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DIREITO PROCESSUAL PENAL I AULA 2 Princípios Constitucionais e Gerais informadores do processo penal Princípio do devido processo legal: “cláusula do due process of law” art. 5.º, LIV e LV, CF Princípio da presunção de inocência ou de não culpabilidade ou estado de inocência art. 5.º, LVII, da CF “presunção de inocência x não culpabilidade” As três dimensões do Princípio da Inocência 1) como regra de tratamento- em relação aos demais membros da sociedade 2) como regra de julgamento- distribuição do ônus da prova/ MP, provas suficientes !!! Prof. Afrânio Silva Jardim 3) como regra de garantia- MP e polícia, observância das regras processuais Princípio da Não obrigatoriedade de produzir prova contra si mesmo (Nemo tenetur se detegere) Conceito Art.5º, LXIII CF art. 8º, §2º, alínea g´, do Pacto de San José da Costa Rica o direito que toda pessoa tem de "não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada" Princípio “ne procedat judex ex officio” ou da iniciativa das partes Fundamenta a regra da inércia da jurisdição. Art. 26 CPP x art. 129,I CF Procedimento judicialiforme princípio do contraditório - Organização dialética Ciência de todos os atos e fatos havidos no curso do processo Manifestação e produção das provas art. 5.º, LV, CF “Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. contraditório possui maior abrangência do que a ampla defesa, visto que alcança não apenas o polo defensivo, mas também o polo acusatório !!! contraditório diferido ou postergado 1) A decretação da prisão preventiva 2) O procedimento do sequestro de bens 3) Na interceptação das comunicações telefônicas (Lei 9.296/1996 Princípio da ampla defesa art. 5.º, LV, CF “Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. DEFESA TÉCNICA + AUTODEFESA Obrigatória? AMPLA DEFESA X PLENITUDE DE DEFESA (art.5º, XXXVIII, a, CF) princípio do juiz natural art. 5.º, LIII, CF “ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente”. princípio do promotor natural art. 5.º, LIII,CF “ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente”. É aceito pela doutrina e jurisprudência pátria? princípio da verdade real ( princípio da verdade material ou verdade substancial) ex. arts. 156, 209, 234 e 242 do CPP princípio da publicidade - art. 93, IX, 1.ª parte, da CF - art. 792, caput, do CPP - Transparência dos atos do Estado; - Garantia da independência, imparcialidade e responsabilidade do juiz; - garantia para o acusado, evitando-se abusos, pressões, ou violência. - Pode ser restringida ou suprimida? - Art.5º, LX, CF / art. 93, IX, 2ºparte, CF/art.201,§6º, CPP/ 792, § 1º, CPP Princípio do Favor Rei Direito de Liberdade x jus puniendi !!! In dubio pro reo princípio do duplo grau de jurisdição arts. 102, II e III, e 105, II e III. A lei poderá limitar expressamente, como p. ex., na denegação da suspensão do processo em razão de questão prejudicial (art.93, § 2.º, do CPP); admissão ou inadmissão do assistente de acusação (art. 273 do CPP) e na improcedência das exceções de incompetência, litispendência, coisa julgada e ilegitimidade de parte (contrario sensu ao art. 581, III, do CPP) Sistema do livre convencimento motivado (ou persuasão racional) art. 155, caput, do CPP “o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas” !!!sistema da Ìntima convicção !!! sistema legal (tarifado, ou formal) – Princípio da identidade física do juiz art. 399, §2.º, CPP “o juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença”. !!! Esta norma é absoluta? STJ “não há ofensa ao art. 399, § 2.º, do CPP, que estatui que o juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença – identidade física –, na hipótese de juíza substituta tomar os depoimentos das testemunhas de acusação e, posteriormente, ser sucedida pela juíza titular que prosseguiu com a audiência, ouvindo as testemunhas de defesa e proferindo sentença de mérito que condenou o impetrante”. Ex:.juiz convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado Princípio da Vedação à utilização de provas ilícitas (art. 157 do CPP) - É possível a utilização das provas ilícitas em favor do réu? PROVA ILÍCITA PRO REO Proporcionalidade ou sopesamento. - provas ilícitas decorrentes de previstas na CF: a) Interceptação telefônica realizada sem ordem judicial. art. 5.º, XII, da CF. b) Prova obtida mediante violação de correspondência. art. 5.º, XII, da CF. c) Busca e apreensão domiciliar sem ordem judicial art.5º, X, CF PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE: ADEQUAÇÃO, NECESSIDADE E PROPORCIONALIDADE EM SENTIDO ESTRITO - Cada restrição de uma liberdade garantida constitucionalmente por um direito fundamental deve ser adequada, necessária e proporcional à proteção de um bem jurídico que seja, pelo menos, de igual valor, vez que, partindo do pressuposto de que liberdade é a regra, sua restrição, portanto, deve constituir exceção.
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