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contabilidade das organizações aula 04

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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
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Contabilidade das Organizações 
 
 
 
 
 
Aula 4 
 
 
Profa. Neusa Higa 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
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Conversa Inicial 
Olá, seja bem-vindo! Você está na quarta rota da disciplina de 
Contabilidade das Organizações. 
As contas usadas no registro dos eventos contábeis irão representar as 
mutações que ocorrem na riqueza da empresa. Ao final de cada período, as 
demonstrações contábeis apresentarão informações que irão evidenciar aos 
usuários a posição patrimonial, financeira ou econômica da empresa. Lembre-
se que as demonstrações contábeis são elaboradas a partir das contas contábeis 
(aquelas do plano de contas que estudamos). No plano referencial, é possível 
observar que as contas representam bens e direitos (contas patrimoniais 
relativas ao Ativo da organização), obrigações (contas patrimoniais relativas ao 
Passivo da organização) ou, ainda, receitas, despesas, ganho e perdas (contas 
de resultado). 
Nesta aula, iremos aprender os fatos contábeis que levarão a escrituração 
de Ativos, Passivos, receitas e despesas, bem como ganhos e perdas. Cada um 
irá apresentar uma característica relacionada, o que o fará ser classificado em 
um desses elementos. E por que é importante saber isso? Eles evidenciarão ao 
usuário final o que a empresa possui, sua capacidade econômica de subsistência 
e, por conseguinte, seus recursos financeiros. Além disso, serão grande fonte de 
informações – aquelas que você irá utilizar para planejar, executar e monitorar 
as decisões. 
Vamos falar mais sobre isso! 
Para a videoaula do Conversa Inicial, ver o material on-line. 
Contextualizando 
Os fatos contábeis que ocorrem diariamente nas operações empresariais 
fazem com que as organizações efetuem os registros contábeis. Vimos na Aula 
3 como vincular o conceito de bens, direitos e obrigações ao regime de 
competência (predominantemente adotado pela legislação contábil). 
 
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No entanto, temos que compreender como se procede os lançamentos e 
como eles refletem nos saldos das contas. Os grupos do Ativo, Passivo e 
Patrimônio Líquido estruturam o Balanço Patrimonial, demonstração contábil 
estática e de caráter obrigatório a todas empresas. Já as receitas, despesas, 
ganhos e perdas mensuram as operações econômicas que ocorrem em um 
determinado período e que, por sua vez, refletem no patrimônio da empresa 
(evidenciado no Balanço Patrimonial). 
Nesta aula aprenderemos como realizar os lançamentos contábeis, 
sempre lembrando de um princípio: “Qual a origem e qual a aplicação de 
recursos?”. Surgiu alguma dúvida enquanto essa pergunta foi realizada? Então 
relembre o que aprendemos na nossa Aula 1 – ela será suporte para fixarmos 
essa nova etapa de estudo. 
Para reforçar os seus estudos, consulte o livro –base da disciplina: 
“Contabilidade em Ação”, de Samir Bazzi, editora InterSaberes. 
 
Para a videoaula do Contextualizando, ver o material on-line. 
Pesquise 
Lançamentos Contábeis envolvendo Ativos 
Os ativos da organização representam os bens, os direitos e aplicações 
de recursos da entidade, que são capazes de gerar benefícios econômicos 
futuros (IUDÍCIBUS, 2006). Nesse sentido, esses elementos são capazes de 
serem mensurados monetariamente e são dispostos para que administrador 
opere a fim de atingir os objetivos propostos. 
O termo entendido como recursos da entidade é bastante amplo, 
envolvendo bens tangíveis e intangíveis. No entanto, é importante você entender 
que a relação entre posse e propriedade é algo a ser considerado no grupo. O 
processo de controle (e a partir de então o reconhecimento do Ativo) muitas 
 
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vezes envolve a posse e propriedade, porém a posse nem sempre é 
indispensável para caracterizar um Ativo. 
No Balanço Patrimonial da empresa, as contas que compreendem o Ativo 
estarão dispostas ao lado esquerdo. Por exemplo: a empresa pode adquirir 
mercadorias que já são seus bens, porém, ainda está em transporte (período de 
entrega). A inexistência do bem físico nesse momento não deixa de caracterizar 
essas mercadorias como um bem que será incluído no seu estoque (IUDÍCIBUS, 
2006). 
O Ativo de uma empresa é dividido em dois grandes grupos: 
O Ativo Circulante contempla contas que geram rápida conversão em 
dinheiro no patrimônio, ou seja, representam o capital de giro da entidade 
(IUDÍCIBUS, 2006). O que faz com que uma conta seja classificada no Ativo 
Circulante é o grau de liquidez, que não mais é que a facilidade e rapidez de 
serem “transformadas” em dinheiro. 
O Ativo Não Circulante contempla as contas de conversão no longo 
prazo e aquelas que possuem característica de natureza permanente, ou seja, 
que a empresa não tem intenção de vender momentaneamente, mas usa para 
manter a atividade. Para que um item seja classificado nesse grupo, é necessário 
que ele atenda a uma das seguintes características: ter prazo de conversibilidade 
superior ao encerramento da demonstração contábil do ano seguinte; ser usado 
pela empresa para manter suas atividades em funcionamento; não ser destinado 
a venda. 
Conforme a Lei 11.638/07, os Ativos Circulante e Não Circulante são 
classificados em subgrupos, sendo eles: 
 
