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PROJETO DE MONOGRAFIA estrutura, elaboração e apresentação

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1
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 Professora: Anna Florência de Carvalho Martins Pinto 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE MONOGRAFIA: 
estrutura, elaboração e apresentação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
01 agosto 2011 
 2
SUMÁRIO 
 
01 PESQUISA ................................................................. 03 
 
02 PROJETO DE PESQUISA ...................................................... 13 
 
03 MODELO DO PROJETO DE PESQUISA ............................................ 38 
 
5 ESTRUTURA DO TRABALHO CIENTÍFICO: NBR 14724 ABRIL 2011 .................... 46 
 
4 FORMATO DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHO ACADÊMICO NBR 14724 ABRIL 2011 ........ 65 
 
06 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................... 75 
 
APOSTILA ELABORADA PELA PROFª ANNA FLORÊNCIA DE CARVALHO MARTINS PINTO 
PROFESSORA ITULAR DE METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO DA PUC-MINAS BH. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3
Assunto: Pesquisa 
 
Pesquisa 
Anna Florência Martins Pinto 
1 O QUE É PESQUISA? 
 Cervo e Bervian (1976, p. 65) definem pesquisa como uma atividade voltada 
para a solução de problemas, descobrindo respostas para perguntas, através do 
emprego de processos científicos. 
 Para Asti Vera citado por Almeida (1996, p. 101), o ponto inicial de uma 
pesquisa é a existência de um problema que “deverá definir, examinar, avaliar e 
analisar criticamente para, em seguida, ser tentada sua solução.”. 
 Segundo Almeida (1996, p. 101) a pesquisa consiste na coleta de dados que 
o autor realizará para, avaliando as informações obtidas nas fontes consultadas, 
decidir-se sobre a conveniência de prosseguir o projeto traçado, seguir para 
novo rumo ou delimitar, diminuindo ou ampliando o plano inicialmente traçado. 
Almeida (1996, p. 102) classifica fontes de pesquisa em: fontes 
bibliográficas (livros, revistas etc. (suporte físico e internet)); fontes 
fonográficas (gravações em CD, DVD etc.); fontes iconográficas (gravações em 
microfilmes, slides, transparências, retratos, gravuras, pinturas, imagens, 
estátuas etc.) e fontes pessoais (pesquisadores, técnicos, cientistas, docentes 
etc.). Assim, a coleta de dados deverá estar apoiada em alguma ou algumas 
destas fontes. 
 
2 POR QUE SE FAZ PESQUISA? 
 
 Existem várias razões para realizar uma pesquisa, podendo ser 
classificadas em dois grandes grupos: razões de ordem intelectual e razões de 
ordem prática. (GIL, 1996, p. 19-20). 
As razões de ordem intelectual decorrem do desejo de conhecer pela própria 
satisfação de conhecer e dá origem a pesquisa pura. 
 As razões de ordem prática decorrem do desejo de conhecer com vistas a 
fazer algo de maneira mais eficiente ou eficaz, devendo seus resultados ser 
utilizados imediatamente na solução de problemas da realidade e dá origem a 
pesquisa aplicada. 
Entretanto, é conveniente destacar que estes dois grupos de pesquisa não 
são mutuamente exclusivos, pois “a ciência objetiva tanto o conhecimento em si 
mesmo quanto as contribuições práticas decorrentes desse conhecimento.“. Uma 
 4
pesquisa sobre problemas práticos pode conduzir à descoberta de princípios 
científicos, do mesmo modo que uma pesquisa pura pode fornecer conhecimentos 
passíveis de aplicação prática imediata. (GIL, 1996, p. 19-20). 
 
3 COMO CLASSIFICAR AS PESQUISAS? 
 
 Para fazer classificação de algum objeto é necessário basear-
se em algum critério. Com relação às pesquisas é usual classificá-
-las de acordo com 2 critérios: pesquisas com base em seus objetivos 
e com base nos procedimentos técnicos utilizados. (GIL, 1996, p. 
45). 
 
3.1 Classificação da pesquisa com base em seus objetivos 
 
 De acordo com o presente critério as pesquisas classificam-se 
em exploratórias, explicativas e descritivas. 
 
3.1.1 Pesquisa exploratória 
 
 A pesquisa exploratória estabelece critérios, métodos e 
técnicas para a elaboração de uma pesquisa. Objetiva oferecer 
informações sobre o objeto de pesquisa e orientar a formulação de 
hipótese. Cruz e Ribeiro (2004, p. 17) dão como exemplo deste tipo 
de pesquisa a monografia de conclusão do curso de graduação. 
Segundo Almeida (1996, p. 104), o investigador, na pesquisa 
exploratória, tem como objetivo definir de forma clara e precisa, o 
problema, descrevendo comportamentos, definindo e classificando 
fatos e variáveis (ALMEIDA, 1996, p. 104). 
A pesquisa exploratória consiste no passo inicial de qualquer 
investigação, contribuindo assim com a aquisição de embasamento para 
realizar posteriores pesquisas, pela experiência e auxílio que traz. 
Limita-se a definirem objetivos e buscar maiores informações e 
idéias novas sobre o tema em questão, familiarizando-se com ele. 
As pesquisas exploratórias envolvem levantamento bibliográfico, 
entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema 
pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão (SELLITZ e apud 
GIL, 1996, p. 45). 
 5
Embora o planejamento da pesquisa exploratória seja bastante flexível, na 
maioria dos casos assume a forma de pesquisa bibliográfica ou de estudo de caso 
(GIL, 1996, p. 45). 
 
3.1.2 Pesquisas explicativas 
 
 A pesquisa explicativa tem como preocupação principal 
identificar os fatores que contribuem para a ocorrência dos fatos, 
sendo o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da 
realidade, porque identifica e explica à razão, o porquê das coisas, 
a causa. Por este motivo, é considerado o tipo mais complexo e 
delicado de pesquisa, já que o risco de cometer erros aumenta 
consideravelmente. 
 Pode-se afirmar que o conhecimento científico está assentado 
nos resultados oferecidos pelos estudos explicativos. Isto não 
significa, porém que as pesquisas exploratórias e descritivas tenham 
menos valor, porque quase sempre constituem etapa prévia 
indispensável para que se possam obter explicações científicas. Uma 
pesquisa explicativa pode ser a continuação de outra descritiva, 
posto que a identificação dos fatores que determinam um fato exige 
que este esteja suficientemente descrito e detalhado (GIL, 1996, p. 
47). 
 
3.1.3 Pesquisas descritivas 
 
 A pesquisa descritiva tem como objetivo observar, registrar, 
ordenar, analisar, interpretar os dados ou fatos colhidos da própria 
realidade, sem manipulá-los, isto é, sem a interferência do 
pesquisador. (ALMEIDA, 1996, p. 104). 
 Assim, para coletar tais dados, utiliza-se de técnicas 
específicas, tais como: entrevista, formulário, questionário, teste 
e observação. (ALMEIDA, 1996, p. 104). 
 A pesquisa descritiva é realizada, sobretudo nas áreas das 
Ciências Sociais e Psicológicas. 
A pesquisa descritiva difere-se da pesquisa experimental, 
porque procura classificar, explicar e interpretar fatos que ocorrem 
espontaneamente, enquanto a pesquisa experimental pretende 
demonstrar as causas ou o modo pelo qual um fato é produzido. 
 6
A literatura sobre o tipo de pesquisa é vasta e variada, 
encontrando-se assim, várias classificações de pesquisa. Não cabe, 
neste texto, enumerar todos os aspectos que a pesquisa possa abordar 
ou transcrever todas as classificações já apresentadas. A seguir 
serão identificados e caracterizados os tipos mais usuais de 
pesquisa, independente de qualquer classificação: 1-pesquisa 
bibliográfica, 2- pesquisa documental, 3- pesquisa de campo, 4- 
estudo de caso, 5- pesquisa de opinião, 6- pesquisa de motivação, 7- 
pesquisa histórica, 8- pesquisa experimental e 11- pesquisa-ação. 
 
