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Dermatoses Pápulo-pruriginosas (24/03) Lesão elevada menor que 1 cm que coça; Urticária: pápulas eritematosas e edematosas (extravasamento de líquido extracelular), transitória, dura menos de 24h, mas o quadro pode se arrastar. Liberação de histamina mediante estímulos (penicilina, por exemplo), que se ligam receptores do endotélio que se abre permitindo passagem de células e líquido para o extravascular; estímulo neurológico – prurido. Algumas substâncias como a morfina e seus derivados se ligam sem a mediação do IgE do mastócito. Imunológico – autoimune, alérgico (mediada por IgE). Não Imunológico – agentes liberadores diretos de histamina (opióides), AINH, AAS, IECA. Frequente, todas as idades; 40% dos casos cursam com angioedema; mais perceptível em regiões: periocular, lábios, genital. Aguda – duração menor que seis semanas; crônica – 4 a 7 vezes por semana por período maior que 6 semanas. Aguda: inicio abrupto, lesões disseminadas, crianças e adultos, pode ter sintomas gerais como febre, mal estar, inquietação; Mecanismos alérgicos e não alérgicos envolvidos; Desencadeantes: viroses, medicação (AINH, AAS, penicilinas, opióides, radiocontraste), vacinas e soros, alimentos (alérgico - nozes, crustáceos; não alérgico - peixe). Tratamento: investigação através de história** maior parte das vezes não é alérgica; verificação de angioedema, fazer escala rápida dos sintomas (adrenalina SC ou IM, anti-histamínicos ou corticoides EV) observação X internação; Anti-histamínico anti H1 oral não sedante primeira escolha por 4 semanas. Crônica: subtipos clínicos – dermografismo (aonde risca fica com urticária); colinérgica (pequenas manchas vermelhas no pescoço e colo, não pruriginosas, em jovens); de pressão tardia (compressão, até após 24h tem a lesão); de contato ao frio. Dermografismo – lesão em área de atrito firme, piora com escoriação, não apresentam angioedema, lesões duram 2h. Colinérgica – lesões pequenas, mais eritema que edema, face, pescoço e membros superior, desencadeada pós-banho e exercício. Tratamento: emergência X ambulatório; Emergência – verificar sinais de choque. Uso de adrenalina, máscara de O2, acesso venoso, fluidos, broncodilatadores, anti-histamínicos parenteral (prometazina) e corticoide EV. Ambulatório – aguda ou crônica; identificar o desencadeante; se tiver angioedema – solicitar fração do complemento C4 (angioedema hereditário); anti-histamínicos por semanas e retirada progressiva e dose pode variar chegando a até 4x mais. Estrófulo: reação de hipersensibilidade a picada de inseto (mais comum em crianças; Em adultos se chama Prurigo idiopático ou portador de HIV); resposta cutânea a picada do inseto, envolve mecanismos humorais – pápulas eritematosas com vesícula; compromete abdome e membros; prurido muito intenso, recorrente; infecção de lesões. Tratamento: anti-histamínicos orais, corticoides tópicos, evitar picadas – roupas e repelentes. Larva Migrans – “bicho geográfico”; ancilostoma caninum ou brasiliensis; confinadas à epiderme e migram; prurido intenso; Tratamento: albendazol 400mg dose única; ivermectina oral; tiabendazol tópico por 10 dias. Escabiose “sarna” – sarcoptes scabiei variante hominis (artrópodes fêmeas fazem o túnel no estrato córneo colocando os ovos). Pápulas possuem comunicações; comum nos interdígitos; imunodeprimidos – sarna crostosa; Tratamento – perimetrina loção 1-2 noites consecutivas repetindo uma semana; ivermectina oral; tratar contactantes; não tem resistência, mas sim reinfecção. Hidratantes pela manhã, anti-histamínicos para diminuir pruridos, cuidados com