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Relatorio de campo 3

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UNIVERSIDADE WUTIVI 
 
Faculdade de Engenharias, Arquitectura e Planeamento Físico 
 
 
Curso: Engenharia de Minas 
 
 Cadeira: Aula do Campo 3 
Ano: 4º 
Laboral 
 
TEMA: Relatório de Aulo do Campo 
 
 
Discentes: 
 Arcénio Artur Munguambe 
 Carência Matias Mandlate 
 Isabel 
 Maria 
 
 Docente: Mugabe, 
 
 
 
 
Boane, Agosto de 2018 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE WUTIVI 
 
Faculdade de Engenharias, Arquitectura e Planeamento Físico 
 
 
Relatório de Aulo do Campo 
 
Autores: 
 Arcénio Artur Munguambe 
 Clarência Matias Mandlate 
 Isabel 
 Maria 
 
 
Trabalho Elaborado e apresentado á 
Universidade Wutivi (UNITIVA), 
precisamente á cadeira de Aula do Campo 3, 
no âmbito da abordagem relativamente a 
elaboração um relatório de trabalho de campo, 
Ministrado pelo Eng.
º
. Mugabe e Eng.
º
 Liberato 
i 
 
 
Índice 
Índice de Figuras ............................................................................................................................ iii 
Capitulo I ......................................................................................................................................... 1 
1. Introdução ................................................................................................................................. 1 
1.1. Objectivos ...................................................................................................................... 2 
1.1.1. Geral ............................................................................................................................... 2 
1.1.2. Específicos ..................................................................................................................... 2 
1.2. Metodologia ...................................................................................................................... 2 
Definições ........................................................................................................................................ 3 
2. Localização geográfica da Província de Tete ........................................................................... 5 
3. Localização geológica da Província de Tete ............................................................................ 6 
3.1. Clima ................................................................................................................................. 8 
3.2. O clima Modificado pela Altitude .................................................................................... 8 
3.3. Solo ................................................................................................................................... 8 
3.4. Geologia Reginal .............................................................................................................. 9 
4. Visita ao gabinete do Governador .......................................................................................... 11 
4.1. Segunda parte do dia ....................................................................................................... 12 
5. Visita aos afloramentos .......................................................................................................... 13 
6. Visita a Jindal África .............................................................................................................. 15 
6.2. Atividades extração ......................................................................................................... 16 
6.2.1. Operações unitárias ..................................................................................................... 16 
6.2.2. Confecção e manutenção das vias de acessos ............................................................. 18 
6.3. Segundo ponto da mina (planta de processamento) ........................................................ 18 
6.3.1. Hidroclones .............................................................................................................. 19 
6.3.2. Flotação ................................................................................................................... 19 
ii 
 
 
6.4. CRITÉRIOS ECONÔMICOS ........................................................................................ 19 
7. Visita a mina da Vale ............................................................................................................. 21 
7.1. Indução de segurança ...................................................................................................... 21 
7.2. Premissas que governam a vale no mundo ..................................................................... 22 
7.3. Negócios da Vale ............................................................................................................ 22 
7.4. Actividades de extracção ................................................................................................ 22 
7.4.1. Capeamento da jazida .............................................................................................. 22 
7.4.2. Operações unitárias .................................................................................................. 23 
7.4.3. Confecção e manutenção das vias de acessos ......................................................... 23 
7.5. Dobras ............................................................................................................................. 24 
7.6. Processamento................................................................................................................. 25 
7.6.1. Britagem Primária.................................................................................................... 25 
7.6.2. Fração grossa ........................................................................................................... 26 
7.6.3. Circuito dos finos..................................................................................................... 27 
7.6.3.1. Classificador Espiral ............................................................................................ 27 
7.7. Logística .......................................................................................................................... 28 
7.7.1. Corredor Nacala ....................................................................................................... 28 
7.7.2. Linha de Sena .......................................................................................................... 28 
8. Conclusão ............................................................................................................................... 29 
Referência bibliográfica ................................................................................................................ 30 
 
 
 
 
 
iii 
 
 
Índice de Figuras 
 
Figure 1. Mapa de localização da província de Tete ....................................................................... 5 
Figure 2. Mapa geológico da província de Tete .............................................................................. 7 
Figure 3. Falha normal (fonte: própria) ......................................................................................... 14 
Figure 4. Acesso SISTEMA ZIGUE-ZAGUE Figure 1. Fonte: 
www.jindalafrica.com/mozambique .............................................................................................. 16 
Figure 5. Ruptura em cunha num talude. (fonte: Própria) ............................................................. 18 
Figure 6. Frente de lavra da mina do vale (Dobras sinclinal). .......................................................24 
Figure 7. Britagem primária (britador de rolo dentado) (fonte: Própria) ...................................... 25 
Figure 8. Coreia transportadora (fonte: Própria) ........................................................................... 26 
Figure 9. Linha de Sena e corredor de Nacala (fonte: Própria) ..................................................... 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO-TETE 
 
1 
 
Capitulo I 
1. Introdução 
O presente relatório surgem em torno das aulas de campo que se realizarão na província de Tete, 
nas minas da Jindal, mina da Vale e visita aos afloramentos. As Mineradoras (Vale e Jindal) 
atuam no sector de extracção e beneficiamento de carvão mineral. Após os conhecimentos 
adquiridos nas aulas teóricas durante 3 anos e 6 meses, no curso de engenharia geológica e de 
minas, realizou-se esta aula de campo para ver na prática o que se aprende na teoria, e como 
requisito fundamental para concluir o curso. Nas minas da Vale e de Jindal, principalmente nos 
trabalhos sobre controlo de produção, ambiental e controle do plano de fogo. 
O controlo da produção e do plano de fogo tem como principal objetivo fornecer primeiramente 
uma estimativa presente do fluxo da produção e dos custos primários bem como toda a parte 
referente a segurança dos funcionários, equipamentos e de terceiros, neste caso pela mineração 
estar em um perímetro urbano. Uma extração sem controlo de produção ou controle inadequado 
torna as condições ambientais e produtivas da mina precárias e perigosas para os operários, 
vizinhos e equipamentos, representando para a empresa uma perda de produtividade ou em casos 
extremos a paralisação permanente da mina decorrente de acidentes operacionais. 
O plano de gestão ambiental tem por objetivo adequar, se necessário, as atividades de 
recuperação ambiental, segundo Regulamento sobre o Processo de Avaliação de Impacto 
Ambiental (Decreto no. 45/2004, de 29 de Setembro de Moçambique. Manter a mineração dentro 
das legislações vigentes e com um ótimo relacionamento com a comunidade em volta, é 
fundamental e principalmente tem que ser sempre o foco da empresa, para que haja uma extração 
sustentável e responsável, pensando nas gerações futuras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO-TETE 
 
