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AULA 05 Concordância e regência nominal. Crase

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Português para o TRE-SP (Teoria e Exercícios) 
Aula 05 – Concordância e regência nominal. Crase 
Prof. Arthur Scandelari 
 
 
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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 05 
Língua Portuguesa (Teoria e Exercícios) 
Concordância e regência nominal. Crase 
Professor Arthur Scandelari 
 
Português para o TRE-SP (Teoria e Exercícios) 
Aula 05 – Concordância e regência nominal. Crase 
Prof. Arthur Scandelari 
 
 
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2 
 
 
 
Olá! 
Já passamos da metade do curso, mas ainda temos bastante conteúdo pela 
frente. Só nesta aula, são três: concordância nominal, regência nominal e crase. 
 
Aula Conteúdo Programático Data 
00 Morfossintaxe do verbo 27/06 
01 Revisão morfossintática 04/07 
02 Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação 11/07 
03 Sintaxe da oração e do período 18/07 
04 Concordância e regência verbal. Crase 25/07 
05 Concordância e regência nominal. Crase 01/08 
06 Pontuação 08/08 
07 
Compreensão e interpretação de textos. 
Tipologia textual 
15/08 
08 Ortografia oficial. Acentuação gráfica 22/08 
09 Redação de correspondência oficial 29/08 
 
 
Aula 05 – Concordância e regência nominal. Crase 
Português para o TRE-SP (Teoria e Exercícios) 
Aula 05 – Concordância e regência nominal. Crase 
Prof. Arthur Scandelari 
 
 
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3 
 
 
 
Introdução .................................................................................................. 4 
Concordância nominal ................................................................................... 4 
Casos especiais ......................................................................................... 6 
Regência nominal ....................................................................................... 20 
Crase........................................................................................................ 22 
Aprofundamento ........................................................................................ 41 
Resumo .................................................................................................... 43 
Lista das Questões Comentadas ................................................................ 46 
Gabarito ................................................................................................. 56 
 
 
Tópicos da aula 
Português para o TRE-SP (Teoria e Exercícios) 
Aula 05 – Concordância e regência nominal. Crase 
Prof. Arthur Scandelari 
 
 
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4 
Introdução 
Já sabemos o que é concordância e regência. Uma estuda a correspondência 
de flexões entre os termos da frase, outra preocupa-se com a interdependência das 
palavras. Falta aplicarmos essas regras aos nomes e revisarmos um assunto 
recorrente na FCC: a crase. 
 
Concordância nominal 
 
1. FGV/SSP-AM/2015 
Os termos de um texto podem manter entre si relações de concordância 
nominal ou verbal; os termos abaixo que NÃO estabelecem entre si qualquer 
relação de concordância são: 
(A) resposta insatisfatória; 
(B) atendimento público; 
(C) alguém espera; 
(D) horário regulamentar; 
(E) mais cedo. 
 
Comentário: as bancas raramente dedicam questões inteiras à concordância 
nominal. Geralmente elas associam o tema aos verbos. 
Assim como na concordância verbal, a nominal apresenta uma regra geral e 
outras particulares. 
A regra geral diz que os determinantes — adjetivo, artigo, numeral, 
pronome — variam para adequar-se ao substantivo ou ao termo de valor 
substantivo. 
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Aula 05 – Concordância e regência nominal. Crase 
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5 
Exemplo: As nossas duas mãos inseguras apertaram-se. 
Note que o artigo (As), o pronome (nossas), o numeral (duas) e o adjetivo 
(inseguras) se flexionaram em gênero (feminino) e número (plural), a fim de se 
adaptar ao substantivo (mãos). 
 
