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一 ― ― 二一 一 4
blioteca ! M
A inform ática 
4 8
4 A IN F O R M A Ç Ã 0 , 0 C O T ID IA N 0 
3 3
N ovos desafios : a inform ática e a internet . . . . . . 3 1
O s tipos m óveis - a im prensa 2 4
A s coleç õ es m onásticas 2 2
A s prim eiras coleç õ es 2 1
2 . E M B U S C A D A I D E N T ID A D E P E R D ID A 1 3
U M Á R I O8 1
8 . S E Q U E N T IA 1 1 5
D iversidade sociocultural e inform aç iio . . . . . . . . 10 3
E m busca de um conceıto de " a ção culturaľ
"
. . . . 9 5
Inform aç iio e aç āo cultural 9 4
C riar dem anda 9 1
A tender aos que sabem o que querem . . . 9 0
A dem anda a[ender e criar 8 6
In ĺ orm aç iio para corporaç ōes e negócios . . . . . . . 7 8
O cidadāo . . 7 2
O s universitários . . . 6 5
O s estudantes . . . . . . . 6 1
A s crianç as 5 6
A internet
B I B L I O T E C A
em constante aperfeiç oam ento .
para m anter viva a m em ória da hum anidade, form a essa
do (e de registrar- o - que- foi- im aginado) é a form a possivel
buscar- o - que- foi- guardado e de guardar- o - que- foi- ? ? registr
? ?
. 
dade possa ser perfeitam ente localizável. E ssa atividade de
a preserva com o a organiza de tal form a que a m enor ? ? un
sob a adm inistraç ã o de pessoas especializadas que nã o sd
a m em ória da hı]m anidade, para que nã o seja perdida, e stá
vernas ao livro virtual. T oda essa produç ã o , c o m o s e fosse
truída pelo estudo desses registros dos desenhos nas ? ? c
? ?m ais pífia reflexã o . P arte substancial da histó ]. Ia é ? ? con
dar na m em ória e com o resgatar dos grandes tratados à
tagem de letrados e, e m paF alelo , descobre- se com o ? ? gua
tro . A um enta a populaç ã o , a m plia- se a ? ? porc e
? ?progressivam ente, e n c o n tra su a s form as de ? ? regi
biblioteca nã o acabou . O pensam ento hum ano ,n LĦ
?E Q U E N T I A
工
1 0
dade, P assaram a indicar o grau de riqueza de um a ?? s
oci
denom inadas " bibliotecas" _
, pelo seu tam anho e ? ?
vari
A s coleç ōes - que num determ inado m om ento foram
um a perda.
reinventando o im possívet. D e qualquer form a, haveria
m inhos deveriam ser refeitos - recuperando o possível e
branç as e recom por o perdido . D e qualquer form a, o s ? ?
c
da dos outros ou fundam entar- se nas suas próprias ?? l
e
P rejuízo com pleto , re sta ria recorrer à m em ória ? ? organiz
haveria perda da m em ória . Às vítim as, para escapar do
seria grande o prejuízo um a vez que, destruído o registro ,
te um a guerra , o a n ta gonista ineen , diasse a coleç ã o alheia,
um periodo histórico , de um P O V O . S ( , porventura, ? ? dura
ria . C ada um a guardava parte da produç āo intelectual de
e algum as foram im portantes elos entre etapas da ? ?his
t
A s coleç ōes, c o m o te m po , passaram a ser referenciais,
trar m ais do que supunha existir.
algo , a lém de achar 0 que deseja, 0 interessado pode ? ? enco
um desses locais é visitado por um curioso à procura de
do coleç ōes e criando serviç os a elas vinculados. Q uando
consideraram m elhor juntá - los em um único lugar, ?? fo F m a
hom ens, a s c idades e os países, durante séculos de história,
Para facilitar a ordenaç iio e o acesso aos registros, o s
cartado , por precauç iio , guarda e zela .
m em nāo sabe o que deve conservar e o que pode ser ? ? de
ou nos labirintos das bibliotecas. N o entanto , c o m o o ? ? h
trado deve ficar na m em ória dos grandes bancos de dados
de sua própria produç ìio . N em tudo que é pensado e ? ? regi
de registros, to rn a n do o hom em pequeno e confuso diante
tos, n u m o u tro m o m e n to inverteu - se o jogo houve excesso
sendo arduam ente procurados pelos hom ens m ais ?? inqui
Se num m om ento da história os
. 
R egistros eram raros,
porque os hom ens p rm sam repn 
· úr o pensanìenM cnz
lìrcscinJ i
'
\ cl. H avendo registros, havera um a bikl la tcca .
culìr de geraç iio a geraç iio 0 saber identificado com o ??
i
registros, m a s o e sto que da lem branç a que possibilita ? ? v
e
prevalece a fala nos grupos ágrafos. N āo há a coleç iio de
da tradiç ã o oral, da m em ória coletiva . N a falta das letras,
vetor de transm issāo do conhecim ento é a fala , c ria dora
incom um . N essa circunstâ ncia, o grande e quase único
posse de poucos, u m pequeno acervo é raro e um livro
regiōes m ais pobres o u onde os m uitos 
bens esto sob a
derosa do planeta e isso nã o é m era coincidência . Já nas
dade que a construiu é, a partir do século X X , a m a is ? ?
p
registros reais do trabalho intelectual do hom em . A ? ? soc
i
do C ongresso , e m W ashington , o m a is am plo acúm ulo de
construç õ es. O exem plo m ais saliente disso é a B iblioteca
nuciosam ente organizados e conservados em gigantescas
os países m ais ricos criaram espantosos acervos, ? ?m
reriam as perdas de elos e o retrocesso .
lhicas adotadas por grupos sociais, provavelm ente ? ? oco
passe adiante
"
. Se isso nāo fosse seguido po r m eio de ? ? p
entre as geraç i)es fosse determ inado
"
c o n heç a, a m plie e
â m bito do saber identificado com o necess irio . É com o se
antes de tudo , tiveram o papei de iniciadoras do jovem no
aulas voıiteis, foram erguidas bibliotecas perenes. E las,
aprofundam ento m ixım o em áreas distintas, a o lado das
nam . E m cada unidade de ensino , das prim eiras letras ao
dc conhecim entos essenciais que as sociedades ? ? dete rm
nores fo ram criados para integrar os jovens nos cam pos
a preservaçio dos registros de sucessivas geraç ōes, o s ? ? m
sucial. Se os grandes acervos tınham com o funç io b isica
m inado rcrn tório revelava seu grau de desi nvolvlm ento
J . ldĽ , Ľ U n tim ero de unidades esp llhadas pnr um ? ? Jete
I Z
der o que ele próprio criou .
do hom em , o grande desafio e jogo hum ano para nã o ? ? pe
cado , m a s, n a e ssência, perm anece com o a aç ã o concreta
as operaç ōes de acesso à inform aç ã o e até tem o nom e ? ? t
r
acabará. M uda a sua configuraç ã o física, tra n sform am - se
nece com o fator essencial do desenvolvim ento . E nunca
ordenam ento da produç ã o intelectual do hnm rm , ? ? pe r
m
real ou virtual, e n quanto concentraç āo de esforç os de
geraç ô es anteriores acum ularam . P or isso , a biblioteca,
com o transferir para a geraç āo subseqüente tudo o que as
todos os acervos reais ou virtuais os hom ens nã o teriam
idéia quem sabe m ais, dom ina m elhor. Se desaparecessem
rios -
" inform aç āo é poder
"
_ esteja fundam entado nessa
Çōes. T alvez, O c o n hecido grito de guerra dos bibıiotec ? ?
P atrim ô nio hum ano segm entado em grupos, rribos, ? ?
n
rede. O que m otiva esse esforç o é o desejo de proteger o
çōes que circulam pelos m ilh õ es de com putadores em
presente tanto nos acervos prim itivos quanto nas ?? info r
m
tenham êxito nessa busca . E ssa idć ia de organizaç iio está
que se deseja, m esm o que só o proprietário , o u poucos,
de algum a form a de organizaç ã o que perm ita encontf ar o
O que define a condiç iio de biblioteca é a existência
das pessoas. É um a outra form a de biblioteca .
novo tipo de acervo
- o m aior já colocado à disposiç ã o
até chegar ao texto 
virtual, que form a, n a internet, u m
caracteres ao papel, passando pelo p
apiro e pergam inho
to. por isso, form aram e form am coıcç ōes da 
argila com
do , dissem inando - O para garantir 
a posse do ? ?
conhec ime
B I B L I O T E C A
1 3
de registros, o ra c riando um sinal para reĺerir- se a um a
lugares distintos do planeta, desenvolveu diversas form as
se iniciou de form a sistem itica . P or séculos, o hom em , e m
trumento de poder. N ão se sabe com precisāo quando isso
da própria produç ã o . O código de acesso sem pre foi ?? in
que ele próprio e os seus pares nāo se perdessem no caos
da, co n hecida por alguns m em bros da com unidade, para
a um a tarefa obsessiva estabelecer um a ordem ? ? codific
the interessavam , e c o n íorm e suas necessidades, deu início
encontrar cada um deles, e specialm ente aqueles que m ais
de organizar elem entos , liĺerentes para depois conseguir
m ais antigos. O prim eiro j
-
tom em que tom ou a iniciativa
O s atos de amlazmar e achar siio anteriores aos registros
tanto a tm l u bleto com o a um a inform aç iio .
sequente n ,io perder o guardado . Issa se aplica
avendn necessi(.laclc de guardar, haveri o atoĮ İi!
I D E N T I D A D E P E R D I D A
B U S C A D Aiw ıM
l4
Pessoal ou benefício do grupo , procurarem o que, de ? ?
a
tros indivíduos que, n o presente ou no íu[uro , por desejo
seus recursos m nem ć) niros para achar, m a s pensa nos ? ?
o
cria cddigos de localizaç āo . E nāo só faz isso usando os
seri incapaz de reter na m em ória os cam inhos de acesso ,
encontri- ]os com m aior rapidez, a pessoa, percebendo que
acúm ulo de o bjecos, de escritos, e c re s c e o desejo de
as posses de um indiv ĺ duo aum entam , e isso se traduz pelo
da escrivanjnha "
,
"
a c a r ta esti na pasta cinza
"
. . . Q uando
cursos da m em dria:
"
[ a l caderno esti na segunda gaveta
im previsíveis. " A ra achar o que deseja ver ou rever, u sa ? ? r
estanres, gaver3 5 , a m l irios c a[é m esm o em lugares
tos que 5 6 para ela [ ċ m sen tido esciio espalhados por
versos, álbum de ĺ otngrJ t
'
ias, diirio , c a rta s , papéis e ? ? obj
nos para ela pn)pria . seus livros e revistas, guardados ? ?d
as suas lem branç as, 5upu' "mente estari acessivel, a o ? ? m
sua vida, além do que pennanece na m em ória , ĺ nrmnndo
O que um a pessoa acum ula de int
'
orm aç iio durante a
teĽ idu , que ė a pn\ l, ria h istö ria Liu pensanlento hum ano .
