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ANATOMIA DO DENTE Miguel Carlos Madeira (1)

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ANATOMLA DO DENTE 
Miyel Grloa Madeira 
1. edigão, janeiro de 19% 
Reimp~ssáo, muco de 1997 
Projeta Gráfico 
CLRBalieim Editores Ltde 
ImpresãolAcabamento 
Hamburg Gráfica Editora Ltda. 
Direitos Resmados 
Nenhuma p& ?ade ser duplicada ou 
repmduudn sem expressa autoriia(ã0 do Editor 
1 ISBN 85-7378-062-2 / 
Dados Internacionais de Catalogayão na Publiç=são iCIP) 
(Câmara Brasileira do Livra, SP. Biasil) 
I I 
Madeira. Mipel Carlos 
Anatomia do dente 1 Miguel Carlm Madeira ; 
fotagraflas de José Am6rico de 
Paulo : SARYIER 1996. 
1 Vários ~olaboradores. I 
1. Dentes 2. Odontologia I. Caria, Paulo 
Hemique Ferreita E. CNZ, Renata Solci Madeira. 
m. Oliveira, 1969- N. Titulo. 
I I 
fndlca para calblogo iistemdtico: 
1. Anatomia deolda : Cihnas medicar 611.314 
2. Dentes : Anatomia : Cihcisr médicas 611.314 
MIGUEL CARLOS MADEIRA 
Professor de Anatomia e de Anatomin e Escultura Dental 
da Faculdade de Odontologin de Lins -1ALIM 
Professor de Anutomia dns Faculdades Salesianas de Lins 
(Cursos de Fisioterapia e Ternpia Ocupacionul) 
Professor Titular Aposeritndo dn Faculdade de 
Odontologia do Campus de Araçntubn - UNESP 
' ANATOMIA DO DENTE 
COM DESENHOS DE: PAULO HENRIQUE FERREIRA CARIA 
RENATA SOLCI MADEIRA CRUZ 
E DO PRÓPRIO AUTOR 
L31 AV C4 i 
--a--- 
*", 0. -~*d.Gm.be". =* 
cspw,,- m. , . . e , , , . . , ~ 
$&SUb.h* 
SZo Paulo - 1997 - Brasil 
1 Aspectos anatômicos elementares dos dentes 
Os dentes em conjunta desempenham as funções de mastigacão, 
protecãa e sustentacão de tecidos moles relacionados, auxiliam 
na articuiaçáo das palavras e são um importante fator na estética 
da face. 
Fixam-se nos ossos por meio de fibras colagenas, que constituem 
oligamento alvbolo-dental ouligamento periodontal. Esta união 
da raiz do dente ao seu alvéolo é denominada gonfose, um tipo 
especifico d e articulacão fibmsa do corpo. O ligamento alvéolo- 
dental resiste a forças da mastigagão,~atenua;ido os impactos 
mastigat6rios que sofrem os dentes ao serem introduzidos nos 
alvéolos. As fibras do Ligamento, ao se estirarem, h a n s f o m as 
forças de pressão sobre o dente em traçáo no osso, j6 que o dente 
est6 suspensa no alvéolo. 
Os dentes compreendem os grupos dos incisivos, caninos, pre- 
molares e molares, cada um adaptado às h ç õ e s mastigatórias 
de apreender, cortar, dilacerar e triturar os alimentos s6lidor. 
O homem, coma animal difiodonte, tem 20 dentes decíduos e 32 
permanentes, expressos pelas seguintes fórmulas: 
Os dentm decíduos são pouco calcificados em relação aos perma- 
nentes e. como tais. são brancos como o leite. Os oemanentes. 
com maior índice de sais ealcáreos, sao brancos puxados para o 
amarelo. E a dentina que confere cor ao dente; o esmalte é prati- 
camente incolor e transparente. 
O matiz wrin de paroo pnro persw, sendo, via de regra, mais escuro nos ido- 
sos. Num mesmo mo dmtal o malir wrLi de dmte pnioril d a t e (o coirino é mais 
ewum que o incisiuo) e nBs porydrr de um m m o denk (tonnlidade mnis escu- 
m no t e m cmicol do que riu bordo incisal). A cor do dml< pode mod$cor-se 
porfilho pitruturol da seus tecidos, por sbsorçao de subslhrioi químicos que 
chegom oté os conollculor dentindrios ou por impregno'60 de rubstlnciils estm- 
nhilr, dentre elos o nicoBno que ofumunle insiste em orpiror, seja por i"+- 
180, ujo por ignorrinflo. 
O dente 6 formado Dor coroa e raizíes). unidas numa vorcào in- 
. . 
termediiria estrangulada chamada colo. Ele é composto, na maior 
parte, por dentina, que circunscreve a cavidade pulpar. A dentina 
é recoberta na coroa elo esmalte e na raiz velo cemento. Nocolo. 
a jungao cemento-esmalte desenha uma linha sinuosa bem nitida 
- a linha cervical. 
A c o m assim descrita é a coroa anatômica: Darte do dente reveç- 
tida pelo esmalte. Distingue-se da coma clínica, que é a parte do 
dente exposta na cavidade da boca. A coma clínica é mais curta 
aue a coroa anatômica, ensuanto o dente não comdeta a sua emv- 
cao, e pnde tornar-se mais longa se. após erupqlo e desgajte. o 
N v r l da geng.va ficar além da linha cervical Nejse último cajo a 
coroa cl&capode incluir uma parte da raiz anatômica 
Coroa 
(Fig. 1-1) 
face 
0clus.d 
Uma coma dental tem faces, bordas e ângulos. i 
A face que se volta para o vestibulo da boca é a face vestibular 
(V) e a que se volta para a língua é a face lingual (L). Ambas se 
opõem e são conhecidas como faces livres. 
As faces de rontato, também conhecidas como faces pmximais, 
opostas entre si, sáo a face mesial 
sagital mediano no ponto em que 
distal (D), a mais distante do plano mediano. 
1 
Face oclusalí0) é a su~erficie da coma oue entra em contato com 1.- . . 
as homdnimas dos dentes antagonistas' durante a oclusão. Nos 1 incisivos e nos caninos as faces vestibular e lingual se encontram 
n a borda incisal, que nestes dentes anteriores corresponde h face 
oclusal. 
Duas faces da coroa encontram-se em um ângulo diedm, arre- 
dondado, conhecido como borda (ou aresta). Olhando o dente 
por uma das faces, identificam-se as bordas que limitam essa face, 
como, por exemplo, as bordas mesiai, distal, oclusal e cervical da 
TrÊs faces da coma se encontram em um ângulo triedro, ou sim- 
plesmente ângulo. Sua denominasão serd a combinacio dos no- 
mes das M s faces que o compóem por exemvlo: ân&o mésia- 
" ~ ~ 
oclw-vestibular. ~ararirnplificac po&e cha&-lo h@ci mrsWI 
da face vestibular. Nas c.xtnmidadrs das bordas inclais rst3o os 
ângulos mésio-incisal e disto-incisal. 
Raiz 
Araiz do dente relaciona-se em tamanho e númem com o tama- 
nho da coroa; coroas pequenas, raizes únicas e pequenas. Quanto 
menor acoroa, menor a raiz. Dentes molares, de comas grandes, 
têm duas ou três raizes. 
As raizes dos dentes bi ou trirradiculares saem de uma base co- 
mum - o bulbo radicular. Todas as raizes t@m a sua extremidade 
li- conhecida por ápice, no qual h6 u m abertura denominada 
forame apical. Pnde ser Unico ou múltiplo r nem sempre je loca- 
liza no exiremo da raiz. O forame avicàl de em comunicacão a 
. . 
polpa, contida na cavidade pulpar, com os tecidos periodontais. 
