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Aula 3 - Concepção Estrutural ABNT NBR 6118/2014

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Segurança estrutural
Aula 3 6118-2014
Prof. Carlos Henrique
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Concepção Estrutural
INTRODUÇÃO
A concepção da estrutural consiste, via de regra, no estabelecimento de um
arranjo ou combinação adequada dos diversos elementos estruturais
existentes e da definição das ações a serem consideradas, objetivando
atender simultaneamente os requisitos de:
Segurança,
Durabilidade,
Estética,
Funcionalidade,
Custos,
Entre outros.
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Concepção Estrutural
Fase Objetivo
A) Apoio à Concepção do 
Produto
Analisar a proposta arquitetônica para o terreno e indicar as condições
necessárias à viabilidade do ponto de vista da estrutura, através de
uma análise qualitativa.
B) Apoio à Definição do 
Produto
Fornecer elementos para verificar a viabilidade do empreendimento,
suprindo as informações necessárias para o projeto legal e índices para
a elaboração de um orçamento preliminar de viabilidade.
C) Identificação e Solução 
de Interfaces
Gerar desenhos de estruturas com todas as indicações necessárias
para intercâmbio entre todos os projetistas envolvidos, resultando, após
a negociação de possíveis soluções, em um projeto que considere
todas essas interfaces.
D) Projeto de Detalhamento 
das Especialidades
Desenvolver o projeto da obra. No caso de estruturas de concreto e
alvenaria estrutural, o projeto consiste em realizar o detalhamento das
armações dos elementos estruturais e incorporação de detalhes de
produção dependendo do sistema construtivo.
E) Pós Entrega do Projeto Garantir o bom uso do projeto estrutural.
F) Pós Entrega da Obra Analisar o comportamento da estrutura em serviço ou adaptá-la a
novas condições de uso.
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Fases de projeto, ABECE.
Concepção Estrutural
Diretrizes gerais
• Estudo do projeto arquitetônico (conferir cotas);
• Atender às condições estéticas definidas no projeto arquitetônico;
• Imprimir o projeto Arquitetônico, na prancha fornecida pelo Arquiteto
(A0 ou A1), em papel o pavimento base (normalmente o pavimento tipo
para edifícios e o primeiro piso para residências), sem detalhes, mas
com as cotas;
• O posicionamento dos elementos estruturais pode ser feito com base
no comportamento primário dos mesmos;
• as lajes são posicionadas nos pisos dos compartimentos para
transferir as cargas para as vigas de apoio;
• as vigas transferem as reações das lajes, juntamente com o peso
das alvenarias, para os pilares de apoio (ou outras vigas),
vencendo vãos entre os mesmos;
• e os pilares transferem cargas das vigas para as fundações;
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Concepção Estrutural
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Concepção Estrutural
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Concepção Estrutural
Diretrizes gerais
• A transferência de cargas deve ser a mais direta possível; os
elementos estruturais devem ser os mais uniformes possíveis,
quanto à geometria e quanto às solicitações; É bom evitar, na medida
do possível, a utilização de apoio de vigas importantes sobre outras
vigas (apoios indiretos), bem como, o apoio de pilares em vigas (vigas
de transição);
• As dimensões contínuas da estrutura, em planta, devem ser, em
princípio, limitadas a cerca de 30 m para minimizar os efeitos da
variação de temperatura ambiente e da retração do concreto;
• A construção está sujeita a ações horizontais que acarretam
solicitações nos planos verticais da estrutura; estas solicitações são,
normalmente, resistidas por “pórticos planos”, ortogonais entre si,
os quais devem apresentar resistência e rigidez adequadas; para isso,
é importante a orientação criteriosa das seções transversais dos
pilares; também, é importante, a necessidade da estrutura apresentar
segurança adequada a estabilidade global da edificação (rigidez
mínima às seções transversais dos pilares).
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Concepção Estrutural
Elementos
lineares
Vigas: elementos lineares em que a flexão é preponderante;
Pilares: elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que
as forças normais de compressão são preponderantes;
Tirantes: elementos lineares de eixo reto em que as forças normais de tração são
preponderantes;
Arcos: elementos lineares curvos em que as forças normais de compressão são
preponderantes, agindo ou não simultaneamente com esforços solicitantes de
flexão, cujas ações estão contidas em seu plano.
