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Desafio Profissional 3º SEMESTRE PRONTO

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Taguatinga- FACNET
ACADÊMICO: Thais Ester Flores de Almeida – RA: 2600720181
TUTOR A DISTÂNCIA: Samuel Franco 
DESAFIO PROFISSIONAL
Brasília, Distrito Federal, Maio de 2018.�
ACADÊMICO: Thais Ester Flores de Almeida – RA: 2600720181
TUTOR A DISTÂNCIA: Elaine Oliveira Foster Reis
DESAFIO PROFISSIONAL
Trabalho apresentado ao Curso de Tecnologia em Gestão Pública do Centro de Educação a Distancia - CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP, como requisito parcial para obtenção de nota nas disciplinas de Administração Pública, Contabilidade Básica, Matemática Financeira, Teoria Política.
Brasília, Distrito Federal, Maio de 2018�
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INTRODUÇÃO
Este trabalho visa resolver problemas surgidos de uma situação grave no Brasil as Doenças Raras.
 A iminência da aprovação da PEC 241/2016, fez com que novos problemas surgissem. Entre eles a possibilidade de uma parceria por meio de Organizações Sociais e Fundações Estatais de Direito Privado no Sistema Único de Saúde, que precisa ser analisada. Outro problema em análise é outra proposta que veio da iniciativa privada, que mostra interesse e cuidar do pronto-socorro. 
Para a resolução dessas problemáticas utiliza -se de um projeto baseado nas disciplinas estudadas neste semestre. São elas: Administração Pública; Contabilidade Básica; Teoria Política; Matemática Financeira; Finanças Públicas e Orçamento Municipal.
PASSO 1
 A Câmara dos Deputados e o Senado aprovaram a proposta de emenda constitucional que cria um teto para os gastos públicos, a Proposta de Emenda Constitucional 241 – ou a PEC do teto de gastos. Tida como prioritária pelo governo do presidente Michel Temer, a medida estabelece um limite para os gastos da União – que serão congelados em níveis de 2016 e corrigidos, ano a ano, de acordo com a variação da inflação. Com as contas no vermelho, o presidente vê na medida, uma saída para sinalizar a contenção do rombo nas contas públicas e tentar superar a crise econômica.
 Importante destacar recente simulação elaborada por técnicos do IPEA para o caso da saúde. Comparando com o que previa anteriormente e o que será vigente a partir deste ano: a) caso essa PEC houvesse sido aplicada a partir de 2003, até o ano de 2015 teria havido uma perda de 42,1% dos recursos efetivamente aplicados no período, correspondendo a uma subtração equivalente a 257 bilhões de reais; b) sendo implementada a partir de 2017 e considerando 20 anos à frente, apontam perdas entre 654 bilhões e 1 trilhão de reais, dependendo do comportamento das variáveis PIB e RCL
 No conhecido quadro de subfinanciamento do setor saúde, em que os gastos totais atingiram, em 2013, 8% do PIB, sendo apenas 45% de origem pública, ao contrário de outros países com sistemas universais em que essa parcela chega a 70%, o congelamento – na verdade continuado decréscimo-, dos gastos em saúde, caso aprovada a PEC 241, levará a uma redução das ações atuais e à impossibilidade de atender novas demandas com impactos calamitosos. 
O aumento populacional no Brasil e a alteração do perfil demográfico e epidemiológico, com predominância crescente da população idosa. A população idosa dobrará nas próximas duas décadas, atingindo em 2035 perto de 35 milhões de brasileiros (15,5 % da população). Nesse novo contexto, passam a predominar as doenças crônico-degenerativas, com a presença de cânceres, distúrbios cardiocerebrovasculares e transtornos cognitivos demandando assistência e cuidados prolongados. 
Estima-se que essa nova realidade, mesmo mantido o atual padrão tecnológico e o rol de serviços, já importarão nos próximos 20 anos, ao contrário de congelamento, num necessário incremento de 37% nos gastos com atenção à saúde. 
Dentre tantos campos de atuação do SUS, a recente expansão no acesso à assistência médica a dezenas de milhões de pessoas de áreas carentes, num esforço nacional sem precedentes, será contida. O controle da AIDS; os transplantes; o acesso a medicamentos gratuitos e/ou fortemente subsidiados; a atenção materna; as clínicas de família; o acesso a exames e serviços hospitalares, será reduzido.
