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RESUMO DE CIÊNCIA POLÍTICA

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RESUMO DE CIÊNCIA POLÍTICA
1 – Poder
É a total possibilidade de impor uma idéia ou ação, cuja desobediência é inútil.
Relações de poder: Acontecem em espaços invisíveis (pessoa X pessoa, pessoa X Estado, Estado X Estado, etc); disputas de poder por áreas que não se pode ver/delimitar, seja ele poder econômico, poder social, poder político, poder religioso, poder militar, etc.
2 – Os Contratualistas
1 – Thomas Hobbes
2 – John Locke
3 – Jean-Jaques Rousseau
1 - Para Hobbes (1651), o homem viveu uma verdadeira guerra em seu “estado de natureza”. Em virtude da liberdade e da igualdade (onde cada indivíduo tem o direito a tudo), e em consequência também, da ausência de um estado regulador, surgiram assim inúmeros  conflitos, baseados na ideia de Guerra de todos contra todos (“O Homem é o lobo do homem”). Assim, Hobbes define que o direito natural é a liberdade que cada indivíduo possui para usar seu poder e sua força, de acordo com suas vontades. Para Hobbes, os homens no estado de natureza são todos iguais, até mesmo o mais forte não possui a garantia de poder sobre os demais. Possuem, ademais, a mesma inteligência, entretanto devido à vaidade humana (requisito comum a todos) cada indivíduo se sente e se considera mais inteligente que o seu semelhante. Para Hobbes, quando dois homens desejam a mesma coisa e esta não pode satisfazer a ambos, e como estes se sentem possuidores de inteligência e capacidade de possuí-la, tornar-se-ão inimigos e irão intentar de todas as formas, cada um a sua maneira, se sobressair em relação ao outro. No entanto, apesar do confronto entre iguais, um indivíduo nunca sabe o que seu semelhante está pensando ou planejando, o que gera insegurança e receio em relação a uma eventual tentativa de ataque. A liberdade do homem enquanto no estado de natureza gera guerras, conflitos e instabilidades ao passo que este se vê livre para fazer o que deseja visando a realização dos seus interesses particulares. Como solução possível para esse “caos” existente, Hobbes acredita em um contrato social, baseado na criação e no funcionamento de um governo, liderado por um soberano, isto é, um centralizador do poder. Os indivíduos sentem então a necessidade de um pacto social e para que este pacto se formule é necessário que todos abram mão de sua liberdade e dos direitos que possuíam no estado de natureza. O pacto social é formado para garantir paz e segurança aos indivíduos em troca da sua liberdade e direitos. Esse soberano tem o poder ilimitado e além de poder legislar sobre a vida e a morte dos indivíduos, têm como única obrigação: acabar com a guerra de todos contra todos. Além disso, ele é uma autoridade inquestionável, ou seja, nenhum individuo tem o direito de julgar (criticar) o soberano e nem tirar ele do poder, pois segundo o contrato, foram eles mesmos que o colocaram ali naquele posto. Cabe ao suserano garantir a paz e a segurança dos indivíduos e para que isto seja cumprido satisfatoriamente é necessário que seu poder seja total e ilimitado. Pois se fosse limitado haveria alguém para julgar se o suserano estava sendo justo ou injusto se tornando, este que julga, o possuidor do poder pleno. Hobbes não vê outra escolha, o poder deve ser absoluto e o suserano deve manter temerosos os súditos para que obedeçam ao seu poder máximo. Entretanto, quando o escolhido para governar deixa de cumprir o dever de proteger um determinado indivíduo este prejudicado não precisa mais lhe dever sujeição, contudo aos outros não é permitida a escolha de se rebelar, pois o suserano ainda os protege. Na verdade a não necessidade do cumprimento de sujeição é escolha do suserano, que não mais confia no súdito, destituindo dele a obrigação de sujeição. Para Hobbes o pior que se pode acontecer é um eventual retorno ao estado de natureza.
2 - A linha de pensamento de J. Locke (1689) é em sua estrutura, semelhante à de Hobbes. Em relação ao “estado de natureza”, Locke acredita que esse estado não se caracteriza como um período histórico, mas sim uma situação que decorre, independentemente do tempo.  Locke em “Segundo tratado sobre o governo civil” acredita que os homens no estado de natureza viviam em relativa harmonia e paz. O contrato social de Locke, diferentemente do de Hobbes, se baseia na questão da confiança. Para Locke, os indivíduos de uma comunidade escolhem um representante de confiança em prol do bem da população. Uma vez que esse pacto de confiança é estabelecido, cabe ao escolhido retribuir o poder à sua população, garantindo a segurança da comunidade; prevalecendo os direitos individuais de cada um; assegurando a segurança jurídica; e garantindo, principalmente, o direito da propriedade (não só a terra e imóveis, mas tudo o que o individuo acabou conquistando; diferentemente do contrato social hobbesiniano, que não garante o direito de propriedade aos seus indivíduos). A finalidade principal do contrato era proteger a propriedade privada e preservar os direitos que cada um possuía no estado de natureza. Este acordo, para Locke, levou os homens a unirem e estabelecerem livremente o que ele vai chamar de “contrato de consentimento” diferentemente do “contrato de submissão” denominado por Hobbes. Formado o estado civil através do contrato é necessária a escolha da forma de governo. A forma de governo é instituída por voto majoritário visando àquela que melhor se adéque às condições necessitadas pelos indivíduos. Escolhida a forma de governo, é necessário ter conhecimento sobre qual será o poder legislativo e o poder executivo e federativo, que serão subordinados ao primeiro. Entretanto, se o executivo e o legislativo violam a lei estabelecida e coloca a proteção da propriedade privada em risco, torna-se um governo tirânico. E a conseqüência desse poder tirânico é o retorno para o estado de guerra. O estado de guerra atribui aos cidadãos o direito de resistência, ou seja, o direito dos indivíduos se rebelarem por meio da força contra este estado civil. É a partir da questão da confiança no governador, que conseguimos estabelecer a principal diferença entre o contrato social hobbesiniano e o de Locke. No primeiro, os indivíduos não tem o direito de julgar seu soberano, pois foram eles que o escolheram para assumir tal poder (ilimitado). Já no contrato social de Locke, os súditos tem o direito de reclamar do governante, caso ele estiver abusando de seu poder e não estiver respeitando o desejo geral da população (Democracia Representativa). Eles podem chegar a tal ponto, de causar uma rebelião contra o representante, isso se a deposição do mesmo atender a vontade geral da comunidade.
