Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Desde o começo dos tempos Noah tem protegido muitas almas. Sempre seguindo a regra de nunca se envolver emocionalmente com as almas que vigia. Sua missão é supervisionar suas vidas e informar qualquer injúria que tenham cometido contra ELE. Ao final de seu tempo na Terra, os guia até sua outra vida para que recebam sua recompensa, no lugar aonde devem chegar. Noah sempre se destacou por ser o melhor dos melhores... isso foi até que seu Doce nasceu. No momento em que Micah Thompson respirou pela primeira vez, Noah sentiu uma conexão emocional que nunca havia sentido antes. Ao longo da infância de Micah e nos primeiros anos de sua adolescência, Noah aparecia consolando Micah cada vez que estava triste ou simplesmente tinha um mau dia. A calmante presença de Noah fazia que Micah se sentisse melhor. Um dia Noah se deu conta que Micah estava ficando muito apegado a ele, assim nunca mais lhe apareceu de novo, mas ele sempre cuidou dele e o amou à distância. Micah é agora um professor muito popular, havia tido alguns namorados, mas sempre os comparava com o Anjo, que via quando era apenas um menino, por isso suas relações nunca funcionavam. Um dia, a caminho de sua casa, seu Anjo interfere com o destino de Micah e muda a vida de ambos para sempre. Prólogo Desde o momento de sua criação, sabia que serviria para um propósito. Durante séculos, vigiava com boa vontade as almas que lhe eram designadas. Desde a sua primeira respiração até que respiravam pela última vez, estava ali com eles. Era o guardião que nunca souberam que tinham. Ao longo de sua existência sempre havia sido capaz de manter distância deles. Nem uma só vez envolveu suas emoções com suas missões. Era contra as regras. De ricos a serventes, de santos a pecadores, seu dever consistia em supervisionar suas vidas e informar sobre qualquer boa ou equivocada ação que houvessem cometido. Quando chegasse o final de seu tempo na Terra, os guiaria à outra vida, e somente seriam recebidos nos lugares designados. Sempre havia se orgulhado de ser justo e imparcial. Para observar, reportar e proteger se fosse possível. Isso é para o que havia sido criado e fazia todo possível para cumprir satisfatoriamente seu objetivo. Até o nascimento de “Meu único Doce.” No momento que recebeu sua designação e viu essa alma nova chegar a este mundo, sentiu uma inegável admiração por ela. O menino nasceu dois meses antes da hora, e teve que lutar desde tomou seu primeiro ar: lutar para respirar, lutar para crescer, lutar para viver. E justamente seu Doce o fez. Ao ver como seu Doce se desenvolvia ao longo dos anos, seu coração gritava por ele. Doce era menor e mais frágil que as outras almas de sua idade. Devido a sua pequena estatura, Doce raramente participava de qualquer tipo de atividade física. Quando o fazia, apesar de sempre ser o último, seu Doce nunca se rendia. A completa determinação de Doce fez que seus sentimentos mudassem de admiração para um profundo afeto. Enquanto os anos passavam, viu seu Doce converter-se em uma alma doce e amável muito querido por todas as pessoas que tinham o privilégio de conhecê-lo. Devido a sua pequena estatura, muitas vezes debochavam de seu Doce, as outras almas jovens riam dele. Isso as vezes era a causa de sua tristeza e por vezes o faziam chorar sozinho à noite antes de dormir. E ver sua alma amada tão infeliz causava uma grande dor, por isso fez algo que nunca havia pensado em fazer. Começou a ser descuidado enquanto observava do alto, como seu Doce chorava até cair no sono. A qualquer momento sua bonita alma teria um mau dia e seu coração se romperia. Se poria de pé ao seu lado e o confortaria com sua calmante presença. Faria isso somente para que seu Doce se sentisse confortado, e imediatamente se acalmasse para que tivesse um sono reparador, e despertasse relaxado e tão feliz com na noite anterior. Constantemente se perguntava se seu Doce podia vê-lo. As vezes o olhar de seu Doce se fixava onde estava, e flutuava em um ar de paz quando a adoração se mostrava nesses grandes olhos marrons, e um sorriso se formava em seu rosto. Seu Doce nunca disse nada, simplesmente se virava, suspirava e felizmente voltava a dormir. Quando passaram os anos viu a mudança em seu Doce. As dores e decepções em sua vida só fizeram com que seu Doce fosse muito mais decidido a conseguir êxito trabalhando duro e cumprindo com sua carreira como professor, onde era muito querido por seus alunos e seu pais. Apesar de que seu amado Doce tinha um trabalho e uma família, se sentia só. Seu coração quebrava cada vez que seu doce não tinha sorte no amor. Via como com o tempo seu Doce se decepcionava uma e outra vez, sabendo em seu coração o porque dele nunca encontrar a felicidade com outros. Eram almas gêmeas. Capítulo Um “Adeus, Sr. Thompson! Bom fim de semana.” Tommy Langford gritou enquanto agarrava sua mochila colorida e cheia de caricaturas e saía correndo da sala. “Adeus Tommy, nos vemos na segunda.” Micah respondeu enquanto seguia recolhendo um monte de documentos de sua mesa e os colocava no que deveria ser uma pilha. Micah olhou a pilha interminável de papeis e suspirou. A julgar pela altura da pilha, parecia que ia passar a maior parte do domingo classificando trabalhos ao invés de ler ou ver filmes antigos na televisão como havia planejado. Agarrou a pilha enorme e deslizou em sua desgastada maleta de couro, antes de dar a sua sala de aula um rápido olhar. Quem imaginaria que apenas quinze minutos atrás sua sala parecia como se tivesse sido atravessada por um furacão? Agora tudo estava guardado em seu lugar. As mesas estavam limpas, os lápis e papeis foram guardados, e quase tudo parecia impecável, até a segunda-feira quando tudo será retirado novamente. Micah vestiu sua jaqueta azul, pegou sua velha maleta, e saiu de sua sala de aula direto para o ar fresco de outono. Rapidamente se dirigiu ao seu Honda CRX vermelho de quinze anos de idade, e entrou. Pôs a chave, ligou o carro e olhou ao redor antes de sair. Depois, lentamente saiu do estacionamento, prendeu rádio e deslizou entre as estações até que encontrou uma música que gostava. A voz clara de Sarah McLachlan encheu o pequeno carro com sua presença. «Estás retirando os escombros… de seu sonho silencioso. “Estás nos braços de um anjo, onde poderás encontrar algum consolo.» Um pequeno sorriso se formou em seu rosto. Esta canção lhe lembra de seu próprio anjo imaginário, que via normalmente quando era um menino. Cada vez que se machucava ou tinha um mau dia, seu anjo estava ali. Durante anos manteve a presença de seu anjo em segredo. Seu anjo era seu melhor amigo e lugar onde encontrar conforto. Em seus momentos difíceis começou a procurar seu anjo. Dependia da presença de seu anjo e de seu apoio suave. Uma vez tentou falar com seu anjo, mas seu anjo balançou a cabeça tristemente e desapareceu. Depois disso, Micah parou de tentar comunicar-se verbalmente