 A notícia da aprovação da PEC 241 em segundo turno pela Câmara dos Deputados chama a atenção novamente em relação ao risco para a sociedade brasileira. Em recente estudo, pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) simularam os gastos na área da assistência social, caso a proposta seja aprovada, sinalizando as perdas na
Área social: 
A estimativa é de que a queda da taxa de inflação estabilize os gastos a partir de 2020, congelando-os na casa dos R$ 80 bilhões a partir de então. No que se refere às perdas, já em 2017 elas seriam de 8% (R$ 6,5 bilhões). Em cinco anos, as perdas seriam de 17% (R$ 16,6 bilhões). Em 2016, o gasto realizado seria de apenas 68% do que é atualmente (as perdas somariam quase R$ 38 bilhões). Em vinte anos, o gasto seria de menos da metade (46%), marcando uma perda de quase R$ 94 bilhões para a área de assistência social no Brasil.
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No gráfico 2, é possível notar o distanciamento entre os gastos propostos pela PEC (linha azul) e da maneira que são feitos atualmente (linha vermelha), no decorrer dos vinte anos 
O estudo deixa claro que esta proposta resultará em perdas (irreparáveis) na área social. A situação que se vislumbra é de um crescimento das necessidades das políticas de assistência social, ao mesmo tempo em que se sucateiam estas políticas. É importante destacar que esta proposta já havia sido rechaçada nas urnas e está sendo imposta por um governo golpista, de um presidente ilegítimo e sem nenhum compromisso com o povo.
PASSO 2
Antes de entrar no tema atual de privatização da saúde, é de extrema importância fazer uma análise histórica referente às políticas públicas de saúde, nas quais são produtos do momento socioeconômico e da luta de classes. Ao que tudo indica, é preciso levar em conta que as políticas públicas de saúde sempre estiveram atreladas ao interesse dos capitais. A datar do início da intervenção estatal nas questões de saúde, a preocupação fundamental é garantir a ordem e a higiene pública, além de promover adequação social aos interesses privados. Seria interessante que, em algum momento, toda esta legislação da saúde em seu caráter inovador, trouxesse uma definição explícita do que seja Saúde. O que se tem é a definição de uma série de atributos que tentam fechar o conceito de saúde de forma indireta. 
Cabe ressalvar que seria viável a gestão por parte dos Órgãos Públicos competentes. O nível de exigência da população tem crescido muito nos últimos tempos, não basta obter o melhor custo-benefício, os resultados devem ser alcançados. Atualmente, a qualidade e a adequação dos serviços públicos às necessidades da população, são aspectos críticos para o bom desempenho de qualquer órgão ou entidade da sua administração. Além disso, a exigência de transparência e ética, a escassez de recursos e a necessidade de disponibilização dos serviços mais próxima ao usuário, reforçam o questionamento por meio da eficácia e da descentralização deste modo de gestão.
 Assim sendo, a base desta análise é a Legislação Federal sobre o Direito à Saúde, e os preceitos sobre o financiamento deste direito. O financiamento da saúde como um instrumento, uma ferramenta em busca da eficiência e da eficácia, seria muito pouco fazer esta análise exclusivamente sob esse prisma, sem analisar os avanços e através do processo de garantia do direito à saúde, como direito fundamental de cidadania, e que tem como um a de suas diretrizes constitucionais o financiamento das ações e serviços e da gestão destes.
No segundo programa, vamos conhecer as deficiências existentes na saúde pública para o atendimento desses pacientes e entender como o governo está procurandosolucionar essas lacunas. Vamos saber ainda como o parlamento brasileiro está tratando essa questão.
Se o atendimento básico dado na rede pública de saúde ainda não é o ideal, quando o assunto são os tratamentos mais complexos, com exames laboratoriais mais elaborados e diagnósticos mais difíceis, a situação se complica. É o caso das doenças raras, que são, na grande maioria, de causas genéticas. Nem sempre os sintomas são evidentes e o paciente acaba não despertando de imediato a suspeita do médico. Some-se a isso a formação generalista dos médicos, muitas vezes despreparados para lidar com situações muito específicas. Para se ter uma ideia, de acordo com o próprio Ministério da Saúde, existem menos de 300 médicos geneticistas cadastrados no SUS. Todos esses fatores contribuem para que o atendimento público aos pacientes com doenças raras seja ainda precário.
