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Centro Universitário FEI Química Analítica Instrumental – QM5260 Prof. Marcos Makoto Experimento 9 Eletrogravimetria João Pedro Silva Campos R.A.: 11.214.025-5 Hugo Baratella Mendonça R.A.: 11.117.155-9 Lucas Lauand R.A.: 11.117.225-0 Turma: 640 São Bernardo do Campo 2019 Objetivos O experimento consiste em através da técnica de eletrogravimetria, determinar a concentração em massa e em quantidade de matéria de cobre na solução a partir da massa de depósito e do volume pipetado. No decorrer do trabalho serão apresentados os principais conceitos sob eletrogravimetria e suas características. Por fim, mostraremos os cálculos, resultados e conclusões obtidos através do experimento realizado Introdução Teórica A eletrogravimetria é uma técnica analítica baseada na determinação da massa de um composto ou elemento, a ser analisado depositado eletronicamente sobre um eletrodo, que deve ser previamente pesado. Pesando-se novamente eletrodo após a deposição e subtraindo se a sua massa inicial obtém-se a massa do metal depositado para as de posições são utilizadas acionada células eletrolíticas, que diferem das células galvânicas. Estas células podem ser definidas como: Célula Galvânica: são dispositivos capazes de gerar em uma corrente elétrica entre dois eletrodos, como resultado de reações de óxido redução. Um exemplo de célula galvânica são as pilhas comumente utilizadas e lanternas brinquedos entre outros. Célula eletrolítica: são dispositivos nos quais a aplicação de uma força elétro motriz externa provoca fluxo de íons dentro da solução. Como consequência ocorre a decomposição das espécies iônicas na solução, num processo conhecido como eletrólise. Assim como as técnicas grave métricas convencionais, a eletrogravimetria não requer calibração essas preliminares contra padrões químicos porque a relação funcional entre a grandeza medida e a concentração do analito pode ser estipulada a partir da teoria e dados de massa atômica. O emprego da eletrogravimetria não conduza resultados Satisfatórios na grande maioria dos casos, as quais eficiência cia eletroquímica é bem menor que 100%. Isto se deve a diversos fatores, como por exemplo, o aumento da resistividade da solução com o passar do tempo, o valor de potencial, de deposição da maioria dos metais, O mecanismo de reação, reações paralelas que não são de interesse na construção de conceitos, entre outros. Desta forma, a eletrogravimetria é uma técnica pouco empregada mesmo no meio acadêmico. Metais nobres são menos resistentes a elétrodeposição, possibilitando melhores resultados eletrogravimétricos, porém, além de exigirem materiais e reagentes de alto custo, necessitam de condições específicas para obtenção de alta eficiência de deposição. Como por exemplo eletrodos de platina e prata, aquecimento e aditivos. Procedimento Experimental Limpar os eletrodos por imersão em solução aquosa concentrada de HNO3 sob aquecimento. Lavar com água destilada e acetona e secar em estufa. Pesar o cátodo limpo e seco antes do início do ensaio. Completar o volume da solução contida num balão volumétrico com água destilada e homogeneizar a solução. Num béquer de 250mL, pipetar 50mL de solução e adicionar 10mL de ácido nítrico (8 mol/L ) e 10mL de ácido sulfúrico (3 mol/L ). Diluir com 30mL de água destilada e aquecer a 150ºC. Em seguida, mergulhar os eletrodos de platina na solução aquecida e iniciar a eletrólise com corrente elétrica mínima, aumentando-a gradativamente. Regular a intensidade de corrente entre 3,0 e 4 ,0 A e a tensão próxima a 3,0 V. Quando solução, inicialmente de cor azulada, tornar -se incolor, verificar se a eletrólise foi completa, imergindo um pouco mais o cátodo. Prosseguir com a eletrólise por mais 5 min e verificar se ocorreu de posição do metal na região recém-imersa do cátodo. Caso tenha ocorrido deposição, repetir a verificação até que não seja mais constatada a ocorrência de depósito de cobre. Retirar o cátodo da solução, lavando -o com jatos de água destilada à medida que for emergindo, sem desligar a corrente. Esta só deverá ser desligada quando todo o cátodo tiver emergido da solução. Lavar o cátodo com acetona e secá-lo em estufa por 10 min a uma temperatura de 110ºC. Esfriar, por 5 minutos, em dessecador e pesar. Por fim, calcular a concentração em massa e em quantidade de matéria de cobre na solução a partir da massa de depósito e do volume pipetado. Resultados Por meio de uma balança foi possível a medição da massa do eletrodo antes de ser submetido a todo processo, obtido o valor de 16,474 g. Logo após todo o processo, foi novamente medido a massa do eletrodo, obtendo-se uma massa de 16,490 g. Além da massa do eletrodo entes e depois do processo, também foi pesado a massa de ureia utilizada durante o experimento, com um valor de 0,503g. A solução problema foi a solução nomeada de ‘C’. Discussão Com a massa do eletrodo antes e depois do processo, foi possível obter a massa de cobre (Cu) que ficou depositada no eletrodo. 𝑚𝐶𝑢 = 𝑚𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑚𝐶𝑢 = 16,490 − 16,474 𝑚𝐶𝑢 = 0,016 𝑔 Com a massa de cobre depositado no eletrodo, foi possível encontrar o número de mols, com sua massa molar de 63,546 g/mol. 𝑛𝐶𝑢 = 𝑚𝐶𝑢 𝑀𝐶𝑢 = 0,016 63,546 = 2,52 × 10−4 𝑚𝑜𝑙 A partir do número de mols do cobre e o volume da solução de 50 mL, foi possível obter a concentração molar do cobre. 𝐶𝐶𝑢 = 𝑛𝐶𝑢 𝑉(𝐿) = 2,52 × 10−4 50 × 10−3 = 0,005 𝑚𝑜𝑙/𝐿 Com a massa de cobre depositada e o volume da solução de 50 mL, foi possível encontrar a concentração em massa o cobre. 𝐶𝐶𝑢 = 𝑚𝐶𝑢 𝑉(𝐿) = 0,016 50 × 10−3 = 0,32 𝑔/𝐿 Conclusão Com relação à interpretação dos resultados obtidos no experimento, pode-se observar que, os valores fornecidos pelo equipamento e os obtidos pelos cálculos de concentração, foram satisfatórios uma vez que possíveis erros experimentais possam ocorrer. Podemos atribuir estes erros a vários fatores como na preparação das soluções padrão, nas diluições realizadas ou até mesmo no equipamento utilizado. Pode se entender que a eletrodeposição de cobre em meio ácido o que aumenta consideravelmente a acidez sobre este eletrodo, inviabilizando a utilização de um material que não seja resistente, mesmo que inerte. Portanto, é preciso que o meio seja ácido, mas com pH superior a 1,0. Aliado a isso, o íon nitrato em solução funciona como despolarizante catódico, impedindo a deposição maciça de cobre, o que conduziria a depósitos não aderentes, de baixa qualidade. Foi possível comprovar a eficiência do experimento e da eltrogravimetria devido aos cálculos realizados, chegando a valores aceitáveis.
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