1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 
 
Segundo Lakatose Marconi (1987, p. 66) a pesquisa bibliográfica trata-se 
do levantamento, seleção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre 
o assunto que está sendo pesquisado em livros, enciclopédias, revistas, jornais, 
folhetos, boletins, monografias, teses, dissertações e material cartográfico. 
Pretende-se, assim, colocar o pesquisador em contato direto com todo material 
(fontes) já escrito sobre o mesmo. 
 Gil (1996, p. 49-50) classifica fontes biliográficas em: livros de leitura 
corrente, livros de referência, publicações periódicas e impressos diversos. 
 Os livros de leitura corrente constituem as fontes bibliográficas por 
excelência e podem ser classificados como de leitura corrente ou de referência. 
 Os livros de leitura corrente abrangem as obras referentes aos diversos 
gêneros literários (romance, poesia, teatro etc.) e também as obras de 
divulgação, isto é, as que objetivam proporcionar conhecimentos científicos ou 
técnicos. 
 Os livros de referência, também chamados livros de consulta, são aqueles 
que possibilitam à rápida obtenção das informações requeridas, como também, a 
rápida localização das obras que as contêm. 
 Assim, têm-se os livros de referência informativa, que contém a informação 
que se busca em dicionários, enciclopédias, anuários e almanaques e os livros de 
referência remissiva, que remetem a outras fontes tais como os catálogos, que 
são constituídos por uma lista ordenada das obras de uma coleção pública ou 
privada. 
 Publicações periódicas “são aquelas editadas em fascículos, em intervalos 
regulares ou irregulares, com a colaboração de vários autores, tratando de 
assuntos diversos, embora relacionados a um objetivo mais ou menos definido.” 
 7
(GIL, 1996, p. 50), sendo os jornais e revistas seus principais tipos. Observa-
se que enquanto a matéria dos jornais se caracteriza principalmente pela 
rapidez, a das revistas tende a ser muito mais profunda e melhor elaborada. 
 De acordo com Medeiros (2003, p. 48) a pesquisa bibliográfica 
significa o levantamento bibliográfico que existe a respeito do 
assunto que se deseja estudar e apresenta quatro etapas: 
a) identificação: esta etapa consiste em fazer o levantamento 
bibliográfico sobre o tema da pesquisa, utilizando-se de 
catálogos de editoras, livrarias, de órgãos públicos, de 
entidades de classe, de universidades, de bibliotecas etc.; 
b) localização: após o levatamento bibliográfico sobre a 
temática passa a localizar as obras específicas, a fim de 
conseguir as informações necessárias; 
c) compilação: localizadas as fontes, passa para a fase da 
obtenção e reunião do material desejado; 
d) fichamento: de posse da fontes reunidas passa para a fase 
da transcrição dos dados em fichas, para posterior consulta 
e referência, devendo-se anotar os elementos essenciais ao 
trabalho. Portanto, essas anotações devem ser completas, 
claramente redigidas e fiéis ao original. 
 Medeiros (2003, p. 48) classifica também, os textos (fontes) 
utilizados numa pesquisa em: 
a) primários: livros, jornais, periódicos, artigos e 
relatórios; 
b) secundários: bibliografias, resumos, traduções, textos 
produzidos pelos serviços de documentação; 
c) terciários: estudos recapitulativos. 
 Concluindo, qualquer tipo de pesquisa em qualquer área do 
conhecimento, supõe e exige pesquisa bibliográfica prévia, quer para 
o levantamento da situação em questão, quer para a fundamentação 
teórica. (CERVO; BERVIAN, 1976, p. 69). 
 
2 PESQUISA DOCUMENTAL 
 
 A pesquisa documental apresenta grande semelhança com a 
pesquisa bibliográfica, diferenciando essencialmente na natureza das 
fontes de cada uma. 
 8
 Na pesquisa bibliográfica as fontes são constituídas, 
sobretudo por material impresso localizado nas bibliotecas: livros, 
revistas, jornais etc. 
 Na pesquisa documental as fontes são muito mais diversificadas 
e dispersas, podendo identificar os documentos de “primeira mão” e 
os “de segunda mão.”. (GIL, 1996, p. 51). 
 Os “documentos de primeira mão” consistem naqueles que ainda 
não receberam nenhum tratamento analítico, tais como: os documentos 
conservados em arquivos de órgãos públicos e instituições privadas, 
tais como associações científicas, igrejas, sindicatos, partidos 
políticos etc. Incluem-se também outros documentos como cartas 
pessoais, diários, fotografias, gravações, memorandos, regulamentos, 
ofícios, boletins etc. 
 Os documentos ”de segunda mão” consistem naqueles que de 
alguma forma já foram analisados, tais como: relatórios de pesquisa, 
relatórios de empresas, tabelas estatísticas etc. 
 
3 PESQUISA DE CAMPO 
 
 A pesquisa de campo consiste em observar e coletar os dados, 
tal como ocorrem espontaneamente, no próprio local em que se deu o 
fato em estudo, caracterizando-se pelo contato direto com o mesmo, 
sem interferência do pesquisador. (LAKATOS; MARCONI, 1996, p. 75). 
 Não se deve confundir pesquisa de campo com coleta de dados, 
pois todas as pesquisas necessitam de coleta dos dados, porém na 
pesquisa de campo, os dados são coletados in loco; com objetivos já 
determinados, discriminando suficientemente e objetivamente o que é 
coletado. (SILVA, 2003, p. 63). 
 Ao fazer pesquisa de campo pode-se utilizar das técnicas de: 
entrevista, questionário, observação simples, participante ou não e 
sistemática e teste. 
 
4 ESTUDO DE CASO 
 
O estudo de caso caracteriza-se pelo estudo profundo e exaustivo de um ou 
de poucos objetos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento. 
 9
Para Almeida (1996, p. 106) o estudo de caso “objetiva coletar e analisar 
informações sobre uma determinada comunidade, ou indivíduo em particular, a fim 
de registrar dados variados de sua vida, de acordo com o assunto da pesquisa.”. 
A origem do estudo de caso é bastante remota e prende-se ao método 
introduzido por Laugdell no ensino jurídico nos Estados Unidos, mas sua difusão 
está ligada à prática psicoterapêutica caracterizada pela reconstrução da 
história do indivíduo, bem como ao trabalho dos assistentes sociais junto a 
indivíduos, grupos e comunidades. 
Atualmente, o estudo de caso é usado na investigação de 
fenômenos de diversas áreas do conhecimento e pode ser visto como 
técnica psicoterápica, como método didático ou como método de 
pesquisa. Então, como método de pesquisa, pode ser definido como: 
 
um conjunto de dados que descrevem uma fase ou a 
totalidade do processo social de uma unidade, em suas 
várias relações internas e nas suas fixações culturais, 
quer seja essa unidade uma pessoa, uma família, um 
profissional, uma instituição social, uma comunidade ou 
uma nação (YOUNG, 1960 apud. GIL, 1996, p. 59). 
 
 Uma das características do estudo de caso é a flexibilidade, 
que significa que é impossível estabelecer um roteiro rígido que 
determine com precisão como deverá ser desenvolvida a pesquisa. 
Todavia, na maioria dos estudos de casos é possível distinguir 
quatro fases: 
 a) delimitação da unidade-caso; 
 b) coleta de dados; 
 c) análise e interpretação dos dados; 
 d) redação do relatório (GIL, 1996, p. 12). 
 O estudo de caso apresenta a vantagem de ser um estímulo a 
novas descobertas. Em virtude da flexibilidade do planejamento do 
estudo de caso, o pesquisador, ao longo de seu processo, mantém-se 
atento a novas descobertas. É freqüente o pesquisador dispor de um 
plano inicial e, ao longo da pesquisa, ter o seu interesse 
despertado por outros aspectos que não havia previsto. E, muitas 
vezes, o estudo desses aspectos torna-se mais relevante para a 
solução do problema do que os considerados inicialmente. Daí por que 
o estudo de caso é altamente recomendado para a realização de 
estudosexploratórios. 
 
 10 
5 PESQUISA DE OPINIÃO 
 
 Consiste em procurar saber atitudes, pontos de vista e 
preferências que as pessoas têm a respeito de algum assunto, com o 
objetivo de tomar decisões. 
 “Visa identificar a opinião de uma comunidade, constatar as 
falhas, descrever condutas e reconhecer interesses e outros 
comportamentos, a fim de levar à tomada de decisões.” (ALMEIDA, 
1996, p. 105). 
 
6 PESQUISA DE MOTIVAÇÃO 
 
Para Almeida (1996, p. 105), a pesquisa de motivação pretende 
coletar e analisar razões do comportamento de um grupo ou 
comunidade, tendo como objetivo reconhecer as razões do 
comportamento do grupo frente a uma situação peculiar. 
 
7 PESQUISA HISTÓRICA 
 
 Consiste em descrever e comparar usos, costumes, tendências e 
diferenças, através da documentação do passado. (ALMEIDA, 1996, 
p.106). 
 
8 PESQUISA EXPERIMENTAL 
 
A pesquisa experimental é mais freqüente nas Ciências 
Tecnológicas e nas Ciências Biológicas e tem como objetivo 
demonstrar como e por que determinado fato é produzido. (ALMEIDA, 
1996, p. 106-107). 
Portanto, na pesquisa experimental o pesquisador procura 
refazer as condições de um fato a ser estudado, para observá-lo sob 
controle. Para tal, se utilizam de local apropriado, aparelhos e 
instrumentos de precisão para demonstrar as causas ou o modo pelo 
qual um fato é produzido, proporcionando assim o estudo de suas 
causas e efeitos. (KELLER; BASTOS, 1991, p. 54). 
 Koche (1997, p. 124-125) salienta que na área das Ciências Humanas e 
Ciências Sociais, além dos problemas éticos envolvidos, é muito difícil 
 11 
operacionalizar a manipulação a priori das variáveis, pela natureza dessas 
variáveis. 
 
9 PESQUISA-AÇÃO 
 
 Thiollent citado por Gil (1996, p. 60) define a pesquisa-ação 
como 
 
[...] um tipo de pesquisa com base empírica que é 
concebida e realizada em estreita associação com uma 
ação ou com a resolução de um problema coletivo e no 
qual os pesquisadores e participantes representativos da 
situação ou do problema estão envolvidos de modo 
cooperativo ou participativo. 
 
 A pesquisa-ação tem sido objeto de controvérsia, em certos 
meios, sendo vista como desprovida da objetividade que caracteriza 
os procedimentos científicos, em virtude de exigir o envolvimento 
ativo do pesquisador e a ação por parte das pessoas envolvidas no 
problema. Mas, para outros, vem sendo reconhecida como muito útil, 
sobretudo por pesquisadores identificados por ideologias 
“reformistas” e “participativas.” (GIL, 1996, p. 60). 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, Maria Lúcia Pacheco de. Tipos de pesquisa. In: ALMEIDA, Maria Lúcia 
Pacheco de. Como elaborar monografias. 4. ed. rev. e atual. Belém: Cejup, 1996. 
Cap. 4, p. 101-110. 
 
ALMEIDA JÚNIOR, João Baptista de. O estudo como forma de pesquisa. In: CARVALHO, 
M. Cecília (Org.). Construindo o saber. Campinas: Papirus, 1988. p. 107-129. 
 
ASTI VERA, Armando. A pesquisa e seus métodos. In: ASTI VERA, Armando. 
Metodologia da pesquisa científica. Porto Alegre: Globo, 1976. p. 7-13. 
 
