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Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
Direito Administrativo 
Pesquisa realizada por: André Sousa Santos 
P
ág
in
a1
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
STF 
 
SÚMULA VINCULANTE Nº 3: Nos processos 
perante o Tribunal de Contas da União 
asseguram-se o contraditório e a ampla defesa 
quando da decisão puder resultar anulação ou 
revogação de ato administrativo que beneficie o 
interessado, excetuada a apreciação da 
legalidade do ato de concessão inicial de 
aposentadoria, reforma e pensão. 
 
AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUNAL DE CONTAS 
DA UNIÃO. TETO CONSTITUCIONAL. PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO. 
AUSÊNCIA DE AFRONTA À SÚMULA VINCULANTE Nº 3 E AOS POSTULADOS 
DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. VERBAS INDENIZATÓRIAS A 
SEREM EXCLUÍDAS DO ABATE-TETO. HORAS EXTRAORDINÁRIAS NÃO 
CARACTERIZADAS. ACUMULAÇÃO DE FUNÇÕES. SUBSERVIÊNCIA AO 
TETO REMUNERATÓRIO. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 
1. O Supremo Tribunal Federal já reconheceu que as deliberações do Tribunal de Contas 
da União, em sede de procedimento fiscalizatório, prescindem de observância aos 
postulados do contraditório e da ampla defesa, eis que inexistem litigantes. Ausência de 
precedentes. 
(...) 
 5. Agravo interno não provido. 
(MS 32492 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, julgado em 
17/11/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-276 DIVULG 30-11-2017 PUBLIC 01-
12-2017) 
 
AGRAVO INTERNO EM RECLAMAÇÃO – FUNDAMENTOS DA DECISÃO NÃO 
ATACADOS - ALEGADA OFENSA À AUTORIDADE DO STF E À EFICÁCIA DA 
SÚMULA VINCULANTE Nº 3 - DECISÃO RECLAMADA ANTERIOR AO 
PARADIGMA – DESRESPEITO NÃO CONFIGURADO - AGRAVO REGIMENTAL 
NÃO PROVIDO. 
(...) 
2 - O ato reclamado é anterior à Súmula Vinculante nº 3, que se apresentou como 
paradigma. Caso de não conhecimento da reclamação, conforme jurisprudência do STF. 
Precedentes do Plenário: Rcl nº 1.723/CE-AgR-QO, Relator o Ministro Celso de Mello, 
DJ de 8/8/01 e Rcl nº 4.131/SP, relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 6/6/08. 
Agravo regimental não provido. 
(Rcl 5649 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 
11/05/2011, DJe-172 DIVULG 06-09-2011 PUBLIC 08-09-2011 EMENT VOL-02582-
01 PP-00121) 
 
 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
Direito Administrativo 
Pesquisa realizada por: André Sousa Santos 
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in
a2
 
 
SÚMULA Nº 473: A administração pode anular 
seus próprios atos, quando eivados de vícios que 
os tornam ilegais, porque deles não se originam 
direitos; ou revogá-los, por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os 
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os 
casos, a apreciação judicial. 
 
ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
NULIDADE DE ATO ADMINISTRATIVO. SÚMULA STF 473. PRINCÍPIOS DA 
SEGURANÇA JURÍDICA E DA BOA FÉ. RESSARCIMENTO AO ERÁRIO DE 
VALORES RECEBIDOS A MAIOR. HORAS EXTRAS. DESNECESSIDADE. 
PRESCRIÇÃO. MATÉRIA PRECLUSA. 
1. A Administração pode, a qualquer tempo, rever seus atos eivados de erro ou ilegalidade 
(Súmula STF 473), porém o reconhecimento da ilegalidade do ato que majorou o 
percentual das horas extras incorporadas aos proventos não determina, automaticamente, 
a restituição ao erário dos valores recebidos, uma vez comprovada a boa-fé da impetrante, 
ora agravada. Precedentes. 
(...) 
3. Agravo regimental improvido. 
(AI 490551 AgR, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado em 
17/08/2010, DJe-164 DIVULG 02-09-2010 PUBLIC 03-09-2010 EMENT VOL-02413-
04 PP-00753 LEXSTF v. 32, n. 381, 2010, p. 94-102) 
 
 
SÚMULA Nº 346: A Administração Pública pode 
declarar a nulidade dos seus próprios atos. 
 
AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ACÓRDÃO DO TCU QUE 
RECUSOU REGISTRO A ATO CONCESSIVO DE PENSÃO POR MORTE. ATO DE 
CONTROLE. AUTOTUTELA. TERMO INICIAL DA FLUÊNCIA DO PRAZO 
DECADENCIAL PREVISTO NO ART. 54 DA LEI Nº 9.784/1999. 
1. O direito potestativo outorgado à Administração Pública para anulação de seus 
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais (Súmulas nºs 346 e 473, 
ambas desta Corte), expressão do poder de autotutela, não está regulado pelo instituto 
da prescrição, mas, sim, pelo da decadência, inocorrente na espécie. 
2. O ato concessivo de pensão por morte ostenta natureza complexa, de modo que só se 
aperfeiçoa com o exame de sua legalidade e subsequente registro pelo Tribunal de Contas 
da União. Enquanto não aperfeiçoado o ato concessivo de pensão, não há falar em 
fluência do prazo decadencial previsto no art. 54 da 9.784/1999, referente ao lapso de 
tempo de que dispõe a Administração Pública para promover a anulação de atos de que 
resultem efeitos favoráveis aos destinatários, tampouco em estabilização da expectativa 
do interessado, aspecto a conjurar, na espécie, afronta aos princípios da segurança jurídica 
e da boa-fé, bem como às garantias constitucionais do ato jurídico perfeito e do direito 
adquirido. Precedentes. 
(...) 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
Direito Administrativo 
Pesquisa realizada por: André Sousa Santos 
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4. Agravo interno conhecido e não provido, com imposição, no caso de votação unânime, 
da penalidade prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, calculada à razão de 1% (um por 
cento) sobre o valor atualizado da causa. 
(MS 26864 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 
01/12/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-288 DIVULG 13-12-2017 PUBLIC 14-
12-2017) 
 
EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. DIREITO 
ADMINISTRATIVO. ANISTIA [LEI N. 8.878/94]. REVOGAÇÃO POR ATO DO 
MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA APÓS PROCESSO ADMINISTRATIVO QUE 
TEVE CURSO EM COMISSÃO INTERMINISTERIAL. POSSIBILIDADE. 
SÚMULAS 346 E 473 DO STF. DECADÊNCIA. INOCORRÊNCIA. CONTAGEM DO 
PRAZO QUINQUENAL A PARTIR DA VIGÊNCIA DO ARTIGO 54 DA LEI N. 
9.784/99 [1º.2.99]. CERCEAMENTO DE DEFESA. VIOLAÇÃO DO 
CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. INOCORRÊNCIA. RECURSO 
IMPROVIDO. 
1. A Administração Pública tem o direito de anular seus próprios atos, quando ilegais, ou 
revogá-los por motivos de conveniência e oportunidade [Súmulas 346 e 473, STF]. 
2. O prazo decadencial estabelecido no art. 54 da Lei 9.784/99 conta-se a partir da 
sua vigência [1º.2.99], vedada a aplicação retroativa do preceito para limitar a 
liberdade da Administração Pública. 
3. Inexistência de violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa. Todos os 
recorrentes apresentaram defesa no processo administrativo e a decisão da Comissão 
Interministerial contém todos os elementos inerentes ao ato administrativo perfeito, 
inclusive fundamentação pormenorizada para a revogação do benefício. Recurso 
ordinário a que se nega provimento. 
(RMS 25856, Relator(a): Min. EROS GRAU, Segunda Turma, julgado em 09/03/2010, 
DJe-086 DIVULG 13-05-2010 PUBLIC 14-05-2010 EMENT VOL-02401-01 PP-00184) 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. DIREITO ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. 
DESISTÊNCIA ACOLHIDA PELA ADMINISTRAÇÃO. PODER DE AUTOTUTELA. REVISÃO E 
ANULAÇÃO DO ATO. POSSIBILIDADE. SÚMULAS 346 e 473/STF. JUSTIFICATIVA: AUMENTO DO 
CUSTO DE MÃO-DE-OBRA DECORRENTE DE CCT. PREVISIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL DA 
EMPRESA DESPROVIDO. 
1. É possível a revisão e posterior anulação do ato que acatou a justificativa apresentada pela 
empresa vencedora do certame para desistir da contratação, uma vez que é legítimo à 
Administração anular seus próprios atos a qualquer tempo, desde que eivados de vícios que os 
tornem ilegais. Inteligência das Súmulas 346 e 473/STF. 
2. Hipótese em que a Administração anulou ato que anteriormente acolheu a justificativa 
apresentada pelarecorrente para desistir da licitação, fundada em aumento do custo da mão-
de-obra derivado de Convenção Coletiva de Trabalho. 
3. Conforme salientado na sentença de piso e no voto condutor do acórdão recorrido, o reajuste 
salarial definido em Convenção Coletiva de Trabalho não constitui fato imprevisível a ensejar o 
pedido de desistência previsto no art. 43, § 6o. da Lei 8.666/93, porquanto é concedido 
anualmente às categorias, ressaltando-se que, na hipótese, o incremento se deu no dia 
1o.7.2004, momento anterior ao julgamento das propostas (12.7.2004) e da homologação do 
certame (21.7.2004). 
4. Considerando ainda a natureza do serviço que se pretendia contratar (reforma da 26a. 
Delegacia, localizada em Samambaia/DF), tem-se que as propostas já deveriam considerar o 
provável aumento do custo com mão-de-obra a ocorrer durante o cronograma de realização, 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
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Pesquisa realizada por: André Sousa Santos 
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razão pela qual não se mostra plausível a justificativa apresentada para a desistência sem o 
pagamento da multa prevista no instrumento convocatório. 
5. Agravo Regimental da Empresa desprovido. 
(AgRg no REsp 1139284/DF, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, 
julgado em 21/03/2017, DJe 31/03/2017) 
 
 
SÚMULA Nº 7: Sem prejuízo de recurso para o 
congresso, não é exeqüível contrato 
administrativo a que o Tribunal de Contas 
houver negado registro. 
 
