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Trabalho AML Fundamentações 1

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Acadêmica: Thaty Lins Verde Selva
TRABALHO DE ADM. DE MATERIAIS E LOGÍSTICA
Fundamentações
COMPRAS
INTRODUÇÃO
A Administração de compras é uma atividade fundamental para o bom gerenciamento das empresas e que influencia diretamente nos seus estoques e no relacionamento com os clientes, estando também relacionada à competitividade e ao sucesso da organização.
O termo Compra pode ser definido como a aquisição de um bem ou de um direito, pelo qual se paga um estipulado preço. Baily et al. (2000), define que a atividade de compras é um procedimento pelo qual as empresas determinam os itens a serem comprados, identificam e comparam os fornecedores disponíveis, negociam com as fontes de suprimentos, firmam contratos, elaboram ordens de compras e finalmente, recebem e pagam os bens e serviços adquiridos.
IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DE COMPRAS
A administração das compras de uma empresa era visualizada como um fator meramente burocrático. O surgimento da crise do petróleo de 1973-1974 foi marcante para a atuação de Compras, pois a redução de matéria-prima no cenário mundial, decorrente da crise, demandou dessa função uma atitude mais ativa para o ressuprimento das necessidades das empresas. A sua atuação, durante aquele período de escassez, trouxe uma significativa atenção da organização para o setor. Os fatores quando, quanto e como comprar, passaram a ser determinantes para a continuidade das empresas no mercado competitivo (MARTINS & ALT, 2001).
A aquisição de produtos e serviços representa um fator decisivo na atividade de uma empresa, pois dependendo de como é conduzida podem gerar redução nos custos e melhorias consideráveis nos lucros. A Administração de Compras assume papel verdadeiramente estratégico nos negócios de hoje em face do volume de recursos, principalmente financeiros, envolvidos, afastando cada vez mais a visão preconceituosa de que era uma atividade burocrática e repetitiva, um centro de despesa e não um centro de lucros (MORAES, 2005).
A FUNÇÃO DE COMPRAS NAS ORGANIZAÇÕES
Segundo Arnold (1999) “a função compras é responsável pelo estabelecimento do fluxo dos materiais na organização, pelo segmento junto ao fornecedor, e pela agilidade da entrega”.
Ao longo do tempo, a função compras passou a ser imprescindível para a administração de recursos materiais de uma empresa. Saber comprar de forma a beneficiar a organização é determinante não somente para a competividade, mas também para a permanência da empresa no mercado. Pequenas reduções no custo das aquisições podem refletir positivamente no lucro da empresa. Para isso é fundamental manter um banco de dados de fornecedores atualizado, ter poder de negociação e estabelecer um relacionamento baseado na confiança mútua entre o cliente e o fornecedor.
O objetivo das atividades de compras é obter e coordenar o fluxo contínuo de suprimentos de modo a atender aos programas de produção; comprar os materiais aos melhores preços, não fugindo aos parâmetros qualitativos e quantitativos; e procurar as melhores condições para a empresa (DIAS, 2005).
Martins e Alt (2001) ainda comentam que esses objetivos devem estar alinhados aos objetivos estratégicos da empresa como um todo, visando o melhor atendimento ao cliente externo e interno. Essa preocupação tem tornado a função compras extremamente dinâmica, utilizando-se de tecnologias cada vez mais sofisticadas e atuais como o EDI, a Internet e cartões de crédito.
Baily et al. (2000) também concordam que o processo de compras cada vez mais está se envolvendo na tomada de decisões estratégicas das empresas, pois Compras são vistas como uma área de agregação de valor, não simplesmente de redução de custos e também a maior consciência do crescimento do gasto em materiais e do potencial de lucro de compras.
Para Arnold (1999) a função compra é um processo muito amplo que acaba por envolver a todos na organização. O setor específico, geralmente, em face da competitividade empresarial, precisa da ajuda de outros setores da organização, como o de desenvolvimento de produtos, área financeira, para que as aquisições realmente tragam benefícios para a organização.
Martins e Alt (2001) afirmam que: Toda empresa na consecução de seus objetivos necessita de grande interação entre todos os seus departamentos ou processos, no caso de assim estar organizada. A área de compras interage intensamente com todas as outras, recebendo e processando informações, como também alimentando outros departamentos de informações úteis às suas tomadas de decisão.