roupa. Pediculose humana “piolho” – lêndea = ovo, se adere ao cabelo e possui formato ovoide; variantes – pediculus humanus capitis, corporis e phtrus pubis (chato fitiríase); contato social X sexual. Tratamento: água com vinagre em partes iguais – molhar os cabelos e deixar por algumas horas; lavar com xampu de pemetrina*** por dois dias consecutivos e repete em uma semana; pente fino para remoção de lêndeas, tratar todos os contactantes; Ftiríase – tratamento: raspar pelos do pubis, cílios – vaselina, remoção. Tungíase “bicho do pé” – infestação pela tunga penetrans; canto da unha, vão do dedo, animais domésticos são reservatórios; Miíase Furunculóide: infestação por larvas de mosca; nódulo eritematoso, dor, orifício com movimento; dermatobia hominis; Tratamento – remoção. Miíase Cavitária: em férias ou cavidades naturais do organismo; pode dar no intestino também. Tratamento – remoção e debridamento do tecido necrótico. Leishmaniose (31/03) “Úlcera de Bauru”. Doença infecciosa não contagiosa que compromete apenas a pele e mucosas. Flebotomíneo é o vetor – Leishmania braziliensis. Reservatório – roedores silvestres, visceral – cachorro. Tegumentar (oriental, americana e difusa) X Visceral (calazar, infantil, americana, asiática). Brasiliensis – cutâneo-mucosa; amazonensis - cutânea difusa; chagasi – visceral. Lutzomya Intermedia – vetor. Incubação – 15 dias a 3 meses; Localização: mais comum em membros inferiores podendo aparecer em superiores. Botão do oriente – na face. Clínica: lesão pápula eritematosa (que persiste por semanas) evolui como nódulo ou placa pode ulcerar (95%) ou verrucosidade (resistência a doença – macrófago resiste ao parasite). Disseminação hematogênica compromete mucosas. Leishmaniose difusa cutânea alérgica – contagio, pacientes que não tem defesa e a doença se dissemina. Úlcera emoldurada, com bordo elevado e fundo sujo, purulento. DDx: cromoblastomicose, carcinoma espinocelular, paracoccidioidomicose, DST - donovanose, hanseníase – na difusa (principalmente na disseminação hematogênica). Histopatologia – pesquisa da Leishmania no local; Disseminada X difusa – lesões “tumorais” e infiltração difusa da pele. Diagnóstico: clínica (lesão elementar, história - epidemiologia); pesquisa da Leishmania (mais rápido possível); histopatologia; Intradermoreação de Montenegro; imunofluorescência indireta; PCR; imunohistoquímica (imunofluorescência direta). Pesquisa de anticorpo pesquisa-se junto para paracoccidioidomicose. Tratamento: N-metil-clucamina – glucantime: 2 ampolas por dia, 10 a 20 dias (duas ou mais series com intervalos de 20 dias). Anfotericina B: em casos graves – 0,25 mg/Kg de peso em soro glicosado, seguido-se de 0,5 mg/Kg e 1 mg/Kg até dose total de 1000 e 1200. Micoses Profundas Paracoccidioidomicose; Esporotricose; Cromomicose. Paracoccidioidomicose: crônica ou subaguda, granulomatosa, caracteriza por lesões polimórficas em pele, linfonodos e sistema ganglionar. Existe no solo, não há vetores e atinge o homem diretamente. Mucosa bucofaríngea e pele – inoculação direta , vias respiratórias e pulmão – inalação. Clínica: tegumentares; linfáticas; viscerais; mistas. Estomatite morbiliforme. Mucosa – lesão ulcerada, com destruição de septo nasal. Rx pulmonar – comprometimento bilateral simétrico com aspecto de “flocos de algodão”. Ganglionar – infarto de gânglio com pús (pesquisa de parasita), fistuloso. Principal DDx – tuberculose ganglionar. Na micrologia – roda de leme e “Mickey Mouse”; Tratamento – anfotericina B (Fungizon): no mesmo esquema na Leishmaniose para forma grave. Formas leves e moderadas – Bactrim (Sulfametoxazol + Trimetropima): 6 comprimidos