BARROS, Aidil; LEHFELD, Neide. A pesquisa científica. In: BARROS, Aidil; 
LEHFELD, Neide. Fundamentos de metodologia. 2. ed. ampl. São Paulo: Mc Graw-Hill 
do Brasil, 2000. p. 87-121. 
 
CERVO, Amado; BERVIAN, Pedro. A pesquisa. In: CERVO, Amado; BERVIAN, 
Pedro. Metodologia Científica. São Paulo: Mc Graw-Hill do Brasil, 
1976. p. 65-70. 
 
 12 
CRUZ, Carla; RIBEIRO, Uirá. Tipos de pesquisa. In: CRUZ, Carla; 
RIBEIRO, Uirá. Metodologia Científica: teoria e prática. 2. ed. Rio 
de Janeiro: Axcel Books do Brasil, 2004. Cap. 2, p. 17-23. 
 
GIL, Antônio Carlos. Como classificar as pesquisas? In: GIL, Antônio Carlos. 
Como elaborar projeto de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991. Cap. 4, p. 45-62. 
 
KELLER, Vicente; BASTOS, Cleverson. Pesquisa científica. In: KELLER, Vicente; 
BASTOS, Cleverson. Aprendendo a aprender. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1991. p. 54-
58. 
 
KÖCHE, José Carlos. Tipos de pesquisa. In: KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de 
Metodologia Científica. 14. ed. rev. e ampl. Petrópolis: Vozes, 1997. p. 122-
126. 
 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Pesquisa. In: 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Técnica de pesquisa. 
3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 1996. p. 15-123. 
 
MEDEIROS, João Bosco. Pesquisa científica. In: MEDEIROS, João Bosco. 
Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 5. 
ed. São Paulo: Atlas, 2003. Cap. 2, p. 41-55. 
 
SILVA, Antonio Carlos Ribeiro de. Elaborando projeto de pesquisa. In: SILVA, 
Antonio Carlos Ribeiro de Metodologia da pesquisa aplicada à Contabilidade; 
orientações de estudos, projetos, relatórios, monografias, dissertações, teses. 
São Paulo: Atlas, 2003. Cap. 3, p. 47-77. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
Assunto: PROJETO DE PESQUISA 
PROJETO DE PESQUISA 
 
Anna Florência Martins Pinto 
 
Todo trabalho científico nasce de uma dificuldade ou 
questionamento que deve ser cuidadosamente formulado. Assim, o 
pesquisador inicia o planejamento de seu estudo do qual resultará 
num projeto de pesquisa. 
Pesquisa não se traduz no simples ato de abordar um problema 
através da aplicação direta de questionários ou de outro instrumento 
qualquer. Tal atitude é considerada como improvisação, como falta de 
planejamento da pesquisa. Sem um projeto de pesquisa, os 
pesquisadores lançam-se a um trabalho inseguro, desordenado, 
resultando em desperdício de esforços, tempo e recursos. (BARROS; 
LEHFELD, 1997, p. 18). 
De acordo com Lakatos e Marconi (1987, p. 99) em uma pesquisa 
nada se faz ao acaso. Desde a escolha do tema, fixação dos 
objetivos, determinação da metodologia, coleta de dados, sua análise 
e interpretação para a elaboração do relatório final, tudo é 
previsto no projeto de pesquisa. Este, portanto, deve responder às 
questões fundamentais: 
 
a) o que fazer? definição do tema e problema; 
b) por que fazer? justificativa da escolha do tema; 
c) para que fazer? propósito do estudo – objetivos; 
d) quando fazer? cronograma de execução; 
e) onde fazer? local - campo da pesquisa; 
f) com que fazer? recursos – custeio; 
g) como fazer? Metodologia; 
h) feito por quem? pesquisador (es). 
 
 Todo pesquisador, no início da elaboração do projeto de pesquisa, deverá 
ter uma atitude reflexiva diante do suposto problema a ser pesquisado. Antes 
mesmo de definir o que realmente deseja pesquisar, o pesquisador, precisa de ter 
um conhecimento pleno de informações metodológicas, necessárias ao 
 14 
desenvolvimento do projeto de pesquisa, o que poderá ser feito, aplicando a 
técnica de leitura analítica em textos que contenham tais informações 
 Segundo Gil (1996, p. 20) para ter sucesso ao fazer uma pesquisa é 
necessário observar e refletir sobre certas qualidades intelectuais e sociais do 
pesquisador, dentre as quais se destacam: conhecimento do assunto a ser 
pesquisado; curiosidade; criatividade; integridade intelectual; atitude 
autocorretiva; sensibilidade social; imaginação disciplinada; perseverança e 
paciência; confiança na experiência. 
 O processo de pesquisa, como toda atividade racional e sistemática, exige 
que suas ações sejam efetivamente planejadas, sendo assim considerado o 
planejamento como a primeira fase da pesquisa. 
 O planejamento da pesquisa concretiza-se frente à elaboração de um 
projeto, que consiste em um documento no qual deverá explicitar as ações a serem 
desenvolvidas ao longo do seu processo, sendo assim, do interesse do pesquisador 
proceder à sua elaboração. 
 Desta forma, oprojeto deve, portanto, especificar os objetivos da 
pesquisa, apresentar a justificativa de sua realização, definir a modalidade de 
pesquisa e determinar os procedimentos de coleta e análise de dados. Deve, 
ainda, esclarecer sobre o cronograma a ser seguido no decorrer da pesquisa como 
também fazer a indicação dos recursos humanos, financeiros e materiais 
necessários para assegurar o êxito da pesquisa. 
 
ELEMENTOS DO PROJETO DE PESQUISA 
 
1 INTRODUÇÃO 
1.1 Tema 
1.2 Objeto (delimitação do tema) 
1.3 Problematização 
1.4 Objetivos 
1.4.1 Objetivo geral 
1.4.2 Objetivos específicos 
1.5 Justificativa 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
3 METODOLOGIA DE PESQUISA (Tipos e técnicas de pesquisa) 
 
4 CRONOGRAMA 
 
REFERENCIAS 
 
 15 
A seguir serão apresentadas orientações de como elaborar cada 
elemento do Projeto de Pesquisa 
 
1 CAPA (Fonte 12 para toda a capa) 
 
 Proteção externa do projeto, contendo os dados essenciais que 
o identificam: nome da Instituição (letras maiúsculas negritadas), 
Instituto e Curso centralizados na margem superior com letras 
minúsculas negritadas e espaço simples entre eles. 
 O nome completo do autor ou autores vem centralizado no meio 
da folha com letras minúsculas, negritadas e espaço simples entre 
eles. 
 O Título do projeto vem centralizado no meio da folha com 
letras maiúsculas negritadas. 
 O subtítulo vem separado do título por dois pontos e espaço 
simples entre eles, letras minúsculas, negritadas. 
 Quando o título e/ou subtítulo ocuparem mais de uma linha, 
deve-se usar o espaço simples entre elas. 
 O local e data de entrega do projeto são centralizados na 
margem inferior com letras minúsculas negritadas. 
 
2 FOLHA DE ROSTO (Fonte 12 para toda a folha de rosto) 
 
 O nome completo do autor vem centralizado na margem superior 
com letras minúsculas sem negrito, em ordem alfabética e espaço 
simples entre as linhas dos mesmos. 
 As normas para título e subtítulo são as mesmas da capa. 
 A nota de apresentação consiste em indicar a natureza 
acadêmica do trabalho (projeto de pesquisa), contendo nome da 
Disciplina, Curso, Instituto e Instituição em que é apresentado, 
vindo logo abaixo do título ou subtítulo, em letras minúsculas 
sem negrito, exceto a inicial e nomes próprios, a partir da 
metade da folha até a margem direita. Entre as linhas da nota 
usa-se o espaço simples. 
 O nome completo do professor vem com letras minúsculas, 
exceto a inicial, sem negrito e dois enter de espaço simples em 
relação à nota de apresentação. 
 16 
 O local e data de entrega são centralizados na margem inferior 
com letras minúsculas, exceto as iniciais, negritadas. 
 
3 SUMÁRIO 
 Consiste na enumeração arábica dos elementos que compõem o 
projeto, na mesma ordem e grafia em que aparecem no mesmo, sendo os 
títulos dos mesmos, diferenciados tipograficamente conforme a 
divisão utilizada e fonte 12. 
 Assim sendo, o sumário deve incluir todos os títulos dos 
elementos do projeto, que devem ser destacados gradativamente com 
letras maiúsculas negritadas; minúsculas negritadas; minúsculas 
negritadas e itálicas; minúsculas negritadas e sublinhadas e 
minúsculas sem negrito. 
 O sumário deve indicar a numeração arábica progressiva dos 
títulos dos elementos do projeto, o título dos mesmos e a respectiva 
página inicial de cada elemento e precedida de uma linha pontilhada. 
 A palavra sumário vem centralizada na margem superior, com 
letras (12) maiúsculas negritadas, sem indicativo numérico. 
 
4 INTRODUÇÃO 
 
 A introdução consiste no primeiro elemento do projeto onde o pesquisador 
define o que vai estudar e explica os principais aspectos do projeto: apresenta 
o tema escolhido já delimitado e de forma problematizada, o objetivo geral e os 
específicos e a justificativa da escolha do tema. 
 
