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Flávia Bresciani Medeiros – Medicina XXXI TECIDOS MUSCULARES Responsáveis pelos movimentos corporais Liberam calor Origem embrionária: mesodérmica TME = mesoderma somático TMC = esplancnopleura TML = esplancnopleura e mesoderma somático Células: Miócitos = células alongadas que contem grande quantidade de filamentos citoplasmáticos, proteínas contrateis, geradoras das forças necessárias para a contração, utilizando energia do ATP Tecido Muscular Esquelético Origem: Mioblastos em fila -> miotúbulo (sintetizam miofibrilas e miofilamentos) -> miócitos Miócitos: Organizam-se paralelamente Espaços intercelulares = capilares contínuos Longos, multinucleados, cilíndricos, contendo muitos filamentos (miofibrilas) Estrias transversais Diâmetro de 10 a 200 micrometros A força relativa de um miocito depende de seu diâmetro A forca do musculo = numero e espessura do miocito Mioblastos em fila miotubulo (sintetizam miofibrilas e miofilamentos) miócito Se origina no embrião pela fusão de células alongadas, os mioblastos Tipos de miocitos esqueléticos (vermelhos, intermediários e brancos – bíceps tem os 3 tipos) Vascularização: V – rica; B – mais pobre Inervação: V – fibras nervosas menores; B – fibras nervosas maiores Diametro: V – menor; B – maior Contração: V – vagarosa, mas repetitiva, não se fadiga com facilidade, contração mais fraca; B – rápida, porem fadiga-se com facilidade, contração mais forte Retículo sarcoplasmático: V – pouco extenso; B – extenso Mitocôndrias: V – numerosas; B – poucas Mioglobina: V –muita; B – pouca Enzimas: V – ricas em enzimas oxidativas, pobre em adenosina-trifosfatase; B – pobre em oxidativas, ricas em fosforilase e adenosina-trifosfatase TIPO I (vermelhas/lentas/oxidativas): mais mioglobina, mais mitocôndrias, oxidação de ácidos graxos, contração continuada, cor vermelho escura. TIPO IIB e IIA (brancas/rápidas/glicolíticas): menos mioglobina, menos mitocôndrias, glicólise, fadiga (acido láctico), cor vermelho clara. Formas: musculo longo (tendão + ventre); musculo longo com dupla inserção (ventre bifurcado); musculo largo; musculo circular ou orbicular Músculo: órgão formado por tecidos conjuntivos e musculares Função: Movimento e manutenção da postura Proteção e a alteração da pressão para auxiliar a circulação Absorventes de choques para proteger o corpo Organização histológica musculo esquelético: fibra de musculo -> fascículo -> endomisio -> perimísio -> epimisio – tendão **o tecido conjuntivo mantem as fibras musculares unidas, permitindo que a força de contração gerada por cada fibra individualmente atue sobre o musculo inteiro MIÓCITO: Filamento grosso: miosina Filamento fino: actina com tropomiosina (bloqueia o sitio de ligação entre actina e miosina) e troponina (tem subunidades que se liga fortemente a tropomiosina inativando-a, de grande afinidade pelos ions cálcio, cobre o sitio ativo da actina) Mecanismos da contração: Íons cálcio: interagem com o complexo troponina – tropomiosina, e inibe seus efeitos inibidores possibilitando a contração. Quando os filamentos de actina são ativados pelos íons cálcio, seus locais ativos atraem as pontes cruzadas dos filamentos de miosina, produzindo a contração. Grandes quantidades de ATP são degradadas, formando ADP, durante o processo de contração. Quanto maior o trabalho realizado, maior a quantia de ATP degradada – efeito Fenn. Quanto maior a tensão desenvolvida pelo musculo que se contrai, maior é o grau de superposição dos filamentos de actina e miosina. Após a contração, há necessidade de que seja fornecido ATP para que as pontes cruzadas se desconectem da actina e liberem os íons de cálcio. Os íons de cálcio liberados são recuperados pelo reticulo sarcoplasmático através de uma bomba de cálcio, que bombeia do sarcoplasma para dentro do reticulo. Constituintes: Sarcolema: é a membrana delgada que reveste a fibra muscular esquelética (membrana plasmática). Em cada extremidade da fibra, funde-se com uma fibra do tendão do músculo. Sarcoplasma: é o liquido intracelular entre as miofibrilas. Contém grande quantidade de potássio, magnésio, fosfato e mitocôndrias. Reticulo sarcoplasmático: é o reticulo endoplasmático especializado do musculo esquelético. Importante