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Ann Jacobs D'Argent Honor I A JUSTIÇA DO VAMPIRO

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A Justiça do Vampiro 
 
D’argent Honor 1: Vampire Justice 
 
Ann Jacobs 
 
 
Disponibilização: Serena 
Tradução e pré-revisão: Fah Maria 
Revisão Inicial: Ady Miranda 
Revisão Final: Glória P. 
Formatação: Leniria 
 
 
 
 
 
Série D´Argent Honor 
 
01 - Vampire Justice (distribuído) 
02 - Eternally His (em breve) 
03 - Eternal Surrender (lista) 
04 - Eternal Victory (lista) 
05 - Eternal Triangle (lista) 
 
 
Sinopse: 
 
"O clã de vampiros d'Argent foi à caça. e não vai parar até que destruam o 
inimigo imortal. Em Miami Beach, Claude d'Argent caça a Raposa, mas encontra 
uma criatura mortal da noite, uma senhorita muito sexy que lhe oferece uma noite de 
paixão insuperável por certo preço. A striper Marisa Delgado fez dinheiro 
rapidamente por conta de uma passagem temporária na profissão mais antiga do 
mundo. Seu ato de desespero fez com que ela e Claude acabassem juntos, Claude 
descobre a passividade de seus sonhos entre ele e Marissa, a dona de sua alma. A 
escolha é Claude convertê-la assumindo o risco de perdê-la para sempre ou 
abandoná-la passando toda a eternidade sem ter sua alma gêmea ao seu lado". 
 
 
 
 
Prólogo 
O inicio 
 
Um vento frio soprou através do canal, na noite de 935 no ano de 
Nosso Senhor. A lua era apenas um pedaço de prata, no buraco negro de 
um céu de inverno. Rolfe d'Argent, irmão caçula de Rollo, o Viking, 
caminhava no grande salão de pedra, que ele construiu no verão anterior, 
sentiu um calafrio apesar de sua túnica de pele e das chamas dançando 
no fogo. Lá, acima da lamúria do vento e do fogo crepitante, ele ouviu 
um choro vigoroso. O bebê nasceu. Os deuses de seus antepassados lhe 
favoreceram, ele esperava um filho. O primeiro de uma dinastia para 
governar este feudo, que tinha sido esculpido acima dos penhascos 
ásperos das costas da Normandia. 
Rolfe galgou as escadas, encontrou no meio do caminho uma menina 
apavorada, empregada de sua esposa, procurando por ele. ― Diga-me, 
Melinde, o bebê, ele é...? 
― Ele parece forte, meu senhor, mas temo que minha senhora esteja 
morrendo. O sangue... ― A voz dela sumiu quando fez o sinal da cruz. 
― Não demore então. Apressa-te agora, e vá buscar um padre. 
Chutando a porta, Rolfe cruzou o quarto até a cama onde sua esposa 
estava deitada, tão pálida e quieta, que a princípio pensou que ela já 
tinha deixado esta terra. Com o coração pesado, abaixou-se e limpou o 
suor que brilhava em sua testa. Suor frio. Ele estremeceu, em seguida, 
retomou o controle. ― Elaine? 
Seus olhos se abriram rapidamente e ela tentou sorrir. ― Eu tenho um 
filho. Assim como oramos. 
― Sim. Agradeço aos Deuses por ele. Mas não se sobrecarregue. Eu te 
peço que seja forte, para viver para nós dois. Ele esfregou sua mão gelada 
entre as suas, como se por pura vontade, ele pudesse transferir sua 
própria força para seu corpo frágil. ― Não vou permitir que você morra. 
― Não seja arrogante, pois nós dois sabemos que é tarde demais para 
mim. Prometa cuidar do nosso filho. E o ame, assim como eu o faria. 
Foi como se aquelas palavras, ditas com clareza surpreendente, 
tivessem minado suas últimas forças, ela fechou os olhos, estremeceu e 
deu um último suspiro. Pondo a mão sobre seu peito silencioso, Rolfe 
piscou as lágrimas que ameaçavam cair e voltou sua atenção para o bebê 
que chorava. Ele tinha que cuidar da criança, honrar o último pedido de 
sua esposa. ― Por que você está aí, olhando estupidamente? Maldição 
mulher! Vá e encontre uma ama de leite para o meu filho, ― gritou para a 
servil parteira. 
― Meu senhor, - disse ela, com as mãos tremendo enquanto as 
cruzava, ― o bebê não precisa de ama de leite, pois ele é um, deles. 
― Fale mais alto, mulher, ou eu vou arrancar sua língua tola. Do que 
você está falando? 
― Ele é um bebedor de sangue. Nasceu vampiro. Melhor cravar uma 
estaca em seu pequeno coração agora, antes que ele cresça muito 
poderoso e nos mate. 
― Matar? Eu vou te queimar como uma bruxa, se você respirar uma 
palavra dessa loucura. Dê-me meu filho. 
Rolfe levantou o bebê. Seu único herdeiro. Quando ele segurou o 
bebê, entendeu o que Elaine quis dizer. Um sentimento o inundou, um 
que ele nunca experimentara antes. Poderia parecer que tinha visto nos 
olhos de sua esposa, a força surpreendente na sua voz quando ela 
pronunciou suas últimas palavras, como se nem todos os exércitos do 
mundo pudessem impedir que sentisse esse amor? Nesse caso, então, 
pela primeira vez em sua vida, ele sabia o que era amar. 
Os puros olhos verdes do bebê pareciam ter a sabedoria das idades 
em suas profundezas. Seu pequeno corpo cheio, bem formado. Rolfe o 
deitou na cama perto do corpo sem vida de sua mãe e o assistiu debater-
se, como se quisesse... Alguma coisa. Então ele percebeu o que a parteira 
já tinha visto: presas. 
― Viu? Eu lhe disse meu senhor. 
 A mulher benzeu-se novamente quando Rolfe deu ao seu filho o 
dedo indicador, e viu o bebê perfurar a pele. O rosto do bebê ficou 
corado quando ele sugou o sangue de Rolfe. Esta criança era carne de sua 
carne, sangue do seu sangue. Rolfe o alimentaria, o veria crescer, o 
ensinaria a ser um guerreiro de renome, um líder de homens mortais. 
― Seu nome é Alain d'Argent, e ele vai viver. 
 
* * * * * 
 
 
Com exceção de Claude, todos ouviram a história de suas origens, 
muitas vezes ao longo dos séculos, sempre que Alain os chamava se 
reuniam para agir em alguma causa digna. Alina repetiu a história agora, 
para benefício de seu jovem tio, pois era sua primeira participação no 
conselho. 
Claude ouvia com seus olhos escuros intensamente centrados sobre 
ela, estudando seu rosto à medida que ela falava. Ela sabia o que ele via. 
O que todos viam. Neta mais velha de Alain, impulsionada setenta e 
quatro anos atrás, em uma idade incrivelmente jovem, para liderar um 
clã igualmente jovem. Claude tinha sido uma criança nos braços de sua 
mãe, último filho de Alain, nascido poucos meses antes de sua morte. 
Mas ele tinha sido alimentado por histórias como estas e sabia que ele 
devia seguir a tradição orgulhosa de seu pai. Ainda que Alina estivesse 
terrivelmente amedrontada, com medo de perdê-lo. Como todos os 
homens d'Argent, Claude era um homem bonito, tão sombrio quanto 
belo, virava as cabeças femininas, vampiras ou mortais. E o mais 
importante, Claude tinha uma profunda bondade interior, uma 
característica que todos valorizavam, mas que ela temia que pudesse 
resultar em sua destruição. 
A ameaça que punha o seu clã e todos os outros clãs de vampiros em 
perigo poderia facilmente capturá-lo, poderia até destruir todos os clãs. 
Alina esperava que Claude não levasse a sério os contos que sua mãe 
contava sobre as façanhas do lendário Alain, pois ele era ainda muito 
jovem, pouco mais de setenta e cinco anos. A ameaça não afetava tanto 
Stefan e Alexandre, pois eles tinham sido endurecidos na batalha. Seus 
poderes formidáveis tinham sido provados e não estavam em dúvida. 
Alina contava com eles, para destruir o inimigo mais poderoso que já 
haviam enfrentado em sua vida. Ela esperava que no processo, pudessem 
proteger Claude dos piores perigos, quando saíam para encontrar os 
vampiros do mal e destruí-los, pois esses ameaçavam a existência de 
todos. 
Silenciosamente amaldiçoava a fraqueza feminina, cumprindo o 
desejo de seu avô, mas agora, cerca de setenta e quatro anos após sua 
morte, Alina tinha um nó na garganta. Ela não se atreveu a derramar 
lágrimas. Tinha que ser forte emocionalmente. Mais uma vez o clã 
d'Argent devia se reunir para uma causa, desta vez, proteger inocentes 
mulheres mortais da maldade de um único vampiro demente, o atual 
chefe do clã Reynard, o infame Louis Reynard, conhecido nos círculos de 
vampiros em todo o mundo, como a Raposa. 
― Eu odeio ter que lhes pedirpara capturar Reynard. ―Alina olhou 
primeiro para Stefan, e depois, para Alex e Claude. ― Eu odeio ainda 
mais, por que eu sou a causa de sua vingança. 
― Não é sua culpa se Louis Reynard é insano, ― Alex disse, sacudindo 
a cabeça. ― Nenhum vampiro no seu juízo perfeito, iria direcionar a sua 
raiva a você, sobre as mulheres mortais. Não, quando há o risco de 
enfurecer os mortais e iniciar outra caça aos vampiros, como ninguém 
viu desde os tempos dos Médici. 
― Ninguém duvida de que a Raposa enlouqueceu, no entanto, somos 
nós que devemos pará-lo. - Stefan se moveu em direção a uma janela, 
olhando para fora sobre o estreito canal, para a Inglaterra. ― Irei à caça 
sozinho. Claude é muito jovem. Muito inexperiente. 
Alina notou que todos os olhos se voltaram para Stefan. Ele 
raramente se aventurava a partir deste antigo castelo, exceto quando 
chamado para guerrear pelo clã, mas não mais guerreara desde que ele, 
inadvertidamente, matara sua amante mortal, ao tentar transformá-la, 
séculos antes. De todos os d'Argents, Claude e Alexandre fariam 
qualquer esforço necessário, para poupar dor ao seu querido primo mais 
velho. Assim como também Alina, mas ela agora não tinha escolha. 
Depois de um momento longo e silencioso, Claude falou: 
― Não, Stefan. Você é necessário aqui. Eu posso ser jovem, mas eu 
não tenho medo de lutar. 
Alina virou-se e olhou para Claude. Ele falou com uma voz que ela 
não ouvira antes, com uma força a ser considerada. Seu jovem tio sempre 
os divertiu com a sua capacidade para desafiar a fisiologia do vampiro 
por lanches de pizza, brioche, uma interessante combinação de vários 
alimentos mortais, regados ocasionalmente com refrigerantes ou cerveja. 
E seu coração apertou-se com a cena, quando ela percebeu a maturidade 
de Claude e que ele tinha o direito inato de lutar pela honra do clã 
d'Argent. 
Este já não era o vampiro jovem e sorridente que inspirou suspiros 
indulgentes de todo o clã. Um guerreiro parou diante dela, estimulado a 
ganhar a honra prometida por seu direito de primogenitura. Nos olhos 
de Claude, Alina viu a coragem crua de seu avô... Seu pai. A mesma 
determinação feroz para combater o mal onde quer que ele se esconda a 
determinação que havia conduzido todos os homens d'Argent direto à 
liberdade campeã, até o momento da sua própria destruição. 
 ― Por agora Stefan deixe a perseguição para Alexandre e Claude. 
Você vai ficar aqui e coordenar a caça. ― Ela fez uma pausa, depois olhou 
Claude e Alex nos olhos. ― Vocês dois, tomem cuidado. Não quero que 
se tornem imprudentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capitulo Um 
 