Segundo Moraes (2005) o departamento de compras também pode assumir vários outros papéis. Um deles está relacionado com a negociação de preços com os fornecedores. Essa negociação determinará o preço final dos produtos e, portanto, a competitividade da empresa.
O setor de compras está também inter-relacionado com os níveis de estoque. A ele compete à tarefa de equilibrar a quantidade de materiais a serem comprados para que os demais departamentos da empresa se encontrem satisfeitos continuamente. É importante que se consiga otimizar o investimento, aumentando o uso eficiente dos meios financeiros, minimizando as necessidades de capital investido em estoques (DIAS, 2005).
Dias (2005) afirma que esta é uma questão delicada e que está diretamente ligada à administração de compras, pois níveis de estoque, apesar de significarem uma segurança de que a produção não precisará sofrer interrupções, ao mesmo tempo demanda custos na maioria das vezes altos para a empresa, pois tem que ser armazenados e controlados constantemente. Os níveis de estoque da empresa, por exemplo, afetam o custo de produção e podem trazer outros problemas, como a necessidade de um maior controle, de pessoal e despesas com a sua manutenção.
Assim, a área de compras tem uma função importante de cuidar para que os níveis de estoque da empresa estejam sempre equilibrados.
A evolução da função compras nas organizações mostra que é fundamental a atenção a ser dada a este setor. Atualmente as empresas se preocupam muito com o processo de compras, pois este sendo executado com sucesso pode ser motivo de redução de custos para a empresa. Neste sentido cabe aos responsáveis por tal processo estarem atentos a preço, prazo, volume e qualidade para se beneficiarem da execução eficaz deste processo (DIAS, 2005).
“A arte de comprar está se tornando cada vez mais uma profissão e cada vez menos um jogo de sorte. Em muitos casos não é o custo que determina o preço de venda, mas o inverso. O preço de venda necessário determina qual deve ser o custo. Qualquer economia, resultando em redução de custo de compra, que é uma parte de despesa de operação de uma indústria, é 100% lucro. Os lucros das compras são líquidos”. (HENRY FORD).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARNOLD, J. R. Tony. Administração de Materiais. São Paulo, Editora Atlas S. A., 1999.
BAILY, Peter, FARMER, David et al. Compras: princípios e administração. São Paulo: Editora Atlas, 2000.
BRITES, Pedro Lima. Operacionalizar a função de Compras. Disponível em < http://dn.sapo.pt/2006/01/31/economia/operacionalizar_a_funcao_compras.html >. Acesso em 18/11/2008.
DIAS, M A P. Administração de Materiais.São Paulo, Editora Atlas , 2005
MARTINS, Petrônio Garcia; ALT, Paulo Renato Campos. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais. Editora Saraiva, 2001.
MORAES, André. Gestão de Compras. Apostila do Curso de Administração Industrial. CEFDET. Rio de Janeiro: 2005.
RECEBIMENTO E CADASTRAMENTO
RECEBIMENTO DE MATERIAIS
Inspeção de Recebimento - subsistema responsável pela verificação física e documental do recebimento de material, podendo ainda encarregar-se da verificação dos atributos qualitativos pelas normas de controle de qualidade.
	No recebimento dos materiais solicitados, alguns principais aspectos deverão ser considerados como:
1) Especificação técnica: conferencia das especificações pedidas com as recebidas.
2) Qualidade dos materiais: conferencia física do material recebido.
3) Quantidade: Executar contagem físicados materiais, ou utilizar técnicas de amostragem quando for inviável a contagem um a um.
4) Preço:
5) Prazo de entrega: conferencia se o prazo esta dentro do estabelecido no pedido.
6) Condições de pgto: conferencia com relação ao pedido.
	Cadastro -subsistema encarregado do cadastramento de fornecedores, pesquisa de mercado e compras.
CLASSIFICAÇÃO 
Sem o estoque de certas quantidades de materiais que atendam regularmente às necessidades dos vários setores da organização, não se pode garantir um bom funcionamento e um padrão de atendimento desejável. 
Estes materiais, necessários à manutenção, aos serviços administrativos e à produção de bens e serviços, formam grupos ou classes que comumente constituem a classificação de materiais. 
