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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE GEOGRAFIA, DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE. PROJETO INTEGRADORES I Se uma esfera perfeita se divide em duas partes exatamente iguais mediante um plano diametral, a interseção do plano com a esfera determina o maior círculo que se pode traçar sobre a esfera e que se conhece com o nome de círculo máximo. Os círculos produzidos por planos que cortam a esfera sem passar por seu centro são menores que os círculos máximos e se denominam círculos menores. Será de grande utilidade para o estudante de geografia um conhecimento adequado das propriedades dos círculos máximos, porque entram frequentemente a tomar parte em temas globais, como os meridianos, a navegação, a iluminação do globo e as projeções cartográficas. Podemos enunciar as seguintes propriedades: 1. Sempre que um plano corta uma esfera passando por seu centro, resulta um círculo máximo, independentemente da posição do plano; 2. Sobre uma esfera pode traçar-se um número infinito de círculos máximos; 3. Um círculo é o maior circulo que pode ser traçado na superfície de uma esfera; 4. Por dois pontos dados da superfície da esfera passa um e somente um circulo máximo (a menos que os dois pontos estejam situados nas extremidades do mesmo diâmetro, em cujo caso o número de círculos máximos que pode ser traçados passando por eles é infinito); 5. Um arco de circulo máximo é a distância mais curta sobre a esfera entre dois pontos quaisquer da mesma; 6. Um circulo máximo corta outro, dividindo-o em dois semicírculos. Tendo em conta o estudo anterior da forma da terra, em que se determinou que esta não é uma esfera perfeita, senão um elipsoide achatado, o estudante talvez se pergunte como se pode aplicar-se corretamente as propriedades dos círculos máximos da terra. Para todos os propósitos correntes, incluindo a utilização dos círculos máximos, pode se tratar a terra como uma esfera sem temor de cometer erros apreciáveis. Coordenadas Geográficas: Paralelos e Meridianos O movimento de proteção da terra ao redor de seu eixo proporciona dois pontos naturais – os pólos – nos quais está baseada a chamada rede geográfica, que consiste em linhas destinadas a fixar a posição dos pontos da superfície. A rede geográfica consta de um conjunto de linhas traçadas de norte a sul unindo os pólos – os meridianos – e um conjunto de linhas traçadas de leste a oeste paralelas ao equador – os paralelos - . Todos os meridianos são semicírculos máximos, cujos extremos coincidem com os pólos norte e sul da terra. Ainda que seja correto que o conjunto de dois meridianos opostos constituam um círculo máximo completo, é conveniente recordar que um meridiano é só um semicírculo máximo, e que é um arco de 180°. Outras características dos meridianos são: 1. Todos os meridianos têm direção norte-sul; 2. Os meridianos têm sua máxima separação no equador e convergem em direção aos dois pontos comuns nos pólos; 3. O número de meridianos que se pode traçar sobre o globo é infinito. Assim pois, existe um meridiano para qualquer ponto do globo. Para sua representação em mapas os meridianos (os meridianos) se selecionam seperados por distâncias iguais adequadas. Os paralelos são círculos menores completos, obtidos pela interseção do globo terráqueo com planos paralelos ao equador. Possuem as seguintes características: 1. Os paralelos são sempre paralelos entre si. Ainda que sejam linhas circulares, sua separação é constante. 2. Os paralelos vão sempre em direção leste – oeste. 3. Os paralelos cortam os meridianos formando ângulos retos. Isto é correto para qualquer lugar do globo, exceto para os pólos, uma vez que neles a curvatura dos paralelos é muito acentuada. 4. Todos os paralelos, com exceção do equador, são círculos menores; O equador é um circulo máximo completo. 5. O número de paralelos que se pode traçar sobre o globo é infinito. Por conseguinte. Qualquer ponto do globo, com exceção do pólo norte e do pólo sul, está situado sobre um paralelo. Longitude O sistema empregado para localizar pontos sobre a superfície terrestre consiste em medir as longitudes do arco ao longo dos meridianos e paralelos. Tomando o equador como linha da partida, os arcos são medidos em direção ao norte ou em direção ao sul até os pontos desejados. Tomando um meridiano determinado ou meridiano principal, como linha de referencia, os arcos são medidos em direção a leste ou a oeste até os pontos desejados. A longitude de um lugar pode definir-se como o arco de paralelo, medido em graus, entre tal lugar e o meridiano principal. Está quase universalmente aceito como meridiano principal o que passa pelo observatório de Greenwich perto de Londres, a que frequentemente se designa como meridiano de Greenwich. A este meridiano corresponde a longitude 0 (Zero). A longitude de qualquer ponto dado sobre o globo é medida na direção leste ou oeste a partir deste meridiano, pelo caminho mais curto. Portanto, a longitude deve oscilar entre zero e 180° graus, tanto leste quanto a oeste de Greenwich. Conhecendo-se somente a longitude de um ponto não podemos determinar sua situação exata, porque o mesmo valor da longitude corresponde a todo um meridiano, por esta razão, pode ler-se “longitude 77 graus, três minutos e quarenta e um segundos oeste de Greenwich”. Latitude A latitude de um lugar pode ser definida como o arco de meridiano, medido em graus, entre o lugar considerado e o equador. Portanto, a latitude pode oscilar entre zero grau no equador até 90 graus norte ou sul nos pólos. A latitude de um lugar, que se escreve lat. 34°10’31” N, pode ler-se “latitude de 34 graus, 10 minutos e 31 segundos norte”. Quando se conhecem a longitude e a latitude de um lugar, pode localizar-se este lugar de uma maneira exata e precisa com respeito à rede geográfica.
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