 
1) Ativo circulante: 
 
 
 
Disponibilidades Créditos 
Estoques 
Outros créditos 
 
 
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2) Ativo não circulante: 
 
 
 
Para efetuar os lançamentos contábeis, é importante você saber que 
essas contas são patrimoniais e de natureza devedora. Lançamentos contábeis 
realizados a débito aumentarão seu valor e, aqueles lançados a crédito, o 
reduzirão. Excluem-se dessa generalização somente as contas redutoras, que 
passam a ter natureza credora (inversa). 
Exemplo 1: Venda de veículo 
Curitiba, 10 de março de 2016 
D = Banco conta movimento (aumento no saldo da conta) R$ 30.000,00 
C = Veículo (redução no saldo da conta) R$ 
30.000,00 
H.: Ref. à venda do veículo Ford Ka, ano/modelo: 2010/2011, RENAVAM 
2323212345, de João da Silva, CPF 009.008.007-06. 
 
Exemplo 2: Aquisição de veículo 
Curitiba, 10 de março de 2016 
D = Veículo (aumento no saldo da conta) R$ 
30.000,00 
C = Banco conta movimento (redução no saldo da conta) R$ 30.000,00 
H.: Ref. à compra do veículo Ford Ka, ano/modelo: 2010/2011, RENAVAM 
2323212345, de João da Silva, CPF 009.008.007-06. 
 
 
Realizável a longo prazo 
Investimento 
Imobilizado 
Intangível 
 
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Exemplo 3: Recebimentos de duplicatas de clientes 
Curitiba, 10 de março de 2016 
D = Caixa (aumento no saldo da conta) R$ 
2.000,00 
C = Duplicatas a receber (redução no saldo da conta) R$ 2.000,00 
H.: Ref. ao recebimento da duplicata 12345, emitida em 05.02.2016 referente à 
compra de mercadorias por João da Silva, CPF 009.008.007-06. 
 
Exemplo 4: Adiantamento a fornecedores com dinheiro/cheque 
Curitiba, 10 de março de 2016 
D = Adiantamento a fornecedores (aumento no saldo da conta) R$ 
1.000,00 
C = Caixa/Banco (redução no saldo da conta) R$ 1.000,00 
H.: Ref. ao valor de adiantamento pago ao fornecedor ABC Cosméticos S.A. pela 
reserva de mercadoria a ser entregue em 30.03.2016. 
É importante você saber: os lançamentos podem não envolver somente 
contas entre Ativos, pode-seapresentar como contrapartida contas do Passivo, 
como exemplo, quando ocorre o pagamento de empréstimos, impostos, salários 
etc. (obrigações – Passivo) com valores em caixa. 
 
Para a videoaula deste tema, ver o material on-line. 
Lançamentos Contábeis envolvendo Passivos e Patrimônio Líquido 
Sabemos que o patrimônio das empresas é composto por bens, direitos e 
obrigações que a empresa possui. O Tema 01 desta rota mostrou que os bens 
e direitos compõem os Ativos. Por outro lado, as obrigações são representadas 
pelo grupo de Passivos e Patrimônio Líquido. Vejamos cada um deles. 
 
 
 
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Passivo 
Os Passivos, de forma sintética, representam as exigibilidades. Eles são 
considerados as origens de recursos (valores, ativos) que subsidiam os eventos 
que ocorrem na entidade, porém, são adquiridos por meio de obrigações 
firmadas com terceiros e que, em algum momento, serão quitadas. Além disso, 
no Balanço Patrimonial, elas são apresentadas ao lado direito e organizadas em 
ordem decrescente de exigibilidade, ou seja, as mais próximas de liquidação são 
apresentadas primeiro. 
Lembre-se que ao operar, a entidade deve gerar valores necessários para 
cumprir com seus compromissos e que, sobretudo, a aplicação dos recursos 
advindos do Passivo resulte em recursos capazes de gerar benefícios futuros. 
Nesse grupo são organizados os registros dos valores devidos a terceiros de 
curto e longo prazo. 
Essa distinção leva os Passivos serem divididos em dois grandes grupos: 
 O Passivo Circulante compreende o conjunto de obrigações a serem 
quitadas até o final do exercício seguinte (Lei 11.638/2007). O que faz 
com que as contas estejam agrupadas no Circulante é a rápida 
periodicidade em sua quitação. 
 O Passivo Não Circulante compreende o conjunto de obrigações a 
serem quitadas após o final do exercício seguinte (Lei 11.638/2007). Esse 
grupo de contas envolve obrigações a serem quitadas após o final do 
exercício seguinte, ou seja, no longo prazo. 
Conforme a Lei 11.638/07, os Passivos Circulante e Não Circulante são 
classificados em subgrupos, sendo eles: 
 