4.1 Tema 
 
 O tema é o assunto escolhido sobre o qual abordará o projeto e seu sucesso 
dependerá muito desse momento, que é o da escolha do mesmo. Observa-se que 
qualquer assunto pode ser objeto de estudo científico e, portanto, de 
comunicação científica. 
 É sabido que o autor do projeto pode despertar-se por um grande número de 
temas, o desafio no momento é decidir qual o melhor caminho a percorrer. 
 Silva (2003, p. 49) apresenta alguns aspectos, que podem ajudar o autor do 
projeto na escolha do seu tema de pesquisa, como: 
 a) “evitar temas demasiadamente complexos ou ambiciosos para suas 
 possibilidades”; 
 17 
 b) “escolher temas de importância teórica e, sobretudo, prática.”; 
 c) “estabelecer uma hipótese de trabalho, baseada no conhecimento que já 
 dispõe sobre o assunto.”; 
 d) “uma vez escolhido o tema, planejar o tempo de que dispõe para realizar 
 o trabalho, e consultar professores na área do assunto.”; 
 e) “verificar a existência de material bibliográfico e estatístico 
 disponível e de fácil acesso.”; 
 f) “delimitar claramente a perspectiva em que deseja abordar o tema; isso 
 facilitará bastante a organização do material necessário para início da 
 pesquisa.”; 
 g) “identificar a utilidade e necessidade da realização da pesquisa.”; 
 h) “julgar a validade de explorar determinado tema.”; 
 . i) “observar o tempo de que dispõe para desenvolvimento da pesquisa e a 
 área de abrangência do tema.”. 
 O tema de pesquisa consiste em um assunto que se pretende estudar com 
profundidade, pois não interessa somente saber o tema de modo vago, indefinido, 
mas conciso, com limites bem delimitados, em que torna mais fácil o 
encaminhamento da pesquisa. 
 
EXEMPLO SOBRE O PROCESSO DE ESCOLHA DE UM TEMA DE PESQUISA 
 
 Antônio Carlos Ribeiro da Silva 
 
 Se um pesquisador da área contábil decidisse pesquisar, por exemplo, 
Contabilidade Gerencial, estaria, com certeza, apresentando um assunto, mas não 
teria, ainda, definido, com precisão, um tema de pesquisa. Com esse exemplo, 
salientamos a necessidade de o pesquisador, antes de definir o tema observar a 
realidade de forma cuidadosa e persistente, consultando livros, revistas, obras 
especializadas, periódicos, especialistas no assunto etc., para melhor definir o 
tema pretendido. 
 Se um pesquisador resolve pesquisar, sobre Contabilidade Gerencial, está 
indicando de modo vago e geral um dos elementos do campo de observação: o 
gerenciamento. Se, além disso, acrescenta que seu interesse é pelas pequenas e 
médias empresas, está dando, então uma das variáveis a serem observadas. 
 Com esses dados preliminares, o pesquisador poderá chegar a um tema 
pretendido, observando qual sua população; no exemplo, as pequenas e medis 
empresas; logo depois, o local em que se fará a pesquisa; no caso, o município 
de Salvador, Estado da Bahia. Após definidos os elementos necessários do campo 
de observação, podemos, então, enunciar o tema: A contabilidade gerencial como 
 18 
instrumento para tomada de decisão das pequenas e médias empresas na cidade de 
Salvador - Bahia. 
 Um enunciado bem feito de um tema de pesquisa é, por certo, o ponto de 
partida para a pesquisa. No começo, é normal o pesquisador ter apenas uma 
idéia, uma intuição, sobre a pesquisa que deseja fazer, sentindo até dificuldade 
de expressar com palavras o que pensa. 
 O pesquisador poderá pensar em fazer uma pesquisa sobre “Princípios 
Contábeis”; logo depois de um tempo de observação, estudo e reflexão, pode 
encontrar outros termos que melhor representem sua ideia de pesquisa, como 
“Princípios Fundamentais deContabilidade.”. Entretanto, para que possa tornar a 
pesquisa viável, precisa definir o campo de observação e suas variáveis. Desse 
modo, o tema da pesquisa, ao ser enunciado, deve indicar não apenas o assunto 
que se pretende tratar, mas também seu campo de observação e limites, mostrando 
as variáveis relevantes que serão utilizadas e o tipo de relação que se 
estabelece entre elas. A definição do tema perpassa, às vezes, por toda a 
pesquisa, e é, freqüentemente, revisto. O exemplo anterior pode ter o seguinte 
tema de pesquisa: “Princípios Fundamentais de Contabilidade e o conflito com a 
Legislação Tributária.”. 
 
Referência: SILVA, Antônio Carlos Ribeiro de. Elaborando projeto de pesquisa. 
In: SILVA, Antonio Carlos Ribeiro de. Metodologia da pesquisa aplicada à 
Contabilidade; orientações de estudos, projetos, relatórios, monografias, 
dissertações, teses. São Paulo: Atlas, 2003. Cap. 3, p. 47-77. 
 
4.2 Objeto (delimitação do tema) 
 
 Escolher um tema implica sua delimitação. Delimitar significa pôr limites, 
isto é, determinar a profundidade, abrangência e extensão do assunto. Deve-se 
escolher temas menos abrangentes e que possam ser esgotados pela pesquisa. 
 Para fixar a extensão do assunto, isto é para proceder a sua delimitação, 
é necessário que se distinga o sujeito e o objeto de uma questão. (SILVA, 2003, 
p. 50; ALMEIDA, 1996, p. 47-48). 
 O sujeito é a realidade a respeito da qual se deseja saber alguma coisa. É 
o universo de referência. 
 O objeto é o conteúdo que se focaliza, em torno do qual gira toda a 
discussão ou indagação. O objeto de um assunto é o tema propriamente dito. É o 
que se quer saber ou o que se quer fazer a respeito do sujeito. 
 Almeida (1996, p. 47-48) apresenta um exemplo identificando o sujeito e o 
objeto: 
 19 
 Câncer de mama (assunto escolhido) 
 Câncer é o sujeito (universo) 
 Mama é o objeto (tema específico do universo) 
 Identificados sujeito e objeto, o passo seguinte é a delimitação do 
assunto. 
 Delimitar um assunto significa estabelecer as partes específicas que 
interessam, considerando-o por período de tempo, situação geográfica ou sua 
significação política, cultural ou histórica. (ALMEIDA, 1996, p. 47). 
 Exemplo de delimitação de um tema: 
 Câncer de mama: casos observados em homens, no Pará, em 1996 
 O assunto foi esclarecido, em se tratando especificamente de câncer 
(universo) de mama (objeto) e delimitado seu estudo em homens (significação 
social), no Pará (situação geográfica), em 1996 (situação de tempo). É em torno 
deste conjunto universo/objeto e situações específicas de tempo, aspecto 
geográfico, político, cultural ou histórico que a pesquisa será efetuada, tendo 
como base as mais diversificadas fontes de informações. (ALMEIDA, 1996, p. 47-
48). 
 Exemplo de delimitação de um tema: pensou-se em realizar um estudo sobre: 
Ética o que a princípio seria bastante abrangente. Assim, o assunto poderia ser 
delimitado para: As condutas éticas do profissional da Contabilidade, no Estado 
de Minas Gerais, no período de 2007 a 2009. 
 
4.3 Problematização 
 
 Problema é uma questão que envolve uma dificuldade teórica ou prática para 
o qual se deve encontrar uma solução. O problema só encontrará solução, resposta 
ou explicação por meio da comprovação dos fatos, pois ele delimita a pesquisa e 
facilita a investigação. 
Quando o pesquisador começa a refletir sobre o tema escolhido por ele, aí 
começa a surgir o problema como indagação necessária em busca de soluções, pois 
é preciso ter idéia clara do problema a ser resolvido. 
Segundo Souza (2003, p. 51), considera-se um problema de natureza 
científica quando envolve variáveis que podem ser testadas, a exemplos de: 
“Qual será o papel do contador na condução do planejamento tributário para 
a sobrevivência das pequenas empresas da cidade de Salvador?” 
Ou 
 20 
 “O que mudou no perfil do profissional contábil, inserido no mercado de 
trabalho de 1990 a 2000 no município de Salvador – Bahia?” (Exemplos 
de pesquisas realizadas na Fundação Visconde de Cairu – Salvador – Bahia). 
 Souza (2003, p. 51-52), recomenda que o problema de pesquisa de um 
estudante de graduação e de pós-graduação esteja vinculado a dois aspectos: 
 a) deve ser diretamente com base no âmbito cultural de sua formação; 
 b) deve surgir da prática cotidiana que o pesquisador realiza como 
 profissional. 
Observa-se que uma das tarefas mais difíceis na elaboração de 
projeto, consiste na formulação do problema; e quando o autor do 
mesmo, já possui de antemão o problema a ser pesquisado, com certeza 
já possui em torno de 70% do projeto elaborado. 
“A formulação do problema indica exatamente qual a dificuldade 
que se pretende resolver; é um processo contínuo de pensar reflexivo 
e com uma boa dose de imaginação criadora.” (SILVA, 2003, p. 52). 
Para Rudio (1998) citado por Silva (2003, p. 52) formular o 
problema consiste 
 
em dizer, de maneira explícita, clara, compreensível e 
operacional, qual a dificuldade com a qual nos 
defrontamos e que pretendemos resolver, limitando o seu 
campo e apresentando suas características. Desta forma, 
o objetivo da formulação do problema da pesquisa é 
torná-lo individualizado, específico, inconfundível. 
 
COMO FORMULAR UM PROBLEMA 
 
Antônio Carlos Gil 
 
1 O PROBLEMA DEVE SER FORMULADO COMO PERGUNTA 
 
 Esta é a maneira mais fácil e direta de formular um problema. 
Além disso, facilita a sua identificação por parte de quem consulta 
o projeto ou o relatório da pesquisa (monografia). 
 Seja o exemplo de uma pesquisa sobre o divórcio. 
 Se alguém disser que vai pesquisar o problema do divórcio, 
pouco estará dizendo. Mas se propuser: ”que fatores provocam o 
divórcio?” ou “quais as características da pessoa que se divorcia?”, 
estará efetivamente propondo problemas de pesquisa. 
Tal cuidado é muito importante principalmente nas pesquisas 
acadêmicas, onde o estudante, de modo geral, inicia o processo da 
pesquisa pela escolha de um tema, que por si só não constitui um 
 21 
problema. Ao formular perguntas sobre o tema, provoca-se a sua 
problematização. 
 