Nesse sentido, precisamos encontrar a alternativa em que um elemento não 
caracteriza o substantivo. 
Dica! Se estiver em dúvida, altere o gênero ou o número do substantivo e 
veja se o determinante varia. Se variar, significa que houve concordância. 
(A) resposta insatisfatória 
O adjetivo (insatisfatória) variou para concordar com seu referente (resposta). 
Observe que, se este fosse colocado no plural, o adjetivo teria de adaptar-se a ele 
(respostas insatisfatórias). 
(B) atendimento público 
O adjetivo (público) variou para concordar com seu referente (atendimento). 
Se este fosse colocado no plural, o adjetivo se adaptaria a ele (atendimentos 
públicos). 
(C) alguém espera 
Esse é um caso de concordância verbal. O verbo (espera) variou para 
concordar com seu referente (alguém). Se este fosse substituído por termo 
equivalente, no plural, o verbo se adaptaria a ele (algumas pessoas esperam). 
(D) horário regulamentar 
O adjetivo (regulamentar) variou para concordar com seu referente (horário). 
Se este fosse colocado no plural, o adjetivo se adaptaria a ele (horários 
regulamentares). 
Atenção! Adjetivos, artigos, numerais e pronomes devem concordar em 
gênero e número com o substantivo. 
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6 
(E) mais cedo 
Ambas as palavras são advérbios. E, como sabemos, eles não se referem a 
substantivos e fazem parte das classes gramaticais invariáveis. 
Para confirmar que não houve relação de concordância, construa frases de 
gênero e número diferentes, usando os dois termos, e compare-as (Ele acorda mais 
cedo, Elas acordam mais cedo). Nenhum deles variou! Aqui está a primeira 
resposta! 
Resposta: E 
 
Casos especiais 
 
2. FGV/CODEBA/2016, com adaptações 
Assinale a opção em que a concordância entre os termos está incorreta. 
(A) As várias eras, éons, períodos, épocas e idades. 
(B) Os vários períodos, éons, eras, épocas e idades. 
(C) Os éons, eras, períodos, épocas e idades várias. 
(D) As várias períodos, éons, eras, épocas e idades. 
(E) Os éons, eras, épocas, períodos e idades vários. 
 
Comentário: para encontrar o erro, é necessário conhecer as particularidades da 
concordância nominal. 
Embora a regra geral trate de todos os determinantes, a maioria dos casos 
especiais se refere apenas ao adjetivo e às situações em que há mais de um 
substantivo na oração. 
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Aula 05 – Concordância e regência nominal. Crase 
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7 
Por isso, precisamos recapitular as funções sintáticas do adjetivo, explicadas 
na aula 01. Ele pode funcionar como adjunto adnominal ou como predicativo. 
Aquele se liga aos nomes; este, aos verbos, mas também qualifica os nomes. 
Exemplos: A bela chácara foi reformada. 
 A chácara ficou bela. 
Na primeira frase, o elemento sublinhado refere-se ao substantivo “chácara” 
e não tem independência sintática, pois faz parte do sujeito (A bela chácara). Ele 
atua, portanto, como adjunto adnominal. 
Na segunda, o adjetivo é introduzido pelo verbo (ficou) e exerce a função de 
predicativo, atribuindo qualidade ao sujeito. 
 
Voltando às regras particulares de concordância, é importanteatentarmos 
para três fatos: a função sintática do adjetivo, a posição que ele ocupa e o gênero 
dos substantivos. 
Se ele for adjunto adnominal e aparecer antes dos substantivos, concordará 
com o mais próximo, mas qualificará todos. Se vier depois, poderá concordar com 
o mais próximo, referindo-se apenas a este, ou com todos. 
Exemplos: Bela praia e campo visitamos. 
 Praia e campo belo (ou belos) visitamos. 
Quando um determinante concorda com a palavra mais próxima, ocorre 
concordância atrativa. Quando ele concorda com o conjunto dos termos, há 
concordância lógica. 
Lembre-se de que essas disposições se aplicam somente às frases com mais 
de um substantivo. Em caso de um único substantivo, vale a regra geral. 
Vejamos as alternativas. 
Lembrete: o adjetivo pode atuar como adjunto adnominal ou como 
predicativo. 
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8 
(A) As várias eras, éons, períodos, épocas e idades. 
O período contém um artigo (As) e um pronome adjetivo (várias), exercendo 
função de adjunto adnominal, antepostos a cinco substantivos. Nessa condição, os 
determinantes devem concordar com o primeiro substantivo (eras). 
(B) Os vários períodos, éons, eras, épocas e idades. 
O período contém um artigo (Os) e um pronome adjetivo (vários), exercendo 
função de adjunto adnominal, antepostos a cinco substantivos. Nessa condição, os 
determinantes devem concordar com o primeiro substantivo (períodos). 
(C) Os éons, eras, períodos, épocas e idades várias. 
O período contém um artigo (Os) e um adjetivo (várias), exercendo função de 
adjunto adnominal. O primeiro aparece anteposto a cinco substantivos, condição 
em que deve concordar com o substantivo mais próximo (éons). 
O segundo está posposto aos substantivos, podendo concordar com o mais 
próximo (idades) ou com todos (caso em que estaria no gênero masculino). 
Repare que alterei a classificação gramatical da palavra “várias”, por 
considerar que a mudança de posição, do início para o final da frase, alterou seu 
sentido (da ideia de quantidade para a de variedade). 
(D) As várias períodos, éons, eras, épocas e idades. 
O período contém um artigo (As) e um pronome adjetivo (várias), exercendo 
função de adjunto adnominal, antepostos a cinco substantivos. Nessa condição, os 
determinantes devem concordar com o primeiro substantivo (períodos), o que não 
ocorreu. Encontramos o erro! 
(E) Os éons, eras, épocas, períodos e idades vários. 
O período contém um artigo (Os) e um adjetivo (vários), exercendo função de 
adjunto adnominal. O primeiro aparece anteposto a cinco substantivos, condição 
em que deve concordar com o substantivo mais próximo (éons). 
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O segundo está posposto aos substantivos, podendo concordar com o mais 
próximo (idades) ou com todos (considerando que os substantivos são de gêneros 
diferentes, o adjetivo deve flexionar-se no masculino — vários). 
Resposta: D 
 
