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1 Geologia de Engenharia I Rochas Sedimentares Prof. Enrique Munaretti Aula 6 Sumário Intemperismo Diagênese Depósitos Sedimentares Grand Canyon 2 Ele foi totalmente esculpido em arenito.Petra - Jordania Sedona – USA São Miguel - RS 3 Sedimentos Deposição de grãos que resulta de Decomposição, Desagregação de rochas de várias origens RI - RS - RM Rocha Sedimentar INTEMPERISMO FÍSICO, QUÍMICO e/ou BIOLÓGICO PRODUTOS SOLÚVEIS SAIS DETRITOS E PRODUTOS INSOLÚVEIS LIXIVIAÇÃO EROSÃO TRANSPORTE EM SOLUÇÃO TRANSPORTE MECÂNICO PRECIPITAÇÃO DEPOSIÇÃO DIAGÊNESE SEDIMENTOS QUÍMICOS SEDIMENTOS CLÁSTICOS ou DETRÍTICOS ROCHA ORIGINAL ROCHA SEDIMENTAR Intemperismo Intemperismo Destruição / ataque nos minerais ; Produz sedimentos ; Sedimentos que são: depositados em locais favoráveis, acumulados, compactados, Podendo formar: rocha sedimentar! Intemperismo : Transporte mecânico Movimentação física dos materiais intemperisados em solução Movimentação química / em solução dos materiais intemperisados Intemperismo : Tipos Físico Químico Biológico 4 Físico – Desagregação da rocha, – Separação dos Grãos / Minerais – Transforma a rocha em material friável – Depende de: Resistência dos minerais Composição química Estrutura cristalina – Fenômenos Envolvidos Alívio de pressão ao aflorar na superfície Expansão térmica Congelamento e Degêlo Exemplo : Granito Alívio de pressão forças internas das rochas causam expansão durante erosão Expansão térmica: Exposição ao clima / variação de temperatura (Ex. Saara - variação diária 25oC) - Expansão + Contração Aigua, Uruguay Congelamento / Degêlo Ação da água : congelamento aumenta 4% volume / cunha 5 – Conseqüências: Redução da granulometria dos minerais Contínuo aumento da superfície específica SEM modificação na composição química Formação de solo Químico – Decomposição da rocha – Rochas ao chegarem a superfície encontram ambiente rico em H2O + O2 + S + etc... – P, T baixas em relação a ambiente de formação – Minerais sofrem reações químicas / mudam Feldspato Argila – Mais intenso em climas úmidos (+ H2O) As faces / arestas / vértices são crescentemente atacados Formam blocos / matacões arredondados, grãos finos circundantes. Ataque em Rocha ígnea - GRANITO + exposição do mineral na superfície; + sujeito à ataque químico + fraturas + ataque químico Reações químicas Dissolução dos minerais; Hidratação e Hidrólise; Oxidação e Redução; Agente principal: Água ANEL DE ROCHA QUIMICAMENTE ALTERADA Ataque em Rocha ígnea - BASALTO Intemperismo químico no calcário Ataque em Rocha SEDIMENTAR- Calcário 6 GNAISSE ATACADO QUIMICAMENTE – VILA NOVA DO SUL - RS GNAISSE ATACADO QUIMICAMENTE - La Barra, Uruguay Conseqüências: – Completa modificação das propriedades físicas e químicas das rochas – Aumento no volume dos minerais formados secundariamente, se comparados com os minerais primários / fontes. – Formação de solos Biológico Fenômenos Envolvidos: Ação das raízes de vegetais; Ação da escavação de animais; Ácidos vegetais Santo Antônio da Patrulha Intemperismo : Relação com Clima Intemperismo Físico + pronunciado em: – Áreas de T : alta alternado com baixa ; – Pouca Chuva – Desertos Intemperismo Químico + pronunciado em: – Áreas de T alta – Muita Chuva – Floresta