O dia de hoje, Miami Beach, Flórida 
 
A noite tinha sido sempre sua amiga, mas aproximou-se dele agora, 
sufocando-o no seu abafado e úmido abraço. Um céu sem estrelas 
encontrou o firmamento negro do Atlântico no horizonte, aparentemente 
sem começo nem fim. Somente o som do golpear das ondas beijando a 
orla, pontuava o desconfortável silêncio. 
Um silêncio que Claude d'Argent não tinha experimentado, desde 
aquele dia, duas semanas atrás, quando ele chegou perto de morrer na 
mão do vampiro assassino, por quem agora aguardava. Esta faixa da 
praia, não iria ficar em silêncio por muito tempo, porque os clubes iriam 
abrir em breve. Claude suspirou. Miami Beach dificilmente seria como 
seu refúgio favorito, no distrito de Marais, em Paris, até quando estava 
em polvorosa, com a pança cheia, empenhado em encontrar prazer... e 
brincando com o perigo. 
Mas um vampiro poderia passar despercebido aqui, perseguindo sua 
presa. Um assassino como Louis Reynard poderia se misturar com as 
multidões de turistas, ao cair da noite, espreitando sua próxima vítima. 
Tendo, muito recentemente, encontrado a Raposa cara a cara, Claude iria 
reconhecê-lo. Esperava ser capaz de enfrentá-lo e destruí-lo, antes que ele 
pudesse matar novamente. Ele ainda acordava com suores frios, 
lembrando da loira quente em Buenos Aires que ele e Alex não tinham 
sido capazes de salvar, na noite em que Reynard tinha praticamente 
destruído ambos. 
Eu sentiria sua presença se ele estivesse aqui. Não é? O assassino tinha 
uma habilidade excepcional para detectar seu radar de vampiro. Aquele 
radar estava protestando agora, alertando Claude de problemas, como 
letreiros de neon que começam a piscar de toda a maneira, suas 
mensagens berrantes, atraindo fregueses para provar suas mercadorias 
nos botecos, favorecendo os vícios mortais, sob um céu sem luar. 
As folhas das altas palmeiras reais balançavam como dançarinos na 
noite, levando para os ouvidos de Claude os sons dissonantes da música 
dos clubes, através da autoestrada A1A. Seu olhar se desviou para o 
cartaz que apresentava uma stripper de neon rosa Pink, fazendo a sua 
dança em luzes acima do sinal de propaganda de um lugar chamado, 
sem imaginação, The Strip. Seu hotel apareceu grande e opulento, a sua 
fachada de estuque rosa comandando a cena diretamente ao sul da seção 
de praia onde ele estava. 
Claude esfregou a cicatriz ainda sensível em seu peito, um lembrete 
do ferimento que Louis Reynard tinha lhe infringido, perto de destruí-lo. 
Dane-se o bastardo de qualquer maneira. Se não fosse por ele, Claude 
estaria desfrutando da vida noturna de Paris, em vez de estar ali como 
vigia, numa possibilidade remota de Reynard escolher Miami Beach para 
o lugar do seu próximo assassinato horrível. Ou, melhor ainda, 
perseguindo a Raposa de forma mais ativa, ao invés de vigiar um lugar 
que nenhum de seus anciãos pensou seriamente onde Reynard iria 
procurar por sua próxima vítima. Sabia que esta missão lhe foi entregue 
mais para tirá-lo dos seus divertimentos e facilitar sua recuperação, do 
que por qualquer necessidade real, para vigiar a praia, aqui não se 
ajustou bem, mas estava acostumado a ser tratado pelos mais velhos do 
clã, como um vampiro infantil. 
A forma como os quadris da dançarina de neon ondulavam fez com 
que se lembrasse de certa mulher que tinha desfrutado em Paris, a 
maneira entusiasmada com que ela o montou, enquanto ele puxava seus 
grandes peitos. Ela tinha seus movimentos, com certeza. 
O pênis de Claude doía. Tinha se passado muito tempo, um tempo 
demasiado longo, desde que ele tinha tido uma mulher. Ele tinha uma 
ereção dolorosa, só de olhar para a stripper piscando no letreiro de néon 
da rodovia. Ele examinou a praia deserta mais uma vez, antes de deixar 
seu olhar à deriva, de volta para o sinal de néon. 
Que porra é essa? Vozes furiosas flutuavam nos ouvidos vampiros 
hipersensíveis de Claude. Passeando casualmente, ele atravessou a 
estrada em direção ao clube e os sons. Quando forçou o olhar, ele viu a 
silhueta de dois homens no beco ao lado do clube. Merda! Eles, 
aparentemente, estavam ameaçando uma pequena mulher, que, a partir 
do som de sua voz e do jeito como ela tinha as mãos levantadas sobre a 
cabeça, estavam pressionando-a. 
Mas ela sozinha não era páreo fisicamente para dois homens. Claude 
enfurecido com os bastardos, que ousaram se unir contra uma mulher 
solitária dirigiu-se a eles. Ia salvar a mulher, e colocar para fora algumas 
de suas frustrações, chutando as bundas dos mortais. 
― Sanguessugas! ― Ela cuspiu, o terror era evidente em sua voz, 
apesar do desafio dito alto. Quando ela sacudiu seus punhos, o maior de 
seus algozes riu, disse algo rápido em espanhol e se afastou. 
― Você ouviu isto, idiota. ― Claude inspirou, decidido a punir os 
agressores, mas assim que chegou ao beco, eles desapareceram como que 
por magia e a própria mulher tinha desaparecido pela porta do palco do 
clube. Claude amaldiçoou fluentemente, odiava a fraqueza que ainda se 
prolongava após seu encontro com Reynard. Droga, ele deveria ter sido 
capaz de ultrapassar os dois homens, sem sequer suar. 
Ele se lembrou do que a mulher os haviachamado e soltou uma 
risada. 
Sanguessugas, os dois homens poderiam ser vampiros, mas ele estava 
convencido de que nenhum deles era - Reynard ou não. Desde os trechos 
da conversa que ele tinha entendido, deduziu que se tratava de tráfico de 
drogas, uma transação que azedou e que os homens estavam sacudindo a 
mulher. Os vampiros, mesmo os vilões, como Reynard, não desciam tão 
baixo, para lidar com o material que escraviza tantos mortais. Pena que 
ele não pôde traduzir mais rápido. Ele poderia ter sabido para onde iam 
e dispensado alguma justiça vampira. Ele encolheu de ombros, fazendo 
uma nota mental, de que precisava melhorar seu vocabulário de 
espanhol. 
Por mais que ele tivesse adorado persegui-los, ele estava aqui em uma 
missão, para encontrar e destruir a Raposa, antes que este assassino 
pudesse matar novamente. Esquadrinhando a praia e as calçadas fora 
dos clubes para ver qualquer sinal de sua presa e não encontrar nada, 
Claude fez o seu caminho para entrar no The Strip. Se Reynard estivesse 
lá, eles lutariam... Se não, ele iria gostar de se divertir por uma hora antes 
de retomar sua vigília. Talvez ele até visse a mulher do beco, falaria com 
ela, saberia como ele poderia ajudar... 
* * * * * 
 
