Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Segurança estrutural Aula 3 6118-2014 Prof. Carlos Henrique 1 Concepção Estrutural INTRODUÇÃO A concepção da estrutural consiste, via de regra, no estabelecimento de um arranjo ou combinação adequada dos diversos elementos estruturais existentes e da definição das ações a serem consideradas, objetivando atender simultaneamente os requisitos de: Segurança, Durabilidade, Estética, Funcionalidade, Custos, Entre outros. 2 Concepção Estrutural Fase Objetivo A) Apoio à Concepção do Produto Analisar a proposta arquitetônica para o terreno e indicar as condições necessárias à viabilidade do ponto de vista da estrutura, através de uma análise qualitativa. B) Apoio à Definição do Produto Fornecer elementos para verificar a viabilidade do empreendimento, suprindo as informações necessárias para o projeto legal e índices para a elaboração de um orçamento preliminar de viabilidade. C) Identificação e Solução de Interfaces Gerar desenhos de estruturas com todas as indicações necessárias para intercâmbio entre todos os projetistas envolvidos, resultando, após a negociação de possíveis soluções, em um projeto que considere todas essas interfaces. D) Projeto de Detalhamento das Especialidades Desenvolver o projeto da obra. No caso de estruturas de concreto e alvenaria estrutural, o projeto consiste em realizar o detalhamento das armações dos elementos estruturais e incorporação de detalhes de produção dependendo do sistema construtivo. E) Pós Entrega do Projeto Garantir o bom uso do projeto estrutural. F) Pós Entrega da Obra Analisar o comportamento da estrutura em serviço ou adaptá-la a novas condições de uso. 3 Fases de projeto, ABECE. Concepção Estrutural Diretrizes gerais • Estudo do projeto arquitetônico (conferir cotas); • Atender às condições estéticas definidas no projeto arquitetônico; • Imprimir o projeto Arquitetônico, na prancha fornecida pelo Arquiteto (A0 ou A1), em papel o pavimento base (normalmente o pavimento tipo para edifícios e o primeiro piso para residências), sem detalhes, mas com as cotas; • O posicionamento dos elementos estruturais pode ser feito com base no comportamento primário dos mesmos; • as lajes são posicionadas nos pisos dos compartimentos para transferir as cargas para as vigas de apoio; • as vigas transferem as reações das lajes, juntamente com o peso das alvenarias, para os pilares de apoio (ou outras vigas), vencendo vãos entre os mesmos; • e os pilares transferem cargas das vigas para as fundações; 4 Concepção Estrutural 5 Concepção Estrutural 6 Concepção Estrutural Diretrizes gerais • A transferência de cargas deve ser a mais direta possível; os elementos estruturais devem ser os mais uniformes possíveis, quanto à geometria e quanto às solicitações; É bom evitar, na medida do possível, a utilização de apoio de vigas importantes sobre outras vigas (apoios indiretos), bem como, o apoio de pilares em vigas (vigas de transição); • As dimensões contínuas da estrutura, em planta, devem ser, em princípio, limitadas a cerca de 30 m para minimizar os efeitos da variação de temperatura ambiente e da retração do concreto; • A construção está sujeita a ações horizontais que acarretam solicitações nos planos verticais da estrutura; estas solicitações são, normalmente, resistidas por “pórticos planos”, ortogonais entre si, os quais devem apresentar resistência e rigidez adequadas; para isso, é importante a orientação criteriosa das seções transversais dos pilares; também, é importante, a necessidade da estrutura apresentar segurança adequada a estabilidade global da edificação (rigidez mínima às seções transversais dos pilares). 