 Essa súmula era baseada no art. 77, § 1º da CF/46 que impunha o registro do 
contrato administrativo no Tribunal de Contas. A CF/88 acabou com essa 
exigência. 
Fonte:[https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/listar?categoria=18&su
bcategoria=177&assunto=494] 
 
SÚMULA Nº 6: A revogação ou anulação, pelo 
poder executivo, de aposentadoria, ou qualquer 
outro ato aprovado pelo Tribunal de Contas, não 
produz efeitos antes de aprovada por aquele 
tribunal, ressalvada a competência revisora do 
judiciário. 
 
 Ver Súmula Vinculante nº 3 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. 
SERVIDOR PÚBLICO. CANCELAMENTO UNILATERAL DE APOSENTADORIA. 
SÚMULA 06/STF. FALTA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 
282 DO STF. ANÁLISE DE LEI LOCAL. SÚMULA 280/STF. MATÉRIA 
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. 
(...) 
4. A anulação unilateral pela administração sem o conhecimento do Tribunal de 
Contas está em desacordo com a Súmula 06 do STF, verbis: A revogação ou 
anulação, pelo Poder Executivo, de aposentadoria ou qualquer outro ato aprovado 
pelo Tribunal de Contas, não produz efeitos antes de aprovada por aquele Tribunal, 
ressalvada a competência revisora do judiciário. 
5. In casu,o acórdão recorrido assentou: MANDADO DE SEGURANÇA. 
CANCELAMENTO UNILATERAL DE APOSENTADORIA APROVADA E 
REGISTRADA. USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL PELO 
INSTITUTO. UBVERSÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO PÁTRIO. 
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO. 
DIREITO LÍQUIDO E CERTO DA IMPETRANTE À PUBLICAÇÃO DA PORTARIA 
DE SUA APOSENTAÇÃO. PORTARIA DE CANCELAMENTO SEM EFEITO. 
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. EM SEDE DE REEXAME NECESSÁRIO 
MANTIDA A SENTENÇA. VOTAÇÃO UNÂNIME. I Em sede mandamental descabe 
a apreciação da regularidade ou não da aposentadoria concedida; II Competência 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
Direito Administrativo 
Pesquisa realizada por: André Sousa Santos 
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constitucional do TCE para apreciar a legalidade das concessões de aposentadorias. 6. 
Agravo regimental desprovido. 
(AI 805165 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 06/12/2011, 
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-239 DIVULG 16-12-2011 PUBLIC 19-12-2011) 
 
 
 
BENS PÚBLICOS 
STJ 
 
Súmula 103 - Incluem-se entre os imóveis 
funcionais que podem ser vendidos os 
administrados pelas forças armadas e ocupados 
pelos servidores civis. (Súmula 103, TERCEIRA 
SEÇÃO, julgado em 19/05/1994, DJ 26/05/1994 p. 
13088) 
 
PROCESSO CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA. VIOLAÇÃO A LITERAL DISPOSIÇÃO DE LEI. 
ADMINISTRATIVO. IMÓVEL FUNCIONAL. ALIENAÇÃO. LEI Nº 8.025/90. DESTINAÇÃO A MILITAR. 
IMPOSSIBILIDADE. 
(...) 
2. Nenhum precedente que ensejou a Súmula nº 103 desta Corte (incluem-se entre os imóveis 
funcionais que podem ser vendidos os administrados pelas Forças Armadas e ocupados pelos 
servidores civis) admitiu a alienação de unidade residencial administrada pela Aeronáutica e 
entregue à ocupação de militar. Em todos os casos, a ocupação foi deferida a civis, denotando 
que tais imóveis não eram destinados a militares. Somente nessa restrita hipótese é que a 
jurisprudência admitia a alienação de imóvel administrado pelas Forças Armadas. 
Inaplicabilidade da Súmula nº 343 do STF. 
3. Procedência do pedido para rescindir o acórdão atacado e, em novo julgamento da causa, 
denegar a ordem. 
(AR 513/DF, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 08/02/2006, 
DJ 05/06/2006, p. 229) 
 
STF 
 
SÚMULA Nº 650: Os incisos I e XI do art. 20 da 
Constituição Federal não alcançam terras de 
aldeamentos extintos, ainda que ocupadas por 
indígenas em passado remoto. 
 
1. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da Pet 3.388, Rel. Min. Carlos Britto, 
DJe de 1º/7/2010, estabeleceu como marco temporal de ocupação da terra pelos índios, para 
efeito de reconhecimento como terra indígena, a data da promulgação da Constituição, em 5 
de outubro de 1988. 2. Conforme entendimento consubstanciado na Súmula 650/STF, o 
conceito de 'terras tradicionalmente ocupadas pelos índios' não abrange aquelas que eram 
possuídas pelos nativos no passado remoto. Precedente: RMS 29.087, Rel. p/ acórdão Min. 
Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 14/10/2014. 3. Renitente esbulho não pode ser 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
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Pesquisa realizada por: André Sousa Santos 
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confundido com ocupação passada ou com desocupação forçada, ocorrida no passado. Há de 
haver, para configuração de esbulho, situação de efetivo conflito possessório que, mesmo 
iniciado no passado, ainda persista até o marco demarcatório temporal atual (vale dizer, a data 
da promulgação da Constituição de 1988), conflito que se materializa por circunstâncias de fato 
ou, pelo menos, por uma controvérsia possessória judicializada. 4. Agravo regimental a que se 
dá provimento." (ARE 803462 AgR, Relator Ministro Teori Zavascki, Segunda Turma, julgamento 
em 9.12.2014, DJe de 12.2.2015) 
 
O acórdão hostilizado, ao contrário do alegado pela embargante, enfrentou os argumentos 
trazidos nas razões do agravo regimental, ao demonstrar que o acórdão recorrido decidiu em 
conformidade com a orientação sumulada desta Corte, no sentido de que a competência para 
o julgamento de ação de usucapião de terras localizadas em antigo aldeamento indígena é da 
Justiça Estadual, não subsistindo interesse da União, porque as regras definidoras do domínio, 
de que cuidam os incisos I e XI do art. 20 da Constituição Federal, não alcançam as terras que, 
em passado remoto, foram ocupadas por indígenas (Súmula 650/STF)." (AI 814128 AgR-ED, 
Relator Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, julgamento em 23.6.2015, DJe de 10.8.2015) 
 
Com efeito, a conversão do Enunciado 650 da Súmula deste Tribunal em verbete vinculante já 
havia sido proposta pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA nos 
autos da PSV 49/DF. Ao analisar os requisitos de admissibilidade daquela proposição, a 
Comissão de Jurisprudência asseverou, entre outros pontos, que não havia mais 
absolutamente nenhuma atualidade na controvérsia judicial que motivara a edição da Súmula 
650-STF. Verificou a referida Comissãopermanente, nessa linha, o diminuto número de decisões 
prolatadas por este Tribunal nos últimos anos a respeito da temática tratada na Súmula 650, 
restrita à questão da impossibilidade de se reconhecer, como bens da União, os imóveis urbanos 
usucapiendos que, num passado longínquo, integraram áreas de antigos aldeamentos 
indígenas. (...) Isso posto, sendo manifesto, aqui também, o não atendimento de requisito 
constitucional indispensável à edição da súmula proposta, qual seja, a atualidade da 
controvérsia cristalizada na Súmula 650-STF (art. 103-A, § 1º, da CF), determino o arquivamento 
desta proposta de edição de súmula vinculante." (PSV 92, Relator Ministro Ricardo 
Lewandowski, Tribunal Pleno, julgamento em 24.9.2015, DJe de 29.9.2015) 
 
SÚMULA Nº 480: Pertencem ao domínio e 
administração da união, nos termos dos arts. 4º, 
IV, e 186, da Constituição Federal de 1967, as 
terras ocupadas por silvícolas. 
 
9) Nulidade de todos os títulos de propriedade cujas respectivas glebas estejam localizadas 
dentro da área de reserva indígena denominada Caramuru-Catarinaparaguaçu, conforme 
demarcação de 1938. Aquisição a non domino que acarreta a nulidade dos títulos de 
propriedade na referida área indígena, porquanto os bens transferidos são de propriedade da 
União (Súmula 480 do STF: (...). 61. O argumento nos termos do qual seria necessária, no caso, 
a prova de que as terras foram efetivamente transferidas pelo Estado da Bahia à União ou aos 
índios não prospera em favor dos réus. Disputa por terra indígena entre quem quer que seja e 
índios consubstancia, no Brasil, algo juridicamente impossível. Na vigência da Constituição de 
1967 as terras ocupadas pelos índios são bens da União (art. 4º, IV) , sendo assegurada aos 
silvícolas a posse permanente das terras que habitam e reconhecido o seu direito ao usufruto 
exclusivo dos recursos naturais e de todas as utilidades nelas existentes (art. 186). Quanto a este 
aspecto, leio a nossa Súmula 480: 'Pertencem ao domínio e administração da União, nos termos 
dos arts. 4º, IV, e 186, da Constituição Federal de 1967, as terras ocupadas por silvícolas'." (ACO 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
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Pesquisa realizada por: André Sousa Santos 
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312, Relator para acórdão Ministro Luiz Fux, Tribunal Pleno, julgamento em 2.5.2012, DJe de 
21.3.2013) 
 
SÚMULA Nº 477: As concessões de terras 
devolutas situadas na faixa de fronteira, feitas 
pelos estados, autorizam, apenas, o uso, 
permanecendo o domínio com a união, ainda que 
se mantenha inerte ou tolerante, em relação aos 
possuidores 
 
Faixa de Fronteira - 1) Terras devolutas nela situadas. São bens dominicais da União (Const. 
Fed., artigo 34, II; Lei nº. 2.597, de 12.9.55, artigo 2º). 2) - As concessões de terras devolutas 
situadas na faixa de fronteira, feitas pelos Estados anteriormente à vigente Constituição, 
devem ser interpretadas como legitimidade e uso, mas não a transferência do domínio de tais 
terras, em virtude da manifesta tolerância da União, e de expresso reconhecimento da 
legislação federal. 3) - O Estado concedente de tais terras é parte legítima para rescindir os 
contratos de concessão de terras devolutas por ele celebrados, bem como para promover o 
cancelamento de sua transcrição no Registro de Imóveis. 
(RE 52331 EI, Relator(a): Min. EVANDRO LINS, Tribunal Pleno, julgado em 30/03/1964, DJ 25-
06-1964 PP-02039 EMENT VOL-00582-02 PP-00562) 
 