Elementos de
superfície
Placas: elementos de superfície plana sujeitos principalmente a ações normais a
seu plano. As placas de concreto são
usualmente denominadas lajes;
Chapas: elementos de superfície plana sujeitos principalmente a ações contidas em
seu plano. Chapas de concreto em que o
vão for menor que três vezes a maior dimensão da seção transversal são
usualmente denominadas vigas parede;
Cascas: elementos de superfície não plana;
Pilares parede: elementos de superfície plana ou casca cilíndrica, usualmente
dispostos na vertical e submetidos preponderantemente à compressão. Para que se
tenha um pilar parede, em alguma dessas superfícies, a menor dimensão deve ser
menor que 1/5 da maior, ambas consideradas na seção transversal da peça.
Elementos de
Volume
Blocos de fundação:
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6118-2014
14.4 Elementos estruturais : Os elementos estruturais básicos são classificados e
definidos de acordo com a sua forma geométrica e a sua função estrutural, conforme
14.4.1 e 14.4.2.
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Concepção Estrutural
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Concepção Estrutural
Normalmente, a primeira tarefa da concepção estrutural é o lançamento dos pilares do
andar-tipo, verificando suas possíveis interferências no térreo e também nos subsolos.
Pilares
1) Posicionar os pilares, de preferência, nos cantos das edificações e nos encontros das
vigas.
2) Escolher regiões não muito nobres no pavimento tipo da edificação para o
posicionamento dos pilares (cantos dos armários embutidos, atrás das portas, etc.)
evitando que os mesmos fiquem aparentes em salas e dormitórios.
3) Procurar distanciar os pilares entre 2,50 e 7,00 m.
4) Verificar se as posições lançadas no pavimento tipo são aceitáveis ao térreo e nas
garagens (subsolos).
Por sua vez, essa preocupação de cunho estético é menos importante para o
térreo, uma vez que a sua arquitetura pode ficar um pouco prejudicada em
favor de um melhor posicionamento dos pilares no pavimento tipo. Quanto às
garagens, verifica-se que é mais difícil compatibilizar as melhores
posições estruturais dos pilares com a melhor distribuição dos boxes
(espaços reservados para os automóveis), sendo primordial, nesta etapa, o
entendimento entre calculistas e arquitetos na busca da melhor posição
estrutural para os pilares.
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Concepção Estrutural
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Concepção Estrutural
Vigas
5) Procurar, sempre que possível, o posicionamento das vigas de tal forma que as
mesmas formem pórticos com os pilares, a fim de enrijecer a estrutura frente às
ações horizontais (vento), principalmente na direção da menor dimensão em planta do
edifício.
6) Procurar lançar vigas onde existam paredes, evitando que as mesmas fiquem
aparentes, contribuindo para o aspecto estético.
Não é obrigatório lançar vigas sob todas as paredes. Eventualmente, uma parede
poderá apoiar-se diretamente na laje. Quando existirem paredes leves, como por
exemplo paredes de gesso acartonado e divisórias, a tarefa do lançamento de
vigas torna-se mais flexível.
7) Vãos entre 2,50 e 7,00 m.
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Concepção Estrutural
Lajes
8) Verificar a real necessidade de rebaixamento de uma laje em relação à outra.
Às vezes o rebaixamento é necessário quando se tem que embutir as tubulações de esgoto nas
lajes (lajes de banheiro ou das áreas de serviço). Atualmente, para esconder as tubulações de
esgoto, há a preferência pela utilização de forros falsos em contrapartida à opção pelo
rebaixamento. Isso se deve principalmente àfacilidade de eventuais consertos nas tubulações.
9) Para o pré-dimensionamento da laje maciças, em geral, pode-se adotar:
a) 2 a 5 m para o menor vão de lajes armadas em uma direção;
b) 3 a 7 m para o maior vão de lajes armadas em duas direções.
10) Lajes de vãos muito pequenos resultam em grande quantidade de vigas, tornando
elevado o custo com as fôrmas.
11) Lajes com vãos muito grandes podem requer espessuras elevadas e grande
quantidade de armaduras. Além disso, a verificação do estado limite de deformações
excessivas pode ser crítico. Para vencer grandes vãos, torna-se mais viável a
utilização da protensão.