 
1) Passivo circulante: 
 
 
 
Empréstimos e financiamentos 
Fornecedores 
Obrigações sociais e trabalhistas 
Impostos 
Taxas e contribuições 
Provisões 
 
 
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2) Passivo não circulante: 
 
 
 
A teoria contábil defende também que os passivos são quaisquer 
compromissos (reclamos) firmados entre a entidade e outras pessoas quando 
busca-se gerar seus próprios ativos. Esse conceito remete à ideia de que 
organização é vista como um “organismo” com vida própria e que tem por 
objetivo continuar com suas operações (Postulado da Continuidade, lembra-
se?). Desse modo, até mesmo as obrigações com os proprietários – aquelas 
derivadas do capital inicial empregado na empresa – é entendida como uma 
obrigação (veremos mais sobre este caso especial a seguir). 
Para efetuar os lançamentos contábeis, é importante você saber que as 
contas que pertencem ao Passivo possuem natureza credora. Lançamentos 
contábeis realizados a débito reduzirão seu valor e, aqueles lançados a crédito, 
o aumentarão. Excluem-se dessa generalização somente as contas redutoras, 
que passam a ter natureza devedora (inversa). 
Exemplo 1: Contratação de empréstimos bancários com juros 
Curitiba, 10 de março de 2016 
D = Banco conta movimento (conta do Ativo – natureza devedora) R$ 100.000,00 
D = Juros a apropriar1 (conta do Passivo redutora – natureza devedora) R$ 
10.000,00 
C = Empréstimos e financiamentos (conta do Passivo – credora) R$ 110.000,00 
 
1 A conta juros a apropriar é redutora no passivo (reduz o saldo da conta de empréstimos 
e financiamentos). 
Empréstimos e financiamentos de longo 
prazo 
Tributos diferidos 
Provisões e outras obrigações (como 
fornecedores a serem pagos a longo 
prazo) 
 
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H.: Valor ref. à aquisição de empréstimo junto ao Banco do Brasil (banco 001), 
Agência: 2803-x, C/C: 12.345-6. 
 
Exemplo 2: Pagamento de parcela de empréstimos 
Curitiba, 10 de abril de 2016 
D = Empréstimos e financiamentos (conta do Passivo – credora) R$ 300,00 
C = Banco conta movimento (conta do ativo – natureza devedora) R$ 300,00 
H.: Valor ref. ao pagamento de parcela 1/12 de empréstimo realizado junto ao 
Banco do Brasil (banco 001), Agência: 2803-x, C/C: 12.345-6. 
 
Exemplo 3: Pagamento dos juros a apropriar sobre os empréstimos 
Curitiba, 10 de abril de 2016 
D = Encargos financeiros (conta de resultado – natureza devedora) R$ 50,00 
C = Juros a apropriar* (conta do Passivo redutora – natureza devedora) R$ 
50,00 
H.: Valor ref. aos encargos financeiros pagos no empréstimo – parcela 1/12 – 
junto ao Banco do Brasil (banco 001), Agência: 2803-x, C/C: 12.345-6. 
 
Exemplo 4: Pagamento de impostos 
Curitiba, 10 de abril de 2016 
D = IRPJ a pagar (redução no saldo da conta do Passivo) R$ 500,00 
C = Banco conta movimento (redução no saldo da conta do Ativo) R$ 500,00 
H.: Valor ref. ao pagamento com cheque nº 123-6 Banco do Brasil (banco 001), 
Agência: 2803-x, C/C: 12.345-6, de IRPJ ref. à apuração no mês de março. 
 
Patrimônio Líquido 
O Patrimônio Líquido (PL) é matematicamente definido como a diferença 
existente entre os valores registrados no Ativo e no Passivo da organização 
(IUDÍCIBUS, 2006). Há aqueles que o definam simplesmente como “o interesse 
residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos” 
 