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. DESAPROPRIAÇÃO. IMÓVEL EM FAIXA DE FRONTEIRA. 
ESTADO DE SANTA CATARINA. REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA. DISCUSSÃO ACERCA DO DOMÍNIO. 
INDENIZAÇÃO. OFENSA AO ART. 535 DO CPC NÃO CONFIGURADA. EMBARGOS INFRINGENTES. 
ART. 530 DO CPC. CABIMENTO. 
1. Cuida-se, na origem, de Ação de Desapropriação para fins de reforma agrária ajuizada pelo 
Incra contra diversos particulares, entre os quais as sociedades Colonização e Madeiras Oeste 
Ltda. e Madeireira Chapecó-Pepery Ltda., todos proprietários de uma área no imóvel Pepery, 
situado nos Municípios de Mondaí, Descanso e Itapiranga, Estado de Santa Catarina. 
2. A questão tratada nos autos refere-se a ações de desapropriação ajuizadas pelo Incra em 
1976, tendo por finalidade a regularização fundiária de terras no Estado de Santa Catarina, 
situadas em faixa de fronteira. 
3. O STJ, por diversas vezes, já se pronunciou sobre a possibilidade de discussão do domínio em 
ações de desapropriação movidas pelo Incra para regularização fundiária no Estado de Santa 
Catarina em área situada na faixa de fronteira e assentou o entendimento de que, no caso em 
tela, não há direito à indenização dos expropriados, porquanto as terras devolutas localizadas 
na faixa de fronteira são de propriedade da União, sendo nulos os títulos dominiais concedidos 
pelos Estados, nos termos da Súmula 477 do STF. Precedentes: AgRg nos EDcl no REsp 
1.104.441/SC, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJE de 30/6/2010; REsp 1.227.965/SC, Rel. 
Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, DJE de 15/6/2011; REsp 769.244/PR, Rel. 
Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, DJE de 22/9/2008. 
(...) 
10. Agravo Regimental não provido. 
(AgRg no AREsp 444.530/SC, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 
04/12/2014, DJe 16/12/2014) 
 
 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
Direito Administrativo 
Pesquisa realizada por: André Sousa Santos 
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CONCURSO PÚBLICO 
STJ 
Súmula 266 - O diploma ou habilitação legal para 
o exercício do cargo deve ser exigido na posse e 
não na inscrição para o concurso público. 
(Súmula 266, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 
22/05/2002, DJ 29/05/2002 p. 135) 
 
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. 
CONCURSO PÚBLICO. EXIGÊNCIA DE DIPLOMA PARA PARTICIPAÇÃO EM CURSO DE FORMAÇÃO. 
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 266 DO STJ. 
1(...) 
2. Firmando o acórdão recorrido a premissa de que o curso de formação constitui uma etapa 
do certame público, não se pode exigir do candidato a comprovação de diplomação antes da 
"posse", segundo disposto na Súmula 266/STJ, in verbis: "O diploma ou habilitação legal para 
o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público". 
3. Agravo regimental não provido. 
(AgRg no AREsp 328.921/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, 
julgado em 25/06/2013, DJe 01/07/2013) 
 
ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. 
OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS. EXIGÊNCIA EDITALÍCIA. DIPLOMA DE CURSO 
SUPERIOR. NÃO APRESENTAÇÃO NO ATO DA MATRÍCULA/POSSE. AUSÊNCIA DE DIREITO 
LÍQUIDO E CERTO. 
1. Cuida-se, na origem, de Ação Mandamental contra ato do Comandante-Geral da Polícia 
Militar e do Secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás, que negaram matrícula do 
impetrante para participar do Curso de Formação de Oficiais Policiais Militares, ante ausência 
de apresentação, pelo candidato, no ato da matrícula, do diploma de Bacharel em Direito, 
conforme exigência legal e editalícia. 
2. Consoante se pode verificar da norma aplicável ao caso em concreto, o ingresso ao primeiro 
posto do Oficialato exige que o candidato seja aprovado em concurso público no qual somente 
poderão se inscrever Bachareis em Direito; participação e êxito no Curso de Formação de Oficiais 
na condição de Cadete, com duração de dois anos; promoção, por ato do Comandante-Geral, 
ao cargo de Aspirante-a-Oficial e só então, depois disso, ascenção ao Quadro de Oficiais da 
Polícia Militar Combatente do Estado de Goiás, tomando posse, por ato do Governador do 
Estado, no cargo de 2º Tenente Combatente. 
3. O Curso de Formação e o Estágio de Aspirantado não configuram etapas do concurso 
público, mas sim treinamento à vida castrense regido pelos pilares da hierarquiae disciplina, 
já na condição de militar. É o que se infere do artigo 11 da Lei Estadual 8.033/1975. 
4. Portanto, inaplicável o enunciado de Súmula 266/STJ no sentido de que "o diploma ou 
habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse, e não na inscrição para o 
concurso público", mesmo porque o cargo em disputa não é o de 2º Tenente, primeiro posto na 
carreira do Oficialato, e sim o de Aluno-Oficial (Cadete), cargo do Quadro do Círculo de Praça 
Especial. 
5. Não há prova nos autos que demonstre o direito líquido e certo do impetrante a participar do 
Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar do Estado de Goiás, objeto do Edital 01 de 
17.10.2012, pois o impetrante não possui diploma de Bacharel em Direito, requisito necessário 
para o ingresso no cargo de Cadete PM. 
6. Recurso Ordinário não provido. 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
Direito Administrativo 
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(RMS 46.777/GO, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/06/2015, 
DJe 10/08/2015) 
ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. DIPLOMA OU HABILITAÇÃO LEGAL. EXIGÊNCIA. 
MOMENTO DA POSSE. SÚMULA 266/STJ. AGRAVO CONHECIDO PARA NEGAR SEGUIMENTO AO 
RECURSO ESPECIAL. 
1. A jurisprudência pacífica desta Corte é no sentido de que, com exceção dos concursos para a 
magistratura e para o Ministério Público, o diploma ou habilitação legal para o exercício do 
cargo deve ser exigido na posse, e não na inscrição para o concurso público. 
2. Este entendimento foi exarado na Súmula 266 desta Corte: "O diploma ou habilitação legal 
para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público." 
3. No mesmo sentido, as decisões monocráticas que tiveram seu seguimento negado, originados 
da exigência antecipada da Carteira de Habilitação no concurso para bombeiros do Estado do 
Rio de janeiro: AREsp 29.877/RJ (2011/0172174-5) Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, 
Primeira Turma, AREsp 59.822/RJ (2011/0234416-2) Rel. Min. 
Castro Meira, Segunda Turma, AREsp 15.083/RJ (2011/0124353-0) Rel Min. Castro Meira, 
Segunda Turma, Ag 1.397.654/RJ (2011/0020794-4) Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima; Ag 
1.331.764/RJ (2010/0135625-6) Rel. Min. Luiz Fux. 
4. Quanto ao precedente colacionado, a existência de julgado divergente não altera a decisão; 
entendimento isolado trazido pelos recorrentes não suplanta aquele pacificado nesta Corte 
Superior. 
Agravo regimental improvido. 
(AgRg no AREsp 116.761/RJ, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 
10/04/2012, DJe 19/04/2012) 
 
INGRESSO NA CARREIRA DA MAGISTRATURA. ART. 93, I, CRFB. EC 45/2004. TRIÊNIO DE 
ATIVIDADE JURÍDICA PRIVATIVA DE BACHAREL EM DIREITO. REQUISITO DE EXPERIMENTAÇÃO 
PROFISSIONAL. MOMENTO DA COMPROVAÇÃO. INSCRIÇÃO DEFINITIVA. 
CONSTITUCIONALIDADE DA EXIGÊNCIA. ADI 3.460. REAFIRMAÇÃO DO PRECEDENTE PELA 
SUPREMA CORTE. PAPEL DA CORTE DE VÉRTICE. UNIDADE E ESTABILIDADE DO DIREITO. 
VINCULAÇÃO AOS SEUS PRECEDENTES. STARE DECISIS. PRINCÍPIOS DA SEGURANÇA JURÍDICA E 
DA ISONOMIA. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DE SUPERAÇÃO TOTAL (OVERRULING) DO 
PRECEDENTE. 
1. A exigência de comprovação, no momento da inscrição definitiva (e não na posse), do triênio 
de atividade jurídica privativa de bacharel em Direito como condição de ingresso nas carreiras 
da magistratura e do ministério público (arts. 93, I e 129, §3º, CRFB - na redação da Emenda 
Constitucional n. 45/2004) foi declarada constitucional pelo STF na ADI 3.460. 
(...) 
10. Recurso extraordinário desprovido. 
(RE 655265, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal 
Pleno, julgado em 13/04/2016, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-164 
DIVULG 04-08-2016 PUBLIC 05-08-2016) 
 
 
 Súmula 377 - O portador de visão monocular tem 
direito de concorrer, em concurso público, às 
vagas reservadas aos deficientes. (Súmula 377, 
TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 22/04/2009, DJe 
05/05/2009) 
 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
Direito Administrativo 
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ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. OFENSA AO ART. 535 DO CPC NÃO CONFIGURADA. 
CONCURSO PÚBLICO. DIREITO DE CONCORRER ÀS VAGAS DESTINADAS A DEFICIENTES FÍSICOS. 
PORTADOR DE VISÃO MONOCULAR. POSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 377/STJ. 
(...) 
2. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é pacífica em reconhecer o direito do 
portador de visão monocular de inscrever-se em concurso público dentro do número de vagas 
reservadas a deficientes físicos. Incide, no caso, a Súmula 377 do STJ: "O portador de visão 
monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes". 
Precedentes: AgRg no REsp 1369501/CE, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira 
Turma, DJe 30/03/2016; AgRg no AREsp 509.582/RJ, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda 
Turma, DJe 03/09/2014; RMS 36.890/CE, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda 
Turma, DJe 05/12/2012. 
3. No caso concreto, ficou incontroverso nos autos que o candidato, ora recorrido, é portador 
de visão monocular, pelo que não merece reparo o acórdão do Tribunal de Origem combatido. 
4. Recurso Especial não provido. 
(REsp 1607865/SE, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 
09/08/2016, DJe 08/09/2016) 
 