7 Concepção Estrutural Elementos lineares Vigas: elementos lineares em que a flexão é preponderante; Pilares: elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forças normais de compressão são preponderantes; Tirantes: elementos lineares de eixo reto em que as forças normais de tração são preponderantes; Arcos: elementos lineares curvos em que as forças normais de compressão são preponderantes, agindo ou não simultaneamente com esforços solicitantes de flexão, cujas ações estão contidas em seu plano. Elementos de superfície Placas: elementos de superfície plana sujeitos principalmente a ações normais a seu plano. As placas de concreto são usualmente denominadas lajes; Chapas: elementos de superfície plana sujeitos principalmente a ações contidas em seu plano. Chapas de concreto em que o vão for menor que três vezes a maior dimensão da seção transversal são usualmente denominadas vigas parede; Cascas: elementos de superfície não plana; Pilares parede: elementos de superfície plana ou casca cilíndrica, usualmente dispostos na vertical e submetidos preponderantemente à compressão. Para que se tenha um pilar parede, em alguma dessas superfícies, a menor dimensão deve ser menor que 1/5 da maior, ambas consideradas na seção transversal da peça. Elementos de Volume Blocos de fundação: 8 6118-2014 14.4 Elementos estruturais : Os elementos estruturais básicos são classificados e definidos de acordo com a sua forma geométrica e a sua função estrutural, conforme 14.4.1 e 14.4.2. 9 Concepção Estrutural 10 Concepção Estrutural Normalmente, a primeira tarefa da concepção estrutural é o lançamento dos pilares do andar-tipo, verificando suas possíveis interferências no térreo e também nos subsolos. Pilares 1) Posicionar os pilares, de preferência, nos cantos das edificações e nos encontros das vigas. 2) Escolher regiões não muito nobres no pavimento tipo da edificação para o posicionamento dos pilares (cantos dos armários embutidos, atrás das portas, etc.) evitando que os mesmos fiquem aparentes em salas e dormitórios. 3) Procurar distanciar os pilares entre 2,50 e 7,00 m. 4) Verificar se as posições lançadas no pavimento tipo são aceitáveis ao térreo e nas garagens (subsolos). Por sua vez, essa preocupação de cunho estético é menos importante para o térreo, uma vez que a sua arquitetura pode ficar um pouco prejudicada em favor de um melhor posicionamento dos pilares no pavimento tipo. Quanto às garagens, verifica-se que é mais difícil compatibilizar as melhores posições estruturais dos pilares com a melhor distribuição dos boxes (espaços reservados para os automóveis), sendo primordial, nesta etapa, o entendimento entre calculistas e arquitetos na busca da melhor posição estrutural para os pilares. 11 Concepção Estrutural 12 Concepção Estrutural Vigas 5) Procurar, sempre que possível, o posicionamento das vigas de tal forma que as mesmas formem pórticos com os pilares, a fim de enrijecer a estrutura frente às ações horizontais (vento), principalmente na direção da menor dimensão em planta do edifício. 6) Procurar lançar vigas onde existam paredes, evitando que as mesmas fiquem aparentes, contribuindo para o aspecto estético. Não é obrigatório lançar vigas sob todas as paredes. Eventualmente, uma parede poderá apoiar-se diretamente na laje. Quando existirem paredes leves, como por exemplo paredes de gesso acartonado e divisórias, a tarefa do lançamento de vigas torna-se mais flexível. 