― Cinco mil, senhora bonita. Seu irmão enganou o patrão. Pague, ou o 
pequeno filho da puta morre. 
― M, mas eu não tenho tanto. 
― Pague, ou Raul morre. ― Marisa estremeceu quando ela se lembrou 
de como o maior dos mensageiros do patrão tinha passado o dedo na 
garganta, em sinal de corte, ao mesmo tempo disparando um sorriso 
condescendente para ela. ― Dou-lhe dois dias. Quarenta e oito horas. Nós nos 
veremos aqui, quinta-feira. Tão rapidamente como eles vieram, os dois 
bandidos que faziam o trabalho sujo do traficante, tinham evaporado na 
escuridão da noite. Mas ela não tinha dúvidas de que estariam de volta, 
como disseram. 
Marisa Delgado estremeceu no vestiário sujo do The Strip. O ar-
condicionado estava muito frio, mas ela achava que tinha muito a ver 
com o seu sentimento. Ela sentiu o mesmo fora, apesar do calor úmido da 
noite de verão. 
Deus odiava drogas, tinha feito o seu melhor para convencer Raul a 
parar de usá-las. Alertou-o que poderia ser apanhado no círculo de uso e 
de negociação, de vender cocaína, a fim de alimentar o seu vício 
crescente. Mais e mais, utilizando cada vez mais, até que os policiais ou a 
droga destruíssem sua vida. Ela poderia muito bem ter poupado seu 
esforço. 
Pior, odiava o pensamento de ter que reembolsar o patrão da cocaína, 
que a polícia tinha confiscado quando pegou seu irmão vendendo e o 
acusou de tráfico. Não era sua coca. Não devia ser problema seu. Mas era 
problema de Raul e se ela não pagasse a sua dívida, seu irmão mais novo 
ia morrer. Não importava que não tivesse nada a ver com as drogas ou 
com as manobras de Raul para vender um número suficiente delas para 
sustentar o seu vício imundo. Todo o interesse do senhor da droga era 
receber de volta o dinheiro da cocaína que seu irmão havia perdido. 
Deus. Só há uma única maneira que eu possa conseguir tanto dinheiro, assim 
tão rápido. 
Não! Ela tinha jurado sobre a sepultura de sua mãe, que nunca 
venderia seu corpo. Mas ela não conseguia ver nenhuma outra maneira. 
Ela odiava Raul por colocá-los nessa bagunça, ela sabia que sua mãe não 
gostaria que seu bebê morresse. Ela não queria que seu irmão morresse. E 
Raul tinha se colocado em débito com o senhor da droga, que era 
conhecido por cumprir suas ameaças. 
Ela tinha cerca de mil, reservado na poupança, após pagar a fiança de 
Raul e tirá-lo da cadeia há dois dias. Talvez se ela trabalhasse em turnos 
dobrados ambos os dias... Não, ela estava sonhando. Se o negócio fosse 
bom, ela poderia ganhar uns mil, talvez dois, fazendo dança de colo com 
os clientes. Nenhuma chance de poder ganhar tudo o que precisava no 
The Strip, não a tempo de pagar ao patrão e salvar a vida de Raul. 
O que aconteceu com o anjo vingador, gárgulas e outras criaturas 
fantásticas que sua mãe lia nas histórias para ela, todos aqueles anos? 
Aqueles com poderes sobrenaturais que investiam contra e destruíam as 
pessoas más aqui na terra? Então se lembrou. Esses vingadores, mesmo 
os mais temíveis, como gárgulas e os vampiros, só salvavam bons 
meninos e meninas. Olhou para seu rosto, pintado como uma puta, em 
uma maquiagem extravagante, ela sabia que estava muito longe disso. 
Assim, decidiu a questão. Apertou sua mandíbula. 
Havia apenas uma maneira de poder ganhar os quatro mil dólares 
que faltavam em dois dias e noites. Sua vagina apertava com a 
perspectiva de escolher alguns parceiros sexuais temporários e fazer o 
que fosse preciso para agradá-los. Antecipação ou medo? 
Tinha que ser medo, o que fazia a sua vagina se contrair. Isto não é sobre 
sexo, trata-se de necessidade. É sobre o dinheiro. 
Então... Ela se tornaria a puta que tinha prometido à Mama que nunca 
seria, mas ela também prometeu à Mama antes de morrer, que cuidaria 
de Raul. Lágrimas arderam em seus olhos, mas ela piscou de volta. Não 
adiantava sofrer com algo que não tinha acontecido ainda, pode não 
acontecer. 
Mesmo que ela tivesse que fazer sua vida permanente como 
prostituta, ela não seria a única menina do bairro que tinha desistido da 
ideia de fazê-lo dentro da lei, muito menos de acordo com a moralidade 
que os sacerdotes falavam no confessionário. 
Marisa deu de ombros e tirou seu robe nas sombras das cortinas do 
palco e tentou afastar o medo que fazia sua barriga tremer. Ela ia 
descobrir. Mas primeiro tinha que fazer seu trabalho. 
― Leve sua bunda para lá, querida. Você está na ativa ― o gerente de 
palco sussurrou, pontuando a sua ordem com um tapa na bunda nua 
dela, salsa era seu número de abertura e a música tocava pelos alto-
falantes do clube. 
Já era tempo. Como ela tinha feito centenas de vezes antes, Marisa 
desfilou sob os holofotes e começou a girar ao ritmo latino. Ela sorriu, 
seduzindo a plateia, entrando no ritmo, girando as borlas coladas em 
seus mamilos, curtindo a excitação suave que vinha da sensação do roçar 
erótico da seda sobre a pele nua de suas costelas e barriga. Como tocar 
um amante, quase... Atraindo-o, como se estivesse dançando para um 
homem especial, dançando apenas para ele, no seu jardim ou na praia 
onde as ondas ao luar ondulavam atrás dela. Por alguns instantes, ela 
esqueceu a centena de pares de olhos que brilhavam estranhamente 
lascivos com as luzes multicoloridas pulsando ao seu redor. Como fazia a 
cada apresentação, ela conseguiu escapar do ambiente sórdido do clube 
para a fantasia erótica de sua mente. 
Mas ela não poderia anular seus infortúnios por muito tempo ou 
esquecer o que tinha que fazer. Não é que não gostasse de sexo. Gostava. 
Sonhava com um cavaleiro branco encontrando-a, levando-a para longe, 
para um mundo onde não existia pobreza, patrão, nada além de 
favorecer os sentidos, celebrando a beleza em si. Mas isto não era sobre 
fantasias ou prazer. Tratava-se de sobreviver sozinha, agarrar sua chance 
fora do bairro cubano, arrastando Raul ao longo do caminho. Tratava-se 
de usar seu corpo para comprar seu caminho para a liberdade, 
respeitabilidade. Exibindo-se ao redor do palco, Marisa olhou para a 
multidão de clientes e se fixou em um homem, com aparência sombria e 
perigosa cujo olhar a queimava com sua intensidade. Ela sentiu algo nele, 
sentiu uma carga erótica no ar, diferente de qualquer coisa que sentira 
com os outros clientes, em outras noites. Se ela seguisse seu caminho, ele 
seria o seu primeiro John. 
 
* * * * * 
 
Quando a dançarina chegou próximo ao palco, Claude apertou seu 
copo de coca-cola. O sangue explodia em seu pênis, deixando-o tonto. E 
teria estado tonto antes de sua lesão, se tentasse beber algo muito 
alcoólico, em vez de cerveja ou refrigerante. Ele sempretinha sido capaz 
de desfrutar sem ficar tonto. A criatura ardente que exalava convite 
sexual era a mesma que tinha visto mais cedo na entrada, tremendo, 
enquanto os dois agressores lhe tinham dado algum tipo de ultimato? 
Estava muito escuro para que ele pudesse vê-la claramente, mas a mulher 
tinha a mesma altura, pequenina, como a mulher lá de fora. Ela não 
chegava até seu ombro. 
Para uma coisa tão pequena, esse inferno de dançarina embalava um 
soco erótico. Seus dedos coçaram para tocar naquela desgrenhada 
cabeleira de ébano, encontrar todos os seus lugares erógenos... Localizar 
a veia pulsando em sua garganta. Ele, com ardor, puxaria seus mamilos 
que balançavam descaradamente através de escudos de ouro que 
emprestou seu brilho acetinado à pele cor de oliva, e depois desceria 
mais para beliscar seu clitóris e encontrar a sua vagina, que enchia suas 
narinas com o cheiro inebriante de sexo. 
Outros clientes também a cheiravam. Ele podia dizer pelo 
abrandamento em suas mandíbulas, o deslocamento de pernas para 
acomodar a excitação súbita. Não fazia sentido, mas Claude não podia 
deixar de querer afastá-los. Não só os clientes, mas os homens que 
poderiam ter ido ameaçá-la no beco. Eles queriam algo, eles queriam e 
não tinham aceitado um não, como resposta. Ele havia entendido grande 
parte da conversa, sentiu o cheiro do medo e sentiu o terror que ela havia 
tentado tão dificilmente esconder. Esta era a mesma mulher. 
Ele não tinha motivos para estar tão certo, mas era ela. Embora ela 
não mostrasse nada daquele medo e seduzisse cada homem no lugar 
para fantasiar que estavam transando. Ele sentiu um desespero sob seu 
sorriso, no balançar de seus quadris ao ritmo da música latina. Ela queria 
alguma coisa, precisava de algo além de alguns dólares dobrados em sua 
calcinha fio-dental. 
Ele queria algo dela também. Sexo quente, suado. Sexo latino 
propagado descaradamente a poucos metros, no palco. Luzes ondulavam 
no brilho pálido das lantejoulas de seu fio-dental, convidando o seu 
olhar. Suas bolas doíam com a expectativa, quando ele olhou para além 
do brilho, para seus seios cheios, firmes. Seu escuro e sedoso monte. Em 
torno dele, as mulheres igualmente atraentes, em estados semelhantes de 
despir, ofereciam danças para os fregueses, danças que ele imaginava ser 
entregue na privacidade das salas VIP, que cada clube de stripp tinha. 
Mas foi a mulher dançando no palco que o intrigou, o olhar suave de 
inocência, pouco visível nos olhos escuros, que desmentia o seu ardente 
rebolar dos quadris, ao sensual ritmo do atabaque. Claude suspirou 
quando a ponta delicada de sua língua molhada passou pelos lábios 
pintados. Ele podia sentir completamente os lábios em torno de seu 
pênis, sugando-o. 
Caramba! Ele queria saborear o suor de sua testa reluzente, sua 
bunda, a barriga plana, bronzeada. Seus dentes coçavam para penetrar 
na coluna cremosa de sua garganta e beber, sempre muito gentil, de uma 
veia pulsando. O que há sobre esta mulher, esta noite, que o tornava 
desesperado para tê-la... O gosto de seu sangue, enquanto ele penetrava 
sua cintilante vagina? 
Seu perfume feminino rodou no ar, o aroma tentador e fugaz, através 
da distância entre eles. Embora ele já tivesse sentido desejo instantâneo 
antes, ele nunca quis uma estranha tão fortemente, nunca se sentiu 
obrigado a tê-la, dominá-la, dar-lhe o prazer que ela pedia em silêncio, 
com cada movimento sensual de seus quadris. Cada curva ascendente de 
lábios vermelho sangue, como ela o tentava e a todos os outros clientes 
do clube. Era como se o destino o tivesse levado até ali, para ela, nesta 
noite, neste lugar no tempo. 
A loira quase nua se esgueirou para cima de sua mesa, com um 
sorriso enorme no rosto bonito, mas pesadamente maquiado. 
― Compra-me uma bebida, querido? - Ela perguntou, curvando-se até 
que seus seios ficaram na direção do rosto dele, tendo uma boa visão de 
seus seios nus. Peitos, tão perfeitamente redondos e firmes, só podiam ter 
sido criados pela mão hábil de um cirurgião plástico. 
Ela se endireitou, dando-lhe uma visão de sua vagina depilada e nua, 
exceto por um par de joias no seu fio-dental que ajudava a mostrar, em 
vez de esconder seu encanto considerável. ― Gosta do que você vê? 
Infelizmente, ela lembrou a Claude da loira que Reynard tinha 
matado em Buenos Aires, que foi como uma ducha gelada para esmagar 
sua libido. 
― Você é muito bonita. - Querendo decepcioná-la, mas fazê-lo fácil, 
ele sorriu. - Eu vou te comprar uma bebida se você levar uma mensagem 
para a dançarina que está no palco agora. Diga a ela que eu gostaria de 
vê-la quando ela terminar seu ato. 
Ele colocou uma nota dobrada na mão estendida da mulher. 
― Marisa? Ha! Se você estiver procurando por um bom tempo, 
melhor me escolher em vez dela, bonitão. O melhor que você conseguirá 
da Madonna é uma dança de colo. 
Uma dança de colo de dez minutos com ela valeria uma noite toda com você. 
Claude gostava de caçar, ao invés de ser o objeto de tal perseguição 
descarada. ― Sem ofensa, mas eu vou me arriscar. ― Tirou outra nota do 
rolo no bolso, Claude enfiou na tanga da loira, antes dela girar e sair em 
busca de um cliente mais promissor. ― Obrigado! 
Ele se recostou na cadeira, imaginando como sentiria as torneadas 
pernas de Marisa, em torno de sua cintura. Suas bolas apertaram. 
Inferno, ele não queria uma dança, ele queria transar com ela, até que 
ambos ficassem cansados. Então, iria dormir com a cabeça em seus seios 
exuberantes como travesseiros. 
Sua boca ficou seca, como se ele precisasse se alimentar, embora 
tivesse comido a menos de um dia sua cota de sangue. Talvez comesse 
uma das pizzas pré-fabricada que tinha visto em algumas das outras 
mesas. Rapidamente, negou essa tentação, pois desde a lesão, 
praticamente perdeu o gosto pela comida mortal. Suspirando, tomou 
outro gole de coca-cola, agora diluída com o gelo derretido. Felizmente o 
clube não servia bebidas alcoólicas, uma esquisitice que aprendeu ser 
resultado de um decreto lei, que impedia a venda de bebidas alcoólicas 
nos clubes que contavam com artistas nuas. Se fosse dado à tentação de 
beber, sua cabeça teria ficado rodando. Seu pênis já estava dolorosamente 
duro, começando a latejar insistentemente, enquanto observava Marisa 
jogar sua tanga brilhante para o público. Ele conseguiu levantar a mão a 
tempo de apanhar o fio-dental minúsculo que imaginava arrancar com 
seus dentes. 
A batida acelerou. Totalmente nua agora, ela montou o poste no 
centro do palco, trepando para acelerar o ritmo da música. O aro 
pequeno em seu clitóris brilhava contra a sua vagina, chamando Claude 
tão claramente como um convite sussurrado. Ele esperava conseguir 
administrar isso e não mostrar as suas presas, mas não estava certo. 
Sentiu necessidade de ficar próximo dela, mas muito mais. Por 
poucos segundos ela encontrou seu olhar, e por trás da fachada de 
sensual abandono sentiu seu desespero, ela não precisava só de sexo, mas 
de ajuda. Ele seria condenado, se deixasse outro cliente satisfazer tal 
necessidade. 
* * * * * 
 
