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MATERIAIS BETUMINOSOS Alunos: Augusto Coelho, Beatriz Vasco, Clayton Waltrick, Cristiano Freitas, Guilherme Braga, Gustavo Simas, Isadora Silva, Luísa Andrade, Marcos Boll. O QUE SÃO OS MATERIAIS BETUMINOSOS? Possuem o Betume como componente principal. O QUE É BETUME? Mistura líquida, de alta viscosidade, cor escura e bastante inflamável. Formado por compostos químicos (hidrocarbonetos). Pode ser encontrado na natureza ou produzido artificialmente, em processos de destilação de petróleo. É utilizado para aglutinar, impermeabilizar, tratar madeiras e obras de arte, e, para construção civil, principalmente para pavimentação. HISTÓRIA DO BETUME Citado na Bíblia: “Lagos de Asfalto”, usado como impermeabilizante, para acender fogueiras e nos altares; Nabuco Donosor pavimentara com ele as estradas da Babilônia (sendo considerada a primeira utilização do asfalto); Em Gênesis (6,14), Deus mandara a Noé: “Betumarás com betume sua arca, tanto por dentro como por fora”. HISTÓRIA DO BETUME - UTILIZAÇÕES Utilizado por alguns povos com fins medicinais; Egípcios o utilizaram para o processo de mumificação e nas pirâmides; Romanos o deram fins bélicos, como combustível de lanças incendiárias, sendo imitados pelos árabes; QUAIS SÃO OS MATERIAIS BETUMINOSOS? Piche – Asfalto líquido Alcatrão – Usado em pavimentações, porém nocivo à saúde e cada vez menos utilizado sozinho; Breu – Similar ao betume, utilizado para vedar madeira e confeccionar tochas; Asfalto – Aglutinante, impermeabilizante, usado na pavimentação (composto por todos os materiais citados anteriormente). Manta Asfáltica- Asfalto modificado, para ser de mais fácil aplicação COMPOSIÇÃO A ABNT (NBR 7208) define betume como uma mistura de hidrocarbonetos de consistência sólida, líquida ou gasosa, de origem natural ou pirogênica, completamente solúvel em dissulfeto de carbono, frequentemente acompanhado de seus derivados não metálicos. COMPOSIÇÃO – ASFALTO Constituído de misturas complexas de hidrocarbonetos não voláteis de elevada massa molecular, além de substâncias minerais, resíduo da destilação a vácuo do petróleo bruto. Não é um material volátil, é solúvel em bissulfeto de carbono, amolece a temperaturas entre 150°C e 200°C 90% a 95% de hidrocarbonetos; 5% a 10% de heteroátomos, como oxigênio, enxofre, nitrogênio e metais – vanádio, níquel, ferro, magnésio e cálcio, sempre unidos por ligações covalentes. A composição química está diretamente relacionada com o desempenho físico e mecânico do asfalto. É por essa razão que há locais onde o asfalto é resistente, enquanto em outros é constante o aparecimento de buracos. EXEMPLOS DE COMPOSTOS QUÍMICOS PRESENTES NO ASFALTO: Asfaltenos: São aglomerados de hidrocarbonetos naftênicos (vários hexágonos com três duplas) condensados e de cadeias saturadas curtas. EXEMPLOS DE COMPOSTOS QUÍMICOS PRESENTES NO ASFALTO: Compostos saturados: São aqueles de cadeias carbônicas extremamente longas e que possuem apenas ligações simples entre os carbonos. EXEMPLOS DE COMPOSTOS QUÍMICOS PRESENTES NO ASFALTO: Resinas: São compostos de hidrogênio e carbono, com pequena proporção de oxigênio, enxofre e nitrogênio. São sólidos ou semissólidos marrom-escuros, sendo de natureza polar e fortemente adesiva. EXEMPLOS DE COMPOSTOS QUÍMICOS PRESENTES NO ASFALTO: Compostos aromáticos: apresentam estruturas aromáticas (hexágonos com três ligações duplas) em sua composição e podem ter ramificações saturadas ou insaturadas (ligações duplas). COMPOSIÇÃO – MANTA ASFÁLTICA As mantas asfálticas são de fácil aplicação e o material é uniforme, sendo por isso o sistema de impermeabilização mais adotado nas obras. Resumidamente, mantas asfálticas são produtos à base de asfalto modificado com polímeros e estruturados. O asfalto é o material responsável pela impermeabilização em si, mas são os polímeros adicionados que dão ao material petroquímico as propriedades de desempenho necessárias, como flexibilidade em baixas temperaturas, alongamento, resistência ao escorrimento e à fadiga mecânica e envelhecimento. O balanceamento de asfalto e polímeros é