Estes grupos recebem denominação de acordo com o serviço a que se destinam (manutenção, limpeza, etc.), ou à natureza dos materiais que neles são relacionados (tintas, ferragens, etc.), ou do tipo de demanda, estocagem, etc. Classificar um material então é agrupá-lo segundo sua forma, dimensão, peso, tipo, uso etc. 
A classificação não deve gerar confusão, ou seja, um produto não poderá ser classificado de modo que seja confundido com outro, mesmo sendo semelhante. A classificação, ainda, deve ser feita de maneira que cada gênero de material ocupe seu respectivo local. Por exemplo: produtos químicos poderão estragar produtos alimentícios se estiverem próximos entre si. 
Classificar material, em outras palavras, significa ordená-lo segundo critérios adotados, agrupando-o de acordo com a semelhança, sem, contudo, causar confusão ou dispersão no espaço e alteração na qualidade. 
Objetivo Da Classificação: O objetivo da classificação de materiais é definir uma catalogação, simplificação, especificação, normalização, padronização e codificação de todos os materiais componentes do estoque da empresa. 
Importância Da Classificação: O sistema de classificação é primordial para qualquer Departamento de Materiais, pois sem ele não poderia existir um controle eficiente dos estoques, armazenagem adequada e funcionamento correto do almoxarifado.
Uma vez identificado e codificado, o material é cadastrado. O Cadastramento é o registro, em computador, dos materiais com todos os dados identificadores, como: nome, código, unidade, etc., de interesse da empresa. De posse do cadastro de materiais, a organização terá facilmente à mão as listagens de materiais, tão necessárias para consultas e análise econômico-administrativas.
http://www.ietec.com.br/imprensa/logistica-uma-visao-geral-e-a-importancia-do-controle-de-estoques/
ALMOXERIFADO
ESTOQUE
	O alcance do termo estoque é muito amplo. Tradicionalmente falando podemos considera-lo como representativo de matérias-primas, produtos semi-acabados, componentes para montagem, sobressalentes, produtos acabados, materiais administrativos e suprimentos variados. 
E em meias palavras, dizemos que seria tudo o que a empresa possui “guardado”, para suprir as suas necessidades. Ou por muitas vezes, materiais em estoque que não planejados , não analisados ou acompanhados com uma boa gestão, acabam não sendo suficiente para suprir tal necessidade da mesma. 
“O estoque e definido como acumulação de recursos materiais em um sistema de transformação. Algumas vezes estoque também e usado para descrever qualquer recurso armazenado. Não importa o que esta sendo armazenado como estoque, ou onde ele esta posicionado na operação, ele existira porque existe uma diferença de ritmo ou de taxa entre fornecimento e demanda.” (Slack e et al ,1997) 
Conforme dito pelo autor, estoque é definido por tudo aquilo que precisa ser armazenado ou estocado em determinados locais de uma organização, pois assim complementa a rotatividade da organização, tornando-a rápida e eficaz. 
Em organizações mais atípicas poderá adquirir outros significados, como estoque de livros, de dinheiro em banco, de professores, de consultores e assim por diante. Sobre este prisma pode-se definir estoque assim: 
a. Materiais, mercadorias ou produtos acumulados para utilização posterior, de modo a permitir o atendimento regular das necessidades dos usuários para a continuidade das atividades da empresa, sendo o estoque gerado, consequentemente, pela impossibilidade de prever-se a demanda com exatidão; 
b. Reserva para ser utilizada em tempo oportuno. 
As principais funções do estoque são: 
a. Garantir o abastecimento de materiais á empresa, neutralizando os efeitos de: 
Demora ou atraso no fornecimento de materiais: Estando sempre atento a quantidade qualidade dos materiais em estoque. 
Sazonalidade no suprimento: Verificar o tempo que ta acontecendo, as transformações nos matérias. 
Riscos de dificuldade no fornecimento: Analisando o tipo de dificuldade encontrada. 
b. Proporcionar economias de escala: 
Através da compra ou produção em lotes econômicos; 
Pela flexibilidade do processo produtivo; 
Pela rapidez e eficiência no atendimento ás necessidades.
