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Instrumentos legais para conservação da biodiversidade 1 2 POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE ( PNMA) • O mais importante diploma legal brasileiro na área ambiental é sem dúvida a Lei n° 6.938/81 com regulamentação no Decreto n° 99.274/90. • Essa lei materializa a tradução jurídica da Política Nacional do Meio Ambiente. 3 POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE (PNMA) • Esta Lei traz como objetivo principal à preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, e dá como parâmetros o desenvolvimento sócio - econômico, a segurança nacional e a dignidade da vida humana. • Os princípios adotados são o equilíbrio ecológico, racionalização de uso dos recursos, a proteção dos ecossistemas, zoneamento, incentivos, educação, etc. 4 POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE (PNMA) A responsabilidade civil objetiva no campo do dano ambiental é estabelecida por essa Lei, que prevê as sanções administrativas aplicáveis pelos órgãos de controle e fiscalização ambiental locais. 5 POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMIENTE ( PNMA ) Os instrumentos de proteção ambiental também têm sua origem nesta Lei. Os principais são o Licenciamento Ambiental, o Zoneamento e o Estudo de Avaliação de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). 6 POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMIENTE ( PNMA ) Outros instrumentos são: • Padrões de qualidade ambiental estabelecidos por Câmara Técnica do CONAMA e fiscalizada pelo IBAMA; • Estabelecimento de unidades de conservação (APA, parques, etc); • Cadastro técnico de atividades de defesa e potencialmente poluidores; • Sanções tais como multa, perda ou restrição de incentivos ou benefícios, a suspensão de atividades, entre outras. 7 ÓRGÃO E COMPETÊNCIAS LEGAIS • A Constituição Federal de 1988 alterou a competências ambientais, descentralizando a competência para legislar sobre o meio ambiente, que antes era concentrada na União. • Conforme consta no Art. 22 da Constituição, a competência privativa da União fica restrita às matérias que tratam das águas, energia, navegação fluvial, lacustre e marítima, aérea e aeroespacial, trânsito e transporte, recursos minerais e metalurgia, populações indígenas e atividades nucleares. 8 POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMIENTE ( PNMA ) • Atualmente, tem-se a competência concorrente em matéria ambiental conforme consta no Art. 24 da Constituição Federal. • Cada Estado da Federação tem competência legislativa concorrente com a União para fazer leis em matéria Ambiental. O princípio da hierarquia das leis deve ser respeitado. 9 POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMIENTE ( PNMA ) • O município também é um ente da Federação e pode legislar em matérias ambientais de interesse local, podendo ser mais restritiva, e suplementando a legislação federal e estadual. • O Art. 30 da Constituição trata da competência municipal para legislar as matérias ambientais de interesse local. 10 Competência e Atribuição dos Órgãos Ambientais no País ENTE DA FEDERAÇÃO ÓRGÃO ADMINISTRATIVO E AMBIENTAL ÓRGÃO DO PODER JUDICIÁRIO E DE POLÍCIA MINISTÉRIO PÚBLICO UNIÃO •Ministério do Meio Ambiente (MMA); •SISNAMA; •CONAMA; •IBAMA. •Justiça Federal; •Polícia Federal. Ministério Público Federal (Procuradores). Matérias: índios, águas federais e subterrâneas, energia nuclear, praias, parques nacionais e fauna. ESTADO •Conselho Estadual de Meio Ambiente; •Secretarias de M.A.; •Órgãos Ambientais (CETESB, FEMA). •Justiça Estadual; •Polícia Judiciária; •Polícia Militar; •Polícia Florestal. Ministério Público dos Estados (Promotores de Justiça). Matérias: Todas que não são interesses da União. MUNICÍPIOS •Conselho Municipal de Meio Ambiente; •Secretaria Municipal de Meio Ambiente. •Guarda Municipal. 