Súmula 552 - "O portador de surdez unilateral 
não se qualifica como pessoa com deficiência 
para o fim de disputar as vagas reservadas em 
concursos públicos." (Súmula 552, CORTE 
ESPECIAL, julgado em 04/11/2015, DJe 
09/11/2015) 
 
ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA 
UNILATERAL. CONCORRÊNCIA ENTRE AS VAGAS DESTINADAS A DEFICIENTES FÍSICOS. 
IMPOSSIBILIDADE. 
1. Conforme estabelecido pelo Plenário do STJ, "aos recursos interpostos com fundamento no 
CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os 
requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as interpretações dadas até então 
pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça" (Enunciado Administrativo n. 2). 
2. O Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento de que a surdez unilateral não 
garante a seu portador o direito de concorrer a vaga de concurso público reservada às pessoas 
com deficiência, tendo em vista a alteração promovida pelo Decreto n. 5.296/2004, o qual 
conferiu nova redação ao art. 4º, II, do Decreto n. 3.298/1999. Incidência da Súmula 552 do 
STJ. 
3. Agravo interno desprovido. 
(AgInt no REsp 1483462/DF, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
26/09/2017, DJe 23/11/2017) 
 
 
STF 
 
SÚMULA VINCULANTE Nº 44 - Só por lei se pode 
sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de 
candidato a cargo público. 
 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
Direito Administrativo 
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● Necessidade de lei para realização de exame psicotécnico em concurso público: 
aplicabilidade às empresas estatais 
"Ademais, prevalece nesta Corte o entendimento de que é imprescindível lei para dispor acerca 
da realização de exame psicotécnico em concurso público, bem como da observância de 
critérios objetivos (Súmula 686/STF, ratificada pela Súmula Vinculante 44), entendimento que 
também se aplica às empresas estatais." (RE 967863 AgR, Relator Ministro Roberto Barroso, 
Primeira Turma, julgamento em 25.11.2016, DJe de 7.12.2016) 
 
● Legalidade de exame psicotécnico e suspensão de segurança 
"A questão contravertida refere-se à legalidade do exame psicotécnico realizado no processo 
seletivo interno para preenchimento de cadastro reserva de pilotos da Polícia Militar. 
Questiona-se a necessidade de edição de lei estadual específica com previsão do examea ser 
realizado para o processo seletivo em questão ou se é suficiente a previsão do exame no Código 
Brasileiro de Aeronáutica, dada a especificidade do cargo, conforme consta do edital. Esta Corte 
já se pronunciou sobre a matéria reiteradamente e firmou entendimento unânime, no sentido 
de ser indispensável a previsão em lei do exame psicotécnico, conforme a Súmula Vinculante 
44, in verbis: (...). Contudo, a definição quanto à necessidade de edição de lei específica ou a 
possibilidade de remissão ao Código Brasileiro da Aeronáutica, que disciplina o exame 
psicotécnico para pilotos de aeronaves, é matéria de mérito que não pode ser apreciada em 
pedido de suspensão. Quanto à existência de risco de lesão, concluo que o custeio de curso de 
formação de pilotos de aeronaves, no valor R$ 333.025,25 (...) por aluno, a título precário, para 
policiais reprovados em exame psicotécnico, apresenta grave risco à economia pública. 
Assevero, finalmente, haver a possibilidade de dano à segurança da população, em virtude da 
dúvida existente sobre a capacidade psicotécnica dos candidatos para o exercício da função de 
pilotos de aeronave." (SS 5021 AgR, Relator Ministro Presidente Ricardo Lewandowski, Tribunal 
Pleno, julgamento em 2.12.2015, DJe de 17.12.2015) 
 
SÚMULA VINCULANTE Nº 43 - É inconstitucional 
toda modalidade de provimento que propicie ao 
servidor investir-se, sem prévia aprovação em 
concurso público destinado ao seu provimento, 
em cargo que não integra a carreira na qual 
anteriormente investido. 
 
● Inconstitucionalidade: investidura via remoção ou permuta 
"1. Com o advento da Constituição de 1988, o concurso público é inafastável tanto para o 
ingresso nas serventias extrajudiciais quanto para a remoção e para a permuta (dupla 
remoção simultânea). Precedentes. 2. Reconhecida a ilegitimidade do ato, não é lícito que o 
agravante permaneça como titular da serventia para a qual se removeu por permuta." (MS 
32123 AgR, Relator Ministro Roberto Barroso, Primeira Turma, julgamento em 24.2.2017, DJe 
de 14.3.2017) 
 
● Inconstitucionalidade: conversão de cargo temporário em cargo permanente 
"2. Na origem, os recorrentes ajuizaram ação ordinária objetivando a declaração de 
inconstitucionalidade das suas contratações de forma temporária, a fim de que fossem 
considerados servidores efetivos. Alegam que foram submetidos a processo seletivo para 
contratação temporária, nos termos do Edital nº 01/1999 da ANVISA, com a realização de provas 
escritas eliminatórias, entrevistas técnicas e prova de títulos. Entendem que a investidura em 
caráter temporário é conflitante com a natureza jurídica das funções regulatórias que 
desempenham, uma vez que tais atribuições são de caráter permanente. 3. A sentença e o 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
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acórdão foram convergentes quanto à improcedência do pedido inicial, tendo em conta que os 
contratos firmados pela Administração com os recorrentes observaram o disposto no art. 1º da 
Lei n.º 8.745/1993. (...). 5. Percebe-se que, como assentado pelo Tribunal de origem, a pretensão 
dos recorrentes viola o disposto no art. 37, II, da CF. Com efeito, não há possibilidade de 
servidor admitido para exercício de cargo temporário ser efetivado em cargo permanente em 
razão da natureza jurídica das funções que exerce. 6. Esse tem sido o entendimento desta Corte 
que, diante de circunstâncias diversas relativas à violação ao art. 37, II, assentou: (i) a vedação 
de provimento derivado (Súmula Vinculante nº 43); (ii) a manutenção de 
servidores/empregados públicos admitidos sem prévio concurso (RE 596.478-RG, Rel.ª Min.ª 
Ellen Gracie; e RE 705.140-RG, Rel. Min. Teori Zavascki); (iii) a impossibilidade do passar do 
tempo sanar situações irregulares, rechaçando a tese do fato consumado (RE 608.482- RG, Rel. 
Min. Teori Zavascki); (iv) a impossibilidade de transmudação do regime de cargo temporário 
para cargo efetivo. 7. A razão de decidir em todos esses casos é a mesma: impossibilidade de 
manutenção de servidores admitidos sem prévio concurso público após o advento da atual 
Constituição. Desse entendimento não divergiu o acórdão recorrido, sendo inviável o 
provimento da pretensão recursal." (ARE 800998 AgR, Relator Ministro Roberto Barroso, 
Primeira Turma, julgamento em 19.4.2016, DJe de 4.5.2016) 
 
● Inconstitucionalidade: investidura em cargo por meio de transferência de servidores 
"Em síntese, aduz o requerente que os dispositivos impugnados são inconstitucionais, por 
violarem o princípio do concurso público (...). (...). (...) as normas impugnadas autorizam a 
transposição de servidores do Sistema Financeiro BANDERN e do Banco de Desenvolvimento 
do Rio Grande do Norte S.A - BDRN para órgãos ou entidades da Administração Direta, 
autárquica e fundacional do mesmo Estado (...). 3. A jurisprudência desta Corte é firme no 
sentido da inconstitucionalidade das normas que permitem a investidura em cargos ou 
empregos públicos diversos daqueles para os quais se prestou concurso. (...) 5. Vale ressaltar 
que os dispositivos impugnados não se enquadram na exceção à regra do concurso público, visto 
que não tratam de provimento de cargos em comissão, nem contratação por tempo 
determinado para suprir necessidade temporária de excepcional interesse público. 6. Portanto, 
a transferência de servidores para cargos diferentes daqueles nos quais ingressaram através 
de concurso público, demonstra clara afronta ao postulado constitucional do concurso 
público." (ADI 3552, Relator Ministro Roberto Barroso, Tribunal Pleno, julgamento em 
17.3.2016, DJe de 14.4.2016) 
 
● Inconstitucionalidade: investidura resultante da transformação de cargos e funções 
"De início, pontuo que não é necessário o sobrestamento do feito para que se aguarde o 
julgamento da ADI 4.151 e da ADI 4.616, ambas de relatoria do Min. Gilmar Mendes. Isso 
porque, na primeira discute-se o enquadramento dos servidores redistribuídos da Secretaria da 
Receita Previdenciária para a Receita Federal do Brasil enquanto, na última, a possibilidade da 
transformação do cargo de Técnico da Receita Federal, de nível médio, no cargo de Analista 
Tributário da Receita Federal do Brasil, de nível superior. Situação diversa da presente demanda, 
em que os recorrentes pretendem a ascensão do cargo de Técnico, posteriormente 
reestruturado para Analista Tributário da Receita Federal do Brasil, para o cargo de Auditor 
Fiscal, sob o argumento de que ambos os cargos pertencem à mesma carreira. Com efeito, 
conforme já asseverado, o Tribunal a quo não divergiu da jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal no sentido de que a transposição, transformação ou ascensão funcional, de servidores 
públicos de uma categoria para outra, posto consubstanciar modalidades de provimento 
derivado, sem prévia aprovação em concurso público de provas e títulos, não se coadunam 
com a nova ordem constitucional. Essa orientação está consolidado na Súmula Vinculante 43, 
verbis: (...)". (RE 827424 AgR, Relator Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, julgamento em 
14.10.2016, DJe de 4.11.2016) 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
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(...) manifesta a inconstitucionalidade dos dispositivos impugnados, que permitem a ascensão 
funcional sem concurso público, na linha da jurisprudência deste Tribunal, como já apontara o 
parecer da Procuradoria-Geral da República: 'O dispositivo ora impugnado, ao reabrir o prazo 
de opção prevista nos arts. 5º e 6º, das Disposições Transitórias da Lei Complementar nº 439/85, 
que dispõe sobre a instituição das séries de classes de Engenheiro, de Arquiteto e de Engenheiro 
Agrônomo, e dá outras providências correlatas,ofende o previsto no art. 61, § 1º, inciso II, letra 
'c', da Constituição Federal, por tratar de regime jurídico de servidor público, matéria 
sabidamente afeta à competência privativa do Chefe do Poder Executivo. Quanto à alegada 
ofensa ao disposto no inciso II, do art. 37, da Constituição Federal, merece guarida a irresignação 
do Requerente, haja vista a norma estadual ter possibilitado a investidura em cargos e funções 
resultantes de transformação, sem realização do devido concurso público.' (...) Dessa forma, (...) 
julgo procedente a ação direta para declarar a inconstitucionalidade do art. 18 e parágrafos da 
Lei Complementar do estado de São Paulo nº 763/94." (ADI 1342, Relator Ministro Gilmar 
Mendes, Tribunal Pleno, julgamento em 2.9.2015, DJe de 4.12.2015) 
 