3 - Já, Jean-Jacques Rousseau (1762) apresenta uma visão mais pessimista em relação à razão, pois segundo ele, ela é a causadora de todos os males humanos. De acordo com o francês, os homens nascem livres, iguais e bons (“estado de natureza”). Esse estado é apresentado como um momento de ampla felicidade, onde os seres humanos não tinham a preocupação de se sociabilizarem e não havia desigualdades. Porém, em um determinado momento, a sociedade acaba destruindo com a liberdade natural do individuo. Como Rousseau mesmo afirma: “O homem é bom por natureza. É a sociedade que o corrompe”. A partir daí então, torna-se necessário o estabelecimento de um contrato social que devolva ao indivíduo seu direito natural e a sua liberdade. No “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens” Rousseau diz que os homens no estado de natureza são amorais, não tem conhecimento do que é bom ou mau, entretanto não conseguem ver seu semelhante sofrer. Não fala como se deu o processo do estado da natureza para a sociedade civil, entretanto, afirma que o pacto social foi injusto, já que, iludidos pelo discurso de homens ambiciosos, homens grosseiros e inocentes perderam sua liberdade natural para a servidão. Ou seja, os indivíduos abriram mão da sua liberdade em troca do trabalho, da servidão e da miséria. Há na concepção de Rousseau uma relação de liberdade e obediência e, ademais, uma prevalência davontade geral sobre a particular. O corpo administrativo do Estado, seja qual for, deve ser um órgão limitado pelo povo soberano, deve ser submisso à população. Rousseau defende que este corpo administrativo tem que ser limitado, pois a vontade particular é um perigo para a população, visto que a vontade particular visa seus próprios interesses, logo a vontade geral tem de vigiar e combater esta. O poder não é centralizado em uma só pessoa, e sim destinado ao povo inteiro. Na concepção de Rousseau, os indivíduos firmam o pacto social para garantirem que a liberdade esteja assegurada na vontade do povo e não na vontade individual. Cada membro enquanto elemento ativo do estado social, ao obedecer às leis, obedece a si mesmo. Assim, Rousseau aponta em seu contrato social para uma Democracia Direta, onde a soberania é pertencente ao povo e não a um governante centralizador .
São notáveis as várias diferenças nas teorias dos três contratualistas. Ao passo que Hobbes acredita em um ser humano egoísta e competitivo por natureza, Locke crê que este só se torna cruel no momento em que há a violação dos seus bens. Já Rousseau pensa que o indivíduo é amoral, não suporta ver seu semelhante sofrer, entretanto perde sua inocência ao passo que se integra cada vez mais na sociedade. O contrato social também possui visões díspares, em Hobbes os homens entram em acordo para firmar o pacto visando garantir segurança e paz, abrindo mão de todos os seus direitos e liberdade. Locke acredita que o contrato é firmado para preservar os direitos naturais e a propriedade privada e Rousseau não vê o pacto social como uma saída eficaz, pois faz o homem perder sua liberdade e se tornar servo. Logo, este último propõe outro tipo de contrato que seria o ideal, também divergente do contrato de Hobbes e de Locke. Enquanto Rousseau não acredita em um retorno ao estado de natureza, Locke propõe que este se dá através do surgimento de um estado tirânico que coloca a preservação da propriedade privada em risco. Hobbes acredita ser inconcebível um retorno ao estado de natureza, já que, o súdito não tem o direito a se rebelar contra o suserano, contudo não descarta a possibilidade de isto acontecer.
3- Max Weber, Karl Marx e Émile Durkheim 
Para Émile Durkheim, a concepção de Estado estaria preocupada com a coesão social. O Estado deveria estar acima das organizações comunitárias. O Estado cumpriria uma função moral sem fins conceituais ou religiosos, à exemplo disso, teríamos a Educação Pública. E a intermediação entre governantes e os governados deveria ser feita por canais como jornais de imprensa livre. O Estado para Durkheim é a instituição da disciplina moral que vai orientar a conduta do homem.
Durkheim parte do princípio de que a sociedade capitalista é um corpo que às vezes fica doente, esse corpo, para funcionar bem, depende de que todas as suas partes estejam funcionando harmonicamente. A responsabilidade de desenvolver o funcionamento harmônico de todas as partes da sociedade cabe ao Estado. Se a sociedade é o corpo, o Estado é o seu cérebro, e por isso tem a função de organizar essa sociedade, reelaborando aspectos da consciência coletiva. 
Consciência Coletiva: formada pelas idéias comuns que estão presentes em todas as consciências individuais de uma sociedade (psíquico social) e que determinam nossa conduta. Formam a base para uma consciência de sociedade. Ela não vem de uma só pessoa ou grupo, mas está difusa (espalhada) em toda a sociedade, e, por isso, é exterior ao indivíduo. A consciência coletiva é o que a sociedade pensa. Age de forma coercitiva sobre o indivíduo, impõe as regras sociais. 
Solidariedade Mecânica: Nas sociedades anteriores ao capitalismo, isto é, nas sociedades tribais e feudal, a divisão do trabalho social era pouco desenvolvida, não havia um grande número de especializações das atividades sociais. Assim, as pessoas não se unem porque uma depende do trabalho da outra, a, sim, são unidas pela religião, tradição ou sentimento comum a todos. 