7) Vãos entre 2,50 e 7,00 m. 13 Concepção Estrutural Lajes 8) Verificar a real necessidade de rebaixamento de uma laje em relação à outra. Às vezes o rebaixamento é necessário quando se tem que embutir as tubulações de esgoto nas lajes (lajes de banheiro ou das áreas de serviço). Atualmente, para esconder as tubulações de esgoto, há a preferência pela utilização de forros falsos em contrapartida à opção pelo rebaixamento. Isso se deve principalmente àfacilidade de eventuais consertos nas tubulações. 9) Para o pré-dimensionamento da laje maciças, em geral, pode-se adotar: a) 2 a 5 m para o menor vão de lajes armadas em uma direção; b) 3 a 7 m para o maior vão de lajes armadas em duas direções. 10) Lajes de vãos muito pequenos resultam em grande quantidade de vigas, tornando elevado o custo com as fôrmas. 11) Lajes com vãos muito grandes podem requer espessuras elevadas e grande quantidade de armaduras. Além disso, a verificação do estado limite de deformações excessivas pode ser crítico. Para vencer grandes vãos, torna-se mais viável a utilização da protensão. 14 Concepção Estrutural Concepção Estrutural Pré-dimensionamento PROJETO PRELIMINAR DA ESTRUTURA (PRÉ-FORMAS) Definido o esquema estrutural, o projeto preliminar de um edifício em concreto armado pode ser realizado de acordo com as seguintes etapas: • Pré-dimensionamento das lajes; • Pré-dimensionamento das vigas; • Estimativa do carregamento vertical (peso próprio, revestimento, alvenaria, cargas acidentais decorrentes da utilização da estrutura) distribuído por unidade de area de laje dos pavimentos; • Estimativas das cargas verticais provenientes do ático; • Pré-dimensionamento dos pilares (com base nas cargas verticais); • Levantamento dos carregamentos horizontais decorrentes das ações do vento e do desaprumo global do edifício; • Determinação aproximada da rigidez da estrutura frente as ações horizontais • (verificação da estabilidade global utilizando o parâmetro ou o coeficiente z); • Determinação aproximada da flecha (horizontal) do edifício sob ações de serviço; • Correção do pré-dimensionamento da estrutura para prove-la de maior rigidez, caso necessário, tendo como base as analises anteriores. Essa correção esta relacionada ao aumento das seções transversais de pilares e vigas, visando o maior enrijecimento dos pórticos formados por tais elementos. O projeto de uma estrutura em concreto armado é um processo iterativo. 15 16 17 Pré-dimensionamento 18 Concepção Estrutural Lajes A. Lajes maciças; aquelas com a espessura isenta de vazios sendo totalmente preenchida com concreto, contendo armaduras embutidas e podendo ser apoiadas ao longo de todas as bordas ou parte delas. Pré-dimensionamento de lajes maciças. A espessura da laje (h) pode ser estimada por Lx/40, onde Lx é o menor vão da laje. 19 Concepção Estrutural Lajes NBR6118/2014 13.2.4.1 Nas lajes maciças devem ser respeitados os seguintes limites mínimos para a espessura: a) 7 cm para cobertura não em balanço; b) 8 cm para lajes de piso não em balanço; c) 10 cm para lajes em balanço; d) 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30kN; e) 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN; f) 15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas, com o mínimo de l/42 para lajes de piso biapoiadas e l/50 para lajes de piso contínuas; g) 16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes-cogumelo, fora do capitel. No dimensionamento das lajes em balanço, os esforços solicitantes de cálculo a serem considerados devem ser multiplicados por um coeficiente adicional n, de acordo com o indicado na Tabela 13.2. 