o fator que mais influi no desempenho das mantas. Os principais compostos empregados são elastoméricos (SBS, estireno-butadieno-estireno) e plastoméricos (APP, polipropileno atático). Os primeiros dão resistência de 80ºC de temperatura de escorrimento, enquanto que os segundos podem chegar a 130ºC. Há ainda os asfaltos policondensados (sem polímeros, apenas cimento asfáltico), que resistem entre 80 e 95ºC. COMPOSIÇÃO – MANTA ASFÁLTICA Compostos Elastoméricos: Um elastômero é um polímero que apresenta propriedades "elásticas", obtidas depois da reticulação. Ele suporta grandes deformações antes da ruptura. O termo “borracha” é um sinônimo usual de elastômero. Os materiais elastoméricos tal como os pneumáticos são normalmente a base de borracha natural (sigla NR) e de borracha sintética. Alsfalto Policondensado: O Asfalto Policondensado é recomendado para impermeabilização moldada em bloco de cozinhas, áreas de serviço, lajes horizontais etc. Composto de cimento asfáltico, possui alto teor plástico, ótimas aderência, plasticidade e impermeabilidade. COMPOSIÇÃO – MANTA ASFÁLTICA A norma brasileira classificou as mantas asfálticas em quatro tipos. No entanto, o mercado adotou outros parâmetros, priorizando composição, forma de aplicação e até espessura do material: O estruturante - ou armadura: filme de polietileno ou de poliéster véu de fibra de vidro não-tecido de poliéster. Por fim, o acabamento superficial adapta a manta às condições de aplicação: revestimento é em filme de polietileno ou areia. Se o projeto previr que o material fique exposto a luz solar ou a outros climas, o acabamento deve ser mais resistente: lâmina de alumínio, acabamentos com camadas superficiais de grânulos minerais e não- tecido de poliéster pode ser pintado com tintas acrílicas sem solventes. PROCESSOS DE OBTENÇÃO: MATERIAIS BETUMINOSOS Matéria-prima: Petro ́leo: Óleos minerais naturais, compostos quase que exclusivamente e hidrocarbonetos, encontrados em jazidas preenchendo os poros de rochas sedimentares, formando depo ́sitos muito extensos; Os petro ́leos podem ser de dois tipo: base asfáltica e base parafínica, sendo que o primeiro endurece mais facilmente. PROCESSOS DE OBTENÇÃO: ASFALTO Primeira etapa: Preaquecimento Após ser inserido na usina de refinamento, o petróleo é aquecido a uma determinada temperatura, para ser enviado para o dessalgador. Segunda Etapa: Dessalgador Nessa etapa são retirados os sais do petróleo. Terceira Etapa: Aquecimento Do petróleo são feitos vários produtos. Na etapa do aquecimento a matéria prima é aquecida de forma a extrair partes que possuem pontos de ebulição diferentes. PROCESSOS DE OBTENÇÃO: ASFALTO Quarta Etapa: Condensador O condensador separa o gás resultante do processo. É daí que sai o conhecido GLP (Gás de cozinha). Quinta Etapa: Separador Devido a um sistema de vácuo, nesse momento são separados os compostos que irão gerar diferentes produtos, ficando, cada um, armazenado em um lugar na máquina. Desse processo, sai o principal componente para a fabricação do asfalto, que ainda recebe adição de área, pó de pedra e gravilha a uma temperatura de 200°C. TIPOS DE MATERIAIS BETUMINOSOS Breu: Resíduo do refino do piche, perdendo quase todo o betume. É um material sólido à temperatura ambientee de maior dureza que os outros betuminosos, mas com boa resistência intempéries. TIPOS DE MATERIAIS BETUMINOSOS Piche: Misturas com apenas 11 a 17% de betume, com muita argila, pedrisco e etc. É sólido à temperatura ambiente e funde de forma heterogênea, com muitos nódulos e grãos na massa fundida, apresentando qualidades muito inferiores às dos alcatrões. É obtida através da destilação do alcatrão bruto. TIPOS DE MATERIAIS BETUMINOSOS Alcatrão: Substância betuminosa, espessa, escura e de forte odor, que se obtém da destilação destrutiva de carvão, madeira, açúcar, constituindo um subproduto da fabricação de gás e coque metalúrgico. Alcatrões já não são mais utilizados em pavimentação porque se descobriu que este é altamente cancerígeno e, além disso, possui baixa qualidade em relação a outros ligantes. TIPOS DE MATERIAIS BETUMINOSOS Asfalto: Betume espesso, de material aglutinante escuro e reluzente, de estrutura sólida que possui propriedades isolantes e adesivas. TIPOS DE ASFALTO Existem vários tipos de asfalto, e dentro da engenharia rodoviária, cada tipo se destina a um fim: ADP (asfalto diluído de petróleo): Utilizado para impermeabilização da base dos pavimentos. Exemplo: CM-30, CR-250 CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo): constituinte dos revestimentos asfálticos de alto padrão, como o CBUQ (concreto betuminoso usinado a quente). Exemplo: CAP-20, CAP-70 TIPOS DE ASFALTO Emulsão Asfáltica: constituintes dos revestimentos de médio e baixo padrão, como os pré-misturados a frio e a quente e os tratamentos superficiais, as lamas asfálticas e microasfalto. TIPOS DE ASFALTO Asfaltos modificados por polímeros: cimentos asfálticos do petróleo (CAP), melhorados em suas características e desempenho, como: Termo-sensibilidade reduzida, ponto de amolecimento elevado, maior resistência a tensões térmicas e elasticidade, resistência ao envelhecimento (oxidação). TIPOS DE ASFALTO Manta Asfáltica: Configuram sistema de impermeabilização flexível e pré-fabricado e são confeccionadas à base de asfalto modificado com polímeros e estruturantes em poliéster ou polietileno. Em geral, seu uso é indicado para lajes, reservatórios, jardineiras, paredes de encostas, áreas frias, dentre outros. São de fácil aplicação, porém não indicadas a estruturas sujeitas a intensos esforços ou deformações. UTILIZAÇÃO ASFALTOS Quando há grandes exigências, grande fluxo e veículos pesados, usa-se CAP, ADP e Emulsão Asfáltica. A numeração do produto utilizado e a grossura da aplicação do material depende da quantidade de abrasão que ele precisará suportar. Já em bairros residenciais, as ruas geralmente são asfaltadas com o tipo mais comum, que leva betume, areia, pó de pedra e gravilha, aquecidos a 200ºC. UTILIZAÇÃO ASFALTOS O asfalto em Spray é uma nova tecnologia que leva 70% de betume e 30% de água, e faz com que ele fique pronto de maneira instantânea. Porém, só deve ser usado em lugares onde o tráfego não é tão intenso. MISTURAS BETUMINOSAS: CBUQ, CAP, RR, CM Existem várias misturas betuminosas com funções diferentes para a aplicação de Asfalto (CBUQ) e outros tipos de pavimentação asfáltica também. O Asfalto, tecnicamente falando, é conhecido como CBUQ – Concreto Betuminoso Usinado à Quente. Sua produção é feita em uma Usina de Asfalto. A temperatura que o CBUQ sai da usina é em torno de 165 a 168 graus Celsius, já a sua aplicação é entre 150 e 160 graus. PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA Em resumo, o CBUQ é composto de CAP, injetado no balão da usina junto com os agregados em percentual de acordo com o traço. O CM, geralmente CM-30, é o material utilizado na imprimação da base. Sua função é de impermeabilização para evitar que infiltração de água da base para o CBUQ. Após a aplicação do CM é necessário um tempo de, pelo menos, 48h de cura para que ele “rompa”, ou seja, evapore todo o querosene presente na sua composição. O CM não deve ser aquecido devido ao seu baixo ponto de fulgor e risco de incêndio. O RR, geralmente RR-2c ou RR-1C, é a Pintura de Ligação, ou seja, é o material que vai fazer a ligação entre a Base Imprimada com o CBUQ que será aplicado. Sua aplicação é imediatamente antes de iniciar a aplicação do CBUQ. Não devem ser aquecidos acima de 70 graus Celsius. Caso a aplicação de CBUQ seja de uma capa sobre Binder, aplica-se apenas a Pintura de Ligação com RR. ETAPAS PARA APLICAÇÃO DO ASFALTO ETAPA 1: É feita o Corpo de Aterro ou Corte, é a locação topográfica onde determina os pontos em que serão feitos os cortes ou aterros no terreno. Sendo sua função, aterrar o terreno da corta primitiva até a corta de terraplanagem. ETAPAS PARA APLICAÇÃO DO ASFALTO A partir do Passo 2 já estamos no Pavimento Pavimento é toda estrutura apoiada sobre a Camada Final de Terraplenagem (CFT) e destinada a receber o tráfego proporcionando conforto e segurança ao usuário. ETAPAS PARA APLICAÇÃO DO ASFALTO ETAPA 2: São colocadas as 3 últimas camadas de MS – material selecionado. (1ª