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Respostas do Caso Concreto AV2 (II, III, IV, VIII)

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RESPOSTAS DOS CASOS CONCRETOS II, III, IV e VIII 
 
CASO CONCRETO II 
Empresas brasileiras adotam nova estrutura corporativa (O Globo On-Line, 
26/01/2016) 
Boas práticas de governança andam de mãos dadas com reputação, transparência e 
credibilidade das empresas. Elas não apenas ajudam a solidificar a imagem de uma 
corporação como pavimentam o caminho do crescimento estruturado, que tem a 
eficiência como meta principal. Em uma economia globalizada, com fluxo constante de 
informações, o tema ganha relevância cada vez maior no meio empresarial. 
A governança corporativa traduz uma cultura de responsabilidade e de visão estratégica. 
Além de fornecer diretrizes para o bom funcionamento da empresa " seja de capital 
aberto, fechado ou misto", busca o equilíbrio entre os interesses de controladores, 
acionistas e diretoria. É preciso alinhar condutas para o bom desempenho da companhia. 
No Brasil, essa cultura começou a ganhar corpo no fim dos anos 1990, ao abranger 
conceitos de Administração, Contabilidade, Direito, Economia e Finanças. 
Segundo especialistas, não há futuro para companhias que decidem seus rumos em 
reuniões a portas fechadas, sem consultar sócios e investidores nem dar ciência ao 
público. O compartilhamento das informações é decisivo para gerenciar melhor riscos e 
oportunidades. Quando esses fatores revertem em uma gestão eficaz e confiável, a 
empresa consolida uma boa reputação perante o mercado. É a chamada criação de valor, 
processo determinante para a longevidade das companhias. 
Esse processo exige integrar a gestão de negócios a políticas de desenvolvimento 
sustentável, parte indissociável da governança corporativa, que descortina novas 
possibilidades para as empresas. 
"Além do retorno financeiro, é preciso buscar também o retorno do capital ambiental e 
social. Esse conceito deve nortear o cotidiano das empresas" alerta a presidente do 
Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina 
Grossi. [...] 
 
Segundo Marina, uma empresa que incorpore preocupações socioambientais ao modelo 
de gestão dificilmente irá desconsiderá-las nos processos decisórios. 
"É preciso deixar claro o que se ganha e o que considerar com a sustentabilidade. Se essa 
incorporação não for feita, a empresa não terá ferramentas para calcular corretamente suas 
estratégias. E não há forma de governança corporativa que possa suprir essa ausência" 
conclui. 
Indagações: 
A partir do texto, como os órgãos de defesa da concorrência podem contribuir para 
melhorar a governança corporativa das empresas atendendo aos desejos de seus 
consumidores. 
Comente, com base no texto, sobre os riscos de uma concentração excessiva da produção 
nacional nas mãos de poucas empresas. Exemplifique sempre que possível. 
Resposta: Governança corporativa é um sistema de administração que envolve a empresa 
e seu relacionamento com o mercado, a sociedade e o meio ambiente. Indica as condutas 
necessárias à gestão considerando os valores, hábitos, princípios e regras. Por isso, 
também abrange o monitoramento e a fiscalização do negócio, que deve ser feita pelos 
acionistas, cotistas, diretoria, Conselho de Administração, auditoria independente e 
Conselho Fiscal. A adoção das boas práticas de governança resulta na elevação do 
aumento do valor da sociedade, facilitação do acesso ao capital e contribuição para sua 
perenidade. Ao mesmo tempo, os setores hierárquicos são mais integrados e a prestação 
de contas, transparente. Essa prática ainda traz diversas vantagens para a organização. 
Confira algumas delas: 
 Desenvolvimento econômico sustentável 
Por meio das boas práticas de governança é possível melhorar a performance econômica 
e obter resultados mais confiáveis para acionistas e investidores. 
Ao mesmo tempo, indica a capacidade de a empresa se manter economicamente viável e 
continuar evoluindo e expandindo suas atividades. Ou seja, mantém-se um progresso por 
tempo indeterminado. 