3. FCC/2015-16, coletânea 
A alternativa em que a expressão sublinhada pode ser substituída pelo que se 
apresenta entre colchetes, respeitando-se a concordância, e sem quaisquer 
outras alterações no enunciado, é: 
(A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades inteligentes já são 
viáveis economicamente em todo o mundo... [viável] 
(B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à abertura de 
bases de dados por parte dos órgãos públicos. [relacionado] 
(C) Não parece ser devidamente valorizada, nos debates ecológicos, a 
singularidade dos ecossistemas e a diversidade das culturas. [valorizado] 
(D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por exemplo, até 
os dados pessoais... [pública] 
(E) As emoções são adaptações singulares que integram o mecanismo, 
especialmente das espécies mais desenvolvidas, com o qual os organismos 
regulam sua sobrevivência. [os quais] 
 
Comentário: como a FCC não costuma cobrar questões só de concordância 
nominal, reuni alternativas que foram aplicadas em provas diferentes. Antes de 
resolvê-las, deixe-me completar a explicação sobre os casos particulares. 
Se o adjetivo for predicativo e aparecer antes dos substantivos, poderá 
concordar com o mais próximo, referindo-se à totalidade, ou com todos. Se vier 
depois, concordará obrigatoriamente com todos. 
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Exemplos: É bela (ou São belos) a praia e o campo. 
 A praia e o campo são belos. 
Para facilitar seu estudo, fiz um quadro para você consultar as diferenças de 
concordância. 
Função Antes dos substantivos Depois dos substantivos 
Adjunto atrativa atrativa* ou lógica 
Predicativo atrativa ou lógica lógica 
*qualifica apenas ao substantivo próximo. 
Passemos às alternativas. 
(A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades inteligentes já são 
viáveis economicamente em todo o mundo... [viável] 
Como o sujeito não é composto, o adjetivo deve obedecer à regra geral de 
concordância, mantendo a flexão do verbo a que se vincula (são). 
Repare que a única concordância facultativa é a do verbo, pois ele se liga a 
sujeito formado de expressão partitiva. O predicativo só poderia ser substituído por 
“viável” se o verbo estivesse no singular (A maioria das tecnologias necessárias para 
as cidades inteligentes já é viável). 
(B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à abertura de 
bases de dados por parte dos órgãos públicos. [relacionado] 
Mais uma vez, o sujeito não é composto, e o elemento destacado deve 
obedecer à regra geral de concordância nominal. Como, na frase, não há termo de 
gênero masculino, o predicativo não pode ser substituído por “relacionado”. 
(C) Não parece ser devidamente valorizada, nos debates ecológicos, a 
singularidade dos ecossistemas e a diversidade das culturas. [valorizado] 
O predicativo aparece antes dos substantivos, podendo concordar com o mais 
próximo ou com todos. Todavia, considerando que ambos os nomes são do gênero 
feminino (singularidade, diversidade), ele não pode ser substituído por “valorizado”. 
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(D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por exemplo, até 
os dados pessoais... [pública] 
O adjetivo atua como adjunto adnominal e aparece depois de dois 
substantivos (saúde, educação), podendo concordar com o mais próximo ou com 
todos. 
Em ambas as opções de concordância, não será necessário fazer nenhuma 
outra alteração na frase. A letra D é a resposta! 
(E) As emoções são adaptações singulares que integram o mecanismo, 
especialmente das espécies mais desenvolvidas, com o qual os organismos regulam 
sua sobrevivência. [os quais] 
Pela flexão do pronome relativo (o qual), no masculino, sabemos que ele 
retoma o termo “mecanismo”. Já que não há antecedente do mesmo gênero e do 
plural, ele não pode ser substituído por “os quais”. 
Resposta: D 
 