final, 2ª final e 3ª final/subleito) Em todas as camadas é preciso “correr linha”. Correr linha é a atividade para verificar se a camada está executada de acordo com o greide locado pela topografia. Essa atividade que vai dizer se há a necessidade de cortar ou aterrar em alguns pontos ao longo do trecho executado. A partir do subleito, 3° camada final, é preciso “correr viga”, Viga de Benkelman, para determinar a deflexão do pavimento. ETAPAS PARA APLICAÇÃO DO ASFALTO ETAPA 3: É feita a sub-base. A sub-base em rodovias e grandes avenidas é, geralmente, formada por uma composição de materiais dosados em uma usina de solos. Esses materiais atendem a uma faixa granulométrica A, B ou C. Para atender a essa faixa granulométrica faz-se a composição de materiais como: MS (material selecionado) + Brita 0 + Brita 1 + Areia. As vezes alguns projetos são compostos apenas de MS e Brita 1, em percentuais, por exemplo 70% MS e 30% Brita 1. Quando sai da usina em caminhões o material já está na umidade ótima, pronto para ser aplicado. Assim, não há a necessidade de ser “gradeado”. Caso ele perca a umidade ótima será necessário “gradear” para colocá-lo novamente na umidade ótima. ETAPAS PARA APLICAÇÃO DO ASFALTO ETAPA 4: É feita a base. A base tem a função de resistir e distribuir a sub-base a os esforços do tráfego sobre o revestimento ou capa (no caso de asfalto/CBUQ). A espessura da camada depende do projeto. Também pode ser dosada em usina de solos de acordo com a faixa e com os materiais mais nobres em maiores percentuais. Na Base também corre-se linha, corre-se viga com muito critério em relação a qualidade do serviço porque é na base se será aplicado o revestimento ou, capa. É necessário dar o acabamento na Base com uma raspada com Patrol, rolo de pneu e uma final com rolo chapa sem vibrar. Adiciona-se o ADP entre a base e o asfalto que virá. Finalizada essas etapas entra-se na aplicação do CBUQ, conhecido popularmente como Asfalto. Depois de aplicar o asfalto, coloca-se o selante asfáltico, que retarda o envelhecimento, impermeabiliza ainda mais o asfalto, mantém a boa aparência e, se necessário, faz reparos. PATRULHA DO ASFALTO Acabadora de Asfalto: equipamento responsável por aplicar o CBUQ em faixa e espessura determinados pelo operador. O responsável por operar a acabadora de asfalto é o Mesista. Rolo Pneumático: realizar a compactação da camada de CBUQ. Rolo Chapa ou Tandem: equipamentoresponsável pelo acabamento da faixa aplicada, retirando as marcas do rolo de pneus, e complementando, também, a compactação do CBUQ. Caminhão Espargidor: equipamento responsável por aplicar as misturas betuminosas, CM e RR. MERCADO Manta asfáltica -> é o tipo de asfalto produzido a quente, para ser aplicado a frio, garantindo reparos instantaneamente de buracos em suas diversas variações e condições, severes ou não. A massa pode ser fornecida à granel ou em embalagens de 25kg, conforme sua necessidade. Sua utilização já é conhecida e aprovada nacionalmente. A massa é fácil de aplicar, não requer misturas e nenhum tipo de adesivo. Basta simplesmente esquadrejar o buraco ou a vala, estabilizar a condição da base, varrer (limpar) bem a base e a área que circunda a base, colocar a massa e efetuar a compactação com o equipamento de compactação (Socador, Placa vibratória ou rolo compressor). Estocagem depois da compra: pode ser empilhado no máximo 10 sacos) de 25kg. Valor da unidade: R$ 28,00. MERCADO Piche asfáltico -> São misturas com apenas 11 a 17% de betume, com muita argila, pedriscos e etc. É sólido à temperatura ambiente e funde de forma heterogênea, com muitos nódulos e grãos na massa fundida, apresentando qualidades inferiores às dos alcatrões. É obtido através da destilação do alcatrão bruto. A comercialização encontrada do piche foi de Laguna, Santa Catarina chamada MUNDIALSUL e os preços variam de R$ 9,90 à R$ 160,00, de 1kg e 25kg respectivamente. Breu -> É o resíduo do refino do piche, perdendo quase todo o betume. É um material sólido à temperatura ambiente e de maior dureza que os outros betuminosos, mas com boa resistência intempéries. Foi encontrado o preço de