com ele, com medo de assustar seu anjo e afastá-lo, ou fazê-lo desaparecer de novo. Micah murmurava a canção enquanto as recordações de seu anjo dominavam sua mente. Seu anjo era o homem mais bonito que alguma já tinha visto. Tinha os olhos tão azuis quanto o mar mais claro, que ressaltavam em sua pele dourada. Seus lábios eram de cor rosa claro e pareciam suaves, e quando sorria era como se o sol aparecesse no céu. Seus olhos claros se acendiam e pareciam brilhar desde o interior. Tinha um cabelo longo e escuro que caíam em ondas suaves até abaixo da cintura: um marcado contraste com suas asas de cor brancapura, e a túnica de gaze reflexiva que cobria seu corpo. Micah nunca tinha visto essas asas afastadas de suas costas, mas tinha certeza de que se as abrisse, as asas facilmente tocariam em cada lado de sua sala de estar. Seu anjo era magnífico, e fazia-o sentir seu coração disparar, e feliz cada vez que olhava no rosto de seu anjo. Quantas vezes esperou que seu anjo abrisse suas asas e seus braços para oferecer-lhe algum conforto físico? Entretanto, nunca havia acontecido. Seu anjo somente flutuava perto, em silêncio, com um sereno sorriso em seu rosto bonito. Inclusive, mesmo sem nenhum consolo físico, o fazia sentir-se amado. À medida que envelheceu, as aparições de seu anjo se tornaram menos frequentes. Um dia depois de se graduar na escola secundária, saiu do armário diante de seus pais. Havia sido um dia difícil, e seus pais haviam expressado sua decepção e tristeza. Quando Micah foi para seu quarto para perder-se em seus pensamentos, nunca havia se sentido mais solitário em sua vida. Quando as lágrimas de frustração e desespero turvaram seus olhos, levantou seus olhos e viu seu bonito anjo flutuando a seu lado. Os olhos de seu anjo estavam cheios de amor e compaixão, e isso havia conseguido que nunca mais se sentisse dessa maneira. Sentiu o calor e o afeto desse olhar, e logo Micah foi capaz de relaxar e conciliar o sono, sentindo-se amado e aceito. Quando acordou, seu anjo tinha ido. Nunca voltou a ver seu anjo novamente. Durante os próximos dez anos, através de suas aflições e decepções, o procurava com a esperança de que seu anjo voltasse a aparecer, nunca aconteceu. Micah começou a duvidar de suas visões, começou dizer a si mesmo que tudo havia sido um sonho ou um amigo imaginário que havia conjurado em sua para enfrentar qualquer evento negativo que acontecesse com ele. Nunca disse a ninguém sobre seu anjo. Era seu segredo, somente seu. Quando Micah saiu da espiral de seus pensamentos, foi surpreendido por um enorme estalido. Sentiu que o volante começou a tremer, enquanto seu carro foi jogado para a esquerda. “Está brincando?” Gemeu, enquanto colocava sua maleta sobre seu ombro. Parou o som de emergência e saiu de seu carro. “Grande,” murmurou enquanto se aproximava de seu pneu dianteiro, e via que o metal quase tocava o solo. Observou cuidadosamente os outros carros enquanto se aproximava da parte traseira de seu carro e abria o porta-malas. Levantou a tampa e se inclinou para pegar a chave de roda, quando escutou o que soava com pneus chiando fortemente por trás dele. Teve tempo apenas para se virar e ver o que estava vindo, quando de lugar nenhum seu anjo apareceu em toda sua glória. Sentiu seu coração subir em sua garganta, quando sua vida passou diante de seus olhos. «Este é,» disse a si mesmo, «o dia em que vou morrer.» Capítulo Dois Sabia o que ia acontecer. Igual aconteceu com todas as almas antes dessa, havia sabido desde o segundo em que seu Doce havia sido concebido, qual seria o dia em que sua querida daria seu último suspiro. Realmente pensou que estava preparado para isso. Depois de tudo, havia tido anos para se preparar para este momento. No entanto, enquanto observava o SUV negro perder o controle, e deslizava na direção de seu Doce, reagiu por puro instinto. Afastou seu Doce do caminho da caminhonete para a segurança dos campos verdes, houve um golpe forte do grande veículo contra o carro de seu Doce que o mandou vários metros à frente. O som de metal e vidros quebrados encheu o ambiente. Os escombros voaram por todas as partes, mas não onde seu Doce estava. Seu Doce estava à salvo e o olhava com uma expressão atônita. “É você! Salvou minha vida!” Exclamou seu Doce enquanto tropeçava torpemente em seus pés, e ficava olhando-o com um olhar de reconhecimento totalmente emocionado. Observou seu Doce e sentiu um sorriso chegar a seu rosto. A cara de seu doce tinha perdido toda cor devido a emoção. Seus olhos castanhos estavam enormes o observava. Seu curto cabelo castanho estava despenteado em todas as direções, pelo que se via, ainda mais confuso do que realmente estava. Olhou para baixo e viu um rasgo no joelho da calça caqui de seu Doce. O resto de sua roupa estava desordenada, mas pensava que seu Doce nunca havia parecido melhor nesse momento. Estava vivo e isso era o que importava. No momento em que seu Doce deu um passo vacilante em sua direção, viu o motorista da caminhonete correr em direção a ele e começar a falar com seu Doce emocionadamente. Seu Doce rompeu o contato visual entre eles e olhou o homem alto, de pé junto a ele com um olhar quase irritado em seu rosto. Foi então que se deu conta do que tinha feito e o castigo que poderia obter. Um anjo nunca deveria interferir com a passagem das almas ao outro plano. Qualquer interferência poderiam trazer consequências muito graves. Sabia que era só uma questão de tempo até que o chamassem, e teria que dar explicações tanto para si mesmo, como para os demais por suas ações. Tinha pouco tempo para ficar. Esperava que fosse tempo suficiente para comunicar-se uma vez mais com seu Doce, antes que fosse obrigado a ir-se. A ideia de deixar seu Doce para sempre fez um nó se formar em sua garganta. Olhou uma vez mais a sua alma querida e desapareceu. Capítulo Três Micah estava em estado de shock. Agradeceu ao policial e desceu da viatura policial. A polícia havia sido suficientemente boa para lhe dar uma carona até sua casa, já que seu carro ficou imprestável. Micah apenas recordava do acidente. Se sentia como se fosse um sonâmbulo quando a polícia o informou, era como se estivesse vendo o incidente pela televisão, em vez de havê-lo vivido por si mesmo. Tanto ele como o condutor do SUV tiveram a sorte de sair ilesos. O oficial de polícia havia dito que era um milagre que sobrevivessem a esse acidente terrível. Micah sabia que tinha sido realmente um milagre. Graças ao seu anjo. Meteu a mão em seu bolso dianteiro e encontrou suas chaves. Com os dedos trêmulos, finalmente conseguiu pôr a chave na fechadura e abrir a porta. Entrou em sua pequena casa, em sua cozinha, onde jogou suas chaves em cima do balcão. De repente sentiu suas pernas como gelatina, e entrou em sua sala de estar onde se sentou em seu luxuoso sofá. Micah trabalhou duro para fazer de sua casa um santuário de comodidade. Sua sala estava decorada com tons ricos e