Nele passam vasos e nervos. 
As faces da raiz têm os mesmos nomes das faces compondentes 
da coma. 
Teqos 
(Fig. 1-2) 
face "istibular. Tomada isoladamente, a borda também pode le- I Figura 1-2 -Incisivo e molar com suas comas eralres varo nome das faces que a delimitam, por exemplo: borda mésio- divididas em terma. O trica rihiada entre do% oums é vestibular, borda ocluso-lingual. semprediamado de ki(n médio. 
Com propósitos de desdção de uma porção especifica do dente 
ou para se localizar nela almm detalhe anatõmico ou alteracão 
pat;>16gica, o dente pode sgdividido em terqos por linhas imagi- 
nárias. Se as linhas forem horizontais, os terços da coroa serao: 
cervical. médio e oclusal íincisal). Se as linhas forem verticais. as 
. ~ 
terços da coroa rio: mesial, mediu e disral (dividem as faces 
v~shbular ou linAwal) ou veshbular, mPd;o e linxual (dividc.m as 
- . 
faces mesial e dis?al).~ raiz também é convencionalmente dividi- 
da em terqos cervical, media e apical. Nos dentes de raizes múlti- 
plas, o terço cervical corresponde ao bulbo radicular. 
"Método de dois dígitos" para identificar os dentes 
Cada dente tem um número representativo que o identifica e o 
localiza no arco dental. São dois algarismos, dos quais o orimeiro 
se refere ao quadrante (um dos quatro hemiarcoi) e o s b d o 
ordem do dente no quadrante. 
Os quadrantes da denticão permanente recebem os números de 
1 a 4'e os da dentiqão decidia, de 5 a 8. Os algarismos dos dentes 
são de 1 (incisivo central) a 8 (terceira molar) para os permanen- 
tes e 1 (incisivo central) a 5 (segundo molar) para os iecíduos. 
Dentes permanentes: 
Superior direito Superior esquerda 
Inferior direito Interior esquerdo\ 
Dentes decíduos: \ 
55 54 53 52 51 1 61 62 63 64 65 
85 tx 83 82 81 I 71 n n 74 75 
Terminologia e definição dos detalhes anatômicos 
da coroa dental 
(Fig. 1-3) 
Os elementos arquitetônicos da coroa, que são elevas6 s e de- 
pressões, podem ser definidos da seguinte maneira: '9 
Cíngulo -saliência arredondada no tnqo cervical da face lingual 
d e incisivos e caninos. Corresponde p o q s o mais saliente d o 
lobo lingual. 
Cúspide - sal:ência em forma de pirimide quadrangular, tipica 
de premolarer e molares. Da suas vertentes ou planos inclinados, 
duas estão nas faces livres, vertentes lirias. e duas na face oclusal. 
verlentes tnturant<s ou oclusais As \ cncnrer lisas estão xpara- 
das das htturante- por arestas longitudinais ( r io as bodas rncl - 
nadas que formam o ângulo da &$de, numa vista vstibular ou 
lingual). As vetientes lisas e h i h i r a n k mesiais são separadas das 
hombnimas distais, em uma mesma oispide, por arestas transver 
. . 
sais. As vertentes e as arestas encontram-se no vertice da oSpide. 
Figura I-3-Terminologia dos I detalhesanatBMcosdacoma 
dental. 
1. Ch&o 
2. Vertente lisa 
3. Vertente hitllranteou oclusal 
4. Aresta longintdhal 
5. Alesta transversal 
6. Cristamarginal 
7. Ponte deesmalte 
8. Tub6rcdo / 9. SulcopMtipal 1 10. Sulcosecundbno 
11. Fosseta (fássula) principal 
12. Foisa j 13. Linha rerviiai 
Crista ?narginal - enunencia linear romba situada nas bordas 
rnesial e disral da lace Irngual de rncsivos e caninos (vai do cin- 
guloaos Pngulos incisais) e nas bordas rnesialedistal da face oclu- 
sal de premolares e molares (estendese das cúspides vestibulares 
às linguais). Evita que partículas de alimento que devem ser tri- 
turadas escavem da zona mastiaatóna e tambdm omteee a 6rea 
- . " 
de contato, evitando impac~ão alimentar nela. 
Ponte de esmalte - eminência linear que une cúspides, inter- 
rompendo um sulco principal. Os melhores exemplos são aque- 
las d o primeira premolar inferior e do primeira molar superior. 
'7kbémrlo - sa!@ncismenor que a Nspide, sem forma definida. 
O tubérculo dé CarabeUi do orimeim molar suuerior e a tubércu- 
e ocasionalmente em~outros 
Bossa - elevação arredondada situada no teqo cervical da face 
vestibular de todos os dentes permanentes e decíduos, entre os 
terqos c e ~ c a l e medi0 da face lingual de premolares e molares 
ou nas faces de contato de alguns dentes. 
Sulco principal - depresa0 iinear aguda, estreita, que separa as 
cúspides umas das outras. No seu trajeto pode haver defeitos de 
desenvolvimento ( m o incompleta dos lobos) que provocam falta 
de malwência do esmalte, traduzida por fendas também linem 
denominadas fissuras. fi local de fácil desenvolvimento de cárie. 
Sulco seandáno - pequmo e pouco profundo. distribui-= u w 
gularmmtee em número v d v e l na, fac~rrlrc;3is, pnnapalnim- 
te sobre as oísvides e na delimitacáo das aisias d i s . ~ ~ o m a a 
superficie masiigatória menos lisa, aumentando a eiciência da hi- 
turaqão, e serve para exoamento de alimento triturado. 
Fosseta - também denominada fóssula. Depmsões encontradas 
na temrinaqão do sulco principal (junto .3 crista marginal ou na 
face vestibular de molares) ou no cnizamento de dois deles. Sáo 
as fossetas principais. No encontro de um sulco principal com 
um ou dois secundbrios formam-se fossetas menores e menos 
proíundas. São as fossetas secundArias. No fundo das fossetas 
principais podem surgi pequenas depresdes irregulares ou pon- 
tos profundos no esmalte, conhecidas por cicatrlculas. A seme- 
lhança das íissuras, sSo locais eletivos de cárie. 
Fossa - escavaqão ampla e pouco profunda da face lingual de 
dentes anteriores, particularmente dos incisivos superiores. 6 
menos notável nos caninos e incisivos inferiores. Entre a fossa 
lingual e o chgulo pode surgir uma depressão profunda, seme- 
lhante a uma fosseta, denominada forame cego. 
\ Direção das faces da coroa dos dentes nos sentidos 
vertical e horizontal 
A direqão das faces opostas da coma é a mesma em todos os den- 
tes. obedecendo assim a um plano eeral de consmicão. Elas não 
" 
slo paralelas, mas converge&s em uma determinada diregão. A 
conver~éncia é mais ou menos acentuada, sewndo o dente consi- 
derado. 
- 
Direções convergentes das faces livres 
Sentido vertical (Fig. 1-4) -no sentido vertical as faces vesiibu- 
lar e linmal converzem em diecão incisal ou oclusal. Tal disvosi- 
@o 4 mwto pronunciada nos innbivoi e caninas em virtude do 
r u perfd hanwlar causddo pelo grande diin~etm ve,n%ulo-h. 
mai ~ e r t o do coio, aue se reduz Gadualmente ate cheear a um 
v . . . " - 
ângulo agudo ao nivel da borda incisal. Nos premolares e mola- 
ES o perfil trianmiar se transforma em perfil trapezoidal, pela 
presenqa de uma borda oclusal, mas ainda assim a convergkicia 
das faces livres 4 na mesma diregão. 