asfalto oxidado (Breu) no valor de 142,50 o saco com 25kg na mesma empresa citada acima. Asfalto -> É o material cimentante, preto sólido ou semi-sólido, que se liquefaz quando aquecido, composto de betume e alguns outros metais. Pode ser encontrado na natureza (CAN), mas em geral provém do refino do petróleo (CAP). VANTAGENS DO ASFALTO São Hidrófobos, portanto repelem a água (salvo exceções); Termoplásticos, sendo facilmente fundidos e solidificados e não possuem ponto de fusão, amolecendo em temperaturas variadas; São inócuos ou inertes, isto é, não reagem quimicamente com os agregados minerais que são utilizados como material de enchimento; Devido ao fato de serem termoplásticos e inertes, estes, possibilitam a reciclagem; Possui durabilidade variável influenciado principalmente pela radiação solar; Adesivos e aglomerantes que dispensam o uso de água, ao contrário dos aglomerantes minerais; DESVANTAGENS DO ASFALTO O asfalto é derivado do petróleo, que é altamente poluente e degrada o meio ambiente na mesma proporção que prejudica a nossa saúde. O pavimento é impermeabilizante, não permitindo o escoamento da água das chuvas e assim, favorece as enchentes (exceto na nova tecnologia que citaremos posteriormente). O asfalto possui um custo benefício elevado, depois de sua instalação é necessário fazer manutenções em períodos de certa frequência. ASFALTO - DESCARTE Atualmente o asfalto é descartado em lixões, apesar de poder gerar multas , ou cedido para pequenos proprietários de terrenos, que utilizam o asfalto fresado como pavimento de entrada de sítios e pequenas áreas de terras . Porém, na maior parte das vezes, ele é reutilizado por ser um produto que leva anos para se degradar. ASFALTO – REUSO A reciclagem é utilizada para reformas de pavimentos danificados e reformas de rodovias. Ela traz grandes vantagens ao meio ambiente , já que através desse processo é possível reaproveitar total ou parcial dos materiais existentes no pavimento. Além de evitar a exploração de novas jazidas e a fabricação desse material que demora anos para se degradar, está alternativa reduz os custos dos serviços que se tem ao produzir o asfalto. MÉTODOS DE RECICLAGEM DE ASFALTO Reciclagem a quente em usina : é um processo com aquecimento, onde o pavimento asfáltico existente encontra-se deteriorado estruturalmente, sendo assim, sua camada é removida e reduzida, geralmente através da técnica de fresagem. Depois esse material passa a ser transportado para local de estocagem onde poderá ser misturado e recuperado em usinas de asfalto. MÉTODOS DE RECICLAGEM DO ASFALTO Reciclagem a quente in situ(no local): esta reciclagem ocorre no próprio local de retirada das camadas desgastadas. Ocorre através de uma máquina especifica, uma pré-aquecedora e uma pequena usina para reciclagem, o pré- aquecimento é conseguido através de placas emissoras de raios infravermelhos, que aquecem o revestimento até uma temperatura de 130°C. MÉTODOS DE RECICLAGEM DO ASFALTO Reciclagem a frio in situ(no local): este método de reciclagem é o mais comum e utilizado no mundo, ele é realizado através do processo que requer a utilização de uma Recicladora de Asfalto, que possui um cilindro especial para corte e trituração não somente da camada asfáltica como também para a camada de base granular abaixo. Desta forma, o pavimento danificado é cortado, triturado e o material é misturado e homogeneizado. Em todos os casos é adicionado um estabilizador, que deve ser escolhido de acordo com as características do pavimento. Tudo executado em uma passada única da Recicladora, assegurando índices de produtividade. MÉTODOS DE RECICLAGEM DO ASFALTO O processo de execução é constituído pelas seguintes etapas: Espalhamento prévio do cimento, que pode ser manual ou mecanizado Trituração do pavimento e homogeneização de materiais Compactação Nivelamento Acabamento da superfície Cura Aplicação do novo revestimento ASFALTO - REUSO Quadro de vantagens e desvantagens do método in situ Vantagens Desvantagens Evita o transporte dos materiais fresados para outro local As condições locais de execução podem afetar a qualidade do