 Aumento da confiabilidade do empreendimento junto a investidores e acionistas 
Isso acontece porque a empresa trabalha com mais transparência e adota práticas 
indicadas. Afinal de contas, é melhor apostar em uma empresa que preze pela segurança, 
ética e potencial de retorno. 
 Elevação do potencial para entrada de capital financeiro 
Atrair mais acionistas e investidores propicia a entrada de recursos. Esse é um dos 
principais objetivos da governança, já que permite à empresa alcançar um 
desenvolvimento sustentável. É impossível alcançar um objetivo sem obter impactos 
positivos em outros setores. É por isso que a governança se trata de um conjunto de 
práticas, não de uma atividade isolada. 
Essa prática possui 4 princípios básicos que a sustentam: 
 Transparência 
 Equidade 
 Prestação de contas 
 Responsabilidade corporativa 
CASO CONCRETO III 
Encontro de contas do setor elétrico não prejudicará consumidores (O Globo, 
08/03/2016) 
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu nesta terça-feira consulta pública 
sobre a possibilidade de distribuidoras firmarem acordos bilaterais com geradoras de 
energia elétrica para fazer um encontro de contas em favor das próprias empresas, 
aliviando perdas bilionárias ao setor. A proposta do diretor Tiago Correia, aprovada pela 
diretoria, é que, se houver ônus nessas negociações, ele seja pago pelas empresas, mas, 
se houver vantagem econômica, ela seja transferida em parte aos consumidores, como 
forma de não afetá-los negativamente. 
Com a crise econômica e a redução da demanda neste ano por causa da crise econômica, 
as distribuidoras de energia têm contratos equivalentes a 107,1% daquilo que devem 
entregar de energia aos clientes. Na outra mão, há uma série de novas usinas com obras 
em atraso, como Belo Monte, ou que se mostraram inviáveis, em dificuldades financeiras, 
que estão comprando energia a curto prazo para honrar compromissos. A ideia, apoiada 
pelo governo federal, é de que eles negociem entre si para aliviar suas dívidas. 
Segundo a proposta de Correia, porém, esses acordo bilaterais blindam os consumidores 
residenciais de energia elétrica de qualquer impacto financeiro negativo em suas tarifas. 
E, se esse encontro de contas oferecer vantagens financeiras, elas seriam divididas com 
os consumidores. O tema estará em consulta pública até o dia 21, a partir de quando a 
medida deverá ser reavaliada e implantada. 
"A distribuidora vai ser responsável por ressarcir eventual ônus ao consumidor, que se 
beneficiará com eventual bônus" disse Correia. 
O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, destacou que a permissão para essas 
negociações entre distribuidoras e geradoras não afeta os riscos desses empreendimentos 
e mantém seus contratos ? e, eventualmente, multas por descumprimentos de normas 
regulatórias. 
"O que estamos fazendo aqui é flexibilizando, no limite que podemos fazer, uma 
negociação bilateral. Não é intervenção em responsabilidades da Aneel. O que estamos é 
ampliando o espaço de liberdade de gestão, mas a responsabilidade é sempre das 
empresas" disse Rufino. 
Indagações: 
Comente com base no texto sobre as formas de intervenção do Estado na economia e 
como o Direito econômico pode contribuir nesse processo. 
Com base no texto, comentar sobre a necessidade de regulação por parte da Aneel para 
que os consumidores individuais e empresas recebam Energia Elétrica em quantidade e 
preço adequados. 
Resposta: A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é uma pessoa jurídica de 
Direito Público Interno, composta como Autarquia de Regime Especial, onde não há 
superioridade hierárquica, autonomia financeira, e independência administrativa. A finalidade da 
empresaé a harmonização ente os interesses do fornecedor com os interesses do consumidor e 
da coletividade. Apresenta um “conjunto de regras, orientações, medidas de controle e valoração 
que possibilitam o exercício do controle social de atividades de serviços públicos, gerido por um 
ente regulador que deve poder operar todas as medidas e indicações necessárias ao ordenamento 
do mercado e à gestão eficiente do serviço público concedido, mantendo, entretanto, um grau 
significativo de flexibilidade que permita a adequação às diferentes circunstâncias que se 
configuram”. Ela deve operar na resolução, mediação, arbitragem e regulação de conflitos que 
sobrevenham em sua área de atuação. 