I'" um o r o , fnm 1 A ri um a .lĽ nsa rede entre os textos, u m
e a pmduçiio dc um cal' irnl q lie, logu depois, s e rá apossado
dc pm d uzir sell p H \ i" i u tex to . O recehim ento de heranç a
escritos em dit
'
erc. Tes ė pucas, c o m bina c depura- os antes
gistros um in .liv ĺ duo , co n hĽ ccnd o tex to s q ue fo ram
te, dcscm . M : cu a aqāo v jm l dc crb r w ntes entre esses re
, lı】 J . C um cntos em nlim cro ca L In vcz m aio r. ? ? P aralel ame
a anotar slias rct
'
[ex(ies, . IĽ sĽ . bĽ rtas e em oç iĵ es, ? ? produz i
, (n letras, . íbhn, palnvras e t raws o ı [utıto sû pı?/ıs passou
1 : . m , . E n tln rn[n r da prt\ prin evo luç iit : tlu hnnlem . . ?? J unta
erica, dita ro n. T ica , Ucsenvolvida progressivam ente e, ? ? t a
descnbr ; u quc os sons pud Ľ riam ser sinalizados, c riou a ? ? e
aç āo ora um sinal para tlĽ signar u m a palavra . Q uando
1 5
dem de toneladas de livros am ontoados ou de m ilhōes de
m aterial. C om a habilidade especial de ordenar a ? ? des
o
pela escrita e com preendiam a necessidade de ordenar esse
gam inho . C ertam ente, íoram aqueles que se interessavam
habilidade de ordenar tabuinhas de argila , papiro ou ? ? pe
N āo se sabe, e x a ta m e n te , quando surgiu e fixou - se a
dentes fossem determ inantes do pensam ento subseqüente.
zar esses docum en tos, ĺ azendo com que os registros ? ? prec
capacidade de registrar o pensam ento , a prendeu a ? ?organ
se período , relativam ente breve, o hom em em paralelo à
ınjquinas o salto foi curto poucos m ilhares de anos. ? ? N e
dra , a rgila , papira , pergam inho e papel m em ória das
m eiros registros de aç ōes e reĺ lexōes 5 , io recentes. D a ? ? p
hum ana um a vez que a pré- história é m uito m aior. O s ? ? pr
A história do hom em é parte reduzida da trajetória
todos os cérebros m ortos.
prD duç .io hum ana, a gr. 1 n d. M em oria que m am ém vivos
integram - se num com plexo que se constitui no m apa da
achar o que precisam . N esse sentido , a c e rv o s e códigos
acum ulado anterin rm entĽ , m a s ta m bém os m eios para
rĉ - In . A s geraç ōes em seq Ĺiė ncin nin só recehcm o que íoi
m a , pode n . In ser um h Ľ m cm si, m n s é a possibilidade de
rar 0 que nele se encontra . A chave de acesso , dessa ? ? fo
aum enta C quanto m aior Í o r, m a is diĺ {cil se torna ? ? recup
vam enre, to r n a r - se tìtil. IJ e geraç iit) em geraqiiu o esto q ue
ser reorgnnizado , c o m gnstos e pcrLìa de tem po , para, ? ? n
provavelm en te , se perderi. N esse caso , o depö sim deveri
esse
"
e n Ĺ lereqa
"
, por um a desgraç a, íor esquecido , o bem ,
de dos m eios para achar no palheiro a agulha desejada . Se
cessidade de controli- ıo , a u m e n ta ta m bém a ? ? c omplexid
na m edida em que um depósi[o de bens cresce, e há a ? ? n
gum a form a, c o n sideram im portante. E m outras palavras,
E M B U S C A D A I D E N T I D A D E P E R D I D A
ï ó
que o curioso sabe do que precisa .
de um guia, que diri com o chegar ao que é preciso - se é
deseja saber, perante essa esfinge m onum ental, precisará
res especiais tende a ficar quedo e pasm o . O sujeito que
ses, P alavras e letras, qualquer leigo desprovido de ? ? pod
cada um deles com centenas de p iginas cobertas de ?? f
r
nāo
'
sabes se sairis
"
, diz E co . F rente a m ilhōes de livros,
grande labirinto , signo do labirinto do m undo . E ntras e
um m undo com plexo e m isterioso
" A biblioteca é um
riosa do biblio tecirio do convento , que levava a chave de
N o/Tı? da R osa , de U m berto E co , e m e rge a figura ? ?mist
restrita aos iniciados em m istė rios transcendentais. E m O
do saher, c e n a m e n te u m s a c e rdute, pois a escrira estava
e m ais se ĺ irm ou colno llm devotado e estranho guardiã o
a5 incursōes dos curiosos p , lo universo do conhecim ento
racterizo u co m o um o rgun izador que existia para facilitar
do R enasciınenru , J ĺigur. 1 山) hibliorec irio m enos se ? ? C
D urante séculos, pela m enos da A ntigu idade ao inicio
do as rew as.
correr 0 risco dc ser afogaJ o po r eles, e sta v a ? ? es tabelece
tlo m inar . R q ucle m u n 山 ] U Ľ sinais descn hados à m i o sem
res dc m lo x, lili c o n to ll a u n ia v isita a sua engenharia para
auxiliar C o m o t
'
azil P A ra m anter 0 controle sobre ? ?milh
priniciro rganiınJnr, ta lvez d Ľ pap irn s, e x plicou a um
pen n itıam a ( )l, tť n q . In tln
"
c ri L Iercqo
"
c o r r e to . Q uando o
coleç ã o , m a s n o U 【) niihin tJ e n o rm as e p m cedim entos que
dade estava resp. R ldad . 1 n , in apenas no conhrç im ento da
ravam cm hihhm cm s um dcternú nado hvro . E ssa habih
m ana encarregada de tacilitar a vida de todos que ? ? proc
tem po deu
- se o nom e de
" bib]iotec irio " a e s s a ĺigura ? ? h
receu a chave das coleçĵes. N um dererm inado período de
sitts na internet, e s sa figura h um ana d u rante sécu lo s ? ?of
B I B L I O T E C A
1 7
biblioteca estava em transe.
dúvida so bre o perĺil do pnfiwinnnl é porque a pn ĵ pria
tidade, s e n iio perdida, pelo m enos em baç ada . E se havia
nais e as escolas que os fu rm am saíram ii procura da ?? id
e
se m om ento de perplex idade e confusāo , e ss e s ? ?profiss i
questōes estraić gicas de em presas e governo s. A partir ? ? de
n ô nim o de poder e a inform aç , io ĺ oi lqada à esfera das
num a sociedade em que 0 conhecim ento passou a ser ? ?
s
qüência , do bibliotecáľ ia . N iü haveria m ais lugar para ele
conp do hni p ń ×hno dn hvm , da bM oæ ca e, e m c o n s e
Na U lrim a década da séculu X X , u m r u m o r forte deu
e, S vezes, dogm as.
m idLr e cerceia . E le im pô e nonnas, m gras, procedim entos
vero , o rdenado r e uctalhista ĺ ( z dele um a figura q l】e ?? int
cohtrtas. v 'las, Uc um m uJ u cral, O S e u perfil zeloso , ? ? s
guia do s prim eiros passos no exercício da leitura e das ? ? de
rinto . Às vezes, c le su rge, re m o ta m e n te , n a inncia com o
nal é ]em hradn pnr prestar aiu LI. 1 n a c a rn inhada pelo ?? lab
boraç iio 山 ) trabalho . E m outras palavras, e s s e ? ? profiss i
"
s e m O qual
"
a s dificuldades seriam m aiores p ara a ? ?el
universitirias nāo é raro ver m encionado o no m e dele,
é lem brado . N os agradecim entos que precedem as teses
ii leitura . E n- l v irias circunstāncias da vida o bibliotec irio
com o o ser que lê e Facilita aos autorizados a ]er o acesso
E sse secular zelador de livros fixou - se no im aginário
E M B U S C A D A I D E N T I D A D E P E R D I D A
ig
carta ao e- mai. N o entanto , n u m a perspectiva de tem po é
é obrigatória pelas norm as de relaç ã o entre os hom ens, da
nos exercícios e provas de redaç ã o . H i, a inda, a esc rita que
tóricos, interpretar obras literárias ou expor o que pensam
escolar e provas para m ostrar que sabem narrar fatos ? ?hi
que silo alfabetizadas, o s adolescentes que fazem trabalho
está a tarefa de escrever por obrigaç iio todas as crianç as
com precisāo . A m aioria Iê ; poucos escrevem . E xcluída
poucos sāo capazes de criar um texto para transm itir algo
seguem decifrar a escrita e apreender o seu sentido , m a s
fazem , é com dificuldade. O s alfabetizados do m undo ? ? co
usam a escrita para expressar as suas idéias. E quando o
untar palavras para transm itir algo . Siio poucos os que
sabem ler, u m segm ento m enor poderia ir além
m ar palavras e extrair delas um sentido , o s que
a parte da hum anidade que junta letras para ?? fo回
L H A N D O P A R A T R Á S
3
Z 0
m inuindo o abism o entre o ler e o escrever. N o século
de com unicaç āo pela escrita assum iu outra dim ensiio, ? ?d
duo pode ser leitor e autor de m ensagens, a c a pacidade
com o na rede m undial de com putadores qualquer ?? indiv
nela, to da a com unicaç iio necessita de im agens e textos. E
ver am pliou a sua im portźincia com o uso da internet
tāncia . N o entanto , nāo só a leitura, m a s o a to de ? ? escr
acreditou - se que a leitura seria dim inuída em sua ?? impo
dos os segm entos da sociedade, inclusive analfabetos,
dissem inados - que fazem chegar as suas m ensagens a ? ? t
C om o rádio e a relevisiia - v e icu]os extrem am ente
que produzem m ais riqueza .
alfahetizadas. E stas, c o m o r e gma, siio as m ais opulentas e
ganda à existência de soci( dades qllase to talm ente
ses conseguem Į aranrir altos indices de alfahetizaç iio , ? ?ch
clu ĺ dn do em pregu e ,ios bons salirios. A ssim , m u itos ? ? pa
letrado ć passapun e b isicu para o ind iv ĺ duo nāo estar ? ? e
ter ah ns ind ces dc ah aheú zaç āo . A incusjo no segm ento
[a . A pnrtir do st · l u lu X X to dos o s países se esro rç am para
soĽ iuJ ndc Ľ tenh , 1 a c e s s o a o s h( nefíĽ it)s q ue ela ? ? possibil
t11q. Itì 1 · · isica du hu m em , e sse n cial para q ue ele viva em
pcrcń e sc q LIc A h . ì H IH LLH]C LIC lcr passou a ser um a con
X n entanto , 5 o o o lhar rn r J n presente para o fu tu ro ,
ĺm r pJ l, w r a s c 
'
r. M s .