Realmente o diâmetro vesh%ulo-lingual de cada dente 4 sempre 
maior quando medido ao nivel do tevo c e ~ c a l . É neste nível 
que se localiza a bossa vestibular de todos os dentes, bem como o 
Figura 14 - Cumm denlais vsta9 p h face mcsial Ao 
oariasparalelas b bud* verhbular e lingual wlialtam 
a convergPnua d* facrs Iitrespara a uclusi uu ~nrwal 
clngulo dos dentes anteriores. Na face lingual dos dentes posterio- 
res, uma bossa lingual mal definida acentua a maior proeminén- 
cia do terqo media. 
Em uma estreita faixa ao nível do colo, a convere8ncia das faces 
- 
se faz em diregão conh6na (para a cemical), em razão do estran- 
gulamento do próprio colo. 
Sentido horizontal (Fig. 1-5) -no sentido horizontal ambas as 
laces livres convergem ligeiramente na diigáo distal. Percebe-se 
isso examinando o dente por incisal ou oclusal. No grupo dos 
premolares, cujas faces livres são de pequena amplitude, há pou- 
ca convergéncia, a ponto de ser difícil identificá-la com precisão. 
Em decorrência dessa disposiqáo, deduziie que a metade mesial 
do dente, medida no seu diâmetro vesh%ulelingual, é maior que 
a metade distal. 
Flgura I-5-Comasdentais vistas ~ o r oclusal ou incisal. 
Asbarras paralelas bs bodas vestibular e Lingual 
res~ltam a rnnvergemia das faces livres para a disial. 
Os premolares não foram representados porque neles 
h4 pouca ou nenhuma eonverg#ncia. 
Direções convergentes das faces de contato 
Sentido vertical (Pig. 1-6) - as faces mesial e dista1 convergem 
em direçáo cervical. Como conseqüência, o maior di8metro me- 
sio-dista1 esta na terço incisal ou oclusal e o menor, no teqo c m i - 
Figural-6-Coroas dentais vistas p vestibular.As 
barrasparaleias As bordas mesial e distal ressaltam a 
converghtia dai faces de contampara a ceniical. 
Figura 1-7- Amas de contam dor dentes de hemiarcos 
iupenor e inferior (distendidm) marcadas com pequeno 
1ethnguio. 
10 
cal. Como os dentes de um mesmo arco se tocam. numa relacão - - 
de contigüidade, esse toque se dá pela maior proeminência mesi- 
a1 de um dente com a correspondente distal do vizinho (os incisi- 
vos centrais se tocam por suas mesiais). O local de toque 4 conhe- 
cido como Area de contato (Fig. 1-7). 
As áreas de cantato situam-se, pois, pr6ximas à borda incisal ou b 
face ocluçal, muito mais deçlocadas para vestibular do que para 
lingual. Em dentes isolados pode-se tentar visualizar a ires de 
contato, quecorresponde a umapequena faceta de desgasteocasio- 
nada pela semimobilidade dos dentes e o atrito entre eles nas oclu- 
sóes sucessivas durante a vida. 
A Area de contato cria quatro espaços em tomo dela. No sentido 
. . 
vertical (olhando-se por vestibular ou par lingual), reconhece-se 
um pequeno espaco no lado oclusal da Area de contato, o sulco 
. . . . 
interdental, e um grande espaço prismático no lado oposto, o 
espaqo interdental, ocupado pela papila inteniental da gengiva 
(Fig. 1-8). 
A &o de conl~ta vmtepe o nonilo interdmtolc a t m dpressdes mee8nicos (im- 
. . 
p e f d o olinientor) duronte o mmtigo'do, o que equiwlTo ofirmm que o omh- 
eia do dm de o n t o t o dOxa a pipilo derguomecido, o ponto de cousor lesões que 
se desdobram em olterqflm pm9lwis de se er tmderm pelo periodonto. 
No sentidi, horizontal (olhando por oclusal), c h a m a atrngio um 
grandeecpaço em f o m de V aberto para a lingual. denomhado 
ameia lin&al. e umes~acobem menor do 1ado;estibular. a ameia " . 
vestibular (Fig. 1-9). 
I Figura 1-8 -Sulco interdental (seta menor) e espa(o Figura 1-9 -Ameiavestibular (seta menor) e ameta intedentai (seta maior) determimdos pelo contatonoml LLnguai (seta maior) delemiinadas pelocontato de dentes de um mesmo arco. nomal de dentes de um meimo arco. 
Sentido horizontal (Fig. 1-10) - no sentido horizontal, as faces 
de contato meçial e distal convergem em dire~ão lingual. Faz ex- 
cecão o orimeiro molar suoerior é tambem o segundo molar su- 
~ ~ .~~~ ~ . 
perior dedduo. Ambos têm a face lingual maiorque a vestibular. 
Eventualmente o s e w d o premolar inferior tamb4m Wbe uma 
face lingual alargadã, chegando mesmo a ser de tamanho maior 
que a face oposta. 
A convergência das faces de contato para a lingual faz surgir a 
ameia lingual, cuja abertura serA proporcional ao grau de conver- 
g@ncia das faces. 
F igun 1-10-Dentesvistos por aelusal ou inctial. As 
bm.w paralelas LI boidas mesiai e digtal r e s r a l h a 
convergencta dar faces de mntatopara a ungual. 
Nos dentes anteriores e no primeiro riremolar inferior as conver- 
gências nos sentidos vertical e horizontal combinadas, como se 
fossem uma convemência única na direcáo cénrico-linmial. dei- 
xam o t q o cervical &ladoem relacno & demais porFõ&o dente. 
De acordo com oexposto, as maioresproedncias ou Areas mais 
elevadas da coroa ficam próximas da oclusal nas faces de contato 
e p r ó h s da cewical nas faces livres. Se unimos essas pmemi- 
nências numa linha contínua q w contome toda a coroa, teremos 
a linha equatorial da mma. a qual será mais sinuosa quanto mais 
anterior for o dente (Fig. 1-11). 
Figura 1-11 - Linhaequamnal ,a 
coroa de um mu.ar inlrnor vara por 
veshb-lar Ilemuzrdal mrdusa. 
.. . (no mofo) èpor'&narppcio merio. 
l i i a 1 (a direita). 
Caracteres anatômicos comuns a todos os dentes 
'i 
Faces curuas - as faces da coroa de um dente são sempre curvas. 
Na maioria das vezes, convexas: há convexidades em todas as 
faces de todos os dentes. Mesmo superficies descritas comu d a - 
nas, com3 a face vestibular de inihivos, são na realidade Irvc 
menre convexas. Em algumas face:s aparecem lambsm cuncavi. 
dades altemando-se com as convexidades, como na lingual de 
dente anteriores que tem cingulo e fossa lingual e na oclusal de 
molares com fossetas e cúspideç. 
As faces dos dentes unem-se por bordas arredondadas. Por essa 
razso não h6 limites Drecisos entre uma face e outra: auando se 
examina uma face vê-se alguma parte da face vizinha. Êordas ou 
faces planas, quando encontradas, são conseqüências de desaas- 
tes tipicos ou itipicos. 
Face vestibular maior que a lingual - em conseqüência da 
convergência das faces de mntato para lingual, a face vestibular 
tem dimensões ma io~s do que a face lingual. Decorre desse fato 
que, se o dente for examinado por h @ , ver-seão partes de suas 
facs mesial e distal e o contorno vestibular ao fundo (Fig. 1-12). 
A única exce~ão na dentição permanente é o primeiro molar su- 
oenor e na denticão decfdua é o segundo molar superior. Em 
hnibos o tamanho da face lingual predomina sobre o da vestibular 
Face mesial maior que a dista1 -em consequ6ncia da conver- 
gência das faces Livres para a distal, a face mesial possui dimen- 
sões maiores do que a face distal em um dente sem desgaste ou 
pouco desgastado. Neste caso a face mtsial esconde o resto da cw 
m, mas a vista distal indui p a r h das faces vizinhas (Fig. 1-13). 
