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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CAMPUS POÇOS DE CALDAS Experimento 4 ELETRÓLISE . Curso de Engenharia Civil – 2° período. Alunos : Robson de Paula Prado Diego Martins Douglas Diego Professora : Maria Marta Netto Disciplina : Química Experimental Poços de Caldas, 29 de agosto de 2014 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVO Denomina-se eletrólise, todo processo químico não espontâneo provocado por uma corrente elétrica, portanto, inverso ao processo de uma pilha. A eletrólise consiste em converter a energia elétrica proveniente de um gerador (fonte) em energia química, através da descarga de íons, onde os cátions receberão elétrons (cátodo), sofrendo reduç ã o, enquanto que os ânions cederão elétrons (anodo), sofrendo oxidação. As reações de eletrólise podem ocorrer entre dois ou mais eletrodos mergulhados em uma solução condutora, onde será estabelecida uma diferença de potencial elétrico. Dividem-se em basicamente dois tipos de reações: - Eletrólise Ígnea: neste tipo de reação a corrente elétrica passa por uma substância iônica no estado de fusão (liquefeita ou fundida), ou seja, não há presença de água. É um tipo de reação muito utilizado na indústria, principalmente para a produção de metais. - Eletrólise Aquosa: consiste na passagem da corrente elétrica através de um líquido condutor. Neste tipo, apenas um dos cátions e um dos ânions são participantes. É na eletrólise do cloreto de sódio em meio aquoso, por exemplo, que são produzidos a soda cáustica (NaOH), o gás hidrogênio (H2) e o gás cloro (Cl2). Ambos os processos são muito utilizados na indústria química, pois através dela é possível isolar substâncias, além da deposição de finas películas de metais sobre peças metálicas ou plásticas, técnica conhecida como galvanização. Também é um processo que permite purificar e proteger (como revestimento) vários metais. Desta forma, este experimento tem como principal objetivo realizar um processo de eletrólise, observando a reação entre os eletrodos e o reagente, e após os cálculos, analisar os resultados, considerando as possíveis fontes de erro. 2. MATERIAL Materiais utilizados para o experimento de Eletrólise: - Placa de Cobre 01 - Placa de Cobre 02 - Béquer de 400 mL - Fonte de corrente contínua (12 V) - Resistor de 100 Ω - Amperímetro - Esponja de Aço - Balança de Precisão - Estufa - Estante para Tubos Reagentes: - CuSO4 (0,5 mol/L) 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Após identificadas as placas de cobre, foram limpadas com a esponja de aço para que se retirasse o máximo de resíduos que estivesse em suas superfícies. Utilizando a balança de precisão pesou-se a placas individualmente anotando-se sua massa. Preenche-se o béquer com aproximadamente 120 ml de solução CuSO4 (0,5 mol/L), e montou-se o Circuito para processo de Eletrólise, de modo a não haver contado entre as placas, esquema conforme Imagem 01. Acionou-se a fonte de corrente contínua, calibrando-a para aproximadamente 0,1 A; Observando o experimento no período de 20 minutos foi anotado o valor da corrente no amperímetro em intervalos de 1 minuto e após o término de 20 minutos foi desligado a fonte e retirado as placas colocando-as na estufa com auxílio da estante de tubos por aproximadamente 3 minutos e posteriormente foram pesadas novamente, anotando-se sua nova massa. Imagem 01 – Circuito para processo de Eletrólise. Imagem 01 – Circuito para processo de Eletrólise. 