山) cani 0 senti. It) , · lllĽ d A vam ao ato de juntar letras e ? ? c o
m ancom un ldns com tu rç ns b[ nć ĺ icas O U m alć ĺicas de ? ? aco
n donń n ? das ? ras era aç āo óe sń hÆ , m ágicos, ta lvez
to a reduziL Ios sĽ pm cntos dns po vos. ľ louve tem po em que
de escritores. D urante sć culus, lcr e escrever estava ? ? restr
cionalm ente, m e n o r ć o núm ero de leitores e, e m e special,
se olha para trs . Q uanto niais se recua no tem po , ? ?propo
possível perceber q ue o s alfahetizados dim inuem quando
B Ï B L ıO T E C A
Z I
tender o tem po e o espaç o , o s fatos e a cultura das regiōes
clim a propício , ficaram registros fundam rntais para se ? ?
e
roladas em torno de um a haste. Sobre ele, c o n se rv a do pelo
escrito em colunas, form ando faixas de v iF ios m etros, ? ? e
papyrus, a bundante nas m argens do R io N ilo . O texto era
ram esse prim itivo papel feito com as fibras do C yperus
tras form as de suportes. E g
. pcios, gregos e rom anos ? ? us
guidade foi o papira , c u ja existência foi simnlrinea a ? ? o
A base de registros que m ais se dpw nvnlveu na ? ? Ant
que pudesse ser significativa .
instintiva de poder utilizar v irias vezes um a inform aç źio
biblioteca o resultado do dese]o e da necessidade quase
ordenasse as tabuinhas. A í está a idéia m ais prim itiva da
sujeito , ta lvez m enos criativo , m a s e n genhoso e paciente,
produzindo em sć rie os seus textos sem que, a o lado , u m
tar perdida se houvesse um grande n ïìm rro de esrrihs
em argila ou sobre a tabum ha coberta de cera, poderia ? ? e
erica que existiu antes de C risto , pacientem ente registrada
nāo encontrivel, n a prtica, é igual ao inexistente. A ? ? e
de biblioteca. O hom em registra para rete e o registrado
essa atividade de ordenam ento estabeleceu a na ç ã o b isica
hom em fm capaz de percĽ hcr isso c de colocar em pritlca
sāo aç ōes sim ultiineas e pnralclas. N o m om ento em que o
P roduç iio e organizaç iio do produto a ser preservado
A s P rim eiras C oleç ô es
veiculá- los.
m ente, to rn o u
- se ficil e gratificante produzir textos e
hom ens lêem . E les tam bém escrevem , pois, ? ? progresst
v
X X I d. C . , n as sociedades ricas, n ão só por obrigaç āo os
O L H A N D O P A R A T R Á S
Z Z
apesar de caro . D e início , seguiam o form ato dos paptro
s.
ca de m il anos foi o m aterial m ais utilizado para a escrita,
gam inho , quase sem pre produzido nos m osteiros, por ? ? c
e
a pele curtida de anim ais com o suporte da escrita. o ? ? p
e
im possibilitados de obter o papiro egipcio , passaram a usar
P or questōes econô m icas, o s habitantes de P érgam o
A s C oıeç ōes M ünásticas
zaç . Io , s o bre a qual m uito pouco se sabe.
]o . o número de vo lum es exigia u m a determ inad a ? ? organ
identiíicar o conteú L ļ u sem q ue ĺ osse necessirio desenro ļ ń -
eram colocados sobre estantes, te n do um a etiqueta para
atć entiio . N as bibliotecas da R om a A ntiga, o s papiros
depois de C risto , e lim inandn - se o m aior acervo existente
niente durante um a guerra , provavelm ente no século V 1 I
los. E ra local d Ľ enco ntro de sábio s. F oi destru ĺ da ?? inteir
E gito . SegLindo co nsta , Ľ x istiam lń cerca de 7 0 0 0 0 0 ? ? r
conhecid A b ib li? reca 山 八 ntiguidade n de A lexandria , n o
U m n vasta cn leq, io dĽ ro lo s de papiro existia na m ais
pod eria n io st\ ser o uvido co ın o lido .
rad . 1 s ]ircririas. O teatro W Ľ gu Ĺlc Į . u r ípides, p o r cx em p lo ,
dĽ pM , r o m a n o s rw n raranl m W m ú ras n hras co nsidc
esse rúw m su l' " rtc q w o s ĽppĽins I u rnech m . G rew w e,
quc unl tcxo n ñ n 1 , w se m u i n hnw , p? . 1 v M n s ro m .
enro lar unia cxtrem id nd c c , lĽ sen m lar a o u tra . M esm o
nava sc ncĽ css
ĵ ? um a cera hnhM d ndc I
'
Ń ca dn IM o r.
P oderia ser apresentad . 1 c m virir vu lum cs. para Ić - la ?? to
rn lo de papira deno m inava - se uoíınıten . U nia ohra
hier[igliĺ üs e o utras carernrias de escrita .
onde, durante séculos, fo ram fabricados e co hertos po r
B ı B L r 0 T E C IL
2 3
tivas universidades. O xford , Sorbonne, pioneiras, tiveramtem áticos, e m paralelo ao desenvolvim en to dessas ? ? pr im
bito da religiosidade e avan ç am por outros territórios
O S P O V O S cristiios do O cidente O S livros extravasam 0 ? ?
â
caracterizou - se com o o inicio de um novo m om ento para
ordens religiosas, m a s a c a m inho da laicizaç ã o . E sse fato
surgiram as prim eiras universidades, a inda sob a tutela de
A inda na Idade M édia, já na direç āo da R enascenç a ,
nas em busca de um texto inexistente.
essencial para que nāo se perdesse um a viagem de ? ? s em
livros das bibliotecas, prim itivas bibliografias, passou a ser
vessando a E uropa em busca de um a obra . A relaç ã o de
peregrinos da leitura iam de m osteiro em m osteiro , ? ? at r
longos cam inhos, para ter acesso ao códice precioso . E sses
interesse de estudiosos que para lá ocorriam , percorrendo
talvez únicas, que pertei
-
1clam a um m onastério atraíam o
dade de suas bibliotecas. D eterm inadas obras, cópias raras,
m onges contabilizavam o seu capital pelo tam anho e ? ? qua
l
clusivas dos religiosos e n , io se destinavam a leigos. O s
aceitos por elas. L er e escrever eram habilidades quase ? ? e
m itava - se aos qlie pcrtencram a o rdens religiosas ou eram
O acesso a esses acervos guardados nos m osteiros ?? l
rom anos prodm . Iram no cam pn do pensam ento .
portando para sć culos in ais recenm s parte do que gregos e
pergam inho íoi a ponte entre o papiro e a im prensa , ? ? t r a n
tos, preservavam - se as grnndes coleqōes de códices. O
m ente os beneditinos, re z a v a m , c o piavam e ilustravam ?? te
za. N os m onastérios, o n de m onges calígrafos, ? ? principa
foram se im pondo , inclusive com o bens preciosos da ? ? real
senta o form ato de livro . A os poucos, e sse s livros artesanais
ra e encadernadas, form ando o códice, o bjeto que já ? ? apr
posteriorm en te, o ro lo deu lugar a folhas presas por ? ? cost
O L H A N D O P A R A T n A s
z4
am pliaç ã o do uso da escrita : deixando a exclusividade
O papel, m a is barato que o pergam inho , perm itiu 
a
bF icado na E uropa a partir do século X I II .
do à caligrafia e ilum inuras. O papel só passou a ser ??
f
m inho , m a te rial m ais nobre, re sistente, durivel e ? ?adequ
disso do texto . N āo havia m otivo para substituir 0 ? ? per
g
papiro aperfeiç oado , e a im portâ ncia sagrada ou próxim a
bilidade entre o papel, feito de trapos e restos vegetais, u m
suporte de textos copiados a m iio . H avia um a ?? inc ampat
viram utilidade nesse produto : p arecia m uito frigil com o
folhas capazes de substituir o pergam inho . O u , ta lvez, n ão
nhecer a possibilidade de transform ar panos e vegetais em
O s europeus, portanto , durante séculos, ficaram sem ? ? c
de M édia, iniç inlm enre pela E spanha, tra z ido pelos irabes.
desde 0 sécu Į o I I d . C .
, 
e entrou na E uropa no final da ? ? I d
com o 0 novo suporte para a escrita . Já existia na C hina
D epois do papiro e do pergam inho , o papel se fixou
O s T ipos M dueis - a į ınprensa
reca o cariter de espaç o de liberdade e de conhecim ento .
apontavam para novas pr. Iticas que deram para a ? ?bibl i
A s biblio tecas universitárias pré- renascentistas já
to da leitura seiT 1 que os leitores usassem a beca.
revestia - se de tal im portiincia que n , io se entrava no ? ? rec i
quıtetura e nas aç ōes de seus freqüentadores. O ato de ler
carregavam , fortem ente, a a tm o sfera religiosa em sua ? ? a
dessem ser levados às m esas de leitura. E ssas bibliotecas
P resos por correntes às estantes, m a s de m nneira que ? ? p
- copiados à m ã o e ricam ente ornam entados - ficavam
grandes bibliotecas. O s livros, de acordo com o seu valor
B ! B L 1 0 T E C A
zj
fator ignorâ ncia com o condiç āo de dom ínio foi sendo 
? ?a
face ii m aior acessibilidade do livro . P rogressivam ente o
m uito m ais autores porque crescia o n
úm ero de leitores
m ento das letras e à absorç ã o de conhecim ento . Surgiram
P el e im presso - acabou sendo um estím ulo ao ? ? conhe
c
E ssa nova situaç āo de acessibilidade do livro
- de ? ? p
te m aiores.
P rofano pela reproduçio e pelas tiragens ? ?progressiv am e
nuscn to de poucos, re v e s tido de sacralidade, to r n o u - se
tura e niio , a penas, P elas prédicas eclesiásticas. o ? ? m
que tam bém nio sabia ler, J i puderia ser co nhecida por ?? le
B íblia, a n te s c o piada ń m iiu e, por isso , distante da plebe,
ser utilizado por segm entos niais am plos da populaç iio . A
sí\ el. O que era particular ao clero e aos no bres passou a
perplexidade para o eu m peu . O raro e caro tornou- se ? ? ace
de obras disponíveis. F ui um m oınento de transiç āo e de
que a pele de carneiro , p, rm i[ iu o a u m en to ex tra o rdin irio
m uito niais barato e m ais r icil de ser m anufaturado do
press.io u supn rte pap Ľ l t
'
al, rica dn com fibras v« getais,
m LY vĽ is, tui po ssĺ ve] ıì1ontar e dusm o n ta r m a trizes de ?? i
cont criu ao pnp Ľ ] a sua imlmr[nĽia. C um o uso de tipos
sem inaç '" d ? co nhĽ cim ento .