Mais uma vez Marisa olhou no escuro, linda, próspera para o futuro 
cliente que observava de uma mesa em frente, enquanto ela se contorcia 
contra o poste no centro do palco. Era um turista, com certeza, 
provavelmente um europeu ou sul-americano como a maioria dos 
estrangeiros que vinham para Miami Beach para o sol e diversão. Mas 
este parecia muito macho. Mais resistente do que os capangas do patrão 
ou Raul, e Raul tinha passado ao longo de assediá-la. O cliente tinha 
dentes brancos, que brilharam quando sorriu, seus incisivos eram muito 
proeminentes dando-lhe um olhar ameaçador. 
Ameaçador, mas oh, tão sexy. Este homem seria capaz de cuidar de si, 
mesmo com gente como os capangas do patrão. Sim, este homem era o 
tipo queela gostaria de ter como seu protetor contra esses bandidos, o 
tipo de homem com que ela iria querer transar por livre escolha, se ela 
não precisasse tanto de dinheiro. 
Ela tirou a tanga e jogou-a para ele. Totalmente nua agora, ela 
balançou a bunda para que o pequeno sino no clitóris tocasse 
convidativo, em combinação com os pendurados em seus mamilos e 
colidindo com os protetores de mamilos dourados que ela usava sob os 
adereços de borlas. 
Se iria levá-la, daria mais do que uma dança, sem dúvida, ele 
esperava. Muito mais. Sua vagina apertou quando o imaginou na 
escuridão, as coisas deliciosas que o estranho faria uma vez que ela o 
tivesse seduzido a levá-la, não para uma das salas VIP em volta, mas 
para seu quarto de hotel. Embora ela nunca tivesse posto os olhos sobre 
ele antes, sentiu uma conexão, que tinha tanto a ver com atração sexual 
crua, quanto com a sua dramática situação financeira. Ela também 
percebeu uma aura de poder em torno dele, como se pudesse enfrentar 
qualquer simples mortal... E vencer. 
Quem sabe? Talvez ele possua poderes sobrenaturais. 
Ele definitivamente não era nenhum anjo, vingador ou não. E 
ninguém tão bonito como ele poderia ser uma gárgula. Mas talvez, sim, 
ele poderia ser um vampiro. Ele certamente se parecia com alguns dos 
que tinha visto em filmes. Se fosse, ele poderia... Marisa, não deseje o 
impossível. Ele é um homem. Não é uma criatura sobrenatural. A única 
esperança, é que você possa agradá-lo. Mas ela poderia tentar, não podia 
deixar passar a ideia de que esse estranho pudesse ser não apenas John, 
mas sua salvação. 
Nas fantasias e sonhos que tinha quando era uma menina, seu 
homem possuía poderes especiais. Ele seria forte o suficiente para 
encontrar e destruir o homem, sem rosto do traficante que fornecia a 
cocaína para seu irmão, que tinha provado mais de uma vez que ele não 
poderia viver sem. Seu homem ideal teria destruído o patrão, teria pago a 
dívida de Raul e livrado a comunidade hispânica de Miami de um flagelo 
que tinha arruinado a vida de inúmeras pessoas. Pessoas que tinham 
procurado o prazer, e encontraram a miséria em seu lugar. 
Sonhe Marisa. Pense no homem como um cliente e não como um cavaleiro 
branco de suas fantasias mais selvagens. Não se iluda, de que ele seja mais do que 
um mortal. 
Com o fim da música, ela deslizou para baixo do poste e fora do 
palco, umedecendo os lábios enquanto se exibia despudoradamente nua, 
para o homem bonito. Enquanto ela se movia em direção a ele, seu olhar 
seguiu-a, movendo-se sobre seu corpo como uma carícia. De repente, a 
vulgar rotação dos quadris que ela pretendia se tornou uma dança 
lânguida própria, um aceno sensual, não apenas pelo desespero de seu 
irmão, mas para o próprio desejo. 
Quando ela chegou até ele, este se levantou e estendeu a mão como se 
fosse ajudá-la a sair de um carro. Quando ele afundou em sua cadeira, 
puxou-a para cima dele, de repente, no controle, guiando suas ações. Ela 
pretendia sentar com as pernas abertas em seu colo, mas agora ele a 
forçou a fazê-lo. 
Lembrando o seu objetivo, ela esfregou a vagina contra a 
protuberância dura de seu pênis. ― Deixe-me entreter você, bonitão. Eu 
posso proporcionar-lhe um bom momento. 
* * * 
As bolas de Claude se apertavam. Seus dentes coçavam. Seu pênis 
pulsava e endurecia mais, a cada vez que mulher roçava sua vagina de 
cetim suave contra sua virilha totalmente vestida. Reflexivamente, ele 
agarrou a carne arredondada de sua bunda e começou a se mover. 
Por um momento, ela se moveu com ele em uma dança sensual de 
acasalamento. Sua boca entreaberta, pálpebras fechadas tremiam contra a 
sua pele cremosa. Então, de repente, como se ela se desse conta de onde 
eles estavam, ergueu as mãos de seus ombros e olhou nos olhos dele. ― 
Não aqui, por favor. O que você quiser, vou lhe dar, mas temos que ir para 
outro lugar. - Sua voz vacilou um pouquinho, apenas o suficiente para 
dar a Claude alguns segundos para pensar. 
― Qual é o seu nome, linda? - Ele sabia, pois a loira tinha mencionado, 
mas queria ouvir da mulher, de seus lábios vermelhos brilhantes. 
― Marisa. Venha comigo, amor. - Descendo a mão, ela a passou no 
pênis de Claude. ― Você é mui macho. Você vai me dar bons momentos 
também. 
― Quanto? 
― Toda a noite? Dois mil dólares? Eu lhe darei o que quiser, porém 
você quer durante toda a noite. 
Obviamente, Marisa queria pelo menos o dinheiro que ele lhe daria. 
Além do que vira, porém, percebeu o desespero que ele sentia antes, 
quando dançava no palco. E ele podia praticamente sentir o cheiro do 
medo que estava apenas sob a superfície de seu corpo exuberante, nu. 
Embora ela não tivesse dito uma palavra, ele sabia. Era a mulher no beco. 
Embora ela escondesse bem o medo, aqueles bastardos a tinham 
colocado, mais cedo, na situação que conduzia as suas ações agora. 
― Meu hotel fica do outro lado da rua. ― Embora Claude não tivesse o 
hábito de pagar por sexo e encontrou a possibilidade de fazê-lo, 
vagamente insultuoso, ele queria limpar o terror velado em seus olhos 
escuros, pôr fim a qualquer ameaça que ela enfrentava. Ele também 
precisava de liberação. A partir dela, não apenas de qualquer mulher de 
atraente. Inferno, seu pênis estava prestes a estourar fora de suas calças. 
Ele queria desesperadamente enterrá-lo dentro dessa mulher pequena de 
cabelos escuros com a pele coberta de sol e um sorriso tímido, que 
parecia fora do lugar com suas ações descaradamente sedutoras. ― 
Venha, pombinha, ― disse ele, erguendo-lhe e pondo-se de pé. 
― Encontre-me na porta do teatro. Eu devo me vestir e recolher 
alguns brinquedos... 
― Tudo bem. Cinco minutos. Não mais. Estarei esperando. - Ele 
esperava que sua dolorosa ereção não fosse tão evidente para os clientes 
que passaram por ele na saída. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capitulo Dois 
 