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(CPC 00 R1, 2011). Lembre-se que, nesse caso, atribuímos ao Passivo as 
obrigações para com terceiros. 
Esse grupo de contas é também entendido como subtraendos dos 
ativos, ou ainda, ativos negativos. A razão para essa compreensão é a que: 
se em um balanço todas as exigibilidades (obrigações) são subtraídas dos 
ativos, os valores como resultado mensuram os itens que representam a 
propriedade da empresa, ou seja, seu Patrimônio Líquido. Desse modo, são 
registrados no PL os valores do capital pertencente ao proprietário da entidade 
e os recursos próprios dela. 
É importante você saber: quando os valores registrados no Passivo 
forem superiores ao do Ativo, o resultado da subtração é denominado Passivo 
a Descoberto. Nesse caso, a expressão a ser empregada a esse grupo é 
substituída por Passivo a Descoberto. 
 Assim como as contas do Passivo, o PL é composto por contas 
patrimoniais e com natureza credora. Logo, lançamentos contábeis realizados 
a débito reduzirão seu valor e, aqueles lançados a crédito, o aumentarão. 
Excluem-se dessa generalização somente as contas redutoras, que passam a 
ter natureza devedora (inversa). 
O Patrimônio Líquido é classificado em subgrupos. Veja quais são eles e 
como são realizados os lançamentos contábeis. 
1. Capital Social: são os valores recebidos pela empresa por meio da 
subscrição de capital, investidos pelos proprietários, sócios, acionistas. A 
integralização do capital pode ser realizada em moeda corrente ou bens e 
direitos. Os lançamentos de constituição da empresa são2: 
 
2 São apresentados somente as contas a serem debitadas e creditadas nos exemplos, 
porém, lembre-se que deve ser registrada a data, os valores e o histórico do evento. 
 
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Exemplo 1: quando do Lançamento 
de “compromisso” de constituição 
da empresaExemplo 2: quando existe a 
integralização do capital social em 
moeda corrente (caixa ou bancos), 
mercadorias, imobilizado (etc.) 
D = Capital Social a subscrever D = Caixa / Bancos / Estoques / 
Imobilizado (etc.) 
C = Capital Social C = Capital Social a subscrever 
 
2. Reservas de Capital: são os valores destinados ao aumento de capital, 
ou seja, parte do capital que é convertido em reserva. 
Fato contábil 2: Distribuição dos lucros acumulados para reserva de capital 
Curitiba, 31 de dezembro de 2015 
D = Lucros acumulados (conta de resultado – natureza credora) 
C = Reservas de Capital (conta do PL – natureza credora) 
H.: Valor ref. à distribuição dos lucros acumulados para a Reserva de Capital. 
 
3. Reservas de lucros: representa parte do lucro distribuído e que será 
utilizado para eventuais necessidades ou objetivos da empresa. Compõem 
este subgrupo: a Reserva Legal, a Reserva Estatutária, a Reserva para 
Contingências e a Reserva de Incentivos Fiscais. 
Fato contábil 3: Distribuição dos lucros acumulados para Reservas de lucros 
(o lançamento pode ser em uma ou mais reservas. 
Curitiba, 31 de dezembro de 2015 
D = Lucros acumulados (conta de resultado – natureza credora) 
C = Reserva Legal (conta do PL – natureza credora) 
C= Reserva Estatutária (conta do PL – natureza credora) 
C = Reserva para Contingências (conta do PL – natureza credora) 
C = Reserva de Incentivos Fiscais (conta do PL – natureza credora) 
H.: Valor ref. à distribuição dos lucros acumulados para as Reservas [...]. 
 
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4. Prejuízos acumulados: são prejuízos operacionais de um ou mais 
exercícios. Obs.: esta conta possui natureza redutora. 
Fato contábil 4: Transferência do prejuízo acumulado no período para a conta 
de prejuízos no patrimônio. 
Curitiba, 31 de dezembro de 2015 
D = Prejuízos acumulados (conta do patrimônio redutora – natureza devedora) 
C = Prejuízo acumulado (conta de resultado apurado – natureza devedora) 
H.: Valor ref. à distribuição dos prejuízos acumulados para conta patrimonial. 
 
5. Ajustes da avaliação patrimonial: são valores decorrentes de 
reavaliações de ativos e de outras avaliações ao preço de mercado ou 
preço justo. 
Fato contábil 5: Reavaliação de estoques da empresa. 
Curitiba, 31 de dezembro de 2015 
D = Estoques (conta do ativo a ser reavaliada – Ativo – natureza devedora) 
C = Ajustes da avaliação patrimonial (conta do PL – natureza credora) 
H.: Valor ref. à reavaliação dos estoques a valor justo. 
Lembre-se sempre que os lançamentos levam sempre em consideração a 
origem dos recursos e aplicação deles. Essa relação pode contribuir 
significantemente nos lançamentos contábeis. 
Para a videoaula deste tema, ver o material on-line. 
Lançamentos Contábeis envolvendo Receitas 
As receitas são as entradas monetárias, em geral sob a forma de dinheiro, 
que ocorrem nas organizações. Nas empresas privadas a receita é comumente 
chamada de faturamento, representando os valores recebidos por meio da 
venda de bens, produtos ou serviços. Receita é também definida como o 
ingresso bruto de benefícios econômicos durante o período proveniente das 
 