	A importância do estoque é mensurada conforme citação de Sérgio de Ludicibus, Eliseu Martins e Ernesto Rubens Gelbcke: “Os estoques representam um dos ativos mais importantes do capital circulante e da posição financeira da maioria das companhias industriais e comerciais. Sua correta determinação no início e no fim do período contábil é essencial para uma apuração adequada do lucro líquido do exercício. Os estoques estão intimamente ligados às principais áreas de operação dessas companhias e envolvem problemas de administração, controle, contabilização e principalmente de avaliação.” (Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. Ed. Atlas, 2000, p.101).
Para dimensionar ainda mais a importância de um bom controle de estoque, Ross et al (2000) fez a seguinte afirmação: “Numa empresa industrial típica, os estoques podem muito bem superar o nível de 15% dos ativos”.
Os estoques representam boa parte dos ativos da empresa, em alguns casos podendo representar aproximadamente 46% dos ativos totais. Então pode-se considerar que “os estoques são recursos ociosos que possuem valor econômico, os quais representam um investimento destinado a incrementar as atividades de produção e servir aos clientes” (VIANA, 2000, p.144).
Alguns autores classificam os tipos de estoques conforme quadro abaixo:
Na verdade, estoques servem para uma série de finalidades, ou seja:
Melhoram o nível de serviço;
Incentivam economias na produção;
Permitem economias de escala nas compras e no transporte;
Agem como proteção contra aumentos de preços;
Protegem a empresa de incertezas na demanda e no tempo de ressuprimento;
Servem como segurança contra contingências.
Referências bibliográficas
KOBAYASHI, Shun’ichi. Renovação da logística: como definir estratégias de distribuição física global. SP: Atlas, 2000.
BALLOU, Ronald H. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 1993. HONG, Yuh Ching. Gestão de estoques na cadeia logística integrada. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
GESTÃO DE ESTOQUE
O gerenciamento dos estoques nas empresas é fundamental para a diminuição dos custos. Estoques elevados e precariamente administrados são fatores que oneram o preço final dos produtos, bem como uma aplicação indevida do capital de giro das empresas. 
A competitividade das empresas no mundo globalizado exige uma correta manutenção desse ativo, sendo fundamental manter apenas as quantidades necessárias para a produção.
A correta gestão de estoques na cadeia de suprimentos não pode ser efetuada isoladamente, algumas medidas de controle de produção podem ser implementadas pela empresa. 
Porém, é fundamental que a cadeia de suprimentos esteja no mesmo nível de evolução e a relação cliente-fornecedor tenha um sincronismo total.
Ching (2011) define gestão de estoque não apenas como um meio de reduzir custos, mais se colocada em pratica como um conceito integrado a gestão de estoques se torna uma ferramenta de estratégia fundamental para a sobrevivência do negocio.
Para Ching "esse conceito originou-se na função de comprasem empresas que compreenderam a importância de integrar o fluxo de matérias a suas funções de suporte, tanto por meio do negócio, como por meio do fornecimento aos clientes imediatos. (SLACK,CHAMBERS,HARLAND et al. apud CHING, 2011, p. 18).
“Devemos sempre ter o produto de que você necessita, mas nunca podemos ser pego com algum estoque. É uma frase que descreve bem o dilema da descrição de estoques. O controle de estoques é parte vital do composto logístico, pois estes podem absorver de 25% a 40% dos custos totais, representando uma porção substancial do capital da empresa. Portanto, é importante a correta compreensão do seu papel na logística e de como devem ser gerenciados”. (Ronald H. Ballou).
Segundo Martins e Alt (quinta tiragem, 2003) ambos mestres em engenharia de Produção afirmam que a gestão de estoques constitui em ações que permitem o administrador analisar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem localizados, bem 7 manuseados e controlados. 
A gestão de estoque busca garantir a máxima disponibilidade de produto, com o menor de estoque possível. 
A gestão de estoques entende que quantidade de estoque parada é capital parado. Ou seja, não está tendo nenhum retorno do investimento efetuado e, por outro lado, este capital investido poderia estar suprindo a urgência de outro segmento da empresa, motivo pelo qual o gerenciamento deve projetar níveis adequados, objetivando manter o equilíbrio entre estoque e consumo. 