Aiém disso, a face meia1 é mais alta que a face distal. 
O incisivo central inferior, que tem uma c o m sirnhtrica, não exi- 
be este carater dismtivo com exuberância. No primeiro premolar 
inferior a face mesiai h geralmente menos alta que a distal. 
Figucal-13 -Comas dentais vistas pele hm dista1 com 
o contorno dafaeernesial ao h d o . 
Face mesial plana e reta e face distal convexa e curva (Fis. 
1-14 e 1-15) -por ser menor, com seus limites prdmos uni do 
outro,a face distalapresenta-u mais convexa,mais abaulada, tanto 
em visão irontal quanto de perfil. O abaulamento deixa a distal 
mais inclinada, de tai modo a formar com a raiz uma angulacão 
que inexiste (ou é menor) no lado meçial. Não obstante, deve-se 
dsontar a incünaáo distal da raiz, que faz aumentar a angula- 
cão. Essa assertiva é comprovada quando se examina incisivos, 
caninos e molares por vestibular. Nos premolare este detake é 
menas marcado. 
13 
Figura 1-17-Convexidade cervical dasfaca livres em 
umin&vocenhal supdorvistopor uma das faces de 
contato. Da esquerda para a direita: relqSo mmta 
miie as tantomos da coma e da gengiva - a bossa 
vestibular e o chgulopmtegem =gengiva marginal e 
permitem que 0s dhentos a tangenciem (massageiem) 
duranle a rnastiga$So; mnt~moinade~uadopor falta de 
conuexidades cerricaispropicia a impacgzo aumentar; o 
excesrode conveúdades cervicais desvia o aumento, 
nao o deixando promover estimulqão mecânica na 
gengiva. 
Lobos de &senuoluimento - sáo centn,s primjnos de formação 
do dente dwantc sua embniigénese, poorç&s que depois se &i* 
nam dehndo sulciiscomo vcstigios de s w rndependend. Osda- 
(6 <em quatm lobos, com ercqao do primeim molar mferior (e as 
ve7cr do w n d o premolar inferior) que possui cinco (Fig 1-18) 
Figura 1-10- Desenho erquem6tico representativo dos 
iobwded~jenvolvimenio. 
Os lobos e os sulcos são evidenks nos incisivos redm-empciona- 
dos. Sua borda incisal é tnlobada, isto é, apresenta três saliências 
que continuam na face vestibular como discretas convexidades 
divididas por dois sulcos rasos. Ap6s o desgaste natural dos den- 
tes, a borda incisal perde as saliências e toma-se reta, mas a face 
vestibular mantem os vestígios dos lobos de desenvolvimento. 
Os caninos e os premolares superiores também exibem Lobos des- 
tacados. 
O quarto lobo corresponde ao cingulo dos dentes antrriorrs e A 
cúspide Iiguùl dos premolaw. Nos molares, cada Nspide re- 
presenta a extremidade livrr de um lobo. 
Desvio distal da raiz - tomando-se um dente isoladamente, 
notase que sua($ raiz(es) geralmente se desvia(m) distalmente. 
O terço apical6 o que mais se desvia. 
Trata-se de um deslocamento do eixo longitudinal da raiz em re- 
lação ao eixo da coroa. Pode ocorw em todas as direçóes, mas a 
prevalência maior é o desvio para a distal. 
O menor desvio observa-se na raiz d o incisivo central inferior e 
na raiz lingual das molares superiores. 
O desvio distal da raiz 4 explicado pela posição distalizada da 
artéria nutridora do dente durante a sua formação, com o msci- 
mento da raiz em diieção dessa arteria dental. 
Variacóes anatómicas - as formas dentais obedecem a um pla- 
no de 'constnição; com um padrao morfogenético prdprio, idivi- 
dual. Entretanto, as variações dessas lonnas são freqüentes. Bas 
ta olhar para as pessoas e notar dentes com aspectos diferentes, 
não apenas de cor e tamanho, mas também de contomo, forma e 
esimtura. 
Assim, o aparecimento de um tubérculo extra, de uma cúspide a 
mais ou a menos, de uma raiz supranumeraria sao variações que 
não raro aparecem. Nao se trata de anomalias dentais, porque 
estas interferem com a função. As variações anatômicas h o são 
diçfuncionais; não atrapalliam o funcionamento dos dentes. 
wriabBsf~nlr quanto d&nnc; p d e sofrer um pmcesso de hipdonlin, com o 
corw diminulo, conóide e. conwqilentenmte, dioslemos em mbos os lodos. O 
sepmdo mokr supuior opmento iimo grande vorido& &/OT>MB 720 SUOc(>- 
mo. Dos preniolems, or infmiorrs sdo os mais inconslontes qurmto Afirma. 
Arcos dentais 
Luir Altmdn Filho 
Tanloos dc.ntrsdeciùuoscomoospmunentes~rela~onam atra- 
vés de suas faces dc contato formando arcos, um supenor e outro 
inferior, de concavidade posterior (Fig. 1-19). 
Os autores, de forma geral, aceitam que a morfologia dos amos 
dentais pode apresentarse elíptica, parab6lica. hiperbólica, semi- 
circular em forma de V ou em f o m de U. Admitem ainda que a 
7~ ~ 
distância transversal, situada entre os primeiros e os segundos 
molares, 4 semore maior que a ântem-posterior e sempre dacio- 
nada com a largura da face, no;. eunprosopos, onde a face e mars 
larca, o euo transversal é maior que nos individuos leptopróso- 
pos que possuem faces altas e estreitas 
O diâmetm transvenale maior no 3K0 superior do que no &flor, 
o que nos faz entendcr porque o arco superior envolve o infenor 
O arco dedduo adota uma só forma, que 4 a de semicírculo, isto 
quando for considerado normal, independente de fatores que 
possam modifica-lo, como chupar dedo ou chupeta em excesso. 
Figura 1-19- Vista oclusai de modelos dos arcosdmLais 
superhr (acima) e inferior (abawo) Em ambos falta o 
tercem molar. 
Curva sagital de oclusão (Balkwill-Spee) 
(Fig. 1-20) 
Figun 1-20- Curva sagital de oclusáo 
18 
Quando observamos os arcos dentais por um plano sagital ou 
ânterc-posterior, notamos que existe uma curva deteminada pe- 
las faces odusais dos dentes, que comeca nos dentes molares e 
termina no canino. Essa nuva existe em funciio da situaciio aue 
. 1 - 
os dentes ocupam nos alvéolos, com alturas diferentes, o que não 
acontece na denticão decídua, onde os dentes estão implantados 
na mesma altura, deixando portanto de apresentar essa curva. 
A curva sagital de oclusão, que tambem pode ser chamada de 
curva de compensafão, inicia-se com a erupqão dos caninos e pre- 
molares e termina com a erupqiio dos segundos molares. 
A importbnna da curva de compensafiio 6 exatamente a de evi- 
tar contatos posteriores em movimentos protmsivos. 
Curva transversal de oclusão (curva de Wilson) 
(Fig. 1-21) 
Quando da obsewafão dos arcos dentais pelo plano frontal, nota- 
se uma curva transversal de concavidade superior. Essa curva 
passa pelos arcos das cúspides dos molares e existe devido h in- 
clinaqão dos dentes nos alvéolos, podendo sofrer modificafdes 
com o tempo, em k i i o dos desgastes sofridos pela denticão. 
Nos arcos dedduos também MO notamos a presenfa desta curva, 
pois nesse caso os dentes estão implantados peipendicularmente. 