2 O PROBLEMA DEVE SER CLARO E PRECISO 
 
 O problema não pode ser solucionado se não for apresentado de 
maneira clara e precisa. 
 Com freqüência são apresentados problemas tão desestruturados 
e formulados de maneira tão vaga que não é possível imaginar nem 
mesmo como começar a resolvê-los. 
 Por exemplo: um iniciante em pesquisa poderia indagar: ”Como 
funciona a mente?”, “O que acontece no Sol?”, ”O que determina a 
natureza humana?” etc. 
 Estes problemas não podem ser propostos para pesquisa, porque 
não está claro a que se referem, a não ser que sejam reformulados, 
ficando, por exemplo, assim: “Que mecanismos psicológicos podem ser 
identificados no processo de memorização?”. É lógico que esta é uma 
das muitas reformulações que podem ser feitas à pergunta original. 
 
3 O PROBLEMA DEVE SER EMPÍRICO 
 
 Os problemas científicos não devem referir-se a valores. 
 Não será fácil, por exemplo, investigar se “filhos de 
camponeses são melhores que filhos de operários” ou se “a mulher 
deve realizar estudos universitários”. Estes problemas conduzem 
inevitavelmente a julgamentos morais, e conseqüentemente, a 
considerações subjetivas, invalidando os propósitos da investigação 
científica, que tem a objetividade como uma das mais importantes 
características. 
 
4 O PROBLEMA DEVE SER SUSCETÍVEL DE SOLUÇÃO 
 
 Um problema pode ser claro, preciso e referir-se a conceitos 
empíricos, porém não se tem idéia de como seria possível coletar os 
dados necessários à suaresolução. 
Seja o exemplo: ligando-se o nervo ótico às áreas auditivas do 
cérebro, as visões serão sentidas auditivamente? Esta pergunta só 
 22 
poderá ser respondida quando a tecnologia neurofisiológica progredir 
a ponto de possibilitar a obtenção de dados relevantes. 
Para formular adequadamente um problema é preciso ter o domínio 
da tecnologia adequada à sua solução. Caso contrário, o melhor será 
proceder, a uma investigação acerca das técnicas de pesquisa 
necessárias. 
 
5 O PROBLEMA DEVE SER DELIMITADO A UMA DIMENSÃO VIÁVEL 
 
 Em muitas pesquisas, sobretudo nas acadêmicas, o problema 
tende a ser formulado em termos muito amplos, requerendo assim, 
algum tipo de delimitação, para poder ser viável a sua execução. 
Por exemplo, alguém poderia formular o problema: ”em que pensam 
os jovens”. Seria necessário delimitar a população dos jovens a 
serem pesquisados mediante a especificação da faixa etária, da 
localidade abrangida etc. Seria necessário, ainda, delimitar o ”o 
que pensam”, já que isto envolve múltiplos aspectos, tais como: 
percepção acerca dos problemas mundiais, atitude em relação à 
religião etc. 
 
Sintetizando sobre o item formulação de problema ou formulação 
de perguntas concluiu que é a primeira etapa de uma pesquisa, pois, 
enquanto o assunto permanecer assunto, não se iniciou ainda a 
investigação propriamente dita. O assunto escolhido será questionado 
pela curiosidade e reflexão do pesquisador, que o transformará em 
problema. A pergunta deve ser formulada de tal maneira que haja 
possibilidade de resposta através da pesquisa. Uma boa formulação do 
problema supõe-se conhecimentos prévios do assunto, além de uma 
imaginação criadora que, em grande parte, é responsável pelo 
progresso da ciência. 
 
Referência 
 
GIL, Antônio Carlos. Como formular um problema de pesquisa? In: GIL, Antônio 
Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1981, Cap. 2, p. 
26-34. 
 
 
 23 
4.4 Objetivos 
 
 A formulação dos objetivos significa definir com precisão o que 
pretende alcançar com a realização deste trabalho acadêmico, o que 
propõe fazer, que aspectos pretendem analisar no desenvolvimento do 
assunto. (MARCONI, 2000, p. 80). 
 
4.4.1 Objetivo geral 
 
 O objetivo geral tem a intenção de dar uma visão geral do assunto (tema) 
do trabalho, estabelecendo o que espera conseguir com o mesmo e definir aonde 
pretende chegar. Neste momento, não precisa ficar preocupado com a delimitação 
do tema, que será bem detalhado nos objetivos específicos. (SILVA, 2003, p. 57). 
 Exemplo de objetivo geral: 
 Analisar (ou conhecer, ou reconhecer) o papel do administrador na condução 
do planejamento estratégico para a sobrevivência das pequenas e médias empresas. 
 
4.4.2 Objetivos específicos 
 
 Consistem em um desdobramento do objetivo geral em questões mais 
específicas e cada um dos objetivos específicos será uma parte distinta da 
futura redação do texto do trabalho. 
 Silva (2003, p. 58) apresenta algumas sugestões práticas para elaborar de 
forma correta os objetivos específicos: 
a) identificar os elementos importantes do tema, retornando ao objetivo 
geral para identificar as possíveis divisões; 
 b) transformar cada um dos aspectos escolhidos em um objetivo específico; 
 c) observar se os objetivos específicos são suficientes para atender ao 
 que pretende obter o objetivo geral. 
 
4.4.3 Como redigir objetivo geral e específico 
 
 Tanto o objetivo geral quanto os específicos são construídos em uma frase 
ou período, contendo verbos no infinitivo mais o assunto (tema) em questão. 
 Santos citado por Silva (2003, p. 57) afirma que “o cérebro humano é capaz 
de estágios cognitivos diversos, com graus também diversos de complexidade. São 
eles: conhecimento, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação.”. 
 24 
 Desta foram, ao elaborar o objetivo geral e os específicos, pode-se 
identificar tais estágios e verificar quais os verbos que melhor se aproximam 
(SILVA, 2003, p. 57-58). 
 No estágio de conhecimento, os verbos poderão ser: apontar, citar, 
classificar, conhecer, definir, descrever, identificar, reconhecer, relatar. 
 No estágio de compreensão, os verbos poderão ser: compreender, concluir, 
deduzir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir, interpretar, localizar, 
reafirmar. 
 No estágio de aplicação, os verbos poderão ser: aplicar, desenvolver, 
empregar, estruturar, operar, organizar, praticar, selecionar, traçar. 
 No estágio de análise os verbos poderão ser: provar, analisar, comparar, 
criticar, debater, diferenciar, discriminar, examinar, investigar, provar. 
 No estágio de síntese os verbos poderão ser: sintetizar, condensar, 
reunir, simplificar, compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, 
formular, produzir, propor. 
 No estágio de avaliação os verbos poderão ser: argumentar, avaliar, 
contrastar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir, selecionar. 
 Para redigir o objetivo geral, coloque antes do assunto (tema) um verbo 
que melhor expresse ação intelectual, isto é, um verbo que melhor expresse o que 
se pretende como resultado. 
 Para redigir os objetivos específicos, inicie-se também por verbo, porém o 
verbo, neste caso, deve ser verbo que indique ação intelectual, mensurável, 
manifesta, isto é, que pode ser observada, e que representa com objetividade, 
clareza e precisão o que realmente pretende alcançar. 
 
4.4.4 Exemplo de objetivo geral e específico 
 
 Objetivo geral: 
 
 Conhecer as principais causas do baixo desempenho dos Cursos X, bem como 
levantar propostas para superação desse quadro. 
 
 Objetivos específicos: 
 
 Enumerar (ou explicar) as causas de se ter no Brasil uma formação 
deficiente em uma boa parte dos Cursos X. 
 Identificar (ou selecionar) as propostas que possam contribuir para a 
melhoria da formação do corpo docente e discente dos Cursos. 
 25 
4.4.5 Exemplo de objetivo geral e específico 
 
 Objetivo geral: 
 Analisar a cultura organizacional de uma empresa, em determinado período 
de tempo. 
 Objetivos específicos: 
 Identificar os aspectos de sociabilidade entre os novos e antigos 
funcionários que caracterizam o processo 
de socialização na empresa. 
 Analisar os aspectos de sociabilidade entre os novos e antigos 
funcionários que caracterizam o processo de socialização na empresa. 
 Selecionar os fatores que favorecem a motivação para o trabalho e o 
alcance das metas estabelecidas para a empresa ou setor. 
 Explicar os fatores que dificultem ou atrasem o alcance das metas 
estabelecidas para a empresa ou setor. 
 Enumerar os aspectos da burocracia da empresa que facilitem ou prejudiquem 
as relações de trabalho. 
 
Baseando nos dois exemplos acima, pode-se concluir que os objetivos 
específicos são como uma tradução do objetivo geral, e que ambos precisam manter 
uma coerência entre si e isso pressupõe que haja harmonia e ordem entre eles. 
Desta maneira, um objetivo específico ao ser atingido, deve colaborar com a 
concretização do objetivo geral a ser alcançado com o desenvolvimento. 
 