Solidariedade Orgânica: Aparece quando a divisão do trabalho social aumenta. O que torna as pessoas unidas é uma interdependências das funções sociais. Para Durkheim a solidariedade orgânica é superior à mecânica, pois ao se especializarem as funções a individualidade é ressaltada, permitindo maio liberdade de ação. 
Max Weber teve como objeto de pesquisa ou inspiração teórica a análise da estrutura política alemã. A concepção de Estado para Weber estaria relacionada ao controle do poder estatal por uma burocracia militar e civil. Para Weber o Estado é: "Uma relação de homens dominando homens, mediante violência considerada legítima". Para Weber há 3 formas de ação social: Tradicional, a Carismática e a Legal. 
Dois pontos são fundamentais na descrição do autor. Primeiramente, o monopólio estatal da violência legítima não significa que apenas o Estado fará uso da força, pois indivíduos e organizações civis poderão eventualmente fazer uso da violência física. Entretanto, apenas o Estado é autorizado pela sociedade para usá-la com legitimidade. Assim, organizações como a máfia italiana ou o crime organizado no Brasil são exemplos de grupos que fazem uso da força sem, todavia, terem o apoio do resto da sociedade para fazê-lo, de forma que a legitimidade do Estado não é questionada. Já, os grupos separatistas que fazem uso da violência para organizar revoluções de cunho político podem, eventualmente, colocar a legitimidade estatal em questão se obtiverem o apoio da maior parte da população.
Em segundo lugar, essa autorização social do uso da força ocorre porque os dominados aceitam obedecer a seus dominantes. Essa aceitação, por sua vez, tem três possíveis justificativas. Pode ocorrer devido a uma “autoridade do passado eterno, ou seja, dos costumes consagrados por meio de validade imemorial”, chamada de dominação tradicional. Outra possibilidade é que ocorra devido ao carisma de um líder (dominação carismática). E, como conhecemos nos Estados modernos, ocorre através da legalidade, ou seja, é “fundada na crença da validade legal e da competência funcional baseada em normas racionalmente definidas” (dominação legal).
Para Weber (1998), o Estado, assim como todos os agrupamentos políticos que o precederam, seria um aparato administrativo e político, uma estrutura de dominação.Sociologicamente, o Estado não pode ser definido senão especificamente pelo que lhe é peculiar: a coerção física empreendida sobre seus súditos – física e/ou psiquicamente. A violência, contudo,não é o único meio utilizado pelo Estado moderno, mas é seu instrumento específico e primordial,segundo o autor. O Estado seria, portanto, numa formulação mais simples, porém completa, do ponto de vista weberiano, “uma comunidade humana que dentro dos limites de um determinado território reivindica o monopólio do uso legítimo da violência”. É, portanto, além da coerção, o controle sobre o território. De outra forma, o Estado consiste na relação de dominação do homem sobre o homem, fundada no instrumento da violência legítima, ou pelo menos considerada legítima pela coletividade. 
Ele só existe, portanto, sob a condição de que homens dominados submetam-se continuamente à autoridade reivindicada pelos dominadores. Logo, como se disse acima, o Estado nada mais é do que uma estrutura burocrática de dominação.
Marx entendia o Estado Burguês como uma instituição a serviço da classe dominante, ou seja, a burguesia. O Estado gerado pelo modo de produção capitalista visa, na teoria de Marx, validar a exploração da mais-valia "legalmente" e manter a lei de propriedade privada. Para isso, conta com aparatos de diversos tipos, como a política, os tribunais e as forças da repressão, como o exército e as polícias. Portanto, tendo isso em mente, Marx quer dizer com o trecho que o Estado é uma instituição a serviço da burguesia, para manter, validar e proteger seus interesses, que nada mais são que o lucro, a propriedade e a exploração do trabalho assalariado.
No socialismo científico, de Karl Marxe F. Engels, o Estado tem papel fundamental na legitimação estrutural da sociedade. O Estado capitalista legitima a desigualdade social entre as classes, legitima também que somente a classe burguesa (dos empresários, comerciantes e donos de indústrias) tem influência sobre o Estado. No caso, a ideologia burguesa aspira destruir os resquícios feudais da Idade Moderna. Os burgueses almejam destruir o privilégio de classes que a nobreza e o clero (igreja católica) têm. Almejam também destronar o rei e instituir um governo democrático, onde há a divisão do mesmo em três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
 
Karl Marx dizia que os burgueses apenas queriam trocar de lugar com os nobres e membros do clero, que haviam explorado a sociedade medieval e moderna, ou seja, queriam trocar uma exploração por outra. Os burgueses, de agora em diante, explorariam e governariam despoticamente o povo, impondo a ele suas leis, pensamentos e ideologias. Karl Marx afirmava que o novo Estado capitalista que surgia era uma organização dos burgueses para explorar o povo e governá-lo. 
O Estado, argumentava Marx, sempre foi sustentado pelas classes mais atuantes economicamente, por aquelas classes sociais que detinham os meios de produção (indústrias, máquinas, barcos, matéria-prima). Quem possuía o poder econômico governava o povo. Na verdade, se impunha o pensamento das classes sociais mais abastadas e ricas (comerciantes, donos de terras, industriários). Eles governavam o povo.  O Estado, segundo Marx, sempre serviu para legitimar a sociedade de classes desiguais. Quem domina no plano econômico, domina no plano das ideias, dos pensamentos. Ou seja, quem fosse rico na época, tinha influência sobre as decisões que os políticos tomavam.
4 – Discurso Político
I) Legalidade VS. Legitimidade
Noção Histórica:
Há séculos eram sinônimos. Atualmente, no Estado Democrático de Direito, os termos são complementares; mas com significados diferentes.
Legalidade:
Todo poder estatal deverá atuar sempre de conformidade com as regras jurídicas vigentes. É a subjugação da autoridade às leis vigentes.