para o controle da contração muscular. Circunda as miofibrilas. Miofibrilas: são compostas por milhares de filamentos de actina (mais fino) e miosina (mais grosso), longas moléculas de proteínas polimerizadas responsáveis pelas contrações reais musculares. Esses filamentos estão parcialmente interdigitados, alternando faixas escuras (faixa A) de miosina e faixas claras (faixa I) de actina, que se superpõem as de miosina. Os filamentos de miosina formam pequenas projeções laterais – pontes cruzadas – que, quando interagem com os de actina causam as contrações. Linha Z é onde as extremidades dos filamentos de actina estão ligadas (elas se estendem em ambas as direções para se interdigitarem com os filamentos de miosina). É composto por proteína filamentosa diferente das outras duas, e cruza transversalmente toda a miofibrila conectando umas as outras. Sarcomero é um segmento da miofibrila situado entre dois discos Z sucessivos; estriação da miofibrila (repetição de unidades iguais) Banda I (faixa clara): só filamentos finos; linha transversal Zona H: só filamentos grossos Linha M: filamentos grossos com proteínas acessórias Borda externa da banda A (faixa escura): filamentos grossos e finos; linha Z **DISTROFINA: proteína que liga os filamentos de actina as proteínas do sarcolema = Distrofia Muscular de Duchenne Fontes de energia para a contração: sistema fosfogênico, glicólise, sistema energético aeróbio. Junções miotendíneas: propriocepção; terminal pre-sináptico, vesículas sinápticas, no botão terminal, em contato com célula sináptica, membrana pós-sináptica e mitocôndrias; região de membranas entre o musculo e o tendão, que transmite força para os tendões Juncao neuromuscular: juncao entre a parte terminal de um axônio motor com uma placa motora Fusos neuromusculares: receptores que captam modificações dos próprios músculos Órgãos tendinosos de Golgi: (feixes de fibras colágenas encapsuladas onde penetram fibras nervosas sensoriais) são estruturas proprioceptivas e respondem as diferenças tensionais exercidas pelos músculos sobre os tendões Unidade motora: São o conjunto de miocitos inervado pela arborização terminal de um único neurônio motor O numero de unidades motoras de cada musculo esta relacionado com o tipo de função que i musculo deve desempenhar Quando o nervo de um musculo é seccionado, este se atrofia. Mas, se houver regeneração do nervo (reinervação do musculo), ele recupera suas funções no espaço de um ano aproximadamente Notas clínicas: Tônus muscular: é o estado parcial de contração de um músculo em repouso. Permite iniciar a contração rapidamente após o impulso dos centros nervosos. Num estado de relaxamento completo (sem tônus), o músculo levaria mais tempo a iniciar a contração. Fadiga muscular: acumulo de acido lático Atrofia muscular Hipertrofia Regeneração Rigor mortis Tecido muscular Liso Sem estriações e com um único núcleo central Células alongadas, fusiformes Função contrátil e de síntese Sintetizam: Colágeno topo III Fibras elásticas Glicoproteínas Proteoglicanas Fatores de crescimento Hormônio (renina) Notas clínicas: Hipertrofia Hiperplasia Regeneração CORAÇÃO: endocárdio, miocárdio, pericárdio Tecido muscular Cardíaco Miócitos: Estrias transversais Maior quantidade de mitocôndrias, mioglobina e glicogênio do que as células esqueléticas. Circundados por tecido conjuntivo muito vascularizado Menos capacidade de regeneração (baixa capacidade mitótica) Com discos intercalares: fazem a conexão elétrica entre todas as células do coração. Assim, se uma célula receber um estímulo suficientemente forte, ele é transmitido a todas as outras células e o coração como um todo se contrai. Possuem estruturas de adesão entre célulasque as mantêm unidas mesmo durante o vigoroso processo de contração da musculatura cardíaca. Contração muscular: Regulação: sistema gerador e condutor do impulso é pelo sistema nervoso autônomo (ausência de placa motora entre nervos e célula muscular) Presença de fibras de purkinje: células na porção final do feixe atrioventricular que contatam os miocitos cardíacos Notas clínicas: Hipertrofia Isquemia Regeneração TECIDO ÓSSEO Função: formar o osso Osso: órgão Periósteo: TCDC não-modelado Endósteo: TCD TA: medula amarela Cartilagem