4. FCC/DPE-RR/2015 
A concordância está correta na seguinte frase: 
(A) As postagens de intolerância, de ódio e de racismo devem ser monitorados 
por um aplicativo. 
(B)Quaisquer tipos de mensagens de ódio, recorrentes nas redes sociais, 
devem ser combatidos. 
(C) É preciso que seja interrompido a circulação de conteúdos ofensivos no 
meio virtual. 
(D) Com a disponibilização dos dados, serão criados políticas públicas para 
amparar as vítimas. 
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12 
(E) Métodos para reprimir os vários tipos de violência na internet se tornaram 
imprescindível. 
 
Comentário: vamos direto aos itens! 
(A) As postagens de intolerância, de ódio e de racismo devem ser monitorados 
por um aplicativo. 
As postagens devem ser monitoradas, não “monitorados”. 
(B) Quaisquer tipos de mensagens de ódio, recorrentes nas redes sociais, 
devem ser combatidos. 
Os tipos devem ser combatidos. A concordância está correta! 
Embora essa construção possa parecer estranha, note que a concordância 
com o núcleo do sujeito sempre é adequada. 
(C) É preciso que seja interrompido a circulação de conteúdos ofensivos no 
meio virtual. 
A circulação é interrompida, não “interrompido”. 
(D) Com a disponibilização dos dados, serão criados políticas públicas para 
amparar as vítimas. 
As políticas serão criadas, não “criados”. 
(E) Métodos para reprimir os vários tipos de violência na internet se tornaram 
imprescindível. 
Os métodos se tornaram imprescindíveis, não “imprescindível”. 
Resposta: B 
 
Antes de resolver os últimos exercícios de concordância nominal, veja três 
casos que são cobrados pelas bancas. 
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13 
a) é bom, é necessário, é permitido, é proibido 
i. Se o adjetivo atuar como adjunto adnominal, concordará com o 
substantivo. 
Entrada proibida gera curiosidade. 
Água boa não enjoa. 
 
ii. Se for predicativo, concordará com o determinante. Caso não haja 
determinante, o adjetivo ficará invariável. 
Entrada é proibido. 
Água é bom para a saúde. 
A entrada é proibida. 
A água é boa para a saúde. 
 
b) o melhor possível 
O adjetivo “possível” deve concordar com o artigo. 
 
Máquinas o mais rápidas possível. 
Deu as melhores referências possíveis. 
 
c) menos 
Nunca varia. 
 
Menos pessoas vieram ao festival. 
Há menos meninas do que meninos no ginásio. 
 
 
Preparei duas listas de palavras que geram dúvidas em relação à 
concordância. A primeira exibe termos que são variáveis. 
Atenção! A palavra “menos” é invariável. 
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14 
Variam Exemplo 
agradecido Elas ficaram agradecidas. 
anexo Envio documentos anexos. 
apenso As planilhas estão apensas ao processo. 
extra Temos horas extras. 
grato Elas parecem gratas. 
incluso Envio inclusa a proposta. 
leso Crime de lesa-pátria. 
obrigado Muito obrigadas! 
próprio Elas próprias chefiam o evento. 
quite Estou quite com você. 
servido A refeição foi servida no horário. 
 
A segunda mostra palavras que podem variar, desde que não atuem como 
advérbios ou palavras denotativas. 
Podem variar Exemplo 
barato A loja oferece mercadorias baratas. 
bastante (= muitos) Há bastantes opções para todos. 
caro Ele prefere roupas caras. 
longe (= distantes) A vila fica em longes terras. 
meio (numeral) Encha meia taça, por favor. 
mesmo Nós mesmas redigimos o parecer. 
muito Muitas pessoas compareceram. 
pouco Mulher de poucas palavras. 
só (= sozinho) Hoje estamos sós. 
todo Nem toda vitória é vantajosa. 
 