● Provimento derivado: subsistência dos atos ocorridos entre 1987 a 1992 
"3.É certo que, com a promulgação da Constituição Federal em 5 de outubro de 1988, a parte 
recorrida, ao lograr aprovação em concurso interno, não teria preenchido os requisitos 
necessários para o provimento do cargo de Delegado de Polícia, frisa-se, admitido pela ordem 
constitucional anterior. Com o advento da nova ordem constitucional passou a ser exigida a 
aprovação em concurso público para o ingresso em cargos que não integram a carreira na qual 
o servidor se encontrava anteriormente investido, sendo que tal entendimento restou 
consagrado no enunciado de Súmula 685/STF, o qual passou a ter efeitos vinculantes com a 
aprovação do enunciado 43/STF. 4. Conforme consta na decisão monocrática ora impugnada, o 
autor tomou posse em 14.08.1992, após o provimento de apelação em mandado de segurança, 
a qual transitou em julgado. A autoridade de tal decisão definitiva esta sendo contestada na 
presente ação rescisória que, após 15 anos à aprovação do recorrido em concurso interno para 
o cargo de Delegado de Polícia, chegou ao Superior Tribunal de Justiça, tendo transcorrido já 23 
anos da data da posse e a situação do recorrido ainda não encontrou o seu desfecho final. 5. 
Assim, em razão da adoção de interpretação que buscou a aplicação mais razoável da norma, o 
recorrido teve provido o seu recurso especial que julgou improcedente a presente ação 
rescisória que visa desconstituir mandado de segurança que reconheceu o direito líquido e certo 
à nomeação em concurso interno realizado em 1991, sob a vigência da atual Constituição. 6. 
Entender de forma distinta, após decorridos mais de 20 anos de exercício do cargo pelo 
recorrido, resguardado por sentença judicial transitada em julgado, e exigir-lhe a realização de 
concurso público para o provimento originário do cargo de delegado no qual provavelmente se 
aposentaria, levaria por violar os princípios da razoabilidade, da segurança jurídica e da proteção 
da confiança." (RE 552145 AgR, Relator Ministro Roberto Barroso, Primeira Turma, julgamento 
em 27.10.2017, DJe de 14.11.2017) 
 
"1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sentido de ser inconstitucional toda 
forma de provimento derivado após a Constituição Federal de 1988, sendo necessária a prévia 
aprovação em concurso de provas ou de provas e títulos para o ingresso em cargos públicos. 2. 
Contudo, no julgamento da medida cautelar na ADI nº 837, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ 
de 17/2/93, suspendeu-se, com efeitos ex nunc, a eficácia dos arts. 8º, III, e das expressões 
'acesso e ascensão', do art. 13, parágrafo 4º, 'ou ascensão' e 'ou ascender', do art. 17, e do inciso 
IV do art. 33, todos da Lei nº 8.112, de 1990. 3. Posteriormente, com fundamento na referida 
ADI, cujo mérito foi julgado em 27/8/98 (DJ de 25/6/99), a Segunda Turma da Corte, ao 
examinar o RE nº 442.683/RS, concluiu pela subsistência de atos administrativos de 
provimentos derivados ocorridos entre 1987 a 1992, em respeito aos postulados da boa-fé e 
da segurança jurídica. Consignou-se que, à época dos fatos, o entendimento a respeito do tema 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
Direito Administrativo 
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não era pacífico, o que teria ocorrido somente em 17/02/93 (data da publicação da decisão 
proferida na medida cautelar)." (RE 605762 AgR-AgR, Relator Ministro Dias Toffoli, Segunda 
Turma, julgamento em 24.5.2016, DJe de 9.6.2015) 
 
SÚMULA Nº 686: Só por lei se pode sujeitar a 
exame psicotécnico a habilitação de candidato a 
cargo público. 
 
 Ver comentários à SV nº 43 
 
SÚMULA Nº 684: É inconstitucional o veto não 
motivado à participação de candidato a concurso 
público. 
 
● Necessidade de motivar o veto à participação de candidato em concurso público 
"Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado 
de Goiás, assim ementado: '(...) 1. A ausência de motivação específica no exame psicotécnico 
em que fora excluído o impetrante do concurso público viola os consagrados princípios 
constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, além do 
direito de defesa e do contraditório, isto à luz das disposições da Súmula 684, do excelso STF, 
ao preconizar a ilegalidade do veto imotivado de participação de candidato a concurso público. 
2. O exame psicotécnico deve adotar critérios científicos objetivos sobre a personalidade do 
candidato e voltados especificamente para este, para aferição isenta de sua capacidade 
profissional. Não é válida a apreciação meramente subjetiva, que pode ensejar insegurança 
jurídica, impossibilidade de verificação da correção da avaliação, além de propiciar o 
desvirtuamento do resultado por arbítrio ou abuso de poder. 3. Apesar da nulidade da avaliação 
psicológica realizada, os candidatos eliminados nesta etapa do certame não têm direito de ser 
nomeados e empossados sem passar por novo exame em razão do princípio da isonomia, 
devendo ser realizado novo teste psicotécnico, respeitando todas as exigências necessárias 
para sua validade. Precedentes do excelso STF e do c. STJ. (...)'. O recurso é inadmissível, tendo 
em vista que a decisão proferida pelo Tribunal de origem está alinhada com a jurisprudência 
desta Corte (ARE 695.416, Rel. Min. Luiz Fux). Ademais, para dissentir do entendimento firmado 
pelo Tribunal de origem, seriam imprescindíveis a análise dos fatos e do material probatório 
constantes dos autos, o exame da legislação infraconstitucional aplicada ao caso, bem como a 
análise das cláusulas do edital do certame, o que é inviável neste momento processual (Súmulas 
279 e 454/STF). (RE 1013387, Relator Ministro Roberto Barroso, Decisão Monocrática, 
julgamento em 15.12.2016, DJe de 1.2.2017) 
 
 ● Controle jurisdicional sobre o ato administrativo que corrige questões de concurso 
"Discute-se nestes autos a possibilidade de o Poder Judiciário realizar o controle jurisdicional 
sobre o ato administrativo que corrige questões de concurso público. No caso dos autos, as 
recorridas ajuizaram ação ordinária com pedido de tutela antecipada com o objetivo de declarar 
a nulidade de dez questões do concurso público para provimento do cargo de enfermeiro da 
Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, ao fundamento de que não houve respostas ao 
indeferimento dos recursos administrativos. Requereram, ainda, a aplicação do Enunciado 684 
da Súmula desta Corte, cujo teor é o seguinte: 'É inconstitucional o veto não motivado à 
participação de candidato a concurso público'. (...) É antiga a jurisprudência desta Corte no 
sentido de que não compete ao Poder Judiciário substituir a banca examinadora para 
reexaminar o conteúdo das questões e os critérios de correção utilizados, salvo ocorrência de 
ilegalidade e inconstitucionalidade. (...) Na espécie, o acórdão recorrido divergiu desse 
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entendimento ao entrar no mérito do ato administrativo e substituir a banca examinadora para 
renovar a correção de questões de concurso público, violando o princípio da separação dos 
poderes e a própria reserva de administração (Verwaltungsvorbehalt). Não se trata de controle 
de conteúdo das provas ante os limites expressos no edital, admitido pela jurisprudência do STF 
nas controvérsias judiciais sobre concurso público. Ao contrário, o acórdão recorrido, 
expressamente, substituiu a banca do certame, de forma a proceder à nova correção das 
questões. (RE 632853, Relator Ministro Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, julgamento em 
23.4.2015, DJe de 29.6.2015, com repercussão geral - tema 485) 
 
● Exame psicotécnico e critérios objetivos 
 "A exigência do exame psicotécnico em concurso depende de previsão em lei e no edital, e 
deve seguir critérios objetivos." (AI 758533 QO, Relator Ministro Gilmar Mendes, Tribunal 
Pleno, julgamento em 23.6.2010, DJ de 13.8.2010, com repercussão geral - tema 338) 
 
SÚMULA Nº 683: O limite de idade para a 
inscrição em concurso público só se legitima em 
face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando 
possa ser justificado pela natureza das 
atribuições do cargo a ser preenchido. 
 