hialina: nas articulações T hemocitopoetico: forma células **tecido ósseo compacto (diafise) **tecido ósseo esponjoso (epífise) FUNÇÕES: Suportar partes moles do corpo Proteger órgãos vitais Aloja e protege a medula (espinal, hemocitopoetica, amarela) Apoia músculos esqueléticos e com estes promovem os movimentos Reserva de cálcio (na contração muscular: transmissão de impulso nervoso) **na vida trocamos 12 vezes de esqueleto Celulas do tecido ósseo (osteogênicas -> osteoblasto -> osteocito// osteoclasto) CÉLULAS OSTEOGÊNICAS Localização: Camada interna do periósteo Endosteo Reveste os canais de havers Mais ativas no período de crescimento Formam os osteoblastos Derivam de células mesenquimais Em patologias podem originar osteoclastos Ficam na extremidade do osso OSTEOBLASTOS Produzem osteoide (parte orgânica da matriz não mineralizada do tecido ósseo durante o processo de ossificação, com colágeno tipo I e glicoproteinas) Possuem receptores para o paratormônio Desenvolvem-se sob influencia da família de proteínas morfogeneticas osseas (BMP) e do fator de crescimento transformante B (TGF-B) Ficam sempre na periferia do osso, com núcleo arredondado e distante das organelas Ficam ligados aos outros por juncoes comunicantes Em conjunto: forma poliédrica Isoladas: forma fusiforme Produzem: RANKL (fusão monócitos = osteoclasto faz a parte orgânica e o PTH fixa cálcio no osso) Osteocalcina (mineralização) Osteopontina (vedação entre osteoclatos e subzona) Osteonectina (mineralização) Sialoproteina (liga osteoblastos a matriz óssea) Fator estimulante de colônia de macrófago (M-CSF) Fosfatase alcalina (alta no crescimento, na fratura) Osteoblastos quiescentes: células de revestimento ósseo **o OPG e RANKL vao fazer juncao de vários monócitos, formando osteoclastos **firmeza do osso: colágeno + sais minerais Clínica: Osteoblastos e a fosfatase alcalina Osteogenesis imperfecta: o osso é susceptível a fraturas pois o colágeno não dá firmeza ao osso já que não há produção suficiente. Características: esclera azulada e inúmeras fraturas. OSTEÓCITOS: matriz óssea calcificada O osteoblasto produz osteoide; a medida que vai formando, vai se afastando e formam o osteócito (que ficam em lacunas), os quais mantem a matriz Se comunica com o canal de Havers para nutrição, respiração, excreção. Pontes citoplasmáticas: juncao do citoplasma Lacuna Canalículo: dentro liquido intersticial, nutrientes, cálcio, oxigênio, excretas Canal de havers: (sangue) sistema de interligamento OSTEOCLASTOS = monócitos Função: reabsorver a matriz óssea (osteoclacia) Multinucleados OPG controla a ação do osteoclasto e também é produzido por eles Secretam: Fator estimulante de colônia de macrófago (M-CSF) Ligante do RANKL Osteoprotegerenina (OPG) No tecido ósseo ocupam depressões rasas: lacunas de Howship REABSORÇÃO OSSEA (osteoclasia): **fatores que influenciam: PTH, calcitonina, ciclosporina A, irradiação Osteoclasto cola na matriz óssea, formando a zona diferencial clara pelos prolongamentos vilosos No citoplasma: CO2 + H20 H+ + HCO3- O H+ vai para a zona clara e precipita os sais (lisossomos também acidificam) O pedaço de tecido ósseo nessa região é reabsorvido **os lisossomos desmancham as substancias orgânicas da matriz Notas clinicas: Osteoporose: atuação exagerada dos osteoclastos, principalmente na mulher quando diminuem os hormônios do ciclo menstrual (menopausa) Osteopetrose: osteoclastos não fazem a reabsorsorção óssea e o osso fica mais denso. Causa estenose de forames nos ossos e leva a lesão de nervos, artérias, etc. Matriz óssea (MEC) Inorgânica: ion de fosfato de cálcio em maior quantidade e menos quantidade de bicarbona de Mg, K, Na e citrato Ions em forma de cristais são circundados por substancia fundamental amorfa e hidratados mais superficialmente Orgânica: 95% de fibrilas de colágeno I e VI + substancia fundamental amorfa Dureza óssea **os ions são hidratados e por isso a matriz óssea é úmida Sistema de Harvers ou ósteons Explica como há células vivas dentro do tecido ósseo Delimitado pela linha cimentante Aparece em tecido ósseo compacto Colágeno em orientação quase helicoidal Canal haversiano (feixe neurovascular) Canais de volkmann: se comunicam com os canais de havers. Ao redor desses canais