Legitimidade:
Adesão, aceitação popular mutável no tempo. É o exercício autorizado do poder pelo povo de um Estado que aceita ou que tolera as decisões dos representantes do poder.
II) Direito de resistência
1 – Revolução
2 – Golpe
3 – Reforma
4 – Desobediência Civil
O direito de resistência é aquele que toda nação tem de resistir à tirania, injustiça, mesmo que pautada na legalidade.
1 – Revolução: É quando ocorre uma radical ruptura com a ordem social; inverte toda a ordem política e social. Ex: Revolução Francesa, Revolução Russa, Revolução Maonistica (China), Revolução Cubana.
2 – Golpe: Mudança de chefe político sem ser previsto. Ex: Golpe de 64, implantação da República no Brasil.
3 – Reforma: A pessoa que está no poder começa a fazer modificações na estrutura política e social.
4- Desobediência Civil: O corpo social se rebela contra o poder instituído (ou legal), não se constituindo ainda num processo de revolução ou golpe. Ex: Black blocks. 
5 – Regimes Políticos
É o conjunto de princípios que vão nortear a relação entre o Estado e a sociedade. 
Absolutismo: Poder exercido sem limites; patrimonialismo.
Liberalismo: Poder limitado (Direitos Naturais e o Estado de Direito); individualista (o homem é um ser pensante, racional); capitalismo (forma de acumulação e distribuição da riqueza).
Socialismo: Estágio intermediário entre o capitalismo e o comunismo; Estado responsável por esta transição; extinção das classes sociais e da exploração do homem; sem propriedade privada; os meios de produção passam a ser de todos.
Anarquismo: Pregam o fim imediato de qualquer manifestação de poder (Estado, polícia, religião, propriedade privada); acreditam que o homem é bom, mas o liberalismo o distorce (teoria de Rousseau); união dos excluídos pelo liberalismo contra ele.
Totalitarismo: Estado como Senhor de tudo (Estado = Sociedade); sociedade é servida pelo indivíduo; fortalecimento do Estado, cada vez maior (expansão do Estado); nacionalismo incondicional (valoração do passado, de suas raízes); supremacia racial (Hitler); a mulher tem o papel de ter filhos perfeitos para servir ao Estado; sindicatos são a base da sociedade (fascismo).
Populismo: Movimento latino-americano, contra o Caudilhismo e o latifúndio; tem um líder carismático, legislação trabalhista; o uso maciço de propaganda; ausência de democracia,; nacionalista; valorização dos sindicatos.
Democracia: Princípios (tolerância, igualdade, Direitos Fundamentais, vida digna, etc), com três tipos: direta (não admite a representatividade; soberania popular); indireta (representativa; soberania nacional) e a semidireta (plebiscito, referendo e a iniciativa popular).
5 – Sufrágio universal
Sufrágio é o direito de votar e de ser votado; voto é a forma de exercer o direito ao sufrágio; e escrutínio é a forma como se pratica o voto, seu procedimento.
6 – Teoria do Estado
Elementos formadores do Estado:
O povo, que é o conjunto de pessoas submetidas à ordem jurídica estatal, que compreende o nacional residente e o que está fora dele.
Território é o elemento material, espacial ou físico do Estado. Compreende a superfície do solo que o Estado ocupa, seu mar territorial e o espaço aéreo (navio, aeronaves,embaixadas e consulados “fictos”).
Governo é a organização necessária ao exercício do poder político. Representação humana do Estado constituído por três funções típicas: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Soberania é o poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro de seu território a universalidade de suas decisões nos limites dos fins éticos de convivência. A soberania do Estado não reconhece poder igual, superior ou concorrente na ordem interna ou internacional. No Brasil a soberania popular é exercida por meio do sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos) (Art.1º c/14 CF).
O conceito de Estado é jurídico e o de Nação é sociológico. Nação é a sociedade natural de pessoas, dentro de um território ou não, com mesma origem, costumes, língua e comunhão de vida. Nação é a semente do Estado e a sociedade a união de indivíduos com objetivo comum.
O fim do Estado é assegurar a vida humana em sociedade. O Estado deve garantir a ordem interna, assegurar a soberania na ordem internacional elaborar as regras de conduta e distribuir a justiça.
POPULAÇÃO: conjunto de todos os habitantes de um dado território que com ele mantenham ou não vínculos políticos, além dos vínculos necessários a caracterização do Estado. População é termo estatístico e econômico, é o conjunto de todos os indivíduos submetidos em caráter permanente a uma determinada ordem jurídica. Aí estão não só os que votam e são votados, mas todos os indivíduos, (inclusive menores, incapazes e estrangeiros presentes em solo brasileiro permanentes) que, com seu trabalho, sua produção, suas manifestações, suas necessidades participam positivamente ou negativamente, da força do Estado. População é a condição de um pais quanto ao numero de habitantes, o grau de ocupação do lugar e, conseqüentemente o número total de pessoas que habitam um pais, uma cidade ou outra área, é portanto, o conjunto de habitantes. 
POVO: seria uma acepção jurídica, um conjunto de cidadãos que pode votar e ser votado. O povo representa a população de determinado Estado, parcela esta que se vincula por laços políticos e não só jurídicos como quanto aos indivíduos da população. 
A diferença entre Povo e População é relevante porque ao Povo é conferida a titulação de cidadania, de nacionalidade, em que há a liberdade de participação política nas obrigações do Estado com a possibilidade do individuo cidadão pode escolher, ou ser escolhido como governante do seu respectivo Estado. O que se percebe é que os habitantes de um Estado, componentes de sua população podem ser estrangeiros ou apátridas, enquanto que o cidadão, tem a nacionalidade que o Estado lhe confere e deve ser consideradocomo membro do povo em questão. 
Deve ser dito ainda que o Estado não engloba apenas a população fixa do seu território, mas todos os que estiverem tutelados como seus cidadãos ainda que estejam ou vivam fora da base territorial. Neste sentido, o elemento humano do Estado é sempre um Povo ainda que formado por diversas raças, com interesses, ideais e aspirações diferentes.
