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contestação estagio supervisionado (1)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE LINDOS SONHOS
Autos nº....
Rodrigo Silva, brasileiro, prefeito do Município lindos sonhos, estado civil, portador da cédula de identidade R.G n°..., e do CPF nº..., residente e domicialdo na ..., CEP..., vem, respeitosamente, à presença de V.Exa., através de seu advogado infra-assinado, com endereço profissional no ...., onde recebe intimações e notificações, com fulcro no art. 17,§9º da Lei 8.429/92, apresentar a presente
CONTESTAÇÃO
À AÇÃO DE IMPROBIDADE
em face da ação que lhe move o Ministério Público nos autos da Ação de Improbidade Administrativa proposta, pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
DA TEMPESTIVIDADE
	O recurso é tempestivo visto que dentro do prazo de 15 dias contados da citação nos termos do artigo 17,§9º da Lei 8.429/92.
DOS FATOS
	Rodrigo Silva é prefeito do Município de Lindos Sonhos e possuia como secreta de finanças o Sr. Sérgio da Costa. Após investigação e inquérito civil realizado pelo Ministério Público, ficou apurado que o Sr. Sérgio Costa aumentou seu patrimônio em 200% durante o período em que trabalho no cargo, e que tal aumento patrimonial não era condizente com sua renda. No entanto Rodrigo Silva foi investigado e notou-se que seu patrimônio não sofreu alteração. O Ministério Público apurou em diversos depoimentos que o prefeito foi alertado diversas vezes sobre a conduta do seu secretário, mas alegava a todos que o mesmo tratava-se de um exemplo de honestidade e que os boatos eram infundados. O Ministério Público então encaminhou a denúncia a Vara Fazendária do Município, com as seguintes acusações: improbidade administrativa por parte de Sérgio Costa e Rodrigo Silva.
	Rodrigo Silva foi citado e entre as alegações está o pedido de suspensão dos direitos políticos e multa no valor de 100 vezes de eus vencimentos, visto que, sua conduta teria sido omissiva e negligente.
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Ausência de ato ímprobo 
	 A lei de improbidade administrativa nasceu com o intuito de proteger a moralidade e preservar a coisa pública, devendo combater exclusivamente o administrador público que atue com desonestidade.
	Alexandre de Moraes ao disciplinar sobre o tema, conceitua:
“A Lei de improbidade, portanto, não pune a mera ilegalidade, mas a conduta ilegal ou imoral do agente público e de todo aquele que o auxílie voltada para a corrupção. O ato de improbidade administrativa exige para a sua consumação um desvio de conduta do agente público que no exercício indevido de suas funções afasta-se dos padrões éticos morais da sociedade, pretendendo obter vantagens materiais indevidas ou gerar prejuízos ao patrimônio público mesmo que não obetenha sucesso em suas intenções...” (in constituição do brasil interpretada e legislação constitucional, São Paulo: Atlas, 2002, p.2611)
	Portanto, os fatos narrados na peça inicial estão longe de configurar um ato de improbidade, pois carecem de requisitos minímos previsto na tipificação legal.
Ausência de conduta culposa ou dolosa
	Na mesma investigação ficou constatado nenhuma alteração ilícita no patrimônio do prefeito Rodrigo Silva.
	Preceitua o artigo 11 da lei 8.429/1992
“Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições (...):”
	Notas-se no citado artigo, que para que seja caracterizado a conduta omissiva o comissiva aptada a subsumir a referida norma, é necessário que o agente aja com dolo ou no mínimo culpa para ser tipificado na norma legal.
	Entretanto, no caso em tela, não houve conduta dolosa e, nem sequer conduta culposa do agente público, que sempre agiu com honestidade, sendo esta, confirmada pela investigação feita pelo Ministério Público.
	Ocorre que, o Sr. Sérgio Costa sempre exerceu sua função de forma proba e honesta, tendo a confiança do prefeito Rodrigo Silva por sua prestatividade e responsabilidade no desempenho de sua função.
	Desta forma, não havia motivos para o réu levantasse qualquer tipo de suspeita em relação a honestidade do Sr. Sérgio Costa.
	Ademais, quanto às testemunhas que diziam que o Sr. Sérgio Costa fazia algum tipo de ato ilícito, nunca foram apresentado provas que pudessem comprovar de fato as suas alegações.
	O Senhor prefeito não possui autorização e, muito menos, meios de investigação que dispõe o Ministério Público, para que pudesse averiguar se as alegações eram ou não verídicas.
	Mas de qualquer forma, sempre foram feitas fiscalizações conforme doc. fls. Anexo aos autos, sempre com a intenção de impedir que atos ilícitos viessem a acontecer.
	Deste modo, não há como cogitar em ato de improbidade administrativa por parte do prefeito Rodrigo Silva e muito menos das penalidades do artigo 12, lll, a lei 8.429/1992 intentadas pelo Minitério Público.