Equatorial 7 Transporte Transporte e deposição Grão / Sedimento •Possui características individuais: • forma , • rugosidade superficial, • densidade • tamanho •Comportamento dinâmico do grão: •velocidade •trajetória •modo de deslocamento •Suspensão •carreamento ou sustentação do grão acima da interface sedimento/fluido •Saltação •manutenção temporária do grão em suspensão, em trajetória praticamente elíptica 8 •Arrasto •é o deslocamento do grão rente à interface fluido/sedimento, tangencial •Rolamento •rotação do grão em torno de um eixo por sobre outros grãos da interface Tendência para Tamanho de Grão: •Granulometria mais fina tende a ser transportada em suspensão •Granulometria intermediária por saltação •Granulometria mais grossa por arrasto TIPOS DE FLUXO DE ACORDO COM VELOCIDADE FLUXO LAMINAR: As partículas imersas no fluido movem-se em trajetórias retilíneas e paralelas e deslizam umas sobre as outras FLUXO TURBULENTO: Velocidade de fluxo do fluido ALTA / trajetórias curvas , redemoinhos. TIPOS DE FLUXO DE ACORDO COM AGENTE TRANSPORTADOR FLUXO AQUOSO: Baixa Viscosidade Deposição: gravidade atua sobre o fluido (água), para transportar partículas FLUXO GRAVITACIONAL: Alta Viscosidade / grande concentração de sedimentos Forma depósitos na base dos aclives (leques) Caráter episódico: dissipação de grande quantidade de energia e deslocamento de grande massa de sedimentos em tempo muito reduzido TIPOS DE FLUXO DE ACORDO COM FORMA DE ARRASTO POR TRAÇÃO: Rolamento, saltação e arrasto POR SUSPENSÃO: Partículas pequenas / “flutuam” FLUXO AQUOSO TURBULENTO MATERIAL CARREADO EM SUSPENSÃO + TRAÇÃO, GRANDE EROSÃO DEVIDO AO DEFLORESTAMENTO 9 FLUXO AQUOSO TRAÇÃO LAMINAR OS TERRAÇOS LATERALMENTE REGISTRAM LIMITES DE PLANÍCIES DE INUNDAÇÃO ANTERIORES DEIXADAS PELO APROFUNDAMENTO DO CANAL DO RIO. FLUXO GRAVITACIONAL (ROCHAS) TURBULENTO MOVIMENTO DAS PARTÍCULAS OCORRE POR QUEDA ou ESCORREGAMENTO ou ROLAMENTO. FLUXO AQUOSO / GRAVITACIONAL TURBULENTO MOVIMENTO DAS PARTÍCULAS : TRAÇÃO + SUSPENSÃO. DEPÓSITO tipo LEQUE ALUVIAL EM ÁREA DE BAIXA ENERGIA DE RIO. Diagênese Def: Qualquer mudança química, física ou biológica sofrida por um sedimento após a sua deposição inicial; Ocorre com T e P baixas; (se comparado com Rocha Metamórfica) Alteração do mineral; Adaptação a novas condições: físicas (P + T) químicas (pH) Diagênese Novos espaços (poros) , e fechamento de poros... Dissoluções e reprecipitações a partir de soluções aquosas existentes nos poros; Começa no final da deposição e prossegue indefinidamente, não importando o grau de consolidação que o depósito sedimentar tenha atingido; 10 Diagênese Processos: Compactação Dissolução Cimentação Recristalização diagenética Diagênese Compactação Mudança do empacotamento intergranular de cúbico para romboédrico Quebra ou deformação de grãos Redução expressiva de volume Diagênese Dissolução Ocorre com a percolação de soluções Oxidação e dissolução de minerais Ocorre sob baixas P e T Diagênese Cimentação Precipitação química a partir de íons em solução na água intersticial (poros) Depende de: Porosidade da rocha (% espaços vazios) Permeabilidade rocha Capacidade de permitir liquido fluir pelos poros Pressão , Viscosidade, etc.. Diagênese Cimentação : Cimentos comuns: Silicosos / quartzo