NAÇÃO: Nem sempre, porém, o elemento humano do Estado é uma Nação. Nação é um grupo de indivíduos que se sentem unidos pela origem comum, pelos interesses comuns e, principalmente, por ideais e aspirações comuns. Enquanto o Povo é uma entidade política e jurídica, Nação é uma entidade moral no sentido rigoroso da palavra. O conceito fundamental de Nação se exprime basicamente através da existência e, em consequência, da eventual soma de vínculos comuns entre os habitantes de uma determinada localidade, forjando a concepção de identidade nacional e, por efeito de nacionalidade. Nação é a comunidade forjada pela soma de um ou mais vínculos em comuns das mais variadas naturezas, tais como, os de índole racial, lingüística, religiosa entre outros, ainda que, pelo menos inicialmente possa preponderar os vínculos de natureza racial. 
Quando a população de um Estado não tem essa consciência comum de interesses e aspirações e está dividida por ódios de raças, de religião, por interesses econômicos e morais divergentes, e apenas sujeita a coação, ela é um Povo, mas não constitui uma Nação.
A Nação não tem significação jurídica, porém como realidade sociológica, em sentido psicossocial, é de inegável importância influindo sobre a organização e o funcionamento do Estado. O que se nota é que a Nação é, via de regra, o ultimo estágio de evolução de uma sociedade e também o pré-estágio do Estado como Nação politicamente organizada. Entretanto a formação do Estado não é uma consequência necessária, pois muitas vezes notamos que algumas Nações são impedidas de se constituir em Estado que por motivos territoriais, como a Palestina, quer por motivos de dominação por outras nações ou Estados. 
Assim, percebe-se a existência de Nações que nunca se tornaram Estado. Por outro lado, há Estados constituídos de varias Nações, com elementos bem característicos como costumes, língua comum e identidade sociológica. É o caso da Suíça, formada por três regiões denominadas cantões, habitados por pessoas de origem alemã, italiana e francesa. Dessa forma, embora se trate de uma única sociedade política, é ela constituída de pelo menos três nações diferentes que convivem pacificamente por centenas de anos. Outras vezes a Nação antecede ao Estado, é o caso, por exemplo, do Estado de Israel, onde o povo judeu, secularmente constituído em Nação só se estabilizou como Estado em 1948.  
Portanto Nação nada tem a ver com Estado, sendo porém que toda Nação aspira um dia a ser Estado.
7 – Formas de Estado
ESTADO UNITÁRIO
O Estado Simples ou Unitário, de que a França é exemplo clássico, constitui a forma típica do Estado propriamente dito, segundo a sua formulação histórica e doutrinária; O poder central é exercido sobre todo o território sem as limitações impostas por outra fonte do poder. Como se pode notar, é a unicidade do poder, seja na estrutura, seja no exercício do mando, o que bem caracteriza esse tipo de Estado.
 Darcy Azambuja disserta com clareza sobre o assunto: “O tipo puro do Estado Simples é aquele em que somente existe um Poder Legislativo, um Poder Executivo e um Poder Judiciário, todos centrais, com sede na Capital. Todas as autoridades executivas ou judiciárias que existem no território são delegações do Poder Central, tiram dele sua força; é ele que as nomeia e lhes fixa as atribuições. O Poder Legislativo de um Estado Simples é único, nenhum outro órgão existindo com atribuições de fazer leis nesta ou naquela parte do território”.
Pelo fato de apresentar a centralização política, o Estado Unitário só tem uma fonte de Poder, o que não impede a descentralização administrativa. Geralmente o Estado Simples, divide-se em departamentos e comunas que gozam de relativa autonomia em relação aos serviços de seus interesses, tudo, porém como uma delegação do Poder Central e não como poder originário ou de auto-organização.
 Muito bem diz Queiroz Lima ao assegurar que: ”O Estado Unitário é o Estado Padrão. A teoria clássica da soberania nacional foi concebida em referência a essa forma normal de Estado, e as características da soberania – unidade, indivisibilidade, imprescritibilidade e inalienabilidade – só ao Estado Unitário se aplicam integralmente.” 
 A Constituição de 1824 estabeleceu no Brasil o Estado Unitário, com o território dividido em Províncias. Estas, a princípio, não tinham qualquer autonomia. Como a centralização do poder era grande, com a magnitude do território veio a necessidade de certa descentralização política, o que se fez com o Ato Adicional de 1834. As Províncias passaram a ter assembléias legislativas próprias, continuando os seus presidentes a serem nomeados pelo Imperador. Com isso, o unitarismo brasileiro teve um aspecto semifederal.
ESTADO COMPOSTO
Na forma composta, o Estado é sempre um, ou pelo menos, assim se apresenta na vida internacional e também é formado por mais de um poder agindo sobre o mesmo território, de maneira harmoniosa.
São consideradas formas compostas de Estado:
as Uniões (pessoal, real e incorporada);
as Confederações;
 c) as Federações.
Obs: Além dessas, há outras formações políticas, como a Comunidade Britânica de Nações.
a) As Uniões: estas foram próprias do período monárquico, e, com o enfraquecimento deste, já não oferecem interesse. As uniões originaram-se das circunstâncias políticas e sociais então vigentes, e, desapareceram.
b) As Confederações: 
Formam mediante um Pacto entre Estados (Dieta) e não mediante uma Constituição;
é uma União permanente de Estados Soberanos que não perdem esse atributo;
têm uma assembléia constituída por representantes dos Estados que a compõe;
não se apresenta como um poder subordinante, pois, as decisões de tal órgão só são válidas quando ratificadas pelos Estados Confederados;
cada Estado permanece com sua própria soberania, o que outorga a Confederação um caráter de instabilidade devido ao Direito de Separação (secessão).
