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* * V. O Direito como Sistema Lógico 5.5. ANALISE DA LINDB: ARTS 1º AO 6º Art 1º e 2º Profª Ma. Cristina Dias de Souza Figueira Profª Ma. Jacqueline Araújo Brito Alves * * * Plano de Ensino UNIDADE V - O Direito como Sistema Lógico 5.1 Normas jurídicas e proposições jurídicas 5.2 Superação das antinomias 5.3 O problema das lacunas da lei; 5.4 Silogismo lógico 5.5 Analise da LINDB: arts 1º ao 6º 5.6 A Lei Complementar 95/98 * * * SILOGISMO ARISTOTÉLICO Ex 1: Todos os homens são mortais. Todos os brasileiros são homens. Logo, todos os brasileiros são mortais. Ex 2: Nenhum astro é perecível. Todas as estrelas são astros. Logo, nenhuma estrela é perecível. Ex 3: Todos os homens são mortais. João é homem. Logo, João é mortal. Ex 4: Nenhum rei é amado. Henrique VII é um rei. Logo, Henrique VII não é amado. * O silogismo Aristotélico é mediado, dedutivo e necessário. Possui premissa maior, média e menor. * * * Analise da LINDB: arts 1º ao 2º LICC OU LINDB? * * Lei de Introdução ao Código Civil (LICC) Ou Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro ( LINDB) * * * A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO, LINDB, consubstanciada no Decreto Lei nº 4657 de 1942, antigamente era conhecida como LICC (Lei de Introdução ao Código Civil), e com o advento da Lei nº 12.376, 30 de dezembro de 2010, alterou-se o nome desse diploma legislativo, substituindo-se a terminologia LICC por LINDB. Obs: Consubstanciada: Consolidado; que está firmado ou fortalecido: unido; Unificado; que foi a razão de * * * O que mudou? SOMENTE o nome da lei de introdução o seu conteúdo não foi alterado. Esse Decreto-Lei 4.657/42 tem dezenove artigos e apesar de estar anexo ao Código Civil é uma lei autônoma. Finalidade da LINDB A LINDB destina-se a facilitar a aplicação de todas as leis, dirige-se a todos os ramos do direito, salvo naquilo que for regulado de forma diferente na legislação específica .. Por exemplo: o artigo 4º que manda aplicar a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito aos casos omissos não se aplica ao direito penal e ao direito tributário, que tem normas específicas a respeito * * * LINDB Essa Lei institui normas gerais de orientação sobre a produção, elaboração, vigência e outras características voltadas às demais leis. * * * Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) cuida dos seguintes assuntos: a) Vigência e eficácia das normas jurídicas; b) Conflito de leis no tempo; c) Conflito de leis no espaço; d) Critérios hermenêuticos; e) Critérios de integração do ordenamento jurídico; f) Normas de direito internacional privado (arts. 7º a 19). * * * LINDB * * * Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) cuida dos seguintes assuntos: a) Vigência e eficácia das normas jurídicas; b) Conflito de leis no tempo; c) Conflito de leis no espaço; d) Critérios hermenêuticos; e) Critérios de integração do ordenamento jurídico; f) Normas de direito internacional privado (arts. 7º a 19). * * * Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro- LINDB Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942. Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro. Redação dada pela Lei nº 12.376, de 2010 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, decreta: Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. § 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. (Vide Lei nº 2.807, de 1956) § 2o (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009). § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. § 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del4657compilado.htm * * * LINDB Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. § 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. § 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del4657compilado.htm * * * Modificação da lei : VIGÊNCIA e APLICAÇÃO DAS LEIS Art. 1º e 2º – Regras sobre a vigência e eficácia das leis jurídicas Dispõe o art. 1.º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro que: “Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada”. Acrescenta seu § 1.