 
Quando Claude chegou com ela em seu quarto de hotel, Marisa não 
se incomodou de perder tempo. 
― Do que você gosta señor? Estou disposta a dar qualquer tipo de 
prazer que deseje. 
Lentamente, como se estivesse tirando a roupa de novo, mas desta 
vez apenas para ele, ela tirou o surpreendentemente modesto vestido 
rosa que tinha usado ao sair do clube e ficou de pé, seu corpo delicioso se 
destacando no luar que entrava pela janela do quarto de Claude. Meio 
sedutora, meio inocente, ela deu um sorriso tímido, enquanto seu corpo 
ondulava apenas o suficiente para fazer os sinos nos anéis em seus 
mamilos tilintarem contra os protetores de mamilos que ela tinha usado 
durante seu ato e, aparentemente, deixado para seu prazer. 
Claude não podia tirar os olhos deles ou do sino tilintando em seu 
anel de clitóris. Não conseguia parar de olhar para ela, querendo-a. 
Sabendo que ele devia estar louco. Ele não poderia desligar a voz 
intuitiva em sua cabeça que dizia que esta mulher, uma prostituta, que 
ele concordou em pagar dois mil por uma noite, era a alma gêmea que, 
eventualmente, cada vampiro d'Argent encontrava. Sua alma gêmea. A 
mulher que amaria para o resto de sua existência, a longo prazo. Sim, a 
lesão deve ter colocado a sua mente fora de ordem. 
Atrapalhado de uma maneira que não fazia desde que era uma 
criança de quinze anos, quando fez sexo com uma mulher pela primeira 
vez, brigou para soltar os botões de sua camisa... Soltou... Abriu o fecho 
de sua calça cáqui e retirou juntamente com sua roupa íntima. O sangue 
latejou em seu pênis, deixando-o tonto quando ele saiu das calças e ficou 
ali, despertando a sua análise. 
Seu olhar tinha se estabelecido na fúria de seu pênis duro e a língua 
dela estava tocando os lábios novamente. O jeito com que ela olhou-o... 
Caramba, isso o fez se sentir com dez metros de altura. Ele sorriu, sem se 
importar se ela percebeu suas presas. ― Você gosta do que vê? 
― Sí señor.― Elacaiu de joelhos diante dele. ―Gostaria que eu 
chupasse seu pênis agora? 
Droga, que pergunta estúpida. Era o trabalho da menina, ela não 
sabia que o seu pênis estava doendo para sentir o toque dos seus lábios? 
Mas, então, talvez não fosse uma delas. Outra indicação de que ela era 
nova no negócio. Talvez não fosse prostituta, só uma mulher 
desesperada, na extrema necessidade de dinheiro que ele concordou em 
dar-lhe. 
Que porra é essa? Por que ela estava fazendo isso, agora não 
importava. Nada importava, mas tê-la, absorvendo o calor dela, 
enterrando-se nela e afugentar a solidão que o tinha seguido 
insistentemente, desde que ele tinha deixado os amigos e a família em 
Paris. A caçada a Louis Reynard estava começando a parecer como uma 
tarefa sem fim. 
Claude estendeu a mão, acariciou sua barriga plana, tensa, tão, suave, 
tão tentadora. Ela suspirou quando ele a puxou em seus braços. 
― Sim, eu quero que você chupe meu pênis. Eu quero ver você sugá-
lo até que me faça gozar. Primeiro, porém, eu quero te provar. Deite-se, 
señorita, e deixe-me mostrar-lhe como um vampiro parisiense faz amor. 
Seus olhos se arregalaram quando ela olhou para ele, embora não 
tivesse dúvidas de que ela suspeitava, considerando a maneira como 
tinha sido evidente no clube, com as presas para fora para que todos 
vissem. Ele sorriu, mostrando-lhe deliberadamente os dentes, tornando-
os alongados o suficiente para tocarem seu lábio inferior. 
― Dios mio. ― Por um momento, ela tremeu, mas se recuperou 
rapidamente, endireitou os ombros e disparou-lhe um sorriso 
deslumbrante. ― Sei que deveria ter medo, mas... 
― Você não tem nenhuma razão para temer-me, pois eu me alimentei 
faz pouco tempo e não tenho nenhuma necessidade para o sustento, 
somente para a liberação da dor que você causou no meu pênis e bolas. ― 
Claude a pegou em seus braços, retraindo seus dentes e desejando que 
ele não a tivesse feito tremer. ― Eu só quero devorar o seu doce mel. 
― Está tudo bem. 
Mas não estava. Claude percebeu seu medo, o medo incongruente 
com sua profissão declarada. Seus instintos estavam certos. Marisa não 
era prostituta. Esse conhecimento o fez exageradamente feliz e ainda 
mais excitado do que tinha estado antes. Ele sorriu, fazendo um esforço 
consciente para esconder as suas presas neste momento. 
― Na verdade, minha mãe estaria mais irritada se achasse que eu 
tinha medo de uma mulher bela como você. Ela lhe diria que o nosso clã 
de vampiros não tem por hábito espreitar em caixões ou atacar inocentes 
mortais para o seu sustento. 
― Eu acredito em você, señor. É só que é o primeiro vampiro que 
conheci em pessoa. 
― Meu nome é Claude. Claude d'Argent. Venha e deixe eu lhe 
mostrar o quão bem um vampiro pode satisfazer uma mulher. 
Ela mordeu o lábio inferior. O sorriso que se seguiu parecia forçado. 
― É o meu trabalho lhe dar prazer, e não procurá-lo para mim. 
Envolvendo-a em seus braços, Claude mordiscou sua orelha, 
tomando cuidado para não machucar a sua pele macia. Quando ela 
suspirou com prazer evidente, ele observou a amostra de pele acetinada 
de sua garganta tentadora, azeitonada, bronzeada, a curva superior de 
seus peitos cheios. 
―Vai ser um prazer seduzi-la, disse ele, respondendo ao convite da 
cama e com ela em seu centro. 
O coração de Marisa bateu no peito, por medo ou desejo, não poderia 
dizer. Parte dela queria correr e se esconder, mas uma voz interior 
avisava-a que esse homem, esse vampiro iria roubar sua vontade, torná-
la sua própria. A voz mais forte na cabeça dela pediu para ficar. 
Não queria ficar só porque ele tinha prometido pagar-lhe. No fundo, 
queria saborear a sensação de sexo com Claude d'Argent. Esse vampiro 
sexy não tinha qualquer semelhança com qualquer uma das criaturas do 
mal com quem Buffy tinha lutado na série de TV, ou qualquer um dos 
vilões vampiros que tinha visto em filme. Ao contrário, ele era a 
personificação de todos os amantes de suas fantasias mais loucas. 
Será que seu amante não beijava. Não seu amante, mas seu cliente 
lembrou a si mesma como a realidade se intrometeu com a intensidade 
de um vento frio em um dia quente de Miami para fazer a pele formigar, 
a barriga se agitar? Quando olhou em seus olhos escuros, não viu 
nenhuma ameaça só a paixão que contrastava com a textura, fresca e 
suave da pele pálida esticada sobre os músculos ondulando. 
― Abra-se para mim. 
O som profundo do seu silêncio completou a ordem dele, e aqueceu a 
sua pele. Querendo mais do que temia perder-se, ela abriu as pernas, 
dando-lhe sua aprovação silenciosa para tocá-la e provar sua vagina. 
Mas ele não fez. Ele não fez nenhum movimento para cobri-la, mas 
tocou apenas com os dedos explorando e afastando os seus receios, 
despertou-a tanto que quase se esqueceu de que era uma prostituta para 
este lindo homem-vampiro. Esqueceu-se de que vendeu seu corpo para 
ele, entregou sua alma ao diabo. Sua vagina se apertou e seu mel 
começou a fluir. 
Ela tomou sua mão, puxou-a para entre suas pernas. ― Gosta que eu 
esteja molhada para você, Senhor Vampiro? 
― Eu gosto muito. Eu gosto muito de você. 
Quando ele descobriu o clitóris e começou a circular com o dedo, ela 
sentiu endurecer a carne em torno do anel. Seu corpo aparentemente não 
se importava se ela se vendia por dinheiro, por isso, ansiosamente 
respondeu ao toque hábil de seu John. Ela percebeu que ele estava 
observando-a e conheceu seu olhar brilhante. ― Você não faz isso com 
frequência, não é? - Perguntou ele. 
― Não. Madre de Dios. Ela tinha ouvido falar sobre os poderes 
psíquicos dos vampiros, mas... Poderiam realmente ouvir os 
pensamentos dos mortais em silêncio? Dios, como queria que seu 
vampiro soubesse que desejava que transasse com ela com ou sem o 
dinheiro que concordou em lhe pagar. A umidade quente da boca 
contrastava com a frieza de suas mãos quando ele passou e apertou seu 
clitóris entre os dentes. ― Señor, eu quero... ― Sua boca molhada passou 
com gosto pelo comprimento, do rígido e esculpido pênis, para executar 
a língua sobre seu saco de cetim liso. 
― Chame-me de Claude. 
― Claude. - Ela gostou do nome incomum, gostou de tudo sobre ele. 
― É isso que você quer? - Ele se virou, seus movimentos eram 
graciosos quando ele montou seu rosto. Suas coxas endurecidas 
emolduravam o rosto quando ele se inclinou sobre a sua vagina, o calor 
de sua respiração em suas dobras lisas, preenchendo-a com antecipação. 
― Toque-me, Marisa. Torture-me como pretendo torturar você. 
Seu pênis e bolas eram grandes, rígidos, como o mármore duro e 
pálido. Frio ao seu toque. No entanto, quando envolveu seus dedos ao 
redor dele, pulsante com a vida, seus testículos se apertaram mais ao seu 
toque. Sua carne aquecida como se absorvesse seu próprio calor. ―Eu 
gosto que você não tenha pelos aqui. ― Ela passou a língua ao longo da 
veia pulsante na parte inferior do seu eixo. Seu pênis grosso gostoso. 
Limpo. Ele latejava e tremia quando tomou sua cabeça, larga entre os 
lábios grossos e lambeu uma gota de sêmen que tinha se estabelecido na 
covinha da fenda da ponta. Seus mamilos se apertaram contra seus anéis 
quando ele abriu seus lábios e inseriu primeiro um, em seguida, dois 
longos dedos em sua vagina molhada. Ela levou-o mais profundo, 
engolindo. 
Claude soltou um gemido. ― Não pare agora. - Ele falou em sua 
vagina molhada, o ato lúdico a contrastar com a tensão de seus músculos, 
o tom de sua voz gutural. ―Vampiros não têm pelos, exceto, o que está 
em nossas cabeças. Eu gosto que você mantenha sua vagina assim 
também. 
― Mmmm. Você tem um gosto bom. - Marisa lambeu ao longo da 
veia, que comandou o comprimento de seu pênis inchado, depois 
chupou a cabeça de seu pênis. 
― Você sabe, quando a vi dançando, queria que envolvesse estes 
cheios lábios vermelhos ao redor do meupênis e que o chupasse da 
maneira que está fazendo agora. Quando a vi dançar e imaginei que fosse 
me levar em sua boca, fiquei tão duro que quase me machuco. A 
realidade é muito melhor. Sua pelve era magra, obrigando-a a levá-lo 
mais profundamente. ―Não pare, pediu, num tom desesperado. ― Leve 
tudo. 
Ela queria. Dios. Ele era tão grande que teve que inclinar a cabeça para 
trás para ter o comprimento dele em sua garganta. Com uma das mãos 
em concha em suas bolas apertadas, acariciou-as com as pontas dos 
dedos quando ela chupou e engoliu. Com a outra afagou em torno de sua 
tensa bunda, em um movimento circular, pressionou um dedo contra o 
seu esfíncter anal, até que de uma forma deixou-a entrar. 
Claude gemeu quando ela lhe acariciou, soou como algo entre um 
rugido e um barulho. Então era verdade. Marisa não tinha acreditado 
quando as meninas no trabalho tinham falado sobre quantos homens 
heterossexuais apreciavam o jogo anal. Incentivada, começou a mover o 
dedo dentro e fora, imitando o ritmo do sexo, até que ele estendeu a mão 
e fez a sua parar. 
― Onde você aprendeu a fazer isso? Não, não responda. - A 
possessividade em seu tom de voz a fez tremer. Doeu quando ela 
lembrou que não significava nada, que estava apenas ouvindo o que 
queria ouvir, agindo à vontade em sua cabeça. 
Ele a possuiu com os dedos e a língua em seu clitóris, enquanto ela 
chupou o pênis dele e explorou o seu ânus apertado. Sua dura barriga 
malhada roçava seis seios. A frieza estranha de sua pele acetinada não fez 
nada para aliviar o calor correndo em suas veias. 
Quente, quente. Sentia-se tão quente. Forte. Ela não poderia ter se 
movido, mesmo se o patrão viesse em sua perseguição. Agora não. Cada 
nervo em seu corpo estremeceu ao toque de Claude. Cada golpe de sua 
língua aveludada em seu clitóris inchado, cada traço de seus dedos em 
sua vagina, bunda, transformou o seu sangue em fogo líquido. Madre de 
Dios, as sensações tomaram seu fôlego, balançando, ele a deixou à beira 
do êxtase. Seu clímax começou como uma pontada no seu clitóris, 
crescendo em intensidade, explodindo em mil dedos beliscando de 
chamas que se espalham através de seu corpo e deixou-a fraca. Sua 
vagina chupou os dedos, querendo mais. Querendo ele. 
Seu pênis inchou mais contra sua garganta. Ela chupou mais. Suas 
bolas apertadas na mão. Quando ele soltou e inundou sua boca com o 
gozo, ela engoliu. Queria levá-lo em seu corpo, consumi-lo. Ela queria 
dar ao seu amante vampiro tudo o que ele tinha lhe dado e muito mais. 
Queria dar-se a ele. Ela toda. 
Foi uma loucura, como se tivesse colocado um feitiço em seu 
vampiro, como se por algum ato de magia ele invadisse o seu coração, 
bem como o seu corpo. Marisa agarrou seus quadris, segurou seu pênis 
ainda pulsando entre os lábios. Ela não conseguia suportar a ideia de 
deixá-lo ir. Claude d'Argent não era para uma noite de merda por 
dinheiro, mas um mestre de seus sentidos e suas emoções. 
 
