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Perfil e processo de trabalho dos ACS

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Perfil e processo de trabalho dos 
Agentes Comunitários de Saúde
MINISTÉRIO DE TRABALHO
Ministro do Trabalho
Ronaldo Nogueira
Secretário de Políticas Públicas de Emprego
Leonardo José Arantes
Diretor do Departamento de Políticas de Empregabilidade
Higino Brito Vieira
Chefe da Assessoria de Comunicação Social (ASCOM)
Angelo Marcio Fernandes de Sousa Filho
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Reitora
Márcia Abrahão Moura
Vice-reitor
Enrique Huelva
Decana de Pesquisa e Inovação
Maria Emília Machado Telles Walter
Decana de Extensão
Olgamir Amancia
Coordenação do Projeto Qualifica Brasil
Thérèse Hofmann Gatti Rodrigues da Costa (Coordenadora Geral)
Wilsa Maria Ramos
Valdir Adilson Steinke
Luis Fernando Ramos Molinaro
Humberto Abdalla Júnior
Rafael Timóteo de Sousa Jr
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia –
IBICT
Cecília Leite - Diretora
Tiago Emmanuel Nunes Braga
Realização
Instituto de Artes (IDA-UnB), Instituto de Psicologia (IP-UnB), 
Instituto de Letras (LET-UnB), Departamento de Engenharia 
Elétrica (ENE – UnB), Departamento de Geografia (GEA – UnB), 
Faculdade de Ciência da Informação (FCI-UnB).
Apoio 
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC-MEC)
Gestão de Negócios e Tecnologia da Informação
Loureine Rapôso Oliveira Garcez
Wellington Lima de Jesus Filho
Coordenação da Unidade de Pedagogia
Danielle Xabregas Pamplona Nogueira
Lívia Veleda Sousa e Melo
Gerente do Núcleo de Produção de Materiais
Rute Nogueira de Morais Bicalho
Autores
Fátima Sonally Sousa Gondim
Everton Luis Pereira
Equipe de Designer Instrucional
Rute Nogueira de Morais Bicalho
Janaína Angelina Teixeira
Márlon Cavalcanti Lima
Simone Escalante Bordallo
Virgínia Maria Soares de Almeida
Marcus Vinicius Carneiro Magalhães
Revisor ortográfico
Samantha Resende Nascimento
Ilustrador
Ana Maria Silva Sena Pereira
Desenvolvedor de Vídeos Animados
Paulo Fernando Santos Nisio
Desenvolvedor de Ambiente Virtual de Aprendizagem
Osvaldo Corrêa
Projeto Gráfico 
Márlon Cavalcanti Lima
Ficha Técnica
Este material foi produzido por conteudista(s) da Universidade de Brasília (UnB) exclusivamente para a Escola do Trabalhador.
Licença de uso e compartilhamento Creative Commons Atribuição-Não Comercial – Sem Derivações 4.0 Internacional.
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
Perfil e Competências 
Profissionais dos ACS
Tema 2Tema 1
Processo de trabalho do ACS 
e a Equipe
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facilisis massa auctor ut. Curabitur
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Tema 3
Humanização do cuidado na 
ESF
O que você vai estudar
Bem-vindos! Durante nossa jornada, que divide-se em três temas,
conheceremos o perfil do Agente Comunitário de Saúde (ACS) e seu
processo de trabalho.
No Tema 1 falaremos sobre o perfil das competências profissionais do
ACS. Para isso, entenderemos melhor o conceito de ACS, a profissão, a
formação do ACS e as competências profissionais necessárias para esta
formação.
Tema 1 Perfil e competências profissionais 
do ACS
O que é um Agente Comunitário de Saúde? 
É um profissional que compõe a equipe multiprofissional nos serviços de
atenção básica à saúde. Suas atividades transcendem o campo da saúde
na medida em que requerem atenção a múltiplos aspectos das
condições de vida da população. Estas características constituem
atributos de generalidade deste profissional e o situa como categoria
muito particular, não comparável ou agrupável com outras
historicamente existentes no campo da saúde.
O ACS é um personagem fundamental, pois é quem está mais próximo
dos problemas que afetam a comunidade, é alguém que se destaca pela
capacidade de se comunicar com as pessoas e pela liderança natural que
exerce.
O que é um Agente Comunitário de Saúde? 
O profissional ACS realiza atividades de prevenção de doenças e
promoção da saúde, por meio de ações educativas em saúde realizada
em domicílios ou junto às coletividades, em conformidade com os
princípios e diretrizes do SUS; e estende, também, o acesso da população
às ações e serviços de informação, de saúde, promoção social e de
proteção da cidadania.
O trabalho do ACS é considerado uma extensão dos serviços de saúde
dentro do seu território, pois ele representa um “elo” entre a comunidade e
o serviço de saúde.
