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ESTUDO DISCIPLINAR RECURSOS HUMANOS PARTE 1

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ESTUDO DISCIPLINAR RECURSOS HUMANOS PARTE 1
PERGUNTA 1
(Enade 2016) Leia o texto a seguir.
A articulação indígena e quilombola vem-se consolidando em Oriximiná, no Pará, desde 2012, com o objetivo de incentivar a parceria entre índios e quilombolas frente a novos desafios comuns. A aliança possibilitou, em 2015, a reaproximação entre índios da Terra Indígena Kaxuyana - Tunayana e os quilombolas da Terra Quilombola Cachoeira Porteira, cujas relações, no processo de regularização de suas terras, haviam assumido ares de conflito. Reunidos no Quilombo Abuí, escolhido como local neutro e livre de influências externas, em maio de 2015, lideranças indígenas e quilombolas de ambas as terras, com a mediação de lideranças quilombolas de outras comunidades, acordaram os limites territoriais para fins de regularização fundiária. O acordo foi oficializado junto ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público Estadual.
Disponível em <www.quilombo.com.br>. Acesso em 29 ago. 2016 (com adaptações).
A análise dessa situação evidencia a importância da:
	
	a.
	Autodeterminação dos povos tradicionais na definição de seus limites territoriais.
	
	b.
	Intervenção prévia do Estado em situações de potencial conflito entre povos tradicionais.
	
	c.
	Urgência de regularização das terras quilombolas e indígenas, priorizando-se áreas isentas de conflitos.
	
	d.
	Definição, por atores externos, dos desafios comuns a serem enfrentados pelos povos tradicionais.
	
	e.
	Participação do Ministério Público nas negociações de limites territoriais entre quilombolas e indígenas.
Resposta: A
Análise das alternativas. A – Alternativa correta. JUSTIFICATIVA. O texto mostra lideranças indígenas e quilombolas dialogando para solucionar conflitos territoriais, sem a participação de terceiros. B – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto trata da importância da "parceria entre índios e quilombolas", independentemente de agentes externos, como o Estado. C – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto trata de um acordo para resolver conflitos entre índios e quilombolas, não trata da regularização de terras por parte do Estado. D – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O ponto central do texto é que o conflito entre indígenas e quilombolas está sendo resolvido por comum acordo entre as partes, sem a interferência externa. E – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto não cita a interferência externa na resolução dos conflitos, muito menos a intervenção do Ministério Público.
PERGUNTA 2
Considere o gráfico e analise as afirmativas a seguir.
I) A Ásia é o lugar de destino que, em 2015, apresentou a maior diferença entre o número de homens e de mulheres imigrantes.
II) O número de mulheres com destino à Europa cresceu mais no período de 2000 a 2010 do que no período de 2010 a 2015.
III) O número de imigrantes que chegaram à Europa em 2015 foi 35 milhões.
É correto o que se afirma em:
	
	a.
	I, II e III.
	
	b.
	I e II, apenas.
	
	c.
	II e III, apenas.
	
	d.
	I e III, apenas.
	
