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Técnicas construtivas compatíves com a sustentabilidade ambiental.

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Técnicas construtivas compatíves com a sustentabilidade ambiental e Bioarquiterura
Guilherme silva
Raphael Costa
Marcio Barcelos
O MEIO AMBIENTE – A NECESSIDADE DE ALTERNATIVAS
O impacto negativo do Homem é facilmente visível na Natureza. Repetidamente se referiu a:
Escassez de água, alterações climáticas, poluição ambiental, resíduos industriais, entre outros. As reservas de água começam a desaparecer, pelo que a poupança e redução do desperdício da mesma se torna crucial. 
As alterações climáticas resultantes principalmente da emissão de gases de estufa como é o caso do dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O) e os compostos halogenados, apresentam dimensões preocupantes. O aquecimento global é o mais importante e preocupante exemplo das referidas alterações climáticas.
Segundo o relatório AR4 da IPCC (International Panel on Climate Change) :
· os últimos onze anos estão entre os mais quentes desde 1850;
· a taxa de aumento de temperatura nos pólos foi o dobro da esperada;
· o nível das águas do mar subiu entre 2.4 a 3.8 mm por ano entre 1993 e 2003;
Perante o estado atual do planeta e as previsões realizadas para anos próximos, torna-se imperativo adotar uma atitude diferente e conceitos inovadores.
 É necessário recorrer a fontes de energia limpas, renováveis e amigas do ambiente, bem como adotar tecnologias alternativas que possibilitem um desenvolvimento sustentável. Sendo a indústria da construção uma das que mais exige dos recursos naturais, tanto durante a fase de obra como durante a fase de utilização, afetando negativamente o meio ambiente, faz todo o sentido que seja uma das primeiras a incorporar conceitos de sustentabilidade.
SUSTENTABILIDADE
Segundo Gibberd, sustentabilidade é viver dentro da capacidade de suporte do planeta e desenvolvimento sustentável é aquele que conduz à sustentabilidade.
 Segundo Sachs, que analisa de forma mais científica o conceito de sustentabilidade, esta aparece-nos segundo 5 dimensões distintas:
Técnicas Construtivas Sustentáveis e Materiais Ecológicos
Existem diversas técnicas sustentáveis de construção no Brasil e no mundo, estas são inerentes á escolha dos materiais e tecnologias regionais, pois de nada adianta importar produtos ditos sustentáveis se estes vão demandar um transporte poluente e não vão contribuir no desenvolvimento econômico e social da região. A seguir conheça alguns métodos de construção e produtos sustentáveis disponíveis no Brasil:
Taipa de Pilão
Até os meados do século XIX as construções em taipa de pilão eram comuns no Brasil. Antes da própria definição de arquitetura sustentável, tratava-se de um sistema que utilizava o barro como principal componente nas estruturas das edificações. Devido à abundância em muitas regiões do país, a dificuldade de transporte de materiais considerados mais nobres e a baixa qualificação de mão de obra, esta técnica foi comumente utilizada no país até o emprego dos tijolos queimados.
O Museu do Ipiranga tem paredes de Taipa de Pilão. Foto: Soldon
Sem pretensões ambientalistas, este tipo construção tradicional da arquitetura brasileira pode ser considerado ecologicamente correto, pois utiliza materiais e mão de obra local, é um composto totalmente orgânico, se decompondo com facilidade na natureza, e tem propriedades térmicas. Ainda hoje esta técnica é utilizada em determinadas regiões brasileiras com adaptações para garantir maior resistência.
Tijolo de Solo Cimento
Os tijolos de solo cimento começaram a ser utilizados no ano de 1948, porém foram largamente difundidos recentemente com as mudanças nos paradigmas da construção civil, visando a proteção ambiental. Os tijolos ecológicos derivam da técnica de taipa de pilão, já que também leva o solo como componente principal, aliado ao cimento que atua como cola e a água que permite a modelagem, oferecendo maior resistência física e qualidade controlada. Pode ser executado in loco e dispensa mão de obra qualificada. Seu custo é inferior as construções de alvenaria tradicional, permitem a passagem de tubulações entre os furos e como os tijolos são prensados sem necessidade de serem queimados, poluem menos.
Foto: tijoloecorio
Madeira Certificada
Nem sempre é fácil determinar a procedência dos materiais utilizados, para isso existem os selos de certificação que garantem que a madeira seja derivada de áreas de manejo florestal e reflorestamento. A madeira é um material nobre e renovável, desde que os recursos sejam extraídos corretamente. A produção madeireira proveniente do manejo florestal contribui para absorver um dos principais gases de efeito estufa, o CO2. Já a extração ilegal da madeira é responsável por boa parte das emissões brasileiras de poluentes atmosféricos.
O uso da madeira acompanha a evolução humana, nas construções o material apresenta durabilidade, resistência, alto nível de reutilização e propriedades térmicas e acústicas. É amplamente utilizada nas estruturas, revestimentos de paredes, forros e pisos e na decoração.
Madeira de Demolição
A madeira reciclada, ou também chamada de madeira de demolição, virou artigo de luxo entre os arquitetos de interiores, presentes nos melhores projetos. Um material que até então era descartado está sendo amplamente utilizado, já que existem diversas empresas especializadas em reaproveitar madeiras de demolição. É uma forma de dar um novo uso para os componentes das edificações antigas, que dão lugar a construções atuais
FONTES DE ENERGIA ACTUALMENTE UTILIZADAS
Atualmente encontramo-nos perante uma situação precária dos recursos energéticos do planeta.
A dependência de fontes de energia primária de carácter não renovável, como o petróleo, carvão e gás
natural, coloca diversas questões relativas ao horizonte temporal da sua utilização. 
Estas fontes de energia são limitadas e encontram-se perto da escassez, sendo as previsões 40 anos para o petróleo, 61
anos para o gás natural e 270 anos para o carvão 
 Figura 1.2: Principais fontes de energia primária 
Este tipo de energias, além de terem um reduzido período futuro de utilização, são ainda altamente poluentes, sendo responsáveis pela emissão de gases causadores do efeito de estufa e por diversos efeitos nocivos ao meio ambiente
A ALTERNATIVA – FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS
 