O que é um Agente Comunitário de Saúde? 
Algumas das ações desenvolvidas pelo ACS são:
o Realizar mapeamento da área de atuação;
o Cadastrar famílias de sua micro - área e manter atualizados;
o Identificar, junto com a equipe, as áreas e famílias de risco;
o Realizar mensalmente as visitas domiciliares as famílias de sua responsabilidade;
o Participar do processo educativo levado às famílias;
o Incentivar a participação comunitária;
o Discutir com a equipe a realidade da comunidade onde atua e contribuir para
possíveis soluções de problemas;
o Comunicar a equipe sobre casos de doenças que necessitam de notificação;
o Participar de grupos educativos;
o Verificar se as crianças estão com vacinas em dia.
SAIBA MAIS
A profissão do ACS
A profissão de ACS foi criada pela Lei nº 10.507, de 10 de julho
de 2002, que define seu exercício como exclusivamente no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e sob a supervisão do
gestor local (municipal) em saúde.
A Portaria GM/MS nº 1.886, de 18 de dezembro de 1997,
estabelece as atribuições do ACS, e o Decreto Federal nº 3.189,
de 04 de outubro de 1999, retrata diretrizes para o exercício de
suas atividades, possibilitando uma proposição qualitativa de
suas ações e evidenciando um perfil profissional que concentra
atividades na promoção da saúde, seja pela prevenção de
doenças, ou pela mobilização de recursos e práticas sociais de
promoção da vida e cidadania, orientando os indivíduos, grupos e
populações, com características de educação popular em saúde
e acompanhamento de famílias.
Decreto Federal nº 3.189, de 04 de outubro de 1999, que fixou
as diretrizes para o exercício profissional deste trabalhador.
A Lei nº 11.350, de 5 de outubro de
2006, regulamenta o § 5o do art. 198
da Constituição, e dispõe sobre o
aproveitamento de pessoal amparado
pelo parágrafo único do art. 2o da
Emenda Constitucional no 51, de 14
de fevereiro de 2006, e dá outras
providências. Essa Lei abrange as
atribuições do ACS e do ACE de
maneira ampla e aprofundada.
Portanto, também recomendamos a
leitura.
IMPORTANTE
Competências Profissionais do ACS
As competências explicitam as capacidades às quais se recorre para a
realização de determinadas atividades num determinado contexto
técnico-profissional e sociocultural. Logo, a competência profissional
do ACS inclui capacidades, atividades e contextos, tratando da
combinação de conhecimentos, habilidades, experiências e
qualidades pessoais usadas efetivamente e apropriadamente em atos
individuais e coletivos, como resposta às várias circunstâncias relativas
à prática profissional.
Entender competência profissional nestes termos possibilita considerar o
trabalhador como capaz de conhecer a utilidade e os impactos das
ações que ele realiza, de compreender que os grupos sociais não
são abstratos ou distantes, sendo possível conhecer suas
necessidades e modos de viver e, sobretudo, de compreender a
importância do processo de interação da equipe de trabalho com
os indivíduos, grupos e coletividades com os quais trabalha.
Conceitos
Cada competência proposta para o ACS expressa uma dimensão da
realidade de trabalho deste profissional, ou seja, o local onde ele está
inserido,e representa também um eixo estruturante de sua prática, de
acordo com a perspectiva de construção da organização do processo
de formação e de trabalho.
Um processo formativo para desenvolver competências profissionais
deve ocupar-se da montagem de fatores de aprendizagem críticos,
reflexivos, significativos e participativos.
A formação e desenvolvimento profissionais sugerem as seguintes
identificações técnicas, ética e humanística do que compete ao
profissional de saúde e que competências são requeridas para que os
usuários das ações e serviços de saúde se sintam atendidos em suas
necessidades diante de cada prática profissional.
Processo formativo
Competências Profissionais do ACS
Compete aos ACS, no exercício de sua prática, a capacidade de:Processo formativo
Mobilizar e 
articular
Habilidades
Atitudes
Ações de 
apoio
Educação 
popular
Competências Profissionais do ACS
Competências Profissionais do ACS
Os ACSs devem mobilizar e articular conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores requeridos pelas situações de trabalho, realizando
ações de apoio em orientação, acompanhamento e educação
popular em saúde a partir de uma concepção de saúde como
promoção da qualidade de vida e desenvolvimento da autonomia diante
da própria saúde, interagindo em equipe de trabalho e com os
indivíduos, grupos sociais e populações.
A participação popular corresponde deve ser estimulada no dia a dia
de trabalho do ACS no território, como também nos espaços de controle
social.