Carbonáticos / calcita, etc.. Férricos / hematita, pirita... Alumino-silicáticos / clorita, etc.. 11 Diagênese Recristalização diagenética ou Permineralização / ou Petrificação Soluções intersticiais preenchem espaços vazios Substituição de matéria orgânica por minerais Ex: substituição: carbonato sílica Fósseis de conchas, animais ou plantas Mata, RS Diagênese LITIFICAÇÃO (Petrificação) Processo final da DIAGÊNESE: Consolidação dos sedimentos SedimentosCOMPACTADOS sobre pressão, expelem ÁGUA Formação da ROCHA SEDIMENTAR Diagênese Litificação Mudança sofrida no depósito de sedimentos após deposição Alteração na mineralogia e textura Compactaçao / dissoluçao / cimentaçao, perda de ‘agua.. Cria poros e fecha poros... Dissoluções e reprecipitações nas soluções aquosas, nos poros. Começa no final da deposição e prossegue indefinidamente.. DEPÓSITO SEDIMENTAR TENDENDO A LITIFICAR Encerramento da Diagênese Consolidação dos sedimentos Expulsão da ‘agua CONCLUI ROCHA SEDIMENTAR 12 Resumo do Ciclo Sedimentar INTEMPERISMO FÍSICO, QUÍMICO e/ou BIOLÓGICO PRODUTOS SOLÚVEIS SAIS DETRITOS E PRODUTOS INSOLÚVEIS LIXIVIAÇÃO EROSÃO TRANSPORTE EM SOLUÇÃO TRANSPORTE MECÂNICO PRECIPITAÇÃO DEPOSIÇÃO DIAGÊNESE SEDIMENTOS QUÍMICOS SEDIMENTOS CLÁSTICOS ou DETRÍTICOS ROCHA ORIGINAL ROCHA SEDIMENTAR Depósitos Sedimentares ESTRATOS Unidades básicas de rocha sedimentar. Arranjo das partículas refletem as condições de transporte e de deposição no meio. Ex Dunas – Estrato tipo cross bedding (acamadamento cruzado) Cross bedding Santo Antônio da Patrulha, RS 13 CAMADAS FORMADAS PELO ARRANJO DE VÁRIOS ESTRATOS. Camada 1 Camada 2 Rainbow Mountain , Vinicunca , Peru Tipos de Depósitos Sedimentares 14 Ambientes Deposicionais CONTINENTAIS TRANSICIONAIS OU MISTOS MARINHO FLUVIAL VALE FLUVIAL LACUSTRE PANTANOSO EÓLICO GLACIAL LAGUNA OU LAGOA ESTUÁRIO/DELTÁICO PRAIA PLATAFORMA CONTINENTAL TERRÍGENO RECIFE DE CORAL RECIFE ALGÁLICO TALUDE CONTINENTAL PLANÍCIE ABISSAL 1) DEPÓSITOS DE TALUS: Rochas acumuladas na base de talude Grande inclinação O movimento das partículas dá-se por queda, deslizamento e/ou rolamento , formando corpo cônico As partículas finas tendem a ser depositadas próximas ao talude, enquanto as partículas grossas são depositadas na periferia do depósito. Classificação de depósitos 2) DEPÓSITOS DE COLÚVIO: Depósitos de encostas Rochas angulosas Não mostram seleção quanto à disposição dentro do depósito Classificação de depósitos 3) DEPÓSITOS DE ALUVIÃO Depósitos originados por fluxo aquoso em canais de rios. As partículas são transportadas por tração (partículas grossas), ou em suspensão (partículas finas). Classificação de depósitos Depósitos de Interesse Econômico Mina Cosmos – Jubille Valley - AUS 15 Rocha Porosa: Aquiferos Àgua Subterrânea RS : excelentes aquíferos; Necessita estudos (estratigrafia / falhas / etc.) A principal característica é porosidade / Ex. Arenito. Aquífero mais importante do Brasil: – Bacia do Paraná - Arenito Botucatu - Aquífero Guarani – Volume: 37km3, extensão: 1 milhão km2 – Recarga natural: infiltração de água de chuva equivalente a 4 km3/ano corresponde a 30 vezes o consumo na região. Petróleo e Gás Natural Necessita rocha geradora (Ex. folhelho) e rocha reservatório (Ex. arenito); Praticamente todos os