	e.
	I, apenas.
Resposta: B
Análise das afirmativas. I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Do gráfico, vemos que, em 2015, os números de imigrantes homens foram os indicados a seguir. Para a África: cerca de 10 milhões. Para a Europa: cerca de 35 milhões. Para o Canadá e para os Estados Unidos: cerca de 25 milhões. Para a Ásia: cerca de 45 milhões. Do gráfico, vemos que, em 2015, os números de imigrantes mulheres foram os indicados a seguir. Para a África: cerca de 10 milhões. Para a Europa: cerca de 40 milhões. Para o Canadá e para os Estados Unidos: cerca de 25 milhões. Para a Ásia: cerca de 30 milhões. Temos, então, que as diferenças entre os números de imigrantes homens e de mulheres foram de cerca de 5 milhões para a Europa e cerca de 15 milhões para a Ásia. Nas demais regiões, os números de imigrantes homens e mulheres foram similares. II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Para analisarmos crescimento, devemos comparar as inclinações dos gráficos: quanto maior a “inclinação para a direita”, maior a taxa de crescimento. Vemos, no gráfico de imigrantes mulheres com destino à Europa, que a inclinação é maior no período de 2000 a 2010 do que no período entre 2010 e 2015, o que evidencia menor taxa de imigração no segundo período. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Considerando que os imigrantes são classificados, nos gráficos, por gênero, tivemos cerca de 35 milhões de imigrantes homens e cerca de 40 milhões de mulheres com destino à Europa em 2015. Somando o número de homens e o número de mulheres, temos cerca de 75 milhões de imigrantes com destino à Europa nesse ano.
PERGUNTA 3
Leia a charge a seguir, de autoria de Laerte.
Observação. Nas faixas, da esquerda para a direita, leem-se as seguintes frases: 100 salários mínimos, 50 salários mínimos, 10 salários mínimos e 5 salários mínimos.
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I. O objetivo da charge é criticar as faixas exclusivas de ônibus, que provocam mais congestionamentos nas cidades.
II. A quantidade e o tipo de veículos em cada faixa ilustram a distribuição de renda da população brasileira.
III. O objetivo da charge é mostrar a ascensão da classe média, que pode conquistar o sonho de adquirir um automóvel nos últimos anos.
IV. De acordo com a charge, a maioria das pessoas tem renda na faixa de 10 salários mínimos.
Está correto o que se afirma apenas em:
	
	a.
	I e II.
	
	b.
	II e IV.
	
	c.
	III.
	
	d.
	IV.
	
	e.
	II.
Resposta: E
Análise das afirmativas. I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge associa tipos e quantidades de automóveis a faixas com múltiplos de valores de salário mínimo (em vez de valores de velocidades máximas) e não faz referência a congestionamentos ocasionados por faixas exclusivas de ônibus. II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. A charge associa carros mais caros e menores quantidades de automóveis a valores mais elevados de salários e associa ônibus lotados ao valor mais baixo de salário, fazendo alusão à distribuição de renda da população brasileira. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge não faz referência à ascensão da classe média e à sua possibilidade de adquirir um automóvel. IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De acordo com a charge, a maioria das pessoas tem renda na faixa de 5 salários mínimos, pois, nessa categoria, fazemos analogia com o ônibus com lotação máxima.
PERGUNTA 4
Leia a charge a seguir.
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I) A charge é uma crítica ao programa “Mais Médicos” do Governo Federal.
II) O médico da charge representa um profissional que não adota procedimentos adequados para chegar a um diagnóstico. 
III) A charge sugere que os erros de diagnóstico são comumente realizados pelos médicos em nosso país, mas culpa os pacientes por esse problema, pois eles não sabem relatar com exatidão o que estão sentindo.
Está correto o que se afirma somente em:
	
	a.
	II.
	
	b.
	II e III.
	
	c.
	I e II.
	
	d.
	I e III.
	