IMPORTANTE
A competência profissional incorpora três dimensões do saber:
Competências Profissionais do ACS
Habilidades • Saber-fazer
Conhecimentos • Saber-conhecer
Atitudes • Saber-ser
Processo formativo
Competências Profissionais do ACS
A dimensão saber - ser (produção de si) é considerada transversal a todas as competências e
se expressa por capacidade de crítica e reflexiva de mudança ativa em si mesmo e/ou nas suas
práticas. O saber - ser incorpora:
a) interagir com os indivíduos e seu grupo social, com coletividades e a população;
b) respeitar valores, culturas e individualidades ao pensar e propor as práticas de saúde;
c) buscar alternativas frente a situações adversas, com postura ativa;
d) recorrer à equipe de trabalho para a solução ou encaminhamento de problemas identificados;
e) levar em conta pertinência, oportunidade e precisão das ações e procedimentos que realiza,
medindo-se pelos indivíduos, grupos e populações a que refere sua prática profissional;
f) colocar-se em equipe de trabalho em prol da organização e eficácia das práticas de saúde;
g) pensar criticamente seus compromissos e responsabilidades como cidadão e trabalhador. A
dimensão saber-fazer (domínio prático) e a dimensão saber-conhecer (domínio cognitivo)
referentes a cada competência dimensionam a atuação desta categoria profissional.
IMPORTANTE
A ação do ACS favorece a transformação de problemas que afetam a qualidade
de vida das famílias/indivíduos, como aquelas associadas ao processo saúde-
doença, podendo está relacionado ao: saneamento básico, destinação inadequada do
lixo, condições precárias de moradia, situações de exclusão social, desemprego,
violência intrafamiliar, drogas lícitas e ilícitas, acidentes, entre outros fatores.
Os ACSs trabalham no apoio aos indivíduos e aos coletivos sociais – por meio
da visita domiciliar ou ações em espações comunitários (unidade básica, escolas,
igrejas, entre outros) – identificando as situações mais comuns de risco em
saúde, atuando: na orientação; no acompanhamento; e na educação popular em
saúde, estendendo as responsabilidades das equipes locais do SUS.
Essas atividades colocam em ação conhecimentos sobre prevenção e solução de
problemas de ordem sanitária, mobilizando práticas de promoção da vida em
coletividade e de desenvolvimento das interações sociais.
Atuação
Competências Profissionais do ACS
Competências Profissionais do ACS
Para o ACS realizar um bom trabalho, é necessário:
o conhecer o território;
o conhecer não só os problemas da comunidade, mas também suas
potencialidades;
o estar sempre vigilante;
o ser ativo e ter iniciativa;
o gostar de aprender coisas novas;
o observar as pessoas, os lugres, os ambientes de maneira atenciosa;
o agir com respeito, ética e humildade com a comunidade e os demais
profissionais da equipe.
IMPORTANTE
As competências que definem o perfil do ACS estão distribuídas em três âmbitos de atuação deste
profissional, a seguir dispostos:
Perfil
Competências Profissionais do ACS
IMPORTANTE
A promoção da saúde e a
prevenção de agravos como eixos
estruturantes e integradores do
processo formativo, buscando
garantir a integralidade de suas
ações, segundo os contextos onde
se desenvolvem as práticas
Mobilização Social.
Promoção da Saúde e Prevenção
de Doenças.
Monitoramento das Situações.
Competências Profissionais do ACS
O ACS pode participar de reuniões
locais de bairro, como por exemplo
as de Associações, como também
a nível municipal, como as do
Conselho Municipal de Saúde.
Estes são espaços importantes
onde a população discute sobre
problemas locais e melhorias.
Mobilização Social
O ACS é um profissional muito importante frente à
mobilização social. Pois, existem situações que exigem do
profissional mobilizar a comunidade e seus usuários para
algumas ações em saúde no território. O elo do ACS com
a comunidade permite afeto e maior adesão às propostas de
melhoria da saúde e na prevenção dos agravos que
acometem a população.
Todas as ações são importantes e a soma delas qualifica o
trabalho. Dessa forma, é fundamental compreender a
importância da participação popular na construção da saúde,
estimulando assim as pessoas da comunidade a
participarem das discussões sobre sua saúde e o meio
ambiente em que vivem, ajudando a promover a saúde e a
construir ambientes saudáveis.
SAIBA MAIS
Perfil
Competências Profissionais do ACS
As ações de promoção da saúde são importantes no cotidiano do ACS. São medidas que são planejadas
junto com a equipe para melhor atender as necessidades da comunidade/usuários. Estas ações são voltadas
a prevenção de doenças e agravos, ou seja, medidas preventivas que são realizadas antes de acontecer
algo. Por exemplo, O trabalho do ACS com os Agentes de Combate as Endemias (ACE) que trabalham a
ações educativas no combate ao aedes aegypti.