hidrocarbonetos provém de R.S. Hidrocarbonetos são compostos orgânicos complexos encontrados nos poros e fraturas de rochas; Processo de geração em ambientes de mar, lago e baía. Origem: animal. Composição: C, H2, CH4, N2, O2, elementos traços - Va, Ni, Cr. Extração convencional bombeamento de rocha porosa Tipo Estruturais 16 Extração Tar sands – Folhelho, etc • Tar Sands - Areia Betuminosa – 10% betume(óleo) + 85%sedimentos + 5% H2O – Extraído por processos de refinamento (alta T e P) – Alberta, Canadá (173 bilhões de barris) – Canadá 2o. maior reserva de petróleo mundo... Ou extração in situ. Injeção de vapor d’água em alta pressão, betume sobe por diferença de pressão. • Folhelho (errôneamente chamado Xisto...) – Brasil tem 2 maior reserva do mundo – Formação Irati: Bacia Sedimentar do Paraná • São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Goiás. 500 C 7 a 12% óleo 5% agua Produtos: Óleo comb: OTE (-S) OTL (+S) GN Nafta GLP Enxofre Agua (Fert) 17 Carvão Energia Solar Acumulada (Fotossíntese) Origem: – acúmulo de detritos vegetais – condições anaeróbicas/não oxida/não degrada – regiões pantanosas; Processo de geração em deltas, pântanos Composição química: – C, H2, O2, N2, , S , Si, H2O, outros Progressivo aumento em carbono; O carvão mineral é uma substância sólida, formada pela decomposição parcial de restos vegetais, com enriquecimento em carbono e litificada, isto é, endurecida por um processo lento, sendo necessários dezenas de milhões de anos para que se dê a sua formação. Para iniciar a formação do carvão são necessárias várias condições: a) desenvolvimento de uma vegetação continental que permita um acúmulo de substâncias vegetais; b) condições de proteção contra a decomposição total, fato que ocorre quando houver cobertura imediata pela água; c) após o acúmulo subaquoso deve ocorrer o sepultamento contínuo e prolongado por sedimentos. Como estas condições ocorrem atualmente, deve-se admitir que o mesmo aconteceu em pântanos e turfeiras do passado. A matéria vegetal que constitui o carvão é a base dos troncos, caules, raízes, folhas, esporos, resinas, etc. Este material, quando colocado nas condições acima citadas, sofrerá alterações provocadas por desidratação, pressão, calor e ação microbiana que a conduz a um progressivo enriquecimento em carbono e empobrecimento em oxigênio. O carvão é um combustível sólido (fóssil) e pode ser utilizado como matéria-prima na indústria carboquímica (mesmos derivados do petróleo). TURFA - LINHITO - CARVÃO Grau de carbonificação - % de C Carbono Umidade Energia (%) (%) (Kcal/Kg) Turfa 55-65 65-90 1000-1200 Linhito 65-75 10-30 2000-3000 Carvão 75-90 5-10 3000-5000 Antracito 90-95 < 5 > 5000 * ANTRACITO É ROCHA METAMORFICA! Calcário 18 COQUINA - CALCÁRIO - MÁRMORE (Metamórfico) Carapaças marinhas / lagunas / lagoas Calcita (CaCO3), Dolomita (MgCO3), Sílica SiO2, etc.. Tipos: Calcítico, dolomítico, magnesiano, etc.. Teores de Ca e Mg variam Aplicação: – Construção Civil / revestimentos / pisos / muros / paredes – Cimento – Ração animal - Fonte de cálcio – Termoeletricidade a carvão/ minimiza enxôfre – Siderurgia – Fabricação de vidro, – Carga : plástico, branqueamento de papel, etc... – Agricultura – correção de pH
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