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atividades ordinárias da entidade que resultam no aumento do seu Patrimônio 
Líquido, exceto as integralizações dos proprietários (CPC 30 R1, 2012, item 7). 
São atribuídas às receitas definições muitos semelhantes as já 
apresentadas, como exemplo: 
Entradas ou outros aumentos nos ativos de uma entidade ou 
pagamento de passivos, durante determinado período, advindos da 
venda de ativos, prestação de serviços ou outras atividades que se 
constituam no objeto central de atuação da entidade. (LOPES; 
MARTINS, 2005, p. 146) 
Além disso, entenda que a receita surge no curso das atividades 
ordinárias de uma entidade. Desse modo, elas são consideradas como entradas 
provenientes de venda de bens, prestação de serviços e utilização de ativos por 
terceiros que geram juros, royalties e dividendos (IUDÍCIBUS et al., 2010). 
Nas operações de uma entidade, as receitas classificam-se em: 
1. Receitas operacionais: são as provenientes do objeto de exploração da 
empresa. Exemplos: venda de produtos, revenda de mercadorias, venda de 
prestação de serviços. 
2. Outras receitas: são ingressos provenientes de transações não incluídas nas 
atividades principais ou acessórias da empresa (operações alheias a sua 
finalidade principal ou extraordinárias a ela). Exemplos: juros de aplicações, 
lucros na venda de ativo (bens), honorários, receitas de aluguéis, royalties etc. 
É importante você saber: a receita só pode ser reconhecida no período quando 
for provável que seus benefícios econômicos realmente ocorrerão. Caso exista 
alguma incerteza em relação ao seu repasse, como pode ocorrer na concessão 
de permissões entre operações realizadas com empresas de autoridade 
governamental estrangeira, a receita somente deve ser reconhecida quando a 
“incerteza desaparecer” (CPC 30 R1, 2012). 
Para efetuar os lançamentos contábeis, é importante você saber que as 
contas que envolvem receitas são de resultado e possuem natureza credora. 
Comumente nessas contas são realizados somente lançamentos a crédito, visto 
que sua finalidade é sempre agregar valor. Nesse caso, existem também contas 
 
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de resultado que possuem por finalidade “abater” o valor das receitas, como 
exemplo: “devoluções, cancelamentos e abatimentos de vendas”. Elas 
organizam-se na Demonstração do Resultado do Exercício (demonstrações 
contábeis obrigatórias que aprendemos) logo abaixo das contas que evidenciam 
as receitas operacionais. 
Veja alguns exemplos de lançamentos: 
Exemplo 1: Revenda de mercadorias a prazo 
Curitiba, 10 de março de 2016 
D = Duplicatas a receber / Clientes a receber (conta do Ativo – natureza 
devedora) 
C = Revenda a prazo de mercadorias (conta de resultado – natureza credora) 
H.: Valor ref. à revenda a prazo de mercadorias a João da Silva, CPF 
009.008.007-06, conforme NF 22235-6. 
 
Exemplo 2: Prestação de serviços à vista 
Curitiba, 10 de março de 2016 
D = Caixa / Banco (conta do Ativo – natureza devedora) 
C = Receita com prestação de serviços (conta de resultado – natureza credora) 
H.: Valor ref. à prestação de serviços a João da Silva, CPF 009.008.007-06, 
conforme NFS 12335-6. 
 
Exemplo 3: Recebimento em dinheiro de imóveis alugados a terceiros 
Curitiba, 12 de março de 2016 
D = Caixa / Banco (conta do Ativo – natureza devedora) 
C = Receita de aluguéis (conta de resultado – receita não operacional – natureza 
credora) 
H.: Valor ref. ao aluguel de prédio locado a João da Silva, CPF 009.008.007-06. 
 
 
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Considerações finais: o reconhecimento da receita de vendas deve ser 
realizado no momento da transferência de propriedade, e, em casos de receitas 
antecipadas, deve-se empregar o Regime de Competência (se necessário, 
revise a Aula 2 – Tema 05). 
 
Para a videoaula deste tema, ver o material on-line. 
Lançamentos Contábeis envolvendo Despesas 
As despesas são entendidas como os valores desembolsados ou a 
utilização e o consumo de bens e serviços para a obtenção de receitas. No 
entanto, é importante que você entenda que esse conceito está relacionado com 
a manutenção (desembolsos) da estrutura administrativa e comercial da 
empresa, e não ao processo de transformação ou produção dos bens e produtos 
(custos) (IUDÍCIBUS, 2006). 
Diante desses conceitos, as despesas são decréscimos nos benefícioseconômicos durante o período contábil, que são representados por meio da 
saída de recursos que não sejam provenientes de distribuição aos proprietários 
da entidade, da redução de ativos ou do acréscimo em passivos. Como 
consequência desse fato, as despesas irão ocasionar um decréscimo do 
Patrimônio Líquido da empresa, ou seja, reduções do lucro (HENDRIKSEN; VAN 
BREDA, 1999; CPC 00 R1, 2011). 
Veja alguns exemplos iniciais: 
 salários do pessoal com suas respectivas contribuições trabalhistas; 
 aluguéis; 
 energia elétrica; 
 água consumida na área administrativa da empresa; 
 internet etc. 
Na Contabilidade, entende-se que o grande fato gerador de despesa é o 
esforço continuado para produzir a receita, já que tanto a despesa é uma 
consequência para se obter receitas, como receita pode derivar de despesa 
 