As ações de promoção da saúde são aquelas que irão contribuir para proporcionar autonomia ao individuo e
à família, com informações que os tornem capazes de escolher comportamentos que vão favorecer a sua
saúde, que estão relacionadas a diversos fatores, tais como:
Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças
Estilo de 
vida
Condições de 
trabalho
Educação Lazer Cultura Reabilitação
Perfil
Competências Profissionais do ACS
Todas essas são ações que contribuem para a melhoria da saúde
dos usuários, e devem ser acompanhadas e monitoradas pelo
ACS e a equipe, pois correspondem aspectos relacionados ao
processo saúde – doença, e os riscos que a comunidade pode
está exposta. Saúde não corresponde apenas a ausência de
doença, mas a garantia ao acesso à educação, lazer, cultura,
trabalho, entre outros.
Para isso, é importante que o ACS conheça o que representa
risco para os usuários.
Monitoramento das SituaçõesPerfil
Competências Profissionais do ACS
Exemplos de situação de risco:
o Bebês que nascem com menos de dois quilos e meio;
o Crianças desnutridas;
o Filhos de mães que fumaram, consumiram bebidas alcoólicas e/ou usaram drogas na
gravidez;
o Gestantes que não fazem o pré-natal;
o Gestantes com diabetes e/ou pressão alta;
o Acamados;o Pessoas que precisam de cuidadores, mas não possuem alguém que exerça essa função;
o Pessoas com deficiência que não têm acesso às ações e serviços de saúde, sejam estes de
promoção, proteção, diagnóstico, tratamento ou reabilitação;
o Pessoas em situação de violência;
o Pessoas com peso acima da média e vida sedentária com ou sem uso do tabaco ou do
álcool.
SAIBA MAIS
No Tema 2, falaremos sobre o processo de trabalho do ACS e sua relação
com a equipe. Para isso, conheceremos melhor os conceitos de processo de
trabalho, equipe de saúde e outros relacionados a estas duas temáticas
principais.
Tema 2 Processo de trabalho do ACS e a 
Equipe
Processo de trabalho do ACS
O modo como desenvolvemos nossas atividades e como realizamos o nosso
trabalho, seja em qual área for, é chamado de processo de trabalho. Assim,
pode-se dizer que o trabalho, em geral, é o conjunto de procedimentos
pelos quais os homens atuam, por intermédio dos meios de produção, sobre
algum objeto. Todo processo de trabalho é realizado para se atingir
objetivos e finalidades requisitadas por uma equipe. O objetivo do processo
de trabalho é a produção de um dado objeto ou condição que determina o
produto específico de cada processo de trabalho.
E fundamental que os profissionais da Estratégia de Saúde da Família
(ESF) desenvolvam habilidades para a aplicação de instrumentos que
possibilitem a reflexão crítica e transformadora do seu processo de trabalho.
Quando permitimos a reflexão do complexo de trabalho inserido e o
planejamento da equipe, podemos muitas vezes suprir as necessidades
encontradas, e assim atingir os objetivos propostos, favorecendo assim na
melhoria da qualidade de vida dos usuários.
Conceito
Equipe de Saúde
Trabalhar na área da saúde é atuar em um mundo onde um conjunto de
trabalhadores diversos se encontram para produzir cuidado à saúde da
população. Se pensarmos no conjunto de trabalhadores de uma unidade de
saúde, poderemos observar que cada trabalhador atua em um determinado
lugar, tem responsabilidades específicas e produz um conjunto de ações
para que esse objetivo seja alcançado. Além disso, para cada ação e
responsabilidade, o trabalhador precisa contar com uma série de
conhecimentos, saberes e habilidades para conseguir executar da melhor
forma possível a sua função.
A equipe de saúde é formada por pessoas com histórias, formações,
saberes e práticas diferentes. É um conjunto de pessoas que se encontram
para produzir o cuidado de uma população. Nessa equipe há sempre
movimentos permanentes de articulação/desarticulação, ânimo/desanimo,
invenção/resistência a mudança, crença/descrença no seu trabalho, pois a
equipe é viva, esta sempre em processo de mudança. E cada profissional
deve estar apto ao processo de mudança e aprendizagem.
Conceito
Equipe de Saúde
IMPORTANTE
Somente o fato de as pessoas trabalharem juntas
não constitui uma equipe: as pessoas precisam
aprender a “ser equipe” a “sentir-se equipe”. Ou
seja: a equipe precisa ser construída.
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
Para que o atendimento seja realizado de maneira qualificada, a população sob responsabilidade da
equipe deve ser cadastrada e acompanhada, entendendo-se suas necessidades de saúde como
resultado também das condições sociais, ambientais e econômicas em que vive. Equipe e famílias
devem compartilhar responsabilidades pela saúde. Isso é particularmente importante na adequação
das ações de saúde às necessidades da população sendo uma forma de controle social e participação
popular.