 
CASO CONCRETO IV 
Desenvolvimento sustentável: dilemas da prática contemporânea 
Diante do desenvolvimento dos países, estamos presenciando uma verdadeira emergência 
planetária. Os diferentes estilos de vida de grande parte da população, principalmente dos 
países do Hemisfério Norte, os países ditos Desenvolvidos, possuem um poder de 
consumo alto, e tais padrões de consumo está na raiz dos problemas ambientais e este na 
contra mão da proposta de desenvolvimento sustentável. 
O crescimento econômico e social é necessário, mas precisamos nos desenvolver de 
forma sustentável, aliando o crescimento com a preservação ambiental, tendo a 
preocupação com as bases vitais de produção (os recursos naturais) de atender as 
necessidades do presente sem comprometer as gerações vindouras. 
O desenvolvimento sustentável visa melhorar a qualidade de vida humana, dentro da 
capacidade dos ecossistemas, este como sendo o alicerce para o alargamento das 
fronteiras do desenvolvimento. Desta forma, é preciso que estabeleça limites para o 
crescimento criando iniciativas que possam romper com o sistema capitalista vigente, que 
visa o lucro acima de tudo, sem levar em consideração os problemas ambientais. 
Precisamos de ações relevantes que levem em conta a existência de atores sociais ativos 
por meio de uma educação ambiental sólida, critica e transformadora, fundamentada em 
bases teóricas e práticas, reforçando os sentimentos de responsabilidades e dos valores de 
solidariedade com o meio ambiente, e como resultado esperam-se as mudanças dos atuais 
níveis de consumo, de comportamentos, hábitos, de atitudes, enfatizando as ações 
coletivas, as mudanças políticas, econômicas, mas sabemos que é preciso ir além do 
despertar da consciência e o senso de responsabilidades, as ações precisam passar do nível 
individual para o social. 
Como proposta para o desenvolvimento sustentável cabe destacar como medidas a serem 
adotadas por todos, em uma só voz, o uso racional dos recursos naturais, consciência que 
é preciso repensar nossas atitudes em relação ao consumo, aumentar a reutilização e a 
reciclagem de materiais, ambas podem contribuírem, tanto para o meio ambiente 
(poupando recursos naturais, diminuição da geração de resíduos sólidos, poluição e 
outros), como para o social (geração de renda, emprego e fortalecendo a economia). 
Afinal, é preciso somar esforços para o desenvolvimento, desde que sustentável, os 
governos devem garantir os direitos civis, sociais e políticos de todos os cidadãos, a 
tendência felizmente é prosseguir, avançar ainda mais. Por isso, é importante a luta por 
uma prática de sustentabilidade contemporânea, sem ela corremos o risco de perder os 
nossos ganhos. ( Diário da Manhã On Line - Goiás, 06/06/2015) 
Indagações: 
A partir do texto, como nossa economia pode crescer de forma sustentável? 
O meio ambiente preservado é condição para que possamos alcançar a sustentabilidade? 
Fundamente a resposta. 
Na distinção entre crescimento e desenvolvimento, como se insere o Índice de 
Desenvolvimento Humano (IDH)? 
Resposta: Nos últimos tempos, a preocupação das empresas tem sido constante com o 
meio ambiente e com todas as questões sociais envolvidas em seu processo. Em virtude 
disso, surgiram novas formas de administrar os recursos disponíveis. Nesse âmbito, 
enquadra-se o marketing verde que deve pautar em práticas ambientalmente corretas, com 
o objetivo de gerar produtos e serviços mais sustentáveis, fortalecendo assim imagem das 
empresas e diferenciando suas marcas no mercado. A proposta deste texto é demonstrar 
que o grau de desenvolvimento humano de um país está diretamente ligado ao seu grau 
de liberdade econômica. Portanto, os resultados do IDH e do índice de liberdade 
econômica serão utilizados. 
