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EXERCÍCIO Orçamento Público - Planejamento Urbano e Regional - POLI-USP - Eng. Ambiental

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ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
PCC3350 – Planejamento Urbano e Regional 
Nome: _______________________________________________ Nº USP__________ DATA: ___________ 
 
EXERCÍCIO 3 – ORÇAMENTO PÚBLICO 
Uma das necessidades e exigências da Lei de Diretrizes Orçamentárias é a realização das metas fiscais do 
exercício anterior e previsão para os próximos anos. O resultado primário consiste no balanço financeiro 
entre receitas e despesas, indicando superávit ou déficit fiscal. O resultado nominal corresponde à 
diferença entre o saldo da Dívida Fiscal Líquida ao final de um período e o saldo da Dívida Fiscal Líquida do 
período anterior, ou seja, está relacionado ao aumento ou diminuição do endividamento público. 
 
Dadas as metas fiscais da cidade de São Paulo, apresentadas na Tabela 01 (LDO de 2016, último ano da 
gestão do prefeito Fernando Haddad) e na Tabela 02 (LDO de 2017 com a meta fiscal do projeto de lei para 
2018), responda às seguintes perguntas: 
 
a. Sabendo que quando um valor está em parênteses ele é negativo, houve superávit ou déficit fiscal 
nos últimos 3 anos (2014 - 2016) de acordo com o LDO/2016? Explique como chegou a essa 
conclusão. 
 
b. O que aconteceu com a dívida pública nos últimos três anos pelo LDO/2016? Em sua visão, o que 
pode ter ocorrido em 2016 para ter sido diferente dos demais anos? 
 
c. Qual o cenário futuro da Receita Total e da Dívida Pública para os próximos anos apresentado pela 
atual gestão (LDO/2017)? Quais seriam as justificativas para as duas metas fiscais apresentarem 
valores futuros diferentes, como, por exemplo, no ano 2019? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela 01 - PROJETO DE LEI Nº 01-00178/2016 do Executivo. Dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o exercício 
de 2017 (LDO/2016). 
Fonte: http://orcamento.sf.prefeitura.sp.gov.br/orcamento/uploads/2017/PLDOAnexos.pdf 
Tabela 02 - PROJETO DE LEI 01-00239/2017 do Executivo. Dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o exercício de 
2018. (LDO/2017) 
 
Fonte: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/projeto/PL0239-2017.pdf 
 
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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO – ORÇAMENTO PÚBLICO 
a. Sabendo que quando um valor em parênteses, é negativo, houve superávit ou déficit fiscal nos últimos 
3 anos (2014 - 2016)? Explique como chegou a essa conclusão. 
 
 
 
O resultado primário consiste na subtração das receitas pelas despesas como apresentado na fórmula 
acima. Quando o resultado for positivo, indica-se que a receita superou as despesas (superávit fiscal). E 
quando negativo, houve prejuízo da gestão (déficit fiscal). Portanto, pode-se dizer que nos anos 2014 e 
2015 houve superávits fiscais, ou seja, houve maior receita que despesa. Já no ano de 2016, a receita 
primária foi inferior aos valores de despesa, havendo, portanto, déficit fiscal. 
 
 
b. O que aconteceu com a dívida pública nos últimos três anos? Em sua visão, o que pode ter ocorrido em 
2016 para ter sido diferente dos demais anos? 
 
No caso do resultado nominal, se o resultado é positivo, indica aumento do saldo da Dívida. Por outro lado, 
se o resultado for negativo, indica diminuição do saldo da Dívida. Nesse sentido, quanto menor (ou mais 
negativo) o resultado nominal, melhor do ponto de vista da situação financeira. 
 
Nos anos de 2014 e 2015, os valores do resultado nominal são positivos, ou seja, não houve pagamento de 
dívida pública, indicando assim que houve aumento do endividamento público. Já no ano de 2016, o 
resultado nominal foi negativo, indicando que houve redução de 35 milhões da dívida pública, encolhendo 
bastante o endividamento da cidade. 
 
O que aconteceu em 2016 foi a renegociação da dívida com a União: 
“Em fevereiro de 2016, houve Desincorporação de saldo devedor no valor de R$ 47.827.416.991,83, em virtude do Terceiro Termo 
Aditivo ao Contrato de Confissão, Consolidação e Refinanciamento de Dívidas celebrado entre o Município e a União em 26 de 
Fevereiro de 2016, com interveniência do Banco do Brasil S/A, nos Termos do disposto: na Medida Provisória nº 1.969-12/2000, 
reeditada até a atual Medida Provisória 2.185-35/2001; na Resolução do Senado Federal 37/99; no Decreto Nº 3.099/1999; na Lei 
Complementar 148/2014 com redação dada pela Lei Complementar 151/2015; e no Decreto 8.616/2015. Concedido desconto sobre 
saldo devedor do referido contrato, no valor correspondente à diferença entre o montante do saldo devedor existente em 1° de 
janeiro de 2013 e aquele apurado utilizando-se a variação acumulada da taxa SELIC, desde a assinatura do contrato, conforme 
previsto no art. 3º da LC 148/2014 com redação da LC 151/2015, cujos efeitos financeiros foram aplicados ao saldo devedor 
mediante o aditamento contratual. A legislação em vigor possibilitou ainda, alteração da taxa de juros e da atualização monetária, 
a partir de janeiro de 2013. 
O saldo devedor da dívida que era de aproximadamente R$73,1 bilhões ao final de 2015, passou a R$ 27,5 bilhões em fevereiro de 
2016, considerando as atualizações monetárias e juros incorporados ao saldo devedor. ” 
Fonte: http://transparencia.prefeitura.sp.gov.br/contas/Paginas/DividaPublica.aspx 
 
c. Qual o cenário futuro da Receita Total e da Dívida Pública para os próximos anos apresentado pela 
atual gestão (LDO/2017)? Quais seriam as justificativas para as duas metas fiscais apresentarem valores 
futuros diferentes, como, por exemplo, no ano 2019? 
 
Está previsto aumento de receita nos próximos anos. Além disso, apresenta cenário de superávit fiscal em 
2018 e déficit em 2019 e 2020. Além do aumento do endividamento de cerca de 926 milhões em 2018, com 
abatimento da dívida apenas em 2019 e 2020. 
Com relação as diferenças entre metas fiscais de gestões diferentes, verifica-se como necessária a revisão da 
meta para o exercício de 2017 em virtude da reprogramação do cronograma de dispêndios de recursos de 
uma gestão diferente. Além disso, em longo prazo, as metas fiscais foram estabelecidas de acordo com o a linha 
de governo do prefeito da gestão passada, que estava coerente com seu PPA, que será novamente elaborado em 
2018 na gestão atual e, portanto, por não ter continuidade política, irá alterar o planejamento de longo prazo (por 
consequência, serão alterados os investimentos). Porém, não há tanta diferença em porcentagem entre as duas metas 
fiscais. A maioria dos gastos são obrigatórios e devem ser destinados especificamente para áreas estabelecidas pela 
constituição e LDO, como, por exemplo, 15% deve ser destinado para investimentos em educação. Isso reduz 
mudanças muito bruscas entre gestões.

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