	e.
	I.
Resposta: A
Análise das afirmativas: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge não faz qualquer menção ao programa “Mais Médicos”. II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. A charge mostra o profissional da saúde usando um método não científico (aleatório) para fazer o diagnóstico da doença da paciente. A charge usa o exagero para denunciar que há médicos que fazem diagnósticos errados ou descuidados. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge critica o diagnóstico por parte do médico, não por parte da paciente. A paciente não passou informações sobre o que sente e não foram feitos exames, mas o médico já quer definir um diagnóstico.
PERGUNTA 5
Leia o artigo de Leão Serva e a charge.
                                      No Dia do Índio, nada a comemorar, só razões para protestar
Índios brasileiros e apoiadores britânicos fazem protesto diante da Embaixada do Brasil em Londres em 19 de abril, Dia do Índio.Vão dizer que as populações tradicionais não têm nada que comemorar no dia consagrado a elas. E tentarão atrair a atenção de quem compra produtos brasileiros no exterior para o sangue indígena que mancha nossas  commodities agropecuárias e minerais. É irônico que, em um regime democrático, protestos desse tipo aconteçam na capital britânica como ocorriam antes, durante a Ditadura Militar, a cada visita de presidente ou representantes do regime. No entanto, chamar a atenção dos países que podem influenciar o Brasil, sempre tão cioso de sua imagem externa, é a única ação que restou diante dos  ataques à proteção ambiental e aos direitos indígenas pela atual administração federal com amplo apoio no Congresso. (...) O protesto na sede da representação diplomática brasileira tem o apoio, em Londres, da organização Survival International. Na semana passada, outra entidade, o Observatório do Clima, que reúne cerca de 40 organizações ambientalistas, criticou as medidas do Executivo Federal que apressam a desmontagem dos dispositivos consagrados na Constituição de 1988. Chama atenção para a coincidência entre esses ataques às leis de proteção ambiental no momento em que cresce a desmoralização da elite política do país, sob acusações de corrupção. (...) Entre as medidas tomadas pelo Congresso, exatamente quando crescem as denúncias contra legisladores, estão leis que reduzem as áreas de preservação ambiental: "Na última terça-feira (11/4), uma comissão do Congresso Nacional retalhou um conjunto de unidades de conservação na Amazônia e na Mata Atlântica, liberando para grilagem 660 mil hectares de terras públicas que haviam sido ilegalmente ocupadas e vêm sendo desmatadas (...). Na quarta-feira (12/4), em sete minutos, outra comissão especial do Congresso aprovou a Medida Provisória 758, que reduz outros 442 mil hectares de unidades de conservação na Amazônia – em dois dias, 1,1 milhão de hectares". Os ataques à legislação de proteção dos índios e do ambiente coincidem também com o aumento vertiginoso na devastação das florestas: a devastação cresceu 60% nos últimos dois anos, pondo em risco a meta brasileira de chegar a 2020 com redução de 80% na taxa, lançando dúvidas sobre a seriedade do compromisso do governo brasileiro com o Acordo de Paris.
Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/leaoserva/2017/04/1876433-no-dia-do-indio-nada-a-comemorar-so-razoes-para-protestar.shtml>. Acesso em 19 abr. 2017 (com adaptações).
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I) O objetivo da charge é mostrar que, apesar de os índios perderem recursos naturais, houve, para eles, a compensação do acesso à tecnologia.
II) De acordo com o texto, o protesto em Londres tem por objetivo denunciar ao mundo medidas do governo contra a proteção ambiental e contra os direitos indígenas. 
III) Os índios brasileiros, como mostra a charge, têm sido submetidos a um processo de aculturação, que lhes traz piores condições de vida.
IV) Segundo o texto, o Brasil tem hoje 1,1 milhão de hectares de áreas devastadas.
Está correto o que se afirma somente em:
	
	a.
	I, II e III.
	
	b.
	II, III e IV.
	
	c.
	II e IV.
	
	d.
	I e III.
	