há canalículos, lacunas com osteocitos Lamelas *periósteo: externo *endosteo: nas cavidades osseas Estudo histológico do TO: Desgaste: se lixa até obter lamina fina Descalcificação: só sobra colágeno e substancia amorfa, o ácido mata todas as células e só aparecem os canalículos Classificação histológica do TO Tecido ósseo maduro, secundário ou lamelar: colágeno radialmente, mais minerais, substitui o primeiro, em maior quantidade no adulto. Tecido ósseo imaturo ou primário Critérios para classificação Tecido ósseo primário Tecido ósseo secundário Disposição do colágeno Irregular Regular Quantidade de minerais Pouquíssimo Muito Época de formação Surge primeiro Substitui Permeabilidade ao raio-x Permeável Impermeável Frequência no adulto Pouco frequente frequente Histogenese/ossificação Intramembranosa: do tecido conjuntivo surge o tecido ósseo, as células do tecido conjuntivo formam os osteoblastos que vao crescendo e formando o tecido ósseo (principalmente em ossos planos, fontanelas...) Endocondral: a cartilagem “morre” e surge osso no lugar. O osso é formado por cartilagem hialina, na região de ossificação, os condrócitos começam a se multiplicar e aumentar de volume, o osso assim vai crescendo. Depois que aumentam de volume, morrem formando lacunas. O sangue leva para essas lacunas células mesenquimais, que formam osteoblastos. Estes formam osteoide, osteocito que produz matriz óssea. ** isso só ocorre quando tem cartilagem Zona de repouso: quando surgem os condrócitos Zona seriada/de proliferação: condrócitos se multiplicando Zona hipertrófica: condrocitos aumentam de volume Zona de calcificação: cartilagem vira osso Zona de ossificação: células mesenquimais matriz óssea Crescimento e remodelação: Remoção de células mortas e de restos de matriz óssea por fagocitose Proliferação do periósteo Ossificação de tecido regenerado Formação de calo ósseo com tecido ósseo primario Reparação de fraturas: o periósteo e endosteo formam um colar ao redor da fratura; os macrófagos do tecido conjuntivo limpam a area afetada; as células mesenquimais formam condroblastos que viram condrócitos, que formam cartilagem hialina; a cartilagem degenera e da lugar ao tecido ósseo primário e depois o secundário **na reparação da fratura sempre fica um calo NOTAS CLÍNICAS: Plasticidade óssea: o TO é altamente plástico Nutrição e o TO: Falta de cálcio = raquitismo, osteomalacia (o osso quebra facil; ha boa mineralização, mas pouco colágeno e substancia amorfa), osteoporose (pode ser determinada geneticamente) Vitamina D: absorve cálcio Vitamina A: importante para produção de colágeno Vitamina C: importante para produção de colágeno Falta de proteínas: sem aminoácidos, sem colágeno e substancia amorfa Hormônios: Paratormônio Calcitonina HC: hormônio do crescimento (provoca na cartilagem epifisário uma mitose dos condrócitos) Testosterona e estrógenos: controlam osteoblastos e osteoclastos Tumores: Osteomas (benigno) Osteosarcomas (malignos) SANGUE E HEMATOPOIESE Sangue Localização: dentro do sistemacardiovascular Funções: Transporte de moléculas Defesa: células (leucócitos) que fagocitam Regulação: temperatura, pH Manutenção do equilíbrio ácido-basico e osmótico dos líquidos corporais Via de migração de leucitos entre os vários compartimentos de tecido conjuntivo Elementos figurados: hemácias, leucócitos (granulócitos – neutrófilos, eosinófilos, basófilos; agranulócitos – monócitos e linfócitos) e plaquetas (fragmentos do citoplasma dos megacariócitos da medula óssea) MEC: plasma (função: transporte; parte liquida, na qual os elementos figurados são suspensos) Coagulação: mecanismo protetor (impede que a gente perca sangue para o meio externo – perde 1,5L morte) Sangue fora do corpo + anticoagulante (HEPARINA) **soro sanguíneo: o sangue, quando removido do sistema circulatório, coagula, e do coagulo separa-se um liquido amarelo-claro, o soro sanguíneo Após centrifugação: maioria de plasma, eritrócitos que aparecem aos milhões e a capa entre eles (leucócitos e plaquetas) HEMATÓCRITO (permite estimar o volume de sangue ocupado pelas hemácias em relação ao sangue total) **diapedese: saída ativa de leucócitos para fora do sistema circulatório, por movimentos ameboides Esfregaço: estudo e análise pega