20 Concepção Estrutural Lajes B. Lajes lisa e cogumelo; A NBR 6118/2014, no ítem 14.7.8 define; “Lajes cogumelo são lajes apoiadas diretamente em pilares com capitéis, enquanto lajes lisas são as apoiadas nos pilares sem capitéis.” Capitel é a região nas adjacências dos pilares onde a espessura da laje é aumentada com o objetivo de aumentar a sua capacidade resistente nessa região de alta concentração de esforços cortantes e de flexão. 21 Concepção Estrutural Lajes C. Laje Nervurada A NBR 6118/2014, item 14.7.7 define; Lajes nervuradas são as lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração para momentos positivos está localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte”. 22 Concepção Estrutural Viga VIGAS: • Altura (h) da seção transversal: • h = vão/10 (carga concentrada significativa ou isostática) ou vão/12 viga contínua. • Se na viga atuar somente um baixo carregamento distribuído “q”, pode-se utilizar h = vão/15; • Nas vigas contínuas de vãos comparáveis (relação entre vãos adjacentes entre 2/3 e 3/2), costuma-se adotar altura única estimada através de um vão médio. Para vãos muito diferentes entre si, deve-se adotar altura própria para cada vão independentemente; • No caso de apoios indiretos (viga apoiada em outra viga), recomenda-se que a viga apoiada tenha altura menor ou igual à viga que serve de apoio; 23 Concepção Estrutural Viga VIGAS: • Procurar adotar alturas múltiplas de 5 cm, com um valor mínimo de 30 cm. Esta altura mínima induz à utilização de vãos de pelo menos 3,00 m (Hx10). Em geral, não devem ser utilizados vãos superiores a 7m em função dos valores usuais de pé direito (aproximadamente 280 cm), que permitem espaço disponível, para a altura da viga, em torna de 60 cm (L/12); • Conforme a posição da alma em relação à laje, a vigas podem ser normais, invertidas ou semi-invertidas, devendo-se cuidar com a posição das portas (210 cm + caixilho + reboco = altura livre mínima de 220 cm) e janelas; • No caso do pavimento térreo (garagem), cuidar para que se tenha uma altura livre mínima de 220 cm. 24 25 Concepção Estrutural Viga Concepção Estrutural Viga VIGAS: Código de Obras e Edificações DF 26 Concepção Estrutural Viga VIGAS: Código de Obras e Edificações DF 27 Concepção Estrutural Viga 28 NBR 6118/2014 no item 13.2.2 define: A seção transversal das vigas não deve apresentar largura menor que 12 cm e a das vigas-parede, menor que 15 cm. Estes limites podem ser reduzidos, respeitando-se um mínimo absoluto de 10 cm em casos excepcionais, sendo obrigatoriamente respeitadas as seguintes condições: a) alojamento das armaduras e suas interferências com as armaduras de outros elementos estruturais, respeitando os espaçamentos e coberturas estabelecidos nesta Norma; b) lançamento e vibração do concreto de acordo com a NBR 14931. A largura da viga é, em geral, definida pelo projeto arquitetônico e pelos materiais e técnicas utilizados pela construtora. Desta forma, quando a viga ficar embutida em paredes de alvenaria, sua largura deve levar em conta o tipo de tijolo, o revestimento utilizado e a espessura final definida pelo arquiteto. Normalmente, os tijolos cerâmicos e os blocos de concreto têm espessuras de 9 cm, 14 cm e 19 cm. 29 Concepção Estrutural Viga Como recomendação prática para definir a largura das vigas, pode- se considerar uma espessura de 3 cm para o revestimento (em cada face da parede) em paredes de 25 cm de espessura e 1,5 cm de espessura de revestimento em paredes de 15 cm de espessura. 