2 
 
1.1.Objectivos 
1.1.1. Geral 
 Consolidar todos conhecimentos adquiridos no decorrer das aulas; 
 
1.1.2. Específicos 
 Descrever as unidades fisiografias; 
 Analisar diferentes afloramentos 
 Compreender diferentes métodos do processamento do carvão; 
 Ver na prática conhecimentos sobre a Infra-estrutura de minas a céu aberto; 
 Confrontar com a prática conhecimentos sobre Drenagem nas minas a céu aberto; 
 Confrontar com a prática conhecimentos sobre Terraplanagem; 
 Confrontar com a prática conhecimentos sobre as formas de Deposição de entulhos e 
pilhas de estéril. 
 
 
1.2.Metodologia 
Para a realização do relatório a metodologia usada foi a observação directa, que foi aplicada para 
descrição das estruturas geológicas observadas desde os elementos distais até aos proximais e os 
métodos usados na mineração, também foi aplicada a pesquisa bibliográficas de artigos 
relacionados com a Bacia Carbonífera de Moatize. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO-TETE 
 
3 
 
Definições 
Fragmentação 
A fragmentação de um material heterogêneo, que constitui geralmente uma rocha, visa liberar os 
minerais valiosos dos minerais de ganga, ou no caso de um mineral homogêneo, reduzir até à 
dimensão requerida pela utilização (Almeida, 2014). 
 
Britagem 
Genericamente, britagem pode ser definida como conjunto de operações que objetiva a 
fragmentação de blocos de minérios vindos da mina, levando-os a granulometria compatíveis 
para utilização direta ou para posterior processamento (Almeida, 2014). 
 
hidrofilicidade 
hidrofilicidade: é a propriedade de determinadas espécies minerais de serem umectados ou 
molhados pela água. 
 
Coleta 
A propriedade de um determinado reagente tornar seletivamente hidrofóbicos determinados 
minerais é devida à concentração desse reagente na superfície desses minerais. 
 
Espessamento 
Tem a função de elimina a maior parte da água de uma polpa. 
 
As reservas provadas 
Define reservas provadas como as demonstradamente (com alto grau de certeza, pela análise do 
histórico de produção do reservatório e/ou pela análise volumétrica adequada dos dados de 
engenharia e geológicos) serem economicamente produtíveis em um futuro próximo sob 
condições econômicas e operacionais existentes com base nas regulamentações vigentes 
utilizando métodos e equipamentos de produção convencionais, Segundo McGilvray & Shuck 
(1998) apud (PUC-Rio) 
 
 
RELATÓRIO-TETE 
 
4 
 
As reservas prováveis 
As reservas prováveis são aquelas em que as análises dos dados geológicos e de engenharia 
tenham indicado que há uma incerteza maior na recuperação dessa reserva em comparação com a 
estimativa de reservas provadas, segundo a ANP (2000) apud PUC-Rio. 
 
Lavra 
Entende-se por lavra ao conjunto de trabalhos objectivando a retirada mais completa, mais 
econômica, mais segura e mais rápida do minério ou massa mineral. A sistematização e 
coordenação desses trabalhos são denominadas método de lavra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO-TETE 
 
5 
 
2. Localização geográfica da Província de Tete 
A Província de Tete situa-se na parte Noroeste de Moçambique, fazendo fronteira a Norte com 
Malawi, a Oeste com Zimbabwe e Zâmbia no distrito de Zóbwe. A Este faz fronteira com 
Malawi e limite com a Província de Zambézia no distrito de Mutarara, a Sul faz fronteira com 
Zimbabwe e limites com as Províncias de Sofala e Manica através do distrito de Massanga e do 
Rio Zambze respectivamente. 
Encontra-se no centro de Moçambique, tem uma área de 97 285 km². A sua capital é a cidade de 
Tete. A sua rede hidrográfica consiste do Rio Zambeze em que na sua parte média se encontra a 
Barragem de Cahora Bassa, uma das maiores de África. 
 
Figure 1. Mapa de localização da província de Tete 
Fonte: GTK, 2006. Adaptado do ArcMap 
RELATÓRIO-TETE 
 
6 
 
3. Localização geológica da Província de Tete 
Em termos geológicos, a Província de Tete enquadra-se no precâmbrico e Karoo dado que a 
maior parte das suas regiões é preenchida por formações de Karoo e de Precâmbrico. 
Onde o Precâmbrico consiste de dois conjuntos: 
• Grupos do Arcáico e do Proterozóico Inferior que afloram junto à fronteira com Zimbabwe 
constituíndo a continuação do Cratão do Greenstone Belt representado e conhecido em 
Moçambique por Sistema de Manica. 
• Grupos orogenizados no Precâmbrico Superior que consistem em duas cadeias principais: 1 – os 
prolongamentos meridionais de cadeias de Iruminde formado a bordadura do cratão de 
Zimbabwe são representados pelas formações de Unkondo e fronteira com idade aproximada de 
1300 Ma; 2 – a cadeia de Moçambique que se desenvolve em várias áreas Precâmbricas 
dividindo-se em províncias granulíticas, séries ígneas como charnoquíticas, andesíticas e 
anortozíticas (complexo gabro-anortozítico). 
Tete apresenta unidades geológicas constituídas por Gneisse com intercalações de quartzitos, 
arcoses e mármores orogenizados pelo Ciclo de Iruminde (1350 Ma) e mais tarde retomada pela 
ororgenia Moçambicana – é o caso do grupo de Zimbabwe, que forma também na dordadura dos 
cratões situados a Ocidente. Estas formações são portadoras de minerais de manganês e pedras 
semi-preciosas. 
Temos o ComplexoGranulítico que apresenta: 
• Rochas charnotíticas, migmatiticas e rochas supracrustais de fácies cratónicas inseridas no 
Complexo de Bárwe no grupo de Matambo; 
• Série gabro-anortítica do Complexo ígneo de Tete; 
• Gneisses granulíticos do grupo de Angónia. 
Podemos considerar dar conideração sobre as Intrusões Pan-Africanas (500 – 600 Ma): 
• Os Plutonitos de Tete distribuem-se através da fronteira com o Malawi e a Zâmbia onde são 
conhecidos pelo nome de Granitos de Desauranhama, junto a cadeia principal de Fíngoè com 
RELATÓRIO-TETE 
 
7 
 
afloramentos orientados na direcção ENE – WSW designados por granitos de Chibuto. E na 
região de Valadze, onde as rochas ígneas aparecem sog a forma de filões de rochas básicas; 
• O Fanerozóico que é o plutonísmo Pós-africano, onde os granitos pós-africanos ocorrem na 
região de Tchetoze junto da fronteira com Zâmbiia, a Norte de Nhantaro e a Norte de Bene. E no 
Cretácio (Cretácio sedimentar Inferior) é onde há deposição dos sedimentos grosseiros no Gráben 
do Zambeze. 
 