11 LEIS E NORMAS AMBIENTAIS FLORA A Lei n° 12.651/2012, ou o Código Florestal define dois mecanismos de conservação da flora à nível de propriedade rural: APP e Reserva Legal Lei Federal 12.651/12 – Código Florestal Normas gerais sobre: Proteção da vegetação Áreas de Preservação Permanente Áreas de Reserva Legal Exploração florestal Suprimento de matéria-prima florestal Controle da origem dos produtos florestais Controle e prevenção dos incêndios florestais Instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos Áreas de Preservação Permanente Faixas marginais de cursos d´água naturais; Largura do curso d´água Faixa destinada a mata ciliar (APP) Até 10m 30 m De 10 a 50m 50 m De 50 a 200m 100 m De 200 a 600m 200 m Acima de 600m 500 m • Entorno de lagos/lagoas naturais e artificiais, nascentes; • Encostas com declividade superior a 45°; • Restingas, manguezais, topos de morro, veredas, altitude superior a 1800m. Áreas de Preservação Permanente Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de: preservar os recursos hídricos conservar a paisagem manter a estabilidade geológica preservar a biodiversidade e facilitar o fluxo gênico de fauna e flora proteger o solo assegurar o bem-estar das populações humanas Áreas de Preservação Permanente A vegetação deve ser mantida pelo proprietário da área; Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de Preservação Permanente, o proprietário da área é obrigado a promover a recomposição da vegetação, ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei. Áreas de Preservação Permanente A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei. É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental. Reserva Legal Área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, com a função de: assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural; auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos; promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa. Áreas Reserva Legal A Reserva Legal deve ser conservada com cobertura de vegetação nativa pelo proprietário do imóvel rural; Admite-se a exploração econômica da Reserva Legal mediante manejo sustentável, previamente aprovado pelo órgão competente do Sisnama. Localização % do imóvel Amazônia Legal - florestas 80 Amazônia Legal - cerrado 35 Amazônia Legal - campos gerais 20 Demais regiões do país 20 Áreas Reserva Legal Será admitido o cômputo da APP no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que: o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo; a área a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperação, conforme comprovação do proprietário ao órgão estadual integrante do Sisnama; o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro Ambiental Rural – CAR; 20 LEIS E NORMAS AMBIENTAIS FAUNA Em relação à fauna, a Lei n° 5.197/67, trata deste assunto. Os animais são patrimônio nacional, proíbe a caça profissional e veda o comércio de animais. O Código de Pesca, Decreto - Lei n° 221/67, pretende disciplinar cuidados acerca dos animais aquáticos, pesca, suas modalidades, sanções, cuidados, entre outros. 21 LEIS E NORMAS AMBIENTAIS REGRASRELATIVAS À BIODIVERSIDADE • Em relação a biossegurança e às regras para manipulação genética segura, surge em 1995, para disciplinar o dispositivo constitucional a Lei n° 8.974/95, regulada pelo Decreto n° 1.752/95. • Todas as regras e técnicas de engenharia genética para instituições no tocante à manipulação genética e liberação no ambiente de organismos geneticamente modificados estão aqui apresentadas. 22 CRIMES AMBIENTAIS Finalmente, a Lei n° 9.605/98 - a lei de crimes ambientais ressaltou alguns aspectos importantes: a) o crime ocorre por ação ou omissão; b) a responsabilidade é pessoal (física) e também jurídica; c) sanções alternativas; d) o funcionário público responde na medida do dano (co-responsabilidade por omissão). 23 LEIS E NORMAS AMBIENTAIS AÇÃO CIVIL PÚBLICA Em 1985 surge, com a Lei n° 7.347/85, um dos instrumentos de proteção ambiental mais eficazes, a Ação Civil Pública, instrumento jurisdicional importante do qual pode o cidadão fazer uso quando se sentir prejudicado. 24 AÇÃO CIVIL PÚBLICA Atribui legitimidade ao Ministério Público e as Entidades Civis (ONG's) para ajuizar ações contra os infratores da legislação ambiental e de outros direitos e interesses chamados difusos e coletivos. 25 AÇÃO CIVIL PÚBLICA Antes da Lei 7347/85 se uma empresa estivesse, por exemplo, poluindo o ar, somente os vizinhos - confrontantes poderiam pensar em promover uma ação. Hoje a sociedade tem o poder de ação, através do Ministério Público ou de alguma associação criada para o fim de proteger o meio ambiente. 26 PERÍCIA AMBIENTAL Desde a instituição dos diplomas legais acima citados e com o advento da Lei dos Crimes Ambientais (Lei n° 9.605/98), os tribunais dão conta de inúmeros processos movidos pela coletividade, pelo Ministério Público, pelo Estado ou pelo particular no exercício da proteção aos direitos individuais e coletivos na esfera do meio ambiente. O dano ou a ameaça ao meio ambiente é o objeto principal nestes casos. 