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Concepção Estrutural
Concepção Estrutural  Pré-dimensionamento
PROJETO PRELIMINAR DA ESTRUTURA (PRÉ-FORMAS)
Definido o esquema estrutural, o projeto preliminar de um edifício em concreto
armado pode ser realizado de acordo com as seguintes etapas:
• Pré-dimensionamento das lajes;
• Pré-dimensionamento das vigas;
• Estimativa do carregamento vertical (peso próprio, revestimento, alvenaria,
cargas acidentais decorrentes da utilização da estrutura) distribuído por unidade
de area de laje dos pavimentos;
• Estimativas das cargas verticais provenientes do ático;
• Pré-dimensionamento dos pilares (com base nas cargas verticais);
• Levantamento dos carregamentos horizontais decorrentes das ações do vento
e do desaprumo global do edifício;
• Determinação aproximada da rigidez da estrutura frente as ações horizontais
• (verificação da estabilidade global utilizando o parâmetro  ou o coeficiente z);
• Determinação aproximada da flecha (horizontal) do edifício sob ações de
serviço;
• Correção do pré-dimensionamento da estrutura para prove-la de maior rigidez,
caso necessário, tendo como base as analises anteriores. Essa correção esta
relacionada ao aumento das seções transversais de pilares e vigas, visando o
maior enrijecimento dos pórticos formados por tais elementos.
O projeto de uma estrutura em concreto armado é um processo iterativo.
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Pré-dimensionamento
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Concepção Estrutural Lajes
A. Lajes maciças; aquelas com a espessura isenta de vazios sendo totalmente
preenchida com concreto, contendo armaduras embutidas e podendo ser apoiadas
ao longo de todas as bordas ou parte delas.
Pré-dimensionamento de lajes maciças.
A espessura da laje (h) pode ser estimada por Lx/40, onde Lx é o menor vão da laje.
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Concepção Estrutural Lajes
NBR6118/2014
13.2.4.1 Nas lajes maciças devem ser respeitados os seguintes limites mínimos para a espessura:
a) 7 cm para cobertura não em balanço;
b) 8 cm para lajes de piso não em balanço;
c) 10 cm para lajes em balanço;
d) 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30kN;
e) 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN;
f) 15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas, com o mínimo de l/42 para lajes de piso
biapoiadas e l/50 para lajes de piso contínuas;
g) 16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes-cogumelo, fora do capitel.
No dimensionamento das lajes em balanço, os esforços solicitantes de cálculo a serem considerados 
devem ser multiplicados por um coeficiente adicional n, de acordo com o indicado na Tabela 13.2.
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Concepção Estrutural Lajes
B. Lajes lisa e cogumelo;
A NBR 6118/2014, no ítem 14.7.8 define; “Lajes cogumelo são lajes
apoiadas diretamente em pilares com capitéis, enquanto lajes lisas
são as apoiadas nos pilares sem capitéis.”
Capitel é a região nas adjacências dos pilares onde a espessura da
laje é aumentada com o objetivo de aumentar a sua capacidade
resistente nessa região de alta concentração de esforços cortantes
e de flexão.
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Concepção Estrutural Lajes
C. Laje Nervurada
A NBR 6118/2014, item 14.7.7 define; Lajes nervuradas são as lajes
moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de
tração para momentos positivos está localizada nas nervuras entre
as quais pode ser colocado material inerte”.
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Concepção Estrutural Viga
VIGAS:
• Altura (h) da seção transversal:
• h = vão/10 (carga concentrada significativa ou isostática) ou vão/12 viga
contínua.
• Se na viga atuar somente um baixo carregamento distribuído “q”, pode-se
utilizar h = vão/15;
• Nas vigas contínuas de vãos comparáveis (relação entre vãos adjacentes entre 2/3 e
3/2), costuma-se adotar altura única estimada através de um vão médio. Para vãos
muito diferentes entre si, deve-se adotar altura própria para cada vão
independentemente;
• No caso de apoios indiretos (viga apoiada em outra viga), recomenda-se que a viga
apoiada tenha altura menor ou igual à viga que serve de apoio;
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Concepção Estrutural Viga
VIGAS:
• Procurar adotar alturas múltiplas de 5 cm, com um valor mínimo de 30 cm. Esta altura
mínima induz à utilização de vãos de pelo menos 3,00 m (Hx10). Em geral, não
devem ser utilizados vãos superiores a 7m em função dos valores usuais de pé
direito (aproximadamente 280 cm), que permitem espaço disponível, para a altura da
viga, em torna de 60 cm (L/12);
• Conforme a posição da alma em relação à laje, a vigas podem ser normais, invertidas
ou semi-invertidas, devendo-se cuidar com a posição das portas (210 cm + caixilho +
reboco = altura livre mínima de 220 cm) e janelas;
• No caso do pavimento térreo (garagem), cuidar para que se tenha uma altura livre
mínima de 220 cm.
