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Saúde Mental e Cuidado de Enfermagem em Psiquiatria Aula 04: Avaliação do Usuário com Sofrimento Psíquico Entrevista Psiquiátrica e Anamnese LEILSON LIRA 2016.2 PROFESSOR Faculdade Maurício de Nassau – FMN Curso de Graduação em Enfermagem Cidade Fortaleza Conteúdos e objetivos explorados nesta aula: Evolução do cuidado de enfermagem: funções e atividades do profissional de enfermagem (5). Desenvolver o cuidado de enfermagem em saúde mental ao adulto com transtorno mental e em uso de crack, álcool e outras drogas P ro ce ss o d e cu id ar em s aú d e m en ta l e em e n fe rm ag em Exame do estado de saúde mental, entrevista psiquiátrica, anamnese e exame físico O que veremos nesta aula? THC 02: Situações práticas do RT; Como cuidar em saúde menta? – reflexões iniciais; Anamnese e entrevista psiquiátrica: Importância da entrevista; Tipos de pergunta; Posturas inadequadas; História de vida e avaliação psiquiátrica. THC 02: Situações práticas sobre relacionamento terapêutico 1. Com o grupo de cinco; 2. Cada um puxa uma situação; 3. Ler e discute a situação; 4. Propõe “saídas” para as situações; 5. O professor discute e avalia. O que sei sobre o Cuidado de Enfermagem em Saúde Mental? CUIDADO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL Dimensão Biológica Dimensão Psicológica Dimensão Socio- Cultural Dimensão ético-legal Dimensão Ambiental Diagnóstico de Enfermagem Diagnóstico Médico STUART & LARAIA, 2001 – 6ª Ed. – CAPÍTULO 4 RESPOSTAS Relacionamento Terapêutico Comunicação Linguagem Fala Discurso Entrevista psiquiátrica Anamnese Prática de enfermagem em saúde mental Histórico do paciente Exame físico/neurológico Exame do estado de saúde mental A va lia çã o d o p ac ie n te PROCESSO DE ENFERMAGEM Raciocínio clínico Saúde Mental Cuidado de Enfermagem em Psiquiatria Entrevista psiquiátrica Observação O domínio da técnica de realizar entrevistas é o que qualifica especificamente o profissional habilidoso. Ele define o profissional de saúde mental como “um perito no campo das relações interpessoais” Se bem realizada proporcionará um bom êxito na terapia. Início deve conter a apresentação Fala livre do paciente (efeito catártico) Organização da Estrutura (profissional) SIGILO Estilo (empático e útil – exige habilidade) Tipos de perguntas durante a entrevista Tipos de perguntas durante a entrevista Pergunta Aberta - Como se encontra seu estado de ânimo? Pergunta Alternativa - O senhor está alegre ou triste? Pergunta sugestiva passiva - O senhor está triste? Pergunta sugestiva ativa - O senhor está triste, não está? Perguntas na forma de suposição - Quantas doses de álcool o Sr. Utiliza? Habilidade do entrevistador Perguntas que formula Perguntas que evita formular Decisão de quando e como falar ou apenas calar Estabelecer uma relação empática e tecnicamente útil do ponto de vista humano Acolher o paciente em seu sofrimento Paciência e respeito, mas também têmpera e habilidade para estabelecer limites Habilidade do entrevistador VARIA EM FUNÇÃO DE: Paciente Contexto institucional Objetivos da entrevista Personalidade do entrevistador Atitudes Inadequadas 1. Posturas rígidas, estereotipadas; 2. Atitude excessivamente neutra ou fria; 3. Reações exageradamente emotivas ou artificialmente calorosas; 4. Juízo de valor sobre o paciente; 5. Reações emocionais intensas de pena ou compaixão; 6. Responder com hostilidade ou agressão às investidas agressivas do paciente; 7. Entrevistas excessivamente prolixas; 8. Fazer muitas anotações durante a entrevista. As primeiras entrevistas A entrevista inicial é CRUCIAL para o diagnóstico e tratamento em saúde mental; Para a elaboração do processo de enfermagem isso não é diferente! Atentar para o olhar e a comunicação não-verbal A entrevista em psiquiatria não funciona como uma máquina de somar; Entretanto, os primeiros três minutos da entrevista são extremamente significativos! Por que? Já vimos isso! Aspecto e atitude global do