27 PERÍCIA AMBIENTAL Nas ações judiciais sobre o meio ambiente que se destaca a Perícia Ambiental. Prevista no Código de Processo Civil (artigos 420 a 439 da Seção VII, Cap. VI - Das Provas), A prova pericial é solicitada sempre que, na averiguação da verdade dos fatos, faz-se necessária a atuação de profissionais com conhecimentos técnico-científicos especializados. 28 PERÍCIA AMBIENTAL Na área ambiental as informações e documentos não bastam para elucidar a lide, muitas vezes a averiguação da existência do fato danoso e dos efeitos prejudiciais depende de prova eminentemente técnica que somente pode ser produzida por profissionais especializados na área, é neste momento que se faz necessário a perícia ambiental. 29 PERÍCIA AMBIENTAL A atividade pericial em meio ambiente é regida pelo Código de Processo Civil, bem como as demais modalidades de perícias. Em razão da especificidade das questões ambientais, esta atividade deve ser amparada na Legislação Ambiental vigente no âmbito Federal, Estadual e Municipal 30 A Perícia Ambiental tornou-se. assim, uma área técnica específica de atuação profissional. O objetivo da perícia é esclarecer tecnicamente a existência ou não de ameaça ou dano ambiental. Ela é realizada por profissional especializado na área. PERÍCIA AMBIENTAL 31 O PERITO • Designado pelo Juiz, o Perito do Juízo atua como Auxiliar da Justiça assessorando o juiz na formação de seu convencimento. • O perito devem ser um profissional de nível superior, com habilitação na matéria sobre a qual irão opinar; • Deve ser uma pessoa de confiança do Magistrado e produz ao final dos trabalhos o Laudo Pericial. 32 • Além do perito, nomeado pelo juiz, as partes tem direito de nomear Assistentes Técnicos dentre os profissionais especializados e que forem de sua confiança. • Estes profissionais irão orientá-los e assisti- los nos trabalhos periciais em todas as fases da perícia e, quando necessário, emitirão um Parecer Técnico. ASSISTENTES TÉCNICOS 33 PERITO E ASSISTENTE TÉCNICO • Diferentemente dos Peritos do Juiz, os Assistentes Técnicos não estão sujeitos a impedimento ou suspeição (art. 422 do CPC); • Os assistentes técnicos não são fiscais do perito. O principal objetivo deles é a garantia do contraditório e ampla defesa das partes em relação à lide. 34 ATUAÇÃO DO ASSISTENTE TÉCNICO ● Deve participar, se for aceito pelo Perito Judicial, na elaboração do Laudo; ● Deve sempre estar a disposição dos advogados, perito e interessados, para dirimir dúvidas e participar intensamente da produção da prova pericial e; ● Deve administrar tecnicamente o que lhe compete, com clareza e objetividade, para sempre que solicitado prestar esclarecimentos aos advogados e interessados. 35 QUESITOS • Os quesitos são as questões formuladas pelas partes envolvidas no processo e que devem ser respondidas de forma técnica e imparcial, buscando esclarecer os interessados a respeito da matéria em análise. • Para se responder os quesitos de uma perícia ambiental utilizam-se dados técnicos das normas, fotografias, referências bibliográficas especializadas, modelos matemáticos, questionários de respostas, visitas ao local em análise, resultados de análises de laboratório, entre outros. 36 LAUDO PERICIAL CONTEÚDO O laudo pericial é o documento que apresenta os resultados da perícia ambiental. Não existe um formato padrão para este tipo de documento, mas recomenda-se que contenha, no mínimo, as seguintes informações: ● Identificação do processo e solicitante da perícia; ● Identificação das partes envolvidas; ● Descrição do objeto da perícia; ● Apresentação da equipe de trabalho ; ● Relação dos documentos e informações utilizados (fornecidos, leis e normas); 37 LAUDO PERICIAL CONTEÚDO ● Metodologia de trabalho adotada; ● Descrição do local da perícia; ● Data, hora e período de tempo das diligências; ● Descrição dos dados e informações disponíveis para fundamentar a análise e as respostas dos quesitos da perícia em execução e as conclusões; ● Resultados e discussões; ● Conclusões; ● Identificação do perito ou assistente técnico, registro profissional, registro geral, assinatura do profissional, data. 38 SEQÜÊNCIA PARA CONFECÇÃO DE LAUDO DE PERÍCIA AMBIENTAL A seqüência apresentada constitui uma sugestão que na maioria dos casos não se tem ou não são necessários todos os elementos abaixo listados. Para cada caso específico são importantes os itens mais relacionados com o problema ambiental em estudo. 