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Concepção Estrutural Viga
Concepção Estrutural Viga
VIGAS: Código de Obras e Edificações DF
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Concepção Estrutural Viga
VIGAS: Código de Obras e Edificações DF
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Concepção Estrutural Viga
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NBR 6118/2014 no item 13.2.2 define:
A seção transversal das vigas não deve apresentar largura menor que 12
cm e a das vigas-parede, menor que 15 cm.
Estes limites podem ser reduzidos, respeitando-se um mínimo absoluto de
10 cm em casos excepcionais, sendo obrigatoriamente respeitadas as
seguintes condições:
a) alojamento das armaduras e suas interferências com as armaduras de
outros elementos estruturais, respeitando os espaçamentos e coberturas
estabelecidos nesta Norma;
b) lançamento e vibração do concreto de acordo com a NBR 14931.
A largura da viga é, em geral, definida pelo projeto arquitetônico e pelos
materiais e técnicas utilizados pela construtora. Desta forma, quando a viga
ficar embutida em paredes de alvenaria, sua largura deve levar em conta o tipo
de tijolo, o revestimento utilizado e a espessura final definida pelo arquiteto.
Normalmente, os tijolos cerâmicos e os blocos de concreto têm espessuras de
9 cm, 14 cm e 19 cm.
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Concepção Estrutural Viga
Como recomendação prática para
definir a largura das vigas, pode-
se considerar uma espessura de
3 cm para o revestimento (em
cada face da parede) em paredes
de 25 cm de espessura e 1,5 cm
de espessura de revestimento em
paredes de 15 cm de espessura.
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Concepção Estrutural Viga
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Concepção Estrutural Viga
ABNT NBR 15270-1 Componentes cerâmicos
Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação – Terminologia e requisitos
Dimensões
L X H X C
Módulo Dimensional
M = 10 cm
Dimensões de fabricação (cm)
Largura ( L ) Altura ( H )
Comprimento ( C )
Bloco 
principal
½ Bloco
(1) M x (1) M x (2) M
9
9
19 9
(1) M x (1) M x (5/2) M 24 11,5
(1) M x (3/2) M x (2) M
14
19 9
(1) M x (3/2) M x (5/2) M 24 11,5
(1) M x (3/2) M x (3) M 29 14
(1) M x (2) M x (2) M
19
19 9
(1) M x (2) M x (5/2) M 24 11,5
(1) M x (2) M x (3) M 29 14
(1) M x (2) M x (4) M 39 19
(5/4) M x (5/4) M x (5/2) M
11,5
11,5 24 11,5
(5/4) M x (3/2) M x (5/2) M 14 24 11,5
(5/4) M x (2) M x (2) M
19
19 9
(5/4) M x (2) M x (5/2) M 24 11,5
(5/4) M x (2) M x (3) M 29 14
(5/4)M x (2) M x (4) M 39 19
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Concepção Estrutural Viga
ABNT NBR 15270-1 Componentes cerâmicos
Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação – Terminologia e requisitos
Dimensões
L X H X C
Módulo Dimensional
M = 10 cm
Dimensões de fabricação (cm)
Largura ( L )
Altura 
( H )
Comprimento ( C )
Bloco 
principal
½ Bloco
(3/2) M x (2) M x (2) M
14 19
19 11,5
(3/2) M x (2) M x (5/2) M 24 11,5
(3/2) M x (2) M x (3) M 29 14
(3/2) M x (2) M x (4) M 39 19
(2) M x (2) M x (2) M
19 19
19 9
(2) M x (2) M x (5/2) M 24 11,5
(2) M x (2) M x (3) M 29 14
(2) M x (2) M x (4) M 39 19
(5/2) M x (5/2) M x (5/2) M
24 24
24 11,5
(5/2) M x (5/2) M x (3) M 29 14
(5/2) M x (5/2) M x (4) M 39 19
Concepção Estrutural Pilar
São destinados a transmitir as ações às fundações, embora possam
também transmitir para outros elementos de apoio, como vigas.