Além de uma assembléia representativa dos Estados, em que todos se assentam em condições de igualdade, há quase sempre um poder executivo comum, geralmente um coordenador militar, dado que o objetivo normal das Confederações é a defesa externa.
 Como a Confederação não possui um aparelho coativo capaz de impor as próprias decisões, o meio de que se utiliza para coibir os conflitos entre os Estados componentes é a organização de um sistema de arbitragem, cujos processos variavam imensamente. Em muitos casos, o membro rebelde da Confederação sofria numerosas represálias, como a pressão diplomática, o bloqueio militar, o boicote comercial, medidas que podiam chegar a alterações substanciais na vida interna do país excluído.
A mais importante das confederações foi a Suíça, que se iniciou com um tratado entre três Cantões, em 1291, tendo passado por várias mudanças, porém conseguindo subsistir, até que se estabeleceu a União Federal em 1848.
 ESTADO FEDERAL
É aquele que se divide em províncias politicamente autônomas, possuindo duas fontes paralelas de Direito Público, uma Nacional e outra Provincial.
Exemplos: Brasil, EUA, México, Argentina são estados federais.
CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO FEDERAL
O fato de se exercer harmônica e simultaneamente sobre o mesmo território e sobre as mesmas pessoas a ação pública de dois governos distintos (federal e estadual) é o que justamente caracteriza o Estado Federal.
Queiroz Lima: define o Estado Federal como um estado formado pela União de vários estados; "É um Estado de Estados".
Esta definição se ajusta a um conceito de Direito Público interno, o qual tem por objetivo o estudo das unidades estatais na sua estrutura intima. Devemos ressaltar que o Estado Federalse projeta como Unidade não como Pluralidade.
O Prof. Pinto Ferreira formulou a seguinte definição: "O Estado Federal é uma organização formada sob a base de uma repartição de competências entre o governo nacional e os governos Estaduais, de sorte que a União tenha supremacia sobre os Estados-Membros e estes sejam entidades dotadas de autonomia constitucional perante a mesma União".
A forma federativa moderna se estruturou sobre bases de uma experiência bem sucedida norte-americana e não sobre bases teóricas.
CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS
São características fundamentais do sistema federativo, segundo o modelo norte-americano:
a) 	Distribuição do poder do governo em dois planos harmônicos (federal e provincial). 
O governo federal exerce todos os poderes que expressamente lhe foram reservados na Constituição Federal, poderes esses que dizem respeito às relações internacionais da União ou aos interesses comuns das Unidades Federadas. Os Estados-Membros exercem todos os poderes que não foram expressa ou implicitamente reservados à União, e que não lhes foram vedados na Constituição Federal. Somente nos casos definidos de poderes concorrentes, prevalece o principio da. superioridade hierárquica do Governo Federal;
b) 	Sistema Judiciarista, consistente na maior amplitude e competência do poder judiciário, tendo esse, na sua cúpula, um Supremo Tribunal Federal, que é órgão de equilíbrio federativo e de segurança da Ordem Constitucional;
c)	Composição bicameral do Poder Legislativo, realizando-se a representação nacional na câmara dos deputados e a representação dos Estados-Membros do Senado Federal sendo esta última representação rigorosamente igualitária;
d)	Constância dos princípios fundamentais da Federação e da Republica, sob as garantias da imutabilidade desses princípios, da rigidez Constitucional e do instituto da Intervenção Federal.
O FEDERALISMO NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
A Constituição Norte-Americana de 1787 é o marco inicial do Moderno Federalismo.
As treze colônias que rejeitaram a dominação Britânica, em 1776, constituíram-se em outros tantos Estados livres.
Verificou-se que o governo resultante dessa união confederal, instável e precário não solucionava os problemas internos, notadamente os de ordem econômica e militar. As legislações conflitantes, as desconfianças internas, as rivalidades regionais, ocasionavam o enfraquecimento dos ideais nacionalistas e dificultavam sobremaneira o êxito da guerra de libertação.
PROBLEMA DA SOBERANIA
A Soberania é Nacional e a Nação é uma só. Logo o exercício do poder de soberania compete ao governo federal e não aos governos regionais.
A federação não resulta de uma simples relação contratual, a exemplo da Confederação. As Federações são unidades de divisões históricas, geográficas e político-administrativas de uma só Nação. Une-se pelo pacto federativo que expressa a vontade nacional que é permanente e indissolúvel. Nos E.U.A, a autonomia estadual é ampla, variam nos Estados-Membros Norte- Americanos quanto à forma unicameral ou bicameral.
FEDERALISMO BRASILEIRO
O Federalismo Brasileiro é diferente; e muito rígido, em um sistema de federalismo orgânico. O Brasil Império era um Estado juridicamente unitário, mas na realidade era dividido em províncias. Os primeiros sistemas administrativos adotados por Portugal, foram as Governadorias Gerais, as Feitorias, as Capitanias, rumos pelos quais a nação brasileira caminharia fatalmente para a forma federativa, e quando o centralismo artificial do primeiro Império procurou violentar essa realidade a nação forçou a abdicação de D. Pedro I, impondo a reforma da Carta Imperial de 1824. Contrariamente ao exemplo norte-americano, o federalismo brasileiro surgiu como resultado fatal de um movimento de origem natural - histórica e não artificial. Deve-se a queda do Império, mais ao ideal federativo do que ao ideal republicano. A Constituição de 1891 estruturou o federalismo brasileiro segundo o modelo norte-americano. Ajustou um sistema jurídico constitucional estrangeiro uma realidade completamente diversa.
O Brasil pelas suas próprias condições geográficas, tem vocação histórica para o federalismo. País de uma verdadeira imensidão territorial e a diversidade de suas condições naturais obriga naturalmente a uma descentralização que é à base do federalismo. Tratando-se de um dos maiores Estados do mundo, com território rico em recursos naturais e quase todos aproveitáveis, sem desertos nem geleiras. Há, assim uma vocação histórica do Brasil para o Estado Federal. O grande papel dos estadistas portugueses e da colônia foi manter a unidade territorial do país. As causas sociais da origem do federalismo brasileiro são, portanto visíveis. É a própria imensidão territorial obrigando a uma descentralização do governo, a fim de manter a pluralidade das condições regionais, tudo integrado na unidade nacional.