Direção geral dos dentes 
O conhecimento da d i q á o geral dos dentes é de grande impor- 
tância em clínica, tanto em anestesiologia, quando se pretende 
uma inclinafão adequada da seringa, para a realizafão de uma 
técnica perfeita, quanto em especialidade como cirurgia, nas api- 
cetomiaç, implantodontia para a correta instalaqão dos cilindros 
e outras. 
Em cada arco deve-se considerar a inciinaqão ou direqão dos den- 
tes de duas formas: vestlbulo-lingual e mésic-distal. 
Figura 1-29 -Aspreto anterior de modelos de aEo. 
dentais em oclusão central. Os hreeiros molares estza 
surrntw. 
Figuro 1-30 -Asperto lateral de madeira de m o s 
dentais em aiusao cenhal. 0 s terceiros molares estão 
ausentes. 
A oclusão perfeita e muito dificil de ser observada, pois depende 
de uma harmaniosa integragão do aparelho estomatognático, que 
compreende os ossos, músdas, nervos, vasos, ligamentos, ATM 
e dentes. Ainda devemos considerar que, quando há a máxima 
intercuspidagãa entre os dentes do maxilar emandíbula, poderão 
ocorrer até 138 pontos de contato e esta posigão é considerada 
oclusão central (sobre odusão e posicóes da mandíbula ver maio- 
res detalhes nas páginas 90 e se&mt& do l ino Anatomia da Face, 
de M.C. Madeira, editado pela Samier, São Paulo). 
De uma forma simples devemos considerar alguns aspectou h- 
damentais no engrenamento dental em m a oclusão nomal: 
- todos as dentes de um arco, individualmente, devem ocluir com 
dois do m a oposto, com exceção dos incisivos centrais inferio- 
res e dos terciiros molares superiores, que ocluem única e ex- 
clusivamente com os seus hom6logos antagonistas; 
-os terias incisais ou oclusais das faces vestibulares dos dentes 
inferiores devem ser envolvidos pelos segmentos corresponden- 
tes dos dentes superiores; 
-nos dentes posteriores, as cúspides vestibulares dos dentes in- 
feriores devem acluir nas fóssulas centrais dos dentes superio- 
res e as cúspides Linguais dos dentes superiores devem ocluir 
nas fdssulas centrais dos dentes iníeriores, sendo chamadas de 
cúspides de suporte. 
/ Erupsão dental 
Mauni Airton Rulli 
(Figs. 1-31.1-32.1-33,134 e 1-35) 
A enipcão é o processo migratória que conduz os dentes, tanto 
decíduos quanto permanentes, desde seu local de desenvolvimen- 
to intra-óssea, penetrando pela mucosa gengival, até alcangarem 
e manterem sua posigão funcional na arco dental. 
Convémesclarecer, desdelogo, quea emergência ou irrompimento 
do dente, isto 6, a aparecimento da coroa dental na cavidade bu- 
cal, é apenas um dos eventos do complexo processo da erupção. 
A direcão do movimento do dente, durante a erupção, 6 resultan- 
tc .i,, crescimcnru denral. do crescimento do orro alveold~ e du 
crncimcntii do osso de suporte. isto C, da nax. la ou da mandibii- 
Ia. Ouabuer desequilíbrió no desenvolvimento destas eshuturas 
- A 
pode alterar a sentido da movimentação eniptiva, inclusive ao pon- 
to de provocar a indusãa do dente, ou seja, impedir sua erupgão. 
Na erupcão dental o movimento prevalente é o axial ou vertical 
aara a 'oilusal. mas ocorre tambek movimentacão do dente em r ~~ ~ ~~ 
todos os planos. Assim, pode haver inciinaqão para a mesial, dis- 
tal, vestibular ou lingual, ~imversão ou deslocamento no plana 
- - 
horizontal, para que seja atingida a posigão funcional. 
25 
.onu)l 
-um ossa~cud um orno> epeiap!nio> ias anap oe5dnia e ' se?s~o% 
--ai- a savz!n mas u i o ~ oiuauieuopelai a iwçuw opgueui elas 
anb eiedJepu?is!xa ens e epo) aiueinp 'souanbad sioquia 'saisnfe 
iaijos ap lan!ssed elas quap op leuo!>q oe5!sod e anb apsaa 
.en!ssed oe5dnia e p m e p 
. . . 
-03 sp lenpei% og5;sadxa e oquenbua ,sn!)e og5dnxa ope-ouap 
9 elpeui na elnqpueur oe5elx uia saluap sop o)uaui!noui 0 
.(ai!aq S p j DPPIOH 
.moo ~rarriuaql .oDernqn Z!PU mnod mn anb uiaq 
e m a p sop sniua% ~g -0p5~uuo) 
rua s a z ] ~ ~ snnr mo3 'op5drua 
apo!?u! rua opiw ~ u o " a ~ 
s F q u a 3 son!spq u> a raiuaa 
-suuad rauqou sar!a-d sg.osn 
uia n>nDI>aD SalUaD So SOM1 ruo3 
A época do irrompimento de um dente varia amolamente. nnr- 
A r-- tanto apenas aqueies casos que fogem muito da ampla faixa nor- 
mal de vanasão podem ser considerados anormais. De modo ee- 
- 
ral, ocom mais cedo nas meninas do que nos meninos e o retardo 
6 mais frequente que a aceleração. 
O desrnwluimento e a enip$a~ dos dentes sõoficetos do crescimento somóiico 
e, em deconkrcia, podem ser afitados pm/o tow sisfêmicos. ximente nos casos 
de creriimmto somdtico deficiente causado por distúrbio endórnno dme-se es- 
perar otroro g~ipraiizodo do inompimento dos dentes. Dentre os gldndulos 
mddninas, o hipbfise e a timdide slio os que erercem nloior contmle sobe o 
desenwlvimmto e iimmpimenlo drntois. Fotom locais, como por erertpio o 
/oito de ~ $ 0 no ano denfai ou a prejm$o de cistos, podem #Irosar e otb me* 
mo impedir o enip$üo. 
A erupsáo dos dentes, permanentes ou decíduos, pode ser divi- 
dida nas segujntes fases sucessivas: pre-eruptiva. oré-hmcional e 
. . . funcional. 
A fase pré-emptiva compreende a movimentacáo do eerme den. 
~-~ 
tal nas etapas iniciais do &u desenvolvimento, no intezor do osso 
em crescimento, a fim de colocar-se numa posisao adequada ao 
movimento para a oclusal.O término da fase pr6-eruptiva ocorre 
quando a coronogênese termina e inicia-se a rizog@nese, estando 
o germe dental ~ d h a d o . quase inteiramente, em uma criota 6 s 
A - 
sea. inicialmente, os dos dentes decíduos e permanentes 
ocupam uma cripta óssea comum, mas quando a morfogênese da 
coroa do deúduo esta quase conddda há crescimento de uma 
lâmina óssea interveniente que possibilita ao dente permanente 
ficar em sua própria cripta. 