-
I
'
alvez tenha sido ela que
crem entar o harateam ento da pro Liuç iio livros e a ? ?di
A nwrcnsa LIC G menhcr surw u , c H ń o , para in
naoo nrÆ . nnr. 1 .
se unl hcni prw rev? vnm eM e n? s acessvd e dc dssemi
pm priedade de no bres c U e ordens religiosas ricas, ? ? t o r n o
circu ï aç iiu dc idéias. D e um hem para iniciados, c a rissim a
ç a, prujetou - se com o um instrum ento fundam ental para a
as transĺ ormaqjes da sociedade européia da pré- ? ? R enasc e
que produziam a sua pro pria có pia de texta s. O livro . c o m
m on istica, passou a ser usado por outras categorias sociais
O L ııA N D O P A R A T R Á S
2 6
duç ã o de obras. E m m enos de duzentos anos passou - se da
novo fenô m eno a possibilidade de perder- se na vasta ? ?pr
físico para percorrer grandes distâ ncias, depois, su rgiu um
de um título exigia m uita paciência e até m esm o esforç o
Se antes da proliferaç iio dos livros im pressos a busca
X V II, provocaram a m esm a inseguranç a .
político , o s jornais que apareceram no corneç o do século
poucos na sociedade detinham . N o cam po diretam ente
do livro quebraram o m onopdlio do conhecim ento que
rebanho . E m outras palavras, o barateam ento e a difusāo
0 acesso à jnform aç iio m otivaram 0 receio da dispersāo do
séculos. A partir da im prensa, a dissem in 1 ç āo da leitura e
dem editorial e desconfianç a pós- G utenberg persistiu por
o O fício e o ndex Ĺ ıbrorunr J mhń homm. E ssa desor
togo do inferno . A ex press, io disso íoram os atos do ? ? S a
atos pecam inosos capazes de levar leitores im prudentes ao
o poder de vetar obras, to r n a r a m determ inadas leituras
chegou a outros segm entos da popullç iio . religiosos. c o m
do saber saiu dos m osteiros e, de m aneira incontrolivel,
para eventuais interpretaç ō ( s dissonantes. O m onopólio
dentes, a pós a im prensa de G utenberg , c a iu em m . Ios leigas
B ĺ hlia , s e m pr( conservada distāncia dc leituras ?? i mp r
ria snb riF t)ro sa vig ilìncin do po dcr religioso . A pnipria
lando idéias, divulR anda ntYvux info rm aç , ìes . Issn sń ? ? o co
m as espalhavam - se po r outros seto res da sociedade, ? ? Veic
eram m ais precin sidade ţ los m onastć rins ou das co rtes,
? m , a c riaç āo e aniphaqāo de hibhm ecas. O s hvro s nāo
A P roliferaç iio de o bras im pressas determ inou , ? ? t a
m aç ōes na sociedade pré - G utenberg .
pudesse ter ı d isposiç iia um volum e inim agin ivel de in ĺ ? ? o
relig io so s, perm itindo que todo e qualquer alíaberizado
terada . O quasem onopdlio do saber escapou das m āos dos
B ı B L ı 0 T E C A
z7
grafias setoriais, destinadas a grupos de intere
sse ? ? espe
c
das as ireas do conhecim ento , passou- se a produzir ? ?b
ibl i
nâ o se concebia que um só indiví
duo pudesse do
m inar ?? t
brir toda produç ã o editorial teria pouca utilidade, p
ois
capaz de ler. A o ficar claro que um a bibliografia para ? ?
c
editorial. A final, su rgiam m ais obras do que o hom em era
universal, u m esforç o para dom ar o aparente descontrole
Já no século X V I buscou - se criar um a bibliografia
m ente, e n levar- se.
contrar nos livros respostas para suas dúvidas ou , ? ?s impl
e
caos que am eaç ava confundir de vez os que precisam ? ?
e
bibliotec irios a invençin de novos m eios para vencer o
suntos. O aum ento progressivo de im pressos exigiu dos
por língua, depois, o s im pressos foram ordenados por ? ? a
nizar os acervos. 5e antes, o s m a n u sc r ito s e ra m s eparados
dos livros, a s bibliotecas buscaram novas ínrm as de ? ? or g
dada na R enascrnç a som ada à im prensa e ii proliferaç iio
natureza. D entro dessa nova perspectiva do conhecim ento
m ais nas transcendências religiosas, m a s n o h D m em e na
pr 
į jas, iniciaram - se nesse período ĺ èrtiï de revelaç ã o , n āo
suntos. G randes hiblintecas, n a s ın a iores cidades ? ? eu r
clareza na idéia de coleç , io dentro da diversidade de ? ? a
trum ento de conh ccim ento segm entado , re fletiu - se com
dn cariter dos livros, de reliinsn e reservado para um ?? in
e com ar de capela niio eram m ais suficientes. A m udanç a
espaç o físico . A s peq uenas salas co m livm s aco rren tados
has geravam , fm necessirM repensar a hihhm eca com o
Para ahrigar tantos produtos cdituriais que as ? ?tipog
r
m aiores.
aquele que, de algum a form a, dom ava os acervos cada vez
inform acional
"
t e n ha se ĺ ixado a figura do bibliotecário
escassez ao excesso .
'
Talvez nesse período de
"
e x plosã o
O L IT A N D O P A R A T R Á S
z8
rária perm itia . O livro deixava de ser um a obra ? ? revere
texto e figuras, de sentim entos, e m o çõ es que a obra ??li
t
base era o registro do conhecim ento ou a fixaç āo , e m
ceu intensam ente. Iniciava- se um a nova indústria, c u ja
co séculos pds
- G utenberg esse ram o de negócios ??flore
na aquisiç ã o , s e ria necessirio criar esse público . N os ? ?c i
vender. E m esm o que nio houvesse ninguém interessado
Se havia alguén7 para com prar, deveriam existir dois para
produto , e n tra ra m n o c a m po das transaç ōes co m erciais.
U m outro m otivo os textos im pressos, c o m o qualquer
A produç āo e disqrm innç ã o de livro s cresceram po r
com putadores no final du século X X .
ferência até pelo m enos o dscnvolvimento da rede de
tuai e de sua dissem inaç iio foram f atores de m útua ?? inte
R evoluç iio I ndustrial. A velo cidade da produç iio ?? intele
nos, a c riaç iio e desenvolvim ento tle ferru vias no hoja da
velocidade da produqiio d【) S p esq u isadores - a tć , pelo ? ? m
de anw ais deer?nava unia lenń dāo incom pa? vel com a
ainda , dus transpo rtes distribuir os im pressos no lom bo
de m anter os espceialistJ s atualizn · lo5 . H avia a barreira ,
revistas, puhlicaç []es periJicas, c o m o u m a possibilidade
um novo assuntů , u n ia J Ľ scüberta . S urgira m , e n tão , a s
tem po do processo de fJ b ricaç , io dn livro para d ivulgar
Ph dispcrsāo dos hvm s, n ĵ u n rÆ se ria p n sdvd esperar o
M esm o com a ve]nciLIaLIe d u pro cesso ţ rifico e a ? ? a
das casas ed ito ras.
Se niio tosse assim , se ria im possível do m inar tudo qu e saía
era possível red uzir o nun7ero de livro s a ser co n hecido .
Por especialistas. D essa f o m ia , co n ĺ iando - se no resenhistu ,
tem po com obras pouco signiĺ icĵ tivas as resenhas feitas
aos leito res um a nova possibilidade de evitar perda de
tico . P osten orm ente, a s bibliugra ŕ ias passaram a oferecer
B l B L r 0 T E C A
z9
O cam inho escolhido para tornar um a bibli
oteca ? ? períei
t
custos, pode ter um a utilidade aquém dos i
nvestim entos.
tiria . Isso , a lém das dificuldades operacionais e dos a
ltos
incorporar em suas co]eç ô es toda a produç āo 
? ? doc ume
A lgum as poucas bibliotecas adotaram a política de
nāo ter o necessário .
acervos correm sem pre o risco de ter o q
ue nāo devia e
tos e com o a aplicaç iio deles pode oferecer problem as, o s
C ritério . C O m o nem todos os critérios sźio os m ais ? ? corr
determ inado acervo . Selecionar é escolher co m algum
cas a seleç ã o das dncum entos que viio form ar um
giu um cam po fundam ental na o rganizaç iio de ? ?bihliot
sos ou publicava
- se m uira inutilidade? D essa dúvida , ? ? su
o conhecim ento do hom em expdn clia
- se com o os ?? impr
e
E m m eio a ta】 p m duç , io pn LIcria ocorrer a pergunta
bibliogrifico
"
.
cretizar o seu nhjetivo , perĹlen clu - se no cham ado " c a o s
nizaç iio . E nfim , u m te x to c o rria n sério risco d e nìio ? ? c o
nados para selecion ń
- ]as e, n e m m esm o , ín rm as de ? ? or g
espaç o suFiciente parn arm a7 en i
- las, n e m c ritérios ? ? ret
hlivnçipS que niin havia recu rsos p ara co m p r i- las, n e m
do conhecim ento hum ano ť x igiam u m n um ero tal de ? ? p
dc or$ 1n iz i- Ins. A s novas dtsco hĽ r[as em tu d as as Á reas
periadicos cresceu [ 1 l ı
'
o n n a L1 llĽ su p ero u a ca p ac idnd e
A produç ĵ o d c im p resso s, livro s c, principalm enrc,
A s G ran . ıes B ibliotectıs, o C an s
m ercado .
va- se cm um produto com o outro qualquer dentro do
ciada pelo seu valo r m aterial e sim bólico e ? ? transío rm
O L ı¢A N D O T R Á S
3 0
m as, o u tro s ficaram sem resposta.
tas, pelo m enos parciais, n o tra n sc o rre r do século X X ,
çiio e de acesso foram problem as que encontraram ?? resp
o
E spaç o de armazmamento e velocidade de ? ?diss emin
estar superado .
aéreos, u m periódico científico , a o se r lanç ado , já pode
dade e a dissem inaç ã o seja feita com a rapidez dos vô os
perados. P or m ais que os editores m antenham a regular
tar um docum ento ou um a série deles porque ji estāo ? ? s
P oucos m eses ou m esm o dias sāo su ĺ icientes para ? ? dese
a
valor m uitas décadas depois de sua ediç iio , n o século X X I ,
im prensa , u m te x to do cam po das ciências ainda tinha
obsolescência do conhecim ento . Se nos séculos iniciais da
outro fator que deve ser levado em consideraç iio a
A lém da grande quantidade de docum entos, há um
form a, perm aneceram com o desa íios.
do , ta n to n a s form as convencionais quanto na ? ?mic r
trum entos de busca para se encontrar o especiíico ? ? desej
m as outras questô es perm aneceriam sem res posta . O s ?? in
cha . Isso poderia resolver apenas D problem a do espaç o ,
de m icroform as. um livro poderia estar contido num a ??f
contrada um a saída para a alta prD duç iiu de textos . D uso
N a segunda m etade do século X X , im aginou - se ? ? e
gráfica de um país.
ganizar a pmduçin dos registros pm duzidos pela irea ? ? g e
Ăs bibliotecas nacinnais ficou a tarefa de )lintar e ? ? O
exeqüível se torna o deseja de ser com pleta .
to m ais um a biblioteca reduz o cam po tem ático , m a is
do universal passa a ser substituída pelo particulaĽ ? ? Q u a
e aos serviç os atenderem ii dem anda especializada . A idéia
nado em partes cada vez m enores, perm itindo aos acervos
m ente útil foi a especializaqiio . O conhecim ento é ?? fraci
B I B L I O T E C A
3 1
nhum tipo de dificuldade para os leitores, a lém da m ais
gavetas m etálicas respondiaà necessidade sem criar ? ?
n
catálogo tradicional com as suas m ilhares de fichas em
bliotecas, por certo , te ria m a inda m aiores problem as. O
P ara trabalhar com a nova tecnologia, o s u s u irios das ??b
à m iquina . Se os bibliotecários encontravam dificuldades
0 que pareceu inviivel foi a possibilidade de consulta
dobram en tos.