 
CASO CONCRETO VIII 
Nova CPMF reforça sistema tributário que penaliza os mais pobres (o Globo - On 
Line, 16/09/2015) 
Imaginemos que dois pais de família brasileiros com salários bem distintos resolvam 
comprar hoje, um dia após o Governo anunciar um pacote de novos impostos, uma bola 
oficial da CBF para seus respectivos filhos. Ela custa 400 reais, sendo que quase metade 
desse valor (185,96 reais) vem de impostos embutidos no produto. Se o primeiro pai for 
da classe A, com um salário mensal de 30.000 mensais, o peso do imposto seria de apenas 
0,62% do salário mensal. Se o segundo pai for da emergente classe C, com um salário de 
1.200 reais, ele significa 15,5% do seu ganho mensal. O caso hipotético, citado pelo 
presidente executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), João Eloi 
Olenike, serve para exemplificar o funcionamento do atual sistema tributário brasileiro: 
como não se aplica de acordo com a faixa de renda de cada um, acaba penalizando mais 
a classe com menor poder aquisitivo. Em outras palavras, ele tributa igual os desiguais. 
O mesmo princípio pode ser aplicado no resgate da CPMF proposta nesta segunda-feira 
[...]. Ela deve incidir diretamente sobre todas as movimentações financeiras por via 
bancária, como em saques em dinheiro e pagamento de cartão, por exemplo. Dessa forma, 
se os dois pais comprarem pela internet através do cartão essa bola ou qualquer produto 
terão um desconto de 0,2%, se a proposta for aprovada. Nesse caso, o peso para o pai da 
classe A será muito menor do que para o pai da classe C. "Não há dúvidas de que a classe 
mais baixa sofre mais com esses impostos indiretos e que são regressivos. No caso dos 
impostos da bola, por exemplo, o pai mais pobre acabou pagando proporcionalmente 25 
vezes mais que o outro", explica Olenike. O exemplo é hipotético, mas pode se fazer o 
mesmo paralelo para outros bens que consumidores de faixas de renda diferente forem 
comprar: um refrigerante, a carne, a roupa... (...) 
Isso acontece em grande medida porque o Brasil possui um volume alto de impostos 
indiretos, que estão embutidos nos produtos e serviços e são cobrados de forma igual para 
todos. Por outro lado, os brasileiros pagam menos impostos sobre a renda que a média 
dos países da OCDE. [...] 
Para Olenike, falar em um aumento de impostos sobre a renda é mais justo que cogitar 
subir as taxas que incidem sobre a produção e comercialização de produtos "que são 
repassados aos consumidores" ou em movimentações financeiras. "Como nos impostos 
indiretos não há distinção entre classes e todos pagam o mesmo, a parcela mais pobre da 
população acaba pagando, proporcionalmente, mais taxas tributárias", explica. [...] 
Indagações: 
A partir do texto, comente sobre o sistema tributário brasileiro e como ele afeta os 
princípios gerais de tributação. 
Comente, com base no texto, sobre a necessidade de uma reforma tributária no país. 
Resposta: O sistema tributário de um país é o conjunto de impostos, taxas e 
contribuições através dos quais o Estado obtém recursos para cumprir suas funções, como a oferta 
de bens e serviços públicos de qualidade. Portanto, tanto pode ser instrumento para promover a 
distribuição de renda quanto para ampliara acumulação capitalista de poucos. A principal razão 
para o sistema tributário brasileiro ser tão injusto é que os mais pobres pagam um percentual 
maior de impostos do que os mais ricos. Isso ocorre porque o país privilegia a taxação da 
circulação de bens e serviços, em que todos os brasileiros pagam a mesma alíquota, ao invés da 
tributação da renda e da propriedade, na qual quem tem mais paga mais, de forma progressiva. O 
que o Brasil precisa é de um sistema tributário que arrecade o suficiente para que o Estado tenha 
condições de garantir serviços públicos de qualidade e que amplie seu potencial de investimento. 
Que a legislação seja mais simplificada, com menos tributos, que a carga tributária não seja tão 
elevada, ou seja, seguir as diretrizes princípio lógicas analisadas anteriormente.

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