30 Concepção Estrutural Viga 31 Concepção Estrutural Viga ABNT NBR 15270-1 Componentes cerâmicos Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação – Terminologia e requisitos Dimensões L X H X C Módulo Dimensional M = 10 cm Dimensões de fabricação (cm) Largura ( L ) Altura ( H ) Comprimento ( C ) Bloco principal ½ Bloco (1) M x (1) M x (2) M 9 9 19 9 (1) M x (1) M x (5/2) M 24 11,5 (1) M x (3/2) M x (2) M 14 19 9 (1) M x (3/2) M x (5/2) M 24 11,5 (1) M x (3/2) M x (3) M 29 14 (1) M x (2) M x (2) M 19 19 9 (1) M x (2) M x (5/2) M 24 11,5 (1) M x (2) M x (3) M 29 14 (1) M x (2) M x (4) M 39 19 (5/4) M x (5/4) M x (5/2) M 11,5 11,5 24 11,5 (5/4) M x (3/2) M x (5/2) M 14 24 11,5 (5/4) M x (2) M x (2) M 19 19 9 (5/4) M x (2) M x (5/2) M 24 11,5 (5/4) M x (2) M x (3) M 29 14 (5/4)M x (2) M x (4) M 39 19 32 Concepção Estrutural Viga ABNT NBR 15270-1 Componentes cerâmicos Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação – Terminologia e requisitos Dimensões L X H X C Módulo Dimensional M = 10 cm Dimensões de fabricação (cm) Largura ( L ) Altura ( H ) Comprimento ( C ) Bloco principal ½ Bloco (3/2) M x (2) M x (2) M 14 19 19 11,5 (3/2) M x (2) M x (5/2) M 24 11,5 (3/2) M x (2) M x (3) M 29 14 (3/2) M x (2) M x (4) M 39 19 (2) M x (2) M x (2) M 19 19 19 9 (2) M x (2) M x (5/2) M 24 11,5 (2) M x (2) M x (3) M 29 14 (2) M x (2) M x (4) M 39 19 (5/2) M x (5/2) M x (5/2) M 24 24 24 11,5 (5/2) M x (5/2) M x (3) M 29 14 (5/2) M x (5/2) M x (4) M 39 19 Concepção Estrutural Pilar São destinados a transmitir as ações às fundações, embora possam também transmitir para outros elementos de apoio, como vigas. 33 Concepção Estrutural Pilar NBR 6118/2014 13.2.3 Pilares e pilares-parede A seção transversal de pilares e pilares-parede maciços, qualquer que seja a sua forma, não pode apresentar dimensão menor que 19 cm. Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 14 cm, desde que se multipliquem os esforços solicitantes de cálculo a serem considerados no dimensionamento por um coeficiente adicional n, de acordo com o indicado na Tabela 13.1 e na Seção 11. Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm2. 34 Concepção Estrutural Pilar Para efeito de pré-dimensionamento, a área da seção transversal Ac do pilar pode ser pré-dimensionada através da carga total (Ptot) prevista para o pilar. Esta carga pode ser estimada através da área de influência total do pilar em questão, Atot . Para efeito de pré-dimensionamento da seção transversal de um pilar, pode-se determinar a carga total através de área de influencia, com a consideração de uma carga média (N*k ) em edifícios variando de: Edifícios comerciais : 9.5 a 12 kN/m2 Edifícios residenciais : 8.5 a 11 kN/m2 Esta carga média leva em conta os seguintes carregamentos: • Espessura média = 18 a 20 cm => pp = 0,18X25 a 0,20x25 = 4,5 a 5,0 kN/m2 • Sobrecarga normal em edifícios residenciais = 2 kN/m2 • Revestimento normal em edifícios residenciais = 1 kN/m2 • Alvenarias + esquadrias = 2 a 3 kN/m2 • Extras (elevadores,....) = 0,5 kN/m2 35 Para cada projeto em particular, o valor da ação uniformemente distribuída, que é usada no pré-dimensionamento é facilmente levantada, procedendo-se como a seguir: Concepção Estrutural Pilar 36 Ainf Canto Extremidade Interno Ext Ext Ext Canto Canto CantoExtremidade Concepção Estrutural Pilar Ptot = N*k Portanto, tem-se: Ac = Ptot / adm adm =0,85fcd+ss2 s= As/Ac Como a priori não sabemos as armaduras nos pilares, admitimos como valor inicial de s= 2% (média usual das armaduras de pilares) Considerando o aço CA-50 podemos reescrever adm como; adm=0,85fcd+0,02x500/1,15 ( Mpa) A partir de Ac tem-se as dimensões da seção transversal do pilar. 