ardentes, seu mobiliário era luxuoso e cômodo. Se sentia orgulhoso quando seus amigos e família vinham e lhe diziam que se sentiam como em casa. Micah não se sentia seguro nem cômodo agora. Ao reviver os incríveis acontecimentos, sentiu o ardor das lágimas enquanto girava os olhos para cima. Tomou uma respiração profunda e trêmula, secou os olhos com a manga de sua jaqueta jeans azul. Sabia que tinha que chamar sua família e amigos para dizer-lhes o que tinha ocorrido, mas a ideia de voltar a reviver o acidente tão imediatamente era o suficiente para que quisesse desmanchar-se. “Tudo vai ficar bem agora, meu Doce.” Uma profunda e melodiosa voz interrompeu o trem de pensamentos de Micah. Micah olhou com seus olhos cheios de lágrimas e viu seu anjo de pé na sua frente, com um olhar sereno sobre seu bonito rosto. Seu anjo lentamente estendeu sua mão e secou uma lágrima que escorria pela bochecha de Micah com seu dedo indicador. Seu toque era quente e acolhedor, tanto que Micah se pôs de pé e se lançou para o peito de seu anjo, envolvendo seus braços ao redor dele. Sentiu a sedosa túnica branca do anjo em sua bochecha enquantose agarrava a ele. Micah se sentia quente, braços fortes o rodeavam e a suavidade das grandes asas de seu anjo o fecharam dentro de um abraço como o que tinha sonhado desde que era menino. De imediato se sentiu reconfortado quando se aconchegou totalmente nos braços de seu anjo, tão perto quanto era humanamente possível. Em meio ao abraço de seu anjo, Micah se sentiu seguro pela primeira vez desde que seu anjo o havia empurrado fora do caminho para salvar sua vida. “Obrigado,” murmurou com a esperança de que este momento nunca terminasse. O sentimento de amor incondicional quase o deixou tonto. Levantou a cabeça, que havia estado posicionada no peito do seu anjo, e o olhou com amor e gratidão em seus olhos. Seu anjo o olhou e sorriu. Aqueles olhos azul-oceano se iluminaram enquanto lhe observavam. “Está a salvo agora, isso é o que importa.” Sua bonita voz fluía através de Micah para sua alma. Micah lhe sorriu e logo, uma vez mais, apoiou a cabeça no quente e firme peito, abraçando fortemente seu anjo. “Não posso acreditar que você está aqui. Havia me convencido de que você era um bonito sonho, ou um amigo imaginário que estava sempre comigo quando mais necessitava.” disse Micah enquanto seus dedos se deslizavam através do cabelo negro azeviche de seu anjo, Se sentia como a seda mais fina, enquanto deslizava entre seus dedos. Seu anjo não disse nada, mas seguiu segurando Micah apertado como se fosse a coisa mais preciosa do mundo. “Sempre tem estado ali pra mim, não é verdade? Sempre senti sua presença comigo. Através dos bons e maus momentos, você tem sido meu protetor e amigo. Obrigado por isso.” Disse em voz baixa enquanto olhava para seu anjo e lhe sorria timidamente. Os olhos do anjo ardiam brilhantes enquanto lhe olhava, e deu a Micah outro impressionante sorriso que fez seu coração bater mais rápido enquanto lhe devolvia o sorriso. “Se sente melhor agora, Doce?” Lhe perguntou o anjo no momento em que levava suas mãos ao redor do rosto de Micah. Assim que o anjo tocou sua pele nua, Micah sentiu que seu corpo se derretia de prazer. Nunca, nem em um milhão de anos, acreditaria que estaria de pé, no meio de sua sala de estar, envolto nos braços do único homem que fazia com que todos os demais homens empalidecessem em comparação. Nesse momento, Micah soube porque os poucos relacionamentos que havia tentado nunca haviam funcionado. Tinha comparado todos o homens com o anjo que agora lhe sustentava em seus braços com tanto carinho. “Muito melhor agora que você está aqui.” Micah respondeu com seus olhos correndo pela impressionante face do anjo. Sentiu que as asas que o haviam envolvido de maneira segura se deslizavam suavemente afastando-se, regressando para as costas do anjo. Imediatamente lamentou a perda do calor que lhe brindaram, por isso se agarrou com força a seu anjo, quando ele estava à ponto de retirar seus braços retornando-os a ambos os lados de seu corpo. Os olhos de Micah nunca abandonaram a face de seu anjo. Temia piscar com medo que seu anjo desaparecesse novamente. “Venha Doce, deve se sentar e descansar.” Seu anjo amavelmente se afastou de Micah, que desesperou, o levando ao sofá e convencendo-o a sentar-se. Micah se sentou no sofá de má vontade e permaneceu olhando inquieto ao anjo. —Seria nesse momento que seu anjo desapareceria novamente?— sentiu as lágrimas brotando de seus olhos e sua visão ficou turva. Tomou uma respiração entrecortada e esticou os braços para seu anjo. Micah se sentia perdido sem a comodidade dos braços de seu anjo e lutou contra o impulso de chorar de saudades. “Não se desespere meu Doce, não te deixarei sozinho esta noite.” Seu anjo lhe alcançou com sua mão, e com a ponta de seus dedos, suavemente enxugou uma lágrima que tinha escorrido sobre uma das bochechas de Micah. Levantou a mão até sua boca e provou a umidade com sua língua. Aqueles olhos azuis se fecharam e uma expressão de puro êxtase brilhou em sua face. Micah não havia visto nada mais erótico em sua vida. Apesar de Micah sentir um alívio imediato pelas palavras do anjo, se retorcia para manter sua excitação sob controle, e não envergonhar a si mesmo diante do homem a sua frente. “Qual é o seu nome?” Micah perguntou, fazendo seu anjo afastar-se de sua fantasia e que os olhos azuis se centrassem sobre ele mais uma vez. O anjo o olhou interrogativamente sem dizer nada. “Não tem um nome pelo qual te chamam?” O anjo lhe olhou sem nenhuma expressão por um momento, e logo em voz baixa disse: Noah. Me chamo Noah. Noah. Como na ‘Arca de Noé1’? Este era você? Micah perguntou emocionado. Noah levantou as sobrancelhas e um olhar de diversão se desenhou em sua face. “Não quero te decepcionar, Doce, mas não. O Noah do qual falas foi um grande homem que viveu faz muitos séculos. Eu sempre fui um guardião dos homens, já que para isso fui criado.” “Assim que você é o que chama de Anjo da Guarda, verdade?” Micah tirou seus sapato, dobrou seus joelhos, e puxou suas pernas para seu peito. Se sentou com com o queixo apoiado em seus joelhos e envolveu os braços ao redor de suas pernas, olhando para Noah com expectativa. Por um momento, um olhar melancólico apareceu na face de Noah. Antes que Micah pudesse fazer um comentário a respeito, a expressão de Noah mudou rapidamente e ele sorriu suavemente para Micah. “Sim, tenho cuidado de muitas almas desde que o homem caminhou sobre a Terra. Para isso fui criado.” Micah viu as asas de Noah começarem a brilhar, e no instante seguinte desapareceram. Noah caminhou até o sofá e se sentou. Suas mãos descansavam sobre seu colo e cuidadosamente apoiou suas costas no encosto do sofá, como se ainda esperasse que algum obstáculo o impedisse. Micah se aproximou mais de Noah até os lados de ambos os corpos se tocaram. Olhou para Noah e sorriu quando Noah abriu os braços para ele. Micah