 
 
 
 
 
 
Capitulo Três 
 
Claude estava de volta, deixou a cabeça apoiada no ombro de Marisa. 
Sua garganta estava a poucos centímetros de distância, a grande veia, 
pulsando com vida, tentando-o. Se virasse a cabeça um pouco, poderia 
afundar seus dentes em sua carne. Transformá-la. Se o fizesse, qualquer 
que fossem os problemas mortais que a atormentavam, estariam 
terminados. 
Mas não podia. Não ousava. Lembrou-se de seu primo Stefan 
tentando transformar uma amante, e ao invés, ele a destruiu. Stefan não 
era muito mais que Claude era agora. Esse pensamento fez sua boca 
fechada se apertar, baniu essa tentação perigosa. Ele não queria seguir os 
passos de Stefan. Existe apenas um dos bastiões d'Argent da antiguidade, 
nunca ousar olhar novamente para uma alma gêmea. 
Idiota. Ela não é sua amante, ela é a mulher que você contratou para transar 
esta noite. 
Claude voltou, deu uma boa olhada na mulher que o estava afetando 
muito mais forte do que devia. Ela lhe deu a melhor trepada de sua vida, 
não importa se era uma prostituta, ainda que pela primeira vez. Mas 
Marisa era uma stripper, que ele não podia negar que vendia sexo para 
viver. Uma pontada de auto-aversão tomou a borda de sua satisfação, 
mas apenas por um momento. 
Então, ela estava transando com ele por dinheiro. ― E daí? Claude não 
tinha chegado tão longe, tão facilmente, em todos os seus setenta e cinco 
anos sobre a terra. Neste momento, não importa que ele fosse o caçula do 
clã de vampiros d'Argent, jovem demais para pensar em se estabelecer 
com apenas uma mulher. 
Eu quero transformá-la, mantê-la por toda a eternidade. 
Você nem sequer sabe ao certo como transformar um mortal. E você mal 
conhece Marisa. Que diabos lhe dá uma razão para acreditar que ela quer se 
tornar sua amante vampira? Desgostoso com a direção que seus 
pensamentos estavam tomando, Claude acariciou as costas de seda, em 
concha, as bochechas da bunda firme e puxou-a para mais perto. 
Protegendo-a de si mesmo, de seu próprio desejo impulsivo. 
Seu pênis se contorceu. Ela mudou, ele entrou em suas firmes coxas 
sedosas. Seu mel molhando sua carne, seu calor e umidade mostrando-
lhe o caminho para a sua vagina deliciosamente apertada. ― Talvez você 
queira transar comigo agora? 
Agora ele queria falar, precisava saber ao certo se ela era a mulher 
que vira ser ameaçada no beco. Mais tarde, se o que eu li em sua mente, é 
certo, você está com medo de alguma coisa... Alguém. 
― Não é importante. - Quando ela apertou seus músculos da coxa 
firme, sua carne acariciava seu pênis, e seu sexo em repouso cresceu 
instantaneamente, duro. ― Eu prometi a noite toda. Agora tudo que eu 
quero é sentir seu pênis longo, grosso dentro da minha vagina. - Ela 
cobriu seu rosto com a mão suave, quando olhou em seus olhos. ― Não é 
porque está me pagando, mas porque você me fez quente e molhada.. 
Por você. 
Claude não conseguia resistir aos seus fundamentos, e não quando o 
seu batimento cardíaco geralmente calmo estava acelerando, quando o 
sangue latejava através de seu corpo, fixando-se em seu pênis e bolas, 
fazendo com que sua cabeça se sentisse leve. ― Tudo bem. Mas vamos 
falar mais tarde. 
― Si, Senor Vampire. Falaremos mais tarde, mas agora vamos transar. 
Por favor. 
Oh, sim? Sem perder tempo, ele rolou Marisa de costas, posicionou-se 
e montou. ―Você quer o meu pênis em sua vagina quente? 
Ele ficou chocado quando ela o empurrou para trás, duro, segurando 
seus ombros. Ele viu o que parecia ser o pânico nos olhos dela. ― O que 
está errado? Você decidiu que precisamos conversar, afinal? Uma coisa 
que aprendeu durante sua vida relativamente curta, foi que as mulheres 
poderiam ser volúveis. 
― Oh, não. Por favor, eu quero muito que você transe comigo. Mas 
precisa usar um preservativo. Por favor. Se não se importar. Ela chegou 
ao chão e se atrapalhou com a bolsa, finalmente, encontrou um e 
entregou a ele, enquanto murmurava desculpas. 
Ele não estava disposto, no momento, a explicar que os vampiros não 
tinham ou desenvolviam DST e raramente impregnavam os seus 
parceiros, com o seu vapor de carne acariciando a ponta do seu pênis 
inchado. Ele ia usar o preservativo, porque, obviamente, isso iria colocá-
la à vontade. ― Coloque-o em mim. 
― Sim, meu senhor. - Seus dedos tremendo contra o seu tesão, ela 
apressou-se a colocá-lo nele. ― Tudo o que você quiser. 
Ele nunca se sentiu tão quente, queria a mulher, e muito. ― Tome meu 
pênis em sua mão. Esfregue contra o seu ânus apertado. 
Ela passou, chamou-o para a ela, circulou a ponta do pênis ao seu 
redor de sua entrada traseira. ―Você quer transar comigo aqui? 
― Mais tarde. Você se importa? 
― Será um prazer atendê-lo. No entanto, se você quiser. 
Ela soou como uma verdadeira submissa. Como as mulheres de 
fantasia que tinha alimentado seus devaneios de domíniopor mais 
tempo do que poderia se lembrar. Claude cresceu mais e mais quente, 
incrivelmente excitado com as possibilidades. Possibilidades que tinha 
para explorar. 
Deliberadamente, ele fez sua voz mais profunda, mais autoritária. 
 ― Em suas mãos e de joelhos, agora. Quero ouvir esses sinos tocando 
enquanto eu entro em você. 
Aos poucos, porém, sem hesitação, ele deslizou suas mãos até os seios 
cheios, sacudindo-os e tocando os sinos que pendiam dos anéis de seus 
mamilos tinindo no silêncio da noite. 
― Assim, señor? - Ela rolou imediatamente e se ajoelhou cabeça baixa, 
ela colocou a vagina exposta, a bunda pra cima, como convidando a sua 
atenção. 
_ Sim. Exatamente assim. - Ele bateu na sua bunda rapidamente, viu 
com satisfação, como ficou rosa e sua vagina brilhava com uma nova 
explosão de lubrificação, ele pegou no dedo e utilizou para lubrificar a 
gema dura do clitóris. ― Gosta quando eu bato em você. Eu posso dizer. 
Eu quero ouvir essa campainha também. - Ele beliscou a oscilação de seu 
clitóris, apreciou o som estridente do badalo do sino, uma vez que 
ressoavam contra o sino de ouro. 
Sim, ela era uma submissa. Gostava de abrir mão do controle. Isso era 
óbvio desde o calor e a umidade de sua vagina inchada, a cadência 
aproximada de sua respiração. Sabendo que ela queria que seu mestre 
mandasse tão quente que pensou que seu pênis iria estourar. 
Ele mordeu de volta um gemido quando sentiu o cheiro almiscarado 
de seu sexo feminino. Não podia esperar. Tinha que enterrar seu pênis 
dentro de sua vagina e sentir seu calor. ― Eu vou entrar em você agora. 
Você gosta disso? ― ele perguntou quando caiu de joelhos entre suas 
pernas afastadas e esfregou a bainha do pênis ao longo de sua fenda 
encharcada. 
― Sim, por favor. Por favor, me possua. Possua-me duro. 
― Vai ser um prazer. Oh, sim? - Quando ele encontrou a sua vagina e 
mergulhou dentro, ele soltou um grito. ―Você está tão suave, tão quente. 
Tão molhada. Sim, me aperta. Aperte para meu gozo. 
Suas bolas estavam contra seu clitóris, fazendo soar o sino pouco mais 
e mais, sondando o tempo todo. Sua carne fresca absorvia seu calor, seu 
mel, deixando-o louco. Ele amava a maneira como os músculos internos 
o ordenhavam, como se ela quisesse tomar a sua essência e torná-la sua 
própria. Segurando seus quadris, ele controlava o movimento. Sua 
vagina era um ajuste perfeito, apertada e molhada. Sua respiração difícil 
deixava-o saber que ela estava à beira, e ele estava pronto para assumir 
seu cargo. 
― Aperte meu pênis. Mais forte. Ah, sim, faça novamente. - Sua 
vagina apertada segurou seu pênis como dedos de fogo. 
― Dios mio, eu estou chegando! ― Suas palavras se dissolveram em 
choramingos de prazer quando sua vagina começou a sofrer espasmos 
em torno de seu pênis. 
Instintivamente, ele se inclinou sobre ela, dobrando a cabeça para que 
seus dentes alinhassem perfeitamente com a garganta dourada de sua 
amante. Ele bateu em sua vagina novamente e novamente. A pressão 
apertou suas bolas. Dentro dele também. Ele sentiu a sua paixão nos 
músculos apertando e segurando seu pênis dentro dela, ele ouviu 
pequenos gemidos e súplicas roucas pedindo para possuí-la mais, ter 
tudo o que tinha para dar. O sangue dela bateu em suas veias como o 
cheiro de sexo encheu as narinas. Ele tinha que gozar. 
Mas primeiro ele teria um gosto dela. A tentação de sua carne 
cremosa pulsando com vida e paixão abaixo dele, foi demais. Ele tinha 
que ver seu rosto, sentir os mamilos apertados contra o peito. ―Vire, ele 
murmurou, retirando-se momentaneamente quando emitiu a ordem, 
juntando seus corpos novamente. Sentiu-se incrível, especialmente 
quando ela passou as unhas em suas costas e inclinou a cabeça, como que 
a dar-lhe um melhor acesso à veia pulsando irresistivelmente em sua 
garganta. 
Claude abriu a boca, seus dentes alinhados com a sua veia jugular 
pulsando. Ele pegaria apenas um gole. Não mais. Ela o apertava mais e 
mais a cada impulso. Ele estava prestes a gozar. Sensações percorreram 
seu corpo, apertando suas bolas e fazendo-o ofegar para a respiração que 
o seu corpo realmente necessitava. 
― Deus sim, ela sussurrou, apertando suas nádegas, enquanto se 
ergueu contra ele, como se para consumir cada centímetro do seu pênis 
pulsante. 
― Preciso um gosto de você. Oh, querida. - Seu clímax jorrando 
desencadeado por conta própria, mordeu, deixou-se saborear o salgado, 
o gosto metálico do sangue em seus dentes por um segundo apenas, 
antes de abandonar a tentação, longe do risco de ter o suficiente para 
fazê-la perder a consciência, transformando-a, ou drenando inteiramente 
o seu sangue e causando sua morte, pensou, mais uma vez lembrado do 
erro de Stefan há muito tempo. 
 