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Concepção Estrutural Pilar
NBR 6118/2014
13.2.3 Pilares e pilares-parede
A seção transversal de pilares e pilares-parede maciços, qualquer que seja a sua forma,
não pode apresentar dimensão menor que 19 cm.
Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 14 cm,
desde que se multipliquem os esforços solicitantes de cálculo a serem considerados no
dimensionamento por um coeficiente adicional n, de acordo com o indicado na Tabela
13.1 e na Seção 11. Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal
de área inferior a 360 cm2.
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Concepção Estrutural Pilar
Para efeito de pré-dimensionamento, a área da seção transversal Ac
do pilar pode ser pré-dimensionada através da carga total (Ptot)
prevista para o pilar. Esta carga pode ser estimada através da área de
influência total do pilar em questão, Atot .
Para efeito de pré-dimensionamento da seção transversal de um pilar,
pode-se determinar a carga total através de área de influencia, com a
consideração de uma carga média (N*k ) em edifícios variando de:
Edifícios comerciais : 9.5 a 12 kN/m2
Edifícios residenciais : 8.5 a 11 kN/m2
Esta carga média leva em conta os seguintes carregamentos:
• Espessura média = 18 a 20 cm => pp = 0,18X25 a 0,20x25 = 4,5 a
5,0 kN/m2
• Sobrecarga normal em edifícios residenciais = 2 kN/m2
• Revestimento normal em edifícios residenciais = 1 kN/m2
• Alvenarias + esquadrias = 2 a 3 kN/m2
• Extras (elevadores,....) = 0,5 kN/m2
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Para cada projeto em particular, o valor da ação uniformemente distribuída, que é usada
no pré-dimensionamento é facilmente levantada, procedendo-se como a seguir:
Concepção Estrutural Pilar
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Ainf
Canto Extremidade
Interno
Ext
Ext
Ext
Canto
Canto CantoExtremidade
Concepção Estrutural Pilar
Ptot =  N*k
Portanto, tem-se:
Ac = Ptot / adm
adm =0,85fcd+ss2
s= As/Ac
Como a priori não sabemos as armaduras nos pilares, admitimos como valor inicial de 
s= 2% (média usual das armaduras de pilares)
Considerando o aço CA-50 podemos reescrever adm como;
adm=0,85fcd+0,02x500/1,15 ( Mpa)
A partir de Ac tem-se as dimensões da seção transversal do pilar.
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Posição do pilar Coeficiente (α)
Interno 1,8
Extremidade 2,2
Canto 2,5
Concepção Estrutural
38
39
Pré-dimensionamento dos Pilares
fck= 20 Mpa 2 (kN/cm2)
n= 10
fyk= 500 MPa 50 (kN/cm2)
Posição do 
pilar 
Tipo
Coeficiente 
(α)
rs 0,02 Interno 1 1,8
Extremidade 2 2,2
Canto 3 2,5
Pilar
Tipo
a
Área de 
influência
Carga por 
andar
Carga total
Carga total 
de cálculo
Taxa de 
armadura
Tensão ideal
Área da 
seção 
transversal 
do Pilar
Dimensões 
do Pilar
Dimensões 
do Pilar
Posição Ai N*k n.(N*k.Ai) N*d=a.N*k s a b
1, 2 ou 3 m² kN kN kN 2% kN/cm² cm² cm cm
P1 3 2,5 2,09 12 251,1 627,75 0,02 2,08 301,2 19 16
P2 2 2,2 5,12 12 613,8 1350,36 0,02 2,08 648,0 19 34
P3 3 2,5 2,09 12 251,1 627,75 0,02 2,08 301,2 19 16
P4 2 2,2 4,05 12 486 1069,2 0,02 2,08 513,1 19 27
P5 1 1,8 9,9 12 1188 2138,4 0,02 2,08 1026,2 19 54
P6 2 2,2 4,05 12 486 1069,2 0,02 2,08 513,1 19 27
P7 3 2,5 1,96 12 234,9 587,25 0,02 2,08 281,8 19 15
P8 2 2,2 4,79 12 574,2 1263,24 0,02 2,08 606,2 19 32
P9 3 2,5 1,96 12 234,9 587,25 0,02 2,08 281,8 19 15
Concepção Estrutural
Pré-dimensionamento do Pilar
Como exemplo, considere-se o pilar
P5: area de influencia no andar tipo
= 3 m por 3 m;
numero de andares = 10;
carga media de piso: pmed = 12
kN/m2 ;
adm= 2,21 kN/cm² ;
seção retangular com a = 20 cm.