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(IUDÍCIBUS, 2006). Por exemplo, para que a empresa opere, ou seja, venda 
suas mercadorias, produtos e serviços, muitas vezes é necessário que uma 
estrutura exista (prédios, sedes) e que condições sejam ofertadas para que a 
venda ocorra (existam funcionários, setor de atendimento, crédito, tenha 
mecanismos de telecomunicação etc.). Percebe como a despesa é necessária 
para se obter receitas? 
Dessa forma o reconhecimento da despesa se faz a partir de três 
principais critérios: 
 Conceito atrelado à obtenção receita 
 O reconhecimento da despesa a partir do consumo do bem 
 Por regime de competência 
As despesas são evidenciadas na Demonstração do Resultado do 
Exercício (DRE) e são agrupadas em alguns subgrupos: 
1. Despesas com vendas: são os desembolsos da empresa derivados da 
atividade da venda do produto. Exemplos: salários com o pessoal de vendas e 
demais encargos sociais, comissão dos vendedores, embalagens, propaganda 
etc. 
2. Despesas gerais e administrativas: são os desembolsos realizados para a 
manutenção da estrutura e administração da empresa. Exemplos: salário dos 
diretores, despesas de manutenção, energia elétrica, telefone, água, fretes, 
combustíveis relacionados a administração etc. 
3. Outras despesas: são os desembolsos realizados derivados de atividades 
acessórias da empresa. Exemplos: despesas com aplicações financeiras ou com 
vendas de ativos. 
É importante lembrar: contabilmente, despesa não é sinônimo de custo. O 
custo é relacionado com o processo produtivo de bens ou serviços, enquanto 
que despesa diz respeito aos gastos com a manutenção das atividades da 
entidade. 
 
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Ao realizar os lançamentos contábeis, é importante você saber que as 
contas que representam despesas são classificadas como “de resultado” e 
possuem natureza débito. Comumente nessas contas são realizados somente 
lançamentos a débito, visto que sua finalidade é sempre agregar valor. Alguns 
exemplos de lançamentos de despesas são: 
Exemplo 1: Pela apropriação no regime de competência das despesas de 
salários a pagar 
Curitiba, 31 de março de 2016. 
D = Salários (conta de resultado – natureza devedora) R$ 9.950,00 
C = Salários a pagar (conta do Passivo – natureza credora) R$ 9.950,00 
H.: Valor ref. aos salários do pessoal da administração mês de março de 2016. 
 
Exemplo 2: Pela apropriação no regime de competência das despesas de 
salários a pagar 
Curitiba, 31 de março de 2016. 
D = Horas extras (conta de resultado – natureza devedora) R$ 2.000,00 
C = Salários a pagar (conta do Passivo – natureza credora) R$ 2.000,00 
H.: Valor ref. às horas extras trabalhadas no setor de administração mês de 
março de 2016. 
 
Exemplo 3: Pela apropriação no regime de competência de impostos, taxas 
e/ou contribuições – exemplo com o IRPJ (imposto de renda) 
Curitiba, 31 de março de 2016. 
D = IRPJ (conta de resultado – natureza devedora) R$ 1.250,00 
C = IRPJ a pagar (conta do Passivo – natureza credora) R$ 1.250,00 
H.: Valor ref. ao IRPJ sobre o lucro líquido no mês de março de 2016. 
 
Para a videoaula deste tema, ver o material on-line. 
 
 
 