 
 
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Aula 05 – Concordância e regência nominal. Crase 
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15 
5. FCC/TRT-RS/2105 
A frase que respeita as orientações da norma-padrão da língua, no que se 
refere à concordância, é: 
(A) Parece muito óbvio, de acordo com o noticiário, a intenção de os artistas 
de ópera pugnarem por melhores condições de trabalho e por melhores 
salários. 
(B) No planejamento constam várias cotações para a compra dos 
instrumentos, e nota-se que é bastante caro os de corda, como o violino e a 
harpa. 
(C) De acordo com o especialista, são muito fugaz, mesmo, as variações de 
tom no canto inicial, mas é exatamente essa diversificação que dá brilho ao 
trecho. 
(D) Foram realmente débeis, por confrontos com outras encenações, a série 
de entradas do tenor em cena, mas isso foi atribuído à insegurança de um 
iniciante. 
(E) A ópera, considerados sua concepção e entendimento atuais, pode ser tida 
como uma arte menos exótica, mas sempre transformadora. 
 
Comentário: analisemos as alternativas. 
(A) Parece muito óbvio, de acordo com o noticiário, a intenção de os artistas 
de ópera pugnarem por melhores condições de trabalho e por melhores salários. 
Cuidado com o sujeito posposto. 
Se colocarmos a frase na ordem direta, veremos facilmente que a forma 
correta seria “a intenção parece muito óbvia”, não “óbvio”. 
O vocábulo muito não variou porque atuou como advérbio, modificando o 
adjetivo “óbvio”. 
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16 
 
(B) No planejamento constam várias cotações para a compra dos 
instrumentos, e nota-se que é bastante caro os de corda, como o violino e a harpa. 
O correto seria “os instrumentos de corda são bastante caros”, não “é caro”. 
O vocábulo “bastante” não variou porque atuou como advérbio, modificando 
o adjetivo “caros”. 
(C) De acordo com o especialista, são muito fugaz, mesmo, as variações de 
tom no canto inicial, mas é exatamente essa diversificação que dá brilho ao trecho. 
O correto seria “as variações são fugazes” (rápidas), não “fugaz”. 
A palavra mesmo não variou porque atuou como advérbio, equivalendo a 
“realmente”, “de fato”. 
(D) Foram realmente débeis, por confrontos com outras encenações, a série 
de entradas do tenor em cena, mas isso foi atribuído à insegurança de um iniciante. 
O correto seria “a série foi débil”, não “foram débeis”. 
(E) A ópera, considerados sua concepção e entendimento atuais, pode ser tida 
como uma arte menos exótica, mas sempre transformadora. 
Com o predicativo anteposto (considerados) aos substantivos, a 
concordância pode ocorrer com o mais próximo (concepção) ou com todos 
(concepção e entendimento), sendo esta a que ocorreu. 
Com o adjunto adnominal posposto (atuais) aos substantivos, a 
concordância também é facultativa, podendo se dar com o mais próximo 
(entendimentos), e referindo-se apenas a este, ou com todos (concepção e 
entendimento), sendo esta a que ocorreu. Eis a resposta! 
Resposta: E 
 
Lembrete: Advérbios são invariáveis e modificam adjetivos, verbos ou 
outros advérbios. 
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17 
6. MPE-RS/MPE-RS/2016 
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas dos 
enunciados abaixo. 
1. Vossa Senhoria _____ apresentar imediatamente o relatório referente à 
viagem. 
2. PrezadoSenador, é com alegria que recebemos a informação de que Vossa 
Senhoria já está _____ da cirurgia. 
3. Prezado Senador, informamos a Vossa Senhoria que o Senhor Ministro não 
poderá _____ esta semana. 
 
(A) deve – recuperado – recebê-lo 
(B) deveis – recuperada – receber-vos 
(C) deveis – recuperado – receber-vos 
(D) deve – recuperada – recebê-lo 
(E) deve – recuperado – receber-vos 
 
Comentário: estudamos os pronomes de tratamento na aula 02, mas retomei o 
assunto porque eles têm uma peculiaridade em relação à concordância. 
Vimos que os verbos e os pronomes, quando se referem a essas formas de 
tratamento, precisam ficar na 3a pessoa. A novidade é que o adjetivo deve 
concordar com o sexo da pessoa que o pronome designa, não com a palavra. 
Exemplos: Vossa Senhoria parece honrada. (para mulher) 
 Vossa Senhoria está arrumado. (para homem) 
Lembre-se de que o Vossa funciona igual ao você, mas é mais formal. 
Analisemos os enunciados. 
1. Vossa Senhoria _____ apresentar... 
Substituindo “Vossa Senhoria” por “você”, obtemos “Você deve apresentar”. 
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18 
2. Vossa Senhoria já está _____ da cirurgia. 
Substituindo “Vossa Senhoria” por “você”, obtemos “Você já está recuperado”, 
pois a pessoa em questão é um homem (Senador). 
3. ...informamos a Vossa Senhoria que o Senhor Ministro não poderá _____. 
Substituindo “Vossa Senhoria” por “você”, obtemos “não poderá recebê-lo”. 
A alternativa que preenche corretamente as lacunas é a letra A (deve – 
recuperado – recebê-lo). 
Resposta: A 
 