	e.
	II e III.
Resposta: E
Análise das afirmativas: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O objetivo da charge é mostrar a degradação da condição de vida dos indígenas como consequência de alterações na sua cultura e nas suas terras. II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Segundo o texto, o protesto "é a única ação que restou diante dos ataques à proteção ambiental e aos direitos indígenas pela atual administração federal com amplo apoio no Congresso". Logo, o protesto visa denunciar a perda de direitos indígenas e o descaso da proteção ambiental por parte do governo. III – Afirmativa correta.JUSTIFICATIVA. A charge mostra, no quadro da direita, um índio com roupas de "homem branco", ostentando marcas, com uma garrafa de bebida alcoólica e tirando uma selfie: situações que não pertenciam ao universo original dos nativos. Nota-se a diferença nas expressões faciais do índio, que expressa alegria no ambiente da floresta e mostra tristeza quando imerso no mundo do "homem branco". IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Segundo o texto, "na última terça-feira (11/4), uma comissão do Congresso Nacional retalhou um conjunto de unidades de conservação na Amazônia e na Mata Atlântica, liberando para grilagem 660 mil hectares de terras públicas que haviam sido ilegalmente ocupadas e vêm sendo desmatadas (...). Na quarta-feira (12/4), em sete minutos, outra comissão especial do Congresso aprovou a Medida Provisória 758, que reduz outros 442 mil hectares de unidades de conservação na Amazônia – em dois dias, 1,1 milhão de hectares". Com essas duas Medidas Provisórias, foi autorizada a devastação de 1,1 milhões de hectares a mais do que já havia sido devastado anteriormente. Vale notar que ocorre, ainda, a devastação ilegal (não considerada nesses números).
PERGUNTA 6
Leia o texto a seguir.
                                                                    Ética de princípios – Rubem Alves
As duas éticas: a ética que brota da contemplação das estrelas perfeitas, imutáveis e mortas, a que os filósofos dão o nome de ética de princípios, e a ética que brota da contemplação dos jardins imperfeitos e mutáveis, mas vivos – a que os filósofos dão o nome de ética contextual. Os jardineiros não olham para as estrelas. Eles nada sabem sobre as estrelas que alguns dizem já ter visto por revelação dos deuses. Como os homens comuns não veem essas estrelas, eles têm de acreditar na palavra dos que dizem já as ter visto longe, muito longe... Os jardineiros só acreditam no que os seus olhos veem. Pensam a partir da experiência: pegam a terra com as mãos e a cheiram... Vou aplicar a metáfora a uma situação concreta. A mulher está com câncer em estado avançado. É certo que ela morrerá. Ela suspeita disso e tem medo. O médico vai visitá-la. Olhando, do fundo do seu medo, no fundo dos olhos do médico ela pergunta: "Doutor, será que eu escapo desta?" Está configurada uma situação ética. Que é que o médico vai dizer? Se o médico for um adepto da ética estelar de princípios, a resposta será simples. Ele não terá que decidir ou escolher. O princípio é claro: dizer a verdade sempre. A enferma perguntou. A resposta terá de ser a verdade. E ele, então, responderá: "Não, a senhora não escapará desta. A senhora vai morrer...". Respondeu, segundo um princípio invariável para todas as situações. A lealdade a um princípio o livra de um pensamento perturbador: o que a verdade irá fazer com o corpo e a alma daquela mulher? O princípio, sendo absoluto, não leva em consideração o potencial destruidor da verdade. Mas, se for um jardineiro, ele não se lembrará de nenhum princípio. Ele só pensará nos olhos suplicantes daquela mulher. Pensará que a sua palavra terá que produzir a bondade. E ele se perguntará: "Que palavra eu posso dizer que, não sendo um engano - "A senhora breve estará curada...'-, cuidará da mulher como se a palavra fosse um colo que acolhe uma criança?" E ele dirá: "Você me faz essa pergunta porque você está com medo de morrer. Também tenho medo de morrer..." Aí, então, os dois conversarão longamente - como se estivessem de mãos dadas... - sobre a morte que os dois haverão de enfrentar. Como sugeriu o apóstolo Paulo, a verdade está subordinada à bondade. Pela ética de princípios, o uso da camisinha, a pesquisa das células-tronco, o aborto de fetos sem cérebro, o divórcio, a eutanásia são questões resolvidas que não requerem decisões: os princípios universais os proíbem. Mas a ética contextual nos obriga a fazer perguntas sobre o bem ou o mal que uma ação irá criar. O uso da camisinha contribui para diminuir a incidência da Aids? As pesquisas com células-tronco contribuem para trazer a cura para uma infinidade de doenças? O aborto de um feto sem cérebro contribuirá para diminuir a dor de uma mulher? O divórcio contribuirá para que homens e mulheres possam recomeçar suas vidas afetivas?A eutanásia pode ser o único caminho para libertar uma pessoa da dor que não a deixará? Duas éticas. A única pergunta a se fazer é: "Qual delas está mais a serviço do amor?”
Disponível em <http://cronicasbrasil.blogspot.com.br/2008/03/tica-de-princpios-rubem-alves.html>. Acesso em 20 jan. 2016.
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I. A ética de princípios julga a ação com base naquilo que está antes, o princípio, a norma, independentemente da situação vivenciada. A ética contextual, por sua vez, julga a ação com base naquilo que vem depois, isto é, com base nos efeitos da ação.
II. Segundo o texto, os fundamentos teóricos que embasam os preceitos éticos universais não são plenamente compreendidos pelo cidadão comum. Como consequência, cada cidadão é responsável por inventar os seus próprios preceitos.
III. Segundo o autor, a ética de princípios deve ser abolida, pois vai contra o bem-estar da população.
IV. Por “estrelas perfeitas, imutáveis e mortas” entendem-se os valores dos nossos antepassados.
Assinale a alternativa correta.
	