As dificuldades começam na obtenção dos medicamentos. Muitos não são protocolados pelo Ministério da Saúde e são de custo muito elevado, alguns chegando a custar dezenas de milhares de reais. Não conseguindo o medicamento por meio do SUS e não tendo como adquiri-lo, os pacientes recorrem à justiça para obrigar o estado a fornecer os remédios. O resultado é uma avalanche de processos judiciais que aumentam sensivelmente as despesas do poder público. Na avaliação da enfermeira Priscila Torres, aposentada por invalidez após ser diagnosticada com artrite reumatoide, doença que causa dores intensas e constantes nas articulações, a judicialização do atendimento em saúde pública resolve o problema imediato do paciente em sua demanda por medicamentos, mas causa graves problemas orçamentários em algumas prefeituras.
"Às vezes a gente tem pessoas, em municípios pequenos, que fazem uma judicialização em saúde e o Secretário de Saúde se vê obrigado a comprar uma medicação de 300 mil reais/100 mil reais, comprometendo o orçamento da saúde daquela cidade. Então isso, se nós tivermos políticas pública via Ministério da Saúde e atenção à necessidade da pessoa com doença rara, isso já não aconteceria."
O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, aponta outro problema na questão da busca pelo atendimento por meio da Justiça.
"A judicialização é um escape. Ela tem um duplo sentido, às vezes, muito positivo nos alertando que nós deveríamos estar protocolando determinados medicamentos, mas às vezes ela está aumentando a desigualdade porque quem acessa a Justiça não é, necessariamente, os mais pobres/os mais necessitados. É diferente uma ação civil pública do Ministério Público do que uma ação individual mediada por advogados pagos. Quem tem condição de pagar é, geralmente, quem tem poder aquisitivo maior."
Priscila Torres, que é coordenadora do Grupo Encontrar, dos portadores de Artrite Reumatoide, e de um grupo de estudos sobre doenças raras em São Paulo, argumenta, no entanto, que as deficiências do poder público no atendimento aos pacientes com esse tipo de doença não se restringem ao fornecimento de medicações.
"O medicamento em si, a gente às vezes consegue pela judicialização, mas as terapias alternativas, reabilitação, readaptação ao trabalho, readaptação educacional, essa coisa a gente não tem acesso, a gente termina tendo que pagar e custa muito caro. Centros de reabilitação existem poucos no Brasil e os que existem estão superlotados. Então, você tem paciente no Brasil que ele chega a ficar 6 meses aguardando uma fisioterapia."
Rogério Lima Barbosa, fundador da Associação Maria Vitória, nome de sua filha que é portadora de neurofibromatose, acredita que a preocupação maior do poder público é com o volume de pessoas a serem atendidas e não com a especificidade de cada doença. Ele conta que só conseguiu fechar o diagnóstico sobre sua filha através de um médico especializado nessa doença. A neurofibromatose é uma alteração genética que causa o aparecimento de tumores benignos no sistema nervoso da criança, com sintomas que vão desde manchas do tipo café com leite na pele até o comprometimento da capacidade intelectual. Ele explica que a associação foi fundada com foco em doenças raras e não só em neurofibromatose para aumentar o poder de pressão junto ao governo, já que a soma das pessoas afetadas por essas doenças é bem mais significativa, em termos de números, do que o percentual da população afetado por uma doença específica. A Amav foi uma das organizadoras do seminário sobre doenças raras que aconteceu na Câmara dos Deputados em fevereiro, conta Rogério Lima Barbosa.
"AMAV, Associação Maria Vitória, ela surgiu a partir do momento em que minha filha foi diagnosticada com neurofibromatose e eu não recebi o acolhimento que achava que deveria encontrar no Estado; porque na minha primeira entrevista com o agente público, o agente público foi tácito para mim: eu não vou me preocupar com os mil representantes de neurofibromatose, eu vou me preocupar com os 10 mil que estão atrás de mim. Então, já que está valorando a vida, vamos ver se valora a vida de, pelo menos, 15 milhões de brasileiros e eu acho que é isso que está começando a acontecer hoje".