A equipe de saúde precisa trabalhar junto, compartilhar experiências, conhecer a realidade da
comunidade e para tal deverá realizar:
Coletar 
informações sobre 
a comunidade
Diagnóstico de 
saúde da 
comunidade
Planejamento 
das ações
Execução das 
ações planejadas
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
Há diversos instrumentos que podem ser
utilizados para a coleta dos dados e cada um
deles tem um objetivo. São eles:
Coletar informações
Cadastro das Famílias
Mapa da Comunidade
Visita Domiciliar
Planejamento em Equipe
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
A população, sob responsabilidade da equipe, deve ser cadastrada e acompanhada,
entendendo-se suas necessidades de saúde como resultado também das condições sociais,
ambientais e econômicas em que vive. Equipe e famílias devem compartilhar responsabilidades
pela saúde, onde cada um conhece o que lhe compete. Isso é particularmente importante na
adequação das ações de saúde às necessidades da população e é uma forma de controle social
e participação popular.
Assim, ao realizar o cadastramento e identificar os principais problemas de saúde, o trabalho do
ACS contribui para que os serviços possam oferecer uma atenção mais voltada para a
família, de acordo com a realidade e os problemas de cada comunidade.
Todas as famílias e usuários devem ser cadastrados na unidade, e está é uma
responsabilidade do ACS. Este cadastro é feito através da visita domiciliar, onde é preenchido
todas as informações cadastrais, e estas devem ser atualizadas mensalmente conforme
alterações.
Cadastro das Famílias
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
IMPORTANTE
O cadastramento possibilita o real conhecimento das condições de vida das
famílias residentes nas áreas de atuação, tais como:
o composição familiar;
o existência de população indígena, quilombola e assentada;
o escolaridade;
o acesso ao saneamento básico;
o número de pessoas por sexo e idade;
o condições de habitação;
o desemprego;
o doenças referidas, entre outras informações.
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
O mapeamento permite identificar os estabelecimentos e instituições existentes no
território, tais como: escolas, creches, comércio, praça, igreja, lixo/ aterro, entre outros. Ainda
como informações importantes para o diagnóstico da comunidade, vale a necessidade de
identificar outros locais onde os moradores costumam ir para resolver problemas de saúde,
como casa de benzedeiras ou rezadores.
Podem-se destacar as informações das ruas, caminhos e as linhas de ônibus de uma
comunidade, desenhando um mapa específico. Em uma região que chove muito, é importante
conhecer bem os rios, açudes, lagos, lagoas da região e locais propensos à inundação. É
necessário identificar no território da equipe quais os riscos da micro área.
O mapa deve ser construído entre a equipe da ESF, e nele deve constar todas as
características territoriais (acesso, localização, ruas) e as demais informações pertinentes ao
contexto saúde (saneamento básico, calçamento, igrejas, escolas), além do mais a localização
da ESF e a distribuição das áreas por população, e suas micro – áreas por ACS.
Mapa da Comunidade
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
O mapa retrata o território onde acontecem mudanças, portanto, ele é dinâmico e deve ser
constantemente atualizado. O ACS deve sempre ter a cópia do mapa da microárea para
facilitar o acompanhamento das mudanças na comunidade. É importante que o mapa esteja
exposto em um lugar visível a todos, se possível for, na recepção da unidade.
Trabalhar com mapas é uma forma de retratar e aumentar conhecimentos sobre a
comunidade. O mapa é um desenho que representa o que existe naquela localidade: ruas,
casas, escolas, serviços de saúde, pontes, córregos e outras coisas importantes. O mapa deve
ser uma ferramenta indispensável, podendo ajudar a organizar melhor o trabalho da equipe.
Mapa da Comunidade
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
O mapeamento permite ao ACS:
o conhecer o caminho mais fácil para chegar aos locais de visitas;
o marcar as barreiras geográficas que dificultam o caminho das pessoas ate os
serviçosde saúde (rios, morros, mata cerrada, etc.);
o conhecer a realidade da comunidade e planejar como resolver os problemas de
saúde com mais eficácia;
o planejar as visitas de cada dia sem perder tempo;
o marcar as microáreas de risco;
o identificar com símbolos as situações de risco;
o identificar com símbolos os grupos prioritários: gestantes, idosos, hipertensos,
diabéticos, pessoas acamadas, crianças menores de cinco anos, pessoas com
deficiência, usuário de drogas, pessoas com hanseníase, pessoas com
tuberculose, etc.
IMPORTANTE
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
A visita domiciliar é a atividade mais importante do processo de trabalho do ACS. Ao
entrar na casa de uma família, o ACS entra não somente no espaço físico, mas em tudo o que
esse espaço representa. Nessa casa vive uma família, com seus códigos de sobrevivência,
suas crenças, sua cultura e sua própria história.
A sensibilidade/capacidade de compreender o momento certo e a maneira adequada de
se aproximar e estabelecer uma relação de confiança é uma das habilidades mais importantes
do ACS. Isso ajudará a construir o vínculo necessário ao desenvolvimento das ações de
promoção, prevenção, controle, cura e recuperação.