Este tipo de energia surge como uma necessidade crucial e apresenta-se como uma escolha indubitavelmente viável para a substituição das fontes de energia tradicionais. 
Geralmente denominadas de “energias verdes”, estas fontes energéticas apresentam características relevantes quando comparadas com as fontes não renováveis. Por um lado, e passo o pleonasmo, são renováveis, não havendo o risco de depleção de matéria-prima como se começa a verificar com o petróleo ou o carvão. Por outro, são energias “amigas do ambiente” na medida em que a sua utilização resulta em diminuições brutais dos gases de efeito de estufa e os resíduos por elas provocados têm um impacte muito inferior na natureza. Permitem ainda a poupança de recursos naturais e de energia, adicionando uma importante componente económica ao aspecto ambiental.
Entre os tipos de energia alternativa mais utilizados actualmente, destacam-se:
· energia solar;
· energia eólica;
· energia hídrica;
· energia das ondas e marés
· hidrogénio;
Captalizaçâo de água
i. A água captada é recolhida através de tubagens ou caleiras e encaminhada para o tanque de
armazenamento. Antes de entrar no tanque, a água é submetida a um processo de filtragem (1)
 que remove folhas e outros resíduos sólidos, aumentando a sua qualidade;
ii. Ao atingir o tanque a água entra em contacto com um mecanismo de perda de carga (2) que
 reduz a sua energia e permite que o seu escoamento para o tanque se processe calmamente. De
 outra forma, a brusca entrada do líquido no depósito agitaria os resíduos sedimentados no fundo do mesmo, prejudicando a qualidade da água.
 A entrada de água no depósito permite
ainda uma renovação do oxigénio da água previamente armazenada, mantendo-a fresca e reduzindo a probabilidade de ocorrência de processos anaeróbios envolvendo microorganismos.
 Outro mecanismo que pode ser incorporado realizando a mesma função é o de descarga de primeira
 chuva, que ao apresentar um pequeno depósito de acumulação, provoca a referida perda de
 carga
Uma vez no tanque de acumulação, ao ser solicitado o uso da água, esta é impulsionada por uma bomba (4) e atravessa um filtro de sucção (3) que impede a passagem de partículas em suspensão;
iv. Ainda presentes no depósito encontram-se mecanismos de controlo como é o caso do medidor de nível de água (6), que possibilita ao utilizador visualizar esta informação no painel de
 controle (5). 
O medidor permite ainda a activação automática do sistema de transbordo, que activa o sifão de descarga (9) quando o tanque se encontra cheio, e do sistema de backup da rede pública (7) quando se encontra vazio. Ambos estes sistemas devem apresentar válvulas de
 retorno ou mecanismos semelhantes que impeçam a inversão do sentido da água;
Você sabe o que é bioarquitetura?
O termo é utilizado para denominar construções que utilizam materiais recicláveis e tecnologias de baixo impacto ambiental
Nascido em 1960, o conceito de bioarquiterura consiste em escolhas de componentes ecológicos para a construção das casas. Materiais como terra, pedra, areia, argila, fibras naturais (palhas, sisais, juncos) e cimento queimado são os mais comuns nesse tipo de arquitetura. Esses elementos encontrados na natureza substituem, por exemplo, outro material de construção como cimento, tijolos e vigas de concreto que precisam ser transportados por caminhões até o local e, consequentemente, emitem grandes quantidades de CO2 na atmosfera.
A bioarquitetura também dá preferência para a mão de obra e produtos locais, pois essa é uma forma de incentivar a economia regional, ou seja, é parte dos elementos chave da sustentabilidade, promovendo a redução de impacto ambiental, valorização dos hábitos e práticas de uma sociedade.
Outro exemplo de material usado na bioarquitetura são as telhas feitas de caixa de pasta de dente pré-consumo. Grande parte das embalagens que não serão usadas pela indústria para embalar os tubos é destinada a empresas que realizam o trabalho de produção de telhas ecológicas.
Na bioarquitetura, os projetos levam em conta a climatização natural para evitar o uso de ar condicionado, o qual, segundo a companhia de energia CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), consome 120kw/h. Por isso, na maioria das construções sustentáveis é comum o uso de janelas amplas e ainda ambientes com paredes altas que permitem grande circulação de ar.

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