Figure 2. Mapa geológico da província de Tete 
Fonte: GTK, 2006, adaptado do ArcMap 
 
 
RELATÓRIO-TETE 
 
8 
 
3.1. Clima 
O clima Tropical 
Que ocupa uma pequena faixa a esquerda do rio Zambeze e toda a região a dereita excepto uma 
pequena faixa no distrito de Mutarara que possui o tropical húmido, com temperaturas máximas 
médias anuais na ordem dos 32ºC e a precipitação máxima de 180mm. 
 O Clima Tropical Húmido 
Que, ocupa uma faixa alongada no sentido este-oeste no interior da região norte de Tete. 
 
3.2. O clima Modificado pela Altitude 
Desde o rio Aruangua ( Zumbo) ao distrito de Tsangano causado pelos planaltos da Maravia- 
Angónia com temperaturas máximas médias anuais na ordem dos 26º C e com uma precipitação 
máxima média de aproximadamente 360 mm. 
 A temperatura média mensal nos meses mais quentes: Outubro, Novembro, Dezembro, Janeiro e 
Fevereiro é cerca de 28 a 29 ºC e nos meses mais frios, Junho e Julho de 22ºC. 
 
3.3.Solo 
Franco-Argiloso-Arenosos avermelhados com camadas superficial mais leve, profundidade 
variável, fertilidade baixa a intermédia, susceptível a erosão principlamente a norte da província e 
uma pequena faixa do sul. 
Nos distritos do norte ao longo do vale do Zambeze localizam-se algumas manchas dos solos 
delgados e pouco profundos, rochosos e não aptos para agricultura. 
Franco-Argiloso-Arenosos Acastanhados a sul predominam os solos evoluídos, fertilidade, 
intermédia a boa, em partes delgadas, algumas manchas dos solos muito pesados, cor cinzenta e 
negras, mal drenados e difícil lavoura, solo fluviais-mal drenados. 
Predomina também nesta região, embondeiros (mulambe) e maçaniquiras( miçau) em nomes 
locais, devido a sua resistência a climas quentes. 
RELATÓRIO-TETE 
 
9 
 
A norte, algumas manchas dos solos Franco-Argilosos-Arenosos Acastanhados e férteis 
favoráveis a agricultura; Solos Argilosos Vermelhos e profundos- bem drenados e muito baixa 
fertilidade (nordeste). 
A oeste, Solos Arenosos pouco evoluídos de dunas costeiras. 
 
3.4.Geologia Reginal 
Terreno do Gondwana Oeste: compreende o Cratão do Congo/ Tanzania ou da África Central e 
um conjunto de unidades tectono ou lito-estratigráficas nos cinturões dobrados do Proteroz’oico 
que foram carreaos ou depositados sobre as margens e oriental do Cratão. Na Tanzania, a frente 
de carregamento do Cinturão de Moçambique, com vergência para oeste, marca fronteira entre os 
Terrenos do Gondwana Oeste e Gondwana Este. Mais para sul esta d=sutura encontra-se mal 
definida, mas no bloco de Tete- Chipata ( um fragmento tectónico menor rodeado pela zona de 
Cisalhamento de Sanângoè e plo deslocamento de Mwembeshi) esta sutura corresponde 
supostamente ao conctato entre o domínio maior orientada WSW-ENE e o Grupo Angónia 
orientado NW-SE. A igualmente orientada (NW-SE) Suite de urancundo (Granito de 
Desaranhama) representa supostamente o muro da massa carreada da Angónia, mas pertence ao 
Terreno do Gondwana Oeste. 
Terreno do Gondwana Este:A suite de Tete é considerada uma massa carreada, alóctone, agora 
largamente localizada a sul da Zona de Cisalhamento de , mas pertecendo como tendo sido 
originada no Terreno do Gondwana Oeste, localizada a norte da Zona de Cisalhamento de 
Sanangoe. 
Suite de Tete: é caracterizada por apresentar fortes anomalias aeromagnéticas e fracas 
assinaturas/ expressões em Th-U-k. É composta por gabros e laugabros, com anortositos 
subordinados e, em menor quantidade mais dispersos, litotipos ultramáficos, na sua maioria 
piroxenitos e rochas maioritariamente compostas por óxidos de ferro e titânio.As estruturas das 
rochas são igualmente maciças e apresentam granulometria média a grosseiro, ou mesmo 
pegmátítica. 
RELATÓRIO-TETE 
 
10 
 
Zona de Cisalhamento de Sanângoè: constitui a fronteira entre os Terrenos do Gondwana Oeste 
e Sul na área. As duas janelas que formam grandes aprisionamentos na Suite de Tete 
compreendem a janela ocidental do sôco, conhecida como o Domo do Rio Chacocoma e uma 
janela a sula de Cisalhamento de Sanagoe, ambos os domos pertencem ao Terreno do Gondwana 
Sul. 
Grupo da Angónia: Gnaisses quartzo-feldspáticos e Gnaisses Anfibolíticos (P2AGsv), Gnaisses 
Bandados Biotítico- Horneblendico- Quartzo-Feldspático (P2AGqf) e Gnaisses Bondados 
Quartzo-Feldspáticos com Granada ( P2AGbg). 
 
 Supergrupo do Karroo 
Graben Médio Zambeze: orientado E-W,devido a sobreposição da tectónica extinsiva do 
Cretácico, pode ser dividido nos grabens do Luia e de Moatize com orientação NW-SE. 
Grupo do karroo Infeiror: 
 
Formação do Vúzi: fluvio-glaciar, do carbonífiro superior, ocorre nas depressões mais baixas na 
paisagem pré-karroo. A formação conte sequência de rochas sedimentares de origem 
flúvioglaciar e fluvial, como conglomerados, grés feldspéticos, argilitos carbonosos, siltitos e 
camadas carbonosas. 
 