Visita Domiciliar
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
Exemplo: Muitas vezes o ACS pode ser a melhor companhia de um idoso
ou de uma pessoa deprimida sem extrapolar os limites de suas atribuições.
O ACS pode orientar como trocar a fralda de um bebê e pode ser o amigo e
conselheiro da pessoa ou da família.
Nem sempre é fácil separar o lado pessoal do profissional e os limites da
relação ACS/família. Isso pode determinar ou reorganizar seu processo de
trabalho e a forma como se vincula à família. Recomenda-se que o ACS
estabeleça um bom vínculo com a família, mas saiba dissociar a sua
relação pessoal do seu papel como agente comunitário de saúde.
SAIBA MAIS
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
A visita domiciliar permite:
o identificar os moradores, sexo, por faixa etária e raça, ressaltando situações como
gravidez, doenças crônicas, pessoas com deficiência, etc.;
o conhecer as condições de moradia e de seu entorno, de trabalho, os hábitos, as crenças e
os costumes;
o conhecer os principais problemas de saúde dos moradores da comunidade;
o perceber quais as orientações que as pessoas mais precisam ter para cuidar melhor da sua
saúde e melhorar sua qualidade de vida;
o ajudar as pessoas a refletir sobre os hábitos prejudiciais à saúde;
o identificar as famílias que necessitam de acompanhamento mais frequente ou especial;
o divulgar e explicar o funcionamento do serviço de saúde e quais as atividades disponíveis;
o desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população do
território de abrangência da unidade de saúde;
Visita Domiciliar
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
O diagnóstico é construído por meio da soma de todos os instrumentos de pesquisa
utilizados para coleta de informações.
O mapeamento juntamente com o cadastramento das famílias permite a equipe ter
o perfil situacional e sócio demográfico, contribuindo no diagnóstico em saúde da
comunidade.
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
Planejar não é improvisar. O planejamento requer o preparo e organização das ações a
serem desenvolvidas. Dessa forma, deve-se: acompanhar sua execução, reformular
as decisões já tomadas, redirecionar sua execução e avaliar o resultado ao seu
término. No acompanhamento da execução das ações, verifica-se se os objetivos
pretendidos estão sendo alcançados ou não, para poder intervir a tempo de modificar o
resultado final, alcançando assim seu objetivo.
O planejamento pressupõe passos, momentos ou etapas básicas estabelecidos em
uma ordem lógica. De forma geral, seguem- se as seguintes etapas:
Planejamento da Equipe e Ações
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
Diagnóstico Plano de Ação Meta Estratégia
Recursos 
necessários
Cronograma de 
execução
Acompanhamento 
e avaliação
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
Esta é a primeira etapa do planejamento, que busca levantar as
informações e o perfil da comunidade/usuários para que
possibilite conhecer e identificar as características
socioeconômicas, culturais e epidemiológicas, entre outras.
As fontes para esse levantamento de dados podem ser: as fichas,
os sistemas de informação da atenção básica, os relatórios
municipais de gestão municipal, bem como anotações próprias,
relatórios, livros de atas, aplicação de questionário, entrevistas,
dramatização e outras fontes à disposição.
O diagnóstico da comunidade nada mais é do que uma leitura da
realidade local. É o momento da identificação dos problemas, suas
causas e consequências e principais características da
comunidade. É o momento em que também se buscam explicações
para os problemas identificados.
Diagnóstico
Corresponde à programação da
execução das atividades
planejadas, à qual deve ser
construída pelo ACS juntamente
com sua equipe, colocando todas
as ações a serem desenvolvidas
e o objetivo de cada uma.
Plano de Ação
Devem ser estipuladas e
pactuadas com a equipe
como resultados esperados,
ou seja, o que você espera
que aconteça.
Metas Estratégias
Correspondem ao passo a
passo que você irá
utilizar ou percorrer para
desenvolver as ações e
atingir os objetivos
propostos.
Recursos Necessários
Correspondem a tudo que você
precisará para realizar as
atividades. Estes recursos podem
ser materiais (papel, caneta,
apostila, entre outros),
permanentes (estetoscópio,
termômetro, entre outros) ou
recursos humanos (médico,
enfermeiro, entre outros).
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
Corresponde ao período de
desenvolvimento das atividades.
Exemplo: 12 meses, 24 meses.
Muitas vezes deve ser informado o
que será realizado em cada mês,
para melhor compreensão.
Cronograma de Execução Acompanhamento e Avaliação
Corresponde ao período de monitoramento das
ações desenvolvidas, bem como a avaliação dos
seus resultados. A avaliação deve acompanhar
todas as fases do planejamento. Quando realizada
após a execução, identifica os resultados alcançados e
fornece auxílio para a reprogramação das ações, além
de indicar a necessidade de novo diagnóstico ou
reformulação do já existente.