por 12 meses e moderada 6 comprimidos por 24 meses; Itraconazol – 200 mg/dia por 6 e 12 meses. Esporotricose: subaguda ou crônica; “sporotrix shenkki”. Saprófita na natureza – qualquer subproduto. Incubação de 7 a 30 dias; Predisposição em pessoas que trabalham com a terra e em animais. Clínica: formas cutâneas (linfática e localizada principalmente); extracutâneas – disseminadas – raras (ossos articulações, mucosas, olho, pulmões). Lesão inicial de nódulo, ulceração que se torna verrucosa possui lesões ascendente no trajeto linfático – forma linfangítica (essa forma de progressão permite DDx de Leishmaniose). Diagnóstico: cultura em Agar Sabouraud.Após 21 dias fica escura (no inicio da cultura é amarelada). Tratamento: Iodeto de Potássio nas formas cutâneas e localizadas (iodeto de potássio 20g e água destilada 20 ml – 20 gotas com suco de laranja devido ao gosto metálico, progredindo para 40 gotas até 60 gotas; 2x ao dia);cetoconazol, itraconazol. Cromoblastomicose: subcutânea em indivíduos imunocompetente; população rural; inoculação direta. Etiologia: Fonsecaea pedrosoi (diagnóstico dos agentes é feita pela cultura). Clínica: lesão verrucosa, localizada principalmente em MMII, na população mencionada. Síndrome Verrucosa – DDx doenças: as citadas acima, TB. Pontos escuros = local de pesquisa do parasita, maior local de concentração. Diagnóstico: pesquisa do fungo direto nas lesões; histopatológico. Tratamento: itraconazol 200 a 400mg Dia; Terbinafina 250 a 1000 mg / dia; crio cirurgia com nitrogênio líquido. Dermatoviroses & Acne (07/04) Não existem medicamentos “viricidas”, apenas controle – dificuldade terapêutica. Prognóstico depende da localização da virose. Alguns vírus são oncogênicos. Inoculação direta (verrugas – contato; forma mais frequente); infecção sistêmica (sarampo, rubéola, varicela); reativação de foco latente (indivíduo que possui herpes); Cínica – mais comumente em forma de verrugas, filiformes. Infecção pelo HPV (120 genótipos; alguns são oncogênicos). Verrugas vulgares – mais frequente; muitos genótipos podem cursar com esse tipo de apresentação; vários locais; Sola do pé – “olho de peixe”: na superfície da lesão existem vários pontinhos enegrecidos que correspondem a necrose capilar, diferente do calo. Plana – discreto relevo; outros genótipos virais. Genital – risco de oncogenicidade aumenta; em crianças – correlacionar com abuso sexual. Região anal – investigar o reto (aumenta risco de reto; mesma coisa serve para o pênis e útero); Alto risco – 16, 18, 31, 33, 52, 58; Baixo Risco – 6, 11, 13, 20, 30, 32 ,34. O mais frequente é de baixa patogenicidae, principalmente 6 e 11. Incubação – variável; em média meses; Nunca operar, suturar – recidiva; ulcera plantar, dor permanente na região; Tratamento de acordo com a área afetada; basicamente uso de cáusticos, uso de imunomoduladores tópicos. Vacinação: Cervarix (Glaxo)= tipos 16-18-31-45 – proteção de 6,5 anos; Gardasil (Merck) = tipos 6-11-16-18 – proteção de 5 anos mais frequente. 3 doses, 2 doses – 95% de resultado semelhante (2 doses no Brasil). Herpes Vírus: Subfamília α: Simplex – 1 e 2; e varicellovirus (HHV-3 ou VZV Varicela Zoster Vírus); Subfamília β: 5 – citomegalovírus; herpes vírus 6 (exantema subitum ou roseola infantum – bom prognóstico) herpes vírus 7; Subfamília γ – Herpes Vírus 4 (EBV – mononucleose, leucoplasia oral, linfoma, neoplasias); Herpes Virus 8 (S. Kaposi – associado ao HIV; não AIDS é com outro agente). Simplex: Tipo 1 – 90% das pessoas entram em contato com menos de 10 anos. Tipo 2 – contato sexual. Incubação 2 a 20 dias; duração de 7 a 10 dias. Lesão Primo infecciosa (sintomática ou não): pródomo – prurido, irritação; vesiculação que se rompe, erosiva e perioral; Na criança quadro exuberante – localizado, pele e mucosas (gengivoestomatite); disseminado em fígado, baço; SNC; febre, mal estar; quadro raro. Dermatite de fralda – variceliforme Kaposi (ou outra dermatose prévia). Em outras localizações – panarício herpético (periungueal – no mesmo lugar, periodicamente). Após primo infecção: vírus latente em gânglios nervosos crânio-espinhais. Fatores recidivantes - menstruação, febre, sol, trauma, nada**; stress. Vesículas transparentes, agrupadas “em cacho de uva” ou “ramalhete de flores” com base eritematosa; bolha se rompe formando uma erosão. Creme aciclovir possui absorção em mucosa e não na pele (efeito placebo). Em quadros exuberantes – oral. De repetição: tratamento de supressão (aciclovir diário) de 6 meses a 3 anos. Recomendado quando há mais de 6 episódios por ano. Varicela: vacinação – mais rara; Pediatra recebe mais esse problema: primo-infecção infantil; Incubação de 14 a 21 dias; HHV 3; Lesão em pele e mucosas (DDx com catapora) distribuição oral, com poucas lesões. Momentos diferentes de evolução em cada lesão = MANIFESTAÇÃO POLIMORFA. Anti-histamínico; cuidados locais para evitar infecção secundária. Herpes Zoster – qualquer pessoa que entrou em contato com o vírus ou vacinado. Apresentação: fica latente no gânglio nervoso; em algum momento reativa VESÍCULAS SEMELHANTES AO SIMPLEX ACOMPANHANDO O DERMÁTOMO. UNILATERAL. DOR, INCLUSIVE PODENDO PRECEDER AO APARECIMENTO DA LESÃO. Duração de 15 a 30 dias (pode permanecer com nevralgia). Quando compromete a ponta do nariz afeta o olho (avaliação ocular). Nervo facial – paralisia de Bell. Molusco Contagioso: afeta basicamente criança; adultos – suspeita de HIV / contato sexual; Molusco contagioso vírus; Incubação de 2-7 semanas; Prevalência universal e variável; contato geralmente direto; Severidade do quadro depende da integridade do sistema imunológico. Na superfície da pápula possui um “furinho” – umbilicação central. Mais comum em pele, excepcionalmente em mucosas; principalmente em tronco. Tratamento – aplicação de cáusticos; aplicação depois do banho, com a criança deitada. Curetagem. Some com o tempo (mas demora). ACNE Afecção do folículo pilo-sebáceo; em face** e tronco; muito frequente; mais comum em adolescência. “entope o folículo com sebo” – hipertrofia do pilo. Formação do cravo. Secreção sebácea – hormônios andrógenos – tratamento com antiandrógenos e isotretionina (Racutam). Predisposição genética; influencia em – tamanho da glândula sebácea; atividade da glândula sebácea e queratinização anômala. Sebo acumulado – lugar propício para cultivação bacteriana (Propionibacterium acnes, granulosum e parvum). Triglicérides do sebo sofre hidrólise por ação da bactéria formando ácido graxo que irrita a parede da glândula que altera ainda mais a dinâmica formando inflamação. Fatores: tensão emocional (alteração do sistema neuroendócrino); período menstrual; alimentação. Indivíduos com resistência a insulina; SOP. QC: polimorfo – pápula, pústula, nódulo, cicatriz. Tratamento – classificação: Comedônica: placas com pontos enegrecidas ou brancas (tratamento com substâncias que promovem descamação) – grau I; pápulas e pústulas – Grau II; Nódulo-cístico – Grau III; Conglobata (formação de crostas nas pústulas; nódulos intercomunicantes) - Grau IV; Fulminante (quadro sistêmico associado) – Grau V. Investigação: síndrome SAHA – seborreia, acne, hisurtismo, alopecia - mulheres SOP. Infantil: neonatal ou infância. Neonatal – geralmente se apresenta em criança cuja mãe tem alteração hormonal (andrógenos circulantes da mãe). Regride espontaneamente. Infantil – casos excepcionais. Acne por contatantes: cosméticos; medicamentos tópicos (corticoides – uniforme praticamente no mesmo estágio); fricção; estival (ação solar); ocupacional (compostos clorado, pesticidas – Cloracne); Elaioconiose (óleos e graxas). Acne por endoctantes: CE, ACTH, andrógenos; Halógenos (iodo, cloro, bromo); vitamina B 12, B6, B1 e D2; Isoniazida, RFM, etionamida; fenobarbituricos, trimetadiono, hidantoína; lítio; quinina, disulfiram; tiouracil, tioreia; ciclosporina. Por anabolizante – no tronco. Comedoniana – isotretionina tópica, tretionina ácido azelaico (queratolíticos). Pápulo-pustulosa – peróxido de benzoíla (mancha a roupa – mesma coisa que água oxigenada na roupa); eritromicina gel e clindamicina gel. Tratamento sistêmico – Vo: em formas mais graves tetraciclina; eritromicina; doxiciclina; minociclina; azitromicina; isotretinoína; anti andrógenos; Os ATB se usam em uma dose menor com ciclos e intervalos. Alterações Cutâneas Causadas Pela Radiação UV (14/04) Melanose Actínica – face e dorso das mãos (não é pré-maligna); Queratose actínica (é maligna – carcinoma espinocelular de grau I ou II); Elastose actínica (comprometimentodo tecido conjuntivo pelo UV); Elastose actínica a cistos e comedões (especial da anterior – formação de lesões císticas com coloração amarelada - queratina). Fator ambiental – radiação UV; antes disso o indivíduo apresenta alterações cutâneas que dizem que o indivíduo possui alto risco de apresentar melanoma (citadas acima). Melanose – máculas de coloração marrom escuro; grande quantidade em face das mãos. Tumores malignos da Epiderme – carcinoma basocelular; carcinoma espinocelular; melanoma. Basocelular – mais frequente e menos maligno. Melanoma – menos frequente e mais maligno. Caso feito diagnóstico na fase inicial, superficial, possui bom prognóstico. FR – exposição solar em áreas de exposição solar. FR para basocelular e Espinocelular: exposição ambiental (*UV, ionizantes, arsênio, HPV, tabaco) *síndromes genéticas (xeroderma pigmentoso – não consegue reconstituir o DNA quando ele é alterado pela luz solar; albinismo; epidermiodisplasia verruciforme – forma de HPV em indivíduos que não possuem imunidade ao HPV com inicio na infância; síndrome do nervo basocelular – carcinomas basocelulares múltiplos); fenótipo (pele e olhos claros, cabelos claros, sardas); condições clínicas (ulcerações crônicas; LES de longa duração; líquen plano erosivo e escleroso – parafimose); imunossupressão (transplantes e AIDS); *principais. Longa exposição ao sol. Carcinoma Basocelular: tumor maligno na camada basal na epiderme (origem de toda a pele). Tipos: nodular* ou noduloulcerativo; superficial*; esclerodermiforme; cístico; fibroepitelial; síndrome do nervo basocelular. Nodular – lesão elevada e muito lenta; “superfície perolada” – lisa brilhante, entremeadas por teleangiectasias. Pode possuir pigmentação (em qualquer tipo dos citados acima também). NÃO DÁ METASTASE – o tumor não é só constituído de células neoplásicas, possui também do tecido conjuntivo ao redor do tumor. Pele com aspecto de casca de laranja- elastose. Ulcerada – crosta, ulceração; invade a derme; ao comprimir a lesão evidencia a infiltração. “Terebante” – quando o ulcerado não é tratado: destrói os tecidos intensamente. “Apudoma” ou tumor neuroendócrino ou da célula de Merkel – parecido com o basocelular. Fibroepitelial – pela histologia. Superficial – pode se tornar nodular (invade a derme no centro).Ao envelhecer vai deixando um plano cicatricial. Esclerodermiforme – duro; “placa de esclerodermia”. Nodulocístico – variante raro; possui uma diferenciação de glândula sudorípara, começando na camada superficial da epiderme. Síndrome do Nervo basocelular: normalmente não possui história – mutação recente; jovens*; múltiplas lesões****; calcificação de foice cerebral; macrocefalia; cistos epidérmicos; fronte proeminente*; costela e espinha bífida. *mais comuns e fecham diagnóstico. Histológico: superficial; nodular; micronodular; infiltrativo; esclerodermiforme; basoescamoso (metatípico * pode dar metástase); queratótico. Retração do colágeno ** característica histológica importante. Tratamento do carcinoma basocelular – depende da localização do tumor, do tamanho, do padrão histológico; limites; infiltração; numero de lesões; condições do doente. Superficial ou menores de 1 cm: anestesia; curetagem ou eletrocoagulação; criocirurgia; *curetagem + 5-fluoruracil por 4 semanas (preferência do professor). Lesões maiores que 1 cm: cirurgia com margem de 3 a 5 mm; Cirurgia micrográfica de Mohs: onde é necessário economizar tecido sadio. Em passos e planos – visualizando na histologia até quando fica totalmente tecido sadio. Índice de cura de quase 100%. Indicado em – face, temporal, pálpebras, nariz, sulco nasolabial; tumor recidivante; margens indefinidas; tumores com mais de 2cm; carcinoma morfeiforme ou micronodular; tumores com invasão perineural. Carcinoma Espinocelular: camada espinhosa da epiderme; queratose actínica; carcinomas epidermóides in situ (eritroplasia de Queyrat – in situ na mucosa; doença de Bowen); Tratamento: “enfurix?” Nevus neoacelular – possui cor igual da pele, possui pelo (lesão maligna destrói anexos; portanto lesão benigna.). Espinocelular Verrucoso: papilomatose oral florida (tabagista); epitelioma cuniculatum (na planta do pé; “buracos no meio do tumor na patologia”); condiloma culminado gigante de “” (comum em pacientes HIV – HPV 16 e 18); condiloma verrucoso. Espinocelular de Mucosa – de lábio (comumente associado com leucoplasia que é uma displasia; associação com o tabaco); de língua (esbranquiçada; tabagista). Tratamento – menor de 1 cm igual do basocelular; maiores que 1 cm: cirurgia – margem de 4 mm, 6mm e 9mm para 1, entre 1 e 2 maiores que 2 e microcirurgia. Melanoma – “Nevus”; aumentando principalmente devido a exposição solar. 2% possui AF; Síndrome de nevus atípico e displásicos (assimétricos com mais de uma cor). Diagnóstico clínico – ABCDE. A - Assimetria; B – bordas (irregulares); C-cor (tonalidades, cores diferentes); D – diâmetro (maior que 0,6 cm); E - elevação (se estiver elevado, sinal de invasão da derme * não resolve só com cirurgia, provavelmente já deu metástase). Regressão de áreas é sinal de mal prognóstico – sinal que está a muito tempo evoluindo. Tipos clínicos: lentigo maligno melanoma; melanoma extensivo superficial (70%)*; nodular; lentiginoso acral; amelanótico (sem pigmento; planta do pé). Os três últimos possuem pior prognóstico *Homem – dorso, mulher – membros inferiores. Lentiginoso Acral – Comum em negros e pardos. Sinal de Hutcingson pigmentação periungueal (cutícula). Prognóstico por classificação de Clark (invasão) e Breslow (medidas, tamanho da invasão): Tratamento – in situ: cirurgia com pequena margem; invasivo – 2 a 3 cm de margem. Doenças Bolhosas - Pênfigos (28/04) Doenças vésico-bolhosas; Vesícula – conteúdo líquido com menos de 1cm, mais é bolha. Algumas são flácidas (frágil, deixando áreas exoulceradas;) ou tensas. Conteúdo – seroso (líquido amarelado), hemorrágico ou conteúdo purulento (pústula). Erosão – perdas teciduais que comprometem a epiderme e ulceração quando compromete a derme (acúmulo de