● Discriminação etária e razoabilidade 
"Insta saber se é razoável ou não limitar idade para ingressar em carreira policial, a par da 
aprovação em testes médicos e físicos. Com efeito, o Supremo tem entendido, em casos 
semelhantes, que o estabelecimento de limite de idade para inscrição em concurso público 
apenas é legítimo quando justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido." 
(ARE 678112 RG, Relator Ministro Luiz Fux, Tribunal Pleno, julgamento em 25.4.2013, DJe de 
17.5.2016, com repercussão geral - tema 646) 
 
"Tenho que o inconformismo não merece colhida. No caso, a instância judicante de origem 
decidiu a controvérsia em acórdão assim ementado (fls. 10): 'Direito Constitucional e 
Administrativo. Mandado de segurança. Concurso público para provimento do cargo de Médico 
do Quadro de Oficiais de Saúde da Polícia Militar do Estado Limite máximo de idade. Segundo a 
Súmula n. 683, do STF, o limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em 
face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições 
do cargo a ser preenchido. Diferente do que ocorre com o candidato aspirante à Oficial, 
Sargento e Soldado PM, o candidato que presta concurso para provimento do cargo de Médico 
do Quadro de Oficiais de Saúde da PM, não pode estar adstrito ao limite máximo de idade 
estabelecido na legislação e no edital do certame, em virtude natureza eminentemente 
técnico-científica inerente às atribuições do cargo, de modo que não poderia a autoridade 
coatora, a pretexto de dar cumprimento às disposições do edital, indeferir a matrícula do 
impetrante no Estágio específico para Oficiais de Saúde da Polícia Militar do Estado do 
Maranhão sem transpor os limites da constitucionalidade. Ordem concedida.' 6. Nessa 
contextura, entendo que não se poderia dar solução diferente à demanda. Isso porque, segundo 
consignado na decisão agravada, o aresto impugnado afina com a jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal. 7. Com efeito, o limite de idade como critério para ingresso no serviço público 
apenas se legitima quando estritamente relacionado à natureza e às atribuições inerentes ao 
cargo público a ser provido. Entendimento esse cristalizado na Súmula 683/STF: (...). 8. No caso, 
as atribuições a ser desempenhadas não são propriamente aquelas típicas do serviço militar. 
Cuida-se de vaga relacionada à área de saúde (cargo de médico, em diversas especialidades), 
reclamando formação específica para o seu desempenho. Pelo que, a meu sentir, não se revela 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
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razoável ou proporcional a discriminação etária (28 anos)." (AI 720259 AgR, Relator Ministro 
Ayres Britto, Segunda Turma, julgamento em 22.2.2011, DJe 28.4.2011) 
 
"A lei pode limitar o acesso a cargos públicos, desde que as exigências sejam razoáveis e não 
violem o art. 7º, XXX, da Constituição. Entretanto, não se pode exigir, para o exercício do cargo 
de médico da Polícia Militar, que o candidato seja jovem e tenha vigor físico, uma vez que tais 
atributos não são indispensáveis ao exercício das atribuições do cargo." (AI 486439 AgR, 
Relator Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, julgamento em 19.8.2008, DJe 28.11.2008) 
 
SÚMULA Nº 15: Dentro do prazo de validade do 
concurso, o candidato aprovado tem o direito à 
nomeação, quando o cargo for preenchido sem 
observância da classificação. 
 
● Concurso público: vagas previstas em edital e direito subjetivo à nomeação 
"Dentro do prazo de validade do concurso, a Administração poderá escolher o momento no 
qual se realizará a nomeação, mas não poderá dispor sobre a própria nomeação, a qual, de 
acordo com o edital, passa a constituir um direito do concursando aprovado e, dessa forma, 
um dever imposto ao poder público. Uma vez publicado o edital do concurso com número 
específico de vagas, o ato da Administração que declara os candidatos aprovados no certame 
cria um dever de nomeação para a própria Administração e, portanto, um direito à nomeação 
titularizado pelo candidato aprovado dentro desse número de vagas." (RE 598099, Relator 
Ministro Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, julgamento em 10.8.2011, DJe de 3.10.2011, com 
repercussão geral - tema 161) 
 
● Situações que excepcionam o direito subjetivo à nomeação 
"Quando se afirma que a Administração Pública tem a obrigação de nomear os aprovados dentro 
do número de vagas previsto no edital, deve-se levar em consideração a possibilidade de 
situações excepcionalíssimas que justifiquem soluções diferenciadas , devidamente motivadas 
de acordo com o interesse público. Não se pode ignorar que determinadas situações 
excepcionais podem exigir a recusa da Administração Pública de nomear novos servidores. Para 
justificar o excepcionalíssimo não cumprimento do dever de nomeação por parte da 
Administração Pública, é necessário que a situação justificadora seja dotada das seguintes 
características: a) Superveniência : os eventuais fatos ensejadores de uma situação 
excepcional devem ser necessariamente posteriores à publicação do edital do certame 
público; b) Imprevisibilidade : a situação deve ser determinada por circunstâncias 
extraordinárias, imprevisíveis à época da publicação do edital; c) Gravidade : os 
acontecimentos extraordinários e imprevisíveis devem ser extremamente graves, implicando 
onerosidade excessiva, dificuldade ou mesmo impossibilidade de cumprimento efetivo das 
regras do edital; d) Necessidade : a solução drástica e excepcional de não cumprimento do 
dever de nomeação deve ser extremamente necessária, de forma que a Administração 
somente pode adotar tal medida quando absolutamente não existirem outros meios menos 
gravosos para lidar com a situação excepcional e imprevisível. De toda forma, a recusa de 
nomear candidato aprovado dentro do número de vagas deve ser devidamente motivada e, 
dessa forma, passível de controle pelo Poder Judiciário." (RE 598099, Relator Ministro Gilmar 
Mendes, Tribunal Pleno, julgamento em 10.8.2011, DJe de 3.10.2011, com repercussão geral - 
tema 161) 
 
● Hipótese de preterição ao direito subjetivo à nomeação 
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 "Conforme consignado, o Colegiado de origem concluiu pela legalidade da contratação, a título 
precário, mediante a adoção da ordem da lista de classificação em concurso público. 
Reconheceu estar no âmbito da discricionariedadeadministrativa a escolha da forma de 
admissão do prestador do serviço em caso, mesmo após a aprovação do agravado em concurso 
público para o respectivo cargo. Assim, o acórdão recorrido revelou dissonância com a 
jurisprudência do Supremo. Ambas as Turmas já se manifestaram sobre o tema. Entendeu o 
Tribunal que a contratação demonstra a necessidade do serviço, implicando, portanto, a 
preterição do candidato aprovado." (ARE 947736 AgR, Relator Ministro Marco Aurélio, Primeira 
Turma, julgamento em 7.3.2017, DJe de 11.4.2017) 
 
● Cadastro reserva e ausência de direito subjetivo à nomeação. 
"Este Supremo Tribunal Federal já assentou que candidato aprovado em concurso público para 
formação de cadastro reserva é mero detentor de expectativa de direito à nomeação." (MS 
31732 ED, Relator Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, julgamento em 3.12.2013, DJe de 
18.12.2013) 
 
● Hipótese de direito subjetivo à nomeação de candidatos aprovados fora do número de vagas 
"A tese objetiva assentada em sede desta repercussão geral é a de que o surgimento de novas 
vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do 
certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados 
fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e 
imotivada por parte da administração, caracterizadas por comportamento tácito ou expresso 
do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado 
durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. 
Assim, a discricionariedade da Administração quanto à convocação de aprovados em concurso 
público fica reduzida ao patamar zero (Ermessensreduzierung auf Null), fazendo exsurgir o 
direito subjetivo à nomeação, verbi gratia, nas seguintes hipóteses excepcionais: i) Quando a 
aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital (RE 598.099); ii) Quando 
houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação (Súmula 15 do 
STF); iii) Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do 
certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos aprovados fora das vagas de forma 
arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima." (RE 837311, Relator 
Ministro Luiz Fux, Tribunal Pleno, julgamento em 9.12.2015, DJe de 18.4.2016, com repercussão 
geral - tema 784) 
 
"2. A simples consulta feita pelo Ministério das Relações Exteriores ao Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão, acerca da viabilidade orçamentária para o provimento de 
eventual vaga adicional ao Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata, não caracteriza a 
existência efetiva de vaga excedente durante o prazo de validade do certame." (RMS 31478, 
Redator para o acórdão Ministro Edson Fachin, Primeira Turma, julgamento em 9.8.2016, DJe 
de 21.10.2016) 
 
"Ementa: (...) 1. No RE 607.590, o STF, por força da Resolução TSE n.º 21.832/2004, 
excepcionalmente reconheceu o direito dos reclamantes, integrantes de cadastro de reserva de 
concurso público para ingresso nos quadros do TRE/PR, o direito à nomeação, devido à criação 
de cargos durante o prazo de validade do certame." (Rcl 21507 AgR, Relator Ministro Roberto 
Barroso, Primeira Turma, julgamento em 2.2.2016, DJe de 24.2.2016) 
 
● Desistência de candidato melhor posicionado e inclusão de candidato dentro do número de 
vagas 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
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"O direito à nomeação também se estende ao candidato aprovado fora do número de vagas 
previstas no edital, mas que passe a figurar entre as vagas em decorrência da desistência de 
candidatos classificados em colocação superior. Precedentes." (RE 946425 AgR, Relator Ministro 
Roberto Barroso, Primeira Turma, julgamento em 28.6.2016, DJe de 9.8.2016) 
 
No caso dos autos, o Tribunal de origem assentou que, com a desistência da candidata 
classificada em primeiro lugar, a ora agravada, classificada inicialmente em quarto lugar, 
tornava-se a terceira, na ordem classificatória, passando a figurar entre os classificados para as 
três vagas previstas no instrumento convocatório, motivo pelo qual fazia jus à nomeação. 
Destarte, aplica-se ao caso o que decidido pelo Plenário desta Corte, o qual, no exame do RE nº 
598.099/MS, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 3/10/11, reconheceu a repercussão 
geral do tema e, no mérito, concluiu que o candidato aprovado em concurso público dentro do 
número de vagas tem direito subjetivo à nomeação." (ARE 866016 AgR, Relator Ministro Dias 
Toffoli, Segunda Turma, julgamento em 12.5.2015, DJe de 9.6.2015) 
 
● Inexistência de desrespeito à ordem de classificação em caso de nomeação por força de 
decisão judicial 
"É pacífica a jurisprudência da Corte de que não há falar em desrespeito à ordem de classificação 
em concurso público quando a Administração nomeia candidatos menos bem classificados por 
força de determinação judicial." (ARE 869153 AgR, Relator Ministro Dias Toffoli, Segunda Turma, 
julgamento em 26.5.2015, DJe de 19.6.2015) 
 
● Aumento da carga horária: não preterição ao direito de nomeação 
"(...) 1. O aumento da carga horária daqueles que já estavam no exercício do cargo para o qual 
a agravante foi aprovada não implica preterição a seu direito de nomeação. 2. Incidência, no 
caso, do verbete da Súmula nº 15 desta Corte, que caracteriza tal preterição pela nomeação de 
candidato não aprovado ou pelo preenchimento da vaga sem observância da ordem de 
classificação, o que não ocorreu na espécie.(...)". (AI 551273 AgR, Relator Ministro Dias Toffoli, 
Primeira Turma, julgamento em 18.12.2012, DJe de 22.2.2013) 
 
SÚMULA Nº 14: Não é admissível, por ato 
administrativo, restringir, em razão da idade, 
inscrição em concurso para cargo público. 
 