Inexistência de dolo
	Não obstante a ausência de qualquer prejuízo ao erário público, não bastaria a simples evidência de que o ato administrativo pudesse desbordar da legalidade, é indispensável evidenciar a existência do dolo.
	Trata-se da necessária demonstração da evidência da má fé para incidência da Lei de Improbidade Administrativa, conforme doutrina de Maria Silva Zanella Di Pietro:
“Mesmo quando o ilegal seja pratica, é preciso verificar se houve culpa ou dolo, se houve um mínimo de má fé que revele realmente a presença de um comportamento desonesto.” (in Direito Administrativo, 12ª ed., p.675)
	Desta forma, mesmo que se demonstrasse compravada alguma irregularidade na contratação, o que não ensejaria a imediata responsabilização do agente público por improbidade administrativa, é crucial que seja evidenciada a existência de má fé.
	Veja, Excelência, que o Parquet não logrou demonstrar nem a má fé, nem o ânimo em lesar os cofres públicos supostamente praticados pelo demandado.
	Ainda que minimamente, tais pontos deveriam ter sido demonstrados à inicial, sem os quais torna-se incabível a presente ação. Repita-se: meras irregularidades não são consideradas atos de improbidade, conforme jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, vejamos:
AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – MUNICÍPIO DE CLARAVAL – ATO QUE CAUSA DANO AO ERÁRIO – NECESSIDADE DE PROVA DO PREJUÍZO – ATO LESIVO AOS PRINCÍPIOS DA ATIVIDADE ESTATAL – AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO DOLO – IMPROBIDADE NÃO CONFIGURADA – Para caracterização do ilícito regulado pelo art. 10 da Lei nº 8.429/92, é necessária a prova do elemento subjetivo, consubstanciado no dolo ou culpa, bem como do dano efetivamente sofrido pelo ente público. – Para configuração do ato ímprobo na forma do art. 11 do CPC/15, hão de estar presentes, concomitantemente, o elemento subjetivo (dolo) e a prova do desrespeito aos princípios regentes da Administração Pública. – Ainda que reconhecidad a irregularidade do ato pratica pelo apelado, realizado em desrespeito ao princípio da legalidade, não se caracteriza o ato de improbidade quando não demonstrada a presença do elemento subjetivo. (TJ-MG – AC: 10297130014071001 MG, Relator: Ana Paula Caixeta, Data de Julgamento: 14/11/0017, Câmaras Cíveis / 4ª CÂMARA CÍVEL, Data de publicação: 21/11/2017).
CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO – AÇÃO CIVIL PÚBLICA – IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – EXONERAÇÃO DE SERVIDOR – REPARAÇÃO DE DANOS – AUSÊNCIA DE MÁ-FÉ OU DESONESTIDADE DO AGENTE PÚBLICO – DEVER DE INDENIZAR INEXISTENTE. A improbidade administrativa por dano ao erário pressupõe para sua configuração ação ou omissão ilegal do agente público no exercício da função pública, derivada de má fé, desonestidade (dolosa ou culposa) causadora de lesão efetiva ao erário. A mera violação da legalidade por si só não caracteriza ato de improbidade não caracterizada. Pedido improcedente. Sentença mantida. Recurso desprovido. (TJ-SP 07019866820128260699 SP 0701986-68.2012.26.0699, Relator: Décio Notarangeli,Data do Julgamento: 26/07/2017, 9ª Câmara de Direito Público, Data da Públicação: 26/07/2017) 
	Nota-se, em toda inicial, não se verificou a existência do dolo, consistente na vontade livre e conciente de causar dano ao erário, ou enriquecimento ilícito de quer que seja, motivo pelo qual não se verifica ato de improbidade no caso relatado.
	Diante de todo o exposto, nos termos do art. 17 §8º da Lei nº 8.429/92, requer o recebimento desta constestação para o fim específico de, após analisadas as razões aqui dispostas, seja ação rejeitada e ao final declarada improcedente
DAS PROVAS
	Caso seja dada a continuidade à presente ação, o Contestante pretende instruir seus argumentos com as seguintes provas:
Depoimento pessoa do Requerido, para esclarecimento;
Ouvida de testemunhas, cujo rol será depositado em Cartório na devida oportunidade, caso não ocorra o julgamento antecipado da lide, com a acolhida das preliminares arguidas nesta contestação;
A juntada dos documentos em anexo, em especial o comprovante de fiscalização.
DOS PEDIDOS
	Diante de todo o exposto, em sede de CONTESTAÇÃO, requer:
O deferimento do pedido de Gratuidade de Justiça;
O acolhimento das presentes razões e consequente declaração de IMPROCEDÊNCIA DA DEMANDA;
A produção de todos os meios de provas em direito admitidos;
Seja ao final, o autor condenado ao pagamento de custas processuais e honorários de sucumbência.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data
Advogado/oab nº

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