talogaç iio , se m u m a percepç iio clara de seus futuros ? ? de
P ara eles com o , ta lvez, u m e x e r c ĺcio pouco pritico de ? ? c
aos com putadores. O s cursos de B iblioteconom ia olharam
insubstituível. A relaçio custo - beneficio era desíavorável
de. O catilogo , para a m aioria das bibliotecas, parecia
P obres, que aquela m iquina pudesse ter algum a ? ?utilid
cirios nāo acreditavam , principalm ente nas treas m ais
P riticas P ara substitln r o ven erand o catálogo , o s ? ?bibliot
vo ]um osas listas im pressas, tra n s po F tiveis, m a s pouco
porte era tarefa para « specia]istas, te n do com o resultado
lidade. C om o , de início , a u s o das m iquinas de grande
bihliotecas, c o m r a ra s e x c e çiŔes, descobrissem a sua ? ? ut
A popu[arizaç , io do com putador ocorreu an tes que as
outras atividades, inclusive no cam po do lazer.
ver e depois íoi s( ndo uti]izJ LJo para desem penhar v irias
C O e in dividuai. D e inícin , s u bstituiu a m iquina de ? ? escr
nho fizeram deles um instrum ento de nm pln uso ? ? d omést
e do rA m anho sim ultaneam ente ao aum ento do ? ? des em
p
E ram grandes e caros. A dim im liçāo progressiva do preç o
pessoais. E les iá existiam , m a s para uso de corporaç ōes.
m ento tecno lógica perm itiu a criaç iio de com putadores
N as duas ń lrim as décadas do século x x o ? ? desenvolv
N ovos D esafios : A I nío rm ática e a I nte rn et
O L H A N D O P A R A T R Á S
3 2 .
da, discutia- se o sentido de sua existência.
elas nem m esm o existiam de m aneira suficiente e ? ?adequ
na sociedade e do destino das bibliotecas. E m países onde
te, u m c e nário de perplexidade a respeito da inform aç iio
desem penhar esses dois papéis. D esenhou - se, ? ? rapid ame
caía a barreira entre o escn to F e o leitor todos podiam
com putador e um telefone p ; 1 ra a co n exiio . A lém disso,
qualquer m om ento por quulquer indivíduo que tivesse um
dos com putadores e esse conhecim ento seria alcanqado a
m aç āo todo o conhecim ento poderia estar na m em ória
com ela estabelecia- se um novo panoram a para a ?? info
e a grandes com putadores, e sta v a desenhada a internet. E
bilidade de conectar esses com putadores pessoais entre si
lus em velocidade ano a ano m nior. A o estabelecer a ? ? poss
arm azenar volum es gig lntesĽ D 5 de iníorm aç āo e ? ? proces
s
evolu ĺ mam para pequenos e potentes en genhos capazes de
redes. E m m enos Ĺle duas dć cadas, a s grandes m iquinas
qüências a in[Crliaç;io desses com putadores, form ando
O tltra pm t
'
ceia H , io rn i ł
'
cirn e essa de graves ? ? cons
lidadc dc uso U a m t · stico e individual.
co lctivam ente, tra n s fo rm o u - se em poucos anos num a ? ?ut
entanto , a quilo LìI Lc u t
'
( rccin U iĺ iĽ uldaĹle para ser usado
elc, a o Uim inuir d Ľ tam anhn . p. ì s s a r ia a ser individual. N o
N o perĺ ndn inicial U n omputadar n , io se previa que
bibliotecas, principalm ente as púb licas.
T alvez esse tenha sido o m o tivn dc seu uso rerardadn pelas
niio se viam grandes vantirgen s n o co tidiano das bibliotecas.
E ntre um com putador que co ntm lava o acervo e o catilogo
acervo , levando o leitor a niio encontrar nele o desejado .
flagrante o cati]ogo nem sem pre refletia com exatidã o o
B I B L ı 0 T E C A
3 3
ao passado para m ontar o seu capital d
e saber, e v a le, ? ? t a
esti na fronteira do conhecim ento e que teve de se rem eter
torno ao que ĺ oi criado . Isso vale para um cientista que
acessibilidade é D que m antém , facilita e aprim ora esse ? ?
r
poéticas - todos em algum lugar no tem po e no espaç o . A
pensam rnto , de um sentim ento , de ftirm ulas ou form as
C onstante retorno ii suA pn )pria criaç āo o registro de um
nheç am os anteriores. E ssa necessidade criou no hon
-
iem o
berta anterior. N iiu h um produto novo sem que se ? ? c
conhecim ento hum ano U ( senvo]ve- se respaldado na ??cles
c
um im prescindível, to do o acúm ulo n . Io teria sentido . O
do entre m uitos som ente os necessários, ta lvez um apenas,
m a, se nāo fosse possível voltar a esses registros, ? ? e s colh e
 x lstlssem 0 rcistro desses atos. D a me sma ? ?for
ĺ u rm as nao seriam aqōes significativas se nio
n ,fa r 0 pensam ent? , e x pressa r sentim entos, c riarĮ
O C O T I D I A N O
I N F O R M A ÇO ,gm
4
3 4
sendo alfabetizado , nāo h i determ inaç āo para que ele leia
.
zem - no cond\rzido. E le m enos faz e m ais é feito . M esm o
escolha, m a s por determ inaç ōes histórico - sociais que ??
f
te, ele tem autonom ia de opç iio . O analfabeto nã o o é por
ciedade em que esti integrado . N esse processo , ? ? ra r am
e
com a inform aç ã o pode definir o seu papel e status na 5 o
-
E m qualquer paisagem social a relaç ã o do indivíduo
espaç o é com o atravessar tem pos histó F icos.
E m países com riquezas m al distribuídas, percorrer o
contem porâ nea da falta de livros.
ferentes foi contem porâ neo do pergam inho , a in te rn e t é
volvım ento . D a m esm a form a que 0 papiro em espaç os ? ?d
num m esm o perĺ odo histrico graus diferentes de ? ? dese
m ente naqueles m enos desenvolvidos, é possivel encontrar
elusive, pode ser heterogė neo num m esm o país, ? ? principa
volvim ento nã o é hom ogêneo entre povos diferentes e, ?? i
P O U C O S anos dissem inou 0 texto virtual. C om o 0 ? ? dese
rıa - prina dos ]lvrns. F inalm ente, n u m te m po reduzido a
de bem m enos tem po para transform ar o papel em ? ? mat
anim ais com o suporte para a escrita e o drspnhn , precisou
ao pergam inho e gastou outros para utilizar o couro de
Se em séculos o hnm em saiu do papiro para chegar
internet.
vascu ï hando o plm cta a bu rdn dos instrum entos da
m ais velhos, percorrendo os labirintos das bibliotecas, o u
buscando os dados de que precisa nas narrativas dos
brevivência de seu negócio . C ada um atua com o pode
para o em presirio que o co nsidera estratć gico para a ? ? s
dante que deseja tirar um a boa nota na prova quanto
B uscar 0 conhecim ento pode ser útil tanto ao ? ? esti
antigos da avo um a receita culin iria .
bém , para a dona - de- casa que vai buscar nos anotados
B ! B L 1 0 T E C A
3 5
condutores de carroç as. O s rios poderiam ser vias, m
a s o
m al. G randes distâ ncias eram vencidas por cavaleiros ou
im pressos face à precariedade do transporte traç i
io ? ? an
A s longas distâ ncias dificultavam a dissem inaç ã o de
bacharéis.
trados concentravam - se num círculo restrito de padres ou
analfabetism o do século x v I ao x Ix eram altos. os ?? l
Som a- se a isso a precariedade da instruç iio . O s índices de
os im pressos eram raros e a sua dissem inaç āo dpficiente.
censura foi feroz. P or isso , n a C olô nia, durante séculos,
para a propagaç āo da fé e para a form aç iio religiosa . A
tos entraram com o contrabando . A s bibliotecas existiam
estavam sob censura e a tipografia, proibida. M uitos ? ? t e
gioso e o político . N as colónias, c o m o o B rasi', o s livros
culaç iio livre de textos - o clero e os nobres, o poder ? ? ret
P or outro , c riou desconfianç a entre os que tcm iam a ? ?ci
xos se, por um lado , pm piĽ io u sua am pla dissem inaç āo ,
A P ossibilidade de pn J duzir livros a preços m ais ? ? ba
N o Į - onzbo do B urro
pensar e agir.
e dem ais fa ntes de intnrrn 1 ç iin , te r m a is autonom ia para
individuo pa LIer. i, c n m a e Ltucaq ; īo t
'
orm ai, c o m a s leituras
vive . Se a m tia ĺ o r generoso c o ferecer nportunidades, o
m inho longo entre n hom em e as circunstincias de onde
revistas e jornais P ara que sejam lidos. H i, e n fim , u m ? ? c
berizado e ter von tade de ler. preciso que existam livros,
da que possam ser estim ulados. N āo basta, pois, se r ? ?al f
conhecer. E O S desejos nio siio m a]e iveis e m old iveis, ? ?ai
P ara que isso aconteç a, é preciso que ele tenha desejo de
A I N F O R M A Ç Ã O , O C O T I D I A N O
3 6
do século X I X é que essa situaç āo m udou .
to exigia um grande esforç o físico . Só depois da m etade
P ernas para se locom over, a dissem inaç iio do ? ? conhec im
e
quanto o hom em dependeu de anim ais ou de suas próprias
im portante estava na concretizaç ã o de seus objetivos. ? ? E
ço , a organizaçio talvez nã o fosse algo fnndammtal. O
P ara esses acervos preciosos, re su ltado de m uito ? ? esfo
e, m u itas vezes, a gressrva .
m ano no espaç o continental de um a natureza exuberante
vam - se com o um a contribuiç āo ao desenvolvim ento ? ?
h
alm a . Ji os livros laicos, m u ito niais raros, ? ? ca r ac í e n z
um a contribuiç āo à propagaç āo da fć e à salvaç āo da
sas, v e n c e r essa s diíiculdades sigrrificava , a n te s de tudo ,
aqueles que os transportavam . N o caso de obras ? ? religi
esforç o dem onstra o quanto os livros eram vitais para
çōes foram form adas, às vezes, e m lugares indspitos. E sse
M esm o com tantas diĺ iculĹlades, significativas ? ? col
do , fosse qual losse.
ultrapasse tantos obsticu]os estava acim a do seu ? ? conte
ou a um a instituiç iio de ensino . O valor de um a obra que
e a perseguiç iio da censura , c hegar a um colégio religioso
vessavam às vezes o oceano para, v e n c e n do as distâ ncias
europeus que dom inavam as técnicas da im pressiio , ? ? at r
bibliotecas percorriam longos traietos saĺ am dos centros
N esse período , o s livros que íorm an am as prim eiras
doenç as ou acidentes.