Formação de Moatize: A unidade compreende principalmente grés arcósicos brancos a 
acinzentados, com seixos ocasionais, grés de grão fino, argilosos ou micáceos, com flora fóssil e 
argilitos negros subordinados com camadas de carvão. 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO-TETE 
 
11 
 
4. Visita ao gabinete do Governador 
 Dia 16 de Julho de 2018 
Fizemos uma visita ao Gabinete do Governador na província de Tete, onde fomos recebidos pela 
secretaria permanente V.ex. Lina Portugal e pelo director dos Recursos Minerais e Energia da 
província de Tete V.ex. Grácio Cuna na qual fomos dados as boas vindas e ficamos a saber um 
pouco mais da maravilhosa província de Tete. 
 A província de Tete tem 2 000 e 750 de habitantes, na sua maioria mulheres. A presenta uma 
elevada taxa de analfabetismo com 55%, da qual a sua maioria é mulher com 69% e homens 
39%. 
A província de Tete é conhecida pelos seus recursos minerais como é o caso do carvão, ouro, 
recentemente foi descoberto novo jazigo de ferro na mina de capital resorce, a 50 km da cidade 
de Tete com 750 milhões de toneladas. 
 Ocorrência de Gabo Bovino e Caprino, onde foi licenciados com o símbolo de cabrito de Tete. 
 Agricultura, como a batata em Angónia, com maior produção milho na Albufeira, que 
infelizmente é vendido de forma ilegal pela Zambia e Malawi. 
 Quanto ao Turismo temos reserva de Magoe. 
 Quanto a sua divisão geológica, temos proterozoico ( cristalinos, ouro) e Karroo Carvão. 
 Existe 20 bilhões de toneladas de carvão que são distribuídas para Brasil, China, Japãao e 
Europa. O consumo do carvão em Moçambique é muito baixo, é necessário que haja um 
consumo médio dentro do pai. Existem 8 000 trabalhadores na mina do carvão. 
Ocorre a mineralização artesanal de ouroem Cassussure e também pela MCC. 
Existe quatro operações na área do carvão (Vale, Minas de Moatize, Jindal e ICVL) 
Temos ocorrência de material de construção como é o caso da argila. 
 Quanto a logística a província de Tete tem 
A Linha de Sena até Beira, onde temos o corredor de Nacala ( Icves) e 
A linha de Kwamba e Malawi Linha Macusse- zambezia ( Vale). 
RELATÓRIO-TETE 
 
12 
 
 No ano passado foram exportada 10 milhões de toneladas de carvão e este ano espera se 14 
milhões de toneladas de exportação. 
A mina de Moatize exporta para Malawi e Zimbabwe, a partir da beira e tem uma produção 
baixa. 
A Jindal Africa e Icves exportam para Malawi. 
A Vale produz ferro, platina, carvão. 
 A provincia de Tete tem três pontes, duas sob rio zambeze e a outra sub o rio Revué. 
 
4.1.Segunda parte do dia 
 Segunda parte do dia 16 de Julho de 2018 
 Depois fizemos uma visita na Direcção Provincial dos Recursos minerais e Energia , fomo para 
o Gabinete de projecto de Zambeze, onde é feito a fiscalização, o monitoramento, o control 
mineiro e material de construção. Existem 05 tipos de licença: 
183, 25, 32 certificados mineiros. 
Quando a mineração artesanal tem ouro, turmalina, topazio, algas marinhas. 
Forma nos apresentados alguns aspectos quanto a exploração artesanal, na qual faz se a criação 
de uma associação para fazer o registro do local onde se pretende fazer a exploração, mas este 
ainda é um factor de muito estudo porque nem todos os mineradores artesanal aplicam este 
método. Há ouro processado e o ouro não processam, na qual os não processados são os mais 
vendidos juntamente com as gemas. 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO-TETE 
 
13 
 
5. Visita aos afloramentos 
 Dia 17. de Julho de 2018. Fizemos a localização do local onde no encontrávamos a partir do 
mapa geológico, da bússola e GPS onde pudemos perceber que estamos num zona de depressão 
do graben de Zambeze, na formação Fanerozoica e pudemos localizar as formações do pré-
câmbrico e Fanerozoico, localizamos rios, estradas. Encontra se a 12km de distância de 
Chingodze. 
A partir do nosso GPs tevimos os seguintes dados: 
 16º 13’27,6 “ S 
033º 34’ 47,8” E 
Com uma elevação de 90º e Wp 190º 
 E fomos localizar os dados no mapa e localizamos, onde estávamos, onde tivemos uma margem 
de erro de 300- 500 cm devido a régua, GPS ou da impressão da escala. 
 O limite de uma formação e outra são as falhas, essa falha que foi provocada pela fragmentação 
de Gondwana. O Graben apresenta uma espessura irregular 
Os aluviões recentes são afluentes de rio Zambeze, mas não estão representados no mapa por 
causa do seu tamanho, mas pode ver nos mapas com escala de 1:2000. Nesta zona vimos o 
criador de gado a levar o seu gado par beber água. 
 De seguida fomos fazer medições das falhas, onde é importante fazer o paralelismo com o ponto 
que pretendeu-se medir. Primeiro medimos inclinação da falha e depois a direcção, onde tivemos 
N132/72º/NE. 
RELATÓRIO-TETE 
 
14 
 
 
Figure 3. Falha normal (fonte: própria) 
Como se pode observar o afloramento montante, é possível observar o movimento relativo entre 
os dois bloco tratando se de uma falha normal – também chamada de falha distensiva. 
Como é possível observar o bloco deslocado desceu em relação ao plano original, o que é 
causado pela tensão negativa provocada pelas forças internas de transformação do relevo. 
 
Caminhamos até o ponto onde ao descer teremos uma intercepção brusca e outro bloco está mais 
distante, temos uma falha normal, com o limite entre o précambrico e o Karoo. Temos 
sedimentos que foram transportados pela força de gravidade, neste caso o fluxo de entulho e os 
blocos pequenos pelo rio, a susceptibilidade magnética é baixa. 
 Fomos até um outro ponto, em uma zona mais elevada, na margem da bacia onde tivemos os 
seguintes dados a partir do GPS: 
16º 13’ 33.2” S 
33º 34,7’ 00” E 
 Com uma elevação de 182m e um Wp de 49. 
Temos sedimentos mal seleccionados, calhaus. Seixos e argilas. Temos uma parte baixa, devido a 
força da Bacia. Os sedimentos depositaram se acima do plano de falha. 
 