	a.
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
	
	b.
	Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
	
	c.
	Apenas a afirmativa I está correta.
	
	d.
	Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
	
	e.
	Todas as afirmativas estão corretas.
Resposta: C
Análise das afirmativas. I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Do primeiro parágrafo do texto, observamos que há "duas éticas: a ética que brota da contemplação das estrelas perfeitas, imutáveis e mortas, a que os filósofos dão o nome de ética de princípios, e a ética que brota da contemplação dos jardins imperfeitos e mutáveis, mas vivos – a que os filósofos dão o nome de ética contextual". Logo, vemos que a ética de princípios é independente da situação e é fruto da observação de algo que já está implantado, o que não ocorre com a ética contextual, dependente da situação e fruto da observação de algo que está ocorrendo no momento. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Segundo o texto, "os jardineiros não olham para as estrelas. Eles nada sabem sobre as estrelas que alguns dizem já ter visto por revelação dos deuses. Como os homens comuns não veem essas estrelas, eles têm de acreditar na palavra dos que dizem já as ter visto longe, muito longe... Os jardineiros só acreditam no que os seus olhos veem. Pensam a partir da experiência: pegam a terra com as mãos e a cheiram...". Logo, os jardineiros seriam os adeptos da lógica contextual, aplicando a lógica baseada em suas vivências e não em estudos de casos anteriores. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor não diz que a ética de princípios deve ser abolida, mas diz que há situações em que a ética contextual é mais suave em sua aplicação do que a ética de princípios.
	
	
	
PERGUNTA 7
Leia o texto a seguir.
O processo de transição demográfica ou transição vital é uma das principais transformações pelas quais vem passando a sociedade moderna. Ele caracteriza-se pela passagem de um regime com altas taxas de mortalidade e fecundidade/natalidade para outro regime em que ambas as taxas situam-se em níveis relativamente mais baixos. Além de alterar as taxas de crescimento da população, a transição demográfica acarreta alteração da estrutura etária, quando diminui a proporção de crianças ao mesmo tempo em que há elevação no percentual de idosos da população. A partir do século XVIII, a revolução industrial e a modernização das sociedades europeias, assim como os avanços científicos, urbanísticos e os ganhos em qualidade de vida de um modo geral, dão início ao processo de transição. Na América Latina, a transição se dá mais tardiamente, exceção feita ao Uruguai e à Argentina, que iniciaram esse processo a partir do início do século XX. No Brasil, seus efeitos passam a ser notados de maneira mais marcante a partir de meados do século passado e se deram de forma bastante rápida com as populações sofrendo mudanças bruscas em curtos períodos de tempo. Esse comportamento vem provocando mudanças significativas na estrutura etária da população, com importantes implicações para indivíduos, famílias e sociedade. No processo de transição demográfica brasileira, o Brasil praticamente reduziu pela metade sua taxa de mortalidade em apenas 20 anos (de 20,0% em 1940 para 12,6% em 1960), enquanto os países desenvolvidos levaram, para o mesmo feito, aproximadamente 100 anos. O conjunto de causas de morte formado pelas doenças infecciosas, respiratórias e parasitárias começa, paulatinamente, a perder importância frente a outro conjunto formado por doenças que se relacionam com a degeneração do organismo através do envelhecimento, como o câncer, as doenças cardiorrespiratórias, entre outros. Por outro lado, a partir de meados dos anos 1980, as mortes associadas às causas externas ou violentas (que incluem os homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais etc.) passaram a desempenhar um papel de destaque, de forma negativa, sobre a estrutura por idade das taxas de mortalidade, particularmente dos adultos jovens do sexo masculino. Para ilustrar, a figura abaixo mostra a participação dos homicídios no total de mortes de adultos entre 15 e 20 anos nas diferentes regiões brasileiras entre 2002 e 2012, em comparação ao número de homicídios na população total.
Com base na leitura, assinale a alternativa correta.
	
	a.
	No Brasil, o número de mortes em 1960 foi praticamente a metade do registrado em 1940.
	
	b.
	Na região Norte, no período de 2002 a 2012, o número de jovens entre 15 e 20 anos assassinados praticamente dobrou.
	