inclinou seu corpo para junto de Noah apoiando a cabeça em seu ombro. Noah envolveu seus braços ao redor de Micah e puxou ele para seu colo. Os braços de Micah se envolveram ao redor de Noah e se sustentaram um ao outro durante vários minutos, como se ao falar esse vínculo entre os dois se romperia. Micah respirou fundo e inalou o aroma de seu anjo. A encantadora fragrância de incenso com um toque de baunilha cobriu seus sentidos. Agora que finalmente estava tocando Noah, Micah sabia que não podia aproximar-se o suficiente dele. Orou em silêncio para que o tempo deles juntos nunca se acabasse. Noah suavemente se afastou de seu abraço o olhou. Seu anjo se inclinou e com ternura apertou seus lábios suaves contra os de Micah em beijo doce e casto. Justo quando pensava em tratar de aprofundar o beijo, Noah se afastou e apoiou sua testa contra a de Micah, sorrindo-lhe com carinho. Noah deslizou seus dedos pelo suave cabelo de Micah e seus lábios se encontraram novamente com os dele. Beijou suavemente os lábios de Micah e movendo sua boca até os olhos fechados de Micah, beijou suas pálpebras e as bochechas voltando novamente aos seus lábios. Micah sentiu seu coração bater com força dentro do seu peito, quando sentiu os beijos de Noah em sua face. Era a mais sensual e carinhosa carícia que havia sentido em toda sua vida. Apesar de os beijos eram castos e doces, Micah não havia sentido mais carinho e amor que neste momento. Micah deslizou suas mãos até o peito de Noah e em volta do pescoço do anjo. Seus dedos esfregaram a suave e puxou Noah para outro doce beijo. Os lábios cheios de Noah se sentiam suaves e quentes contra os seus. Necessitando provar a delicada boca de seu anjo, Micahdeslizou sua língua sobre os lábios suaves de Noah, tratando de animar seu anjo a aprofundar o beijo. Noah ficou rígido em seus braços, mas depois de uns minutos, abriu a boca e permitiu que Micah cuidadosamente deslizasse sua língua. Noah saboreava vagamente como menta com um toque de canela. Era delicioso, e Micah sabia que nunca cansaria de prová-lo. Micah deslizou sua língua ao redor da boca de Noah quando se apertou mais contra o calor e comodidade do corpo de seu anjo. Sentiu mais que ouviu que Noah gemia justamente antes de voltar seu abraço mais forte, e começar a deslizar sua língua com um pouco mais força contra a de Micah. Quando o beijo se fez mais apaixonado os sentidos de Micah se sobrecarregaram com a presença de Noah. O calor de Noah, textura sedosa de seus cabelos contra seus dedos, os doces gemidos que chegavam aos seus ouvidos, e o delicioso calor de sua boca foram para empurrar Micah para loucura. Se afastou o suficiente para passar a perna por cima de seu anjo, para que pudesse aproximar- se ainda mais e aprofundar a conexão. Micah apertou sua ereção contra o forte estômago de Noah e gemeu quando começou a mover-se contra ele. Noah pôs as mãos na parte posterior da cabeça de Micah e o agarrou pelo cabelo, puxando suavemente sua cabeça para trás, desenganchando suas bocas quando começou a beijar e chupar o pescoço de Micah. Levantou a parte inferior de seu corpo e começou a esmagar sua própria ereção contra Micah, quase freneticamente. Micah gemeu ao sentir suas bolas se apertando, e seu estômago tremulando com um desejo profundo. Um arrepio correu por sua pele e ofegou com exitação quando os dois eixos se encontraram apaixonadamente. Sentiu a cor do desejo cobrir seu corpo e a temperatura do quarto se elevar dez graus, causando um ligeiro suor em sua fronte e suas costas. Ninguém o tocava tão profundamente quanto seu anjo o fazia. Nenhuma carícia de nenhum outro homem poderia se comparar com a paixão e o amor que sentia ao encontrar-se nos braços de Noah. Sabia que isto era o que faltava em sua vida. Esta bonita e espiritual conexão que sentia naqueles braços que lhe sustentavam tão reverentemente não podia ser arruinada por nenhum outro homem. Micah afastou os lábios de Noah de seu pescoço e juntou suas bocas em um beijo apaixonado. Noah seguiu movimentando a parte inferior de seu corpo contra ele enquanto beijava Micah com uma intensidade emocional que Micah nunca havia sentido. E nesse momento, Micah soube que este era o lugar aonde que pertencia, nos braços de Noah, para sempre. Capítulo Quatro A boca de Micah estava lhe deixando louco. Nunca antes havia sentido o explosivo desejo que sentia por Micah. Apesar de que não eram comuns, as relações sexuais não estavam proibidas para os anjos. Amor e sexo, eram os maiores presentes que ELE havia outorgado à suas criações, porém Noah nunca havia sentido o desejo para participar de uma relação física com um companheiro, e muito menos com um ser humano. Além do mais, estar com um ser humano era contra as regras de um guardião, e aí estava, não só rompendo uma, mas duas regras em uma só noite. Noah sabia que irá severamente castigado por suas ações esta noite. Tinha que parar isto antes que perdesse o controle mais do que já havia perdido. Contudo, o calor e a paixão que sentia nos braços de Micah, e a doçura de sua boca, fazia mais difícil para ele se afastar. Ofegou ao sentir Micah mover seu corpo sexy contra o seu. Tinha que deter isto antes que fosse demasiado tarde para ambos. Tomou até a última gota de força de vontade que havia em Noah afastar sua boca de Micah. Olhou abaixo aos grandes e marrons olhos de Micah, a seus brilhantes e suaves lábios, e lutou contra o impulso de apertar novamente seu Doce dentro de seu abraço e beijá-lo até que ambos estivessem sem ar pelo desejo. Sentia as mãos de Micah deslizar por seu cabelo. Ao que parece seu cabelo era o que mais fascinava Micah. Observou Micah levantar uma mecha, levá-lo ao seu nariz e inspirar profundamente. “Você cheira tão bem, Noah. Quero puxá-lo para baixo e ver se saboreia tão bem quanto cheira.” Micah deixou cair a mecha de cabelo, se inclinou para frente, e começou a mordiscar suavemente seu pescoço. Noah se ouviu gemer e sua cabeça caiu contra o encosto do sofá espontaneamente para dar a Micah um melhor acesso a seu pescoço nu. A boca quente de Micah se sentia bem contra sua pele. Quando sentiu Micah chupar suavemente seu pescoço enquanto suas mãos viajavam através de seu peito, um estremecimento involuntário atravessou o corpo de Noah. Queria a seu Doce, mas sabia que isto tinha que parar. “Micah...” Ele conseguiu gemer em uma voz que era muito mais profunda do que o normal. Micah levantou a cabeça e olhou para Noah com os olhos cheios de desejo insatisfeito. Um olhar de prazer cruzou a face de seu Doce enquanto lhe sorria. “Esta é a primeira vez que você fala meu nome. Acredito que posso me tornar um viciado em ouvir meu nome em seus lábios,” disse Micah quando chegou acima e traçou ligeiramente os lábios de Noah com seus dedos. Os magníficos olhos marrons se iluminaram desde o interior, olhando-o com adoração. Alguns momentos mais tarde, seu Doce deslizou a mão por trás do pescoço de Noah e juntou suas