lamina, coloca 1 gota de sangue, com o espalhador em 45º a gota adere a este e então espalha na lamina; seca, colore e visualiza em objetiva de 1000. HEMÁCIAS Sinônimos: eritrócitos, glóbulo vermelho Numero: 4,5 ou 5 milhões/mL (mulheres tem menos) Caracteres: acabam perdendo seu núcleo (ao cair na circulação sanguínea, durante a maturação), tem tempo de vida curto (120 dias), 7,5 micromeros de diâmetro nas extremidades e 2 no meio, em forma de disco bicôncavo (grande superfície em relação ao volume, o que facilita as trocas de gases). **hemácias crenadas: soluções hipertônicas Funções: transporte de gases respiratórios Dentro do citosol da hemácia há hemoglobina (proteína conjungada – Fe). Hb + O2 oxihemoglobina Hb + CO2 carboxiemoglobina (essas ligações são instáveis, o que permite que esses gases sejam retirados /depositados nos tecidos) Hb + CO carboemoglobina (ligação estável e toxica) A MP das hemácias é formada 50% por proteínas (determinadas geneticamente) Glicoforina (transporte de ions, integrais) Ancorina: sua ausência causa deformidades na hemácia, causando anemia hemolítica; comunicar com o citoesqueleto das hemácias, dando o formato bicôncavo Notas clinicas: Esferocitoses e eliptoses: hemácias com aspecto diferente. Gera anemia pois hemácia deformada é vista como substancia estranha (pelo baço) e é destruída, também formam bolos e entopem os pequenos vasos por não serem distendiveis. **esferocitose hereditária: anemia falciforme Anemias: anemia hipocronica o numero de hemácias é normal, mas não há Hb suficiente para transportar os gases, hemácias normais com uma luz no meio; produção insuficiente de hemácias pela medula óssea, deficiência de ferro na alimentação, destruição acelerada de hemácias Policitemia: aumento da concentração das hemácias Macrocitose: hemácias maiores, deficiência da distribuição dos gases respiratórios Microcitose: hemácias menores, deficiência da distribuição dos gases respiratórios *anisocitose (disparidade do tamanho das células) Reticulocitos: hemácias imaturas Carbonomonoxihemoglobina Sistema ABO de grupos sanguíneos Sistema Rh de grupos sanguíneos: Rh- possui o fator anti-Rh, não podendo receber sangue de um Rh+. **eritroblastose fetal: mãe Rh- e filho Rh+ LEUCÓCITOS Segmentados Sinônimos: glóbulos brancos Numero: 6-10mil/mm3 Funções: defesa por fagocitose e produção de anticorpos (defesas celulares e imunocelulares) Grupos: granulocitos e agranulocitos Leucopenia (diminuição), leucocitose (aumento) Neutrofilos Morfologia: células grandes, núcleo dividido em lóbulos (mais de 5 lobulos: neutrófilo velho), segmentado, citoplasma com grânulos Duração: 7h no sangue e 2 semanas no tecido Numero: 5 mil (50-70%) Função: fagocitose bacteriana Obs: Bastonetes: se o núcleo não é divido, é chamado de bastonete, que indicam infecção bacteriana; há aumento da produção de neutrófilo e seu núcleo não tem tempo de se dividir Pus: liquido viscoso, amarelado, contendo bactérias, neutrófilos mortos, material semi-digerido e LEC Clinica: Aumento de bastonetes Neutrófilo com mais de 5 lobulos Neutropenia: diminuição dos neutrófilos Eosinófilos Sensibilidade imediata, aumentam na infecção bacteriana e viral Caracteres: célula grande com núcleo bilobado, possui grânulos grandes e vermelhos alaranjados Numero: 150 (1-4%) Duração: 6-8 dias no sangue e no tecido: 10 dias Funções: fagocitam e eliminam helmintos, modulação do processo inflamatório Migração para sítios da reação alérgica, reação inflamatória ou invasão de vermes parasitas (mucosa) Degranulação da proteína básica principal ou da proteína catiônica eosinofílica na superfície de vermes parasitas, matando-os, pois forma poros em suas curticulas, facilitando o acesso de agentes tais como superóxidos e peróxidos de hidrogênio. Liberam substancias que inativam os iniciadores farmacológicos da resposta inflamatória, como a histamina e o leucotrieno C Englobamento de processos antígeno-anticorpo. Clinica: Células do tecido na vizinhança de complexos antígeno-anticorpo, liberam histamina e IL-5, aumentando a produção de eosinófilos na medula Aumento de corticoides diminui o numero de eosinófilos na circulação BASÓFILOS Caracteres: núcleo bilobado, grânulos negros e grandes, células raras Numero: 30 (0,5-1%) Função: liberam heparina, histamina, serotonina nas reações alérgicas intensificando a resposta inflamatória (FÇ semelhante a dos mastócitos) Clinica: choque anafilático LINFÓCITOS Caracteres: núcleo inteiriço, citoplasma azul claro; 6-14 micrometros Numero: 20-25% Tipos Linfócitos B: plasmocitos anticorpos Linfócitos T: vírus, células neoplásicas, tecidos transplantados Células nulas (tronco e NK): vírus, células tumorais espontâneas (destruição de células tumorais e de células infectadas por vírus) MONÓCITO Caracteres: núcleo em forma de rim, citoplasma cinza espumoso; 10-20 micrometros Numero: 150, 3-8% Função: fagócitos PLAQUETAS Pequenos fragmentos celulares em forma de disco derivados de megacariócitos na medula óssea Função: se fusionam e ajudam a formar o coagulo sanguíneo, limitam a hemorragia no revestimento endotelial do vaso sanguíneo, em caso de lesão; auxiliam a reparação da parede dos vasos sanguíneos Com MP, receptores de membrana (para coagulação), lisossomos, peroxissomos, mitocondrias e grânulos Rompimento de vaso: receptores de plaqueta se ligam a célula endotelial e impedem a saída de sangue dessa região ESTUDO DO SANGUE Obtenção da amostra: Punção:normalmente em veia, se for em artéria, na a. radial Perfuração: ex teste do pezinho Estudo Esfregaço Hematócrito (quantia de hemácias) Testes de amostra de sangue: índice de sedimentação de eritrócitos, contagem de reticulócitos, leucograma, hemograma completo PLASMA Solução aquosa contendo componentes de pequeno e grande peso molecular (10% do volume total) OBS: os componentes de baixo peso molecular estão em equilíbrio com o liquido intersticial dos tecidos, então a composição do plasma indica a composição media dos fluidos extracelulares em geral. Componentes Agua Proteínas: albumina; alfa, beta, gama: globulina e fibrinogênio Lipídios (colesterol, triglicerídeos) Glicídios Hormônios Vitaminas Substancias nitrogenadas (ureia, acido úrico, creatinina) Sais orgânicos (Na, Cl, K, Ca, PO4) HEMOPOIESE Conceito: processo de formação, desenvolvimento e maturação dos elementos figurados do sangue a partir de um precursor comum e indiferenciado (célula hemacitopoeiética ou tronco) que no adulto se encontra na medula óssea Hemopoeise pré-natal (mesoblastica – saco vitelinico, hepática temporário, esplênica temporário, e mieloide) Hemopoiese pós-natal (quase que exclusivamente na medula óssea) Locais: medula óssea vermelhae órgãos e tecidos linfoides (amigdalas – tonsila faríngea – timo, gânglios linfáticos, baço, placas de payer do intestino delgado, apêndice, vertebra) Da célula pluripotente saem célula mieloide multipotente e linfoide multipotente (linfócitos) MEDULA OSSEA Constituição: Fibras reticulares formando esponja, percorridas por capilares sinusoides (macrófago...) Macrófagos; células adiposas; células hematopoeiticas; células reticulares Matriz extracelular: colágeno I e III, fibronectina e hemonectina (fixam temporariamente as células) Funções: Produzir células do sangue Armazenar ferro na forma de ferritina e hemossiderina Destruir hemácias velhas Liberação de células maduras Liberação de células tronco para outros tecidos Controlada: Fatores de liberação (componentes C3 do complemento) Hormônios (glicocorticoides e androgênios) Toxinas bacterianas Fatores de crescimento Fator de células tronco CSF-G CSF-M Isoleucinas Interferon Eritropoietina Trombopoietinas Vermelha: coleta de medula com punção do osso e aspiração EMBRIOLOGIA E HISTOFISIOLOGIA NEURONAL Origem embriológica: a origem do Sistema Nervoso se dá na placa neural, uma parte especializada da ectoderme embrionária. Durante seu desenvolvimento, a ectoderme sofre uma invaginação que irá formar a goteira neural e, posteriormente, o tubo neural. Cada região deste tubo dará origem a diversas regiões do Sistema Nervoso Central. Os primeiros dois terços do tubo formarão o encéfalo, que se dividirá em prosencéfalo (dá origem ao telencéfalo e diencéfalo), mesencéfalo e robencéfalo (dá origem ao metencéfalo e o mielencéfalo). As divisões do Sistema Nervoso Central se definem na sexta semana de vida fetal. Notas clinicas: Espinha bífida: defeito do tubo neural; fusão do arco vertebral com extravasamento ou não do fluido cerebroespinal Anencefalia: defeito do tubo