* * * * * 
 
Seu vampiro ainda sugava quando Marisa retornou de um clímax 
incrível, que a tinha deixado frouxa. Depois de ir ao banheiro para se 
arrumar, ela estava deitada de lado, voltada para o seu amante vampiro. 
Curiosa, esticou o braço e acariciou a bochecha de Claude, o seu olhar 
fechado sobre a boca sensual que agora escondia os caninos 
proeminentes. 
― Você me transformou em um vampiro também? - Ela não se sentia 
diferente, mas uma vez que o pensamento veio em sua mente começou a 
pensar em filmes de vampiros e os romances de vampiros eróticos que 
ela e as outras meninas, muitas vezes falavam durante as pausas no The 
Strip. 
Seus lindos olhos verdes se abriram e sorriu, exibindo seus dentes 
deliberadamente. 
- Não. 
Ela não sabia por que ficou decepcionada, mas ficou. ― Mas você me 
mordeu. 
― Eu belisquei-a. Você é tão doce, que foi difícil dar as costas, mas eu 
fiz. Você confia em mim? 
Marisa tinha que pensar. Ele era um estranho, um vampiro, mas 
sentiu-se compelida a lhe oferecer o coração e a alma. Ela não tinha 
motivos para confiar no homem-vampiro, foi contratada para transar 
toda a noite por dois mil dólares. Criaturas da sua espécie eram famosas 
por destruir os mortais da maneira mais horrível. Essa pobre mulher em 
Buenos Aires algumas semanas atrás... De acordo com os relatos sobre a 
notícia, tinha sido drenada cada gota de seu sangue por aquilo que os 
repórteres sugeriram poderia ter sido um vampiro assassino. Marisa 
estremeceu quando se lembrou de outras notícias, tais terríveis 
assassinatos de mulheres em vários pontos ao redor do mundo. 
Mas quando olhou nos olhos de Claude, não viu o mal, só 
preocupação. E desejo, mais intenso do que qualquer outro que ela tenha 
experimentado antes. Embora tivesse todas as razões para não, ela 
confiava em Claude. Além disso, de acordo com as notas que ela tinha 
lido o vampiro assassino ou vampiros escolhiam só loiras. Se Claude 
fosse o assassino da notícia, certamente ele teria escolhido Donna, sua 
colega de trabalho que tinha ido para ele no clube. ― Eu acredito que 
você não me deseja mal nenhum, Señor vampiro, apesar de eu não 
entender o porquê. 
Claude riu. ― Eu sou uma espécie de confiança, amante da paz. Não 
sou como os dois homens que vi falando com você fora da boate. Eu não 
ameaço as mulheres e não gosto de lutas. 
―Você encontrou uma, apesar de tudo. O que aconteceu aqui? ― 
Marisa traçou com o dedo a cicatriz em seu peito, estremecendo ao 
pensar em como alguém poderia machucá-lo. 
_ Sim. Algumas semanas atrás, meu primo Alexandre e eu lutamos 
com um vampiro do mal em Buenos Aires, Louis Reynard é o seu nome. 
Mesmo com a nossa força combinada, não fomos capazes de destruí-lo 
ou impedi-lo de matar outra linda mulher. - A expressão de Claude ficou 
nublada. 
―Você, vocês foram os que tentaram derrubar o serial-killer que mata 
mulheres loiras. 
― Sim. Vamos matá-lo da próxima vez. Alina, nossa rainha vampira, 
ordenou. É por causa dela que Reynard tem a sua fúria assassina. 
― Como é sua vida, realmente? Eu li sobre vampiros,vi no cinema e 
na TV, mas... 
― Nossa vida não é tão diferente da sua. ― Quando Claude sorriu, 
seus expressivos olhos verde-escuro brilhavam. ― Só que vivemos 
durante séculos, nos alimentamos de sangue... E possuímos habilidades 
estranhas como lutadores e amantes. 
― Vocês não dormem em caixões ou derretem se ficarem sob a luz do 
sol? - Algumas das cenas mais assustadoras dos filmes de vampiro, 
Marisa vira reproduzidas em sua cabeça. 
― Dificilmente. Eu prefiro uma cama grande e macia a um caixão 
apertado o dia todo. Esse boato deve ter começado na época do Conde 
Drácula, que começou atacar túmulos em incursões na Transilvânia. Não 
há um único vampiro do clã d'Argent que sequer sonharia em tirar uma 
soneca no local de descanso final de algum mortal. - Desta vez, ele riu 
alto. ― Nós somos todos sensíveis à luz, até certo ponto, mas nunca ouvi 
falar do sol derretendo algum de nós. É verdade, porém, que uma estaca 
no coração vai destruir-nos... E que a nossa mordida pode ser mortal. 
De alguma forma, as coisas não parecem tão assustadoras, como 
podiam ser se alguém que não Claude contasse. ― Você disse que veio de 
Paris. Eu sempre quis ver a Torre Eiffel, comentou Marisa, esperando que 
ele lhe dissesse mais. 
― Eu vivo lá agora, no bairro de Marais. Mas eu nasci na Normandia, 
em um castelo que meu avô construiu há mais de mil anos atrás ―. Ele 
sorriu quando ela engasgou com seu comentário. ― Rolfe era mortal. Ele 
morreu em sua cama quando não era mais velho do que eu sou agora. 
Seu filho, que era meu pai, nasceu um vampiro. Ele, provavelmente, 
ainda estaria vivo hoje, se não tivesse sido apanhado na tentativa de 
salvar as pessoas do holocausto de Hitler. 
Isso fazia Claude ter o quê? Pelo menos sessenta e cinco ou setenta 
anos? Talvez séculos mais do que isso? ― Quantos anos você tem? 
― Setenta e cinco anos. Praticamente um bebê vampiro por nossos 
padrões. - Ele sorriu sua expressão transformando autoconsciente 
quando ele aparentemente percebeu que estava mostrando seus dentes. 
O que ela mais percebeu, porém, foi à feia cicatriz que se destacava em 
seu peito. 
Marisa não se conteve. Ela teve que tocá-lo. Quando traçou o 
comprimento da cicatriz, a fria, firme sensação de sua pele pálida e suave 
começou a despertá-la novamente. Ele também, ela adivinhou quando 
ele lhe jogou um sorriso selvagem e colocou sua mão sobre a dela. ― Não 
se preocupe comigo, chérie. Estou de volta à luta contra o assassino, e 
Alex se recupera rapidamente, em Paris. Se meu palpite estiver certo, a 
Raposa agora está escondida em algum covil recuperando-se de suas 
feridas. 
― Então você diz que é uma espécie pacífica, mas você luta e fere seu 
corpo bonito? 
― Quando devo. Prefiro fazer amor. - Quando Claude estendeu a mão 
e acariciou os pequenos hematomas que tinha deixado suas presas na sua 
garganta, a sensação de um choque impetuoso corria nas veias de Marisa. 
Contra um mortal, Claude seria invencível. Sí, muy macho. 
Nem mesmo o patrão, com seus melhores lutadores, teriam uma 
chance contra o seu amante vampiro. Ela sentiu sua vagina molhada, 
sentindo a extensão dos poderes de Claude. 
 Como era surpreendente que a aura de ameaça à sua volta a fizesse 
mais quente como nunca tinha estado antes. De repente, ele queria levá-
la, mudá-la, transportá-la ao seu mundo, onde estaria segura. Se ele 
seria... 
 ― Os homens que você viu comigo... 
― Eu sei que eles queriam algo de você. Eu temo que meu espanhol 
não seja bom o suficiente para que pudesse entender exatamente o que 
eles queriam, nem por quê. Algo a ver com o seu irmão, pelo que 
entendi. 
― Sí. Meu irmão mais novo. Raul. Ele tem apenas dezoito anos. Ele, 
que teve alguns problemas. Drogas. Ficou devendo muito dinheiro ao 
patrão, o dono das drogas no bairro onde vivemos, quando a polícia o 
prendeu. Agora, a polícia está de olho em Raul, e ele não pode conseguir 
o dinheiro rápido o suficiente para satisfazer seu chefe. O bastardo. 
― Então, este chefe do tráfico de drogas, espera que você pague a 
dívida de seu irmão? 
Os músculos de Claude ficaram tensos, lembrando-lhe do seu desejo 
de força e dela. 
 ― Sim. - Mas Marisa não queria pensar nisso agora. O que ela queria, 
era esquecer Raul, o patrão e seus capangas. Queria tirar tudo e todos de 
sua mente, ficar com Claude, e desfrutar de todas as deliciosas sensações 
que encheu sua mente e o seu corpo, afastando todas as preocupações 
mortais. 
Pela primeira vez na sua vida Marisa ia fazer exatamente o que 
queria. El Diablo levasse seu irmão e seus problemas, mesmo que apenas 
por um momento. ― Não se preocupe. Eu prefiro fazer amor com você de 
novo agora. 
― Descanse. Eu vou cuidar do seu problema. Mas não até o dia 
amanhecer. Até o amanhecer, você vai cumprir toda a minha fantasia. 
― E o que poderia ser a sua fantasia? - Ela estremeceu de antecipação, 
a certeza de que tudo o que ele poderia querer, traria seu prazer. 
― Deite-se de bruços sobre a cama. Coloque os dois travesseiros sob 
seus quadris. - Suas palavras, com fala mansa, mas com a autoridade de 
comando que ela precisava, não lhe deu alternativa senão obedecer a 
aguardar ansiosamente o êxtase que ele prometeu, com cada toque, cada 
brilho da mordida dos seus dentes na pele sensível das suas nádegas. 
― Bom. Agora feche os olhos, segure os suportes e não se mova. 
Confie em mim, pois tudo que eu fizer lhe trará prazer. - Suas palavras 
repercutiram contra a bochecha de sua bunda, antes dele começar a 
beliscá-la lá... Na outra face. ― Confie em mim, ponto final. Agora e 
sempre. 
Nenhum outro amante já a tinha levado para fora de si mesma, em 
um mundo onde tudo o que importava era o toque de suas mãos, a boca, 
o pênis longo e grosso. 
Algo molhado, quente e acetinado, sua língua, no anel de sua bunda 
vulnerável, e a sensação a fez ficar molhada com a antecipação. ―Abra 
para mim, ― ele murmurou contra sua carne, mais pessoal, e ela não 
podia dizer não. 
― Tão suave... Tão quente. Tão tentador. Estou contente por ter 
pensado em trazer seus brinquedos junto com a camisinha. - Seu dedo 
entrou em sua vagina, em seguida, lubrificou com gel e inseriu o grande 
vibrador, que ele deve ter tirado de sua bolsa enquanto ela usava o 
banheiro. ― Você usa isto muitas vezes? 
As bochechas de Marisa ficaram quentes, quando ela percebeu que ele 
poderia, razoavelmente, supor que ela usava em sua profissão como 
prostituta. ―Às vezes eu gosto de brincar quando estou sozinha. E, de 
vez em quando, eu o uso em meu ato no clube. Eu nunca... Tive um 
homem para utilizá-lo em mim do jeito que você está fazendo. 
― Que bom. Algum dia eu gostaria de ver você brincar com eles, mas 
agora quero que você relaxe e aproveite o passeio. 
Quando ele ligou o mecanismo do vibrador, o movimento começou a 
tilintar a campainha sobre seu clitóris. Dios, ela sentiu uma delícia. 
Pequenas explosões de sensações deslizaram ao longo das terminações 
nervosas, por sua bunda e até sua espinha, até que colidiu em um tango 
erótico. 
― Oooh! -A vibração a fez estremecer ou foram os dedos, abrindo as 
bochechas da bunda dela para encontrar o seu último buraco virgem? Ela 
abriu os olhos e ergueu a cabeça, querendo olhar para o homem que 
tinha todas as células do seu corpo implorando por sua atenção. 
Ele beliscou a bochecha da sua bunda com seus dentes, enquanto 
usou os dedos bem lubrificados para estirar o seu ânus. ― Eu disse a 
você, não olhe. Não fale. Não se preocupe, eu coloquei outro 
preservativo. E não se mova a menos que eu queira. Quero sentir-me 
dentro de você, em você, levando-a mais alto do que você já foi tomada, 
afastando da sua memória todos os amantes que tenha ido antes. 
Há menos deles do que você pensa. 
Ela queria dizer-lhe que ela não era prostituta. Que tinha tido um 
punhado de amantesdesajeitados, que nenhum deles jamais a fez 
queimar da forma como Claude fazia. Mas Marisa percebeu que estava 
mentindo para si mesma. Ela era uma prostituta. Ela se vendeu a ele por 
dinheiro, não importava que tenha feito isso para salvar seu irmão. 
―Você entende. Eu não tenho nenhum amante, mas você. 
Ele deu-lhe uma palmada na bunda e ela pulou, sua bunda queimava 
ainda mais agora. ― Isso é bom, minha linda. Mas você esqueceu, eu lhe 
disse para não falar. 
Quando ele se ajoelhou entre as suas pernas e empurrou a cabeça de 
seu pênis escorregadio e rígido em seu ânus, ela engasgou. ― Perdoe-me. 
Claude respondeu, girando a velocidade do vibrador ao máximo 
dentro da sua vagina. Ela não podia ajudá-lo. Ela soltou outro gemido, 
pela sensação deliciosa que percorria seu corpo. ― Eu vou perdoar você, 
mas vou transar sua bunda bonita. 
Ele a estava possuindo. Em cada orifício de seu corpo. Começou a 
murmurar um protesto fraco, então, segurou os lábios. Ele lhe disse para 
ficar quieta, e pretendia ser obedecido. 
Quando ele sentiu a sua preocupação, ele se abaixou, beliscou a volta 
de seu pescoço. ― Sim, eu vou transar o seu rabo. E eu ordeno que relaxe 
e se divirta. Você gostou de meus dedos. Gostará muito mais do meu 
pênis. - Ele fez uma pausa. ― Não tenha medo, minha querida. Eu sei que 
não fez sexo assim antes. 
Como ele sabia? Ela era transparente? ― Eu não tenho medo. 
― Está bem, mas quero que você relaxe. Deixe-me entrar ― Ele 
adentrou os anéis de seu ânus mais uma vez com seus dedos, em 
seguida, substituiu-os com o seu pênis e encontrou a pequena abertura 
no centro. ―Vai doer um pouco no início, mas depois você vai sentir um 
prazer incrível. 
Ela queria deixá-lo a invadir ali, de uma maneira que nenhum homem 
jamais fez. Marisa soltou a respiração que tinha prendido, concentrada 
no murmúrio do vibrador em sua vagina, a pressão constante do pênis 
de Claude, pressionando contra sua passagem traseira. 
Doeu quando ele pressionou e passou pelo seu esfíncter anal, mas 
respirou fundo e fez seus músculos relaxarem. Sentindo um gemido que 
iria desagradá-lo, mordeu sua própria língua para segurá-lo de volta. E 
isso lhe dava prazer, não podia mentir. Madre de Dios! A dor inicial não 
foi nada, comparada com a deliciosa sensação de plenitude quando ele 
deslizou a cabeça de seu pênis, em seguida, o seu eixo, cada vez mais 
fundo dentro de sua passagem traseira. Através da parede fina de tecido 
que separava os dois orifícios, as sensações incríveis convergiam. O 
movimento de balanço do seu pênis na sua bunda, o vibrador vibrando 
em sua vagina, a sensação incrível de sua pele, fria e seca em suas costas, 
mãos grandes em seus seios, sacudindo as pontas sensíveis dos seus 
mamilos com os dedos, puxando os sinos pendurados sobre os anéis... 
Dios. Nada poderia ter sido mais erótico do que isso. Ela queria que 
durasse para sempre. 
― Você é minha. Pertence a mim. - Suas palavras sufocaram 
dissolvidas em profundos gemidos que reverberavam contra a volta de 
seu pescoço, fez o cabelo na nuca de seu pescoço arrepiar. 
Ela sabia que era o que queria. Submissão total. Escravidão ao seu 
amante vampiro. ― Você é meu mestre, ela sussurrou, ― assim como sou 
sua escrava. Queria que ele a mordesse e bebesse o seu sangue, torná-la 
sua para sempre. Mas ele lhe disse para não falar, então apertou os 
lábios, esmagou as palavras. 
― Oh, siiim. Sim, mestre. - Suas bolas cutucavam o vibrador, ajustado 
para vibração máxima, mais difícil. ― Mestre, posso ter sua permissão 
para gozar? 
―Você gosta de ser transada no ânus. Gosta de ter o meu pênis em 
seu pequeno ânus. Sabia que você... Oh, sim, minha preciosa serva, use 
os músculos. Deixe-me senti-los, ordenhe meu pênis. Venha para mim. 
Agora. 
Grandes ondas de prazer sexual puro caíram sobre ela, uma após 
outra, tão rápido e duro que se fundiram em um enorme tsunami e ela 
caiu no esquecimento. Quando ele gritou a sua própria liberação e rolou 
para o lado, levando-a consigo, as réplicas de seu clímax ainda estavam 
transportando-a, mantendo as sensações incríveis que vinham, 
lentamente, agora, como bom mel, doce. Por muito tempo ela ficou no 
refúgio seguro de seus braços, aquecendo-se, a ternura estranha que 
sentia quando ele acariciou seus cabelos, seu rosto, ele tinha beliscado no 
início da curva de sua garganta. 
Ela ainda se sentia invadida, o vibrador ainda zumbia em sua vagina 
e seu pênis semi-rígido ainda enchia seu ânus. Mas não fez nada. A 
sensação de plenitude e contentamento aqueceu-a por dentro... O 
contentamento que veio da união que sentia com seu mestre vampiro. 
Marisa queria mais da sensação do seu calor contra o frio, a mordida 
de seus dedos fortes em seus mamilos, e no clitóris dela. Como se ele 
soubesse que ela precisava de mais, pressionou dois dedos entre os 
lábios. 
― Chupe meus dedos, escrava. Finja que é meu pênis. Finja que com 
meus poderes de vampiro, eu possa satisfazer todas as suas fantasias 
eróticas, ao mesmo tempo. - Seu mestre, sua voz profunda, suave, caiu 
sobre ela, um bálsamo reconfortante para seus pensamentos perturbados. 
Seu pensamento de que esta era uma noite por dinheiro e ele não era o 
seu mestre, mas seu cliente de prostituta. 
Eu não posso aceitar o seu dinheiro. Não agora, quando ele me deu muito 
mais prazer do que eu poderia ter dado a ele. Isso não era certo, pelo menos 
não totalmente. Marisa não suportava a ideia de ser uma prostituta. Não 
está em sua mente ou no coração do mestre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capitulo Quatro 
 