Essas ações de acompanhamento e avaliação
podem ser feitas nas reuniões de equipe,
geralmente são realizadas mensalmente (uma vez ao
mês ou mais quando necessário), onde todos os
profissionais da equipe planejam as ações a serem
desenvolvidas e avaliam as atividades que estão
sendo executadas e os seus resultados.
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
O ACS de forma sintonizada com a equipe pode planejar o seu
trabalho, dando prioridade para aquelas famílias que necessitam
ser acompanhadas com maior frequência.
As famílias consideradas de risco e as que pertencem aos
grupos prioritários precisam ser acompanhadas mais de perto.
Esse diagnóstico é um ponto de partida para o ACS e equipe
organizarem o calendário de visitas domiciliares e demais
atividades.
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
No âmbito do Planejamento das ações cabe ao ACS:
o desenvolver ações que busquem a integração entre as equipes de saúde e a
população adstrita à ESF, considerando as características e as finalidades do
trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou
coletividades;
o realizar, em conjunto com a equipe, atividades de planejamento e avaliação
das ações de saúde no âmbito de adstrição da equipe;
o desenvolver ações de promoção social e de proteção e desenvolvimento da
cidadania no âmbito sociale da saúde;
o planejar junto com a equipe as visitas domiciliares do ACS e a equipe;
o desenvolver, em equipe, ações de promoção da saúde visando a melhoria da
qualidade de vida da população, a gestão social das políticas públicas de
saúde e o exercício do controle da sociedade sobre o setor da saúde.
o desenvolver ações de prevenção e monitoramento dirigidas a grupos
específicos e a doenças prevalentes, conforme definido no plano de ação da
equipe de saúde e nos protocolos de saúde pública.
Processo de trabalho do ACS e a Equipe
O planejamento requer realizar, em conjunto com a equipe, atividades e avaliação das ações de saúde
no âmbito da administração da unidade básica de saúde, como também estimular a população para
participar do planejamento, acompanhamento e avaliação das ações locais de saúde.
O planejamento participativo em saúde, no âmbito da atenção básica no SUS, em especial na ESF
envolve a reflexão e o trabalho coletivo de todos os que atuam neste contexto: trabalhadores de saúde,
usuários do sistema e gestores. Planejar coletivamente exige o conhecimento prévio das necessidades de
saúde da população e um esforço conjunto para que sejam propostas ações de saúde que respondam
efetivamente a essas necessidades. Essa proposta de planejamento é uma estratégia que propõe um novo
agir, caracterizado pela participação e interação de muitas pessoas, engajadas politicamente e com interesses
e objetivos comuns. (VIANNA, 1986)
É o momento onde um dos princípios do planejamento participativo é a flexibilidade, que permite a
reformulação das ações planejadas durante a execução. Planejar, executar, acompanhar/monitorar e avaliar
são igualitariamente etapas essenciais para um bom resultado.
Planejamento Participativo
SAIBA MAIS
No Tema 3 discutiremos sobre o processo de humanização do cuidado na
ESF. Neste sentido, serão destacados os aspectos relativos a Política
Nacional de Humanização (PNH), conhecendo seus princípios e sua relação
com a humanização do cuidado.
Tema 3 Humanização do cuidado na ESF
Política Nacional de Humanização (PNH)
Lançada em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH)
busca pôr em prática os princípios do SUS no cotidiano dos
serviços de saúde, produzindo mudanças nos modos de gerir e
cuidar.
A PNH estimula a comunicação entre gestores, trabalhadores e
usuários para construir processos coletivos de enfrentamento de
relações de poder, trabalho e afeto que muitas vezes produzem
atitudes e práticas desumanizadoras que inibem a autonomia e a
corresponsabilidade dos profissionais de saúde em seu trabalho e
dos usuários no cuidado de si.
Também conhecida como HumanizaSUS, a PNH aposta na
inclusão de trabalhadores, usuários e gestores na produção e
gestão do cuidado e dos processos de trabalho.
A Política Nacional de Humanização –
PNH busca:
o reduzir as filas e o tempo de espera, com
ampliação do acesso;
o atendimento acolhedor e resolutivo
baseado em critérios de risco;
o implantação de modelo de atenção com
responsabilização e vínculo;
o garantia dos direitos dos usuários;
o valorização do trabalho na saúde;
o gestão participativa nos serviços.