37 Posição do pilar Coeficiente (α) Interno 1,8 Extremidade 2,2 Canto 2,5 Concepção Estrutural 38 39 Pré-dimensionamento dos Pilares fck= 20 Mpa 2 (kN/cm2) n= 10 fyk= 500 MPa 50 (kN/cm2) Posição do pilar Tipo Coeficiente (α) rs 0,02 Interno 1 1,8 Extremidade 2 2,2 Canto 3 2,5 Pilar Tipo a Área de influência Carga por andar Carga total Carga total de cálculo Taxa de armadura Tensão ideal Área da seção transversal do Pilar Dimensões do Pilar Dimensões do Pilar Posição Ai N*k n.(N*k.Ai) N*d=a.N*k s a b 1, 2 ou 3 m² kN kN kN 2% kN/cm² cm² cm cm P1 3 2,5 2,09 12 251,1 627,75 0,02 2,08 301,2 19 16 P2 2 2,2 5,12 12 613,8 1350,36 0,02 2,08 648,0 19 34 P3 3 2,5 2,09 12 251,1 627,75 0,02 2,08 301,2 19 16 P4 2 2,2 4,05 12 486 1069,2 0,02 2,08 513,1 19 27 P5 1 1,8 9,9 12 1188 2138,4 0,02 2,08 1026,2 19 54 P6 2 2,2 4,05 12 486 1069,2 0,02 2,08 513,1 19 27 P7 3 2,5 1,96 12 234,9 587,25 0,02 2,08 281,8 19 15 P8 2 2,2 4,79 12 574,2 1263,24 0,02 2,08 606,2 19 32 P9 3 2,5 1,96 12 234,9 587,25 0,02 2,08 281,8 19 15 Concepção Estrutural Pré-dimensionamento do Pilar Como exemplo, considere-se o pilar P5: area de influencia no andar tipo = 3 m por 3 m; numero de andares = 10; carga media de piso: pmed = 12 kN/m2 ; adm= 2,21 kN/cm² ; seção retangular com a = 20 cm. Tem-se: Atot = 10 x (3 x 3) = 90 m2; Ptot = Atot x pmed = 90 x 10 = 900 kN Ac = Ptot / adm = 900 / 1,0 = 900 cm2 ; h = Ac / b = 900 / 20 = 45 cm. 40 Concepção Estrutural Pilar Na planta de forma de um determinado pavimento, procurar diferenciar os pilares que “nascem”, “morrem” ou “continuam”, utilizando por exemplo a seguinte legenda: PILAR “QUE NASCE” – indicar nome, dimensão e carga que “recebe” 41 ESQUEMA GENÉRICO DE NÍVEIS: 42 Concepção Estrutural Números básicos TAXAS USUAIS EM UM PROJETO ESTRUTURAL Dependendo da complexidade da obra, do projeto arquitetônico, etc, pode-se adotar os seguintes valores médios orientativos: - PESO TOTAL DE ARMADURA (KG)/m2 DE ESTRUTURA 12 a 21 Kg/ m² • Edifícios residenciais simétricos, até 12 pavimentos: aproximadamente 14 kg/ m² • Edifícios residenciais, de 15 a 30 pavimentos: aproximadamente 21 kg/ m² - FORMA: 1,6 a 2,0 m² DE FORMA/ m² DE ESTRUTURA - ESPESSURA MÉDIA DA ESTRUTURA 15 a 22 cm TAXA DE ARMADURA (edifícios residenciais “normais”) PESO DA ARMADURA KG / VOLUMEDECONCRETO m³ Laje ≈ 20 a 60 kg/m³ Vigas ≈ 30 a 90 kg/m³ Pilares ≈ 60 a 200 kg/m³ Feita a locação de cargas e pilares, verificar o somatório de cargas na fundação: • Estruturas leves - ~ 0,8 tf/ m2 ou 8 kN/ m2 • Estruturas residenciais usuais- ~1 A 1,2 tf/ m2 ou 10 a 12 kN/ m2 - Previsão do custo da fundação: 2% A 5% do custo da obra.. Obs.: No DF pode-se utilizar um valor médio de 4,0 a 4,5 % em função da grande profundidade das estacas a serem utilizadas. - - Previsão do custo da estrutura (esqueleto + fundação): aproximadamente 18 a 25% do custo da obra (Edifícios usuais). 