º: “Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 3 (três) meses depois de oficialmente publicada”. A lei até ser criada passa por um processo legislativo, sendo suas principais fases: iniciativa, discussão, deliberação, sanção, promulgação e publicação. * * * Na publicação, em regra, a lei não passa a vigorar, mas isto somente ocorrerá depois de transcorrido um período, destinado ao conhecimento, adaptação e estudo da lei, denominado vacatio legis. O que é Vacatio Legis? Qual é a função do Vacatio Legis? * * * Vacatio Legis É um termo de origem latina, que significa vacância da lei, ou seja "a Lei Vaga", que é o período que decorre entre o dia da publicação de uma lei e o dia em que ela entra em vigor, ou seja, que tem seu cumprimento obrigatório. Está previsto no decreto-Lei 4.657/1942 A Vacatio Legis é estabelecida para que haja um período de assimilação da nova lei que entrará em vigor depois do prazo determinado. Esse período é em média de 45 dias, contando da data da publicação da lei. É possível também que a nova lei dispense a Vacatio Legis e assim deve conter o seguinte artigo: "Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação". * * * RATIFICANDO O vacatio é um lapso de tempo no qual a lei permanecerá inerte para que a sociedade dela tome conhecimento e esteja preparada para o momento em que ela viger. * * * Vacatio legis: republicação de norma, destinada a correção Outro ponto importante sobre o vacatio legis é a questão da republicação de norma, destinada a correção. Como as leis são produtos da vontade humana, sendo elaboradas por pessoas naturais, é muito provável que alguns erros possam vir a ocorrer com a lei já publicada. Erros de ortografia, erros de semântica, erros de publicação, enfim, várias são as possibilidades nas quais é possível se errar nas leis. Destarte, pode ser que, durante a vacatio, a lei seja republicada, com o fulcro de se corrigirem os erros. Caso essa republicação ocorra ainda no período de dormência da lei, ou seja, dentro do período de vacatio legis, o prazo se reinicia para todos os dispositivos legais (caso a lei seja inteiramente republicada) ou somente para alguns dos artigos (caso ela seja parcialmente republicada). * * * FORMA DE CONTAGEM Quanto à contagem do prazo de vacatio legis, dispõe o art. 8.º, § 1.º, da Lei Complementar (LC) 95 de 1998, que deve ser incluído o dia da publicação e o último dia, devendo a lei entrar em vigor no dia seguinte. Conta-se o prazo dia a dia, inclusive domingos e feriados. * * * Lc nº 95 de 26 de Fevereiro de 1998 Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, conforme determina o parágrafo único do art. 59 da Constituição Federal, e estabelece normas para a consolidação dos atos normativos que menciona. Art. 8o A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" para as leis de pequena repercussão. § 1o A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral. (Parágrafo incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) § 2o As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula ‘esta lei entra em vigor após decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial’ .(Parágrafo incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) Veja a interpretação do Art. 1o da LINDB – Decreto-Lei 4.657/1942 sobre Vacatio Legis * * * Art. 1o da LINDB – Decreto-Lei 4.657/1942 Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada O Art. 1º trata do instituto da Vacatio Legis ou seja A Vacatio Legis começa após a publicação oficial da Lei e vai até a entrada em vigor da Lei. Quando na Lei não está escrito qual será esse período , o tempo que a sociedade terá para se adaptar a Lei, a Vacatio Legis, será de 45 dias . Da data da publicação da Lei até a entrada em vigor da Lei Publicação da Lei Vigor (entrada Oficial em Vigor da Lei Publicação Oficial = Diário Oficial Vigor = é quando a lei se torna obrigatória, exigível * * * Art. 1ª do Decreto-Lei 4.657/1942 Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada Quando a Lei entra em Vigor? Publicação Vigor Depende da Lei Lei Municipal = Publicação no Diário Oficial do Município Lei Estadual = Publicação no diário Oficial do Estado Lei Federal = Publicação no Diário da União * * * Pode a Lei trazer um outro prazo? Sim maior o menor Veja no Caput do Art, 1º Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada A Vacatio Legis pode ser maior ou menor que 45 dias, desde que esteja prevista na própria Lei Podemos ter a Vacatio Legis em: DIAS MESES ANOS * * * Publicação Vigor Oficial Vacatio Legis