Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Secretaria de Controle Externo no RS Obras Públicas DIÁLOGO PÚBLICO RS • Porto Alegre – Auditório Dante Barone – Assembléia Legislativa – 27 e 28 de junho de 2005 • Santa Maria – Park Hotel Morotin – 1o de julho de 2005 Apresentação sobre Obras Públicas ACE Claudio Augusto Prates Thomas Diretor Técnico 2ª DT – Secex/RS OBRAS PÚBLICAS • Introdução • Aspectos prévios à licitação – Projeto básico – Licenciamento ambiental • Aspectos posteriores à contratação – Fiscalização – Principais irregularidades detectadas • Conclusão PRINCIPAIS ASPECTOS 1. Visibilidade: • Obras são a parte mais aparente das políticas públicas. 2. Materialidade: • Os recursos envolvidos são elevados. 3. Percepção social: • Estigma negativo por parte da sociedade. 4. Questões ambientais: • Preocupação com o desenvolvimento sustentável 5. Tempestividade: • Necessidade de fiscalização concomitante. IMPORTÂNCIA DO TEMA PROJETO BÁSICO • Lei n. 8.666/93 • Art. 6o, IX – definição de projeto básico (caput) e descrição de seus elementos (alíneas a a f); • Art. 6o, X – definição de projeto executivo; • Art. 7o – definição da seqüência a ser adotada na licitação de obras e serviços; • Art. 40 – definição do edital e de seus anexos (§ 2o). FUNDAMENTO LEGAL - PROJETO ASPECTOS PRÉ-LICITAÇÃO 1. Programa de necessidades 2. Escolha do terreno 3. Estudo de viabilidade e anteprojeto 4. Projeto básico 5. Projeto executivo 6. Licitação FLUXOGRAMA DE PROCEDIMENTOS - I • Levantamento das necessidades • Avaliação do custo-benefício • Identificação do público-alvo • Avaliação das restrições (Código de Obras) • Avaliação prévia do custo • Definição das características básicas • Elaboração de orçamento estimativo • Previsão da dotação orçamentária PROGRAMA DE NECESSIDADES • A opção pela localização é fundamental e deve ser feita antes da elaboração dos projetos! • Aspectos a serem considerados • Infra-estrutura disponível • Topografia do terreno • Geologia do terreno ESCOLHA DO TERRENO • Escolha da solução que melhor atenda ao programa de necessidades, sob os aspectos legal, técnico, econômico e ambiental. • O estudo de viabilidade deve concluir com o anteprojeto da obra. • Aspectos a serem considerados • Definição do custo-benefício • Compatibilização com os recursos disponíveis • Definição dos métodos e prazo de execução ESTUDO DE VIABILIDADE • Conjunto de elementos que definem a obra, permitindo a perfeita quantificação dos materiais, equipamentos e serviços a serem utilizados. • O projeto básico é o elemento mais importante para a execução de uma obra pública! • O projeto básico deverá incluir (Lei 8.666/93, art. 6o, IX): • Especificações técnicas dos materiais e serviços a serem utilizados. • Orçamento detalhado, inclusive com BDI. • Licenciamento ambiental, caso exigido. PROJETO BÁSICO • Conjunto de elementos que permitem a execução completa da obra (Lei 8.666/93, art. 6o, X). • Trata-se de um detalhamento do projeto básico. • O projeto executivo bem elaborado evita futuras alterações e conseqüentes aditivos contratuais. Embora não acompanhe o edital, é de todo recomendável que: • seja elaborado antes da contratação da obra; • não seja elaborado pela empresa encarregada da execução. PROJETO EXECUTIVO • Possíveis conseqüências • Falta de efetividade ou alta relação custo-benefício do empreendimento (estudo de viabilidade inexistente ou inadequado); • Diminuição da qualidade final do empreendimento (especificações técnicas inadequadas); • Aumento do custo (projeto executivo e orçamento detalhado inadequados); DEFICIÊNCIAS NO PROJETO BÁSICO - I DEFICIÊNCIAS NO PROJETO BÁSICO - II • Alterações contratuais envolvendo alterações de custos, podendo resultar em superfaturamento; • Frustração do procedimento licitatório, dadas as diferenças entre o