	c.
	A região Sudeste é a única região do país na qual foi observada queda contínua no número absoluto de homicídios de jovens entre 15 e 20 anos de idade no período de 2002 a 2012.
	
	d.
	Em 2012, a taxa de homicídios de jovens entre 15 e 20 anos na região Norte foi aproximadamente igual à na região Sul.
	
	e.
	Nos países em processo de transição demográfica, a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade são equivalentes.
Resposta: B
Análise das alternativas: A – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto diz que "o Brasil praticamente reduziu pela metade sua taxa de mortalidade em apenas 20 anos (de 20,0% em 1940 para 12,6% em 1960)". A taxa de mortalidade foi reduzida praticamente pela metade, mas isso não aconteceu com o número de mortes, já que a população do país variou de 1940 para 1960 e não temos esse dado. B – Alternativa correta. JUSTIFICATIVA. O gráfico mostra que o número de assassinatos entre jovens na região Norte passou de 1.577, em 2002, para 3.271, em 2012. Ou seja, o número de assassinatos praticamente dobrou. C – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De 2011 para 2012, o número de assassinatos entre jovens no Sudeste aumentou de 7.833 para 8.456, segundo o gráfico. Nos demais anos, o número de assassinatos nessa região diminuiu, mas não de 2011 para 2012. D – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O gráfico traz valores absolutos. Para termos valores relativos, devemos dividir o número de assassinatos pela população na faixa etária considerada. E – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Do texto, temos: "o processo de transição demográfica (…) caracteriza-se pela passagem de um regime com altas taxas de mortalidade e fecundidade/natalidade para outro regime em que ambas as taxas situam-se em níveis relativamente mais baixos". Ou seja, na transição demográfica, ocorre diminuição da taxa de natalidade e da taxa de mortalidade. Se a taxa de mortalidade fosse igual à taxa de natalidade, não haveria crescimento ou decrescimento da população.
PERGUNTA 8
Leia o texto e analise as afirmativas que seguem.
                                      A selva amazônica alimenta as torneiras em São Paulo
                              Desmatamento da Amazônia reduz chuvas até em Buenos Aires.
Nos últimos dois anos, muitos dos habitantes da Grande São Paulo (20 milhões de pessoas) começaram a se acostumar a captar água da chuva com baldes, aesfregar o chão com água da máquina de lavar roupas e a se levantar de madrugada, antes que as torneiras ficassem secas novamente, para encher as bacias e ter água para o dia seguinte. O estado mais rico do Brasil ficou imerso por uma crise hídrica que não previu ou não soube prevenir e observou como suas reservas foram secando paulatina e perigosamente diante de uma queda inesperada de precipitações. Os estados próximos, como Rio de Janeiro e Minas Gerais, seguiram os passos do vizinho e muitos de seus habitantes também sofreram com o desabastecimento de água durante dias. No Nordeste do país, uma região maior, embora menos populosa, a seca não é nenhuma novidade, e, em épocas mais severas, multiplicam-se as imagens de famílias inteiras percorrendo dezenas de quilômetros em busca de algum poço de qualidade questionável ou esperando com a vista voltada às ruas, completamente dependentes da chegada de um caminhão-pipa. O problema explica-se pela falta de infraestrutura, de previsão e de uma cultura de consumo responsável. E, também, claro, pela falta de chuvas, um fenômeno que os especialistas associam ao desmatamento do maior tesouro do Brasil (e do Planeta): a selva amazônica. As mordidas constantes do homem sobre a selva amazônica, um ecossistema único que mantém o ar úmido por até 3.000 quilômetros continente adentro, podem equiparar-se, em termos ambientais, a acabar com a nascente de um gigantesco rio. Calcula-se, por exemplo, que 19% das chuvas da Bacia da Prata têm sua origem na umidade que a selva amazônica gera, e que voa para o sul. As secas foram acompanhadas nos últimos anos de outros fenômenos climáticos extremos, como inundações, especialmente no sul do país, o que reforça a teoria dos especialistas sobre o papel da selva no equilíbrio climático da região. Com esse panorama, em que até o Rio de Janeiro terá que investir em obras que garantam o abastecimento, o Brasil tem uma má notícia a dar: o desmatamento na Amazônia aumentou 16% este ano (2015) e chegou a 5.841 quilômetros quadrados, uma área equivalente à metade do território de Porto Rico. Por outro lado, a boa notícia é que o Brasil já esteve pior: em 2004, foram destruídos 27.772 quilômetros quadrados. O objetivo para 2020 é não superar os 4.000 km². O desafio é enorme. Contra ele, estão principalmente os interesses da pecuária e dos agricultores. Os estados que concentram os maiores aumentos do desmatamento (Amazonas, Rondônia e Mato Grosso) beneficiaram-se, paradoxalmente, de recursos do Fundo Amazônia, nutrido pelo investimento estrangeiro e idealizado, precisamente, para reduzi-lo.
Disponível em <http://brasil.elpais.com/brasil/2015/11/29/politica/1448831631_311610.html?id_externo_promo=ep-ob&prm=ep-ob&ncid=ep-ob>. Acesso em 30 nov. 2015 (com adaptações). 
I. A seca na região Nordeste, provocada pelo desmatamento da Amazônia, representa o maior problema para o país em termos demográficos, já que a área afetada é maior do que a do Sudeste, além de o problema ser mais antigo. 
II. O desmatamento da Amazônia tem diminuído especialmente nos estados de Rondônia, Mato Grosso e Amazonas, graças à ajuda de investimento estrangeiro.
III. Embora o desmatamento na Amazônia ainda aconteça em níveis preocupantes, diminuiu se compararmos 2015 a 2004.
Está correto apenas o que se afirma em:
	