TEC- TRILHA (Orchestral Family):
Estabelecer uma política pública para o tratamento de doenças raras. Esse é o objetivo de projeto de lei de autoria do deputado Jean Willis, do PSol do Rio de Janeiro, que está em tramitação na Câmara. O parlamentar justifica a apresentação da proposta.
"Atualmente, o Sistema Único de Saúde não trata, a não ser judicialmente quando consegue na Justiça uma liminar para que se trate. Não há uma política pública de saúde voltada para as pessoas com doenças raras. Por conta desse projeto, o SUS passa a incluir entre os seus serviços o tratamento das pessoas com doenças raras. Doença rara não tem cura, mas existe uma série de tratamentos que pode dar dignidade à vida da pessoa que tem essa doença, não só à ela como também aos familiares dela."
Jean Willis ressalta, no entanto, que a função do SUS nesse caso não se limita a fornecer o tratamento adequado.
"Esse projeto inclui o tratamento no SUS, mas cabe ao Ministério da Saúde criar, além do tratamento em si, um programa de esclarecimento, por exemplo, preparar a própria sociedade, um programa de capacitação dos médicos, porque os próprios médicos não estão preparados para lidar com as pessoas com doenças raras. Eu diria que quase metade das pessoas com doenças raras morre antes dos 5 anos de idade, algumas sem ter o diagnóstico da doença, portanto, exige-se uma política pública de saúde voltada para essas pessoas."
O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, reconhece as limitações do poder público no tratamento das doenças raras, mas destaca os avanços obtidos nessa área, especialmente em 2011.
"Então, a primeira definição nossa foi avançar muito rapidamente na questão dos protocolos clínicos e diretrizes. Nós já temos 26 das principais doenças raras, doenças genéticas com protocolos oficiais do Ministério da Saúde. Esse protocolo já tem cerca de 45 medicamentos padronizados e estamos em fase de elaboração dos outros protocolos".
Helvécio Magalhães destaca a importância da preparação dos profissionais da atenção básica à saúde para auxiliar na detecção de doenças genéticas.
"Muitas dessas doenças têm que ser detectadas a partir de diagnóstico clínico/suspeita clínica e diagnóstico laboratorial, portanto, usar a extrema capilaridade da atenção básica da saúde na família, 36 mil equipes no Brasil todo, treinar essas equipes para ficarem alertas com relação a possibilidade de algum sintoma em uma criança, ser uma doença genética. Isso é um passo muito importante e nós estamos fazendo isso".
O secretário destacou a parceria firmada entre o governo federal e a Universidade Federal de Minas Gerais, para que o Núcleo de Estudos em Genética Médica da Faculdade de Medicina auxilie o Ministério da Saúde na implantação de serviços de diagnóstico de doenças genéticas em todos os estados do Brasil. Sobre o fornecimento de remédios,Helvécio Magalhães criticou o que classificou de pressão da indústria farmacêutica, que, segundo ele, se aproveita do sofrimento dos pacientes para forçar o governo a adquirir determinado produto. Ele explicou que, na medida em que o governo elabora os protocolos para o tratamento de cada doença, os medicamentos vão sendo incorporados pelo SUS, levando em conta a sua eficácia em melhorar a qualidade de vida do paciente.
E é isso que os brasileiros esperam do poder público. Atendimento a quem precisa, com transparência nos procedimentos. Afinal, o número de pessoas com doenças raras pode caber nas estatísticas, mas o sofrimento delas e de suas famílias, esse não dá para medir.
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PASSO 3
As entidades sem finalidade de lucros devem constituir provisão em montante suficiente para cobrir as perdas esperadas, com base em estimativas de seus prováveis valores de realização, e baixar os valores prescritos, incobráveis e anistiados. 
Subvenções governamentais são dinheiro de governos transferidos a empresas para fins de investimentos na construção de fábricas, ampliação de instalações e projetos relevantes, que criam empregos, que desenvolvem regiões ou setores da atividade econômica. A condição da subvenção é o uso dos recursos em projetos na região.
Para ser reconhecido a receita referente a subvenção, antes a ONG tem que está habilitada para tal, e essa subvenção tem que constar no orçamento federal.
