07: PERDA DE CARGA EM TUBULAÇÃO Máquinas de fluxo A influência da viscosidade dos fluidos e da rugosidade das tubulações No escoamento de um fluido através de um tubo ou de um duto, o perfil de velocidade de escoamento na entrada do sistema é, normalmente, uniforme. À medida que o fluido avança na direção do escoamento, os efeitos da viscosidade são percebidos, há o surgimento de tensões de cisalhamento. Região de entrada e escoamento completamente desenvolvido: AULA 07: PERDA DE CARGA EM TUBULAÇÃO Máquinas de fluxo A influência da viscosidade dos fluidos e da rugosidade das tubulações Região de entrada e escoamento completamente desenvolvido: A velocidade da camada aderida à parede do tubo é zero e a velocidade do fluido cresce no sentido da direção do centro do tubo onde é máxima. O perfil de velocidade assume um perfil parabólico, a partir do qual se diz que o escoamento está completamente desenvolvido. A região onde o perfil de velocidade é variável é chamada de região de entrada. AULA 07: PERDA DE CARGA EM TUBULAÇÃO Máquinas de fluxo A influência da viscosidade dos fluidos e da rugosidade das tubulações Perdas de cargas normais: As perdas de cargas normais ocorrem em função do efeito viscoso do fluido em escoamento e dependem de fatores como a velocidade do escoamento, a geometria da tubulação (comprimento e diâmetro), a rugosidade da parede da tubulação e das propriedades de viscosidade e massa específica do fluido. Algebricamente, é possível contabilizar as perdas de cargas normais utilizando a equação de Darcy- Weisbach: = 𝑓 𝐿𝑉2 𝐷2𝑔 onde L [m] é o comprimento linear da tubulação, V [m/s] é a velocidade média do escoamento, D [m] é o diâmetro da tubulação, g [m/s2] é a aceleração da gravidade e f é o fator de atrito. AULA 07: PERDA DE CARGA EM TUBULAÇÃO Máquinas de fluxo A influência da viscosidade dos fluidos e da rugosidade das tubulações Perda de carga em escoamentos internos Na análise de escoamentos internos, em tubos ou dutos, é necessário determinar a perda de carga hL [m] que a tubulação impõe ao sistema fluido. Essa perda de carga é oriunda dos efeitos da viscosidade do fluido e pode ser determinada contabilizando-se os efeitos localizados hLOC [m] impostos por componentes como curvas, joelhos, válvulas ou outros componentes que estejam montados na tubulação e pelos efeitos viscosos normais impostos pela tubulação linear hN [m]. Assim, a perda de carga total do sistema será dada pela equação 𝐿 = 𝐿𝑂𝐶 + 𝑁 AULA 07: PERDA DE CARGA EM TUBULAÇÃO Máquinas de fluxo A influência da viscosidade dos fluidos e da rugosidade das tubulações Perda de carga em tubulações O fator de atrito é um parâmetro adimensional que depende do número de Reynolds e da rugosidade relativa. A rugosidade relativa é a relação entre a rugosidade aparente ε [m], que representa um fator característico da rugosidade da parede, e o diâmetro do tubo: Rugosidade Relativa = ɛ 𝐷 AULA 07: PERDA DE CARGA EM TUBULAÇÃO Máquinas de fluxo A influência da viscosidade dos fluidos e da rugosidade das tubulações Perda de carga em tubulações O fator de atrito é determinado através do diagrama de Moody, que fornece o fator de atrito (ordenada y da esquerda) a partir do número de Reynolds na abscissa (eixo x) e da rugosidade relativa (ordenada y da direita). Pelo diagrama da Figura, pode-se verificar que o fator de atrito para escoamentos laminares (Re < 2100) independe da rugosidade e pode ser dado diretamente por: f = 64/Re AULA 07: PERDA DE CARGA EM TUBULAÇÃO Máquinas de fluxo Saiba mais Animações de turbinas hidráulicas em funcionamento Para conhecer mais sobre perda de carga em tubulação, sugerimos os vídeos: Cálculo de perda de carga em tubulações - Ventilação Brasil – YouTube Conceito de perda de carga – YouTube AULA 08: PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS Máquinas de fluxo MÁQUINAS DE FLUXO Aula 8: Perdas de Carga Localizadas AULA 08: PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS Máquinas de fluxo Objetivos desta aula 1. Análise das fórmulas empíricas: de Flamant, de Strickler, de Williams-Hazen, Fair-Whipple- Hsiao; 2. Cálculo das perdas de carga. AULA 08: PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS Máquinas de fluxo Análise das fórmulas empíricas A perda de carga é uma função complexa de diversos elementos, tais como: • Rugosidade do conduto; • Viscosidade e densidade do líquido; • Velocidade de escoamento; • Grau de turbulência do movimento; • Comprimento percorrido. Perda de Carga em condutos Com o objetivo de possibilitar a obtenção de expressões matemáticas que permitam prever as perdas de carga nos condutos , elas são classificadas em: “Contínuas ou distribuídas” e “Localizadas ou singulares” AULA 08: PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS Máquinas de fluxo Análise das fórmulas empíricas Perda de Carga Localizada Ocorre em trechos singulares dos condutos tais como: junções, derivações, curvas, válvulas, entradas, saídas etc. As perdas de carga localizadas podem ser expressas em termos de energia cinética (V2/2g) do escoamento. Assim, a expressão geral: ∆ = k 𝑉2 2𝑔 Onde: k é o coeficiente de perda de carga singular, cujo valor é determinado experimentalmente. AULA 08: PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS Máquinas de fluxo Análise das fórmulas empíricas Existem inúmeras fórmulas para o cálculo da perda de carga em tubulações, dentre elas destaca-se a equação de Darcy-Weisbach, denominada de Equação Universal para o cálculo de perda de carga. Em que: hf - Perda de carga (m.c.a.); f - Coeficiente de atrito (adimensional); D - Diâmetro Interno (m); Q - Vazão (m³ s-1); e, L - Comprimento da tubulação (m). 𝑓 = 0,0826 . f . Q2 D5 .L AULA 08: PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS Máquinas de fluxo Análise das fórmulas empíricas O coeficiente de atrito (f) da equação de Darcy-Weisbach pode ser obtido pela equação proposta por Swamee: em que: f - Coeficiente de Atrito (adimensional); Re - Número de Reynolds, onde Re = vD/γ v - Velocidade do fluido (m s-1); D - Diâmetro Interno (m); γ - Viscosidade cinemática (m² s-1) f = 64 𝑅𝑒 8 + 9,5 ln 𝑒 3,7 D + 5,74 𝑅𝑒 − 2500 𝑅𝑒 6 −16 0,125 AULA 08: PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS Máquinas de fluxo Análise das fórmulas empíricas Equação de Flamant Atualmente, a fórmula de Flamant é utilizada quase que exclusivamente para o cálculo dos tubos de pequenos diâmetro (D<0,10 m), usados em instalações domiciliares de distribuição de água. onde hf - Perda de carga (m.c.a); b - Coeficiente de atrito (adimensional) v - Velocidade (m s-1); e, D - Diâmetro Interno (m); 𝑓 = 4b. v1,75. D1,25 AULA 08: PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS Máquinas de fluxo Análise das fórmulas empíricas Equação de Strickler A fórmula de Strickler é uma expressão do denominado coeficiente de Chézy, C, utilizado na fórmula de Chézy para o cálculo da velocidade da água em canais. A expressão mais comum da fórmula de Strickler é: onde: C = coeficiente de Manning, da fórmula de Chézy: R(h) = raio hidráulico (Relação entre seção transversal e o perímetro molhado), K = um parâmetro que depende da rugosidade da parede, V(h) = velocidade média da água, J = pendente da linha de energia. 𝐶 = k . R(h)1/6 V h = C 𝑅 . 𝐽 AULA 08: PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS Máquinas de fluxo Análise das fórmulas empíricas Equação de Williams-Hazen em que: hf - Perda de carga (m.c.a); Q - Vazão (m³ s-1); C - Coeficiente de atrito (adimensional); D - Diâmetro interno (m); e, L - Comprimento da tubulação (m). hf = 10,643. Q1,85. C−1,85. D−4,87. L AULA 08: PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS Máquinas de fluxo Análise das fórmulas empíricas Equação de Fair-Whipple-Hsiao em que: hf - Perda de carga (m.c.a); Q - Vazão (m³ s-1); D - Diâmetro Interno (m); L - Comprimento da tubulação (m). 