objeto licitado e o efetivamente executado; • Responsabilização dos administradores. JURISPRUDÊNCIA TCU Súmula n. 177: A definição precisa e suficiente do objeto licitado constitui regra indispensável da competição, até mesmo como pressuposto do postulado de igualdade entre os licitantes, do qual é subsidiário o princípio da publicidade, que envolve o conhecimento, pelos concorrentes potenciais, das condições básicas da licitação (...) LICENCIAMENTO AMBIENTAL • O licenciamento ambiental, quando exigido, é parte integrante do projeto básico (Lei 8.666/93, art. 6o). • Estão sujeitas ao licenciamento ambiental propriamente dito os empreendimentos que, alternativamente: • utilizem recursos ambientais e/ou • sejam capazes de causar degradação ambiental. • Esses empreendimentos estão listados na Resolução Conama n. 237/1997. QUEM ESTÁ SUJEITO AO LICENCIAMENTO? • Empreendimentos que necessitam de licenciamento ambiental: • rodovias, ferrovias e hidrovias • barragens, diques, canais para drenagem, retificação de cursos d’água, transposição de bacias hidrográficas • abertura de barras, embocaduras e canais • distritos e pólos industriais • projetos de assentamento e colonização EXEMPLOS - LICENCIAMENTO • Independentemente da inclusão na Resolução Conama 237/1997, deverão ser licenciados empreendimentos que: • possuam potencial poluidor ou grau de utilização de recursos naturais muito elevados; • localizem-se em ou interfiram com unidade de conservação ou zona de amortecimento; • sejam incompatíveis com zoneamento ecológico- econômico aprovado. REGRA GERAL • Licença prévia (LP) • autoriza o início do planejamento • deve ser requerida na fase de estudo de viabilidade, previamente à elaboração do projeto básico • Licença de instalação (LI) • autoriza o início das obras • Licença de operação (LO) • autoriza o funcionamento do empreendimento TIPOS DE LICENÇA AMBIENTAL • Paralelamente ao licenciamento ambiental, pode ser exigida, pelo órgão ambiental, a apresentação de estudos ambientais, como condição para concessão da licença. • Estão sujeitas a estudo ambiental, em princípio, empreendimentos com significativo impacto ambiental. • Esses empreendimentos estão listados na Resolução Conama n. 01/1986. ESTUDOS AMBIENTAIS • Empreendimentos que podem vir a necessitar de estudos ambientais (Resolução Conama n. 01/1986): • rodovias com duas ou mais faixas de rolamento • ferrovias, portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos • oleodutos, gasodutos e emissários de esgotos • distritos e pólos industriais • aterros sanitários • projetos urbanísticos acima de 100 ha EXEMPLOS – ESTUDOS AMBIENTAIS • Estudo de impacto ambiental (EIA) Diagnóstico das potencialidades naturais e socioeconômicas, dos impactos e das medidas destinadas à mitigação, compensação e controle desses impactos (documento técnico). • Relatório de impacto ambiental (RIMA) Informação prestada à população acerca das tagens e desvantagens do projeto e das conseqüências ambientais de sua implementação (documento gerencial). TIPOS DE ESTUDOS AMBIENTAIS FISCALIZAÇÃO • Lei n. 8.666/93 • Art. 58, II – prerrogativa de fiscalização; • Art. 67 e §§ – definição das atividades de fiscalização; • Art. 73, I, alínea a – recebimento provisório de obrase serviços. FUNDAMENTO LEGAL - FISCALIZAÇÃO ASPECTOS PÓS-LICITAÇÃO 6. Licitação 7. Contrato 8. Fiscalização 9. Recebimento da obra FLUXOGRAMA DE PROCEDIMENTOS - II • À fiscalização caberão, dentre outras, as seguintes atribuições: • Verificar a adequação das instalações, equipamentos e equipe técnica; • Esclarecer ou solucionar incoerências, falhas e omissões eventualmente constatadas no projeto básico ou executivo ou no caderno de encargos (especificações); • Aprovar amostras de materiais propostas pelo contratado; ATIVIDADES DA FISCALIZAÇÃO • Controlar o