RELATÓRIO-TETE 
 
15 
 
6. Visita a Jindal África 
No dia 18 Julho de 2018, um grupo de estudantes orientado por Professor Dr. Joao Mugabe e 
Professor dr. Nelson Liberato. 
. Fizemos uma visita a mina de Carvão, que pertence a Jindal Power & Steel (JSLP), 
A Jindal Power & Steel (JSLP), localiza-se na no posto administrativo de Marara, distrito de 
Changara, província Tete, é uma multinacional indiana, que tem um volume de exploração 
calculado em três milhões de toneladas por ano, torna-se agora na quarta mina de grande 
produção de carvão no país, depois das minas de Benga, Moatize e Chipanga. 
 
A Jindal, localizada no posto administrativo de Marara, explora carvão usando o método a céu 
aberto, com uma reserva provada de 3 bilhões de toneladas (MT), com uma reserva comprovada 
de 700 milhões de toneladas (MT) e uma vida útil esperada de 25 anos, iniciou operações de 
extracção em 2013, com um volume de exploração de 3 milhões toneladas por ano. O último 
período anual registou progressos significativos na evacuação do carvão de coque e do carvão 
térmico de alta qualidade, com o primeiro carregamento de 36 000 toneladas métricas de carvão 
exportado durante o 1º trimestre de 2013. 
 
 
6.1. Recepção e indução 
Na sala de recepção nos foi ministrada uma aula referente a indução, na qual visava 
capacitarmos de um conjunto de métodos e técnicas no tocante a segurança na trajetória á mina, 
na mina e 
na planta de processamento. O principal produto produzido é o carvão Coque, utilizado na 
indústria siderúrgica, que posteriormente a sua produção é exportada em grande parte para a 
Índia. 
Posteriormente a recepção e indução, dirigiu-se ao Mirrador, onde tivemos uma ilustração 
através de um fluxograma, o qual possibilitava-nos ter de uma forma esquematizada as 
estruturas que compõem a planta de processamento. 
 
 
RELATÓRIO-TETE 
 
16 
 
Na JSLP, fomos recebidos na sala de reuniões onde recebemos boas vidas com o Regente 
Regedra, Onde tivemos regras básicas de segurança na mina 
Depois do falcoem fomos ver a mina em dois ponto, (Própria mina que é a parte de extração e a 
planta de processamento) 
 
6.2.Atividades extração 
A mina de carvão de A Jindal Power & Steel (JSLP), é a seu aberto, como é do conhecimento 
que a mineração a seu aberto proporciona um acréscimo de produtividade no trabalho e oferece 
melhor ambiente de trabalho, permitindo empregar máquinas de alta tonelagem. O que diz 
respeito as vias de acesso na mineração é SISTEMA ZIGUE-ZAGUE ou SERPENTINA, com 3 
entradas que permite dar acesso a frente de extração. A estrada de acesso desenvolvidas por 
vários lances com declividade compatível com o tipo de transporte figura1. 
 
Figure 4. Acesso SISTEMA ZIGUE-ZAGUE Figure 1. Fonte: www.jindalafrica.com/mozambique 
 
A mina possui comprimento de 550 m, profundidade de 80m. E a cota em relação ao nível medio 
do mar antes de se iniciar a extração é de 367 m. 
A mina se encontra dividida em três blocos (A, B e C) de acordo com a qualidade do minério, 
tendo melhor qualidade do minério no bloco B. 
 
6.1.1. Operações unitárias 
_ De capeamento: do princípio foram desenvolvidas actividades de remoção da camada vegetal, 
para desenvolver actividades de construção das vias de acesso, que permite dar acesso a mina. 
RELATÓRIO-TETE 
 
17 
 
_ Perfuração e carregamento e transporte: 
Para onde o minério é duro o desmonte é feito por explosivos. Do princípio perfura-se a rocha 
com um diâmetro de 200 mm, para posteor alojamentodos explosivos e seus iniciadores. O 
minério desmontado é transportado por bucket whell excavator – BWE para fora da mina para 
posteor transporte com Caminhões fora de estrada. 
Para o desmonte do material com explosivos, a mina usa explosivos sofisticados, que permitem 
diminuir a frequência da propagação da onda, no sentido que quando fazem a detonação a 
vibração nem chega ao escritório. 
Para onde o material é brando, é escavação é feita por retroescavadoras, que escava o material de 
deposita no caminhão fora de estrada, e este por si transportam o material ate a planta de 
processamento. 
 
O material de estéril que sai da mina é transportado a uma pilha de deposição de estéril que se 
encontra do lado da mina, na qual o estéril é depositado de forma de pilha, onde passa uma 
buldózer que organiza o material para próximo basculamento. 
 
6.1.2. Fraturas 
 Na mina existe muitas falhas e diáclases, onde as mesmas não tem ajudado muito para com o 
método de extração usada na mina, sendo que a mina enfrenta dificuldades na extração em 
frentes de lavra que a existência das mesmas. Pelo facto que as diáclases causam a instabilidades 
das rochas e por consequências a instabilidades de taludes, como podemos ver na figura …. Onde 
podemos observar a rotura de talude (rotura em cunha). 
RELATÓRIO-TETE 
 
18 
 
 
Figure 5. Ruptura em cunha num talude. (fonte: Própria) 
 
6.1.1.2.Confecção e manutenção das vias de acessos 
As vias de acesso que permitem dar acesso a mina se desenvolve em vários lances, usados 
explosivos, retroescavadoras, moto niveladoras, buldózer. Para a manutenção são usadas os 
caminhões pipas, que regam as vias de acesso impedindo o levantamento de poeras. 
Para o que diz respeito ao sistema de drenagem. Antes foi feito os estudos de precipitação local o 
que lhe permite prever os dias chuvosos, e a quantidade de água que pode vir a inundar a mina, 
que permite dimensionar a capacidade de motobomba. A bomba usada na mina bombeia a água 
com uma vazão de 288 m
3
/s. 
A água bombeada na mina é transportada para reservatório para posteor tratamento para usar na 
planta de processamento. 
 