𝑓 = 0,000874 . Q1,75 D4,75 .L AULA 08: PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS Máquinas de fluxo Saiba mais Vídeos de perdas de carga e potência de uma bomba Para conhecer mais sobre perdas de carga e potência de uma bomba sugerimos assistir aos vídeos, clicando no link abaixo: Fenomenos de transporte cálculo de perda de carga e potência da ... AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo MÁQUINAS DE FLUXO Aula 9: Análise de turbomáquinas AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Objetivos desta aula 1. Análise de turbomáquinas; 2. Projeção meridiana do rotor; 3. Triângulo de velocidades; 4. Diagrama de velocidade. AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Análise de turbomáquinas Análise de Turbomáquinas A abordagem para análise de máquinas de fluxo é escolhido com base na informação que está sendo investigada e nas variáveis de interesse. • Para determinar parâmetros como vazão, variação de pressão, torque e potência, deve ser usada uma análise de volume de controle finito; • Para informações a respeito de ângulos de pás ou perfis de velocidade, o método dos elementos de pás individuais são mais indicados. A metodologia clássica utiliza abordagem de volume de controle, para obter o balanço da quantidade de movimento angular. AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Análise de turbomáquinas Quantidade de Movimento Angular Considere o movimento de uma partícula fluida no rotor de uma máquina de fluxo radial mostrada na Figura. A partícula entra no rotor com velocidade radial (i.e. sem componente tangencial) depois de ter sofrido a ação das pás do rotor, durante sua passagem da seção de entrada (1) para a de saída (2), a partícula sai do rotor com uma velocidade que apresente componentes na direção radial (r) e tangencial (t). AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Projeção meridiana do rotor Fundamentos: vetores e projeções • Considerações energéticas, diagrama das velocidades e equação fundamental • Possibilidades construtivas de pás do rotor • Grau de reação • A forma do canal do rotor e características do escoamento • Rotor com número finito de aletas • Cinemática do escoamento • Coeficiente do número de aletas • Curvas características. AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Projeção meridiana do rotor Fundamentos: vetores e projeções Vetores: Símbolos físico-matemáticos para representar uma grandeza física vetorial. Características dos vetores: • Módulo; • Direção; • Sentido. AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Projeção meridiana do rotor AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Triângulo de velocidades No projeto de máquinas de fluxo, as grandezas de interesse são: α – ângulo formado pelos vetores velocidades absoluta V, e circunferencial u; β – ângulo de inclinação das pás. Formado entre o vetor velocidade relativa W, com o prolongamento do vetor u; Wr e Vr – componentes radiais ou meridianas da velocidade relativa e absoluta; Wt e Vt – comp. tangenciais ou periféricas da velocidade relativa e absoluta. AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Triângulo de velocidades Enquanto o componente tangencial, de módulo Vt, está intimamente ligado à energia específica trocada entre o rotor e o fluido, o componente radial ou meridiana, de módulo Vr , está vinculado à vazão da máquina, por meio da equação da continuidade. Assim, Q = A . Vr onde: Q = vazão de fluido que passa pelo rotor, em [m3/s]; A = área de passagem do fluido, em [m2]; Vr = velocidade radial (meridiana), em [m/s]. Componente meridiana Vr da velocidade absoluta é perpendicular à área A. AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Triângulo de velocidades Para as máquinas radiais, a componente meridiana possui a direção radial, enquanto a área de passagem, desprezando a espessura das pás, corresponde à superfície lateral de um cilindro, ou seja: A = π D b Onde: A = área da seção de passagem do fluido, em [m2]; D = diâmetro da seção considerada, em [m] b = largura do rotor na seção considerada, em [m]. AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Diagrama de velocidade Esquema do diagrama das velocidades para uma partícula líquida • Rotor radial trabalhando como bomba. • Fluxo visto por um observador: • Move-se juntamente com o rotor; • Parado nas vizinhanças da máquina. • Velocidade absoluta: que uma partícula de fluxo tem com relação ao observador parado. • Velocidade relativa: vista pelo observador movendo-se com o rotor. AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Diagrama de velocidade Esquema do diagrama das velocidades em uma passagem do rotor de uma máquina de fluxo. A Figura mostra os diagramas de velocidade em uma passagem do rotor de uma máquina de fluxo. Observe que esta vista é de topo, ou seja, obtida radialmente e para o eixo do rotor. AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Diagrama de velocidade Onde: w= velocidade angular u= velocidade da pá do rotor (tangencial) r= distância radial medida a partir do eixo V= velocidade absoluta do fluido Vt= projeção do vetor velocidade absoluta V Vr = componente radial da velocidade abs W = velocidade relativa da corrente Alpha = ângulo entre vetores u e V Beta = ângulo entre vetores W e -u AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Saiba mais Animações de Teoria do Rotor Para reconhecer mais sobre o Teoria do Rotor sugerimos os vídeos: Vídeo-aula 26 - Bombas: parâmetros hidráulicos e dimensionamento AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo MÁQUINAS DE FLUXO Aula 10: Equação fundamental das turbobombas AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Objetivos desta aula 1. Equação das velocidades; 2. Equação fundamental das turbobombas. AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Equações das velocidades Movimento absoluto e relativo • A trajetória de uma partícula ou sistema de partículas através do rotor depende da posição do observador; • Para um observador movendo-se com o rotor, a trajetória da partícula acompanha o perfil da pá, resultando na trajetória relativa da partícula; • Para um observador fora do rotor, a trajetória da partícula é a trajetória absoluta, resultante da composição de dois movimentos: o movimento relativo dos canais do rotor e outro de rotação do rotor; • A velocidade tangente à trajetória relativa é denominada velocidade relativa, e a velocidade tangente à trajetória absoluta é a velocidade absoluta. AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Equações das velocidades A velocidade tangente à trajetória relativa é denominada velocidade relativa, e a velocidade tangente à trajetória absoluta é a velocidade absoluta. Movimento absoluto e relativo AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Equações das velocidades Na entrada da pá, para entrada "sem choque", a velocidade relativa W4 deverá ser tangente à pá, formando o ângulo β4 com a direção tangencial. Na saída, a velocidade relativa W5 é tangente à pá, formando o ângulo β5 com a direção tangencial. β4 e β5 são chamados ângulos construtivos. Representação das velocidades em rotor de bomba radial. Movimento absoluto e relativo AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Equações das