CONTROLE SOCIAL NO SUS TATY

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO – CEUCLAR
CURSOS DE GRADUAÇÃO À DISTÂNCIA
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO 
 PROFESSOR TUTOR A DISTANCIA:
GLAUCIA COSTA DEGANI
R.A.: 8017445
 TATIANE SILVA DE ALMEIDA
 ATIVIDADE NO PORTFÓLIO 
 CONTROLE SOCIAL NO SUS
FEIRA DE SANTANA – BA
 2018
 TATIANE SILVA DE ALMEIDA
O QUE É CONTROLE SOCIAL NO SUS, QUAL A IMPORTÂNCIA DESSE PRINCÍPIO PARA O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E OS DESAFIOS EXISTENTES PARA A POPULAÇÃO PRATICAR O CONTROLE SOCIAL.
 Através de representantes, a população participa do controle social – um instrumento democrático – no exercício do poder, na determinação, acompanhamento e execução de políticas públicas. É imensurável a importância da saúde na vida das pessoas, e por isso é considerada um dos bens mais preciosos da humanidade, sendo responsabilidade de todos, tanto do estado quanto sociedade. Nessa organização, de um lado está a emergência das necessidades da população em relação à saúde e de outro a intervenção do estado, definindo saídas de emergências de ações em resposta a essas necessidades, destacando-se, nesse processo, o movimento dos fatos políticos e econômicos, que ora levam a vantagem, ora a retrogradarão nas políticas de saúde em nosso país. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - Descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade. (BRASIL.1988)
 O Sistema Único de Saúde (SUS) é um exemplo desse processo, tendo sido criado em 1988, por ocasião da promulgação da Constituição, a carta magna, instituiu à população brasileira acesso gratuito, integro e universal a serviços de saúde, mas que até os dias atuais ainda foi implementado em sua magnitude. Todavia, designou sobre as políticas de saúde o controle social, e que se torna efetivo somente com a organização popular. O controle social pode ser entendido como a fiscalização direta da sociedade civil nos processos de gestão da coisa pública, a apropriação pela sociedade organizada, dos meios e instrumentos de planejamento, fiscalização e análise das ações e serviços de saúde (CORREIA, 2000). O controle social traz a viabilidade de os cidadãos brasileiros interagirem com o governo para estabelecer prioridades e definir políticas de saúde que atendam às necessidades da população, tendo como intermédio para isto os canais de participação institucional, tais como os conselhos e as conferências de saúde. 
 A Lei n. 8.142/1990 – Explica sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) – foi instaurada após incessante luta pela democratização dos serviços de saúde, sendo assim, representa uma vitória significativa. Após este marco, foram criados os Conselhos e as Conferências de Saúde como meios importantes para o exercício do controle social do SUS. Após a conquista desse espaço de atuação da sociedade na lei, começou a luta para garanti-los na prática. Os Conselhos de Saúde foram constituídos para formular, fiscalizar e deliberar sobre as políticas de saúde. Deliberar acerca disso é uma grande conquista da sociedade. Garantir a implementação das deliberações é uma disputa permanente em defesa do SUS. É por isso que a promoção do conhecimento sobre a saúde no País e o papel dos Conselhos de Saúde implicam no fortalecimento do SUS. O Conselho Nacional de Saúde, ao reestruturar as Diretrizes Nacionais para o Processo de Educação Permanente no Controle Social do Sistema Único de Saúde, dá um passo importante na valorização da saúde no Brasil. 