4.5 Justificativa 
 
 O autor do projeto de pesquisa, ao fazer a justificativa do(s) motivo(s) e 
da importância do estudo da temática escolhida por ele, e deve discorrer 
brevemente sobre a importância da pesquisa se propõe, relacionando-a com sua 
experiência profissional, vivência ou ainda com interesses particulares 
(motivos) que o levaram à proposição do presente projeto. 
 Na justificativa também deve ser destacada a relevância do tema para o 
desenvolvimento da ciência,de acordo com a especificidade do projeto e da 
competência do autor do projeto, pontuando a contribuição que os resultados da 
pesquisa trarão para seu campo de atuação e para a área do conhecimento (MARION; 
DIAS; TRALDI, 2002, p. 37). 
 26 
 Sintetizando: justificativa consiste em apresentar os motivos de 
ordem prática para o autor da pesquisa, como também as razões de 
ordem teórica para a ciência, isto é aquelas baseadas na relevância 
social e científica da pesquisa, que levaram o pesquisador a estudar 
tal temática específica e não outra qualquer, com criatividade e 
capacidade de convencer sobre a importância da mesma, no campo da 
teoria existente, como também, apresentar as contribuições teóricas 
que tal estudo pretende proporcionar para o problema abordado. 
 
5 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 Consiste na identificação dos elementos de fundamentação 
teórica da pesquisa e, também, a definição dos conceitos empregados. 
Assim, o pesquisador deverá apresentar a contextualização do tema e 
a síntese dos elementos teóricos, que darão suporte para a 
realização da pesquisa, utilizando-se para escrever o referencial 
teórico as normas da ABNT de citação direta e indireta. 
Na contextualização do tema apresenta a evolução histórica do 
mesmo, onde se busca identificar: sua natureza, sua origem, seu 
desenvolvimento ao longo do tempo e em que estágio do conhecimento 
se encontra. 
Na síntese apresenta a fundamentação teórica do tema, como também, define 
os conceitos, esclarece-os e indica seu emprego na pesquisa. 
Os conceitos podem ter significados diferentes de acordo com o quadro de 
referência ou a ciência que os emprega. Além disso, uma mesma palavra pode ter 
vários significados dentro da própria ciência que a utiliza. Dessa forma a 
definição dos termos esclarece e indica o emprego dos conceitos na pesquisa. 
 No referencial teórico é imprescindível que o autor do projeto 
mostre que obras foram citadas no decorrer, utilizando-se para tal, 
as normas da ABNT de citação direta e indireta (Ver nesta apostila 
esquema: ”Referencial Teórico”). 
 
6 METODOLOGIA DE PESQUISA (Tipos e técnicas de pesquisa) 
 
 Consiste em citar e descrever os instrumentos ou técnicas a 
serem utilizados na pesquisa, as informações que se pretendem obter 
com eles e como serão usados ou aplicados para obter tais 
informações. 
 27 
 Para Asti Vera citado por Almeida (1996, p. 49), metodologia é 
a “descrição, análise e avaliação crítica dos métodos de 
investigação.”. 
 Nesta etapa do projeto, o pesquisador deve caracterizar o tipo 
de pesquisa: se bibliográfica, descritiva, experimental, ou, ainda 
se haverá combinação entre mais de uma pesquisa (ALMEIDA, 1996, p. 
49). 
 Deverá indicar também, de acordo com o tipo de pesquisa, os 
métodos e técnicas a serem adotados. 
 Entende-se por técnica as condutas científicas usadas por uma 
determinada ciência nas suas próprias pesquisas. Assim, as técnicas 
variam de ciência para ciência, embora algumas técnicas sejam 
utilizadas por inúmeras ciências ou, ainda por todas elas. 
 Por outro lado, método é o conjunto de técnicas gerais. Para 
Cervo e Bervian citados por Almeida (1996, p. 49) ”método são 
técnicas suficientemente gerais para se tornarem procedimentos 
comuns a uma área das ciências ou a todas as ciências.”. 
 Quaisquer que sejam os métodos ou técnicas empregados na 
pesquisa é preciso fazer o levantamento ou coleta de dados nas mais 
variadas fontes. 
 Nesta fase de coleta de dados, pretende-se obter informações da 
realidade. Assim, numa pesquisa, em geral, nunca se utiliza apenas um 
instrumento, mas, na maioria das vezes, há uma combinação de dois ou mais deles, 
usados concomitantemente. 
 A seguir, serão identificados e descritos alguns destes 
instrumentos que poderão ser utilizados em uma pesquisa: coleta 
documental (pesquisa documental e bibliográfica), técnica da 
observação, da entrevista, do questionário e do formulário. 
 
6.1 Coleta documental 
 
A coleta documental consiste na utilização de fontes de dados coletados 
por outras pessoas, podendo constituir-se de material já elaborado ou não. 
Divide-se em pesquisa documental e bibliográfica (Ver texto: Pesquisa, nesta 
apostila). 
 
 
 28 
6.2 Observação 
 
Para Lakatos e Marconi (1996, p. 79) “a observação é uma 
técnica de coleta de dados para conseguir informações e utiliza os 
sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade.”. Não 
consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos que se 
desejam estudar, utilizando-se de instrumentos para o registro das 
informações desejadas. 
Para tornar a simples observação numa técnica científica, deve 
planejá-la mostrando-se com precisão como deverá ser feita, que 
dados registrar e como registrá-los. No registro poderá utilizar-se 
de vários instrumentos tais como: anotações em fichas, quadros, 
gráficos, formulários etc. 
Ao aplicar a técnica de observação, o pesquisador examina o fato sem nele 
interferir, controlando as idéias pré-concebidas que podem surgir. Assim, deve 
acompanhar, em silêncio, como simples espectador imparcial, retirando de forma 
clara e precisa todo o conhecimento do fato, anotando tudo o que for pertinente 
a ele e repetindo tantas vezes quantas for necessário, o exame do mesmo. 
Rudio (1978, p. 72-73) recomenda que ao ser planejada uma 
observação deve-se indicar o campo, o tempo e a duração da mesma, 
como também, os instrumentos a serem utilizados e como serão 
registradas as informações obtidas. 
A indicação do campo serve para selecionar, limitar e identificar o que 
vai ser observado. E só pode ser definido quando se tem, para determiná-la, a 
formulação de um problema, enunciado na forma de uma indicação que deve ser 
respondida. 
O campo da observação deve abranger três elementos: a população (a que ou 
a quem observar), as circunstâncias (quando observar) e o local (onde observar). 
Do ponto de vista científico, a técnica de observação oferece uma série de 
vantagens e limitações, como as outras técnicas de pesquisa, havendo, por isso, 
necessidade de se aplicar mais de uma técnica ao mesmo tempo (LAKATOS; MARCONI, 
1996, p. 80). 
Há muitas classificações da Técnica de Observação, sendo a de Gil citado 
por Cruz e Uirá (2004, p. 22) a mais usual, que abrange três tipos: Observação 
simples, participante e sistemática. 
 
 
 29 
6.2.1 Técnica de observação simples 
 
É a técnica de observação em que o pesquisador, permanecendo alheio à 
comunidade, grupo ou situação que pretende estudar, observa de maneira 
espontânea os fatos que aí ocorrem, sendo o pesquisador mais um espectador que 
um ator. (GIL apud CRUZ; UIRÁ, 2004, p. 22). 
De acordo com Selltiz et al citado por Cruz e Uirá (2004, p. 23) ao 
utilizar-se da técnica de observação simples, é preciso definir previamente os 
sujeitos (os participantes da pesquisa), o cenário (aonde as pessoas se situam 
em termos de local), e o comportamento social ( o que realmente ocorre em termos 
sociais nesse local). 
Tal técnica é bastante adequada para casos em que os fatos são de 
conhecimento público, ou quando não existe qualquer obrigação de sigilo. 
 
6.2.2 Técnica de observação participante 
 
 “Consiste numa observação ativa, baseada na participação real do 
observador na vida da comunidade ou situação determinada, em que o observador se 
torna um membro ativo do grupo, envolvido em suas práticas diárias.” (CRUZ; 
UIRÁ, 2004, p. 23). 
 Para Gil citado por Cruz e Uirá (2004, p. 23), há duas formas de 
observação participante; a observação natural, em que o observador pertence à 
comunidade na qual será realizada a pesquisa e a observação artificial, na qual 
o observadorse integra à comunidade para realizar seu estudo, cabendo, neste 
caso, um disfarce, não revelando sua condição de pesquisador. 
 O pesquisador ao usar tal tipo de observação deve está atento no fato de 
que a presença de uma pessoa estranha ao grupo acaba conduzindo a barreiras 
sociais que reduzem e limitam a qualidade das informações colhidas, levando os 
sujeitos da pesquisa a se comportarem de maneira diferente ou artificial. 
 Para contornar tal dificuldade o pesquisador poderá adotar a técnica de 
observação não-participante, onde o pesquisador presencia o fato, mas não 
participa. 
6.2.3 Técnica de observação sistemática 
 
 Nesta técnica, o observador tem um conhecimento prévio a respeito dos 
fatos que, dentro da comunidade, são importantes para seus objetivos definidos. 
Segundo Cruz e Uirá (2004, p. 24) trata-se de um quase-experimento, uma vez que 
 30 
o trabalho do pesquisador consiste basicamente em testar hipóteses a respeito da 
comunidade. 
 Primeiramente, o pesquisador planeja a coleta de dados e estabelece 
categorias de análise em relação às práticas que pretende observar, planejando 
assim, a aplicação de tal técnica, antes de executá-la, a fim de obter dados 
confiáveis e seguros. 
 