velocidades Para qualquer tipo de rotor temos: C = Velocidade absoluta do escoamento no ponto; u = Velocidade tangencial do rotor no ponto; W = Velocidade relativa do escoamento no ponto; Cm = Componente meridional da velocidade absoluta, projeção da velocidade absoluta C sobre o plano meridional (normal às seções de entrada e saída do rotor); Cu = Componente tangencial da velocidade absoluta, projeção da velocidade absoluta C sobre a direção tangencial; α = Ângulo formado pela velocidade absoluta C e a velocidade tangencial u, também chamado ângulo do escoamento absoluto; β = Ângulo formado pela velocidade relativa W e a velocidade tangencial u, também chamado ângulo do escoamento relativo. Relações importantes AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Equações das velocidades • Para o rotor de uma turbina radial, como na figura, a vazão é estabelecida em função da área e da componente meridional, Cm, nas seções de entrada e de saída do rotor (número infinito de pás — escoamento perfeitamente guiado). Fig.: Triângulos de velocidade - Turbina Axial Relações importantes AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Equações das velocidades Fig.: Triângulos de velocidade - MHM Radial Relação entre vazão e a componente meridional, Cm, em máquinas radiais • Relação entre rotação e a componente tangencial, u, em máquinas radiais; • As componentes tangenciais u4 e u5 são calculadas conhecendo-se a rotação da rotor pelas equações (ω = rotação em *rd/s+) , no caso de máquinas radiais: u4 = ω.r4 e u5 = ω.r5; • Caso a rotação do rotor seja dada em RPM (rotações por minuto) deve-se realizar a transformação de unidades ω = π . n / 30 (n = rotação em [RPM]) AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Equações das velocidades Fig.: Triângulos de velocidade - MHM Radial Relação entre rotação e a componente tangencial, u, em máquinas axiais • Ao contrário das máquinas radiais que possuem dois diâmetros característicos das seções de entrada e saída, nas máquinas axiais é possível utilizar diâmetros desde o diâmetro interno, Di, até o diâmetro externo, De, para definição da componente tangencial u. • O diâmetro médio Dm = (De+Di)/2 , e as componentes tangenciais u4 e u5 são calculadas com a rotação da rotor: rm = Dm /2 e u4 = ω.rm e u5 = ω.rm AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Equações das velocidades Condições particulares na entrada de bombas e saída de turbinas • Na seção de saída de turbinas (e entrada de bombas) considera-se, para a condição de ponto de projeto de máximo rendimento, que o triângulo de velocidade é um triângulo retângulo, de modo que Cu5 = 0, o ângulo α5 = 900, e Cm5 = C5 (Cu4 = 0 , α4 = 900, e Cm4 = C4 para bombas e ventiladores); • Rotor radial de seção constante. Na máquina axial, as componentes Cm são necessariamente iguais e as componentes tangenciais, u, serão iguais ao considerarmos o mesmo diâmetro médio, Dm. Para rotores radiais as componentes Cm serão iguais caso as seções ao longo das pás forem de seções constante. AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Equações das velocidades Equação Fundamental para máquinas hidráulicas Hth∞ = 𝑊𝑚 𝑚𝑔 = 1 𝑔 (𝑢2𝑉𝑡2 − 𝑢1𝑉𝑡1) Hth∞ [m] - Altura teórica (energia teórica específica). Se, Hth∞ >0 => Máquina de fluxo operatriz "bomba", Se, Hth∞ <0 => Máquina de fluxo motriz "turbina". AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Equações das velocidades Equação Fundamental das Turbomáquinas As aletas do rotor impõem uma variação da quantidade de movimento angular do escoamento de líquido, que reage exercendo um torque sobre o rotor. O rotor gira à velocidade angular constante (rpm) -> potência disponível. T é o torque e é a velocidade angular do rotor (radiano/tempo), igual a (2πn) sendo n a rotação, número