● Tese de Repercussão Geral 
"O estabelecimento de limite de idade para inscrição em concurso público apenas é legítimo 
quando justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido." (ARE 678112 RG, 
Relator Ministro Luiz Fux, Tribunal Pleno, meio eletrônico, julgamento em 25.4.2013, DJe de 
17.5.2013, Tema 646) 
 
“Não foi recepcionada pela Constituição da República de 1988 a expressão 'nos regulamentos 
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica' do art. 10 da Lei 6.880/1980, dado que apenas lei 
pode definir os requisitos para ingresso nas Forças Armadas, notadamente o requisito de 
idade, nos termos do art. 142, § 3º, X, da Constituição de 1988. Descabe, portanto, a 
regulamentação por outra espécie normativa, ainda que por delegação legal”. (RE 600885, 
Relatora Ministra Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, julgamento em 9.2.2011, DJe de 1.7.2011, Tema 
121) 
 
 
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CONSELHOS PROFISSIONAIS 
 STJ 
Súmula 120 - O oficial de farmácia, inscrito no 
Conselho Regional de Farmácia, pode ser 
responsável técnico por drogaria. (Súmula 120, 
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 29/11/1994, DJ 
06/12/1994 p. 33786) 
 
ADMINISTRATIVO. OFICIAL DE FARMÁCIA. INSCRIÇÃO NO CONSELHO REGIONAL. 
RESPONSABILIDADE TÉCNICA POR DROGARIA. POSSIBILIDADE. 
1. O oficial de farmácia, devidamente inscrito no Conselho Regional de Farmácia, pode ser 
responsável técnico por drogaria, nos termos da Súmula 120/STJ. 
2. Agravo regimental não provido. 
(AgRg no REsp 1148543/SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 
28/06/2011, DJe 01/07/2011) 
 
Súmula 275 - O auxiliar de farmácia não pode 
ser responsável técnico por farmácia ou 
drogaria. (Súmula 275, PRIMEIRA SEÇÃO, 
julgado em 12/03/2003, DJ 19/03/2003 p. 141) 
 
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIALREPRESENTATIVO DE 
CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC E RESOLUÇÃO STJ N. 8/2008. POSSIBILIDADE DE TÉCNICO 
EM FARMÁCIA, INSCRITO NO RESPECTIVO CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA, ASSUMIR A 
RESPONSABILIDADE TÉCNICA POR DROGARIA. RECONHECIMENTO, INDEPENDENTEMENTE DO 
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PREVISTOS NOS ARTS. 15, § 3º, DA LEI 5.991/73, C/C O ART. 
28 DO DECRETO 74.170/74, ATÉ A ENTRADA EM VIGOR DA LEI 13.021/2014. 
1. A Lei n. 13.021, de 8 de agosto de 2014, no seu art. 5º, estabeleceu que apenas farmacêuticos 
habilitados na forma da lei poderão atuar como responsáveis técnicos por farmácias de qualquer 
natureza, seja com manipulação de fórmulas, seja drogaria. 
2. A par disso, permanece a importância de se pacificar o entendimento a ser aplicado nos casos 
regidos pelas normas anteriores. A relevância prática da definição do posicionamento a ser 
seguido é percebida notadamente naquelas hipóteses que envolvam cobrança de multa de 
drogaria por haver admitido a atuação de técnicos em farmácia no mister de responsáveis 
técnicos. 
3. Assim, para efeitos de aplicação do disposto no art. 543-C do CPC, firma-se a compreensão no 
seguinte sentido: É facultado aos técnicos de farmácia, regularmente inscritos no Conselho 
Regional de Farmácia, a assunção de responsabilidade técnica por drogaria, 
independentemente do preenchimento dos requisitos previstos nos arts. 15, § 3º, da Lei 
5.991/73, c/c o art. 28 do Decreto 74.170/74, entendimento que deve ser aplicado até a 
entrada em vigor da Lei n. 13.021/2014. 
(...) 
5. Recurso especial a que se nega provimento. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do 
CPC e da Resolução/STJ n. 8/2008. 
(REsp 1243994/MG, Rel. Ministro OG FERNANDES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/06/2017, 
DJe 19/09/2017) 
 
ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. AUXILIAR DE FARMÁCIA. CONSELHO REGIONAL 
DE FARMÁCIA. INSCRIÇÃO. LEI 5.692/71, ARTIGO 22. IMPOSSIBILIDADE. 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
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O Decreto n. 74.170/74, em seu artigo 28, § 2º, b, na redação que lhe conferiu o Decreto n. 
793/93, considerou aptos para assumir a responsabilidade técnica pelas farmácias e drogarias, 
os técnicos formados em curso de segundo grau, com diploma registrado no Ministério da 
Educação e Cultura, e inscrito no Conselho Regional de Farmácia, observadas as exigências dos 
artigos 22 e 23 da Lei n. 5.692/71, que estabelecem que o ensino de segundo ciclo compreende 
2.200 ou 2.900 horas de trabalho escolar efetivo e habilita ao prosseguimento de estudos em 
grau superior . 
O curso de auxiliar de farmácia concluído pela recorrida não se amolda às exigências da 
legislação de regência, visto que a carga horária cursada encontra-se muito abaixo do mínimo 
exigido para a inscrição no respectivo órgão profissional. 
Recurso especial provido. 
Decisão por unanimidade de votos. 
(REsp 143.337/AL, Rel. Ministro FRANCIULLI NETTO, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/10/2001, 
DJ 11/03/2002, p. 217) 
 
Súmula 413 - O farmacêutico pode acumular a 
responsabilidade técnica por uma farmácia e 
uma drogaria ou por duas drogarias. (Súmula 
413, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 25/11/2009, 
DJe 16/12/2009) 
 
 Sem precedentes recentes. 
 
Súmula 561 - Os Conselhos Regionais de 
Farmácia possuem atribuição para fiscalizar e 
autuar as farmácias e drogarias quanto ao 
cumprimento da exigência de manter 
profissional legalmente habilitado (farmacêutico) 
durante todo o período de funcionamento dos 
respectivos estabelecimentos. (PRIMEIRA 
SEÇÃO. 2015) 
 
"[...] Esta Corte já pacificou o entendimento de que o Conselho Regional de Farmácia tem 
competência para fiscalizar a permanência de responsável técnico nas farmácias e drogarias, 
durante o período de seu funcionamento (art. 15, da Lei 5.991/73), aplicando as penalidades 
cabíveis, quando for o caso. Vale ressaltar que a competência funcional do Conselho não se 
confunde com a do Órgão de Vigilância Sanitária, que tem por escopo zelar pela vigilância de 
funcionamento organizacional [...]" (AgRg no Ag 821490 SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, 
SEGUNDA TURMA, julgado em 12/06/2007, DJe 30/09/2008). 
 
 
DESAPROPRIAÇÃO 
 STJ 
Súmula 12 - Em desapropriação, são cumuláveis 
juros compensatórios e moratórios. (Súmula 12, 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
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PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 30/10/1990, DJ 
05/11/1990) 
 
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. DESAPROPRIAÇÃO. OFENSA AO ART. 535 DO CPC/1973 
NÃO CONFIGURADA. JUROS COMPENSATÓRIOS. EVENTUAL IMPRODUTIVIDADE. INCIDÊNCIA. 
BASE DE CÁLCULO. MONTANTE INDISPONÍVEL. ACUMULAÇÃO DE JUROS. FUNDAMENTAÇÃO 
DEFICIENTE. REVISÃO DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PREQUESTIONAMENTO. EXCLUSÃO DA MULTA. SÚMULA 98/STJ. 
1. Cuida-se, na origem, de Ação de Desapropriação proposta pelo Instituto Nacional de 
Colonização e Reforma Agrária - Incra, ora recorrente, contra o Wilson José Carneiro e sua 
esposa, objetivando expropriar o imóvel rural denominado "Fazenda Altamira", situado no 
Município de Santa Luz/BA, com área registrada de 1.320,0000 hectares e área planimetrada de 
1.118,5407 hectares. 
2. O Juiz de primeiro grau julgou parcialmente procedente o pedido. 
3. O Tribunal a quo negou provimento à Apelação do ora recorrido e deu parcial provimento à 
remessa oficial e assim consignou na sua decisão: "Na hipótese, como a ação foi ajuizada em 
14/11/2005 (fl. 02), e a imissão na posse se deu em 13/01/2006 (fl. 143), os juros 
compensatórios devem incidir à taxa de 12% (doze por cento) ao ano, com base na Súmula 618 
do STF, tal como determinado na sentença. Não devem incidir, todavia, sobre as parcelas que 
os desapropriados eventualmente já tenham levantado, porque, a partir de sua efetiva 
disponibilidade, já se apropriaram do valor e puderam aplicá-lo em outros ativos. A verba, a 
partir da imissão na posse, incide até a data da primeira conta, que liquida a sentença. E dizer, 
o termo ad quem dos juros compensatórios deve ser a data da conta de liquidação, que dá 
origem ao precatório original, nos termos do disposto no art. 100, § 12 da CF/88, não operando 
no precatório complementar" (fl. 441, e-STJ). 
(...) 
5. Esclareça-se que a Primeira Seção do STJ já pacificou o entendimento de que são devidos 
juros compensatórios nas ações de desapropriação, não havendo cogitar em sua não 
incidência. Nessa esteira, foi editada a Súmula 408/STJ, que disciplina a aplicação do princípio 
do tempus regit actum na fixação do percentual desses juros. 
6. Com efeito, esses juros são devidos a título de compensação em decorrência da perda 
antecipada da posse sofrida pelo proprietário. Nos termos da Súmula 69/STJ, cabem desde a 
imissão do expropriante na posse do imóvel na desapropriação direta e a partir da efetiva 
ocupação do bem na desapropriação indireta. 
7. No mais, a Primeira Seção do STJ, após longos debates, nos autos dos EREsp 453.823/MA, 
Rel. Min. Teori Albino Zavascki, Rel. p/ acórdão Min. Castro Meira, DJU de 17.05.04, pacificou 
o entendimento de que eventual improdutividade do imóvel não afastaria o direito a esses 
juros. 
8. E ainda, conforme a orientação firmada pela Primeira Seção do STJ, ainda que a indenização 
fixada seja igual ao valor ofertado, incidem juros compensatórios sobre o montante 
indisponível ao expropriado (20%). Nesse sentido: AgInt no REsp 1.590.982/MS, Rel. Ministro 
Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 27/4/2017, AgRg no AREsp 498.476/CE, Rel. Ministro 
Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 25/8/2014, e AgRg no AREsp 502.430/CE, Rel. Ministro 
Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 18/8/2014. 
9. Quanto à impossibilidade de acumulação dos juros moratóriose compensatórios, o Tribunal 
de origem asseverou: "O termo cumulação, no voto, quer dizer apenas que os dois itens são 
devidos. Mas, como ficou claro, e não poderia ser diferente, cada item opera em tempo 
diverso: os compensatórios, até a data da conta de liquidação, que origina o precatório; os 
moratórios, se o precatório não for pago no tempo constitucional (art. 100, § 1º - CF e art. 15-
B do Decreto-lei 3.365/41)" (fl. 513, e-STJ). 
(...) 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
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13. Recurso Especial conhecido em parte, e nessa parte, parcialmente provido para excluir a 
multa do artigo 538, parágrafo único, do CPC/1973. 
(REsp 1683045/DF, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 
16/11/2017, DJe 19/12/2017) 
 