se o transporte nāo fosse bloqueado por im previstos com o
tuaç iio dem orava m eses para chegar ao destinatirio . Isso
que deveriam ser vencidas. U m a sim ples carta nessa ? ?s
aos problem as de navegabilidade e às grandes distâ ncias
transporte fluvial era tã o lento quanto o dos cavalos, face
B I B L I O T E C A
3 7
conhecim ento . N as cidades interioranas interligadas pela
m ica na circulaç āo de bens culturais e na dissem inaç ã o do
dade das relaç õ es econô m icas, m a s im pô s um a nova ? ?din
??pecnvas agrícolas positivas nāo apenas acelerou a ? ? veloc
que se estendia por todas as regiõ es onde existiam ? ? per
im pressos, n o ta dam ente os jornais. A m alha ferroviária
m enores. U m dos produtos m ais significativos foram os
nufaturas, quase sem pre das cidades m aiores para as
sageiros - antes feito a cavalo . T ransportava , a inda, ? ? m
?tu irias, o tre m foi fundam ental para o transporte de ? ? pa
atender ao escoam ento agrícoll, c hegando as cidades ? ? po
deira nilo faltava para im pulsionar as m iquinas. A lém de
dos nas plantaç ōes que tom avam o lugar das m atas. ? ? M
??construĺ das para transportar produtos agrícolas ? ?produz
vezes, c o m n a tu re z a e x u berante, a s íerrovias foram
E m regiōes que estavam sendo deshravadas e, m u itas
a exportaç āo .
agrícolas aos grandes centros urbanos ou aos portos para
ram - se com a criaç iio Ĺle ĺ errovias que ligavam as regiōes
com o os E stados U nidos, O C anad e 0 B rasil, ? ? benefici
pesadas, a m pliaram
- se. P aíses com territórios vasto s,
trens, a s possihilidades U c transporte, inclusive de cargas
anos. A partir de m uitu l[ n ]7 a q ueim ada nos navios e
dades da traç M annn nl quc prcvaleceu po r nN hares de
sageiros circu
lou em 1 2 5 , u ltra pA ssando as ? ? possibil
século X I X , a partir Ĺle 1 8 0 4 . 0 prim eiro trem com ? ? p
a
? ?depois, n o s E stados U ni, los nas três prim eiras décadas do
em m iquinas com o o trem , iniciou
- se na Inglaterra e,
siderada o início da R e
vo luqiio I ndustrial, que resultou
A descoberta do vapor com o forç a propulsora , ? ? c
o
O T rem
A I N F O R M A Ç Ã O , O C O T I D I A N O
3 8
tiva privada. F ora das escolas, m u ito pouco foi criado ? ?
p
é contem porâ nea dos prim eiros trens ingleses e foi ?? inic
i
A prim eira biblioteca pública brasileira, em Salvador,
çāo agrícola .
da inform aç iio . Isso , principalm ente, n a s ireas de ? ?pro d
porte estavam aptos a increm entar a dissem inaç āo fĺsica
estim ulou e alim entou m uiros leirnres, o s m eios de ? ? tran
X X , a lém da açio de M onteiro L obato com o editor, que
leitura e às bibliotecas nas prim eiras décadas do século
m o que nada de extraordin irjo ocorresse em relaç āo à
para ser a base da m atéria exposta em sala de aula . ? ? M e
pressas, inclusive aquelas adotadas pelos professores
blico . E este, a lém dos proíessores, dependia de obras ?? i
livros. A pós a R epública houve increm ento do ensino ? ? p
A lém dos jornais, o s tre n s tra n sportavam revistas e
era industrial tı?ne is ıH on ť y .
na sociedade, ta lvez fundaın entada na m áxim a típica da
deu in ĺ cio i aceleraç iio de todas as form as de transaç ōes
isso , a o lado da dissem inaç iio das inform aç ōes im pressas,
reduzidos criou novas situaç õ es no cam po eco nô m ico . E
tincias em tem po vertiginoso para a época e a custos
sibilidade dc transportar grandes volum es para longas ? ?di
cidade m uito m aior a rodas as aç ćics da sociedade . A ? ? po
aceleraram a produç iio e o consum o , im pondo um a ? ? ve l
prim eiras décadas do sć cuh X X ? am as aavancas que
notícias d a m u ndo . A s fcrrovias do final do século X IX źis
N as cidades interio ranas, e s perava - se o trem para ter
m aio ria analfaheta .
sua vez, fontes para a propagaç iio de novidades para a
quase exclusivas de notícias. 0 5 poucos leitores eram , por
prod utos da cidade grande, a í incluindo os jornais, fontes
estrada de ferro , a e s ta çiio era a plataform a rec
eptiva dos
B ı B L 1 0 T E C A
3 9
pal de S āo P aulo .
feitura paulistana do qual resultou a B iblioteca ? ? M unic
exceç ã o notável o trabalho de M ário de A ndrade na ? ?p
r
m as e aç ōes governam entais. N esse perfodo houve um a
víduos ou a cidades, m a s ra ra m e n te c o n sto u de ? ?progr
ou m esm o com o um bem capaz de conferir status a ?? in
d
X X a biblioteca esteve presente com o um a necessidade
blioteca. D a R epública positivista aos m eados do século
Iiterin o da entidade, m esm o que niio existisse um a ? ? b
tecário
"
, c u ja funç ã o seria a de organizar o acervo
dor"
, porra- voz lterD - dram itico da entidade e o " ? ?bibl i
gos, a lém do presidente, s e c r e t .irio e tesoureiro 0 " ? ? o r
bailes e convesco res, c o m íreqüência incluíam dois ? ? ca
N a diretoria de clubes sociais criados para organizar
nhecim ento do acervo .
ao que tudo indica , m e n o s tinha de técnica e m ais de ? ? c
aqueles acervos por eles liem conhecidos. A orgam zaç āo ,
ciavam a leitura eram os n】ais indicados para gerenciar
das aos exercícios Iiteririos. Ilom ens letrados que ? ? apr
des cidades estavam intcl( ctuais, quase sem pre ĺ iguras ? ? d
leitura . . \ frente das bibliotecas pĠ s- republicanas das ? ? gr a
dos que zellvam por eles nada além do efetivo gosto pela
N esse períotla , a urgan. . Rq. Io de acervos nāo exigia
para oíerecerleitura pt) PUlaçio.
" G abinete P artugu ĉ s U c 1 - c i tura
"
, u m e s ro rç o privad o
guesa
"
, foram criadas v irias hıb]iotecas com o nom e de
que surgiram hospitais cl, nom inados
" B eneíicência ? ? por t
m eio de aqiio coletiva obter benefícios. D a m esm a form a
grandes cidades, c o lĉinias de im igrantes procuravam por
sem de recursos para adquirir os livros necessários. N as
acervos públicos para a leitura de todos que nāo ? ?dispus
e
los orgāos governam entais no sentido de criar e m anter
A I N F O R M A Ç Ã O , O C O T i D i A N O
4 0
e ao alcnnce dos olhos do leitor havia um período de ? ? m
u
im prim i- lo e distribuí- lo . E ntre o fato e a notícia im pressa
form aç āo em texto e, por m eio de um processo industrial,
dias para chegar ao leiton E ra preciso transform ar a ??
i
ceptor. A nrerin rm ente, u m jornal dem orava horas e até
m esm o instante, e s ta n do o em issor a quilô m etros do ? ?
r
invenç āo de M arconi a voz hum ana pô de ser captada no
deixava de ser um a barreira ii com unicaç āo . A partir da
m un iraqiìo revolucionária . P ela prim eira vez, a distāncia
havia se espalhado pelo m undo com o um a form a de ? ? c
perim entadas em 1 9 0 1 . V inte anos depois, a ra din fnnia
ciais fortes o rádio . A s prim eiras transm issōes foram ? ?
e
Industrial, u m a o u tra descoberta provocou m udanç as ? ? s
A inda, dentro de um segundo m om ento da R evoluç iio
transm itidas em cód igo Ń ıorse e entregues pelo correio .
rede ferroviária . A s pessoas recebiam telegram as, c a rta s
inform aç ōes distribuídas peln m alha elétrica que seguia a
sionais que os dom inavam . O s jornais abasteciam - se com
ventada . M as, u sa do com c(idi8 os, e s ta v a re s trito a ? ? profi
farm a niais ripida de transm itir inform aç õ es até entio ?? i
berto um m eio de co m unicaç iio 1 distāncia: o telégrafo , a
pois. P aralelam ente às ĺ crrnvjas e ii eletricidade, íoi ? ? des e
industrial, só se firm ou e se expandiu algum as décadas ? ? d
eletricidade, parn fins tliretam ente vi culados à produçio
de m udanç as no co[idim n , a lterando priricas e rotinas. A
busriio para se o bm r a clariclade, o que provocou um a srie
pela prim eira vez deixou de ser nerpssrin produzir ? ? c o
trica . A partir de 1 8 7 0 , inicialm ente nos E stados U nidos,
[uç iio Industrial. A sua expressiio m ais visível ĺ oi a luz ? ?el
A eletricidade m arcou um segundo m om ento da ? ? R ev
O R tidio e a S inıultaneidade
B ı B L ı 0 T E C A
4 1
lia básica das casas, a parece a televisāo dando im agens aos
D epois da rápida incorporaç ã o do rádio com o ? ? mo
b
A T eieuisiio
problem a a locam oç iio pessoal.
uso da tecnologia para resolver o que até entìio era um
com o transporte coletivo e o autom (ivel foi o resultado do
tas e jornais m uito m als igil: o auto m óvel. O trem nasceu
novo elem ento que tornou a distribuiç ĵ o de livros, ? ? r evi
A inda, dentro desse período histórico , a pareceu um
pdrter E sso ou a rivalidade entre F . m ilinhn e M arlene.
cnm llm o conteúdo das em issoras de ridio , tosse o ? ? R
habitos e costum es fossem diversificados, havia algo em
culturas dos m uitos grupüs socroculturais. M esm o que
hom ogeneizaç āo iníom iativa que se fundia com as várias
com o o B rasil, a r a dio ĺ o nia levo u a um a determ inada
pouco tem po , m e s m o n lım plis de grandes d im ensōes
do ou para aprender a liltim a m arch inha carnavalesca . E m
se reuniam para saber a que estava acontecendo no ? ? m
u
a m ilhōes de fam ílias tĉ - ]o em suas salas, o n de as pessoas
res, o r idio em pouco tem po tornou - se barato , perm itindo
rá[er revalucinn ; irio c tra n sĺonnnLIor U e costum es e ? ? va l
venç iio dos tipos nw YvĽ is C U a im pressiio . A lém do seu ? ?
c
talvez tenha sido U elem ento de m aio r ir7ìpacto após a ??
i
pleia: o fata , a e m issio e a recepÇia. E ssa possibilidade
xou de existir 0 tem po , to m a n do a sim ultaneidade ? ? c
o
vivo e a recepç iio num aparelho de ridio do m éstico ? ? d
e
m ente. C om isso , e n tre u m a c o n te c im ento transm itido ao
chegava a m i
lhares ou m ilhõ es de receptores ? ?s imultan
e
macia em texto que lido e transm itido pelas ondas sonoras
tas horas. N a radiofonia , a n o tícia tam bém era ?? transf
o
A I N F O R M A Ç Ã O , O C O T I D I A N O
4 1
gram aç ã o para respeitar padrōes locais, m a s para adequ
ar
isso , a o que tudo indica, nāo foi feito para m odular a ? ?
pr
de acordo com as diferenç as e peculiaridades locais. M
as
"
a filiadas" , foi um a tentativa de m udar form a e conteúdo
cional. A criaç ã o de em issoras de televisã o regionais, a
s
zam ento de faixa etária, poder aquisitivo e nível ? ?edu
c
ser assim ilivel pelos diversos segm entos sociais um ? ? c
r
A televisã o dividiu em n ĺ veis a sua program aç iio para
consum o , por m eio da criaç iio do desejo da posse.