 
O ESTADO REGIONAL
O Estado regional também Chamado de geográfico designa para alguns autores os Estados Membros que têm certa autonomia própria em relação aos poderes que o regem (Legislativo, Executivo e Judiciário). Esta forma de Estado é Unitária e pouco descentralizada, pois este não elimina por completo a superioridade Política e Jurídica do Poder Central, mesmo possuindo uma Carta Política própria está submetido constitucionalmente ao Estado Unitário.
Para outros autores significa a união de Estados Federais onde a globalização os uniram para se beneficiarem de forma mútua, sendo assim uma espécie de Confederação especial como exemplo temos o MERCOSUL e atualmente a União Européia.
DIREITO COMUNITÁRIO
O Regionalismo se manifesta no Direito Internacional que possui poucas normas realmente universais. Ele é o resultado de uma comunhão de interesses, de contigüidade geográfica e de cultura semelhante. Para atender a tais interesses é que surgiram as organizações internacionais (e de âmbito regional. Elas visam atender aos problemas que são próprios destas áreas territoriais contíguas e comuns).
Karl Deutsch apresenta uma série de condições para o aparecimento do regionalismo e uma integração:
a) os países devem ter um código comum para se comunicar;
b) a velocidade dos contatos;
c) valores básicos compatíveis (moedas)
d) a previsibilidade do comportamento dos demais países;
e) uma elite que não se sinta ameaçada pela integração.
Petersman diz que existe em todos os continentes subdesenvolvidos uma tendência no sentido de uma integração regional refletindo o desenvolvimento de economia mundial de internacional para regional. Pode-se dizer que as organizações regionais podem ser criadas como uma técnica a serviço da hegemonia.
FEDERALISMO NO BRASIL 
Modelo Brasileiro - Foi a constituição norte-americana 1787;
Influenciado pela extensão territorial, diversidade de clima, diferenciação de grupos étnicos, ou seja, fatores naturais e sociológicos e pela descentralização política, esta forma composta de Estado (Federação) passou a ser imperativo inseparável da realidade social geográfica e histórica do povo brasileiro;
O FEDERALISMO OU O ESTADO FEDERAL POSSUI:
 
TERRITÓRIO PRÓPRIO - formado pelo conjunto dos Estados-Membros;
POPULAÇÃO PRÓPRIA - esta sujeita à organização do Estado Federal e dos Estados-Membros, tendo direitos e deveres frente a um e a outro;
SOBERANIA PROPRIA - não estendida aos Estados Membros.
8 – Formas de Governo
A monarquia consiste no regime de governo de uma só pessoa, no caso, o rei. A troca de poder monárquico pode ser feita de forma hereditária (quando morre o pai, assume o filho) ou por indicação (se o rei não tiver filhos, indica um parente mais próximo, como sucessor). Agregado à monarquia temos o parlamentarismo que consiste em uma assembléia eleita pelo povo, com poder legislativo. Um Estado pode adotar como regime os dois modelos agregados, como é o caso da Inglaterra, governada por uma monarquia parlamentar, em que o poder é dividido entre o Rei e o Primeiro-Ministro.
A república é o regime em que o governante é eleito pelo povo.Como no caso da monarquia, a república também pode ser associada a uma prática governamental: a república aristocrática, na qual o governo é de responsabilidade de grupos privilegiados; a república presidencialista, em que o presidente é eleito, ficando no cargo por tempo determinado (no Brasil, quatro anos) e tendo como característica a divisão do poder em administrativo, legislativo e executivo; e a república parlamentarista, em que o governante é eleito para o cargo de chefe de Estado, enquanto o parlamento escolhe o chefe de governo.
9 – Sistemas de governo
Sistema de Governo
Em ciência política, o sistema de governo é a maneira pela qual o poder político é dividido e exercido no âmbito de um Estado. O sistema de governo varia de acordo com o grau de separação dos poderes, indo desde a separação estrita entre os poderes legislativo e executivo (presidencialismo), de que é exemplo o sistema de governo dos Estados Unidos da América, até a dependência completa do governo junto ao legislativo (parlamentarismo), caso do sistema de governo do Reino Unido.
O sistema de governo adotado por um Estado não deve ser confundido com a sua forma de Estado (Estado unitário ou federal) ou com a sua forma de governo (monarquia, república etc.).
Monarquia Parlamentarista
Uma monarquia constitucional ou monarquia parlamentarista é um tipo de regime político que reconhece um monarca eleito ou hereditário como chefe do Estado, mas em que uma constituição (série de leis fundamentais) limita os poderes do monarca.
A chefia de Estado é exercida por um monarca; a chefia de Governo por um primeiro-ministro ou o presidente do Conselho de Ministros, a ele cabendo o verdadeiro encargo do Poder Executivo e a direção das políticas interna e externa do país, além da administração civil e militar, de acordo com as leis e a Constituição nacionais. Existe, também, um Poder moderador chefiado pelo Monarca.
As monarquias constitucionais modernas obedecem freqüentemente a um sistema de separação de poderes, e o monarca é o chefe (simbólico) do poder executivo.
República Parlamentarista
República parlamentarista é uma forma de governo republicano organizado sob um sistema parlamentarista de governo.
Em contraste a uma república presidencialista ou o chefe de Estado normalmente não tem amplas atribuições executivas, pois grande parte desses poderes é exercido pelo "chefe de Governo" (usualmente denominado primeiro-ministro).
Presidencialismo
O presidencialismo é um sistema de governo no qual o presidente da república é chefe de governo e chefe de Estado. Como chefe de Estado, é ele quem escolhe os chefes dos grandes departamentos ou ministérios. Juridicamente, o presidencialismo se caracteriza pela separação de poderes Legislativo, Judiciário e Executivo.