bocas novamente. Noah gemeu sem poder fazer nada contra os apaixonados beijos de Micah cada vez que pressionavam seus lábios e línguas. Queria estar nos braços desse homem por toda a eternidade. Noah se permitiu desfrutar e participar dos beijos cada vez mais quentes de Micah antes de afastar-se de Micah uma vez mais. “Micah... não podemos fazer isso. Não é permitido,” conseguiu dizer com a voz entrecortada. Micah o olhava com confusão em seus olhos e se aproximou novamente. Noah sacudiu a cabeça e levantou Micah afastando-o de seu colo e sentando-o ao seu lado no sofá. Se levantou e se aproximou da janela para olhar o céu noturno. Ouviu Micah levantar-se do sofá, caminhar com passos silenciosos até estar atrás dele. “Noah, não entendo. O que quer dizer com não é permitido?” Escutou a voz suave de Micah por trás dele. Noah fechou os olhos com angústia e respirou fundo para conseguir manter o desejo e a confusão emocional sob controle. “Um guardião e um humano não podem estar juntos, é contra nossas regras. Eu já quebrei uma regra hoje, não posso quebrar duas. Se o faço, terei consequências ainda maiores por minhas ações, mais do que as que já vou ter.” Disse Noah. Apoiou sua testa contra o vidro frio da janela, e fechou os olhos esperando a reação de seu Doce. “De que diabos você está falando? É proibido que você esteja comigo? Porquê? Tenho te amado por toda minha vida, Noah. Como pode isso estar de qualquer maneira contra suas ‘regras’? O amor é uma coisa sagrada e bonita que deve ser celebrada pelo dom que é. Não deveriam celebrar nossos sentimentos em vez de vê-los como errados?” O tom de Micah começou alto, quase enojado, mas à medida que sua declaração continuou, se converteu quase a um sussurro confuso, e Noah teve que se esforçar para escutar suas últimas palavras. Sentiu os braços de Micah envolver sua caixa torácica, quando seu Doce lhe abraçou por suas costas. Podia sentir o corpo de Micah contra o seu, e sua respiração quente entre seus ombros. Noah negou com a cabeça e tremeu com as palavras de Micah. Tudo que Micah havia dito estava correto, mas continuava sendo contra as regras estarem juntos, sem importar quão lógico Micah havia sido. “Micah...” Noah disse em vozbaixa, tirando os braços do homem menor e dando a volta para enfrentá-lo. A expressão triste e confusa de Micah, fez doer seu coração. “Você está certo. O amor é algo belo e deveriam alegrar-se. Realmente é o melhor presente com o qual ELE nos abençoou. Contudo, nós guardiões temos regras que devem ser cumpridas, e somos castigados quando as quebramos.” Micah ficou muito quieto, e seus olhos se arregalaram quando finalmente as palavras de Noah penetraram em seu interior. “Espera, o que você quis dizer com já rompi uma regra esta noite? Que regra?” Micah visivelmente tragou o ar, e um olhar de medo cruzou seu rosto. Noah não disse nada quando o alcançou, aconchegando a face de Micah em suas mãos, e sorriu-lhe em consolo. Um olhar de estupefação cruzou as feições de Micah, e seu rosto perdeu toda cor. Micah se afastou e deu um passo para trás enquanto negava freneticamente com a cabeça. “Não, não... Não! Não você não fez! Era suposto que eu seria atropelado por esse carro e morreria esta noite, não era? Me empurrou fora do perigo, colocando em perigo sua própria existência, porquê? Porquê você faria algo assim?” Noah não disse nada enquanto trazia seu Doce contra ele em um forte abraço. “Porquê? Não te entendo, Noah.” Micah soluçava, as lágrimas correndo livremente por suas bochechas. Agarrou-se a Noah com força como se estivesse com medo de deixá-lo ir. Noah ficou em silêncio por um momento, buscando as palavras adequadas para explicar suas ações para sua alma amada. “Micah, desde o momento em que você nasceu, eu tenho conhecimento do seu destino. Tenho te observado desde que a primeira respiração entrou em seu corpo, assim como todos os seus êxitos e seus fracassos. Tem sido minha alegria e felicidade há muitos anos. Isso por si só é proibido. Não se supõem nos envolvermos emocionalmente com nossas almas. Somente vigiar, orientar e informar. Somos nós quem os guiamos para sua outra vida, em todas as circunstâncias. Interferi com seu destino esta noite, e por isso aceito meu castigo. Não posso ver a pessoa que amo morrer, não importa o quanto me disse que estava preparado para esse momento. Reagi por instinto, e meu instinto me disse para te salvar. Não me arrependo disso, sem importar o que me aconteça,” Noah sussurrou, suas mãos esfregavam as costa de Micah para cima e para baixo com doçura. Finalmente levou o angustiado homem de seus braços para poder olhar na face de seu Doce. Seu coração estava ferido por ver Micah tão ferido e dolorido. Micah olhou-o com olhos cheios de lágrimas. “O que vai te acontecer? Não vão te afastar de mim, não é?” Noah não disse nada. Negou com a cabeça e enxugou as lágrimas que caíam dos olhos de Micah. “Não vai me dizer. Diga-me, é porque você não quer ou é outra regra ridícula que você deve seguir?” Micah perguntou enquanto se afastava de Noah e envolvia seus braços ao redor de si mesmo, tratando de consolar-se. Se virou bruscamente e se dirigiu ao sofá. Uma vez que estava ali, praticamente caiu sobre ele. Foi óbvio para Noah que seu Doce estava física e emocionalmente esgotado. Noah olhava para Micah com seus olhos azuis em silêncio, Sentindo um nó na garganta porque sabia que foi ele o causador da dor que seu amado Micah sentia e não havia nada que pudesse fazer a respeito. Micah respirou fundo e secou seus olhos. Olhou para Noah e estendeu uma mão para ele. Noah lutou contra o impulso de chorar e agradeceu que pudesse manter suas emoções para si mesmo enquanto estava na presença desse maravilhosos homem. A última coisa que Micah necessitava era ver o grau de preocupação e mal estar que realmente sentia. Noah se aproximou de Micah e pegou sua mão suave. Permitiu que Micah o puxasse para baixo. As lágrimas fizeram sua visão ficar nublada, e Noah piscou rapidamente para mantê-las sob controle. Sinto muito, Noah. Sempre esteve aqui para mim. Você é meu amigo, meu confidente, meu consolo e meu sonho favorito. Acabei de te encontrar, somente para te perder outra vez. Sei que as consequências devem ser graves já que você não me diz quais são. Tenho a sensação que esta será nossa última noite juntos, e a ideia de não a te ver me apavora. Aprecio o sacrifício que você fez por mim, mas por outro lado, também estou com raiva. Micah se recostou e olhou em seus olhos. Se aproximou e começou a jogar com os cabelos de Noah, suas mão precisavam se concentrar em alguma coisa enquanto falava com sua mente. “De alguma maneira, foi algo injusto. Não estou dizendo que quero morrer, mas agora vou ter que viver sem você o resto da minha vida, tão longa quanto ela seja.” Noah olhou para Micah e assentiu com a cabeça. Não podia encontrar sua voz através do nó em sua garganta. Micah estava certo. Havia tomado o destino em suas