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MECÂNICA DOS SOLOS I (TEC00259) Origem dos Solos Perfis de Solos Grãos e Partículas dos Solos Prof. Manoel Isidro de Miranda Neto Eng.Civil, DSc A ORIGEM DO SOLO • Decomposição das rochas que constituíam, inicialmente, a crosta terrestre. • Transformação física e química operada nas rochas quando expostas à biosfera, hidrosfera e atmosfera. • Essa decomposição, transformação ou meteorização é denominada Intemperismo. • O Intemperismo tem agentes físicos e agentes químicos ou biogeoquímicos. ORIGEM DOS SOLOS OS 5 FATORES DE FORMAÇÃO: ROCHA DE ORIGEM CLIMA TEMPO RELEVO ORGANISMOS CICLO DAS ROCHAS O PRODUTO FINAL DO INTEMPERISMO É O SOLO. Fontes: www.sobiologia.com.br; www.sciencevewa.com; www.washington.edu SÉRIE DE BOWEN: Cristalização dos minerais Fonte: Fundamentos da Engenharia Geotécnica, Braja M. Das SÉRIE DE GOLDICH: Estabilidade dos minerais Fonte: Fundamentos da Engenharia Geotécnica, Braja M. Das O INTEMPERISMO na formação do solo OS AGENTES FÍSICOS • RADIAÇÃO SOLAR (ação térmica) – causa fendilhamento e desagregação. • ÁGUA E VENTO (ação mecânica) – causa destruição, fendilhamento, fragmentação, corrosão, desbaste e polimento. • SERES VIVOS (ação mecânica) – causam destruição, fendilhamento e desbaste. • OUTROS AGENTES MECÂNICOS : CRISTALIZAÇÃO, ALÍVIO DE PRESSÃO E RETRAÇÃO COLOIDAL. FRAGMENTAÇÃO POR CRISTALIZAÇÃO AGENTES QUÍMICOS: REAÇÕES • OXIDAÇÃO – de ferrosos (Fe2+) a férricos (Fe3+). • HIDRATAÇÃO – hidratação e oxidação da pirita [FeS2 + 7O + H2O FeSO4 + H2SO4]; [2FeSO4 + H2SO4 + O Fe2(SO4)3 + H2O]; [FeSO4 + CaCO3 + 2H2O CaSO4.2H2O (gipsita) + FeCO3]; [4FeCO3 + 2H2O + O2 2Fe2O3 (hematita) + 2H2O + 4CO2] • HIDRÓLISE – altera silicatos liberando bases 6KAlSi3O8 + 27H2O + 6H + 2KAl3Si3O10(OH)2 + 4K + + 2H+ + 3H2O + 12H4SiO4 3Al2Si2O5(OH)4 + 6K + + 12H4SiO4 (ortoclásio-illita-caulinita) • CARBONATAÇÃO (dissolução) - CaCO3 + CO2 + H2O Ca(HCO3)2 (calcita-bicarbonato cálcico) • REDUÇÃO - SO4 2- + 2H+ H2S + 2O2 Transformações com perdas de sílica TRANSFORMAÇÃO DOS MINERAIS PRIMÁRIOS EM MINERAIS SECUNDÁRIOS - DISSOLUÇÃO, OXIDAÇÃO E HIDRATAÇÃO PIROXÊNIO EM GOETHITA e ORTOCLÁSIO EM CAULINITA Fonte: Decifrando a Terra ALGUNS PROCESSOS ESPECÍFICOS • LIXIVIAÇÃO - É a perda de substâncias solúveis (bases e sílica), removidas pelas águas. • LATOLIZAÇÃO – É o processo de formação de solos onde predomina o intemperismo químico e remoção de bases, em face do clima (quente e úmido) e relevo (suave), resultando em solos espessos, permeáveis e homogêneos. • LATERIZAÇÃO – É o processo de acumulação relativa de óxido de ferro ou de alumínio, decorrente de intensas perdas de sílica e bases, formando concreções ou cimentações. PROCESSOS ESPECÍFICOS (cont.) • GLEIZAÇÃO - É o processo de formação de solos sob condição de drenagem imperfeita ou impedida, relevo plano e subsolo impermeável, resultando em solos moles, saturados e em ambiente redutor e de agradação. • PODZOLIZAÇÃO – É o processo de formação de solos sob condições de lixiviação parcial de bases e translocação de argilas para horizonte inferior, resultando em solos pouco permeáveis, bem intemperizados e argilosos. NOTAS SOBRE O INTEMPERISMO • Solos formados em ambientes onde há predominância do intemperismo físico apresentarão composição mineralógica semelhante às rochas de origem. • Nesses solos os minerais primários serão predominantes em relação aos minerais secundários. • Solos onde o intemperismo químico é predominante são mais profundos e contêm mais finos. • Nesses solos os minerais secundários serão predominantes na fração fina. • Quartzo é fisicamente estável (dureza 7 na escala Mohs) e é um mineral quimicamente mais estável que a maioria dos minerais primários e predominam em solos granulares. Escala de Dureza Mohs MINERAIS PRIMÁRIOS • Os minerais primários mais abundantes na crosta terrestre são os do grupo dos silicatos: • Os silicatos reunem: Nesossilicatos (Olivinas), Sorossilicatos (Epídoto), Ciclossilicatos (Turmalina, Berilo ou Esmeralda e Cordierita), Inossilicatos (Piroxênios e Anfibólios), Filossilicatos (Micas: Biotita, Muscovita) e Tectossilicatos (Quartzo e Feldspatos: Albita, Anortita, Ortoclásio, Microclina, Augita, Leucita, Nefelina). • Outros grupos de minerais primários