Tem-se:
Atot = 10 x (3 x 3) = 90 m2;
Ptot = Atot x pmed = 90 x 10 = 900 kN
Ac = Ptot / adm = 900 / 1,0 = 900 cm2
;
h = Ac / b = 900 / 20 = 45 cm.
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Concepção Estrutural Pilar
Na planta de forma de um determinado pavimento, procurar diferenciar os 
pilares que “nascem”, “morrem” ou “continuam”, utilizando por exemplo a 
seguinte legenda:
PILAR “QUE NASCE” – indicar nome, dimensão e carga que “recebe”
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ESQUEMA GENÉRICO DE NÍVEIS:
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Concepção Estrutural Números básicos
TAXAS USUAIS EM UM PROJETO ESTRUTURAL
Dependendo da complexidade da obra, do projeto arquitetônico, etc, pode-se adotar os seguintes 
valores médios orientativos:
- PESO TOTAL DE ARMADURA (KG)/m2 DE ESTRUTURA 12 a 21 Kg/ m²
• Edifícios residenciais simétricos, até 12 pavimentos: aproximadamente 14 kg/ m²
• Edifícios residenciais, de 15 a 30 pavimentos: aproximadamente 21 kg/ m²
- FORMA: 1,6 a 2,0 m² DE FORMA/ m² DE ESTRUTURA
- ESPESSURA MÉDIA DA ESTRUTURA 
15 a 22 cm 
TAXA DE ARMADURA (edifícios residenciais “normais”)
PESO DA ARMADURA KG / VOLUMEDECONCRETO m³ 
Laje ≈ 20 a 60 kg/m³
Vigas ≈ 30 a 90 kg/m³
Pilares ≈ 60 a 200 kg/m³
Feita a locação de cargas e pilares, verificar o somatório de cargas na fundação:
• Estruturas leves - ~ 0,8 tf/ m2 ou 8 kN/ m2
• Estruturas residenciais usuais- ~1 A 1,2 tf/ m2 ou 10 a 12 kN/ m2
- Previsão do custo da fundação: 2% A 5% do custo da obra.. Obs.: No DF pode-se utilizar um valor 
médio de 4,0 a 4,5 % em função da grande profundidade das estacas a serem utilizadas.
- - Previsão do custo da estrutura (esqueleto + fundação): aproximadamente 18 a 25% do custo da 
obra (Edifícios usuais).
43
44
Concepção Estrutural Números básicos
45
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DENSIDADE DE PILARES (DP):
É a razão entre as áreas de projeção (AP) da torre e/ou da periferia e o número de pilares (NP) adotados em cada área
respectivamente.
VÃO MÉDIO DE VIGA (VMV):
É a média aritmética ponderada dos vãos de viga da torre e/ou da periferia respectivamente. Para determinarmos 
o VMV, adotar o seguinte procedimento:
a) selecionar o vão das vigas (Vv) de acordo com os seguintes intervalos:
intervalo 1: Vv < 2,0 m
intervalo 2: 2,0 m < Vv < 4,0 m
intervalo 3: 4,0 m < Vv < 5,5 m
intervalo 4: Vv > 5,5 m
Obs: excluir os vãos em balanço quando forem inferiores à 2,0
VÃO MÉDIO DE LAJE (VML):
E a média aritmética ponderada dos vãos principais de laje adotados na torre tipo e na periferia respectivamente. 