Aofinoi destofose, em roros ocosidrs, o epitllio reduzido do drgõo & esmoite 
pode sqh.er ultero$&s qrsq.8 resultam na formo$Ro de um cisto, dmominodo cisto 
de mp$#o, que s dispdr arcundando a coma dental, ds uezewnusondopercep- 
tíuel oumrnto wiumitrico gengiwi e retardando o inompime,ilo~ 
Os dentes permanentes que possuem pwdecr~sorcs dcciduoscrr- 
culam complexa rnuvimcntaqáo antes de alcanqawm a posiçáo 
propicia à e n i p ~ ~ o Assim. osgemes dos incisivos r caninos pcr- 
mùnrnlrs iniciam >eu dernioliimentu em posiqão e ao nivel da 
regiãu curonhria do germe do dente deciduo entret,tnlo. no f~nal 
da fase pré-erupliva~ tais dentes localizam-se ainda em posisão 
lingual, mas agora ao nivel da região apical de seus predecesso- 
res decíduos. Os premolares iniciam seu dc~cnvolvimcnto em 
posiçào lingual r ao niiel da wgiJo da coroa dos mularr; dcci- 
duos; mair tarde Ficam situados enlrr as raizes divcrrenres des- 
" 
ses molares e, no final da fasepré-eruptiva, estão localiiados abai- 
xo das raizes dos molares dmíduos. Deve-se ressaltar, contudo, 
que tais alteraçdes de posicionamento também são devidas, em 
parte, ao crescimento em a l h a dos ossos de suporte, que nessa 
fase 6 muito rápido. 
A fase pr6-funcional vai desde o início da rizogênese até o pusi- 
cionamento do dente no plano oclusal. Quando se inicia a forma- 
ção da raiz ou raizes, a coroa dental comeca a ser imoulsionada 
em direçãu à mucosa gengival. O p r ~ m e ~ r i indício moriológico 
que um dente vai movimentarse para a oclusal é a inteira wab- 
surçio do trro de sua cripta 6isea. 6 nesta fase que ocorre o ir- 
rompimento do dente; assim, a coroa faz seu aparecimento no 
meio bucal quando a raiz ainda não está completamente formada 
e antes que o osso alveolar tenha atingido suas dimensõw funcio- 
nais. Dai a maior suçcetibilidade para o mau posicionamento nes- 
ta etapa da erupsão. 
Enquanto o dente se movimenta para a superfície, o tecido con- 
juntivo situado entre o epitélio reduzido do órgão do esmalte e o 
epitélio gengival vai desaparecendo. Quando a borda incisai ou 
as cúspides se aproximam da mucosa gengival, o epitélio reduzi- 
do do órgão do esmalte e o epitélio gengival bionam-se. A con- 
tinuasão do movimento emptivo determina a mptura do epitélio 
fusionado sobre a borda incisal ou topo da cúspide, e o dente 
irrompe no meio bucal. 
A fase hincional comprrende o periodo em que. ap& ah?qrrrm 
u plano oclusal. os dente- continuam tendo movuncnlos para jc 
aistarem cntre ii. L,reii,corwm prevalenrnnenlc na dirqáooclu- 
so-mesial e é graças ao deslocamento mesial que os pontos de 
contato entre dentes vizinhos são mantidos. O movimento oclu- 
sal, aliado a uma deposição de cemento apical, compensa o des- 
gaste oclusal funcional, com a finalidade de manter a adequada 
rela~áo dos arcos dentais entre si. 
A velocidade da emocão é muito mais rápida antes do que após .. - ~~ . . 
oconl~tooclusal, podendo. entretanto. ace lerar -~enov~mcnteap~~ 
a ceda do antasonisra, ar" possioi.itanrlo pequena extmsio além 
d i plano oclusai, isto O u& sobreenipfão 
Troema agudo intenso pode resultar n. pirniio da eriipçao etivn se, durante a 
fase finiionnt, o iigntnrnto p ~ n ~ d ~ t ! t ~ l for senometiir lesado, com ocorr8ncia 
de reabsor$60 rodicnlnr e aposipro dssen no erpna perlodotrtai inia,ido à ariqui- 
iosr, isto é, ofiisão do roir dentni com o osso olueolar, o qire impedirú a movi- 
me,?lo$ão derital prirn R O C I I L S ~ ~ . 
Muitas foram as hipóteses aventadas para explicar o mecanismo 
da rrufiào. no cnranro. nenhuma dela- conseguiu anda aprrsrn. 
tar argumcnraq30 que pos-a, -em wstrição cxperimental, iomd-Ia 
nlcnamenlc ~crira. L;>d.~s a- e-rrururas envolvida- na odonlog6- r-- ~~~~~~ 
nese e na constituição do complexo dento-aiveolar já foram, em 
uma época ou outra, apontadas como o agente que gera a forsa 
capaz de impulsionar o dente em diresão oclusal. 
Atualmente, o ligamento periodontal é tido como a estruha ca- 
paz de gerar a forsa eruptiva principal, sendo que nos dentes de 
crescimento contínuo, como os dos roedores, as fibroblastos do 
Ligamento periodontal são os principais responsáveis pela gera- 
ção da for<= emptiva principal. 
Exfoliação dos dentes decíduos 
Consiste na eliminação fisiológica desses dentes, em consequên- 
cia da reabsorqão de suas raizes, antes de sua substituição pelos 
sucessores permanentes. 
Admite-se que as células multinucleadas de reabsor~ão possam 
diferenciar-se no tecido conjuntivo como resposta à pressão exer- 
cida pelo dente permanente em crescimento e em movimento para 
29 
a oclusal. Entretanto, a reabsorção radicular pode acontecer mes- 
mo no caso de ausência do germe do dente permanente devido a 
fatores suprrvrnientes como a sobrecarga oclusal. 
A pressão &-se inicialmente sobre o osso que separa o alvéolo 
do dente decíduoe a cripta da dente permanente e depois sobre a 
raiz dental. Devido à posição do germe do dente permanente, a 
reabsorião dos incisivos e dos caninos deciduos começa ao nível 
do terco apical da face lingual; o germe do dente permanente se 
gue uma d i o ocluwtl e vestibular. Quando o dente permanen- 
te está locaüzado perfeitamente abako do decíduo, a reabsarç50 
deste se faz em planos transversais e o dente erupciona na posi- 
qão ocupada pelo dente dsíduo; nesses casos o deciduo 4 exfo- 
liado antes de aparecer o dente de substitui~ão, enquanto nos ou- 
tros casos o dente permanente pode fazer sua empqão, embora o 
denk decíduo continue em seu lugar. Nos molares deciduos a 
reabsorião das raizes comeqa nas superfícies radiculares volta- 
das para o septo inter-radicular, pois os gemes dos premolares, 
de início, encontram-se entre as rakrs dos molares dedduos. 
Em condições normais, a reabsoqão radicular e a lise do tecido 
pulpar são indolores e assintomáticas, iniciam-se pela pmsão do 
dente permanente, mas também sofrem influência da debiiitaqão 
doe tecidos de sustentaçlo do dente dwlduo, causada pela reab- 
sorqão radicular e pela migraqáo da aderência epitetial do dente 
decíduo em diwão apical aumentando a coroa clínica. As forças 
mastigatórias aumentam com o crescimento dos músculos da 
mastigaqão, e os hábitm aiimentares tornam-se mais vigorosos, 
de modo que devido a destruição do periodonto de inserção elas 
são transmitidas ao osso como pwssáo, coadjuvando a queda do 
dente decíduo. 
O processo de queda apresenta períodos de gmdqatividade e 
de repouso dativivo; duranteosperíodos de repouso relativo, além 
de não haver reabsorção, pode ocorrer reparacão por apasicão de 
cemrnto e/ou osso. 
Remanescentes dos dentes decidiroi podem iicopar à mobsor(60 r pnmdnrce- 
rem duronte coto h m p ; isso ocorre com rniior lrrqü3ncis com os molorts 
declduos yiie t#ni um didmetm moior do yun o do pmmolor de ~ubstiltii(i.o; 
todovi.? raiduos scnlo rrobsumidor pmpTstuomenle. 