neural; quando a parte superior do tubo neural não se fecha Epilepsia: distúrbio da função cerebral caracterizada pela ocorrência periódica e imprevisível de convulsões – apresenta caráter recorrente. Doença de Hirschsprung (megacólon congênito): aumento do cólon causado por obstrução intestinal resultante de uma ausência das células ganglionares do plexo mioentérico e submucoso do sistema nervoso entérico que se inicia no ânus e progride superiormente. Localização: Sistema nervoso central, formado por duas porções contínuas, uma situada no interior da caixa craniana, o encéfalo, e a outra constituindo a medula espinal. No sistema nervoso central há corpos celulares e prolongamentos de neurônios além de muitas células da neuróglia. Os neurônios do cérebro estão concentrados no córtex e em agrupamentos de tamanhos variados denominados núcleos. Sistema nervoso periférico, é distribuído pelo corpo sob forma de: - nervos, que são formados por fibras nervosas. - gânglios nervosos que são acúmulos de corpos celulares de neurônios situados fora do sistema nervoso central. **os órgãos do sistema nervoso central são revestidos por membranas de tecido conjuntivo denominadas meninges. Não há praticamente tecido conjuntivo no interior do sistema nervoso central. **Os órgãos e estruturas do sistema nervoso periférico são revestidos por tecido conjuntivo. Funções fundamentais: Detectar, transmitir, analisar e utilizar informações sensoriais Organizar e coordenar, direta e indiretamente quase todas as funções do organismo Caracteres que distingue o TN dos outros tecidos Alta complexidade funcional e estrutural Alta velocidade de comunicação entre as células Alto consumo energético a custa apenas de glicose Consome 20% do oxigênio e 60% da glicose disponível no corpo CÉLULAS DO TECIDO NERVOSO Neurônios Células da glia ou gliocitos Astrocitos: são encarregados de sustentação e nutrição dos neurônios. Há dois tipos principais, chamados astrócitos protoplasmáticos e astrócitos fibrosos. Os astrócitos protoplasmáticos residem principalmente na substância cinzenta do sistema nervoso central enquanto que os astrócitos fibrosos estão presentes principalmente na substância branca. Em forma de estrela Oligodendrocitos: presentes na substância cinzenta e em muito maior quantidade na substância branca do sistema nervoso central. Sua função principal é envolver os axônios dos neurônios de maneira a isolá-los do microambiente do tecido nervoso, com a bainha de mielina. Migroglia: é constituída por células que agem como macrófagos, participando, portanto, da defesa do tecido nervoso. Células ependimarias: revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinal Neurolemocitos ou células de Schwann: em volta dos axônios do sistema nervoso periférico, formando mielina Células satélites Neurônio Corpo celular: possui núcleo e outras organelas. É o centro metabólico do neurônio, responsável pela síntese de todas as proteínas neuronais. É também capaz e receber estímulos. Pode ser esférico, piriforme ou anguloso. Rico em RER e corpúsculos de Nissl (conjuntos de cisternas e ribossomos, aparelho de golgi exclusivo Dendritos: prolongamentos celulares curtos e ramificados. São eles que recebem as informações de outros neurônios ou dos receptores sensoriais. Axônios: Fazem o transporte dos impulsos nervosos. Geralmente são finos e de formato longo e cilíndrico. Com mais mitocôndrias. Nasce do cone de implantação do corpo. No SNC, associam-se formando núcleos No SNP, formam gânglios Numero: mais de um trilhão Sentido do impulso nervoso: corpo dendrito Classificação baseada: Numero de neuritos Numero de dendritos Nas conecções No comprimento do axônio Nos neurotransmissores **a maioria dos neurônios possuem vários dendritos e um axônio, por isso são chamados de multipolares (mais de 2 prolongamentos), são a maioria. Nos neurônios bipolares, dois prolongamentos deixam o corpo celular, um dendrito e um axônio. Nos neurônios pseudo-unipolares, apenas um prolongamento deixa o corpo celular, mas se divide em dois logo depois. O impulso nervoso decorre da inibição da bomba de sódio e potássio ** a troca de cargas se propaga ao longo do neurônio, dando origem ao impulso nervoso. Após vários impulsos, há um repouso reestabelecendo