próprias mãos, e agora os dois sofriam por suas ações. Micah olhou para Noah e suspirou. “Te amo, Noah. Quero que você seja honesto comigo. Acredito que eu mereço. Quanto tempo temos para estar juntos?” “Esta noite, terei que ir-me quando o sol nascer.” Noah beijou a testa de Micah ternamente. Micah assentiu com a cabeça, se inclinou e tocou os lábios de Noah em um suave e doce beijo. Se afastou e apoiou a cabeça no ombro de Noah. “Está bem. Beije-me e oremos que esta noite nunca termine.” Lhe sussurrou docemente e lhe abraçou com força. Capítulo Cinco Ao longo de toda noite, Micah e Noah se agarram fortemente um ao outro. Nem uma vez afastaram os olhos um do outro, e falaram da infância de Micah. Ainda que falaram das recordações felizes, Micah disse a Noah o muito que sua presença o tranquilizou quando tinha um mau dia ou quando necessitava de um amigo em quem se apoiar. Houve lágrimas assim como risos, mas cada um se recordava com carinho. Micah nunca lhe perguntou sobre as outras pessoas que havia cuidado. Tinha a sensação de ao falar das demais pessoas que cuidava, ou de qualquer outra coisa de seu trabalho, estariam quebrando outra das regras que Noah tinha que cumprir. Em seu lugar, Micah descobriu pequenas coisas sobre ele, como sua cor preferida, e o século que menos gostava. Descobriu que os anjos podiam tocar todos os instrumentos, mas que Noah preferia o piano. Não lhe surpreendeu que seu anjo podia falar todas os idiomas fluentemente, podia falar inteligentemente sobre as artes, e sabia sobre quase todos os eventos atuais. Enquanto a noite avançava, acabaram na cama de Micah completamente vestidos. Micah se aconchegou contra Noah, sua cabeça estava no ombro de seu anjo. A comodidade e o calor do corpo de Noah fazia com que Micah se sentisse mais relaxado do que jamais esteve antes. Se sentia tão quente e seguro. Quando os eventos do dia o apanharam, lhe foi difícil manter os olhos abertos. “Tens que descansar, Doce.” ao mesmo tempo que esfregava suas mãos quentes pelas costas de Micah, ternamente. “Não quero. Quero ficar contigo.” Micah respondeu sonolento e se enrolou ainda mais contra Noah, sustentando-o com força. “Micah...” Noah começou. Micah se levantou do lugar onde estava, olhou em seus olhos azuis e negou com firmeza. “Não, Noah não quero perder um único momento que temos juntos. Posso dormir mais tarde.” Noah lutou para evitar de sorrir pela obstinação de Micah. Mal sabia seu Doce que o conhecia como a palma de sua mão. “Como quiser, Micah. Eu te disse que os anjos podem cantar?” Os olhos cor de chocolate de Micah se arregalaram e os cantos se enrugaram um pouco quando lhe sorriu. Noah lhe devolveu o sorriso e continuou esfregando suavemente as costas de Micah. Em pouco tempo, a cabeça de Micah retornouao seu lugar de descanso em seu peito, e Noah começou a cantar uma velha canção numa língua antiga sobre encontrar o verdadeiro amor. Tão pura quanto Noah, a voz lírica se apoderou de Micah, enchendo-o de felicidade. Nunca havia escutado uma voz tão clara e melodiosa. Tão bonita quanto o próprio Noah. Enquanto Noah contava baixinho, Micah brincava com o suave cabelo de Noah. Rapidamente seus olhos voltaram a fica pesados, e em poucos minutos estava dormindo enrolado contra anjo, com o cabelo de Noah agarrado fortemente em sua mão. Noah escutou a respiração profunda de Micah. Continuou murmurando em voz baixa enquanto acariciava o curto cabelo castanho de Micah. Se negou a pensar no que aconteceria com ele nas próximas horas. Decidiu aproveitar cada minuto que tinha com seu amado. As horas passavam, e Micah dormia profundamente. Uma vez se enrolou mais perto de Noah, mas nunca soltou as mechas de seu longo cabelo. Noa estava contente com Micah, até que sentiu os primeiros tons do amanhecer. Noah soube que seu tempo chegava ao seu fim, pelo que contemplou o rosto dormindo de Micah, memorizando cada facção de seu Doce. Minutos mais tarde, Noah afrouxou o agarre de Micah sobre seu cabelo e lentamente deslizou afastando-se. Micah gemeu e se encolheu como uma bola, como se estivesse tratando de consolar a si mesmo. Noah ficou olhando-o por um longo tempo. Observando a forma dormida de Micah. Se debatia entre despertar seu Doce ou deixá-lo descansar em paz. Ficou olhando-o com uma forte dor em seu coração. A chamada foi mais forte, e ele afastou o olhar de Micah, deixando sua cabeça cair em derrota. Noah escutou um forte grito, e se virou para ver Micah sentar-se erguido na cama com um olhar de terror em seu rosto. “Não, Noah... por favor, não me deixe!” Micah gritou enquanto se lançava da cama com suas mãos e regaço para se aproximar de Noah. Noah estendeu os braços e Micah se lanço neles. “Me leva contigo, Noah! Não me deixe nesse mundo sem você!” Micah declarou quando levantou a vista com os olhos chorosos para Noah. Noah engoliu suavemente e lhe deu um doce sorriso, seu rosto estava sereno. “Micah, meu Doce, você é forte. Vai sobreviver. Vai encontrar a felicidade que merece, eu prometo.” Micah viu um leve flash, e asas brancas apareceram uma vez mais para envolver-se ao seu redor, fazendo com que Micah se sentisse quente e amado. “Agora tenho que ir-me, meu Doce Micah. Não chore por mim. Se tivesse que escolher, faria tudo de novo, só para ter a oportunidade de te ter entre meus braços.” Noah se inclinou para baixo e beijou suavemente os lábios de Micah antes de se afastar. “Te amo, Noah. Você sempre terá meu coração e será o guardião de minha alma,” sussurrou Micah com lágrimas rodando lentamente sobre suas bochechas. “Eu também, sempre te amarei... meu amado Micah.” Noah respondeu com um sorriso carinhoso. Micah viu como todo o corpo de Noah brilhava como ouro branco, e brilhantes cores iridescente. Micah nunca afastou seus olhos de seu anjo, mas antes de Micah tomar sua próxima respiração, ele já tinha ido. Micah ficou por alguns instantes olhando para o espaço vazio onde Noah havia estado parado. Deu alguns passos para trás e pouco a pouco se recostou na cama. Pegou a almofada onde a cabeça de Noah havia descansado e a abraçou contra seu peito. Pela primeira vez em sua vida, Micah se sentia só. As lágrimas fluíram abertamente de seus olhos, tanto por temor ao castigo de Noah, como pelo desespero da saudade que lhe esmagava. Por último o esgotamento tomou o controle e Micah caiu dormindo sem sonhar. Capítulo Seis Micah despertou com o barulho da campainha de sua porta tocando. Ainda agarrado com a almofada de Noah, ficou na cama vários minutos com a esperança de que quem estivesse na porta desistisse e fosse embora. Não estava com humor para comprar bolinhos de meninas escoteiras, ou ter companhia. Precisava ficar sozinho para chorar, e a última coisa que queria fazer era fingir que estava bem. A campainha voltou a soar. Amaldiçoando em silêncio para si mesmo, jogou as cobertas longe dele e se dirigiu lentamente para a sala. Talvez se não se apressasse, quem quer que fosse se daria por vencido. A