4. RESULTADOS Seguindo os procedimentos do experimento de eletrólise, obtivemos os seguintes resultados: - Massa Placa 01 inicial: 11,1096 - Massa Placa 02 inicial: 11,0646 g - Massa Placa 01 final: 11,1480 g - Massa Placa 02 final: 11,0291 g Podemos observar que a placa 02 perde massa, sofrendo corrosão durante o processo, portanto sofreu oxidação e corresponde ao ânodo da reação, além destes fatos, observamos que a placa 02 estava conectada ao polo positivo da fonte. Ao contrário da placa 02, a placa 01 que estava conectada ao polo negativo da fonte ganhou massa durante o processo, portanto sofreu redução e corresponde ao cátodo da reação. Durante o processo obteve os seguintes valores de corrente elétrica por minuto. Tabela 01 – Variação da Corrente Elétrica. Tempo (m) Corrente Elétrica (A) 01 0,10 02 0,10 03 0,10 04 0,10 05 0,10 06 0,10 07 0,10 08 0,11 09 0,09 10 0,10 11 0,09 12 0,10 13 0,10 14 0,09 15 0,10 16 0,10 17 0,10 18 0,10 19 0,10 20 0,11 Com os valores obtidos durante a observação do processo, podemos calcular o valor médio da corrente elétrica. Onde: i – intensidade da corrente elétrica (A) n – números de intervalos observados Desta forma obtemos imédio igual a 0,0995A, valor que será usado na equação de Faraday para o cálculo de massa transferida teórica. Onde: i – intensidade média da corrente elétrica (A) t – tempo de eletrólise (s) MM – massa molar do eletrodo (MMCu = 63,5 g/mol) n – número de mols F – constante de Faraday (F = 96500 C/mol) Substituindo os valores na fórmula: O m encontrado corresponde ao valor teórico de massa que deveria ser transferida durante o processo, no entanto sabemos que na prática podem ocorrer variações. No procedimento encontramos o seguinte valor de m: Comparando os dois resultados (teórico e prático) podemos calcular os erros absoluto, relativo e percentual. - Erro Absoluto: Eabs = | m prático - m teórico | Eabs = |0,03695 – 0,03948| Eabs = 0,00253 g - Erro Relativo: Erel = Eabs /m teórico Erel = 0,00253/0,060 Erel = 0,0608 - Erro Percentual: E% = Erel x 100 E% =6,08 % 5. DISCUSSÕES E CONCLUSÃO Após a realização do procedimento, da coleta de dados e do cálculo dos erros, foi feita uma análise com relação ao experimento e os resultados. Podemos notar que o erro percentual foi igual a 6,08 %, um valor alto para um experimento em laboratório, mas já esperado, devidos aos fatores externos que podem explicar este valor. Uma provável parcela do erro se deve pelo fato das lâminas terem sido secadas com papel toalha pelos experimentadores após o processo, fato este que provavelmente alterou sua massa final. Outro fator que poderia explicar o alto valor de erro seria o mal contado entre os cabos utilizados no processo, tornando a leitura e a corrente instáveis. Uma possível contaminação do reagente também causaria um aumento no erro. Uma aplicação da eletrólise na indústria é a cromação, processo onde um objeto é revestido com cromo. Durante este processo o objeto que recebe o revestimento é ligado ao polo negativo de uma fonte de corrente contínua enquanto o cromo é ligado ao polo positivo, fazendo um processo de eletrólise ao qual uma película do metal cromo se ligue ao objeto para lhe garantir maior brilho e durabilidade. Este processo é utilizado para recobrir materiais de acabamentos para construção civil, para carros, motos, ferramentas entre outros. As vantagens deste processo é uma maior resistência do objeto, proteção à corrosão, estética é uma resistência maior a temperatura. Finalizados os procedimentos, independentes dos erros obtidos, podemos considerar que o experimento foi concluído com sucesso, uma vez que o valor experimental do processo de eletrólise foi encontrado. 6. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA http://www.mundoeducacao.com/quimica/eletrolise.htm (Acesso 04/09/2014) http://www.brasilescola.com/quimica/aplicacao-eletrolise.htm (Acesso 04/09/2014) http://www.mundoeducacao.com/quimica/aplicacao-eletrolise.htm (Acesso 04/09/2014) http://www.infoescola.com/quimica/eletrolise/ (Acesso04/09/2014)
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