Oirtmfimr de pemonêncio do denlr &c"iuo por mobr t m p o l o ousbob do 
@ m e do dtnle pomanmle de substiluiqlu. n w e e c o denomina-re o dente 
deciduo de denlr retido; ds wres, elesficom duronte longo tempo $ bom aito- 
dofinuncianal, moi, coinummb. os sum raizes 90 nobsonildor pelo fobrecnrga 
mosliptdno e eles acabam rxfoliodor. 
Em olprmos oporlunidodes, o hoamo ocl!d~~/pode dcterminirr o onqiiilore do 
dmle declua oo inv4r h run queda; nesses <mr, a drilte $70 d s p z n suo 
emp'do otir'4 e pnmonair em u m dtlelwminodo oltur~,ficondo poste~omente 
oboirodor s u l niiinhor Tue mnlinuomrn sua eniiyPo ~Pltimt. 
C importante nswltar, sobretudo para oplico'ao clínica, que o q s a d ~ pmocr do 
drnlr decídiio pode ocebrar ir eniwao do sucessor pirmonml se a a p q o p 
mntido, wro mntrdrio, palerd kovpr retnrdo ou mp@o A-ldpiui, ir10 é, foni 
Anatomia individual 
dos dentes 
Descrição anatômica dos dentes permanentes 
A anatomia exterior dos dentes deve ser muito bem conhecida. O 
estudo simplesmente teórico nào basta. O aluno precisa estudar a 
descriqáo detalhada do dente com exemplares deles nas máos. 
Alem de dentes naturais, macromodelos de gesso ou resina e 
modelos de arcos dentais ajudam a entender os aspectos que se 
quer ensinar. O desenho e a esculhira em cera seio tambhm valio- 
sos meios de aprendizagem da anatomia dental, além de desen- 
volverem a habilidade psicomotora. 
As descriqões feitas a seguir sáo para dentes sem desgaste. O des- 
gaste altera a forma; as cúspides, por exemplo, têm vértices agu- 
dos quando empcionam, mas logo se arredondam com o desgas- 
te mastigatório. 
A respeito disso, o Dr. Himmi Yon-a faz olgumor ob- 4 . Nos indivlduos com pndomindncio de respiroyão bu- 
~ervoy@~, que aqui $60 h~nrcritoi: "No dia..-dia d~ prd- cal, os nlos mastigotóno e de degluliyão rdo p7turba- 
liro cliniro, o omtomio denlol nprcsoito vorio'&s sregun- dor pelo necessidade de respiro'&, e o mnstigayõo n& 
da inoliuoi mais diversos. A descri'& P cldsrico somente se desoivolue, com ronreqiienle desgoste fisiológico di- 
em rami odolescmles. onde "do houve o triste lesão tario- minuído. O númem de moiimrntos mastigatdrios por 
SI? I con~eqümtmemrnte a iniervenyao pro/issionol. bolo alimmlor é mmor e a folla de fnryão do olimenla 
~ ~ 
Eniw os motivei que modificam o o n o ~ o ~ i ~ do dente po- na F"@UQ msin a d o m a ~ i o d o n t a l e consevuente 
demos cilor: perda órrw e mudonyn no dilydo dmte/osso alueolor/ 
gengiva. I . A antrapolipologia concorre poro definir olgumor wri- 
ávsis. L% individi~os langilíneor e dolimcéfalos ilpre- 5. A i o t m g m i ~ rm deztistira nstourodoro r prdtse den- 
sentam dente onde, no mloydo comprimrnto/lorguro, tal no deconn da vida também pode oltsror robrema- 
o romorirnrnto ordomino. com cúsoides mais altos e "eira o oniliomio dental. 
diJereny~ ndo s @ Ido pmnunciodo como no biótipo 
I anterior: cúspides botroi, vertentes menos ír tpmrs . A imporbnle suniíor se o desgoste dental apresentado 
niiscigmnyao dos gnrpoi étnicos, muilo intenso no Bia- pelo paciente no nmmento em que estd sentodo na cndei- 
: sii, di/irulta um poitco o distinyõo doi raradnísticor ro pmfirrionol é compolivel com o suo idade, reé unifor- 
iróvrior de todo rato ou biótim. m em ambos a i hemi~rcor ou se apresetita mais pronicn- 
. . / 2. Outrn vor;ivsi, lomblm perc&vel, o mbitoi t i d o em um dos hmiarcos. procurar posslueis causas 
I olimoililres e m.stigotórioa bil,,terol, uniloler,,l ou dor anormaliddes presentes, e destas observoydes orkn- prrdomindnri,, de um doi Nos fomnioS, onde o 1 w p m tentar corrigir cerlor lulbitos mmiiggotórios e, se 
alimrnt,,ydo baseio em mossBs, psrcek.se poiLco da. houver reconstruydo protético, adequar o trabalho ri ana- 
goits doi denla no deconm do "ida. Em se tr~tondo de 
~ r o i i l , o rrgionoli~mo olimsnlor rr for notar Hooendo de considerar que rr um paciente se opresenlo 
3. Não dewmas s q u e r n que no curso do vido ,,mo pm. no conrulMno, com 35 anos de idade, com o passar do 
Ia da mulacão ocobo indendo o l ~ n s e lmmlos doi- tempo, somnrd onoi e "ao regredird. No curso de I0 anos 
tais, fora essi trons/on&ndosr & rtiolagio de Ebitos 
unilater~k, o que oconetoid nn oltnoyão do onotomin 
pela soliciioydo contínuo de um dos lados. A sxtroyão 
de um rlemmto cairiari o mirdanyo do formo dentol 
tombem pelo migmyRo ou inrlinoyb. Na doenyo @o- 
dontol, perdn ósieo oiveolor r conseqüente rirurgia, o 
IopogroJia denle/ososro aloeotor/gengiw sofre drdrtico ol- 
tsray8o em relilyão d anotomio descrito em livmr. 
por exemplo, quiindo o paciente estiver com 45 anos. a 
reloyao dmie/os/osro olveoior/gengiira também estard olle- 
rodo. A pr6tess deverá t n uma anolomiil dental que pm- 
cure 'ocompotihnr'o desgoste notur~l que os dmni s den- 
tes n~turnis sofrerüo no decorrer dor anos. Ndo poder6 
ter um# anatomia 'esMtio?' de 35 inm. Os dentes nalu- 
roi$ deusrão sqhei rerontomeamento onotdmico paro "do 
acelerar o reabsoryão drsea oltzeoleoiar" 
Incisivo central superior (11 ou 21) 
(Figs. 2-1,2-2 e 2-3) 
Dente absolutamente indispensável na estética facial e o mais 
importante na articula(áo das palavras para a emissão de sons 
linguo e lábio-dentais. 
Como todos os incisivos, tem forma de cunha ou de chave de 
lenda, para cortar alimentos. Sua face vestibular apresenta dois 
sulcos rasos de disposição cérvico-incisal, conseqüência da fusáo 
dos lobos de desenvolvimento. Como nos demais incisivos re- 
cém-empcionados. ele exibe borda incisal serrilhada, pela pre- 
sença de h& eminências arredondadas. São pequenos tubérculos 
que, h semelhanca dos sulcos vestibulares. constituem vestieios 
-~~~ da separacão dos~lobos de desenvolvimento. Depois que os incisi- i 
vos completam a erupção e adquirem uma posicão funcional. o uso 1 
e a atrip.0 o graduai desapwcken~o dasas saliências. 1 
Face uestibular - vista por esta face, a coroa c? estreita no terso 
cervical e Larea no terco incisal. Isso sienifica que as bordas mai- 
" - 
a1 e distal convergem na dire~ão cervical. Mas a borda rnesial4 
mais reiilinea e continua em linha com a superfície mesial dn raiz. 
A borda distal é mais convexa, mais inclinada, e ao encontrar a 
superfície distal da raiz o faz em ângulo. 