secreções, recobertas por crostas amareladas ou hemorrágicas). Divisão – se a bolha esta entre a epiderme e a derme ou na epiderme. Mecanismos: espongiose (característico dos eczemas, inter e extra celular, aspecto esponjoso da célula) degeneração balonizante (no Herpes e processos virais); Doenças hereditárias: epidermólise bolhosa (defeito da fixação de pontes de colágeno); porfirias (doenças do metabolismo do Heme); hiperqueratose epidermolítica (mutação da queratina 1 e 10); incontinência pigmentar; doença de Hailey-Hailey. Adquiridas – autoimunes; infecciosas (herpes, varicela), alérgicas (eczemas); ambientais (queimaduras); medicamentosa; As doenças abordadas tem caráter AUTOIMUNE Pênfigo foliáceo ou “fogo selvagem” Autoimune; endêmica na América do Sul; acometem adultos jovens e crianças; Bolhas flácidas, erosões, descamações, crostas, ardor, queimação = fogo selvagem; sinal de Nikolski = descolamento da periferia da lesão com pressão lateral. Poupa mucosa e piora com a exposição solar; Fases, lesões restritas ao couro cabeludo e face (pré-invasiva, durando puçás semanas ou por muito tempo), disseminação pelo corpo no sentido crânio caudal, eventualmente afetando todo o corpo; Crônica – hiperqueratótica. Exoulceradas, a pele “solta fácil”. Eritrodermia – muita lesão ulcerada recoberta por crosta, esfoliação generalizada. Diagnostico: suspeita clínica; exame citológico (queratinócitos estão arredondados com núcleo grande – CÉLULAS ACANTOLÍTICAS, diferente da forma poligonal normal); ao HE – verificação das bolhas em camada superior (queratinócitos); Perturbação da função do desmossomo; ação de imunoglobulinas que agridem o desmossomo (fragmento de pele obtida por biópsia – imunofluorescência direta). Pênfigo Vulgar Doença autoimune; distribuição mundial; adultos e idosos; Compromete pele e MUCOSAS. QC pode se restringir as mucosas oralcom mais frequência, genital, conjuntival (algumas pacientes tem apenas do colo do útero); lesões podem preceder o quadro cutâneo (pode começar pela pele, ou pelas mucosas ou tudo junto). Queixa comum – bolhas na boca, aftas recorrentes; Diagnóstico – suspeita clínica; lesão bolhosa e ulcerada em pele ou mucosa; sinal de Nikolski; citológico (células acantolíticas); biópsia; HE – bolha (queratinócitos soltos na bolha). Depósito de imunoglobulina entre as células da epiderme (imunofluorescência). Patologia dos pênfigos – desmossomo na membrana intercelular com proteínas no meio (Desmocleína – alvo do anticorpo), essas proteínas são ancoradas; antígenos são as proteínas transmembrana; Paciente deve ser exposto a um fator ambiental; o foliáceo já foi endêmico em SP; Exposição a picada do simulium nigrimanum (relação com área de floresta). Complicações do pênfigo: erupção variceliforme de Kaposi; piodermite; escabiose; dermatofitose; estrongiloidíase; sepse;desnutrição; óbito. Tratamento: corticoide – prednisona (1mg / Kg /d; redução após controle ao longo dos meses); triamcinolona sistêmica em dose equivalente; infiltração de triamcinolona em lesões localizadas resistentes; ciclosporina; plasmaferese; Penfigóide Bolhoso Bolha tensa sobre base eritematosa; prurido; adultos e idosos; pode comprometer mucosas; bolha subepidérmica com infiltrado eosinofílico; Dermatite Herpentiforme de Duhring Bolhas tensas sobre base eritematosa; cotovelos, joelhos e região sacral (precedido de prurido); clivagem subepidérmica; infiltrado neutrofílico; relação com doença celíaca (20%); fluorescência com depósito de IgA; anticorpos anti gliadina. Tratamento – com sulfonas. Controle com a restrição de dieta (glúten).
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