paciente na entrevista Aspecto e atitude global do paciente na entrevista Aspecto e atitude global do paciente na entrevista Aspecto e atitude global do paciente na entrevista Aspecto e atitude global do paciente na entrevista Apresentação No início é sempre interessante o profissional dizer o seu nome e sua função e, se for o caso, a razão da entrevista; É preciso garantir: 1. Que a entrevista e o tratamento ocorrerão com sigilo e discrição; 2. Ressaltar a necessidade de colaboração mútua entre o profissional e o paciente, como algo essencial ao processo terapêutico. Os momentos iniciais da entrevista É importante que o entrevistador procure falar pouco para que o paciente possa falar bastante Embora a atividade principal na fase inicial seja a escuta, isto não significa colocar-se numa posição totalmente passiva Lembrar que no início da entrevista o paciente costuma estar nervoso e pode usar manobras defensivas, como risos, comentários sobre o entrevistador, silêncios, perguntas inadequadas... Lidando com o Silêncio do Paciente 1. Fazer perguntas e colocações breves; 2. Evitar perguntas muito direcionadas; 3. Evitar perguntas muito longas e complexas; 4. É sempre melhor intervenções do tipo “como foi isso” ou “explique melhor” do que perguntas como “por que” “qual a causa”; 5. O entrevistador deve buscar para cada paciente particular o tipo de intervenção. Conduzindo a Entrevista Mesmo realizando entrevistas abertas, nos primeiros encontros o profissional deve ter a estrutura da entrevista em sua mente; A fala livre tem a dimensão catártica do “desabafo” e permite que o profissional conheça melhor os conflitos do paciente e sua personalidade; Atentar para a transferência e contratransferência! Atenção CUIDADO: Longitudinalidade e transversalidade Dissimulação e simulação Insight Dados fornecidos por informantes 03 regras de ouro! Questões para fixação Saúde Mental Cuidado de Enfermagem em Psiquiatria Anamnese Identificação e dados socio-demográficos Motivo da Consulta e HDA (s/n) Interrogatório complementar Antecedentes mórbidos Hábitos e estilo de vida Antecedentes Familiares História de Vida Aspectos psicossociais (acontecimentos relevantes, relacionados à doença, relacionado ao atendimento, rede de apoio social) Anamnese 1) Identificação: dados que proporcionam o esboço de características que afetam o diagnóstico, TTO e adesão. 2) Queixa Principal: o que é declarado como motivo de buscar ajuda. 3) História da doença atual: Conhecer a personalidade sadia anterior ajuda a oferecer perspectiva ao estado atual; descrição abrangente e não-flutuante. Anamnese 4) Doenças passadas: Episódios pregressos da doença; Início da doença – eventos precipitantes; Neurológico X psiquiátricos; Uso de drogas e medicação; Doenças físicas e a ocorrência de doenças mentais. 5) História familiar: Informação sobre a família – dados como escolaridade. 6) História pessoal: História pré-natal e perinatal; Anamnese 6) História pessoal: História pré-natal e perinatal; Primeira infância – hábitos alimentares, desenvolvimento inicial, sintomas e problemas comportamentais e personalidade quando criança; Infância média – experiências escolares; Infância tardia – Relacionamentos sociais, histórico escolar, desenvolvimentocognitivo e motor, problemas emocionais e físico; Idade adulta – história ocupacional, história de relacionamentos, história educacional, religião, atividade social e história legal; História sexual Fantasias e sonhos e valores. Anamnese Em resumo, a avaliação psiquiátrica compreende… 1) Dados de Identificação; 2) Queixa principal; 3) História da doença atual; 4) Doenças passadas; 5) História familiar; 6) História pessoal (anamneses); 7) Exame do estado mental; 8) Exame físico geral; 9) Exame neurológico. THC 03: estudo de caso 1. Com o grupo de cinco; 2. Ler e discute o caso; 3. Responder o que se pregunta no final do caso; 4. O professor realiza questionamentos, discute e avalia.
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