O ângulo mésio-incisal b mais agudo do que o dngulo disto-inci- 
sal, que é mais oblum ou arredondado. Se o rnésio-incisal for um 
pouco arredondado, o disto-incisal será mais ainda. O desgaste 
excessivo faz desaparecer o arredondamento dos ângulos. 
Por causa da inclina$ão da face distal e do arredondamento do 
ãnguio disto-incisal, a brea de contato dista1 situa-se mais cervi- 
calmente (mire os terqos médio e incisíil) do que a área de contato 
mesial, que se situa bem próxima ao ângulo mffiio-incisal. 
Face linmrnl- é mais estreita do sue a precedente emvirtudeda 
" . . 
convergência das faces mesial e distal para a lingual. Seu terco 
cervical mostra uma saliência arredondada bemdesenvolvida cha- 
mada cíngulo. Em seus tercos médio e incisal observa-se unia 
depressão - a fossa linrual - de profundidade variável, depen- 
- 
dendo das elevagóes que a c i m d a m . Limitando a fossa lingual, 
as cristas marginais mesial e dista1 também variam em proemi- 
" 
nência em diferentes dentes. As cristas marginais são espessas 
próximo ao úngulo e váo perdendo espessura à medida que se 
aproximam dos dngulos incisais. Com isso a fossa lingual vai per- 
dendo profundidade ao se aproximar da borda incisal. 
Cnsiar margin~is slmados dáo ao incisiuo central superior uma @mo de pá. 
Erloformd é m ~ i s comum entre os omorelas. Jopaeses P ~ 0 1 s drscendents, por 
exemplo, nao rmo. exibem crisias morginois erlremonunle desenvoluidm na 
superfirie lingirol do como. 
O cingulo tem, às vezes, uma extensão queinvade a fossalingual. 
Sulcos, fossetas ou forame cego Mo são comuns nesta face do 
~ ~ dente. 
Faces de contato - as vistas mesial e distal deste dente ilustram 
o seu aspecto de cunha. As faces vestibular e lingual convergem 
arrnbdamente na dire$ão incisal. Ambas as faces têm uma in- 
clina$%~ lingual, de modo que a borda incisal e o ápice da raiz 
fiquem cenhados no eixo longitudinal do dente. Como em todos 
os incisivos, sua face vestibular é convexa, porém os tercos médio 
e incisal são planos. 
Por este ângulo de observasáo pode-se ver o bisel da borda inn- 
sal, que avansa pela face lingual, quando há desgaste. 
Figura 2.2 -Inci>iiur central e 
la t s r i l supenu~3 ii,tur por 
verlib-lar Ormcmdernhoea 
superporiçao d o primeiro (linha 
cheia) ao regindo (r6pUca e m linha 
interrompida), para melhor 
mmparaçao. 
O diâmetro mésio-dista1 é grande no teKo cervical, diminuindo 
Immou menos junto h linha cervical. 
Raiz - tem forma grosseiramente c6nica. mas na reaüdade sua 
seccao transversal é trianaular com ân~ulos arredondados, por- 
- 
que é mais larga na vestibular do que na lingual. Corresponde a 
uma vez e m quarto do comprimento da coroa. O ápice costuma 
ser rombo e Mo se desvia muito para a distal. 
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Figura 2-10 -Caninos superior e 
inferior vistos par vestibular O 
breeim desenho6 a superposigão 
do primeiro (linha &da) ao 
seyndo (empariqlo invertida e 
Unha interrompida), para meiihoc 
mmparaqãa 
nado. O maior e mais pronunciado declive distal toma o âneulo 
-~ 
disto-incisal mais arredondado e mais deslocado para a cervical 
do que o ângulo méçio-incisal. 
As bordas mesial e distal convergem para o colo; a convergência 
da boda distai é mais acentuada. A boda mesial é mais alta e 
mais plana do que a borda distal, que 6 mais baixa e mais arre- 
dondada. As áreas de contato estão em niveis diferentes; a posi- 
ção da área de contato distal é mais cervical (no terço médio). 
A face vestibular tem no centm uma elevação longihidinal em 
f o m de crista que termina na ponta da cúspide. fi acompanha- 
da de cada lado por sulcos rasos, que dão um aspecto hilobado à 
face, sendo que o lobo central é o mais proeminente. 
A cúspide está alinhada como longo eixo do canino, isto é, o eixo 
passa pelo Bpice da raiz, corta todo o dente e alcan~a o vértice da 
cúspide. 
Toda a face vestibular é bastante convexa. Quando vista por inci- 
sal, seu contorno convexo mésio-dista1 mostra uma particulari- 
dade própria dos caninos (superior e inferior): a metade mesial é 
mais mnvexa, mais proeminente, mais projetada para a vestibu- 
lar do que a metade distal. 
Face lingual -tem a mesma silhueta da face vestibulas mas é 
mais estreita, principaimente no terw cervical, devidoà conver- 
ghcia pmnuiciada-das faces de contato para a lingual e para a 
cervi:al. As :ristas marginaii e o cingulo s5o bem drssnvolvidos 
no canino superior. O c k d o é espeualmente robusto, lembran. 
- 
do u n a pequena cúspidd Esta :omumen[? aeparado da fosa Ln- 
gual por umauicode pmfundidad? vanável Fmquentementeesib 
unido à cúspide por uma crista cérvico-incisal, semelhante &que 
Ia da face vestibular. Quando presente, esta crista lingual dividea 
fossa lingual, que já é rasa, em uma mesiai e outra distal, mais 
rasas ainda. Algumas vezes a face lingual é lisa, sem a presença 
de crista ou fossas. 
Faces de contato - as faces meçial e distal çao triangulares, lisas 
e convexas em todos os sentidos. A face mesial é maior e mais 
~ ~ 
plana. Comparando com os incisivos. o canino é bem mais espes- 
so vestlbulo-linnualmente, a linha cervical tem uma curva mais 
aberta e a bordãvestibular é mais convexa. Quando desgastada, 
a borda incisal mosha um plano inclinado em dirrçao lingual. 
Raiz - é cBMca, fortissima. Longa (pode chegar ao dobm do com- 
primento da coma) e reta, raramente se desvia acenhiadamente 
para a distai. ~ecci&ada transversalmente, tem aspecto ova1,com 
maior diâmeho vestibular. fi sulcada lon@tudinahente nas su- 
periicies mesial e distal. 
Canino inferior (33 ou 43) 
(Figs. 2-7,2-10 e 2-11) 
Em comparação com o canino superior, o canino inferior tem a 
coma mais Longa e estreita. Na realidade, ela habitualmente é só 
um pouco mais longa, mas a sua reduzida dimensao mésio-dista1 
dá-lhe a aparência de coma bem alta. 
Figuia2-ii -Canino inferior TrPs 
exemplares virios pelas faces 
vestibular, h p a l e mesiai, 
Face vestibular - por ser um dente mais esh.eito que o canino 
superior, sua face vestibular é mais convexa mas não tem a crista 
cérvicc-incisal tão marcada. Os sulcos de desenvolvimento são 
apenas vestigiais. A borda mesial é mais alta que a distal, mais 
retüínea, e continua alinhada com a superfície mesial da raiz. A 
borda distal, mais inclinada e curva, f o m um angulo com a su- 
períície distal da raiz. Como o dente é mais estreito, a convergên- 
cia dessas bordas para a cervical é menor em relaçso ao canino 
superior. 
Tal como no hom8nimo superior, a coroa não tem çimehia bilat* 
ral porque o segmento mesial da aresta longitudinal da cúspide é 
menor e mais inclinado (quase horizontal) do que o distal. Os 
ângulos m6çio-incisal e disto-incisal e as áreas de contato se dis- 
póem como no canino superior. 
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