cronograma de execução; • Aprovar ou rejeitar os serviços executados; • Acompanhar testes, ensaios, exames e provas necessárias ao controle de qualidade dos serviços; • Verificar e atestar as medições dos serviços; • Conferir e encaminhar para pagamento as faturas emitidas; • Acompanhar a elaboração do as built ao longo da execução do contrato; • Receber provisoriamente o objeto do contrato. ATIVIDADES DA FISCALIZAÇÃO - Continuação PRINCIPAIS IRREGULARIDADES • Inadequação dos cronogramas físico-financeiros propostos pelo licitante vencedor, mostrando manipulação dos preços unitários, de forma que os serviços iniciais do contrato ficam muito caros e os finais muito baratos, podendo gerar um crescente desinteresse do contratado nas etapas finais da obra; • Participação, direta ou indireta, do autor do projeto na licitação ou na execução da obra; • Inadequação dos critérios de reajuste, não retratando a variação efetiva dos custos de produção; RELACIONADAS COM PROJETOS • Alterações de quantitativos sem justificativas consistentes, gerando sobrepreço e superfaturamento; • Ausência de previsão de recursos orçamentários capazes de assegurar o pagamento das etapas a serem executadas no exercício financeiro; • Contratação de obras com base em projeto básico elaborado sem licença ambiental prévia. RELACIONADAS COM PROJETOS – Continuação • Designação de profissional não habilitado; • Pagamento de serviços não executados efetivamente ou executados sem a qualidade necessária; • Falta de comprovação e conferência pela fiscalização dos serviços executados; • Divergências entre as medições atestadas e os serviços pagos; • Ausência de relatórios ou anotações no diário de obra comprovando as atividades da fiscalização; • Ausência de recebimento provisório pela fiscalização. RELACIONADAS COM FISCALIZAÇÃO • Publicações TCU: • “Obras Públicas – Recomendações básicas para a contratação e fiscalização de obras de edificações públicas”; • “Cartilha de Licenciamento Ambiental” • “Licitações e Contratos – Orientações Básicas” MAIORES INFORMAÇÕES CONCLUSÃO • Princípios constitucionais aplicáveis à administração pública: • L I M P E; • Princípio da eficiência = direito ao “bom governo” (Carta Européia dos Direitos Humanos - 2002). Secretaria de Controle Externo no RS Rua Caldas Júnior, 120 – 20º andar Edifício Banrisul 90018-900 – Porto Alegre – RS Fone: (51) 3228-0788 E-mail: secex-rs@tcu.gov.br Estamos à disposição! Obrigado! Limite dos slides conferidos Apagar este slide quando concluir a apresentação MODALIDADES DE FISCALIZAÇÃO • ACOMPANHAMENTO • AUDITORIA • INSPEÇÃO • LEVANTAMENTO • MONITORAMENTO FISCALIZAÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS HISTÓRICO • 1995 - Obras Inacabadas • 1996 - Auditoria nas obras prioritárias • 1997 a 2004 (previsão nas LDO) • Fiscalizações nas principais obras do OGU • Informações sobre outros processos • Bloqueio PTs CRITÉRIOS DE SELEÇÃO • Valor Liquidado no Exercício Anterior • Valor Fixado para o Exercício • Regionalização do Gasto • Histórico de Irregularidades Pendentes RESULTADO DA AÇÃO • CORREÇÃO OU BLOQUEIO das obras e serviços com indícios de irregularidades graves INDÍCIO DE IRREGULARIDADE GRAVE • Podem ocasionar prejuízos significativos ao Erário ou a terceiros; • Podem ensejar nulidade do procedimento licitatório ou de contrato; • Contratos ou convênios que não atendam ao disposto no art. 18 da LDO. CADASTRO DE CONTRATOS - SIASG • Todos os contratos e convênios firmados devem estar registrados no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais - SIASG. SISTEMA REFERENCIAL DE PREÇOS • Os custos unitários de materiais e de serviços não poderão ser superiores à mediana daqueles constantes do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - Sinapi, mantido pela Caixa Econômica Federal.
Compartilhar