Parlamentarismo
Parlamentarismo é um sistema de governo em que o poder legislativo (parlamento) oferece a sustentação política (apoio direito ou indireto) para o poder executivo. Logo, o poder executivo necessita do poder do parlamento para ser formado e também para governar. No parlamentarismo, o poder executivo é, geralmente, exercido por um primeiro-ministro (chanceler). 
A vantagem do sistema parlamentarista sobre o presidencialista é que o primeiro é mais flexível. Em caso de crise política, por exemplo, o primeiro-ministro pode ser trocado com rapidez e o parlamento pode ser destituído. No caso do presidencialismo, o presidente cumpre seu mandato até o fim, mesmo havendo crises políticas.
O parlamentarismo pode se apresentar de duas formas. Na República Parlamentarista, o chefe de estado (com poder de governar)) é um presidente eleito pelo povo e nomeado pelo parlamento, por tempo determinado. Nas monarquias parlamentaristas, o chefe de governo é o monarca (rei), que assume de forma hereditária. Neste último caso, o chefe de estado (que governa de fato) é um primeiro-ministro, também chamado de chanceler.
O sistema parlamentarista tem origem na Inglaterra Medieval. No final do século XIII, nobres ingleses passaram a exigir maior participação política no governo, comandado por um monarca. Em 1295, o rei Eduardo I tornou oficiais as reuniões (assembléias) dos os representantes dos nobres. Era o berço do parlamentarismo inglês.
Países parlamentaristas na atualidade: Canadá, Inglaterra, Suécia, Itália, Alemanha, Portugal, Holanda, Noruega, Finlândia, Islândia, Bélgica, Armênia, Espanha, Japão, Austrália, Índia, Tailândia, República Popular da China, Grécia, Estônia, Egito, Israel, Polônia, Sérvia e Turquia.
Poder Legislativo
Poder Legislativo é aquele que tem num país a tarefa de legislar, ou seja, fazer as leis. No Brasil, o Poder Legislativo é composto pela Câmara dos Deputados e Senado Federal. 
Os estados brasileiros também possuem o Poder Legislativo (composto pelos deputados estaduais), assim como os municípios (composto pelos vereadores). Além de fazer as leis, cabe aos integrantes do Poder Legislativo aprovar ou rejeitar as leis propostas pelo Poder Executivo, fiscalizar, entre outras atribuições. 
No Brasil, os integrantes deste poder são eleitos pelo povo, através de eleições diretas.
Poder Executivo
O Poder Executivo tem a função de executar as leis já existentes e de implementar novas leis segundo a necessidade do Estado e do povo. Em um país presidencialista como o Brasil, o poder executivo é representado, a nível nacional, pelo Presidente. Já em países parlamentaristas, o poder fica dividido entre o primeiro-ministro, que chefia o governo, e o monarca, o qual geralmente é rei, e que assume a função de chefiar o estado, em algumas monarquias, o próprio monarca assume as duas funções.
O Pode executivo é organizado em três esferas, as quais são lideradas por um representante. A esfera federal, a qual é representada pelo Presidente da República; a esfera estadual, representada pelo Governador; e a esfera municipal que é representada pelo Prefeito. Em caso de algum impedimento, esses representantes são substituídos pelo vice-presidente ou os ministros de estado, vice-governador ou secretários de estado e vice-prefeito ou secretários municipais.
Congresso Nacional
O Congresso Nacional é o órgão constitucional que exerce, no âmbito federal, as funções legislativa e fiscalizatória do Estado Brasileiro, como funções típicas. Exerce, ainda, duas outras funções atípicas: administrar e julgar.
O Congresso Nacional é bicameral, sendo composto por duas casas: o Senado Federal e a Câmara dos Deputados. Isso ocorre em razão da forma de estado adotada pelo país: o federalismo. Assim, o Senado Federal representa os Estados-membros, e os seus integrantes são eleitos pelo sistema majoritário. A Câmara dos Deputados representa o povo, sendo os seus membros eleitos pelo sistema proporcional.
O Congresso reúne-se anualmente na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1 de agosto a 22 de dezembro. Até a Emenda Constitucional nº50 de fevereiro de 2006 (EC50/2006), o período era de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1 de agosto a 15 de dezembro (Regimento interno da Câmara dos Deputados).
Cada um desses períodos é chamado de período legislativo, sendo o ano conhecido como sessão legislativa ordinária. A legislatura é o período de quatro anos no qual o Congresso se reúne que coincide com o mandato de deputado federal. Quando o Congresso é reunido fora dos períodos legislativos é necessário ser feita uma convocação extraordinária, instalando-se a denominada sessão legislativa extraordinária.
O presidente do Congresso Nacional é o presidente do Senado Federal, já que o presidente da Câmara é o terceiro na sucessão presidencial.
Ditadura
Ditadura é o regime político em que o governante (ou grupo governante) não responde à lei, e/ou não tem legitimidade conferida pela escolha popular.
Podem existir regimes ditatoriais de líder único (como os regimes provenientes do Nazismo, do Fascismo e de alguns períodos da União Soviética) ou coletivos (como os vários regimes militares que ocorreram na América Latina durante o século XX e os demais períodosda história soviética).
Não se deve confundir ditadura, o oposto de democracia, com totalitarismo, o oposto de liberalismo. Diz-se que um governo é democrático quando é exercido com o consentimento dos governados, e ditatorial, caso contrário. Diz-se que um governo é totalitário quando exerce influência sobre amplos aspectos da vida dos governados (por exemplo, as regulamentações sobre o corte de cabelo da Coréia do Norte) e liberal, caso contrário.
Ocorre, porém, que frequentemente, regimes totalitários exibem características ditatoriais, e regimes ditatoriais, características totalitárias.
O estabelecimento de uma ditadura moderna normalmente se dá via um golpe de estado.

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