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Fichamento Gestão de Area Degradadas


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FACULDADE SALESIANA MARIA AUXILIADORA
CURSO DE Engenharia Ambiental e Sanitária
	
Por:
Cícero Cândido Oliveira Paulino
Fichamento sobre o texto ”Geomorfologia: Uma atualização de bases e conceitos”
Macaé - RJ
Abril/2015
FACULDADE SALESIANA MARIA AUXILIADORA
CURSO DE Engenharia Ambiental e Sanitária
Por
Cícero Cândido Oliveira Paulino
Fichamento sobre o texto ”Geomorfologia: Uma atualização de bases e conceitos”
Trabalho apresentado em cumprimento 
		as exigências da disciplina Gestão de áreas degradadas, ministrada pelo professor Eduardo Damas,
		no curso de graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária 
na Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora.
Macaé - RJ
Abril/2015
- Resumo e citações do texto
Processos erosivos básicos:
Infiltração, armazenamento e geração de Runoff
Escoamento superficial
Escoamento subsuperficial
Piping
Splash e formação de crostas
Ação de água nas diversas formas erosivas:
Erosão em lençol
Erosão em ravinas
Erosão em voçorocas
Processos erosivos básicos
Os processos erosivos básicos são de importância fundamental para que se compreenda com a erosão ocorre e quais as suas conseqüências. Dessa forma, uma análise da erosão dos solos, como um problema agrícola, depende não apenas da compreensão das taxas de perda do solo, mas, também do quanto ainda está disponível para a agricultura.
	Os mecanismos dos processos erosivos báscios variam no tempo e no espaço (Thornes, 1980), e a erosão ocorre a partir do momento em que as forças que removem e transportam materiais excedem aquelas que tendem a resistir à remoção. A espessura do solo pode estar relacionada ao controle das taxas de produção (intemperismo) e remoção (erosão) de materiais. Nas áreas onde os efeitos desses dois grupos de processos são iguais, há uma tendência de a espessura do solo permanecer a mesma ao longo do tempo.
Infiltração, Armazenamento e Geração de Runoff
	O ciclo hidrológico é o ponto de partida do processo erosivo. Durante um evento chuvoso, parte da água cai diretamente no solo, ou porque não existe vegetação, ou porque a água passa pelos espaços existentes na cobertura vegetal. Parte da água da chuva é interceptada pela copa das árvores, sendo que parte dessa água interceptada volta a atmosfera, por evaporação, e outra parte chega ao solo, ou por gotejamento das folhas, ou escoando pelo tronco. A ação das gotas da chuva diretamente, ou por meio do gotejamento das folhas, causa a erosão por meio salpicamento (splash). A água que chega ao solo pode ser armazenada em pequenas depressões ou se infiltra, aumentando a umidade do solo, ou abastece o lençol freático. Quando o solo não consegue mais absorver água, o excesso começa a se mover em superfície ou em subsuperfície, podendo provocar erosão, através do escoamento das águas.
	A taxa de infiltração, que é o índice que mede a velocidade com que a água da chuva se infiltra no solo (Morgan, 1986), exerce importante papel sobre o escoamento superficial.
Escoamento Superficial
	Horton (1945) descreve o escoamento superficial como recobrindo dos terços ou mais das encontas, em uma bacia de drenagem, durante o pico de um evento chuvoso. Para o referido autor, o fluxo resulta de intensidade da chuva ser maior do que a capacidade de infiltração do solo e é distribuído da seguinte maneira na encosta: o topo da encosta é uma zona sem fluxo, que forma uma área sem erosão, a uma distância crítica do topo, ocorre um acumulo suficiente da água, onde o fluxo começa, um pouco mais abaixo, na encosta, a profundidade do fluxo aumenta, e ele se torna canalizado, formando ravinas.
	O escoamento superficial ocorre durante um evento chuvoso, quando a capacidade de armazenamento de água no solo é saturada. Ele pode também se dar caso a capacidade de infiltração seja excedida. O fluxo que se escoa sobre o solo se apresenta, quase sempre, como uma massa de água com pequenos cursos anastomosadose, raramente, na forma de um lençol de água de profundidade uniforme. Esse fluxo de água tem que transpor vários obstáculos, que podem ser fragmentos rochosos e coberturas vegetal, os quais fazem diminuir sua energia. A interação entre o fluxo de água e as gotas de chuva que caem sobre esse fluxo pode aumentar ainda mais sua energia.
	A ausência da cobertura vegetal facilita o impacto das gotas de chuva fazendo com que os agregados se quebrem, crostas sejam formadas na superfície do solo, o que aumenta os efeitos do escoamento superficial, causando maiores taxas de erosão. A propósito disso, Alberts et al(1980) afirmam que, com o tempo, as encostas que sofrem erosão tendem a se tornar mais arenosas, enquanto o sopé dessas encostas se tornam mais siltosos e argilosos.
Escoamento subsuperficial
	Tem sido dada muita ênfase nas pesquisas hidrológicas atuais à questão sobre o movimento lateral de água, em subsuperficie, nas camadas superiores do solo. O escoamento subsuperficial, elem de controlar o intemperismo, afeta diretamente a erodibilidade dos solos, através de suas propriedades hidráulicas, enfluenciando o transporte de minerais em solução. O escoamento subsuperficial, quando ocorre fluxos concentrados em túneis ou dutos, possui efeitos erosivos, que são bem conhecidos, provocando o colapso da superfície situada acima, resultando na formação de voçorocas.
	Os estudos de Roose (1970), no Senegal, revelam que o escoamento subsuperficial contribui apenas com um por cento do total de material erodido em uma encosta, e isso se refere, principalmente, a colóides e minerais.
Piping
	Os dutos (pipes) ou túneis, são grandes canais, abertos em subsuperfície, com diâmetros que variam de poucos centímetros até vários metros. O processo de formação desses dutos está relacionado ao próprio intemperismo, sob condições especiais geoquímicas e hidráulicas, havendo dissolução e carreamento de minerais em subsuperfície.
	Os dutos são responsáveis pelo transporte de grande quantidade de material, em subsuperfície e, a medidade que esse material vai sendo removido se vão ampliando os diâmetros desses dutos, podendo resultar no colapso do solo situado acima. Esse processo pode dar origem a grandes voçorocas, e esses dutos podem ser vistos também, com muita freqüência, nas paredes laterais dessas voçorocas, provocando a ampliação das mesmas.
	O fluxo de água em subsuperficie passa a correr em sonas preferenciais, dentro dos próprios dutos, e de maneira concentrada. Isso tende a alargar os dutos, para remoção e transporte de sedimentos, o que pode provocar o colapso do teto, situado acima desses túneis, levando a formação de voçorocas.
Splash e Formação de Crostas
A erosão por splash, também conhecida no Brasil como erosão por salpicamento, ocorre, basicamente, como um resultado das forças causadas pelo impacto das gotas de chuva.
	Quando a erosividade da chuva é constante, o fluxo de solo devido à erosão por splash é uma função do gradiente da encosta, porque a distância média percorrida pelas partículas depende da declividade.
Ação da água nas diversas formas erosivas
	O processo erosivo depende de uma série de fatores controladores: erosividade da chuva, propriedades do solo, cobertura vegetal e características das encostas. A partir da ação desses fatores, ocorrem os mecanismos de infiltração de água no solo, armazenamento e escoamento em superfície e subsuperfície. Em paralelo a esses processos, as gotas de chuva podem formar crostas na superfície dos solos, o que vai acelerar os processos de escoamento superficial, afetando igualmente as taxas de erosão. Esses processos se distribuem ao longo do tempo e do espaço.
	Ação da água como agente erosivo, deve ser compreendida, levando em conta a complexidade dos fatores descritos. A partir disso, esse item procura analisar as diversas formas de erosão. O processo se inicia da seguinte maneira: se cair sobre um determinado tipo de solo mais água do que possa se infiltrar, comçaa ocorrer escoamento em superficial, podendo provocar a chamada erosão em lençol. O fluxo de água, nesse caso, não está confinado, exceto entre algumas irregularidades do solo. A água que escoa sobre as encostas cobre a maior parte delas. À medida que a velocidade aumenta, a água provoca maior incisão sobre o solo, e começam a se formar as ravinas, que são canais contínuos, estreitos e de pouca profundidade, podendo ser obliterados por maquinas agrícolas (Evans,1980). O alargamento das ravinas, causando pelo escoamento superficial e subsupercial, dá origem as voçorocas. 
	