No recebimento da subvenção:
D - Caixa / Banco (AC)
C - Subvenção a receber (AC)
5 PASSO 4
M= C (1+i)6
C= 3.106
I= 12% a.a
t= 12 meses 
M=3.106 (1+12%)12 = 3.106 ( 1,12) 12 = 3.106 . 3,89= 11.687.927,97 reais 
 
 PASSO 5
O processo orçamentário no Brasil tem como base jurídica as leis que acabamos de ver. É a mesma base jurídica e os mesmos princípios em todo o país, seja nos municípios, estados ou ao nível federal. Esse processo é composto das seguintes leis; Lei do Plano Plurianual – PPA; Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO; Lei do Orçamento Anual – LOA.
 Plano Plurianual – PPA 
A ligação do Plano Diretor com o PPA se faz porque os objetivos definidos naquele Plano, vão ser concretizados, através de investimentos inscritos no PPA. 
 Amparado no parágrafo 1º do Artigo 165 e no inciso XI parágrafo 1º do Artigo 167 da Constituição Federal, o PPA é a lei que define as prioridades do Governo pelo período de quatro (4) anos. Esta lei entra em vigor a partir do 2º ano de uma gestão que se inicia e abrange o 1º ano da gestão seguinte. Podemos afirmar que o PPA é u m plano de médio prazo que principia no segundo ano de um mandato e termina no primeiro ano do seguinte, visando a continuidade das obras e investimentos. O Executivo tem que enviar o projeto de lei do PPA para análise e aprovação do Poder Legislativo até 30 de setembro do seu 1º ano de mandato. 
 O PPA tem uma vasta abrangência de conteúdo. Segundo o parágrafo 1 º do artigo 165 da CF - a lei que instituir o PPA estabelecerá de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e também para as relativas aos programas de duração continuada. Por sua vez, o parágrafo 1º do artigo 167 da CF define que nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, isto é, que dure mais de um ano, poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano PPA, ou sem lei que autorize a inclusão sob pena de crime de responsabilidade. 
 É importante destacar que no Plano Plurianual devem estar incorporadas, todas as despesas de capital e as dela decorrentes bem como as despesas de caráter continuada, para atender o que foi definido no Plano Diretor.
 Classificam-se como despesas de capital aquelas que contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem de capital. São aquelas feitas com construções de prédios, pontes, estradas e outras desse teor e também os referentes à compra de material permanente como computadores, carteiras, aparelhos de raios -X e outras. As outras despesas decorrentes são as derivadas das despesas de capital. Por exemplo, ao se terminar a construção de um hospital e comprar seus equipamentos (despesas de capital) serão necessários contratar centenas de médicos, enfermeiras, atendentes para colocar aquele equipamento em funcionamento, bem como comprar remédios, alimentos e outros bens de consumo, essas são as chamadas despesas decorrentes. 
As despesas relativas aos programas de duração continuada são as relativas aos programas já existentes no município, isto é, à manutenção da rede de ensino, saúde e outras, com pagamento de pessoal compra de material de consumo (gasolina, alimentação, papel), contratação de serviço de terceiros (contratação de empresas de coleta de lixo, tapa buraco, manutenção de praças).
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO
 A LDO é o elo entre o Plano Plurianual – PPA e a Lei Orçamentária Anual – LOA, que é o instrumento que viabiliza a execução dos programas governamentais. 
Uma das principais funções da LDO compreende selecionar dentre os programas e metas incluídos no PPA, aqueles que terão prioridade na execução do orçamento, conforme determina o parágrafo 2º do artigo 165 da Constituição Federal. Compreenderá também as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. Orientará a elaboração da lei orçamentária anual e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
 A CF também determina que a LDO deva dispor sobre alterações na legislação tributária e deve também estabelecer a política de aplicação das agências financeiras de fomento. 
Outra função importante é que a LDO deve conter autorização específica para a concessão de qualquer vantagem em relação a aumento de remuneração e outros referentes a o funcionalismo público. Também constarão dessa lei os limites para elaboração das propostas orçamentárias dos Poderes Legislativo, Judiciário e do Ministério Público quando for o caso. 