Súmula 56 - Na desapropriação para instituir 
servidão administrativa são devidos os juros 
compensatórios pela limitação de uso da 
propriedade. (Súmula 56, PRIMEIRA SEÇÃO, 
julgado em 29/09/1992, DJ 06/10/1992) 
 
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO 
ESPECIAL. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC/1973. NÃO OCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE 
PREQUESTIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS TIDOS POR VIOLADOS. SÚMULA 211/STJ. VALOR DA 
INDENIZAÇÃO. LAUDO PERICIAL. DANOS EMERGENTES. OCORRÊNCIA. REVISÃO. 
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. JUROS COMPENSATÓRIOS. SERVIDÃO ADMINISTRATIVA. 
SÚMULA 56/STJ. 
(...) 
4. A jurisprudência desta Corte firmou compreensão segundo o qual os juros compensatórios 
incidem pela simples perda antecipada da posse, no caso de desapropriação, e pela limitação da 
propriedade, no caso de servidão administrativa nos termos da Súmula 56/STJ. 
5. Agravo interno não provido. 
(AgInt nos EDcl no REsp 1440177/RS, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, 
julgado em 21/09/2017, DJe 02/10/2017) 
 
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. SERVIDÃO ADMINISTRATIVA. LIMITAÇÃO AO USO DA 
PROPRIEDADE. CARACTERIZAÇÃO. JUROS COMPENSATÓRIOS. INCIDÊNCIA. SÚMULA 56 DO STJ. 
1. O STJ firmou o entendimento de que os juros compensatórios incidem pela simples perda 
antecipada da posse, no caso de desapropriação, e pela limitação da propriedade, no caso de 
servidão administrativa (Súmula 56/STJ, in verbis: "Na desapropriação para instituir servidão 
administrativa são devidos os juros compensatórios pela limitação de uso da propriedade"). 
2. Agravo Regimental não provido. 
(AgRg no AREsp 691.318/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 
16/06/2015, DJe 05/08/2015) 
 
Súmula 67 - Na desapropriação, cabe a 
atualização monetária, ainda que por mais de 
uma vez, independente do decurso de prazo 
superior a um ano entre o cálculo e o efetivo 
pagamento da indenização. (Súmula 67, 
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 15/12/1992, DJ 
04/02/1993 p. 774) 
 
 Sem precedentes recentes. 
 
Súmula 69 - Na desapropriação direta, os juros 
compensatórios são devidos desde a antecipada 
imissão na posse e, na desapropriação indireta, a 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
Direito Administrativo 
Pesquisa realizada por: André Sousa Santos 
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partir da efetiva ocupação do imóvel. (Súmula 
69, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 15/12/1992, DJ 
04/02/1993 p. 775) 
 
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. 
DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA. JUSTA INDENIZAÇÃO. REVISÃO. SÚMULA N. 7/STJ. JUROS 
COMPENSATÓRIOS. TERMO INICIAL. OCUPAÇÃO. SÚMULA 69/STJ. 
(...) 
2. Os juros compensatórios destinam-se a compensar o que o desapropriado deixou de ganhar 
com a perda antecipada do imóvel, ressarcir o impedimento do uso e gozo econômico do bem, 
ou o que deixou de lucrar, motivo pelo qual incidem a partir da imissão na posse do imóvel 
expropriado, consoante o disposto no verbete sumular n.º 69 desta Corte: "Na desapropriação 
direta, os juros compensatórios são devidos desde a antecipada imissão na posse e, na 
desapropriação indireta, a partir da efetiva ocupação do imóvel". 
3. Agravo regimental não provido. 
(AgRg no REsp 1458700/SC, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
03/03/2015, DJe 18/03/2015) 
 
Súmula 70 - Os juros moratórios, na 
desapropriação direta ou indireta, contam-se 
desde o transito em julgado da sentença. (Súmula 
70, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 15/12/1992, DJ 
04/02/1993 p. 775) 
 
ADMINISTRATIVO. DESAPROPRIAÇÃO. JUROS MORATÓRIOS E COMPENSATÓRIOS. INCIDÊNCIA. 
PERÍODO. TAXA. REGIME ATUAL. DECRETO-LEI 3.365/41, ART. 15-B. ART. 100, § 12 DA CF 
(REDAÇÃO DA EC 62/09). SÚMULA VINCULANTE 17/STF. SÚMULA 408/STJ. 
1. Conforme prescreve o art. 15-B do Decreto-lei 3.365/41, introduzido pela Medida Provisória 
1.997-34, de 13.01.2000, o termo inicial dos juros moratórios em desapropriações é o dia "1º 
de janeiro do exercício seguinte àquele em que o pagamento deveria ser feito, nos termos do 
art. 100 da Constituição". É o que está assentado na jurisprudência da 1ª Seção do STJ, em 
orientação compatível com a firmada pelo STF, inclusive por súmula vinculante (Enunciado 
17). 
2. Ao julgar o REsp 1.111.829/SP, DJe de 25/05/2009, sob o regime do art. 543-C do CPC, a 1ª 
Seção do STJ considerou que os juros compensatórios, em desapropriação, são devidos no 
percentual de 12% ao ano, nos termos da Súmula 618/STF, exceto no período compreendido 
entre 11.06.1997 (início da vigência da Medida Provisória 1.577, que reduziu essa taxa para 
6% ao ano), até 13.09.2001 (data em que foi publicada decisão liminar do STF na ADIn 
2.332/DF, suspendendo a eficácia da expressão "de até seis por cento ao ano", do caput do 
art. 15-A do Decreto-lei 3.365/41, introduzido pela mesma MP). Considerada a especial 
eficácia vinculativa desse julgado (CPC, art. 543-C, § 7º), impõe-se sua aplicação, nos mesmos 
termos, aos casos análogos. A matéria está, ademais, sumulada pelo STJ (Súmula 408). 
(...) 
4. Recurso especial parcialmente provido. Recurso sujeito ao regime do art. 543-C do CPC. 
(REsp 1118103/SP, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 
24/02/2010, DJe 08/03/2010) 
 
Súmula 102 - A incidência dos juros moratórios 
sobre os compensatórios, nas ações 
Súmulas do STF e STJ, na jurisprudência dos Tribunais Superiores 
Direito Administrativo 
Pesquisa realizada por: André Sousa Santos 
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expropriatórias, não constitui anatocismo 
vedado em lei. (Súmula 102, PRIMEIRA SEÇÃO, 
julgado em 17/05/1994, DJ 26/05/1994 p.13081) 
 
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - OMISSÃO 
CARACTERIZADA - DESAPROPRIAÇÃO - JUROS MORATÓRIOS E COMPENSATÓRIOS - BASE DE 
CÁLCULO - SÚMULA 102/STJ - CORREÇÃO MONETÁRIA - CABIMENTO. 
1. Nas ações de desapropriação, podem ser acumulados os juros moratórios sobre os 
compensatórios, sem caracterizar anatocismo. Incidência da Súmula 102 do STJ. 
2. A correção monetária, mera atualização da moeda, é ex vi legis (Lei 6.899/1981). Precedentes 
do STJ. 
3. Embargos de declaração acolhidos, com efeitos modificativos. 
(EDcl no AgRg no REsp 981.426/RS, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado 
em 27/04/2010, DJe 11/05/2010) 
 
Súmula 113 - Os juros compensatórios, na 
desapropriação direta, incidem a partir da 
imissão na posse, calculados sobre o valor da 
indenização, corrigido monetariamente. (Súmula 
113, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 25/10/1994, 
DJ 03/11/1994 p. 29768) 
 
ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. DESAPROPRIAÇÃO. HONORÁRIOS. BASE DE CÁLCULO. 
JUROS MORATÓRIOS E COMPENSATÓRIOS. INCIDÊNCIA. 
1. O recurso alega contrariedade ao art. 27, § 1º, do Decreto-Lei 3.365/1941; contudo indica em 
suas razões a redação de artigo que na data da alegada violação já se encontrava revogado pela 
Medida Provisória 2.183-56 de 2001. Desse modo, incide o óbice da Súmula 284 do

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