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Política Nacional de Atenção às Urgências Profa. Ms. Vanessa Dias Objetivos da aula • Conhecer a Política Nacional de Atenção às Urgências; • Identificar as dificuldades e facilidades do processo de consolidação da Política Nacional de Atenção às Urgências. Atenção as urgências no Brasil • Panorama atual – Modelo hospitalocêntrico; – Dissociação com outras estratégias e níveis de atenção; – Referências e contra-referências; – Distribuição inadequada de serviços de urgência; – Trabalho extenuante com baixa resolubilidade; – Desumanização das relações. Atenção as urgências no Brasil • Panorama atual – Ausência de centrais de regulação médica de urgências; – Transporte não regulado de pacientes; – Poucos serviços de atenção pré-hospitalar móvel; – Insuficiente qualificação profissional; – Áreas físicas, equipamentos inadequados; – Pacientes atendidos por ordem de chegada. Atenção as urgências no Brasil • Panorama atual – Oferta de retaguarda de recursos diagnósticos e terapêuticos inadequada e insuficiente; – Leitos de terapia intensiva insuficientes eimprovisados nas urgências; – Insuficiência da média complexidade; – Falta de acolhimento na atenção primária; – Falta de qualificação (RH, área física, equipamentos e insumos) das unidades básicas de saúde. Eixos da política Estratégias promocionais Qualificação e educação permanente Central de Regulação Médica Humanização Organização de redes assistenciais Princípios norteadores • Garantir universalidade, eqüidade e integralidade no atendimento às urgências clínicas, cirúrgicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e as relacionadas às causas externas (acidentes e violências); • Consubstanciar as diretrizes de regionalização da assistência às urgências mediante implantação de Sistemas Estaduais, Regionais e Municipais; PORTARIA MS/1863 (2003) Princípios norteadores • Adotar estratégias promocionais, proteção da vida e recuperação da saúde, garantindo a humanização do atendimento às urgências; • Fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratégicos de atendimento às situações de calamidades públicas e de acidentes com múltiplas vítimas a partir da construção de mapas de riscos regionais e locais; PORTARIA MS/1863 (2003) Princípios norteadores • Coletar, analisar e organizar os resultados das ações e serviços de urgência, permitindo uma visão dinâmica do estado de saúde da população e do desempenho do Sistema Único de Saúde; • Integrar o complexo regulador do Sistema Único de Saúde; • Qualificar a assistência e promover a educação permanente em acordo com os princípios da integralidade e humanização. Diretrizes da rede de atenção as Urgências de Emergências (RUE) • Universalidade,equidade e integralidade da atenção a todas as situações de urgência e emergência, incluindo as clínicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e as relacionadas às causas externas (traumatismos, violências e acidentes); • Ampliação do acesso, com acolhimento, aos casos agudos e em todos os pontos de atenção; • Formação de relações horizontais, articulação e integração entre os pontos de atenção, tendo a atenção básica como centro de comunicação; • Classificação de risco; • Regionalização da saúde e atuação territorial; • Regulação do acesso aos serviços de saúde; • Humanização da atenção, garantindo a efetivação de um modelo centrado no usuário e baseado nas suas necessidades de saúde; • Organização do processo de trabalho por intermédio de equipes multidisciplinares; • Práticas clínicas cuidadoras e baseadas na gestão de linhas de cuidado e estratégias prioritárias; • Centralidade nas necessidades de saúde da população; • Qualificação da atenção e da gestão por meio do desenvolvimento de ações coordenadas e contínuas que busquem a integralidade e longitudinalidade do cuidado em saúde; • Institucionalização da prática de monitoramento e avaliação, por intermédio de indicadores de processo, desempenho e resultado que permitam avaliar e qualificar a atenção prestada; • Articulação interfederativa; • Participação e controle social; • Fomento, coordenação e execução de projetos estratégicos de atendimento às necessidades coletivas em saúde, de caráter urgente e transitório, decorrentes de situações de perigo iminente,de calamidades públicas e de acidentes com múltiplas vítimas; e • Qualificação da assistência por meio da educação permanente em saúde para gestores e trabalhadores. PORTARIA Nº 1.600, DE 7 DE JULHO DE 2011 • Reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). Art. 2° Constituem se diretrizes da Rede de Atenção às Urgências: I ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos demandados aos serviços de saúde em todos os pontos de atenção, contemplando a classificação de risco e intervenção adequada e necessária aos diferentes agravos; II garantia da universalidade, equidade e integralidade no atendimento às urgências clínicas, cirúrgicas, ginecoobstétricas, psiquiátricas, pediátricas e às relacionadas a causas externas (traumatismos, violências e acidentes); III regionalização do atendimento às urgências com articulação das diversas redes de atenção e acesso regulado aos serviços de saúde; CAPÍTULO I DAS DIRETRIZES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS IV humanização da atenção garantindo efetivação de um modelo centrado no usuário e baseado nas suas necessidades de saúde; V garantia de implantação de modelo de atenção de caráter multiprofissional, compartilhado por trabalho em equipe, instituído por meio de práticas clinicas cuidadoras e baseado na gestão de linhas de cuidado; VI articulação e integração dos diversos serviços e equipamentos de saúde, constituindo redes de saúde com conectividade entre os diferentes pontos de atenção; VII atuação territorial, definição e organização das regiões de saúde e das redes de atenção a partir das necessidades de saúde destas populações, seus riscos