39 SEQÜÊNCIA PARA CONFECÇÃO DE LAUDO DE PERÍCIA AMBIENTAL 1. EXAME DO LOCAL 2. DISCUSSÃO 2.1. Diagnóstico Ambiental da Área; 2.2. Impactos Ambientais observados na Área 2.3. Considerações Complementares (quando for o caso ) 3. CONCLUSÃO 40 EXAME DO LOCAL 1.1 Localização da Área: Apresentar mapas da área em análise em escala compatível indicando o local e vizinhança. Utilizar preferencialmente as coordenadas geográficas em unidades técnicas métricas. 1.2 Situação Legal da Área: Verificar se a área é pública ou privada, a qual unidade da federação pertence e se é considerada uma área de proteção ambiental. Descrever sucintamente a que se destina e qual o seu uso atual. 1.3 Clima: Realizar o levantamento climatológico regional (índice pluviométrico, freqüência, direção e intensidade do vento, umidade e temperatura ambientes médias). 41 EXAME DO LOCAL 1.4 Recursos Hídricos: Inventariar os recursos hídricossuperficiais e subterrâneos e mapearos corpos d'água e mananciais. 1.5 Geologia e Morfologia do Solo: Descrever o perfil geológico do terreno e relevo local. 1.6 Solo: Mapear os solos, com considerações sobre a pedologia e a edafologia. 1.7 Vegetação: Descrever a mapear as principais formas de vegetação. Listar as plantas, principalmente, aquelas de interesse econômico. Constatar a ocorrência de espécies raras ou endêmicas. 42 EXAME DO LOCAL 1.8 Fauna e Ictiofáuna: Identificar principalmente os vertebrados e peixes, dando ênfase às espécies endêmicas, raras, migratórias e cinergéticas. 1.9 Ecossistema: Identificar e descrever os principais ecossistemas da área, nos seus componentes abióticos e bióticos. 1.10 Área de Preservação: Constatar se o local descrito está inserido em área protegida por lei (Parques, Estação Ecológica, Reserva Biológica, etc). 43 EXAME DO LOCAL 1.11 Infra-estrutura: Descrever as infra-estruturas existentes no local (núcleo habitacional, telefonia, estrada, cooperativas, etc). 1.12 Atividades previstas, ocorridas ou existentes na área: Relatar as tecnologias utilizadas nas fases de implementação e operação do empreendimento. 44 DISCUSSÃO Diagnóstico Ambiental da Área • Uso atual da terra: Constatar o uso atual da terra, dar o percentual utilizado pela agropecuária. • Uso atual da água: Constatar o uso da água. bem como obras de engenharia (canal, dique, barragem, drenagem). Verificar se ocorrem fontes poluidoras. • Avaliação da situação ecológica atual: Realizar o levantamento das ações antrópicas anteriores e atuais, bem como relatar a situação da vegetação e fauna nativas. Com os dados obtidos inferir sobre a estabilidade ecológica dos ecossistemas da área. 45 DISCUSSÃO Impactos Ambientais observados na Área • Avaliação sócio-econômica: Analisar a situação sócio- econômica da área, através de uma metodologia compatível com a realidade regional. • Impactos ecológicos: Listar e analisar os impactos ecológicos, levando em consideração a saúde pública e a estabilidade dos ecossistemas naturais, principalmente, aquelas localizadas em áreas protegidas por lei. • Impactos sócio-econômicos: Avaliar os impactos sócio- econômicos da área, levando em consideração os aspectos médicos e sanitários. • Perspectivas da evolução ambiental da área: Inferir sobre qual seria a evolução da área com ou sem o empreendimento. 46 DISCUSSÃO Considerações Complementares • Alternativas tecnológicas e locacionais: Optar por alternativas menos impactantes para o meio ambiente, em termos tecnológicos e locacionais. • Recomendações para minimizar os impactos adversos e incrementar os benéficos: Listar as recomendações específicas para minimizar os impactos negativos e incrementar os benéficos. • Recomendações para o monitoramento dos impactos ambientais adversos: Desenvolver e implantar programas de biomonitoramento, de controle de qualidade da água, de controle de erosão, etc. • Apreciação dos quesitos: Discutir claramente os quesitos formulados pelo Promotor, Juiz ou Delegado 47 CONCLUSÃO Deve ser elaborada de forma sucinta, mas sempre que possível, conclusiva, abrangendo os aspectos ambientais anteriormente discutidos.
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