	a.
	I e II.
	
	b.
	II e III.
	
	c.
	I e III.
	
	d.
	II.
	
	e.
	III.
Resposta: E
Análise das afirmativas. I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Em termos demográficos, a seca no Sudeste é mais significativa do que a seca no Nordeste, pois essa primeira região concentra a maior parte da população. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto diz que "os estados que concentram os maiores aumentos do desmatamento (Amazonas, Rondônia e Mato Grosso) beneficiaram-se, paradoxalmente, de recursos do Fundo Amazônia, nutrido pelo investimento estrangeiro e idealizado, precisamente, para reduzi-lo". Logo, o desmatamento tem aumentado nesses três estados, mesmo com investimento estrangeiro. III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Segundo o texto, "o desmatamento na Amazônia aumentou 16% este ano e chegou a 5.841 quilômetros quadrados, uma área equivalente à metade do território de Porto Rico. Por outro lado, a boa notícia é que o Brasil já esteve pior: em 2004, foram destruídos 27.772 quilômetros quadrados". Logo, o desmatamento diminuiu se compararmos os dados atuais aos de 2004, mas aumentou entre 2014 e 2015.
PERGUNTA 9
Observe os gráficos com os resultados do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2014 sobre o acesso à internet.
 
Com base nos gráficos, analise as afirmativas.
I. A inclusão digital é mais acentuada nas regiões Norte e Nordeste.
II. A região Nordeste é a que apresenta menor número de usuários de internet.
III. Entre as pessoas com nível fundamental completo, o número de usuários de internet é similar ao de não usuários.
É correto o que se afirma apenas em:
	
	a.
	II e III.
	
	b.
	III.
	
	c.
	I.
	
	d.
	II.
	