são: • Óxidos: Cuprita, Cassitetita, Pirolusita, Coríndon, Cromita. • Sulfatos: Anidrita, Barita, Pirita, Galena, Cinábrio. • Fosfatos: Apatita, Monazita, Lazulita. • Carbonatos: Calcita, Dolomita, Malaquita. • Elementos Nativos: Ouro, Prata, Platina, Enxofre, MINERAIS SECUNDÁRIOS • Os minerais secundários são produto da transformação dos minerais primários: • Argilominerais: Caulinita, Esmectita, Haloisita, Vermiculita, Montmorilonita, Saponita. • Outros Filossilicatos: Ilita, Clorita, Serpentita • Hidróxidos: Bauxita, Brucita, Gibbsita, Goetita. • Sulfatos: Gipsita, Jarosita. • Carbonatos: Siderita. PERFIS DE INTEMPERISMO FORMAÇÃO DO PERFIL • RESIDUAIS – Apresentam horizontes gradativos, do solo maduro ao saprolítico, até a rocha sã. • TRANSPORTADOS – Podem apresentar extratos com materiais diversos (interestratificados) ou uma massa uniforme de solo. • Os solos transportados são classificados quanto ao agente transportador: Coluvionar (gravidade), Eólico (vento), Aluvionar (enxurrada) ou Sedimentos Marinhos (mar). PERFIL DE SOLO RESIDUAL PERFIL DE SOLO RESIDUAL Fonte: http://marianaideiasforadacaixa.wordpress.com/2010/10/15/pedologia-intemperismo-e-pedogenese/ Solos residuais • A formação dos solos residuais está associada com a velocidade de decomposição da rocha superar a velocidade de remoção do solo. • Há uma predominância de solos residuais nas regiões tropicais, especialmente pela forte influência do clima (precipitação, temperatura, umidade) e da vegetação • Outros fatores também contribuem para a formação do solo como a estrutura e composição da rocha, o relevo e o tempo. MACIÇO ROCHOSO: ROCHA SÃCOM FAMÍLIA DE FRATURAS ALTERADAS MACIÇO ROCHOSO MUITO FRATURADO SOLO SOBREJACENTE AO MACIÇO ROCHOSO ESTRUTURAS RELIQUIARES ESTRUTURAS RELIQUIARES NO SOLO SAPROLÍTICO SOLO RESIDUAL JOVEM OU SOLO SAPROLÍTICO SOLO LATERÍTICO: SOLO MADURO COM PROCESSO DE LATERIZAÇÃO SOLO SAPROLÍTICO: SOLO JOVEM EM PROCESSO DE FORMAÇÃO SOLO RESIDUAL MADURO SOBREJACENTE AO SOLO RESIDUAL JOVEM SOLO RESIDUAL JOVEM SUBJACENTE AO SOLO RESIDUAL MADURO Solos Transportados • Os solos removidos são normalmente transportados e se acumulam conforme a competência do agente transportador, podendo haver seleção granulométrica nas regiões de deposição. • As seqüências deposicionais podem ser uniformes (caso das dunas e dos mangues) ou de composição variada (depósito de talus e colúvio) SOLOS COLUVIONARES SOBREPOSTOS A SOLOS RESIDUAIS COLÚVIO (HORIZONTE A) SOBREJACENTE AO SOLO RESIDUAL (B e C) DEPÓSITO DE ENCOSTA - TALUS DEPÓSITO DE ENCOSTA - TALUS Seção geotécnica de um solo aluvionar interestratificado SOLO ALUVIONAR EM PRIMEIRO PLANO E SOLO COLUVIONAR AO FUNDO PAISAGEM COM SOLOS RESIDUAIS E TRANSPORTADOS VISTA AÉREA DE UMA PLANÍCIE ALUVIONAR SOLOS EÓLICOS - DUNAS SOLO MOLE – MANGUE Grãos e Partículas dos Solos O solo é um sistema multifásico constituído de: Fase sólida – minerais Fase líquida – fluido, geralmente água Fase gasosa – fluido,geralmente ar ou vapores Fase dissolvida – substâncias, geralmente sais ou bases Fase orgânica – particulados, geralmente de origem vegetal ou animal SOLO – Análise Granulométrica Na fase sólida, com base nas normas: NBR 6502 Rochas e Solos NBR 5734 Peneiras para Ensaio NBR 6457 Preparação de Amostras NBR 7181 Análise Granulométrica NBR 6502 Rochas e Solos Bloco de rocha – f > 1m Matacão – 20cm < f < 1m Pedra de mão – 6cm < f < 20cm Pedregulho – 2mm < f < 6cm grosso – 20mm < f < 60mm médio – 6mm < f < 20mm fino – 2mm < f < 6mm Areia – 0,06mm < f < 2mm grossa – 0,6mm < f < 2mm média – 0,2mm < f < 0,6mm fina – 0,06mm < f < 0,2mm Silte – 0,002mm < f < 0,06mm Argila – f < 2mm Blocos de Rocha, Matacães e Pedras Solos: Pedregulhos Areias Siltes e Argilas NBR 5734 Peneiras para Ensaio NBR 5734 Peneiras para Ensaio São identificadas pela abertura da malha. As mais usuais são: a) Série para Análise Granulométrica (76; 50; 38; 25; 19; 9,5; 4,8; 2; 1,2; 0,6; 0,42; 0,25; 0,15; e 0,075mm). b) Limites de Atterberg (0,42mm). c) Ensaio de Compactação (19 e 4,8mm). d) Determinação do Teor de Umidade (76mm). e) Massa Específica (4,8 e 2mm). FORMATO DAS PARTÍCULAS: Granulares UFF-CTC-TCE-TEC-Setor de Geotecnia ARREDONDADO SUBARREDONDADO SUBANGULAR ANGULAR
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