giros na unidade de tempo. AULA 09: TEORIA DO ROTOR Máquinas de fluxo Equações das velocidades Equação Fundamental das Turbomáquinas No desenvolvimento da Equação Fundamental, para as turbinas ou bombas, serão usadas "equações idealizadas", que não representarão os processos reais do escoamento do fluido (e da transferência de energia) através do rotor. AULA 11: INFLUÊNCIA FORMA DA PÁ Máquinas de fluxo MÁQUINAS DE FLUXO Aula 11: Influência forma da pá AULA 11: INFLUÊNCIA FORMA DA PÁ Máquinas de fluxo Objetivos desta aula 1. Influência forma da pá sobre altura de elevação 1.1 Número finito de pás com espessura "s" constante; 1.2 Escoamento real com número finito de pás; 1.3 Perdas por choque; 1.4 Aproximação para trabalho específico nas pás. AULA 11: INFLUÊNCIA FORMA DA PÁ Máquinas de fluxo Influência forma da pá • A espessura "s" das pás provoca um estrangulamento do fluxo na entrada do rotor e uma expansão na saída, alterando a componente Cm dos triângulos de velocidade na entrada e na saída. • A variação de Cm, em função da espessura na entrada e na saída da máquina, é calculada com o comprimento entre dois pontos equivalentes de duas pás, para a entrada e saída, respectivamente: A figura mostra uma MHG radial com espessura de pá constante "s". 𝑡4 = 𝜋𝐷4 𝑧 𝑡5 = 𝜋𝐷5 𝑧 onde z é o número de pás. AULA 11: INFLUÊNCIA FORMA DA PÁ Máquinas de fluxo Influência forma da pá Entrada (sucção da bomba) Sendo a vazão igual na seção 3 imediatamente antes da seção 4, temos: Q = Cm3A3 = Cm4A 4 A área A3 será maior que A4 por um fator de estrangulamento f3, menor que 1: A 4 = A3.f3 O fator de estrangulamento dependerá do diâmetro D4 , da espessura S4, do número de pás z, e do ângulo construtivo β4. A variável St4 é espessura da pá na direção perpendicular ao escoamento: 𝑆𝑡4 = 𝑆4 sin 𝛽4 Consequentemente, Cm3 = Cm4f3 (Cm4 > Cm3). AULA 11: INFLUÊNCIA FORMA DA PÁ Máquinas de fluxo Influência forma da pá Saída (pressão da bomba) Sendo a vazão igual na seção 6 imediatamente após a seção 5, temos: Q = Cm5A 5 = Cm6A 6 A área A6 será maior que A5 de um fator de estrangulamento f6 , menor que 1: A5 = A6.f6 O fator de estrangulamento dependerá do diâmetro D5 , da espessura S5 , do número de pás z, e do ângulo construtivo β5. A variável St5 é espessura da pá na direção perpendicular ao escoamento: Consequentemente, Cm6 = Cm5f6 (Cm5 > Cm6). 𝑆5 = 𝑆5 sin 𝛽5 AULA 11: INFLUÊNCIA FORMA DA PÁ Máquinas de fluxo Influência forma da pá Saída (pressão da bomba) A figura mostra os triângulos de velocidade levando-se em conta o efeito da espessura das pás na entrada e na saída de uma MHG. Figura — Efeito na espessura sobre os triângulos de velocidade (MHG) AULA 11: INFLUÊNCIA FORMA DA PÁ Máquinas de fluxo Influência forma da pá Escoamento real com número finito de pás Ao considerarmos o escoamento real de máquinas hidráulicas com um número finito de pás, ocorrerão efeitos sobre o fluxo no rotor, além da aceleração devido à espessura das pás, que modificarão a altura de queda disponível para uma máquina motora ou a altura de pressão ou diferença de pressão fornecida por uma máquina geradora. 1. O escoamento em máquina hidráulica motora (turbinas) é acelerado e 2. O escoamento em máquina hidráulica geradora (bombas e ventiladores) é desacelerado. AULA 11: INFLUÊNCIA FORMA DA PÁ Máquinas de fluxo Influência forma da pá Escoamento real com número finito de pás • Escoamentos desacelerados podem descolar a camada limite, devido gradiente de pressão adverso; • Escoamentos acelerados não apresentam descolamento da camada limite, sendo sua geometria caracterizada por injetores; • Para MHG (bombas e ventiladores), o trabalho específico fornecido ao fluido (ou altura de elevação no rotor vezes a aceleração da gravidade), considerando um número finito de