6.2. Segundo ponto da mina (planta de processamento) 
Na planta de processamento Pode-se perceber que para o beneficiamento do carvão, na mina da 
Jindal; Moçambique, utiliza um sistema de espirais, Flotação e Hidroclones. No sistema de 
Espirais que posteriormente o material vindo da mina ter passado por dois sistemas de britagem, 
considerados por britador primário e britador secundário, sendo submetidos á uma orientação 
granulometria, o material resultante é transportado por um sistema de coreias transportadoras até 
uma plataforma que por intermédio da diferença de densidade, ocorre uma separação entre o 
carvão e rejeito, sendo que esta diferença de densidade faz com que oque é rejeito seja 
RELATÓRIO-TETE 
 
19 
 
transportado á parte, para um espaço previamente orientado pelo sistema de coreias 
transportadoras. 
As espirais produzem uma força centrífuga, nas espirais são introduzidas tanto o carvão coque 
assim como o carvão térmico, junto com uma determinada quantidade de água á qual deixará 
mais precisa a diferença de densidade ente o carvão Coque e o carvão Térmico. Submetido o dois 
tipos de carvão a forca centrifuga, a diferença de densidade fará com que o carvão mais denso no 
caso o carvão coque adeira a parte central da espiral enquanto o carvão menos denso é expelido 
para as partes mais distantes da região central da espiral, no caso o carvão térmico. 
Posteriormente a esse processo, sob uma orientação do sistema de coreias o carvão Coque e 
Térmico é transportado em separado para lugares distintos. 
 
6.2.1. Hidroclones 
É o processo empregado no carvão fino, após a introdução em um cilo pelas coreias 
transportadoras, que por sua vez introduzem o material em uma plataforma cilíndrica, na qual é 
bombeado água por baixo e ar por cima, ao mesmo tempo que é lá introduzido o carvão, esse 
encontro da água e criam uma linha de equilíbrio onde que por intermédio da diferença 
densidade o mais denso descende diferentemente do menos denso que flutua e é expelido para 
fora da estrutura carvão, e esse carvão expelido é o que tem maior valor comercial. 
 
6.2.2. Flotação 
É um método de separação aplicado para os finos, mais precisamente o carvão ultrafino, ou seja 
pó que é carvão, onde em uma plataforma é adicionado um aderente e um espumante o qual 
produz bolhas, no decorrer do processo, o pó que é carvão adere ao espumante, que é 
transportado para uma secção da plataforma de flotação a parte. 
No final todo produto que constitui o carvão coque é depositado no mesmo lugar e todo produto 
que constitui o carvão térmico é depositado também no seu devido local por intermédio de 
coreias transportadoras. 
 
6.3. Critérios económicos 
A relação estéril/minério limite, também conhecida como relação de corte (decapagem), é de 2/5 
que é viável para exploração. Essa relação do momento esta nos 3/5, o que quer dizer que 
RELATÓRIO-TETE 
 
20 
 
ultrapassou os 2/5 em termos de relação m3 de estéril/ton de minério, por consequências a mina 
foi abandonada, esperando o preço do minério no mercado internacional subir para viabilizar a 
extracção. 
 
Os últimos dados mostra que foram extraídas 120 mil m
3
 de estéril para extrair 45 mil m
3 
de 
minério. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO-TETE 
 
21 
 
7. Visita a mina da Vale 
No dia 20 julho de 2018, um grupo de estudantes orientado por Docente Mugabe e Liberato. 
Fizemos uma visita a mina de Carvão, que pertence VALE. 
A mina da VALE, localiza-se em Moatize, é um distrito da província de Tete, em Moçambique, 
com sede na vila de Moatize. 
Tem limite, a norte com o distrito de Tsangano, a noroeste e oeste com o distrito de Chiuta, a 
sudoeste com o distrito de Changara e a cidade de Tete, a sul com os distritos de Guro e Tambara 
da província de Manica, a sudeste com o distrito de Mutarara e a leste com o Malawi. 
A mina da VALE, explorara e processa carvão mineral, com grande êxito, Chipanga é a marca de 
carvão de classe mundial produzido pela Vale na maior mina a céu aberto em Moçambique, a 
Mina de Moatize. 
A marca “Chipanga Premium HCC”, tem baixo valor de humidade total que resulta em ganhos 
significativos no processo de coqueificação. É usado como fonte de energia nas indústrias, para 
produzir ferro, aço e cimento, Além da indústria siderúrgica, utiliza-se o produto para a geração 
de energia. 
O carvão mineral produzido na mina de Vale, é Carvão metalúrgico e Carvão térmico, carvão 
metalúrgico com 10,5% de teor de cinza e carvão térmico com 22,5% - 25% cinza. 
Carvão metalúrgico: Utilizado no fabrico do aço, é o foco das nossas operações e projectos. 
Carvão térmico: Também é produzido pelas operações da Vale, é utilizado para gerar calor e 
energia em centrais termoeléctricas. Em Moçambique temos como um dos consumidores 
indústria de tabaco. 
 
7.1. Indução de segurança 
Inicialmente foi realizada a visita as instalações da Vale para a realização da Indução de 
Segurança, que teve como objectivo instruir os visitantes e funcionários de sua 
responsabilidade a aderir a prática de segurança em todos os momentos na mina. 
Foram destacadas as saídas emergência onde os utentes devem sair de forma ordeira até ao 
ponto encontro, tendo cada grupo um guia que ligará para a linha de socorro 84/822030, que 
por fim seria enviado um autocarro para transportar as pessoas com segurança. Também foram 
destacados aspectos de segurança individual e colectiva.RELATÓRIO-TETE 
 
22 
 
7.2. Premissas que governam a vale no mundo 
Missão - transformar os recursos naturais com prosperidade, desenvolvimento sustentável. 
Visão - ser uma empresa de recursos naturais global com excelência, paixão pelas pessoas e 
pelo 
planeta, ser número um em criação de valores de longo prazo. 
Valores – a vida em primeiro lugar, valorizar quem faz a nossa empresa, integridade da 
empresa 
e dos trabalhadores. 
Agir de forma correcta, seguir o que foi preconizado, cuidar do nosso planeta. 
 