SAIBA MAIS
Política Nacional de Humanização (PNH)
A humanização tem sido abordada constantemente, nos atuais debates sobre o contexto de saúde e
nas recentes pesquisas da área da saúde, como tema relevante e como subsídio para a melhoria do
cuidado e para a consolidação dos princípios e valores do SUS, sendo:
o uma ação que valoriza os aspectos emocionais e aos aspectos que envolvem mudanças
na gestão e nas práticas de saúde;
o destaca aspectos relacionados ao ser humano como forma de percebê-lo como um ser único
e insubstituível, completo e complexo, o que inclui: respeito, acolhimento, empatia, escuta,
diálogo, circunstâncias sociais, éticas, educacionais e psíquicas, além da valorização dos
significados atribuídos pelo ser humano à sua experiência de adoecimento e sofrimento, da
prevalência da comunicação e do diálogo. É necessário perceber o doente como único,
insubstituível e que merece ser tratado com dignidade;
o pode ser definida como valor, com o respeito à vida humana, incluindo circunstâncias
sociais, éticas, educacionais e psíquicas presentes em todo ser humano e,
consequentemente, nas relações interpessoais. Este valor deve-se fazer presente e
complementado com aspectos técnico-científico.
Humanização
Política Nacional de Humanização (PNH)
A humanização enfoca a relação com o compromisso com os direitos humanos, à garantia de
acesso aos usuários dos serviços de saúde e à possibilidade de estabelecer vínculos solidários
e de participação coletiva na gestão dos serviços de saúde, sendo ainda explicitada como
encontro de sujeitos e subjetividades. É também comentada a ideia de que a humanização é
possibilidade de transformação da cultura institucional, um movimento contra a violência
institucional na área da saúde.
O termo humanização é aplicado àquelas situações em que, além de valorizar o cuidado em suas
dimensões técnicas e científicas, reconhecem-se os direitos do paciente, autonomia e subjetividade,
sem se esquecer do reconhecimento do profissional também enquanto ser humano, ou seja,
pressupõe uma relação sujeito/sujeito.
As ideias até aqui tratadas podem mostrar que a visão de humanização do cuidado em saúde pode
comportar algumas conotações distintas que se relacionam ao modo como são concebidos o ser
humano e o processo saúde-doença, bem como a própria compreensão dos sujeitos sobre o SUS. A
partir disso, podem ser construídas diferenciadas práticas de ensino e atenção relativas à
humanização.
Humanização
Política Nacional de Humanização (PNH)
IMPORTANTE
Considerando o contexto atual do SUS, que necessita que suas práticas sejam
modificadas para que seja construído um sistema voltado à promoção e à
prevenção da saúde, é necessário investir na formação dos trabalhadores de
saúde e que as instituições formadoras, as universidades, têm um importante
papel nessa direção, sendo também delineados os limites dos modelos de
formação ainda existentes, sendo apontadas necessidades de mudanças.
o Entendeu sobre o conceito e os papeis de uma Agente
Comunitário de Saúde (ACS).
o Estudou como a profissão do ACS foi regulamentada.
o Conheceu sobre as competências profissionais do ACS,
destacando o processo formativo, atuação e perfil.
O que você estudou
Tema 1 – Perfil de Competências 
Profissionais do ACS
o Estudou sobre os conceitos de processo de trabalho do ACS e
equipe de saúde.
o Aprendeu sobre a relação entre equipe de saúde e o processo de
trabalho do ACS.
o Conheceu os processos a serem realizados pela equipe de saúde
e pelos ACS, assim como as etapas e o funcionamento do
planejamento das ações a serem realizadas.
Tema 2 – Processo de Trabalho do ACS e a 
Equipe
O que você estudou
o Conheceu os aspectos gerais da Política Nacional de
Humanização (PNH).
o Estudou o conceito de humanização e seu papel no âmbito da
PNH e do SUS.
Tema 3 – Humanização do cuidado na ESF
O que você estudou
Referências
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. O trabalho do agente comunitário de
saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
• _________. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia prático do agente
comunitário de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
• _________. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Programa dos agentes comunitários de saúde. Secretaria
executiva.. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
• _________. Ministérioda Saúde. Política Nacional de Humanização – PNH. 1º ed. 1º reimpressão. Brasília – DF. 2013.
• _________. Ministério da Saúde. Manual de planejamento no SUS/ Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo cruz. 1ª es . Brasília –
DF. 2016. 138 p.
• LEVY, F.M; MATOS, P. E. S; TOMITA, N.E. Programa de Agentes Comunitários de Saúde: a percepção de usuários e trabalhadores da
saúde. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 20 (1): 197 – 2003, Jan – fev. 2004.
• Lei nº 10.507, DE 10 DE JULHO DE 2002. Cria a Profissão de Agente Comunitário de Saúde e dá outras providências.
• Portaria GM/MS nº 1.886, 18 de dezembro de 1997, que estabelece as atribuições do Agente Comunitário de Saúde – ACS.
• Prefeitura Municipal de Parauapebas. Secretaria Municipal de Saúde. Departamento das ações e serviços de saúde. Curso
Introdutório, Bahia. 2012.
• Parte das imagens utilizadas neste trabalho foram retiradas do Pixabay e possuem a licença Creative Commons CC0.

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