6.3 Entrevista 
 
A entrevista consiste numa técnica de conversação direta, dirigida por uma 
das partes, de maneira metódica, objetivando a compreensão de uma situação, 
requerendo do pesquisador uma ideia clara da informação que necessita. Exige 
também algumas medidas, tais como: planejamento da entrevista, conhecimento 
prévio do entrevistado, local e hora e organização do roteiro ou formulário de 
acompanhamento da mesma. 
Para maior êxito da entrevista, Lakatos e Marconi (1996, p. 87-88) sugerem 
observar algumas normas sobre como fazer o contato inicial com o entrevistado, a 
formulação de perguntas, o registro de respostas e o término da mesma. 
O pesquisador deve entrar em contato com o entrevistado e estabelecer, 
desde o primeiro momento, uma conversação amistosa, explicando a finalidade da 
pesquisa, seu objetivo, relevância e ressaltando a necessidade de sua 
colaboração. É importante obter e manter a sua confiança, assegurando-lhe o 
caráter confidencial de suas informações. 
Deve-se evitar todo tipo de pergunta que sugira resposta. Para 
não confundir o entrevistado deve-se fazer uma pergunta de cada vez 
e, primeiro, as que não tenham probabilidade de serem recusadas. 
Deve-se permitir ao entrevistado limitar suas informações. 
As respostas, se possível, devem ser anotadas no momento da 
entrevista, para maior fidelidade e veracidade das informações, 
devendo ser anotadas com as mesmas palavras usadas pelo 
entrevistado, evitando-se sintetizá-las. A anotação posterior 
apresenta duas inconveniências: falha de memória e/ou distorção do 
fato, quando não se guardam todos os elementos. O uso do gravador é 
ideal, se o entrevistado concordar com a sua utilização. Deve 
prestar atenção aos itens que o entrevistado deseja esclarecer sem 
manifestar as suas opiniões. Não deve apressá-lo e dá-lhe tempo 
suficiente para suas conclusões. 
 31 
A entrevista deve terminar como começou, isto é, em ambiente de 
cordialidade, para que o pesquisador, se necessário, possa voltar e 
obter novos dados, sem que o entrevistado se oponha a isso. 
 
6.4 Questionário 
 
O questionário constitui-se de uma série ordenada de perguntas, que devem 
ser respondidas por escrito, tendo como objetivo adquirir informações sobre o 
objeto em estudo. Pode ser aplicado pessoalmente ou enviado pelo correio ou um 
portador, não devendo ser longo demais para não cansar e desanimar quem está 
respondendo. 
No começo do questionário devem ser colocadas as indagações que 
caracterizam o informante e necessária à pesquisa: sexo, idade, estado civil, 
profissão etc. Deve-se também indicar se há ou não necessidade do informante 
escrever seu nome. 
Ao elaborar um questionário deve ter preocupação com o aspecto material e 
a estética do mesmo, observando: tamanho, conteúdo, organização, clareza de 
apresentação das questões, facilidade de manipulação, espaço suficiente para as 
respostas, a disposição dos itens de forma a facilitar a computação dos dados e 
estimular o informante a responder. 
Quanto ao vocabulário, as perguntas devem ser formuladas de maneira 
objetiva, precisa, em linguagem acessível ou usual do informante, para serem 
entendidas com facilidade. Devem-se evitar perguntas “tendenciosas”, isto é, que 
pelo seu enunciado orientam a resposta. 
Quanto à forma, as perguntas, em geral, são classificadas em três 
categorias: abertas, fechadas e de múltipla escolha. (RUDIO, 1978, p. 92-94). 
As perguntas abertas são as que permitem ao informante responder 
livremente, com frases ou orações, usando linguagem própria e expressando 
opiniões. Permite investigações mais profundas e precisas, mas o processo de 
tabulação, o tratamento estatístico e a interpretação são mais difíceis, 
cansativos e demorados. 
As perguntas fechadas são aquelas que o informante escolhe sua resposta 
entre duas opções: sim e não. Este tipo de perguntas, embora restrinja a 
liberdade das respostas, facilita o trabalho do pesquisador e também a 
tabulação: as respostas são mais objetivas. 
As perguntas de múltipla escolha são as que apresentam uma 
série de possíveis respostas, abrangendo várias partes do mesmo 
 32 
assunto. Permite uma exploração em profundidade e de fácil 
tabulação. 
A combinação de múltipla escolha com as de respostas abertas possibilita 
mais informações sobre o assunto, sem prejudicar a tabulação. 
A principal limitação do questionário está relacionada com a sua 
devolução, além do que o grau de confiabilidade das respostas obtidas pode 
diminuir em razão de que nem sempre é possível confiar na veracidade das 
informações. 
 
6.5 Formulário 
 
 A técnica de formulário consiste num conjunto de questões, enunciadas como 
perguntas, de forma organizada e sistematizada, tendo como objetivo alcançar 
determinadas informações, obtidas em entrevistas, questionários ou observações. 
Rudio (1988, p. 94-95) recomenda que antes de começar a redigir o 
formulário (tanto para o questionário como para a entrevista ou observação) é 
necessário definir exatamente e com precisão quais são as informações a serem 
obtidas, para que nele só sejam feitas perguntas pertinentes e relevantes, que 
serão apresentadas de modo ordenado e numa seqüência lógica, que dê unidade e 
eficácia às informações que se pretende obter. 
Tanto cuidado com a pertinência quanto com a relevância das perguntas 
justificam-se em relação aos esforços do pesquisador, em construir e aplicar o 
formulário como também o trabalho do informante para responder. 
Recomenda também que, ao determinar a ordem das perguntas, sejam 
primeiramente colocadas as mais fáceis, e por último, as mais difíceis, ajudando 
o informante no desenvolvimento do pensamento lógico, à medida que vai dando 
suas respostas. 
Do mesmo modo devem-se colocar no início as perguntas mais impessoais e 
comuns deixando para o final as perguntas que exigem respostas de cunho mais 
íntimo. 
Ao elaborar um formulário devem-se levar em conta alguns aspectos que 
facilitarão o seu manuseio e sua posterior tabulação: 
a) o tipo, o tamanho e o formato do papel; 
b) a estética e o espaçamento; 
c) espaço suficiente para redação das respostas de cada item ou perguntas; 
d) numeração dos itens ou das perguntas; 
e) a forma de impressão do formulário; 
 33 
f) a mesma forma de registro para assinalar respostas em todo instrumento; 
g) a redação simples, clara e concisa dos itens ou das perguntas. 
 
7 REFERÊNCIAS 
 
 Listam-se, em ordem alfabética e sem indicativo numérico, as 
referências pertinentes a todasas citações feitas no projeto de 
pesquisa, de acordo com as normas vigentes da ABNT, usando espaço 
simples entre as linhas das mesmas e dois enter de espaços simples 
para separá-las entre si. 
 
8 APÊNDICES 
 
Apêndices são materiais elaborados pelo autor do artigo e devem 
ser citados no texto entre parênteses, quando vierem no final da 
frase. Se inseridos na redação a palavra apêndice vem livre dos 
parênteses. 
 Os Apêndices são identificados por letras maiúsculas 
consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos, devendo cada 
um, iniciar em folha própria, centralizados na margem superior, sem 
indicativo numérico. 
 Exemplos de apêndices 
APÊNDICE A – Título do apêndice A 
APÊNDICE B – Título do apêndice B 
9 ANEXOS 
 
Anexos são materiais não elaborados pelo autor do artigo e 
devem ser citados no texto, entre parênteses, quando vierem no final 
da frase. Se inseridos a redação a palavra anexo vem livre dos 
parênteses. 
 Os Anexos são identificados por letras maiúsculas 
consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos, devendo cada 
um, iniciar em folha própria, centralizados na margem superior, sem 
indicativo numérico. Exemplos de anexos 
ANEXO A – Título do anexo A 
ANEXO B – Título do anexo B 
ANEXO C – Título do anexo C 
 34 
10 CRONOGRAMA 
 
 A elaboração do cronograma responde à pergunta quando? A pesquisa deve ser 
dividida em etapas, fazendo-se a previsão do tempo necessário para passar de uma 
fase a outra. Assim o cronograma deve ser elaborado para atender às diversas 
etapas do projeto de pesquisa. 
 Pádua (2000) citado por Silva (2003, p. 73), comenta: 
 
É absolutamente necessário que se organize um cronograma 
de trabalho, sequencial, onde se possa avaliar o estágio 
do processo de desenvolvimento da pesquisa. Pode-se 
dividir o tempo disponível em função das etapas 
principais de realização da pesquisa, e subdividir o 
cronograma para organizar o trabalho em cada etapa, 
discutindo a viabilidade de execução com o 
professor/orientador da pesquisa, e redimensionando-o 
caso a sequência prevista seja interrompida por algum 
motivo. 
 
 O trabalho de pesquisa exige uma disciplina intelectual do pesquisador e 
para facilitar suas ações deve elaborar um cronograma para ordenar as etapas da 
pesquisa. O cronograma indica com clareza o tempo de execução previsto para as 
diversas etapas. 
 Assim, deve-se fazer um cronograma indicando as etapas (atividades) do 
projeto de pesquisa e o tempo de execução previsto para cada uma. 
 Seguem algumas sugestões para fazer o cronograma, com total 
liberdade de fazer adaptações, criar ou utilizar modelo pesquisado 
pelo aluno. 
 
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DO PROJETO DE PESQUISA - 2010 
 
 
Data / Período Atividades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DO PROJETO DE PESQUISA - 2011 
 
Atividades 
Agosto Setembro Outubro Novembro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DO PROJETO DE PESQUISA - 2011 
 
 
Atividades Datas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DO PROJETO DE PESQUISA - 2011 
 
ATIVIDADES 
Agosto Setembro Outubro 
Novembro 
 
 
 X X X 
 
 
 X 
 
 
X X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DO PROJETO DE PESQUISA - 2011 
 
 
Atividades 
 
Data Reali- 
zadas 
 Não 
realiza- 
das 
 
Ativida 
des 
incluí 
das 
(reade- 
quadas) 
 
 Justifica- 
 tivas para 
 a não rea- 
 lização 
 e/ou rea- 
 dequação 
 das ativi- 
 dades 
 propostas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
REFERÊNCIAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6027: informação e 
documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro: 2003. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e 
documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro: 
2003. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024: numeração 
progressiva das seções de um documento escrito: apresentação. Rio de 
Janeiro: 2003. 
 