Os níveis devem ser atualizados periodicamente para evitar problemas provocados pelo crescimento do consumo ou vendas e alterações dos tempos de reposição. 
Baseando no que autor disse, a gestão do estoque é estritamente necessário em uma organização, pois ele juntamente com os demais departamentos é todo o funcionamento desta empresa. 
Através da racionalização do estoque, garantindo a máxima disponibilidade do produto, com o menor estoque possível, sendo a finalidade da gestão de estoque, a facilitação do seu uso diário, disponibilizando as informações necessárias para cada departamento e suas reais necessidades das mercadorias. 
Pois se a empresa detém um volume alto de estoques e não realiza esta prévia análise, as economias geradas pelas compras de lotes maiores podem ser coberta por custos maiores na manutenção destes estoques. 
Por fim, entendemos que a gestão de estoques é o planejamento do estoque, seu controle e sua retroalimentação sobre o planejamento. O mesmo, consiste na determinação dos valores que o estoque terá com o correr do tempo, bem como na determinação das datas de entrada e saída dos materiais do estoque e na determinação dos pontos de pedido de material.
Função da Gestão de Estoques 
Uma má gestão no estoque acarretaria em inúmeros prejuízos à empresa. Dentre eles elevação do cancelamento de pedidos, parada de produção por falta de matérias, falta de espaço para armazenamento, quantidades maiores de estoque enquanto a produção permanece constante, e assim vai. Portanto, sua existência em meio ao planejamento do controle de estoque torna-se essencial. 
A gestão age como protetora do aumento dos preços é quem incentiva as economias na produção e mais, é a gestão quem protege as empresas das incertezas na demanda e no tempo de reabastecimento do estoque. Sendo suas principais funções: 
Determinar “o que” manter em estoque; 
Determinar quando reabastecer; 
Determinar quanto requisitar; 
Acionar o processo de reabastecimento; 
Receber, estocar e suprir os materiais conforme requerido pelos usuários; 
Realizar saneamento do estoque.
ARNOLD, J.R. T, Administração de Materiais, São Paulo, Editora Atlas, 1999. 
BALLOU, R. H. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 1993. DIAS, Marco Aurélio P.Administração de Matérias. 4° Edição. São Paulo: Editora Atlas S. A., 1995. 
VIANA,João José. Administração de materiais, São Paulo:Editora Atlas S.A, 2002. 
MARTINS, Petrônio Garcia, ALT,Paulo Renato Campos.Administração de Materiais. São Paulo: Editora Saraiva. 5ª tiragem, 2003.
DISTRIBUIÇÃO / COMERCIALIZAÇÃO
A distribuição é um dos processos da logística, que fica responsável pela administração dos materiais, desde a saída do produto da linha de produção até que chegue para entrega no destino final, ou seja, nas mãos do consumidor.
	Para entender melhor essa definição de distribuição, veja o esquema a seguir:
Fábrica = Produto pronto -> Distribuidor -> Varejista -> Consumidor final
	Com o produto pronto, ele sai da fábrica e é encaminhado ao distribuidor, que, por sua vez, vende o produto a um varejista. O varejista expõe esse produto para venda aos consumidores finais. Este é o processo mais comum de distribuição, porém, nesse contexto há uma série de variáveis e também decisões a serem tomadas pelo profissional de logística.
	A palavra distribuição também está associada à entrega de cargas fracionadas. São as entregas de produto e material em mais de um destinatário, aproveitando-se a viagem e os custos envolvidos. Neste caso, as entregas precisam ser planejadas, utilizando-se um menor custo total e menor tempo utilizado.
O principal objetivo de uma gestão de logística de distribuição é disponibilizar a quantidade de mercadorias certa, no momento certo e no lugar certo. Além disso, é preciso otimizar processos para que as operações sejam rentáveis e lucrativas. No atual panorama econômico, não existe margem para erros. 
É preciso um planejamento detalhado e estruturado para garantir um retorno sobre o investimento mínimo e a satisfação do cliente. Esses são pontos que garante um grande diferencial no mercado. Atrasos na entrega, por exemplo, podem resultar na perda da venda e do cliente. Para que isso não aconteça, a cadeia de abastecimento deve ser integrada.