e vulnerabilidades específicas; VIII atuação profissional e gestora visando o aprimoramento da qualidade da atenção por meio do desenvolvimento de ações coordenadas, contínuas e que busquem a integralidade e longitudinalidade do cuidado em saúde; IX monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços através de indicadores de desempenho que investiguem a efetividade e a resolutividade da atenção; X articulação interfederativa entre os diversos gestores desenvolvendo atuação solidária, responsável e compartilhada; XI participação e controle social dos usuários sobre os serviços; XII fomento, coordenação e execução de projetos estratégicos de atendimento às necessidades coletivas em saúde, de caráter urgente e transitório, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidades públicas e de acidentes com múltiplas vítimas, a partir da construção de mapas de risco regionais e locais e da adoção de protocolos de prevenção, atenção e mitigação dos eventos; XIII regulação articulada entre todos os componentes da Rede de Atenção às Urgências com garantia da equidade e integralidade do cuidado; e XIV qualificação da assistência por meio da educação permanente das equipes de saúde do SUS na Atenção às Urgências, em acordo com os princípios da integralidade e humanização. § 1 º A organização da Rede de Atenção às Urgências tem a finalidade de articular e integrar todos os equipamentos de saúde, objetivandoampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e emergência nos serviços de saúde, de forma ágil e oportuna. § 2º A Rede de Atenção às Urgências deve ser implementada, gradativamente, em todo território nacional, respeitando se critérios epidemiológicos e de densidade populacional. § 3º O acolhimento com classificação do risco, a qualidade e a resolutividade na atenção constituem a base do processo e dos fluxos assistenciais de toda Rede de Atenção às Urgências e devem ser requisitos de todos os pontos de atenção. § 4º A Rede de Atenção às Urgências priorizará as linhas de cuidados cardiovascular, cerebrovascular e traumatológica. Art. 3º Fica organizada, no âmbito do SUS, a Rede de Atenção às Urgências Art. 4º A Rede de Atenção às Urgências é constituída pelos seguintes componentes: I Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde; II Atenção Básica em Saúde; III Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências; IV Sala de Estabilização; V Força Nacional de Saúde do SUS; VI Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas; VII Hospitalar; e VIII Atenção Domiciliar. UBS • Sala de observação – ambiente destinado ao atendimento de pacientes em regime ambulatorial, com necessidade de observação em casos de urgência/emergência, no período de funcionamento da unidade, articulado e conectado aos outros serviço da rede de atenção às urgências, para posterior transporte e encaminhamento. Sala de estabilização • Hospitais locais situadas em municípios abaixo de 50.000 habitantes onde não houver hospitais polos e nem previsão de UPA. SAMU • Tem o objetivo de prover o atendimento pré-hospitalar. As ambulâncias do SAMU são dividas em: • USA – Unidade de Suporte Avançado • USB – Unidade de Suporte Básico • VT – veículo de transporte (usado nos casos mais simples) • VIR – veículo de intervenção rápida (viaturas 4x4) • Motolância – veículo de intevenção rápida. UPA • Unidades de Pronto Atendimento (UPA) funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana e podem resolver grande parte das urgências e emergências, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame. • Oferece estrutura simplificada, com raio-X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação. Hospital • Portas de Entrada • Enfermaria Clínica de Retaguarda para Urgência • UTI para Retaguarda da RUE • UCP • Linhas de Cuidado Prioritárias Atenção Domiciliar • Consiste numa modalidade de atenção à saúde substitutiva ou complementar, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicilio, com garantia de continuidade de cuidados integrada às redes de atenção a saúde. Resolução Cofen nº 375/2011 Art 1º A assistência de Enfermagem em qualquer tipo de unidade móvel (terrestre, aérea ou marítima) destinada ao Atendimento Pré-Hospitalar e Inter-Hospitalar, em situações de risco conhecido ou desconhecido, somente deve ser desenvolvida na presença do Enfermeiro. § 1º A assistência de enfermagem em qualquer serviço Pré-Hospitalar, prestado por Técnicos e Auxiliares de Enfermagem,somente poderá ser realizada sob a supervisão direta do Enfermeiro. • Art 2º No Atendimento Pré-Hospitalar e Inter-Hospitalar, os profissionais de Enfermagem deverão atender o disposto na Resolução COFEN nº 358/2009. Referências • BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 2923, de 9 de junho de 1998. Institui o programa de apoio à implantação dos sistemas estaduais de referência hospitalar para atendimento de urgência e emergência. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 jun. 1998b. • Portaria nº. 479, de 15 de abril de 1999. Cria mecanismos para a implantação dos sistemas estaduais de referência hospitalar de atendimento de urgências e emergências e estabelece critérios para classificação e inclusão dos hospitais no referido sistema. DiárioOficial da União, Brasília, DF, 16 abr. 1999a. • Portaria nº. 824 de 24 de junho de 1999. Aprova o texto de normatização de atendimento pré-hospitalar. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 jun. 1999b. • ______. Ministério da Saúde. Portaria SAS n. º 356, de 22 de setembro de 2000. Estabelece na forma do anexo I a essa portaria, os recursos financeiros, por Estado e Distrito Federal, destinados a implementação do componente II do Programa de humanização no prénatal e nascimento-organização, regulação e investimentos na assistência obstétrica e neonatal. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 25 set. 2000. Seção 1. p. 18.
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