 O Executivo tem que enviar o projeto de lei da LDO para análise do legislativo até 1 5 de abril de cada ano. A votação deve ocorrer até 30 de junho e, caso isso não ocorra, o Legislativo não poderá entrar em recesso. 
 Outro aspecto importante ainda a ser destacado em relação à LDO, é que a Lei de Responsabilidade Fiscal determina no seu Art. 4º § 1º - “Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas, metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. ”.
 É necessário destacar também que a LDO deve conter segundo o parágrafo 3º, do art. 4 da LRF, o anexo de Riscos Fiscais. Neste anexo serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretize. 
Lei Orçamentária Anual – LOA 
A elaboração da LOA terá como base as prioridades e diretrizes estabelecidas na LDO. A LOA registra a origem de todas as receitas, isto é, os tributos que são pagos pela população. Registra também, todas as despesas do s órgãos públicos, os gastos com pessoal, os investimentos feitos e as dívidas contraídas. Nenhuma despesa pública pode ser executada sem estar consignada no Orçamento. Na LOA está a concretização dos Programas definidos no PPA e nas prioridades da LDO. 
A Constituição Federal faz referências em relação à LOA nos artigos 165 e 67. No Art. 165, parágrafo 5 está definido, entre outros, que a lei orçamentária anual compreenderá: o orçamento fiscal referente aos Poderes da União; seus fundos; órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital socialcom direito a voto; o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta; bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
 No artigo 167, está determinado que, nenhum programa ou projeto seja iniciado se não estiver constando na LOA. 
 As referências sobre a LOA na Lei de Responsabilidade estão contidas no artigo 5º onde se define que o projeto de lei orçamentária anual, deve ser elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias, e com as normas desta Lei Complementar: 
O projeto da LOA deve ser enviado pelo poder Executivo até o dia 30 de setembro de cada ano e aprovada pelo Legislativo até o fim do mês de dezembro.
 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE 
 Manutenção das Atividades da Unidade Básica de Saúde do Centro: com Equipes de Estratégia Saúde da Família e Plantão 24 horas; 
 Manutenção dos Serviços Especializados: Fisioterapia, Laboratório de Análises Clínicas, Raio X, Ecografias, dentre outros; 
 Manutenção da Estrutura Física da UBS Centro: Reforma da emergência e ampliação do setor de arquivamento e almoxarifado; 
 Manutenção de Convênios com Hospitais e Corpo de Bombeiros; 
 Manter os Programas com recursos Vinculados: União e Estado como: – Piso Atenção Básica Ampliada (PAB FIXO): valor percapita; – Estratégia de Saúde da Família (ESF); – Manutenção do Programa PIM (Primeira Infância Melhor): visitador; – Vigilância em Saúde: Vigilância Sanitária (Comércio e Indústrias), Vigilância Epidemiológica (Doenças de Notificação Compulsória, Vacinas…), Vigilância Ambiental (Dengue, Roedores…); – MAC: Média e Alta Complexidade;
 Modelo de Diretrizes 
 Diretriz 1- Atenção Primária: Garantir o acesso da população a serviços de qualidade e ampliação do acesso equitativo aos serviços de saúde, mediante aprimoramento da atenção primária, definindo -a como eixo estruturante e reordenado da atenção à saúde; 
 Diretriz 2- Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar: Garantir o acesso da população a serviços de qualidade, com equidade e em tempo adequado, ao atendimento de necessidades de saúde, mediante aprimoramento da atenção especializada; 
 Diretriz 3- Vigilância em Saúde: Consolidar a Vigilância em Saúde como um dos pilares do modelo de atenção à saúde visando a redução dos riscos e agravos à saúde da população 
 Diretriz 4- Gestão do SUS: aperfeiçoar a capacidade de gestão do SUS no Amazonas para a execução das políticas de saúde; 
Diretriz 5- Investimentos na Rede de Serviços de Saúde: Implementar a Política de Investimentos em Saúde
	Valor do Projeto no Programa
	Programa
	2017 (R$) 
	2018-2020 (R$) 
	TOTAL
	Ações e serviços da saúde 
	903.531.000 
	1.387.719.878 
	2.291.250.878
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Considerações Finais 
A proposta, que limita os gastos do governo, foi aprovada em uma primeira votação na Câmara dos Deputados. Se passar, vai mudar as regras para financiamento da Saúde no Brasil. O financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) é de responsabilidade das três esferas de governo: da União, dos estados e dos municípios. Hoje, quem determina quanto a União vai destinar à saúde é a Emenda Constitucional 86. Em vigor desde o começo de 2016, ela estabelece que o dinheiro destinado pelo governo federal à saúde é calculado com base em uma porcentagem das receitas correntes líquidas. Funciona assim: o governo federal arrecada impostos e contribuições. A Constituição estabelece que parte dessa arrecadação deve ser transferida para Estados e municípios. O que resta é a Receita Líquida (RC L). A EC 8 6 estabelece que, entre 2016 e 2020, parcela crescente da RC L deverá ser destinada a saúde: 13,2% em 2016 e 13,7% em 2017 – até chegar a 15% em 2020. 