Objetivos:
Suprir mercado; 
Atender satisfatoriamente o cliente;
Garantia de reposição de itens;
Obtenção de lucro;
Continuidade do negócio.
Modalidades de distribuição 
	
	Novaes (2001,p.145) ressalta em sua obra: “O objetivo da distribuição física, como meta ideal, é o de levar os produtos certos, para os lugares certos, no momento certo e com o nível de serviço desejado, pelo menor custo possível. Há um certo antagonismo em garantir nível de serviço elevado, ao mesmo tempo em que se pretende reduzir custos. Isto porque as possíveis melhorias no sistema, de uma forma geral, implicam em custos maiores de transporte, armazenagem e estoque.”
	Ching (2001) define logística de distribuição como as relaçõ9es entre empresa-cliente-consumidor, sendo responsável pela distribuição física do produto acabado até os pontos de vendas ao consumidor, devendo assegurar que os pedidos sejam pontualmente entregues, precisos e completos.
	Segundo Bertaglia (2003) o processo de distribuição está associado à movimentação física de materiais, normalmente de um fornecedor para um cliente. Esse processo envolve atividades externas, acompanhadas de documentos legais. Podem ser divididos em funções mais nucleares, como recebimento e armazenagem, controles de estoques, administração de frotas e fretes, separação de produtos, carga de veículos, transportes, entre outras.
	“A vantagem competitiva de uma empresa pode estar na forma de distribuir, na maneira que faz o produto chegar rapidamente à gondola, na qualidade do seu transporte e na eficiência de uma matéria a um fabricante.” (Bertaglia, 2003).
	Para Arbache el al (2004), a distribuição refere-se ao que ocorre com os produtos acabados desde que são armazenados até o momento em que são entregues aos clientes, no atendimento aos seus pedidos ou contratos de fornecimento contínuo.
	
	
São modalidades de distribuição: 
Distribuição extensiva: É usada quando a empresa pretende alcançar um grande número de pontos de vendas. Para isso ela utiliza o canal de distribuição longo. Essa modalidade é viável somente quando a empresa conta com vários vendedores e possui uma organização comercial eficiente. 
Vantagem: atinge um número maior de consumidores. 
 Desvantagem: possui um elevado custo para empresa, além de correr riscode perder o controle sobre a distribuição. 
 Distribuição exclusiva: É quando a distribuição de um produto em determinado território é concedida a uma única distribuidora, que por sua vez também não pode vender produtos similares. Esta modalidade é bastante usada por pequenas e médias empresas, pelo fato de não possuírem conhecimento do seu público-alvo. As franquias são exemplos desta modalidade. Nas franquias tudo é feito perante contrato. O franqueador concede a uma empresa o direito de usar a sua marca, com a condição de que pague um valor mensal ou anual, de acordo com o que for estabelecido em contrato. Este valor chama-se royalties. 
Vantagem: oferece a empresa um maior controle sobre a distribuição da sua empresa. Impede a venda de produtos similares pelo distribuidor, deixando-o limitado a sua empresa. Ao passo que isso é uma vantagem ao fabricante, é uma desvantagem ao distribuidor.
 Desvantagem: falta de informação sobre os consumidores locais. Exige altos investimentos para realizar alguns controles, levando as empresas, muitas vezes a transferir estas atividades a um terceiro, se distanciando ainda mais dos consumidores finais.
 
Distribuição seletiva: Ela conta com um número menor de distribuidores. Esses distribuidores possuem cotas de vendas, e geralmente possuem exclusividade de venda em determinado território. Os distribuidores são escolhidos de acordo com sua localização e posicionamento. Esta modalidade tem abrangência maior do que a distribuição exclusiva. E diferente da Distribuição extensiva, ela permite obter um maior controle dos distribuidores, sem contar que os custos são menores. 
Distribuição Intensiva: Ela serve de complemento à distribuição extensiva e seletiva quando se precisa da concentração de esforços e recursos num canal de distribuição em um determinado momento
CHING, H.Y, Gestão de Estoques na cadeia de logística integrada, São Paulo, Editora Atlas, 2001.
ARBACHE, Fernando S., et al. Gestão de Logística, distribuição e trade marketing. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004.
BERTAGLIAS, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento, São Paulo: Editora Saraiva, 2003.

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