Exemplo: Publicação da Lei = 10/11/2015 Esta Lei entra em vigor em 15/11/2015 Vacatio Legis = 05 dias após oficialmente publicada Dia da publicação e o ultimo prazo =10, 11, 12, 13, 14 A lei entra em vigor no dia 15/11/2015 * * * * * * Publicação Vigor Oficial Vacatio Legis Exemplo: Publicação da Lei = 10/08/2011 Vacatio Legis = 03 meses após oficialmente publicada Dia da publicação e o ultimo prazo = 08/11/2015 Noventa dias. Entra em vigor no nonagésimo primeiro dia. A lei entra em vigor no dia 09/11/2011 * * * De quanto é a Vacatio Legis no Exterior? Art. 1o , parágrafo(§ 1o ), do Decreto Lei nº 4.657/42 da LINDB dispõe que: Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. * * * Conclusão: Decreto Lei nº 4.657/42 conhecido como da LINDB; Orientações na redação do Art. 1ª do Decreto Lei nº 4.657/42 - LINDB Vacatio Legis é o prazo que é conferido à sociedade para se adaptar a nova lei A Vacatio Legis inicia-se com a publicação e esgota-se com a entrada da lei em vigor; Vacatio Legis no Brasil = 45 dias Vacatio Legis no Exterior = 3 meses A vacatio Legis pode ser: - em dias -em meses -em ano * * * Texto destinado a correção Art. 1º, paragrafo 3º, do Decreto – Lei nº 4.657/1942 expõe que: § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. Exemplo: erro de grafia - BRAZIL * * * Como fica Publicação Vigor Oficial Vacatio Legis Como é que conta? Se faz a correção do texto de Lei , se publica novamente essa Lei. A vacatio Legis se conta da ultima publicação. Aquela publicação feita com o objetivo de corrigir o texto de lei. Exemplo: Publicação da Lei = 10/03/2015. Nova publicação da lei = 15/03/2015(publicada novamente com a correção) Vacatio Legis = 03 meses 15/04/2015; 15/05/2015; 15/06/2015 = 16/06/2015 A lei entra em vigor no dia 16/06/2015 * * * Correção de texto de lei após a entrada em vigor Art. 1º, parágrafo (§ )4o , do Decreto-Lei de 4.657/1042 § 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. Ou seja, para corrigir um texto de Lei que já entrou em vigor somente com uma lei nova * * * Art. 2º do Decreto-Lei de 4.567/1042 -LINDB Revogação da LEI § 2o (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009). Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. Publicação Vigor Vacatio Legis A Lei vigora até quando? Até a sua revogação. Esse período que vai do vigor da Lei até a sua revogação é a vigência. É esse período que a lei pode ser exigida, que a lei pode ser obrigatória. E retirar essa obrigatoriedade da Lei é a REVOGAÇÃO Vigor Revogação Vigência Revogação é quando a lei deixa de ser obrigatória e perde a sua efetividade . A revogação é o fenômeno pelo qual uma lei perde a sua vigência. Esse fenômeno deve ocorrer haja vista o dinamismo da vida social e a complexidade das relações, se fazendo necessárias inúmeras adaptações da Ordem Jurídica. Uma lei perde sua vigência em algumas situações específicas, quais sejam: revogação por outra lei, desuso e decurso de tempo. * * * Art. 2º do Decreto-Lei de 4.567/1042 -LINDB REVOGAÇÃO DA LEI Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. Neste texto quer dizer que temos dois tipos de Lei Lei Permanente (Princípio da continuidade) Conforme esse principio a regra é que as Leis sejam permanentes ou seja elas vão a partir do momento que elas entram em vigor elas vão vigorar até o momento que venha outra lei e a revogue Lei Temporária( aquelas leis que tenham um prazo certo para terminar) * * * Revogação A Lei pode ser temporária por 3 causas: A) Advento do termo = data certa. Exemplo: Copa do Mundo(permissão de venda de bebida alcoólicas nos estádios com prazo certo para vigorar) B) Consecução de seus fins=a lei já atingiu a finalidade para qual ela foi feita Ampliação da pista do aeroporto C) Implementação da condição resolutiva = evento futuro e incerto. Quando o evento se concretiza a lei não terá mais vigor Ex; Surto de dengue * * * Concluindo: Art. 2º do Decreto-Lei de 4.567/1042 -LINDB Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue Esse artigo trata das Leis Permanentes e não temporárias Por isso que no inicio do artigo tem esta redação: Não se destinando à vigência temporária Ou seja, as leis permanentes terão vigor até que outra a modifique ou revogue * * * Revogação: Art. 2º do Decreto-Lei de 4.567/1042 -LINDB Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue O que significa MODIFIQUE OU REVOQUE? * * * Revogação: Art. 2º do Decreto-Lei de 4.567/1042 -LINDB Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue Poderá vir uma nova lei e alterar somente o artigo da LEI, ou alterar o inciso da Lei. Nesse caso a Lei vai continuar existindo mas ela foi modificada = DERROGAÇÃO Derrogação= revogação parcial Ab-rogação= revogação total. Aquela Lei não vai mais ser exigida, ela não é mais obrigatória, não está mais em vigor. * * * Revogação Lembrar: Princípio do Paralelismo das Formas= toda vez que for revogar um lei tem que ser por uma lei do mesmo nível Exemplo: Constituição = Emenda Constitucional Lei complementar = Lei complementar Lei Ordinária = Lei ordinária * * * Interpretação do Artigo Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue Interpretação desse artigo Não se destinando à vigência temporária, ou seja, as leis permanentes, terão vigor até que outra nova lei venha e a modifique ou revogue * * * Revogação tácita x Revogação expressa Revogação tácita é quando um texto de lei ou norma não tem mais utilidade ou aplicação prática e, mesmo sem ser expressamente cancelada, ninguém mais faz uso para as finalidades para as quais foi editada. Revogação expressa é o cancelamento ou anulação de um texto de lei ou norma, por escrito * * * Exemplo REVOGAÇÃO TÁCITA aparentemente ela é aplicável, mas a doutrina e jurisprudência afirmaram que ela está revogada. Exemplo: O crime do art. 244-A do ECA, que foi tacitamente revogado pelo art. 218-B, do CP (com redação dada pela lei 12.015) REVOGAÇÃO EXPRESSA tudo é mais simples, pois a nova lei penal afirmará fica revogado o art XXX... Exemplo: No código o crime do art 214 (atentado violento ao pudor) foi revogado expressamente pela lei 12.015/2009 * * * Art. 2º §1º do Decreto-Lei de 4.567/1042 -LINDB determina que há três formas de revogação das leis: "§ 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.“ VEJA A Lei Complementar 95, de 26.02.1995, que regula a técnica legislativa de elaboração das leis, determina que a cláusula de revogação deve trazer as leis ou dispositivos legais revogados pela lei nova: "Art. 9º A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas." * * * Questionamentos Para se considerarem revogadas, há de se ter todas as leis expressamente determinadas na nova lei? Do contrário, há vigência, ainda que com a nova lei seja incompatível? * * * A L.C. 107 alterou a L.C. 95 Somente ocorre a revogação de uma lei quando a lei revogadora é do mesmo nível e poder. Como exemplo a Constituição não revoga leis ordinárias, mas retira a sua eficácia. Ainda sobre a hierarquia das leis, há que se destacar a autonomia dos entes federados quando regulam questões de ordem locais. Assim, para que haja a revogação de uma lei, a lei revogadora deve ser de mesmo nível e poder e, deve estar expressa a indicação das normas revogadas L.C. 107). Nessa esteira, a própria L.C. 107 não revogou aquele parágrafo da LINDB, vez que somente outra lei ordinária com aquele nível poderá revogá-lo. Porquanto isto não ocorre, fica sem eficácia, prevalecendo o texto da L.C.107. * * * No Direito, lei complementar é uma LEI que tem, como propósito, complementar, explicar e adicionar algo à Constituição. A lei complementar diferencia-se da Lei ordinária desde o quorum para sua formação. A lei ordinária exige apenas maioria simples de votos para ser aceita; enquanto a lei complementar exige maioria absoluta. Na verdade, não há hierarquia entre lei ordinária e lei complementar; o que há são campos de atuação diversos. Segundo jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não existe tal hierarquia, mas o Superior Tribunal de Justiça acha que existe, justamente por causa da diferença entre os quorum, sendo a lei complementar hierarquicamente superior à lei ordinária (baseia-se na regra da pirâmide de Kelsen sobre a hierarquia das leis). Matéria: trata-se do assunto a ser tratado por meio da lei ordinária ou da lei complementar. A diferença é a seguinte: LEI COMPLEMENTAR: exigida em matérias específicas da Constituição. LEI ORDINÁRIA: exigida de modo residual, nos casos em que não houver a expressa exigência de lei complementar. Maioria absoluta. Ex: 90 senadores. 46 votos. Maioria simples: 50 presentes. 26 votos. *
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