trabalho Reduz a desagregação dos pavimentos das estradas utilizadas pela obra Este processo está mais dependente das condições meteorológicas Dispensa os depósitos provisórios A hereditariedade das camadas existentes prejudica os riscos das formas de trabalho O tempo de execução do processo é menor Alguns equipamentos mais complexos estão sujeitos a avarias Aproveita na íntegra todos os materiais existentes no pavimento Dificuldades no controle de qualidade O investimento total em equipamentos é inferior ao processo central Elevados números de ensaios laboratoriais, tornando-se dispendioso Evita prolongada interrupção do tráfego Promove sustentabilidade INOVAÇÕES NO ASFALTO O asfalto de borracha tem em sua composição fragmentos de pneus usados, sendo uma excelente forma de reciclagem. As propriedades da borracha tornam este tipo de asfalto mais flexível e menos propenso à desgaste e rachaduras. Além disso, o custo na produção deste asfalto é bem menor, já que o material utilizado é retirado do lixo. Em outros países também estão sendo realizados vários estudos para tornar o asfalto um aliado do meio ambiente. O asfalto verde, desenvolvido na Holanda, é uma nova mistura asfáltica, que tem como diferencial a presença de óxido de titânio. É capaz de absorver até 45% da poluição atmosférica e também é permeável, evitando enchentes. Além do fator ecológico, este tipo de asfalto tem um grande diferencial estético: sua coloração é verde, fugindo do padrão de cor escuro. Já nos Estados Unidos estão sendo desenvolvidos projetos com o objetivo de utilizar o calor do sol absorvido pelo asfalto para a geração de energia.Na Espanha, os pesquisadores esperam que o asfalto diminua a poluição gerada pelos carros, por meio da captação do óxido de nitrogênio emitido. INOVAÇÕES NO ASFALTO A empresa empresa Lafarge Tarmac desenvolveu um material simplesmente genial. Trata-se de um asfalto permeável, o Topmix Permeable, que consegue absorver cerca de 36 mil milímetros de água em uma hora. Esta quantia corresponde à pouco mais de 3.330 litros por minuto. À título de comparação, o concreto tradicional usado para pavimentação precisa ser permeável o suficiente para permitir que somente 300 milímetros de água por hora cheguem ao nível do solo. A ideia original deste asfalto permeável foi que ela seja capaz de redirecionar a água da chuva durante tempestades e usá-la para outros fins, economizando, assim, reservas de água potável existentes. Como se sabe um dos maiores problemas dos asfaltos permeáveis é a sua manutenção. Como a água atravessa o concreto, ela pode se misturar com a terra presente embaixo do pavimento e endurecer o interior de suas lacunas, reduzindo sua permeabilidade. Mas o que a Tarmac garante é o seguinte: com a técnica utilizada para produzir o Topmix, o concreto poroso é constantemente misturado, o que o mantém permeável ao longo de toda sua vida útil. O que a empresa britânica utiliza, invés de concreto à base de areia, é um material chamado “no-fines concrete”, composto por pequenos pedaços de granito esmagados. A mistura obtida é extremamente seca e, por causa dos espaços (minúsculos, mas suficientemente eficazes) entre as partículas, permite a passagem da água sem que ela se acumule na composição. INOVAÇÕES DO ASFALTO A Tarmac garante que o Topmix é adequado a quase todos os climas. A exceção aqueles em que o frio intenso predomina. Nos testes foi possível observar que o asfalto se saiu melhor em trechos urbanos onde a velocidade máxima era de aproximadamente 48 km/h e o tráfego de veículos era de moderado a leve. No momento, o material está à venda, somente no Reino Unido. E, embora o custo de se substituir o pavimento utilizado atualmente pelo Topmix seja bastante elevado, o novo produto se mostraria mais econômico no futuro (principalmente aos países mais propensos a inundações), por ter manutenção mais barata do que a do asfalto tradicional. A Inglaterra, por exemplo, gastou US$ 4,8 bilhões (cerca de R$ 19 bilhões) em 2007 para reparar os danos causados pelas enchentes que atingiram o país.
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