	e.
	I e III.
Resposta: B
Análise das afirmativas. I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Pelo primeiro gráfico, vemos que os maiores percentuais de pessoas que não usam internet estão nas regiões Norte (55%) e Nordeste (58%). II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Em 2014, o percentual de pessoas que não usavam internet na região Nordeste era de 58%. Para analisarmos corretamente a afirmativa, precisamos ficar atentos aos seguintes fatos: o primeiro gráfico apresenta valores percentuais; há grandes diferenças nos números de habitantes, por exemplo, do Nordeste e do Norte. Assim, embora o menor percentual de usuários de internet esteja no Nordeste, o Norte, por exemplo, apresenta menor número absoluto de usuários de internet do que o Nordeste (visto que a população da região Norte é significativamente inferior à população da região Nordeste). III – Afirmativa correta.JUSTIFICATIVA. Pelo segundo gráfico, que mostra o número de usuários de internet por grau de instrução, vemos que, entre as pessoas com nível fundamental completo, as alturas da barra cinza (“não usam internet”) e da barra preta (“usam internet”) são praticamente iguais.
PERGUNTA 10
Observe o gráfico sobre a taxa de homicídios de mulheres nos estados brasileiros. Note que "BR" foi usada como sigla para Brasil e que as outras siglas se referem aos estados brasileiros.
                         Taxa de homicídios de mulheres (por 100 mil) por estado. Brasil, 2006 e 2013.
Mapa da Violência 2015. Homicídios de Mulheres no Brasil. Disponível em <http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2015/MapaViolencia_2015_mulheres.pdf>. Acesso em 15 jun. 2016.
Analise as afirmativas, de acordo com os dados do gráfico. 
I. As taxas de homicídios de mulheres em São Paulo, em 2006 e em 2013, foram menores do que a taxa brasileira. 
II. O aumento da taxa de homicídios de mulheres em estados brasileiros, no período de 2006 a 2013, deve-se principalmente ao crescimento da população brasileira.
III. O estado que teve mais mulheres assassinadas em 2013 foi Roraima.
IV. Em 2006, houve mais mulheres assassinadas no Espírito Santo do que no Rio de Janeiro.
Está correto o que se afirma somente em: 
	
	a.
	I.
	
	b.
	II e IV.
	
	c.
	III e IV.
	
	d.
	I e IV.
	
	e.
	I, III e IV.
Resposta: A
Análise das afirmativas. I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Pela leitura do gráfico, temos o que segue: Taxa de homicídios de mulheres em SP em 2006: 3,8 por 100 mil habitantes. Taxa de homicídios de mulheres no Brasil em 2006: 4,2 por 100 mil habitantes. Taxa de homicídios de mulheres em SP em 2013: 2,9 por 100 mil habitantes. Taxa de homicídios de mulheres no Brasil em 2013: 4,8 por 100 mil habitantes. Concluímos que as taxas de homicídios de mulheres em São Paulo, em 2006 e em 2013, foram menores do que as taxas brasileiras nesses períodos. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Vejamos um exemplo: em Roraima, a taxa de homicídios de mulheres passou de 6,6 por 100 milhabitantes (em 2006) para 15,3 por 100 mil habitantes (em 2013). Ou seja, essa taxa mais do que duplicou de 2006 para 2013, o que não aconteceu com a população brasileira. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Embora Roraima tenha apresentado a maior taxa de homicídios de mulheres por 100 mil habitantes em 2013, não foi o estado que teve mais mulheres assassinadas em 2013, pois Roraima é o estado menos populoso do Brasil, com cerca de 500.000 habitantes. IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Pela leitura do gráfico, temos o que segue: Taxa de homicídios de mulheres no Espírito Santo em 2006: 10,5 por 100.000 habitantes. Taxa de homicídios de mulheres no Rio de Janeiro em 2006: 6,2 por 100.000 habitantes. As populações, em valores aproximados, desses dois estados em 2006 eram as que seguem: População aproximada do Espírito Santo em 2006: 3.500.000 de habitantes. População aproximada do Rio de Janeiro em 2006: 16.000.000 habitantes. Para sabermos qual é o número N (aproximado) de mulheres assassinadas no Espírito Santo em 2006, fazemos a seguinte “regra de três”:
Isso é lido como “10,5 está para 100.000 assim como N está para 3.500.000”. Na “regra de três”, multiplicamos “em cruz” os elementos diagonais do quadrado acima. Ou seja:
Logo, no Espírito Santo, houve cerca de 368 mulheres assassinadas em 2006. Para sabermos qual é o número N (aproximado) de mulheres assassinadas no Rio de Janeiro em 2006, fazemos a seguinte “regra de três”:
Isso é lido como “6,2 está para 100.000 assim como N está para 16.000.000”. Na “regra de três”, multiplicamos “em cruz” os elementos diagonais do quadrado acima. Ou seja:
Logo, no Rio de Janeiro, houve cerca de 992 mulheres assassinadas em 2006. Concluímos que, em 2006, houve mais mulheres assassinadas no Rio de Janeiro do que no Espírito Santo.

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