7.3. Negócios da Vale 
Mineração; Logística; Energia. 
 
7.4. Actividades de extracção 
7.4.1. Capeamento da jazida 
Antes de iniciar a exploração na mina, remove-se a capa de material estéril, a qual está encravada 
na superfície da jazida. Trata-se de um solo superficial que se misturado à carvão detonada e 
contamina o minério produzida. 
A remoção é feita por escavadeira, que posteriormente é armazenado para reconstituição dos 
terrenos e da flora, de modo a se proceder à adequada aplicação das técnicas e normas de 
segurança, e ao cumprimento das apropriadas medidas de proteção ambiental e recuperação 
paisagística do mesmo. 
 
 Perfuração 
A Vale é uma empresa mineradora de Carvão Mineral, distrito de Moatize. A geologia 
encontrada na Mina do vale é constituída Rochas sedimentares (siltitos e arenitos de um maciço 
granítico coberto por uma fina camada de areão, terra ou barros. A limpeza desses rejeito é feita 
com escavadeiras e posteriormente perfurado a rocha directamente. 
 As bancadas são altas e, portanto, os furos são muito profundos. O objectivo do desmonte 
executado na mina da Vale é retirar, desmontando o material das bancadas, que é posteriormente 
removido pelas escavadeiras e transportado por caminhões. 
RELATÓRIO-TETE 
 
23 
 
7.4.2. Operações unitárias 
_ Decapeamento: do princípio foram desenvolvidas actividades de remoção da camada vegetal, 
para desenvolver actividades de construção das vias de acesso, que permite dar acesso a mina. 
_ Perfuração e carregamento e transporte: 
Para onde o minério é duro o desmonte é feito por explosivos. Do princípio perfura-se a rocha 
com um diâmetro de 200 mm, para posteor alojamento dos explosivos e seus iniciadores. O 
minério desmontado é transportado por bucket whell excavator – BWE para fora da mina para 
posteor transporte com Caminhões fora de estrada. 
Para o desmonte do material com explosivos, a mina usa explosivos sofisticados, que permitem 
diminuir a frequência da propagação da onda, no sentido que quando fazem a detonação a 
vibração nem chega ao escritório. 
Para onde o material é brando, é escavação é feita por retroescavadoras, que escava o material de 
deposita no caminhão fora de estrada, e este por si transportam o material até a planta de 
processamento. 
 
O material de estéril que sai da mina é transportado a uma pilha de deposição de estéril que se 
encontra do lado da mina, na qual o estéril é depositado de forma de pilha, onde passa uma 
buldózer que organiza o material para próximo basculamento. 
 
7.4.3. Confecção e manutenção das vias de acessos 
As vias de acesso que permitem dar acesso a mina se desenvolve em vários lances, usados 
explosivos, retroescavadoras, moto niveladoras, buldózer. Para a manutenção são usadas os 
caminhões pipas, que regam as vias de acesso impedindo o levantamento de poeras. 
Para o que diz respeito ao sistema de drenagem. Antes foi feito os estudos de precipitação local o 
que lhe permite prever os dias chuvosos, e a quantidade de água que pode vir a emundar a mina, 
que permite dimensionar a capacidade de motobomba. A bomba usada na mina bombeia a água 
com uma vazão de 288 m
3
/s. 
A água bombeada na mina é transportada para reservatório para posteor tratamento para usar na 
planta de processamento. 
 
 
RELATÓRIO-TETE 
 
24 
 
7.5. Dobras 
Na mina do vale é possível observar todas estruturas deformacionais. 
As dobras que podemos observar nos afloramentos dos taludes, são curvaturas causadas por 
esforços de natureza tectónicas e por efeitos tectónicos. É possível observar as dobras anticlinal e 
sinclinal 
As dobras Anticlinal como é do nosso conhecimento apresentam eixo horizontal ou pouco 
inclinado pode-se dizer que a morfologia anticlinal é aquela onde os flancos de uma dobra se 
abrem para baixo, tendo por cima o eixo. Onde as camadas mais antigas se encontram na parte 
interna. E as dobras Sinclinal os flancos se abrem para cima, sendo que as camadas mais 
ressentem se encontram na parte interna, neste caso os flancos de uma dobra mergulham numa 
mesma direcção e mesmo ângulo. 
 
Figure 6. Frente de lavra da mina do vale (Dobras sinclinal). 
Fonte: própria 
Nas frentes de lavras onde tem dobras, a mina tem tido dificuldades para fazer a exploração, pela 
diluição do estéril com o minério de interesse que por consequências tem reduzido teor e 
Recuperação na lavra. 
 
RELATÓRIO-TETE 
 
25 
 
7.6. Processamento 
Depois do primeiro estágio de fragmentação, onde o Carvão mineral é desmontado com o auxílio 
de explosivo na frente de extração, onde são produzidos blocos volumosos, mas de um tamanho 
que permite alimentar os equipamentos de britagem (planta de processamento). 
Na planta de processamento, Para o processo de separação do material coque, térmico e retirar a 
ganga que se encontra presente no minério do entenrece, o material é submetido a operação de 
fragmentação, no campo de beneficiamento de minérios, agrupa um conjunto de técnicas que tem 
por finalidade reduzir, por ação mecânica externa e algumas vezes interna, um sólido, de 
determinado tamanho em fragmentos de tamanho menor. 
 
7.6.1. Britagem Primária 
Na britagem primária da mina de VALE, são empregues dois britadores de relo dentado, trata-se 
de um britador de grande porte e sempre operam em circuito aberto e sem o descarte (escalpe) da 
fração fina contida na alimentação figura 7. 
 
Figure 7. Britagem primária (britador de rolo dentado) (fonte: Própria) 
 
O britador tem como tamanho máximo de alimentação – (1000 a -350) mm, Como é de impacto o 
material de carvão é ideal para o britador, uma vez que tem emprego limitado devido ao grande 
desgaste dos dentes, por ser sensível à abrasão. O britador da Vale, Brita qualquer bloco que 
caiba na boca do britador. Todavia, a presença de blocos grandes limita bastante a capacidade. 
RELATÓRIO-TETE 
 
26 
 
Os britadores da VALE têm a capacidade de britar 10 mil tonelagens. O minério que sai dos 
britadores é transportado por coreias transportadoras com capacidade de transportar 4 mil 
toneladas de material, com 2.20 m largura e 2.8 k de comprimento. 
Para transportar o material que sai dos dois britadores, são usados as duas correias 
transportadoras, sendo que cada banda transportadora transportando 2 mil tonelada, sendo que as 
duas totaliza 4 mil tonelada. O material transportado, das correias transportadoras vindo dos 
britadores primários, passa por dois funis. 
 