― Posso falar por um momento, Mestre? Há algo que devo fazer. 
Ela levantou a cabeça, mas não fez nenhum esforço para se mover, 
obviamente, esperando por permissão. Ele gostava disso, gostava de 
quão facilmente entregou o controle a ele. 
― Sim. Mas você não precisa pedir. Eu posso ser seu mestre, mas eu 
não sou nenhum monstro que iria impedi-la de cuidar das suas 
necessidades mortais. 
― Não é isso. - Ela foi direto para a bolsa, retirou as vinte notas de 
cem dólares que ele lhe tinha dado e colocou-as sobre a mesa ao lado da 
cama. ― Eu não posso aceitar o dinheiro do homem que se tornou meu 
mestre. 
Claude soube, no momento em que examinou os olhos castanhos 
sinceros de Marisa, eles refletiam seu desespero, não a ganância. Agora, 
ela confirmou. Ele não fez nenhum movimento para pegar o dinheiro, 
pois não lhe diziam respeito. Ela o fez. 
Olhos baixos, ela falou com lábios trêmulos. ― Eu não sou prostituta, 
apesar de que devo parecer. Eu transei com você porque quis. E eu recebi 
mais prazer do que te dei Mestre. 
Ele duvidava, mas deixou passar por um momento e pegou sua mão 
agora vazia. ― Por que então você se ofereceu para transar comigo por 
dinheiro? - Claude fez uma pausa, mas quando ela não respondeu 
imediatamente, ele continuou. ― Será que tem algo a ver com os dois 
homens que eu vi a ameaçando no beco, ao lado do The Strip? 
Ela assentiu com a cabeça, os olhos dela ainda estavam focados no 
chão. ― Como eu lhe disse, meu irmão deve muito dinheiro para o patrão. 
Os homens que você viu, são seus cobradores, disseram que iriam matar 
Raul se eu não pagasse até amanhã à noite. Tenho menos de dois dias 
para arrumar mais quatro mil dólares, ―disse ela, olhando pela janela 
para o sol nascente. 
Bastardos. Mortais sanguessugas que devoravam os mais fracos e 
menores do que eles. Claude tinha entendido direito. ― Será que seu 
irmão deve esse dinheiro legalmente? 
Ela encolheu os ombros. ― Pode-se dizer assim. Raul vendia cocaína 
para o patrão. Como acho que já foi mencionado, a polícia prendeu o 
valor de quase cinco mil dólares de cocaína que Raul estava carregando, 
quando o prenderam. Agora ele não tem nada para vender na rua, 
nenhuma maneira de pagar o que deve ao patrão das drogas. O chefe da 
droga

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