campainha voltou a soar, e depois uma vez mais. “Quem é?” Ele conseguiu esticar-se enquanto se apoiava contra a porta principal. Não houve resposta. Micah encolheu os ombros, se afastou da porta e se dirigiu até a cozinha. Precisava de uma taça de chá quente, o mais forte possível. A campainha soou novamente, seguido de uma batida leve. Micah deu a volta e caminho até a porta, decidido a dizer a quem quer que fosse para ir embora. Abriu a porta com um só golpe e ficou por um longo tempo em silêncio. Era seu Noah, mas parecia diferente de alguma maneira. Estava ali, de pé com um sorriso torto em seu rosto, usava um apertado jeans desbotado e uma camiseta azul-escura que estava coberta com o que parecia ser uma jaqueta marrom de couro muito bonita. Seu cabelo estava preso em uma trança solta que caía sobre seu ombro quase até a cintura. Em uma mão tinha uma velha maleta de cor azul, e na outra trazia um ramo de brilhantes tulipas vermelhas. Parecia impressionante. Noah deixou a maleta no chão e estendeu os braços para Micah. Micah gritou de alegria e saltou para seus braços. Envolveu seus braços e pernas ao redor do corpo firme, e Noah se agarrou a ele com força. “Oh, meu Deus, Noah! Pensei que nunca mais te veria de novo,” exclamou emocionado quando se afastou o suficiente para encher a cara de Noah com suaves e rápidos beijos. Noah começou a rir e se agarrou a Micah com seus braços fortes. Micah sentiu um prazer tão grande como nunca havia experimentado em toda sua vida. Noah estava aqui, tudo ficaria bem. “O que aconteceu? Você está bem? Você veio para ficar?” A voz emocionada de Micah soava no ar fresco da manhã. Noah assentiu e beijou suavemente os lábios de Micah. Micah continuou beijando os lábios de Noah suave e docemente. Sabendo que precisava entrar, Noah acomodou sua maleta no apartamento de Micah com o pé, e caminhou sustentando Micah fortemente em seus braços. Micah se aproximou, fechou a porta, e deu a Noah outro doce beijo antes de sussurrar ao seu ouvido: “Te amo.” E logo uniu seus lábios novamente. As flores que Noah segurava caíram no chão silenciosamente. Agarrou Micah com mais força e deslizou sua língua na boca de Micah. Micah lhe devolveu o beijo com uma paixão desenfreada que Noah nunca havia experimentado em sua longa vida. Sentia a exitação de Micah pressionando-se contra seu estômago, e Noah sentiu seu próprio pênis pressionando-se incomodamente cotra a braguilha de seu jeans, Moveu a mão para baixo alcançando seus suaves e curvados glúteos e o levantou um pouco para que ficassem alinhados. Noah sentia Micah esfregar seu corpo menor contra o seu próprio, criando uma deliciosa fricção. Noah afastou sua boca da boca de Micah e tentou obter sua respiração de volta ao ritmo normal. A boca de Micah viajou dos lábios de Noah até um lado de seu pescoço e começou a chupar suavemente. Arrepios corriam pelo corpo de Noah e ele gemeu. “Humm... alguém gosta que beijem seu pescoço. Murmurou Micah. Deslizou a língua pelo pescoço de Noah e lambeu a curva exterior de sua orelha. Soprou suavemente ali e voltou a jogar com o sensível pescoço de Noah. “Bebê, você está me matando,” ofegou Noah enquanto continuava esfregando sua ereção muito dura contra Micah. A boca de Micah deixou de atormentaro pescoço de Noah. “Me leva para a cama, Noah, preciso de você,” Micah sussurrou, sua voz estava rouca de desejo. Noah olhou para Micah, observando que seus olhos marrons se iluminaram com necessidade e paixão. Suas bochechas estavam coradas pela exitação e seus lábios inchados pela força de seus beijos. Noah gemeu e se dirigiu para o quarto de Micah, ainda com seu amado em seus braços. A boca de Micah voltou a atormentar seu pescoço e sentiu que os dedos de seu Doce removiam o laço de couro de seu cabelo. Micah suavemente começou a destrançar o cabelo de Noah. Micah soltou seu cabelo e correu os dedos entre eles antes de chegar a cama. Noah deixou Micah ali. Noah rapidamente tirou sua jaqueta e começou a retirar sua camisa. “Espera, tenho sonhado com isto quase toda minha vida. Agora finalmente te tenho, quero te ver, te tocar... Me permite que te dispa?” Micah se sentou e pôs a mão sobre o peito de Noah. Noah assentiu, soltou sua camisa e pôs as mão no rosto de Micah. “Sou teu Micah. O que você quiser, você terá.” Micah sorriu e saiu lentamente da cama. Deslizou sua mão por baixo da camisa de Noah. A pele de Noah se sentia firme e quente sob seus dedos. Levantou a camisa de Noah, tirando-a, e jogou no chão. O peito de Noah era delgado e ligeiramente musculoso. Não tinha pêlos no peito e seus mamilos cor-de-rosa estavam eretos sob suas carícias. Micah se inclinou, deslizou sua língua por um mamilo de Noah e começou a jogar com ele. Noah gemeu e levou suas mãos até pousá-las na parte de trás do pescoço de Micah para puxá-lo mais perto. Micah abriu a boca e chupou o mamilo de Noah. Noah deixou cair a cabeça para trás, fazendo com que seu rico cabelo deslizasse por suas costas. “Isso se sente muito bom, Micah,” Noah gemeu. Micah se afastou do muito ereto mamilo de Noah, e começou a trabalhar no outro. Noah ofegou e seus dedos deslizaram pelo suava cabelo de Micah. Olhou para baixo e viu os lábios de cor rosa escuro, chupar seus mamilos. Noah quase gozou nesse momento. Mordeu seu lábio inferior e fechou os olhos quando seu corpo começou a tremer por causa do intenso prazer nunca antes conhecido. Micah olhou para cima para ver uma expressão de puro êxtase cruzar a face de Noah. Noah era um homem verdadeiramente bonito, mas essa expressão fez com que Micah o desejasse ainda mais. Seus dentes mordiam seu lábio inferior e seu cabelo negro caía em grossas ondas por suas costa. Tinha os olhos fechados, mas era como se soubesse que Micah lhe olhava, porque abriu seus olhos azul-oceano e olhou para baixo. Suas pupilas estavam dilatadas e cintilavam desde dentro. Se olharam um ao outro com amor e devoção em suas faces por um momento. Noah levou suas mãos para baixo e lentamente foi tirando a camisa de Micah. Olhou o corpo de Micah e a admiração encheu suas feições. Micah sabia que não estava construído como Noah, mas Noah parecia estar feliz com o que via. Seu peito mais delgado quase não tinha pêlos, e seus mamilos, que tinham um bom tamanho, ficaram eretos sob o olhar agradecido de Noah. Noah passou as mãos reverentemente sobre seu peito por uns momentos, e logo as deslizou para as calças de Micah. Seus dedos alcançaram o vulto proeminente de sua entreperna. Esfregou a ereção e Micah sentiu que seus quadris se moviam contra as mãos de Noah sem poder fazer nada quanto a isso. Seu homem bonito sorriu quase perversamente enquanto deslizava lentamente sua mão sobre o jeans caqui de Micah e o retirava com dedos confiantes. Uma vez que os jeans estavam abertos, caíram ao solo por sua própria vontade. Micah sentiu a ponta de seu pênis molhar-se com pré-sêmen, enquanto os dedos de Noah deslizavam pela cintura de sua boxer e suavemente