43 44 Concepção Estrutural Números básicos 45 46 DENSIDADE DE PILARES (DP): É a razão entre as áreas de projeção (AP) da torre e/ou da periferia e o número de pilares (NP) adotados em cada área respectivamente. VÃO MÉDIO DE VIGA (VMV): É a média aritmética ponderada dos vãos de viga da torre e/ou da periferia respectivamente. Para determinarmos o VMV, adotar o seguinte procedimento: a) selecionar o vão das vigas (Vv) de acordo com os seguintes intervalos: intervalo 1: Vv < 2,0 m intervalo 2: 2,0 m < Vv < 4,0 m intervalo 3: 4,0 m < Vv < 5,5 m intervalo 4: Vv > 5,5 m Obs: excluir os vãos em balanço quando forem inferiores à 2,0 VÃO MÉDIO DE LAJE (VML): E a média aritmética ponderada dos vãos principais de laje adotados na torre tipo e na periferia respectivamente. Para determinar o VML. adotar o seguinte procedimento: a) selecionar os vãos principais das lajes (VPL) de acordo com os seguintes intervalos: intervalo 1: VPL < 3.0 m intervalo 2: 3,0m < VPL < 5.0 m intervalo 3: VPL > 5,0 m b) calcular a média aritmética dos vãos por intervalo: COMPATIBILIZAÇÃO ENTRE OS PAVIMENTOS GABARITO: TRANSIÇÃO DE PILARES GABARITO: REDUÇÃO DE PILARES PADRONIZAÇÃO POR PAVIMENTO Verificar na Torre Tipo. excluindo o Ático, o número de espessuras de lajes, de seções de vigas e de seções de pilares adotados na concepção estrutural, fazendo o mesmo para os pavimentos de Periferia. GABARITOS: NÚMERO DE ESPESSURA DA LAJE GABARITOS: NÚMERO DE SEÇÕES DE VIGAS 47 Concepção Estrutural Fundação Usualmente são elementos tridimensionaisque transferem ao solo as cargas provenientes dos pilares, considerando as características mecânicas envolvidas. As fundações podem ser classificadas em: • Diretas ou rasas quando a transferência de carga se der a pequena profundidade. Neste caso, o elemento estrutural de fundação que distribui a carga do pilar para o solo chama-se sapata direta; • Profundas em estacas ou em tubulão, quando a transferência de carga se der a “grande” profundidade. Neste caso, o elemento estrutural de fundação que transfere a carga do pilar para as estacas ou tubulões chama-se bloco. Concepção Estrutural Fundação AS ESTACAS PODEM SER DO TIPO CRAVADAS À PERCUSSÃO OU ESCAVADAS, MANUAL OU MECANICAMENTE, E CONCRETADAS NO LOCAL. CRAVADAS: DESTACAM-SE, HOJE, AS PRÉ-MOLDADAS DO TIPO CENTRIFUGADAS, COM ANEL METÁLICO NAS EXTREMIDADES, QUE PERMITEM QUE SEJAM FACILMENTE EMENDADAS. TAMBÉM, JÁ TEMOS DISPONÍVEIS NO MERCADO EQUIPAMENTOS DE CRAVAÇÃO DE ÚLTIMA GERAÇÃO, DO TIPO HIDRÁULICO, QUE MINIMIZAM BASTANTE OS PROBLEMAS USUAIS DESTE TIPO DE ESTACAS (BARULHO, VIBRAÇÃO, DANOS A VIZINHOS, ETC). OUTRO TIPO DE ESTACA CRAVADA QUE VEM SENDO BASTANTE UTILIZADA NOS ÚLTIMOS TEMPOS SÃO AS DE PERFIS METÁLICOS LAMINADOS, QUE SUBSTITUEM COM ENORMES VANTAGENS AS TRADICIONAIS ESTACAS COMPOSTAS COM TRILHOS FERROVIÁRIOS, MUITO UTILIZADAS NO PASSADO, MAS QUE, HOJE, TÊM PERDIDO ESPAÇO PARA OS PERFIS, TANTO EM TERMOS DE CUSTO, COMO EM DESEMPENHO E FACILIDADE EXECUTIVA. ESCAVADAS: AS MAIS UTILIZADAS ULTIMAMENTE SÃO AS DO TIPO RAIZ E AS DO TIPO HÉLICE CONTÍNUA MONITORA. AINDA ESTÃO DISPONÍVEIS NO MERCADO AS TRADICIONAIS ESTACAS ESCAVADAS COM TRADO MECÂNICO E TAMBÉM AS DO TIPO FRANKI, QUE VÊM, GRADATIVAMENTE, PERDENDO ESPAÇO. TEMOS TAMBÉM TIPOS ESPECIAIS DE ESTACAS ESCAVADAS, COMO OS ESTACÕES DE GRANDE DIÂMETRO E AS DO TIPO BARRETE. ESTAS, PORÉM, NÃO ESTÃO DISPONÍVEIS NO NOSSO MERCADO. 49 Concepção Estrutural Fundação 50 Concepção Estrutural 51 51 Concepção Estrutural Elementos estruturais complementares São os elementos estruturais que completam a estrutura do edifício e que, normalmente, são formados por uma combinação dos elementos estruturais básicos. Escadas, Caixa d’água, Muro de arrimo, Vigas-paredes,... 52 CUIDADO AO UTILIZAR “NUVENS” PARA CHAMAR À ATENÇÃO NOS PROJETOS ! 53
Compartilhar