Figure 8. Coreia transportadora (fonte: Própria) 
É importante salientar que, no caso de avaria de uma linha, a outra é capas de suprimir, que 
aumenta a sua capacidade, passando a operar na sua capacidade máxima para totalizar as 4 mil 
toneladas. 
No beneficiamento o minério é lavado, separado por tamanho, onde termos a fração fina que tem 
um diâmetro de -1 mm, e a fração grossa que tem -5 mm. 
 
7.6.2. Fração grossa 
Nos grossos usa-se a densidade como meio separador, que separa o coque do térmico. Em virtude 
da densidade do carvão térmico é maior que do cavão coque. 
Tem-se como densidade padrão usada para separar o mineralque e de 1,5 t/m
3
 ou kg/dm
3
. 
 Usa-se como meio separador a magnetite, que se acrescenta a densidade na separação usando a 
densidade do térmico como referencia. Separa a água e a magnetite, agua volta para o seu circuito 
Magnetite volta para o seu circuito 
RELATÓRIO-TETE 
 
27 
 
7.6.3. Circuito dos finos 
A mina da Vale para impedir que as frações finas não tratadas censitariamente causem poluição 
num circuito de beneficiamento de carvão, é aumentar a recuperação do carvão coque pedidos 
nos finos, o mineral é submetido ao processo de flotação. 
O processo de flotação tem como produto químico: usando óleo diesel, e espumante. 
 
O circuito dos finos, tem como separação meio denso, usando hidrociclones e flotação que 
operam 24 sobre 24, que separa-se ( -1, -0,25) mm, usando se como meio separador a agua. 
Onde 0,25 mm vai a flotação e 1 mm vai as espirais e este contendo térmico e rejeito, vai ao 
rejeito. 
A granulometria de -0,25 e dirigida para circuito de flotação, 
Flotação por Espumas (Froth flotation) – nesta faze, os minerais hidrofobizados (Carvão 
Coque) dispersos, no meio aquoso, são coletados por bolhas de ar e arrastados à superfície, sendo 
removidos na camada de espumas por transbordo. Os minerais hidrofílicos (carvão térmico e 
Rejeito) permanecem na fase aquosa acompanhando o fluxo de água. 
 
NB 
O material que escapa na separação da primeira célula, vai para a célula secundária, e o coque 
que não é separado vai para o espessador. 
 
7.6.3.2.Classificador Espiral 
O mineral térmico e rejeito que vai aos classificadores espirais, ou de dentro dela a polpa é 
mantida em suspensão. Onde alimentação é feita abaixo do nível de polpa e o material mais 
pesado afunda e é transportado pelas hélices ao longo do declive, sendo finalmente descarregado 
na parte superior através de uma abertura na base da calha, acima do nível de água. O material 
sedimentado do fundo da calha é removido pela hélice. 
No tanque de espessamento, recupera-se a quantidade presente no estéril, onde a agua volta para 
a planta de processamento e o rejeito volta a bacia de rejeito 
 
 
 
RELATÓRIO-TETE 
 
28 
 
7.7. Logística 
Para garantir agilidade e segurança no transporte do minério, a Vale tem uma rede de logística 
que integra minas, ferrovias, navios e portos. 
O carvão da Vale é transportado via ferrovia, com trens que possuem 140 vagões, Com 
investimento em tecnologia de ponta, desenvolvemos soluções que permitem reduzir o custo de 
transporte e a emissão de gases com efeito de estufa, como é o caso dos navios. 
O carvão mineral da Vale, é transportado pela Linha de Sena e Corredor de Nacala. 
 
7.7.1. Corredor Nacala 
Corredor Nacala, é uma ferrovia que liga Moatize ao porto de Nacala. Tem no total, 912 km e 
capacidade para movimentar 18 milhões de toneladas de carvão/ano. 
 
7.7.2. Linha de Sena 
Linha de Sena, é uma ferrovia que conecta Moatize ao porto da Beira, na província de Sofala, 
sul de Moçambique. Tem no total, São 575 km. 
 
Figure 9. Linha de Sena e corredor de Nacala (fonte: Própria) 
 
RELATÓRIO-TETE 
 
29 
 
8. Conclusão 
Em suma a província de Tete é uma bacia carbonífera que apresenta afloramento com rochas do 
pré-câmbrico e Karoo, sendo por isso rico em carvão, ouro e ferro, que foi recentemente 
descoberto na mina de capital resorce, mas infelizmente existe ainda uma grande actividade da 
mineração artesanal de ouro e outras pedras preciosas lá encontradas. 
Para mineradora Jindal sugerimos a implantação de bancadas na sua mina para permitir a 
estabilidade do talude, o acesso seguro de veículos e máquinas de grande tonelagem e evitar 
grandes danos ambientes após o enceramento das suas actividades de exploração. 
Da mineradora Vale ficou um bom aspecto o programa de revegetação das áreas mineradas que é 
reforçado com o plantio de mudas de árvores nativas como forma de devolver o terreno ao seu 
habitat original. 
Do estudo geológico da Mina deVale, verificou-se que ela é de origem sedimentar pertencente 
aos depósitos de carvão de Tete, que estão associados ao Super Grupo do Karoo. Entre as 
camadas de carvão existe novamente a presença de material estéril compostos por siltitos e 
arenitos o chamado interburden. As camadas de carvão apresentam características distintas 
quanto a sua composição química e aproveitamento econômico.Trabalho de Campo 
São conhecidas camadas de diferentes espessuras e designadas a partir da mais recente por: 
1. André 
2. Grande Falésia 
3. Intermédia 
4. Bananeira 
5. Chipanga 
6. Souza Pinto 
A camada Chipanga é a mais produtiva com cerca de 30m de espessura. 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO-TETE 
 
30 
 
Referência bibliográfica 
 PUC-Rio-certificação Digital No 0116493/CA 
 Almeida, S.L, 2014. Comunicação Técnica elaborada para a 4ª Edição do Livro de 
Tratramento de Minérios. 
 L.Vaconcelos. Geologia do carvão, 2005. 
 MAE. Perfil do Distrito de Moatize. Província de Tete. Ministério da Administração 
Estatal. 
 Série Perfis Distritais. Maputo, Moçambique, 2005. 
 
Sites consultados 
www.jindalafrica.com/mozambique.(15 de agosto de 2018). 
http://www.vale.com/mozambique/PT/Paginas/default.aspx (16 de agosto de 2018)

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