Erosão em Lençol
	Erosão em lençol é também conhecida por erosão laminar. Ela recebe esse nome, porque o escoamento superficial, que dá origem a esse tipo de erosão, se distribui pelas encostas de forma dispersa, não se concentrando em canais. O lençol de água que cobre a superfície do solo durante uma tempestade raramente se apresenta com profundidade uniforma e, em geral, ocorre de maneira anastomosada, sem canais definidos. Essa forma de escoamento ocorre, quase sempre, sob condições de chuva prolongada, quando a capacidade de armazenamento de água no solo e nas suas depressões e irregularidades saturam. Dessa forma, a capacidade de infiltração é excedida, e começa a ocorrer o escoamento. O fluxo de água que provoca a erosão em lençol é interrompido por blocos rochosos existentes no solo ou pela cobertura vegetal, fazendo com que o fluxo de água conforme essas irregularidades.
Erosão em Ravinas
	As ravinas são formadas quando a velocidade do fluxo de água aumenta na encosta, provavelmente para velocidades superiores a 30com/s (Elisson, 1947), tornando o fluxo turbulento. O aumento no gradiente hidráulico pode ocorrer por uma série de motivos: aumento da intensidade da chuva, aumento do gradiente da encosta, ou, ainda, porque a capacidade de armazenamento de água, na superfície, é excedida, e ai a incisão começa a acontecer no topo do solo.
Erosão em voçorocas
	As voçorocas são características erosivas relativamente permanente nas encostas, possuindo paredes laterais íngremes e, em geral, fundo chato, ocorrendo fluxo de água no seu interior durante os eventos chuvosos. Algumas vezes, as voçorocas se aprofundam tanto, que chegam a atingir o lençol freático. Comparando com is canais fluviais, as voçorocas possuem, geralmente, maior produndidade e menor largura. Elas estão associadas com processos de erosão acelerada e, dessa forma, com a instabilidade da paisagem.
	 Os desmatamentos, o uso agrícola da terra, o superpastoreio, e as queimadas, quase sempre, são responsáveis diretos pelo surgimento de voçorocas, associados com o tipo de chuva e as propriedades do solo e podem ter origens variadas. Uma delas se refere ao alargamento e aprofundamento de ravinas, que se formam em uma determinada encosta. Essas voçorocas podem evoluir pela ação erosiva das águas, na base e nas laterais das ravinas, fazendo aprofundar e ao mesmo tampoe alargar essas formas erosivas. Começa, então, a ocorrer um verdadeiro colapso de material, tanto nas laterais, como nas partes superiores, em direção ao topo das voçorocas. Parte desse material é transportado e depositado em áreas mais baixas ou em algum canal fluvial próximo.