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Lançamentos Contábeis envolvendo Perdas e Ganhos 
Você deve ter percebido que, até o momento, os conceitos de receitas e 
despesas estão atrelados a alguma atividade operacional da empresa, certo? 
 No entanto, sabemos que existem entradas e saídas monetárias (eventos 
e transações) não vinculadas às principais operações da entidade e com caráter 
atípico, mas que devem ser escrituradas. Nesse caso, estamos falando em 
perdas e ganhos. 
Perdas 
Vincula-se ao conceito de perdas o resultado líquido desfavorável de 
transações no processo operacional da empresa. Ela é também entendida como 
um gasto que ocorre, mas não proporciona nenhum benefício à empresa, 
diferentemente das despesas (LINS; SILVA, 2005). 
Nesse entendimento, as perdas representam aqueles itens que não se 
enquadram na definição de despesas e que surgem no curso das atividades da 
entidade, causando um decréscimo nos benefícios econômicos, como os 
desembolsos com sinistros com incêndio e inundações, perdas com vendas de 
imóveis, terrenos, veículos etc. Assim como as despesas, elas causam uma 
redução no Ativo e no PL da organização e são segregadas em duas 
classificações: 
1. Perdas normais: consideradas como perdas produtivas ou técnicas, 
sendo sempre esperadas e inerentes ao processo operacional. 
Comumente as perdas normais são consideradas como custo e seu 
lançamento ou controle é lançado pela produção ou área gerencial da 
empresa. Exemplos: restos de madeiras em uma indústria de móveis, 
sobras de tecidos (retalhos) em uma indústria de confecção, restos de 
ferro em uma indústria metalúrgica. 
 
2. Perdas extraordinárias: são desembolsos não vinculados a qualquer 
desenvolvimento normal do processo produtivo/operacional. Não são 
 
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recorrentes e possuem caráter involuntário, que normalmente prejudicam 
o resultado econômico da empresa. Exemplos: estragos devido a 
enchentes, destruição de bens por incêndio, obsoletismo em itens de 
estoque, descarte de produtos devido ao prazo de validade expirado, 
greves ou paradas não previstas, ocorrência de defeitos irreversíveis em 
máquinas etc. Nesses casos, as perdas são contabilizadas pelo seu valor 
total em uma conta de resultado, com saldo devedor, causando uma 
redução no resultado do período. 
Por exemplo: Perdas com itens em estoque por vencimento do prazo de 
validade 
Curitiba, 31 de março de 2016. 
D = Perdas com estoque (conta de resultado – natureza devedora) R$ 400,00 
C = Estoque (conta do Ativo – natureza devedora) R$ 400,00 
H.: Valor ref. à descarte de x (número de itens) produtos vencidos. 
Ganhos 
O termo “ganhos”, ao contrário das perdas, representa resultados líquidos 
favoráveis de transações ou eventos que ocorreram, porém, não são 
relacionados às operações normais do empreendimento. Eles irão influenciar 
positivamente para um aumento do Patrimônio Líquido da empresa 
(HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999). Os ganhos são também definidos como 
“itens não recorrentes (repetitivos) que têm o mesmo efeito líquido no patrimônio, 
mas que podem ou não surgir na atividade normal de uma empresa […]” 
(MARION, 2002, p.174). 
Os itens classificados como ganhos podem, às vezes, ser confundidos 
com a definição de receita, porém, deve-se lembrar que eles podem ou não 
surgir no curso das atividades ordinárias da entidade e de que não são 
recorrentes. 
 
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Ao realizar o reconhecimentodos ganhos são adotados alguns critérios: 
1. Os lançamentos são realizados em uma conta de “ganhos” ou, então, 
denominada “receitas extraordinárias” (IUDÍCIBUS, 2006). 
2. Sua forma de reconhecimento deve ser igual ao das receitas 
(HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999). 
As contas que apuram os ganhos de um período enquadram-se como “de 
resultado”, com natureza credora, e influenciam no aumento dos benefícios 
econômicos / resultado da empresa (CPC 00 R1, 2010). Um dos exemplos mais 
comuns dessa ocorrência é a venda de imóveis, porém os ganhos surgem 
também em vendas e baixas de Ativo imobilizado; no lucro apurado em 
participações em outras empresas (equivalência patrimonial); em lucros por 
compra vantajosa de investimentos (quando o valor pago é menor que o valor 
de mercado). 
Por exemplo: venda de imóveis valorizados. Valor contábil do imóvel R$ 
40.000,00, valor de venda recebido R$ 50.000,00. 
Curitiba, 31 de março de 2016. 
D= Caixa / Banco (conta do Ativo – natureza devedora) R$ 50.000,00 
C= Ganho na venda de imóveis (conta de resultado – natureza credora) R$ 
10.000,00 
C= Imóveis (conta do Ativo – natureza devedora) R$ 40.000,00 
H.: Valor imóvel valorizado a valor de mercado em R$10.000,00. 
É importante você saber: os conceitos tratados nesta aula como PERDAS 
EXTRAORDINÁRIAS e GANHOS são normalmente apresentados na 
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) como subgrupo de uma conta 
denominada Outros Resultados, pois são conhecidas como atividades 
acessórias. 
 
