Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Apontamentos de Bioquímica Fisiológica Matriz extracelular e suas desordens metabólicas Com base em “Harper’s Biochemistry” (25ª Edição, 2000, Lange) Evelyn Caroline Almeida Pacheco 2007/2008 � Índice de matérias � 7 – Matriz extracelular e suas desordens metabólicas Colagénio Síndrome de Ehlers-Danlos Síndrome de Alport Epidermolise bullhosa Escorbuto Elastina Síndrome de Williams Fibrilina Síndrome de Marfan Fibronectina Laminina Osso Osteogenisis imperfecta Osteopetrose Osteoporose Cartilagem � � � 7 – Matriz extracelular e suas desordens metabólicas (Harper’s págs. 695-714) Colagénio Cerca de 30 genes codificam colagénio. Muitas doenças devem-se a mutações nos genes do colagénio ou nos genes que codificam as enzimas necessárias para as suas modificações pós-traduccionais. Síndrome de Ehlers-Danlos: grupo de 11 desordens hereditárias, com hiperextensibilidade da pele, fragilidade tecidual, aumento da mobilidade das articulações Tipo IV: anomalia colagénio III → ruptura das artérias e bexiga Tipo VI: anomalia lisil hidroxilase → hipermobilidade das articulações e tendência para ruptura ocular Síndrome de Alport: Desordem hereditária ligada ao cromossoma X e autossómica Afecta o colagénio IV → membrana basal dos glomérulos renais → hematúria Epidermolise bullhosa: Pele quebra e rebenta face a pequenos traumas Afecta colagénio tipo VII → ancora a membrana basal às fibras de colagénio na derme Escorbuto: Devido a deficiência de Vit C Gengivas sangrentas, hemorragias subcutâneas, dificuldade de cicatrização Devido a diminuição da síntese de colagénio, por deficiência das prolil e lisil hidroxilases que necessitam de ascorbato como cofactor Elastina Síndrome de Williams: delecção do gene da elastina → desenvolvimento anormal do tec conjuntivo e SNC. Fibrilina Síndrome de Marfan: Doença hereditária autossómica dominante Deslocamento do cristalino, perturbações do sistema esquelético (indivíduos altos com dedos grandes – aracnodactilia – e hiperextensibilidade das articulações) e sistema cardiovascular (fraqueza a aorta média → dilatação da aorta ascendente) É uma grande glicoproteína que faz parte da estrutura das microfibrilhas, sendo secretada pelos fibroblastos. É muito abundante no ligamento zonular, periósteo e fibras elásticas da aorta. Fibronectina É glicoproteína mais abundante na matriz extracelular, existindo também no plasma na sua forma solúvel. É constituída por 2 sub-unidades idênticas unidas por pontes bissulfito. Domínios: de ligação à heparina, fibrina, colagénio, DNA e superfície celular. É recebida à superfície celular por integrinas Laminina É a proteína principal do glomérulo renal e outras lâminas basais. Tem 3 cadeias polipeptídicas ligadas entre si. Interage com colagénio e entactina. Perturbações da sua estrutura podem originar albuminúria. Osso Outros capítulos: nanismo, raquitismo, osteomalácia e hiperparatiroidismo. Osteogenisis imperfecta: Anormal fragilidade dos ossos Esclera é muito fina e translúcida, podendo tornar-se azul devido à deficiência de tecido conjuntivo. Mutações nos genes de colagénio, erros de splicing, Osteopetrose: Aumento da densidade óssea, pois o osso não é reabsorvido Pode existir na acidose tubular renal e calcificação cerebral Mutação no gene da anidrase carbónica II Osteoporose: Redução progressiva e generalizada na massa do tecido ósseo por unidade de volume → causa fragilidade óssea Fractura da cabeça do fémur é muito comum Cartilagem Condroplasias são desordens hereditárias que afectam as cartilagens. Originam nanismo de membros curtos e deformações esqueléticas → devido a anomalias no colagénio tipo II ex.: síndrome de Stickler. Acondroplasia → mutação no gene do receptor do factor de crescimento de fibroblastos (FGFR2) �PAGE � �PAGE �1�
Compartilhar