BARROS, Aidil; LEHFELD, N. Aparecida. O projeto de pesquisa. In: BARROS, Aidil; 
LEHFELD, N. Aparecida. Projeto de pesquisa. Petrópolis: Vozes, 1997. p. 18-71. 
 
CRUZ, Carla; RIBEIRO, Uirá. Observação. In: CRUZ, Carla; RIBEIRO, 
Uirá. Metodologia Científica: teoria e prática. 2. ed. Rio de 
Janeiro: Axcel Books do Brasil, 2004. Cap. 2, p. 22-24. 
 
GIL, Antônio Carlos. Como encaminhar uma pesquisa? In: GIL, Antônio Carlos. Como 
elaborar projeto de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991. Cap. 1, p. 19-25. 
 
LAKATOS, Eva; MARCONI, Marina. Projeto e relatório de pesquisa. In: LAKATOS, 
Eva; MARCONI, Marina. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Atlas, 
1987. Cap. 4, p. 80-100. 
 
LAKATOS, Eva; MARCONI, Marina. Técnicas de pesquisa. In: LAKATOS, Eva; MARCONI, 
Marina. Técnicas de pesquisa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1996. Cap. 3, p. 67-82. 
 
MARION, José Carlos; DIAS, Reinaldo, TRALDI, Maria Cristina. Projeto de 
pesquisa. In: MARION, José Carlos; DIAS, Reinaldo, TRALDI, Maria Cristina 
Monografia para os cursos de Administração, Contabilidade e Economia. São Paulo: 
Atlas, 2002. Cap. 3, p. 32-41. 
 
PARRA FILHO, Domingos; SANTOS, Almeida. Conclusão. In: PARRA FILHO, Domingos; 
SANTOS, Almeida. Metodologia Científica. São Paulo: Futura, 2001. p. 237-238. 
 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Pró-reitoria de 
Graduação. Sistema de Bibliotecas. Padrão PUC de normalização: 
normas da ABNT para apresentação de trabalhos científicos, teses, 
dissertações e monografias. Elaboração Helenice Rêgo dos Santos 
Cunha. Belo Horizonte: PUC Minas ago. 2010. 52 p. 
 
SILVA, Antonio Carlos Ribeiro de. Elaborando projeto de pesquisa. In: SILVA, 
Antonio Carlos Ribeiro de. Metodologia da pesquisa aplicada à Contabilidade; 
orientações de estudos, projetos, relatórios, monografias, dissertações, teses. 
São Paulo: Atlas, 2003. Cap. 3, p. 47-77. 
 
RUDIO, Franz. O projeto de pesquisa. In: RUDIO, Franz. Introdução ao projeto de 
pesquisa científica. Petrópolis: Vozes, 1998. p. 70-104. 
 
A seguir será apresentado modelo do projeto de pesquisa 
 
 38 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
Instituto de ... 
Curso de ... 
Disciplina 
 
 
 
 
 
 
Nome completo do aluno 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO DO PROJETO DE MONOGRAFIA: 
subtítulo se houver 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
01 agosto 2011 
 39 
Nome completo do aluno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO DO PROJETO DE MONOGRAFIA: 
subtítulo se houver 
 
 
 
 
 
 
 
 Projeto de monografia apresentado à 
 disciplina ... do ... Período do Curso 
 de ... turno ... do Instituto de ... 
 da PUC Minas BH. 
 
 Professora: Anna Florência M. Pinto 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
01 agosto 2011 
 40 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .............................................. 03 
1.1 Tema .................................................. 
1.2 Objeto ................................................ 
1.3 Problematização .......................................1.4. Objetivos ............................................ 
1.4.1 Objetivo geral ...................................... 
1.4.2 Objetivos específicos ............................... 
1.5 Justificativa ......................................... 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................... 
 
3 METODOLOGIA ............................................. 
 
4 CRONOGRAMA .............................................. 
 
REFERÊNCIAS................................................ 
 
BIBLIOGRAFIA .............................................. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41 
1 INTRODUÇÃO 
1.1 Tema 
 
 ................................................................... 
............................................. 
 
1.2 Objeto (delimitação do tema) 
 
 ................................................................... 
............ 
 
1.3 Problematização 
 
 ................................................................... 
..................................................... ? 
 
1.4 Objetivos 
 
1.4.1 Objetivo geral 
 
 ................................................................... 
............................................. . 
 
1.4.2 Objetivos específicos 
 
 ................................................................... 
.......................................... . 
 ............................................................ . 
 
1.5 Justificativa 
 ................................................................... 
..............................................................
...................... . 
 
 42 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 ................................................................... 
..............................................................
............................. . 
 ................................................................... 
..............................................................
............................................ . 
 ................................................................... 
................................................... . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 43 
3 METODOLOGIA 
 
 ................................................................... 
................................................... . 
 ................................................................... 
..............................................................
.......................... . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 44 
CRONOGRAMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 45 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 46 
ASSUNTO: Estrutura do Trabalho Científico: NBR 14724/2011 
 
Estrutura do Trabalho Científico: NBR 14724 abril 2011 
 
Anna Florência de C. Martins Pinto 
 
O trabalho científico deverá ser organizado de acordo com a 
seguinte estrutura: 
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 
 
Capa (obrigatório) 
Folha de rosto (obrigatório) 
Folha de aprovação (obrigatório para monografias de final de 
 curso de graduação, dissertações e teses) 
Dedicatória (opcional) 
Agradecimentos (opcional) 
Epígrafe (opcional) 
Resumo na linguagem original(obrigatório: dissertações e teses) 
Resumo em língua estrangeira(obrigatório: dissertações e teses) 
Listas de ilustrações (opcional) 
Lista de tabelas (opcional) 
Listas de abreviaturas e siglas (opcional) 
Sumário (obrigatório) 
 
ELEMENTOS TEXTUAIS 
 
Corpo do texto (obrigatório): 
- Introdução 
- Desenvolvimento 
- Conclusão 
 
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 
 
Referências (obrigatório) 
Bibliografia (obrigatório: dissertações e teses) 
Apêndices (opcional) 
Anexos (opcional) 
Glossário (opcional) 
 47 
 ORIENTAÇÕES PARA CADA ESTRUTURA DO TRABALHO CIENTÍFICO de 
acordo com as normas para apresentação de trabalhos científicos, 
teses, dissertações e monografia da ABNT: NBR 14724 de abril de 
2011. 
 
1- Capa (obrigatório): tamanho de letras de toda a capa: 12 
 
 l.1- Nome da Instituição (letras maiúsculas negritadas), 
 Instituto, Curso e Disciplina: centralizados na margem 
 superior, letras minúsculas negritadas e espaço simples 
 entre eles. 
 1.2- Autor(es): nome completo, centralizado, letras minúsculas 
 negritadas e espaço simples entre eles. 
 1.3- Título do trabalho: centralizado no meio da folha, letras 
 maiúsculas, negritadas. 
 1.4- Subtítulo (se houver):vem separado do título por dois pontos 
 e espaço simples e letras minúsculas negritadas. 
 1.5- Quando o título e/ou subtítulo ocuparem mais de uma linha, 
 deve-se usar o espaço simples entre elas. 
 1.6- Local e data de entrega do trabalho: centralizados na margem 
 inferior e letras minúsculas negritadas. 
 
2- Folha de rosto (obrigatório): Contém os seguintes elementos com 
 letras tamanho 12: 
 
 2.1- Autor (es): nome completo, centralizado na margem superior; 
 letras minúsculas negritadas ou nomes digitados em ordem 
 alfabética e espaço simples entre suas linhas. 
 2.2- Título: idem normas da capa. 
 2.3- Subtítulo (se houver): idem normas da capa. 
 2.4- Quando o título e/ou subtítulo ocuparem mais de uma linha, 
 deve-se usar o espaço simples entre elas. 
 2.5- Nota de apresentação: contém a natureza acadêmica do 
 Trabalho, Disciplina, Período, Curso, Turno, Instituto e 
 Instituição em que é apresentado. 
 2.6- A nota de apresentação vem abaixo do título ou do subtítulo, 
 digitada a partir da metade da folha até a margem direita, 
 48 
 com letras minúsculas sem negrito, exceto a inicial e nomes 
 próprios. Entre as linhas da nota usa-se o espaço simples. 
 2.7- Professor ou Orientador: nome completo, letras minúsculas 
 sem negrito, exceto as iniciais do nome, e dois enter de 
 espaço simples em relação à nota de apresentação. 
 2.8- Local e data de entrega do trabalho: centralizados na margem 
 inferior, com letras minúsculas negritadas. 
 
3- Folha de aprovação: (obrigatório para monografia de final de 
 curso de graduação, dissertações e teses) e contém: 
 
 3.1- Autor: letras minúsculas sem negrito. 
 3.2- Título e/ou subtítulo: letras minúsculas negritadas. 
 3.3- Texto de aprovação: natureza(tese, dissertação, monografia): 
 nome da Instituição e Área de Concentração ou Disciplina, 
 digitados com alinhamento recuado a 7 cm para a direita e 
 letras minúsculas sem negrito. 
 3.4- Nome do Orientador, titulação e assinatura dos componentes 
 da banca examinadora e Instituições a que pertencem, letras 
 minúsculas sem negrito. 
 3.5- Local e data de aprovação, letras minúsculas negritas. 
4- Dedicatória (opcional) 
 
 4.1- Texto para prestar homenagem a alguém, não escrevendo a 
 palavra dedicatória, apenas o texto. 
 4.2- A ABNT não determina a normalização deste item, ficando sua 
 forma de apresentação a critério do autor. 
5- Agradecimentos (opcional) 
 
 5.1-

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