parou 0 terreno para a introduç jo de novos produtos d
e
drōes m orais e de com portam ento , e , e sse n c ialm ente, ? ?p
r
nessa troca forneceu m odelos urbanos, flexibilizou ? ? p
invasof situado na esfera do m aravilhoso , foi m ais forte
aç iio . P or certo , e sta beleceu um a troca, a inda que o novo
avaliar o que poderia haver de positivo e negativo nessa
palavras, a proxim o u m undos dispares sem distinguir e
n o heterogêneo em seus padrōes socioculturais. E m outras
fortes e dissem inados, s e m barreiras físicas, a u m ? ? t errit
gens sāo produzidos nos centros econom icam ente m ais
esse papel dentro de um a constante o conteúdo e as ?? i
m
tum es diĺ erentes. A [elcvis. Io potencializou , pela im agem ,
forç ando um a aproxim aqiio entre valores, hábitos e ? ? co
levava a fala e os sons da capital para todas as cidades,
fam ília reunida nas noites e nos fins de sem ana . O ridio
n zava a atenç āo da farn ilia , depo is a televisāo exigiu a
visāo radcahzou a funç ã o do ń d? se antes o rádio pota
lizada a prim eira transm issiio com ercial no B rasil. A ?? tel
atuaç ã o com o forç a na irea econô m ica. E m 1 9 5 o foi ? ? re
plantou o rádio em audiência, im portźincia cultural e
culo X X , m a s foi só a partir da década de 5 0 que ela ? ? s
sou a funcionar regularm ente a partir dos anos 3 0 do ? ? s
sons que iá eram captados intensam ente. A televisiio ? ? pa
B ı B L I O T E C A
: t ?
4 3
tes. A televisã o age de tal form a que é o suficiente para as
m aç āo de tal form a que nã o há necessidade de out
ras ?? f o
cham ado de repleç āo inform acional eıa alim enta de ?? inf
o
tos de polêm icas e conflitos, c ria aquilo que pode ser
res, form adora m aciç a de opiniiio , c o m e v e n tu a is ? ? m ome
se responder. A televisio com ercial, m o n o bloco de ? ? va l
pelo m enos, nāo criar dúvidas que ela própria niio ? ? pude
responder e criar dúvidas ; m ais responder do que criar, o u ,
m ento assim ilável que se tornou desejivel. E ıa passou a
cional, a te levisiio tro uxe um vo lum e m aior de ? ? conhec
N essa perspectiva, n o s paises de m enor índice ? ? educ
baixo padrāo educacional, a s o c iedade foi plasm ada . J
a televisã o plasm ou
- se ; i su a cultura ; nas sociedades
m enos, es ta belecer conflitos. N as sociedades m ais cu lt
pela ausência de ınform 1ç òes prć vias que poderiam , pelo
conhecim entos cultos prévios, o c o r r e u e m baixa escala
sor. A resistência cultural, que poderia ser feita a partir de
e m esm o adultos estaclonavam em trente ii tela do ?? telev
sem iletrada . A ntes de chegar ao quadro negro , a s c rianç as
com o seu conteúdo sobre um a populaqāo analfabetao u
desenvolvidos, to da a so fisticaç iio tecno lógica i m p ô s- se
tura letrada, u n iversidades Ľ hibliotecas, n o s países m enos
televisio desenvolveu - se so bre q uatrocentos anos de ? ? cu
e as condiqLcs socioculrurais. E nquanto na Inglaterra a
pm vocou um toru contraste entre a sa f isticaç iio do m eio
escolaridade haixn , a im plnntal . Io de redes de televisiio
N os países, c o m o o s da 八 m ć rica 1 . A tina , c o m nível de \
colher. P ouco m ais resta além do liga- desliga .
capacidade de elim inar da púhlico a autonom ia para ? ?
e
sum a, elevar o grau de hom ogeneizaç iio cultural pela sua
tenciais da regiāo . O ridio e a televisã o perm itiram , e m
a produç ã o local de bens e serviç os aos consum idores ? ? p
A I N F O R M A Ç Ã O , O C O T I D I A N O
4 4
cas. A difusã o m aciç a desses m eios de com unicaç āo nilo
traduzidas em priticas nas bibliotecas escolares e ? ? púb
l
forç o m aior no sentido de relacionar televisã o e leitura,
visã o , quase um século , n iio houve, a o que consta, u m ? ?
e
E m todo o período do predom ínio do ridio e da ?? te
l
macio em cursos pn ĵ prios.
am ante dos livros para ser um paciente organizador 
?? fo
m ais adequada porque o biblio[ ecrio deixou de se . W
necessidade definida . " A ssaram a ter um a organizaç āo
tinuaram com o um a coleç , io de livros a serviç o de algum a
cotidiana, n āo houve alternç iio nas bihliotecas. E las ? ? co
m as décadas depois, c o m a inclus. Io da televis. Io na vida
M esm o com a popullrizaç .io rápida do ridio e, ? ?ai g
O utra inform aç , io .
saladora seria aquilo q ue cla p rtjp ria é a in ĺ orm aç iio .
form a . O elem ento quĽ pnderia anular essa forç a ? ? ava
televisiio . C nm 0 seu poder, O v ( ĺcula televisiio farm a e ?? i
sem pre incå m o u 1 , a n te o poder sed uto r dos p rogram as de
rio dn . l ť iJ a J o ind ivíduo e, m e sm o a ssim , fr igil e, quase
Inclusive, n ia is do qllc pr, \ p ria escola - restrita a um ? ? p
ral, a s r e spostas levam , s e n i n e n hum a duvida, ii televisã o .
infm m . W o m . ùs u? zalIa p? socicdû de de um m odo ge
U edic ld .l .l leitura . Q uJ n LI. sc ï TCrUnta qual é a Fo nte de
? cľ isĵ n tr? zou parte J . 1 none ° W , e v c n tu a lm enm , se ń a
rclev ? va c a lŃ u ra . " ? nlcnos na ocupJ Ļ M dn tcm w , a
teem. In ? o cvcn ï uA co n tlm enrc a ï' " g ra m a ç ān
ras p rco cu paç ,ìc s qu . i n , lH .b exp lns.io av\saladara da
P eln telcspĽ ctadn r. xn ć 5 0 0 1 m o rivo LI IIE u m a tlas ? ? pr ime
preciso ltr. Im aginar, rc ł
'
lctir. 八 [elevisiin parece ĺ azer isso
livrn - passA a ser u m excesso e, a inda, desco nfortivel : ć
outras possibilidade de acesso ao con
hecim ento - com o o
necessidades in ĺorm acionais da po pulaç iio . N esse sentido ,
= ! B L ı 0 T E C A
4 5
m ais em funç āo dos program as engend
rados pela m ídia
tum es. A s m utaç ōes sociais ripidas passaram a ocorrer
vocassem m udanç as culturais no â m bito 
dos valores e ? ? co
form adores m ais poderosos do que a sala de aula e ? ? p
r
escola, m es m o que o ridio e a televisã o fossem veículos
inf. rm aç ã o entendida com o necessiria ficou no â m bito da
separaç ã o entre o educativo e o m eram ente recreativo . A
passou a ser ĺ unrlnm pntal. E stava claram ente dç finida a
m eio de anúncios, o núm ero de ouvintes e telespectadores
serem negócios. C om o garantiam a sua m anutenç āo por
letrada, m a s de livre m ercado , passando eles próprios a
E sses veículos floresceram sobre um a sociedade ? ? s em
am pliar o conhecim ento .
de público , e x c luído du gosto ptla leitura e do prazer de
P rias características estavam destinados ao cham ado ? ?gr a
m ev? o , que nāo peń am a hnhihin? de ? , Peas pró
po que poderia ser em pregado para leituras. O ridio e a
hibito de leitura , havia u m m o tivo ela ocupava um ?? t e
siio . Se buscavam com provar que a televisiio am F R ( R va o
A s redes de relevis, io ueixaram m ais clara essa ? ?div
bliotecas e da m ídia .
ĺia. E ram , P ois, c laram ente diferenciados os papéis das ? ?b
nuais, o s compndios, o s Ľ l. Issicos da literatura, da ĺ ??ilo s
educativos elas estavam onde a educaç iin ex igia O S ? ?
m
rM o , hum orism o . . . . Hi as hihhm ecas servh m a p ro pós? s
breves com entirios, n o v e las, m úsica, P rogram as de ? ? aud
jornal com um a dim ens, io claram ente de lazep. N o tícias,
visāo . A inform aç ã o eletrô nica reduzia- se a um resum o de
nos livros O que jam ais encontrariam no ridio O U na ?? tel
m antidas para um público que, provavelm ente, buscava
Ias bibliotecas. Isso por um m otivo as bibliotecas eram
m otivou nenhum a preocupaç āo P ara O S responsiveis ? ?
p
A I N F O R M A Ç Ã O , O C O T I D I A N O
4 6
síveis. A o E stado coube a escolha dos livros, às cidades
P ela leitura , to rn a n do as bibliotecas m unicipais ?? irrev
e
des brasileiras, a c re ditando que essa aç āo criaria o gosto
determ inados pacotes de livros e espalhou - os pelas ? ?ci
d
vancas do desenvolvim ento . P ara isso , o IN L estabeleceu
seriam instrum entos de elevaç ã o do nível cultural e ? ?a
l
A s bibliotecas com os seus " livros sem eados a m ancheias
"
com o alavanca para o desenvolvim ento pessoal e colet
ivo .