pás será menor do que na condição de número infinito de pás, pois o escoamento não será guiado na saída e a componente real Cu6 será menor do que a componente teórica Cu5. AULA 11: INFLUÊNCIA FORMA DA PÁ Máquinas de fluxo Influência forma da pá Escoamento real com número finito de pás • Para MHM, o trabalho específico produzido (ou a altura de queda no rotor vezes a aceleração da gravidade), considerando número finito de pás pode ser considerado igual ao trabalho específico para número infinito de pás, pois o escoamento acelerado em turbinas permite direcionar o escoamento na saída; • Para MHG esta diferença pode ser avaliada por coeficientes empíricos que dependem da geometria do rotor, para o caso de bombas hidráulicas; • No caso de MHM, considera-se que somente por meio do uso de programas computacionais será possível calcular o escoamento mais próximo da realidade em uma turbina com número finitos de pás. AULA 11: INFLUÊNCIA FORMA DA PÁ Máquinas de fluxo Influência forma da pá Escoamento real com número finito de pás • Na análise do escoamento no rotor, não se considerou o efeito do atrito viscoso, utilizou-se somente o conceito de fluido ideal. Um dos efeitos da viscosidade do fluido é a formação de espaços ”mortos” na saída das pás, do lado de baixa pressão da pá, principalmente quando a máquina trabalha fora do ponto nominal. Este efeito altera os triângulos de velocidade na região após a saída do rotor. AULA 11: INFLUÊNCIA FORMA DA PÁ Máquinas de fluxo Influência forma da pá Perdas por Choque • Na análise de máquinas hidráulicas, as grandezas e os rendimentos são relativos ao ponto nominal, ou ponto de projeto, onde se consideram nulas as perdas por choque na entrada, que existem quando a máquina trabalha com grandezas diferentes das calculadas para o ponto de projeto; • Perdas por choque ocorrem no momento em que o escoamento, na entrada, possui direção diferente do ângulo construtivo β da pá. AULA 11: INFLUÊNCIA FORMA DA PÁ Máquinas de fluxo Influência forma da pá Perdas por Choque • A figura mostra uma grade construída com ângulo β4 com pás de espessura fina para se desconsiderar o efeito de estrangulamento no fluxo. AULA 11: INFLUÊNCIA FORMA DA PÁ Máquinas de fluxo Influência forma da pá Perdas por Choque • No caso de entrada sem choque β4 = β3 e W4 = W3, a perda por choque pode ser quantificada (na ausência de tratamentos mais complexos) pela equação: onde Ws é a diferença vetorial das velocidades W4 e W3 . O choque pode ser de aceleração ou de retardamento do fluxo, diferença percebida nos triângulos de velocidades para bombas (ou ventiladores) e turbinas de reação quando se altera rotação ou vazão. 𝑍𝑠𝑡 = 𝜑 𝑊𝑠 2 2 AULA 12: INTERDEPENDÊNCIA DAS GRANDEZAS Máquinas de fluxo MÁQUINAS DE FLUXO Aula 12: Interdependência das grandezas AULA 12: INTERDEPENDÊNCIA DAS GRANDEZAS Máquinas de fluxo Objetivos desta aula 1. Analogia das condições de funcionamento; 2. Similaridade hidrodinâmica; 3. Variação de parâmetros com a rotação e com a descarga; 4. Curvas de funcionamento. AULA 12: INTERDEPENDÊNCIA DAS GRANDEZAS Máquinas de fluxo Analogia das condições de funcionamento • Analogia das condições de funcionamento Condições requeridas quando se realizam ensaios em dois escoamentos são: • semelhança geométrica (proporcionalidade dimensional); • semelhança cinemática e dinâmica (proporcionalidade das linhas de corrente e proporcionalidade das pressões dinâmicas entre pontos correspondentes). Parâmetros adimensionais são utilizados para assegurar a semelhança dinâmica entre modelo e protótipo. Por exemplo, o número de Reynolds, Re, relaciona forças de inércia e forças viscosas. Outros números adimensionais importantes para avaliar a semelhança dinâmica são: o número de Mach, M e o número de Froude, F. AULA 12: INTERDEPENDÊNCIA DAS GRANDEZAS Máquinas de fluxo Similaridade hidrodinâmica • Analogia das condições de funcionamento máquinas hidráulicas • Na análise de semelhança de máquinas hidráulicas há dois tipos de aplicações: 1. a transposição das grandezas de funcionamento para uma máquina (protótipo) a partir de resultados experimentais obtidos em outra geometricamente semelhante (modelo); e 2. a aplicação de uma mesma máquina operando em condições de funcionamento diferentes, situação em que deseja-se conhecer as características operacionais nas condições alteradas a partir das características conhecidas. • Nas duas situações, há semelhança geométrica, porém devido a dimensões e velocidades diferentes, os valores de número de Reynolds, serão diferentes para as máquinas estabelecidas como modelo e protótipo. AULA 12: INTERDEPENDÊNCIA DAS GRANDEZAS Máquinas de fluxo Similaridade hidrodinâmica • Leis de Semelhança • Para estabelecer leis de semelhança entre grandezas de funcionamento de modelo e protótipo considera-se, além da semelhança geométrica, que existe proporcionalidade entre os triângulos de velocidade do modelo e do protótipo no ponto de funcionamento considerado. • A semelhança geométrica impõe que os ângulos construtivos sejam iguais: 𝛽4𝑀 = 𝛽4𝑃 e 𝛽5𝑀 = 𝛽5𝑃 e que exista uma relação de escala entre quaisquer dimensões do protótipo e do modelo. AULA 12: INTERDEPENDÊNCIA DAS GRANDEZAS Máquinas de fluxo Similaridade hidrodinâmica • Leis de Semelhança A semelhança cinemática impõe uma relação de proporcionalidade entre os triângulos de velocidade, que pode ser expressa na forma: 𝐶𝑢𝑃 𝐶𝑢𝑀 = 𝐶𝑚𝑃 𝐶𝑚𝑀 = 𝑢𝑃 𝑢𝑀 = µ 𝑛𝑃𝑢𝑃 µ 𝑛𝑀𝑢𝑀 = 𝑛𝑃𝐷𝑃 𝑛𝑀𝐷𝑀 Obs.: Para se obter leis de semelhança entre grandezas de máquinas semelhantes, utiliza-se a equação fundamental para cada uma das máquinas. Fig. Semelhança de triângulos entre modelo e protótipo AULA 12: INTERDEPENDÊNCIA DAS GRANDEZAS Máquinas de fluxo Variação de parâmetros com a rotação e com a descarga • Rotação específica Existem vários tipos de coeficientes chamados de rotação específica, e devido ao fato de que desde o século XIX existem máquinas hidráulicas, os pesquisadores e os fabricantes foram adotando estes coeficientes para definir os diversos tipos de máquinas hidráulicas. Rotação específica nS e nSt O número nS de uma turbina é numericamente igual à rotação de uma turbina semelhante que com uma queda de H=1 [m] sua potência de eixo seria P=1 [HP]. 𝑛𝑆 𝑛 = 𝐷 𝐷𝑆 = 1 𝐻 AULA 12: INTERDEPENDÊNCIA DAS GRANDEZAS Máquinas de fluxo Variação de parâmetros com a rotação e com a descarga 𝑃𝐻𝑃1/1 1 = 𝐷 𝐷𝑆 2 = 𝐻 1 3 Sendo DS o diâmetro da turbina com P=1 [HP]: Combinando as equações, temos: 𝑃𝐻𝑃1/1 𝑛2 𝑛𝑠 2 = 𝐻 𝐻 3 Assim, a rotação específica nS será: 𝑛𝑆 = 𝑛. 𝑃𝐻𝑃1/1 𝐻 𝐻 4 = 𝑛. 𝑃𝐻𝑃1/1 𝐻5 4 A rotação específica nSt utiliza o valor da potência máxima em [CV], logo nSt=nS , com n em [RPM] , P1/1 em [HP] e H em [m]. AULA 12: INTERDEPENDÊNCIA DAS GRANDEZAS Máquinas de fluxo Variação de parâmetros com a rotação e com a descarga Relação entre rotação específica e o tipo de máquina AULA 12: INTERDEPENDÊNCIA DAS GRANDEZAS Máquinas de fluxo Variação de parâmetros com a rotação e com a descarga Rotação específica - nqt , nq e nqA Fórmulas de rotação específica utilizam a vazão como parâmetro: com n em [RPM], Q em [m3/s] e H em [m] com n em [RPS] , Q em [m3/s] e H em [m] 𝑛𝑞𝐴 = 1000. 𝑛𝑞 com n em [RPS] , Q em [m3/s] e H em [m] Coeficientes de vazão e de pressão: φ = 4𝑄 𝜋 𝐷2𝑢 = 4𝑄 𝜋2𝐷3𝑛 e ψ = 2𝑌 𝑢2 = 2𝑔𝐻 𝜋2𝐷3𝑛 𝑛𝑞𝑡 = 𝑛. 𝑄 𝐻3 4 𝑛𝑞 = 𝑛. 𝑄 (𝑔𝐻3) 4 AULA 12: INTERDEPENDÊNCIA DAS GRANDEZAS Máquinas de fluxo Curvas de funcionamento • Bombas e ventiladores • Campo básico de funcionamento Para MHG, que normalmente não possuem sistema diretor (em construções
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