 
 
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Trocando Ideias 
Conforme discutimos nessa aula, as transações realizadas nas empresas 
envolvem bens e direitos e, em contrapartida, geram obrigações. As contas de 
resultado são responsáveis por apresentar a descrição das operações realizadas 
em um determinado período, como receitas, despesas, ganhos ou perdas. 
Proponho que você pense... será que a venda de um mesmo bem, por exemplo 
um veículo, pode ser considerada ora uma receita ora um ganho para empresas 
diferentes? Inicie seu raciocínio a partir da ideia de ramos de atuação. 
Participe no fórum! 
Na Prática 
No dia a dia das empresas, ocorrem diversas situações, também 
conhecidas como fatos contábeis, que terão de ser escriturados. Com base nas 
contas a seguir, classifique os espaços em branco com a categoria em que o 
evento se enquadra. As condições de respostas são: Ativo (A), Passivo (P), 
Patrimônio Líquido (PL), Receitas (R), Despesas com vendas (DV), Despesas 
Administrativas, Outras receitas e despesas (ORD), Ganhos (G) e Perdas (PE). 
 
Para a videoaula do Na Prática, ver o material on-line. 
Síntese 
Ao final desta rota, vamos relembrar os conceitos que estudamos? Fique 
atento! 
1. Lançamentos Contábeis envolvendo Ativos: esse grupo de contas 
mensura os bens, direitos e aplicações de recursos da entidade que são capazes 
de gerar benefícios econômicos futuros. O mesmo divide-se em dois grandes 
 
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grupos conforme o grau de liquidez, sendo eles: Ativo Circulante e Ativo não 
Circulante. A natureza das contas é devedora, dessa forma, lançamentos a 
débito aumentarão seu valor e, a crédito, o reduzirão. 
2. Lançamentos Contábeis envolvendo Passivos e Patrimônio 
Líquido: os Passivos representam as obrigações ou origens de recursos de 
terceiros que subsidiam os eventos que ocorrem na entidade. O grupo de contas 
é classificado em Passivo Circulante e Passivo não Circulante conforme o grau 
de exigibilidades. Complementarmente, o Patrimônio Líquido (PL) é considerado 
como os compromissos a serem honrados com sócios, administradores, 
acionistas. Ele é também definido como a diferença entre os valores registrados 
no Ativo e no Passivo da organização. Ambos os casos apresentam contas de 
natureza credora, logo, lançamentos contábeis realizados a débito reduzirão seu 
valor e, a crédito, o aumentarão. 
3. Lançamentos Contábeis envolvendo Receitas: são entradas 
monetárias, em geral sob a forma de dinheiro, provenientes das atividades 
ordinárias da entidade, como vendas e prestações de serviços. São 
categorizadas em receitas operacionais e outras receitas. As contas que 
envolvem os lançamentos possuem natureza credora. 
4. Lançamentos Contábeis envolvendo Despesas: são considerados 
os valores desembolsados ou a utilização e o consumo de bens e serviços para 
a obtenção de receitas. Seu conceito está relacionado à manutenção da 
estrutura administrativa e comercial da empresa. São classificadas em despesas 
com vendas, despesas gerais e administrativas e Outras despesas. Nos 
lançamentos contábeis as mesmas, possuem natureza devedora. 
5. Lançamentos Contábeis envolvendo Perdas e Ganhos: as perdas 
são relacionadas ao resultado líquido desfavorável de transações não frequentes 
da empresa e não proporcionam nenhum benefício monetário. Possuem 
natureza devedora e classificam-se contabilmente em perdas normais e perdas 
extraordinárias. Complementarmente, os ganhos são os resultados líquidos 
 
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favoráveis de eventos que ocorreram eventualmente no empreendimento e não 
relacionados à atividade principal. Nos lançamentos contábeis, elas apresentam 
natureza credora. 
Para as considerações finais da professora Neusa Higa, assista ao vídeo 
que está disponível no material on-line. 
Referências 
BRASIL. Lei 11.638/07. Altera e revoga dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de 
dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às 
sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de 
demonstrações financeiras. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 
Brasília, 29 de dezembro de 2007. 
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 00 (R1) - Estrutura 
Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. 
Aprovado em 02 de dezembro de 2011. Disponível em: 
http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/147_CPC00_R1.pdf. Acesso 
em 10 de março de 2016. 
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 30 (R1) - Receitas. 
Aprovado em 19 de outubro de 2012. Disponível em: 
http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/332_CPC%2030%20(R1)%20
31102012-limpo%20final.pdf. Acesso em 10 de março de 2016. 
HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. F. Teoria da Contabilidade. 5. ed. São 
Paulo: Atlas, 1999 
IUDÍCIBUS, S. Teoria da Contabilidade. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 2006. 
IUDÍCIBUS, S. et al. Manual de Contabilidade Societária. São Paulo: Atlas, 
2010. 
 
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LINS, L.; SILVA, R. N. S. Gestão Empresarial com Ênfase em Custos. São 
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. 
LOPES, A. B.; MARTINS, E. Teoria da Contabilidade – Uma nova 
Abordagem. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2005. 
MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Contabilidade: Para o Nível da 
Graduação. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.

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