a concentração original dos ions. Vão “pulando” pelos nódulos de Ranvier, pulando as células de Schwann (mielina) Sinapses: Locais de comunicação e transmissão de impulso nervoso Tipos de sinapses: químicas, elétricas e mistas// axossomatica, axodendrítica, axoaxonica Células da glia Os gliócitos possuem a função de envolver e nutrir os neurônios, mantendo-os unidos. Os principais tipos de células desta natureza são os astrócitos, oligodendrócitos, micróglias e células de Schwann. Os prolongamentos de algumas dessas células enrolam-se nos axônios e formam, ao redor deles, a bainha de mielina, que atua como isolante elétrico e contribui para o aumento da velocidade de propagação do impulso nervoso ao longo do axônio. A bainha de mielina, porém, não é contínua. Entre uma célula de Schwann e outra existe uma região de descontinuidade da bainha, o que acarreta a existência de uma constrição (estrangulamento) denominada nódulo de Ranvier. Existem axônios em que as células de Schwann não formam a bainha de mielina. Por isso, há duas variedades de axônios: os mielínicos e os amielínicos. Em uma fibra mielinizada, temos três bainhas envolvendo o axônio: bainha de mielina (de natureza lipídica), bainha de Schwann e o endoneuro. Organização do tecido nervoso no sistema nervoso central: substância branca e cinzenta No sistema nervoso central o tecido nervoso está organizado de tal maneira que os corpos celulares dos neurônios ficam agrupados em várias regiões, estas regiões constituindo a substância cinzenta do sistema nervoso central, predomina na superfície do cérebro. Substancia branca: prolongamentos de neurônios e células da glia, predomina nas partes centrais do cérebro. Os prolongamentos dos neurônios (principalmente seus axônios) também se organizam constituindo regiões denominadas de substância branca. Nasubstância branca os axônios formam feixes de diferentes calibres. MENINGES: dura-mater, aracnoide-mater, pia-mater LÍQUOR Função de proteção contra traumatismos e importante para o metabolismo Adulto corresponde a 140ml Contem raras células descamadas e 2 a 5 linfocitos por ml Produzido de modo continuo Absorvido pelas vilosidades aracnoideas SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Componentes: nervos, gânglios, terminações nervosas Nervos são feixes de fibras nervosas. Axônio, célula de Schwann, endoneuro, perineuro, epineuro Fibras nervosas compreendem axônio + bainha envoltora (oligodendrócitos) Feixes ou tratos: SNC Nervos: epineuro (TCD), perineuro, endoneuro **tanto nas fibras mielínicas como nas amielinicas as porções de membrana da célula envoltória, que se prendem internamente ao axônio e externamente a superfície da célula envoltória, constituem os mesaxonios. ** nas fibras amielinicas não há nódulos de rainvier; no SNC os axônios amielinicos são a maioria Gânglios nervosos Acúmulos de neurônios localizados fora do SNC Órgãos esféricos, protegidos por capsulas de tecido conjuntivo associados a nervos Alguns reduzem-se a pequenos grupos de células nervosas no interior de determinados órgãos (tubo digestório – gânglios intramurais) Podem ser sensoriais (aferentes) ou gânglios do sistema nervoso autônomo (eferentes) SISTEMA NERVOSO AUTONOMO Controla músculos lisos, modula ritmo cardíaco e secreção de algumas glândulas Importante para homeostase Nome tem sentido funcional Divisões: simpático e parassimpático Degeneracao e regeneração do tecido nervoso Degeneração transneuronal: neurônio fica completamente privado de impulsos nervosos, pela destruição de outro Cromatólise: dissolução dos corpúsculos Nissl e deslocamento do núcleo para a periferia Neuroma de amputação: a extremidade distal do neurônio sofre amputação Plasticidade neuronal: estabelecer novas comunicações para reestabelecer circuitos, é controlado por fatores de crescimento CLÍNICA Anestesias: age sobre os axônios, inibindo a entrada de sódio e assim o impulso nervoso Vírus e o sistema nervoso (herpes simples e o da raiva): raiva = pelo fluxo retrógrado vai para o SNC causando encefalite Toxina tetânica Tumores neurológicos Esclerose múltipla: bainhas de mielina destruidas Sindrome da imunodeficiência adquirida e imunodeficiência humana I
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