Para determinar o VML. adotar o seguinte procedimento:
a) selecionar os vãos principais das lajes (VPL) de acordo com os seguintes intervalos:
intervalo 1: VPL < 3.0 m
intervalo 2: 3,0m < VPL < 5.0 m
intervalo 3: VPL > 5,0 m
b) calcular a média aritmética dos vãos por intervalo:
COMPATIBILIZAÇÃO ENTRE OS PAVIMENTOS
GABARITO: TRANSIÇÃO DE PILARES
GABARITO: REDUÇÃO DE PILARES
PADRONIZAÇÃO POR PAVIMENTO
Verificar na Torre Tipo. excluindo o Ático, o número de espessuras de lajes, de seções de vigas e de
seções de pilares adotados na concepção estrutural, fazendo o mesmo para os pavimentos de
Periferia.
GABARITOS: NÚMERO DE ESPESSURA DA LAJE
GABARITOS: NÚMERO DE SEÇÕES DE VIGAS
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Concepção Estrutural Fundação
Usualmente são elementos tridimensionaisque transferem ao solo as 
cargas provenientes dos pilares, considerando as características 
mecânicas envolvidas.
As fundações podem ser classificadas em:
• Diretas ou rasas
quando a transferência de carga se der a pequena profundidade. Neste 
caso, o elemento estrutural de fundação que distribui a carga do pilar para 
o solo chama-se sapata direta;
• Profundas
em estacas ou em tubulão, quando a transferência de carga se der a 
“grande” profundidade. Neste caso, o elemento estrutural de fundação que 
transfere a carga do pilar para as estacas ou tubulões chama-se bloco.
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AS ESTACAS PODEM SER DO TIPO CRAVADAS À PERCUSSÃO OU ESCAVADAS, MANUAL OU
MECANICAMENTE, E CONCRETADAS NO LOCAL.
CRAVADAS:
DESTACAM-SE, HOJE, AS PRÉ-MOLDADAS DO TIPO CENTRIFUGADAS, COM ANEL METÁLICO
NAS EXTREMIDADES, QUE PERMITEM QUE SEJAM FACILMENTE EMENDADAS. TAMBÉM, JÁ
TEMOS DISPONÍVEIS NO MERCADO EQUIPAMENTOS DE CRAVAÇÃO DE ÚLTIMA GERAÇÃO,
DO TIPO HIDRÁULICO, QUE MINIMIZAM BASTANTE OS PROBLEMAS USUAIS DESTE TIPO DE
ESTACAS (BARULHO, VIBRAÇÃO, DANOS A VIZINHOS, ETC).
OUTRO TIPO DE ESTACA CRAVADA QUE VEM SENDO BASTANTE UTILIZADA NOS ÚLTIMOS
TEMPOS SÃO AS DE PERFIS METÁLICOS LAMINADOS, QUE SUBSTITUEM COM ENORMES
VANTAGENS AS TRADICIONAIS ESTACAS COMPOSTAS COM TRILHOS FERROVIÁRIOS, MUITO
UTILIZADAS NO PASSADO, MAS QUE, HOJE, TÊM PERDIDO ESPAÇO PARA OS PERFIS, TANTO
EM TERMOS DE CUSTO, COMO EM DESEMPENHO E FACILIDADE EXECUTIVA.
ESCAVADAS:
AS MAIS UTILIZADAS ULTIMAMENTE SÃO AS DO TIPO RAIZ E AS DO TIPO HÉLICE CONTÍNUA
MONITORA. AINDA ESTÃO DISPONÍVEIS NO MERCADO AS TRADICIONAIS ESTACAS
ESCAVADAS COM TRADO MECÂNICO E TAMBÉM AS DO TIPO FRANKI, QUE VÊM,
GRADATIVAMENTE, PERDENDO ESPAÇO. TEMOS TAMBÉM TIPOS ESPECIAIS DE ESTACAS
ESCAVADAS, COMO OS ESTACÕES DE GRANDE DIÂMETRO E AS DO TIPO BARRETE. ESTAS,
PORÉM, NÃO ESTÃO DISPONÍVEIS NO NOSSO MERCADO.
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Concepção Estrutural
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Elementos estruturais complementares
São os elementos estruturais que completam a estrutura do edifício e 
que, normalmente, são formados por uma combinação dos elementos 
estruturais básicos.
Escadas,
Caixa d’água, 
Muro de arrimo, 
Vigas-paredes,...
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CUIDADO AO UTILIZAR “NUVENS” PARA CHAMAR À ATENÇÃO 
NOS PROJETOS ! 
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