H avia um a forte cam panha visando a difusāo da leitura
im plantar um a biblioteca em cada m unicípio brasileiro .
tituto N acional do I - ivro (IN L ), órgã o federal criado para
do N ovo e a po lítica consubstanciada pelas aç õ es do ? ? I
n
dos algum as décadas depois. N o B rasil, a parrir do ? ? Es
t
E ssa concepç āo chegou aos países m enos ? ? desenvolv
valores coletivos do m om ento .
voltadas para a construç , in de um a sociedade conform e os
ca firm aram - se com o e]en7 entos insep . 1rveis. F am bas
cadeia a m enos
"
to r n o u
- se corrente. E ducaç źio e ? ?bibliot
ç 5o do hom em . A idéia de
"
u m a biblioteca a m ais, u m a
tura, c o m o poderosa ferram enta de educaç iio e ? ? recuper
às leis. Foi 0 m om ento que se deĺ inill a leitura , a boa ?? le
sociedade de m aneirn produtiva e im pregnada de respeito
tle aperľ ciç oam ento pessonl : u nia íorm aç ān para viver em
curava - se a cxpansiio U n leitura p U hliĽ a com o um a form a
N os E sadns U niLIo s thsdc o ĥ naltlD s ć c u n X I X pro
taurados.
cos, a insatisíaç iio , o s c o n flitos e a violência estariio ?? in
capacidade de satisíazĉ
- Io e m enor dt] que os padrõ es ? ?ét
driĵ es éticos. Se o tam anho do desejo for m aior do que a
m unicaç iio criam desejos, a e sc o la tenta estahelecer ? ? p
pela aç āo do ensino íorm al. E nquanto os veículos de ? ? c
para cau var públicos e conquistar consu
m idores, do que
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4 7
lares com a pesquisa obrigatória . E nquanto a inform aç ã o
rádio e a televisio com o fontes de informaçio. E os ? ? es c
blica transform ou - se em escolar. O público ficou com o
zer que os livros poderiam dar. C om isso , o que seria ? ? p
essa cedeu à necessidade de pesquisa
- distanciada do ? ?pr
m unicipais, pretendeu im plantar o gosto pela leitura , m a s
a Populaçio. A aç ã o do G overno , a o c riar bibliotecas
lares, e , por isso , e n tre o u tro s m o tivos, deixaram de lado
pois, n o século X X , u m tra jeto rum o aos currículos ? ?es c
P ouco se relaciona com educaç iio . A s bibliotecas íizeram ,
que fosse possível so breviver um a pritica de pesquisa que
escolares. P erdeu - se a idéia da inform aç āo pública para
A s bibliotecas m unicipais sāo , n a pritica , bibliotecas
tem no professor a m aior e única fonte de informnç iin .
existem dados, m a s pode- se afirm ar que a m aioria delas
m itico fato de exisrirpm r71 ultas esco las sem bÆ ,lioteca . N źio
cas e niio nas bibliotecas esco lares. Iĺ isso pelo sm iples e ? ? dr
de enciclupédias, to r n o u - se corrente nas bibliotecas ? ? públ
va de professores. E ssa pritica , qllase sem p re m era có p il
algum texto quc, r e pm dutido , poderia atender ? ? expectat
nM hñ cs dc crianqas c nd ? scem es às hh hotecas à cnca de
cacional. A il71 pl. 1 n taq. In , po r lľ i, Ĺla pesquisa esco lar levou
necessidade tle lť itura co m o fato r U ecisivo no pro cesso ? ? e d
F oi na \1 ć vn [lA U c O qllc se ťirm ou no B rasil a idéia da
te, e n v a ltas pcla qed uç :itt ·lo universo da radin fonia .
m entadas po r um a escn la pouco risanha c, ? ? principa lm e
vida rnun? N . E ssas bh hotecas deveriarn sohreviver a h
ram com o surpresa e desapareceram nos m eandros da
da m esm a form a com o chegaram , desapareceram . ? ?cheg
xo , dls esĺ eras ł
'
ederais para o co tidiano das cidadezinhas,
boas inrenç ōes, e s s a s bibliotecas vindas de cim a para ? ? ba
torn i- lo5 disponíveis e aos cidadāos, ıè- ıos. A pesar das
A I N F O R I : t A Ç Ã o , O C O T I D I A N O
4 8
de catalogaçio. o que faltava m esm o era acervo e nã o
m ais convencionais a tabela de classificaç ã o e as regras
vos organizados, quando isso ocorria, pelos instrum entos
adequar
- se às necessidades das bibliotecas. E las eram ? ? ace
m as décadas do século X X , o c o m putador nã o parecia
D e fa to , a té o início de sua popularizaç ã o nas duas ú1??
t
caro , jam ais teria utilidade para a m aioria das bibliotecas.
A o contririo , a c reditou - se que tal engenho , c o m plexo e
im ediato pelos que ordenam e dissem inam inform aç ōes.
O s com putadores, porém , n ilo foram incorporados de
coloca- o m uito próxim o do trabalho dos bibliotec irios.
calcula, procura, edita. . . O que um com putador pode fazer
instrnm rnrn , dizia- se de seus beneficios : ordena, classifica,
N o entanto , quando se anunciava a potencialidade do novo
m iquina, m a s indiferenç a da m aioria e algum a apreensio.
bibliotecas niio houve expectativa po sitiva em relaç āo à
E ntre os profissionais que trabalham na organizaqāo de
da R evoluç iio Industrial a tecnologia da inform aç āo .
por e da eletricidade, c hegou - se ao terceiro grande im pacto
naram - se ühjetos de uso pessoal. E , c o m isso , depois do ? ? v
deixaram os laboratdrins ou as grandes co rporaç ōes e ?? to
m esm o tem po , a u m e n ta ra m n a potĉ ncia . A tal ponto que
as m iquinas gigantescas U im inu ĺ ram no tam anho e, a o
um arreíato dc e para ci( ntisras. T. m m enos de trinta anos,
G uerra M undial, perm ancccnda por ın uitos anos co m o
O s com putadores surriram logo depois da S egunda
A In ĺun n{itica
çāo da m ídia buscava o prazer para garantir a audiência .
dos livros to rnou - se um a ubrigaç iio aborrecida , a ?? info rm
B I B L ı 0 T E C A
4 9
três m om entos que, a partir de seus centros difusores
- os
C om o foi visto , a c ham ada R evoluç ã o Industrial teve
A Internet
coletivam ente, já estava em poder dos indivíduos.
com putador antes de chegar ii biblioteca para ser usado
interessados em espaç os públicos. Isso niio ocorreu . O
incom uns, poderia ser um bem coletivo à disposiç iio dos
a m aioria da populaç ã o e o seu uso exige co nhecim entos
saal de inform ar. C om o o seu preç o de com pra é alto para
e im agem . O com putador transform ou - se na m iquina ? ? pe
o perfil de um a central de in ĺ orm aciio , u n indo texto , v o z
da m esm a form a que o r ; idio e a televisiio , m a s a ssu m indo
uso no trabalho ou em casa . T u rno u - se parte da m ob ĺ lia ,
se com o um equipam ento b isico para o indivíduo co m
dor, c a da vez m eno r, m i ls potente e m ais barato , ? ? ma r c o
八 partir da últim a década do século X X 0 ? ? c omput
m a raiz etim o ltį giĽ a co m o s, io ind issaci iveis,
acessível e que in t
'
u rm iticn c inł
'
Ormaçiu r7 iio 5 61 têm a ? ? me
puradores s? as m . IquinJ w c to rnam a inform aqāo m ais
inform lç āo Ć a raz,i(1 U J Iţ ï bļıotcconom ia e que O S ? ? c o
popularizaqiio U os com pu [ . ì L In rcs, ı
'
qllc se percebeu q ue a
desenvolvida U e o utros pníscs. Sd pnsterio rm ente, c o m a
ser poupada ? conip? riĤ n t crm conì a indń s? a m ais
tadores em no m e de 1. i m a inLIústria nacimal que deveria
inform atica, n o B rasil, que retardo u a entrada de ? ? c omp
A o lado dessa percepç āo , havia u m a po lítica de
ria um com ponente caro e pouco útil.
bibliotecas indicava um quadro em que 0 com putador ? ? s
tecnologia . E ssa percepç iio da realidade do dia
- a- dia das
A I N F O R M A q à o , O C O T I D I A N O
5 0
um novo saito de qualidade na com unicaç ã o o m odelo da
a criaç āo e o desenvolvim ento dos com putadores foi dado
grandes m om entos o ridio , a te ıevisiio e a internet. C om
pelas. M udanç as no cam po ¡nform acional. E sta teve três
adquiriu os seus contornos nítidos e se am pliou levad
a
intensa troca de inform aç õ es. A esboç ada
"
globalizaç ã o
"
dades, à hom ogeneizaç āo de valores e rotit\ım es graç as à
o século x x para um a am pla e célere integraç āo de ? ? soc
i
m ar culturas. A seqüência de inovaç ōes tecnológicas levou
ticas, e n c u rta n do distāncias e contribuindo para ? ? aprox
m ais rapidam ente se espalhou , quebrando fronteiras ? ? po
l
novas possibilidades da energia elétrica , foi o invento que
nha sido a ilum inaç iio das cidades. O ridio , dentro das
nas. T alvez, o s e u m o m e n to m a is inovador e popular ? ? t
do - se ao cotidiano das pessoas por m eio de novas ? ?miqu
econom ia m un LI ial, a lterou h ibitos e costum es, ?? integra
um segundo m om ento de grandes m udanç as interferiu na
revolucio n irio trem , a e letricidade deu os contornos de
séculos fo ram , progressivam ente, a c e leradas. D epois do
D eve ser ressaltado qtie ds in o vaç õ es n o s dois últim os
punham de im prensa .
tere, c hegando , inclusive, a grupos ı7 um anos que nem ? ?di
los para dissem inar- se, U c o m putađor foi m uito m ais ? ? c
tem po tornou
- se m ais 1 . ı rto . Se a im prensa dem orou ? ? sé c
ii periferia h i um tem po variivel. P m gressivam en te, e sse
dćca, łaq entre a inovaç iio e a sua difusāo plena . D o centro
vento e a sua utilizaç iia ć m ín im o , e m o u tra s esperam - se
山 I
'
crentes. E nquanto num a regiiia a diferen ç a entre O ?? \
ças econô m ico - sociais determ inaram tem pos tecnológicos
sim ultaneam ente em to LIos os paises e regiōes. A s ? ?difere
transftJ rm aç ōes radicals. E ssas m udanqas nźio ocorreram
países m ais ind ustrializado s e rico s
- im puseram ao planeta
5 1
branç a do passado ?
teca com o fonte de inform aç iio niio seria apenas um a ?? l e
toda a inform aç āo im pressa . A í surge a pergunta a ? ?bibl i
inform aç ōes disponíveis na internet é m uito m aior do que
tidade que se obtém a um custo baixíssim o . O vo lum e de
busca na internet. o pro blem a m aior passou a ser a ? ? qu a
o indivíduo quando e]e ousa acionar um a ferram rnra de
persegue a inform aç iio , m a s a s inform aqĉ ĵ es que soterram
nos onerosa e m ais am pla . N . io é m ais o indivíduo que
serem superados, o a c e sso a o c o n hecim ento de form a ? ? m
tras. E la possibilira , n a pritjca , m e s m o c o m o bsticulos a
ao conhecim ento ruíram - ainda que se levantassem ? ? o
C om a internet m ultas barreiras q ue se an tep u nham
vo lum es gigancesco s d e dnJ ns.
rel. Rqo em issor- receptor-em isso r, bem com o arm azenar
dls novas tecno logias ų H E tornaram possível acelerar a
econô m icas e soci. I IE . O pbm tJ fico u m eno r co m o uso
palh. I r a m se pn r p ń ses M
'
? rench d o s M as condiç õ es
rie dc alteraç ,ìes n o ı1 l. 1 r1 c ta. (J u se sm lu ĺ tāneas, e las ? ? e
vnluça L]. 1 i n r ormaç n " L IcscncaLIĽ o u e ace]( m u um a ? ? s
perderam os linn rcs - pcng ï
-
. Il icos ľ LIĽ co n teiìdo . E ssa " ? ? r
um a in7ensa tell em quc as possibilidades U e ï n ĺ orm aç āo
cada com putador pessoal a m ilhLies dc outros fo i criada
A partir dessa possibilida, ie planetiria de conectar
em issor pode ser receptor e vice
- versa .
- passou a ter unia alternativa a in[ern( r, e m que cada
m ilhōes de receptores com baixa possibilidade interativa
cham ada
"
c o m u n icuç iiu de m assa
"
_ um em issor para
A I N F O R M A Ç Ã O , O C O T I D I A N O

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