A proposta do governo muda como é calculado o investimento federal mínimo em saúde. A regra vigente diz que, em 2017, o governo deveria destinar à saúde 13,7% de suas receitas líquidas. A PEC 241 muda essa lógica: em 2017, a saúde receber a, no mínimo, 15% desse total. A partir do ano seguinte – e pelo menos até 2026, talvez até 2036 – o valor vai variar de acordo com a inflação. A aplicação mínima em 2018 será a mesma feita em 2017, acrescida da inflação registrada no período. Se julgar necessário, e se ti ver recursos, o governo terá margem para aumentar o orçamento da Saúde – desde que não ultrapasse o teto geral de gastos. 
A administração pública se refere ao aparelho estatal, ou seja, ao conjunto formado por um governo e seus agentes administrativos, regulado por um ordenamento jurídico (BRESSER PEREIRA, 1995), que consiste no conjunto das normas, leis e funções existentes para organizar a administração do Estado em todas as suas instâncias e tem como principal objetivo o interesse público, seguindo os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (BRASIL, 2015, art. 37).
 O referencial teórico abordou as partes que compõem a sua atual estrutura, ocasionando uma melhoria nos métodos adotados para um perfeito desempenho da gestão pública, direcionando sempre para o planejamento, o qual se concretizou com a criação do Sistema de Planejamento Integrado, ou seja, os Instrumentos de Planejamentos (PPA, LDO e 16 LOA), ocasionando uma grande revolução para as questões das finanças públicas. Ao entrar em vigor a Lei Complementar n. 101/2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a mesma produziu grandes mudanças, estabelecendo limites e impondo ao administrador público a necessidade de priorizar o planejamento como forma de ter uma administração coerente, responsável e transparente. A Lei de Responsabilidade Fiscal é a grande responsável de provocar uma verdadeira transformação institucional e cultural, particularmente para o orçamento, introduzindo rígidas restrições orçamentárias e respectivas responsabilidade fiscal e o grande divisor de águas do Orçamento Público.
REFERÊNCIAS 
REFERÊNCIAS FIOCRUZ: 
P EC 241 e os impactos sobre os direitos sociais, a saúde e a vi da. Disponível em: <http://www.revistaforum.com.br/mariafro/2016/10/06/fiocruz -pec-241-e-os-impactos-sobre-os-direitos-sociais-a-saude-e-a-vida/>. Acesso em: 15 de maio de 2017. 
O efeito da PEC 241 sobre a política de assistência social. Disponível em: <https://maissuas.org/2016/10/27/o-efeito-da-pec-241-sobre-a-politica-de-assistencia-social/>. Acesso em: 15 de maio de 2017 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 48. ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2015.
BRESSER PEREIRA, L. C. Estado, aparelho do Estado e sociedade civil. Brasília: ENAP, 1995. 
BRASIL. Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão pública e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 5 de maio 2000. 
ANGÉLINO, J. Contabilidade pública. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1995. 
FIGUEIREDO. C. M.; NOBREGA. M. Lei de Responsabilidade Fiscal: teoria e jurisprudência. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2006. 
FORTALEZA. Lei Orgânica Municipal. Art. 144. 
GIACOMONI. J. Orçamento público. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/REPORTAGEM-ESPECIAL/415312-DOENCAS-RARAS-DEFICIENCIAS-NA-SAUDE-PUBLICA-BLOCO-2.html

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