 É de responsabilidade do CNS elaborar, em conjunto com o Ministério da Saúde, a Política Nacional de Educação Permanente para o Controle Social do SUS. O reconhecimento da rica diversidade regional do País, com suas especificidades locais, estabelece e incentiva que os Conselhos Municipais e Estaduais de Saúde também elaborem suas políticas e planos de ação, apoiados pelos gestores municipais e estaduais (BRASIL,2006). O Controle Social é uma diretriz e princípio do SUS e sua regulamentação se dá através da Lei Orgânica da Saúde – 8.142/90. De acordo com a lei em questão, o SUS tem duas instâncias colegiadas: os conselhos de saúde – em caráter permanente, e as Conferências de Saúde – que, de forma ordinária, devem acontecer a cada 4 anos em todas as esferas de governo. (SOUZA,2016). A Lei Orgânica n. 8.142, de 1990 Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde – SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde, e dá outras providências. Art. 1º – O Sistema Único de Saúde – SUS de que trata a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas. Com relação ao Controle Social como espaço fiscalizatório da sociedade sobre o Estado e política de saúde contra hegemônica, podemos trazer que o mesmo com seu caráter fiscalizador permite à sociedade um olhar mais amplo acerca das ações tomadas pelo Estado, assim, favorecendo uma política de saúde contra hegemônica, onde todos sem discriminação têm o poder de fiscalizar e interferir na saúde, buscando uma melhor qualidade na assistência, com igualdade e justiça. No que se refere ao Controle Social como gestão participativa e mobilização popular foram trazidos pelos artigos que a gestão participativa, além de ser uma das definições do Controle Social é o resultado das lutas organizadas pela participação e mobilização de toda sociedade, onde a partir destas, foram alcançadas várias conquistas na área da saúde, sendo uma delas o direito à participação. Contudo, a partir deste estudo foi possível analisar junto à literatura brasileira as definições acerca do Controle Social em saúde, e assim fornecer informações científicas e fidedignas sobre o tema pesquisado, de forma organizada e relacionada. Portanto, ter uma síntese dos artigos brasileiros que definem Controle Social, favorecendo desta forma futuras pesquisas e estudos relacionados com o tema em destaque.
 Apesar dos avanços obtidos no campo da saúde e tempo de existência do SUS, muitos desafios ainda são postos para a efetivação dos seus princípios e diretrizes, bem como, para a participação social no controle desse sistema de saúde. Fica clara, portanto, a importância da contribuição do trabalhador de saúde, usuários e gestão pública local no trato das mudanças necessárias para melhorar a qualidade de vida e saúde da coletividade. São atores indispensáveis na efetivação desses direitos e na construção de políticas públicas em saúde que atendam as reais necessidades da população.
 A participação da comunidade é essencial para que o exercício do controle social seja estabelecido, porém, destaca-se ainda a importância dos profissionais de saúde e gestores em comprometerem-se a influenciar práticas e permitir a socialização de saberes no trato desse processo. Isso certamente refletiria em melhor qualidade de vida para todos.
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Constituição Federal, 1990a. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. LEI ORGÂNICA DA SAÚDE. Dispõe sobre as Condições para Promoção, Proteção e Recuperação de Saúde, a Organização e o Funcionamento dos Serviços Correspondentes e dá Outras Providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, v.128, n.182, pp18055-18059, 20 set. Seção I, pt. 1.
CONTROLE SOCIAL DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: O QUE PENSAM OS CONSELHEIROS MUNICIPAIS DE SAÚDE. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v66n6/17.pdfacessado em 17 de setembro de 2018. 
CONTROLE SOCIAL DO SUS: DESAFIOS PARA UMA GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA. Disponível em: http://biblioteca.virtual.ufpb.br/files/controle_social_do_sus_desafios_para_uma_gestao_democratica_e_participativa_1343922295.pdf Acesso em: 16/09/2018. acessado em 17 de setembro de 2018.
CONTROLE SOCIAL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS. Boletim Repente. Pólis - Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais - n o 29 – agosto/ 2008.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEI Nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990. acessado em 17 de setembro de 2018.
DEFINIÇÕES DO CONTROLE SOCIAL EM SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. Disponível em:
http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistadeenfermagem/article/viewFile/479/871- acessado em 17 de setembro de 2018.
Ministério da Saúde. PARA ENTENDER O CONTROLE SOCIAL NA SAÚDE / Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 178 p. : il.
O CONTROLE SOCIAL EM NÍVEL LOCAL NO SUS E AS POSSIBILIDADES DE TRANSFORMAÇÃO DA CULTURA POLÍTICA NO BRASIL. Disponível em: <http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/saudeetransformacao/article/viewFile/3155/4445> acessado em 17 de setembro de 2018.
SERAFIM. Lizandra. CONTROLE SOCIAL: QUE CAMINHOS? Observatório dos Direitos do Cidadão/Equipe de Participação Cidadã Instituto Pólis Julho de 2008
SPOSATI, Aldaíza & LOBO, Elza. CONTROLE SOCIAL E POLÍTICAS DE SAÚDE. Cad. Saúde Pública [on line], Rio de Janeiro, 1992, vol.8, n 4, pp. 366 – 378. ISSN 0102 311X.