a abaixou deixando livre seu pênis. Micah se pôs diante de Noah, tremendo de expectativa e desejo. Noah olhou para o corpo de Micah e gemeu um agradecimento. “Tu és verdadeiramente o homem mais belo em que eu já pus meus olhos, Doce” murmurou ao chegar ao pênis duro de Micah, esfregou a cabeça da ereção de Micah com o polegar, fazendo Micah tremer, e logo começou a acariciar seu eixo muito exitado com movimentos lentos, tentadores. Micah lutou contra a necessidade de chegar ao orgasmo. Com seus dedos trêmulos, desabotoou o jeans de Noah e deslizou para baixo de seus quadris, deixando-os em seus tornozelos. Diferente de Micah, Noah não usava roupa íntima por baixo do jeans. Micah olhava para a ereção de Noah. Estava orgulhosa, levantando-se contra seu estômago. A cabeça estava úmida com pré-sêmen e surpreendentemente não tinha pêlos, isso lhe dava o aspecto de mais longo e grosso. A boca de Micah se encheu d’água diante da vista. Se inclinou e beijou suavemente os lábios de Noah antes de se ajoelhar e lhe tirar os sapatos seguido por seu jeans. Micah olhar para o bonito corpo de Noah e sorriu. Não podia acreditar que seu anjo estava ali com ele. Sabia que era um homem de muita sorte. Olhou para a magnífica ereção diante dele e estendeu sua mão quente até Noah, acariciando as bolas sem pêlos suavemente. Se inclinou para frente e inalou o aroma de Noah. Cheira a limpo, e um pouco de baunilha com o almíscar de um homem muito exitado. Os quadris de seu anjo se moveram bruscamente e sentiu os dedos de Noah acariciar seu cabelo. Micah se inclinou lambeu a cabeça do pênis de Noah com a ponta de sua língua. Noah tinha um sabor limpo e ligeiramente salgado. Era delicioso. Micah lambeu todo o caminho para baixo, e pôs sua boca sobre uma das bolas de Noah chupando-a levemente. “Micah! Isso se sente tão bom! Não deixe... não se detenha” ouviu a voz lírica de Noah cantar. Micah agarrou a base de seu próprio pênis e apertou, tentando baixar o nível de sua própria exitação. Micah moveu lentamente a boca longe das bolas de Noah e lambeu o pênis desde a base até a ponta. Abriu a boca, engoliu o eixo e chupou. Agarrou a parte inferior do pênis de Noah com sua mão livre movendo para cima e para baixo combinando com o ritmo dos movimentos de sua boca. De acordo com os gemidos que seu amante estava fazendo, era evidente que estava desfrutando tanto quanto Micah estava. As bolas de Noah se apertaram contra seu corpo e ele soube que não passaria muito tempo antes que o gozo estourasse. Apesar de amava a boca de Micah, queria estar dentro de Micah e fazer amor com ele, tal como havia imaginado centenas de vezes. Se afastou da talentosa boca de Micah e ouviu um suave ‘pop’.” Noah olhou para o homem que havia amado durante tanto tempo, e se agachou puxando-o para ficar sobre seus pés. Gentilmente o beijou, e convenceu Micah a ir para a cama macia. Micah se aproximou da mesinha ao lado da cama, pegou uma garrafa muito usada de lubrificante e um preservativo. Noah negou com a cabeça e sorriu amorosamente. “Nós não necessitamos de preservativo, Micah. Ambos estamos sãos e seguros, mas se quiser usar proteção, nós usaremos.” Micah sorriu e atirou o preservativo sobre os ombros. Agitando os dedos, Noah tomou o lubrificante de Micah e verteu um pouco na ponta de seus dedos. Se inclinou, aproximou seus lábios dos lábios de Micah e o beijou apaixonadamente. Ao mesmo tempo que sua língua entrou na boca de Micah, sua mão deslizou pelo corpo de Micah e entre suas pernas até seu doce buraco. Com suavidade rodeou sua entrada e deslizou lentamente seu dedo para dentro do corpo de Micah. Micah gemeu na boca de Noah e começou a beijá-lo com uma paixão frenética. Sabendo que Micah sentia paixão em vez de dor, Noah deslizou seu dedo dentro e fora do corpo de Micah até sentiu que se estendeu o suficiente paradois dedos. Micah era quente e apertado. Noah notou uma gota de suor em sua fronte enquanto tentava amortizar seu próprio desejo. Micah rompeu o beijo e olhou para Noah com adoração em seus olhos. “Te necessito, Noah. Por favor, faz amor comigo” sussurrou, e enrolou seus dedos no cabelo de Noah. Noah afastou seus dedos do corpo de Micah e facilmente alinhou a si mesmo na entrada de Micah. Gemendo enquanto lenta e suavemente se metia no quente e estreito buraco rosa de de Micah. O peito e a parte superior do pescoço de Micah enrijeceram pela exitação e o olhou com os olhos cristalinos da paixão. “Por favor...” gemeu enquanto movia sua cintura para baixo contra Noah. Noah se movia lentamente dentro e fora do corpo de Micah. Micah envolveu suas pernas ao redor dele e gemeu em voz alta. Ver Micah no calor da paixão fez que Noah começasse a se mover ritmicamente com maior rapidez. Mudou um pouco o ângulo até que golpeava o ponto doce de Micah quase lhe causando um derrame cerebral. Micah gemeu e uma fina camada de suor cobria todo seu corpo. Estendeu a mão entre suas pernas, e tomou o pênis de Micah, começando a mover a mão ao mesmo ritmo de seus corpos. “Oh... Noah... eu vou gozar!” Noah continuou empurrando-se dentro de Micah com paixão. Ouviu Micah gemer em voz alta e o sêmen cobriu seus dedos e peito com calor. Sentia o buraco de Micah e suas bolas apertarem-se antes de disparar seu orgasmo no corpo de Micah. Ambos os homens ofegavam enquanto olhavam um para o outro. Nenhum dos dois se moveu durante vários minutos, antes que Noah se retirasse pouco a pouco do corpo de Micah. Se inclinou, lambeu o pegajoso e salgado peito de Micah e logo depois gentilmente o beijou nos lábios. Noah deu a volta sobre suas costas e puxou Micah para seus braços. Ambos os homens ficaram cochilando ali durante vários momentos. “Noah, o que aconteceu? Você não tem que me deixar de novo, não é?” Micah perguntou em voz baixa quando se empurrou para cima sobre seus cotovelos e olhou para baixo no bonito e sereno rosto de Noah. Noah olhou para Micah e sorriu. “Me levaram diante DELE. ELE sabia o que havia acontecido, o que eu havia feito alterando seu destino” sussurrou Noah enquanto esfregava a mão para cima e para baixo nas costas do Micah. “Estava zangado contigo?” Micah perguntou desenhando ligeiramente os lábios cheios de Noah com o dedo. “Não. ELE é um Deus de amor e perdão. Sabia de meu amor por ti e o seu por mim. Disse que tudo acontecia com um propósito. Disse que me amava justo antes de me tirar as asas, e me disso que eu teria uma vida mortal. Me abraçou e me desejou uma vida feliz contigo, e que nos veria em cinquenta ou sessenta anos mais ou menos. Micah riu e abraçou seu anjo caído. Micah em silêncio deu graças a Deus por ter dado uma longa a Noah. Uns instantes depois Micah levantou a cabeça e olhou novamente para Noah. “Então, como é o céu?” Perguntou a ele. Noah lhe deu um sorriso deslumbrante, levantou a cabeça e o beijou suavemente nos lábios. Afastou-se e tomou o rosto de seu Doce em suas suaves e fortes mãos. “O céu é aqui, em seus braços.” Fim
Compartilhar