7. FGV/TJ-RJ/2014 
Na frase “Todos queremos viver em liberdade”, o exemplo de concordância 
em “Todos queremos” se repete na seguinte frase: 
(A) Não são criativos todos os brasileiros; 
(B) Os candidatos estamos preocupados com a prova; 
(C) V. Exa. parece entristecido; 
(D) Todos nós desejamos a liberdade; 
(E) A gente não deseja mais viver. 
 
Comentário: a frase apresenta concordância ideológica. Nesse caso, tanto o 
verbo quanto os determinantes adaptam-se à ideia, não à palavra. 
A concordância ideológica pode ser de: 
a) Gênero: alteração entre feminino e masculino; 
Vossa Excelência foi ponderado. 
 
 
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b) Número: alteração entre singular e plural; 
O grupo partiu e não fizeram barulho. 
 
c) Pessoa: alteração entre 1a, 2a ou 3a pessoa. 
Os brasileiros esperamos tudo do Estado. 
 
Tenha em mente que, à exceção dos pronomes de tratamento, esse tipo 
de concordância não deve ser utilizado na escrita. 
Na frase apresentada (Todos queremos viver em liberdade), há exemplo de 
concordância ideológica de pessoa, pois, embora o sujeito esteja na 3a pessoa do 
plural (Todos), o verbo flexionou-se na 1a pessoa do plural (nós). 
Vejamos em qual alternativa isso se repete. 
(A) Não são criativos todos os brasileiros. 
A concordância seguiu a regra geral (todos os brasileiros são). 
(B) Os candidatos estamos preocupados. 
O verbo concordou com a ideia, mostrando que o autor da frase se inclui entre 
os candidatos, não com a palavra (Os candidatos estão). 
Como a 3a pessoa (eles) foi trocada pela primeira (nós), é caso de 
concordância ideológica de pessoa. Aqui está a resposta! 
(C) V. Exa. parece entristecido; 
O adjetivo concordou com a ideia, mostrando que o interlocutor é homem, 
não com a palavra (Vossa Excelência). 
Como o feminino foi trocado pelo masculino, é caso de concordância ideológica 
de gênero. Com os pronomes de tratamento, essa concordância é obrigatória. 
(D) Todos nós desejamos a liberdade; 
A concordância seguiu a regra geral (nós desejamos). 
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(E) A gente não deseja mais viver. 
A concordância seguiu a regra geral (A gente deseja). 
Observe que a expressão a gente é feminina e singular. Usar o verbo no 
plural, como em “A gente não desejamos”, seria caso de concordância ideológica, a 
qual não é aconselhada pela norma culta. 
Resposta: B 
 
Regência nominal 
Assim como na concordância, as bancas quase nunca dedicam questões 
inteiras à regência nominal. Na verdade, no caso da FCC, o tema só é cobrado 
indiretamente, por meio da crase. 
Precisamos estudá-lo para aplicar corretamente o acento grave, mas sem a 
necessidade de nos aprofundar no assunto. 
 
8. CESGRANRIO/BNDES/2011, com adaptações 
A frase em que o uso da preposição destacada NÃO constitui caso de regência 
nominal é: 
(A) ... são nocivos a uma pessoa... 
(B) temos que nos conscientizar sobre a necessidade de estarmos... 
(C) dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida... 
(D) ... que, para ser feliz com a outra pessoa... 
(E) Você aprende a ter respeito por você... 
 
Comentário: encontrar a frase em que a preposição não constitui caso de regência 
significa que o termo destacado não foi exigido por outra palavra. 
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Nesse sentido, preposições que introduzem adjuntos adverbiais ou 
adnominais não estabelecem relação de regência, pois acrescentam informações 
dispensáveis ao período. 
Por outro lado, o termo preposicionado que completa o sentido de adjetivo, 
advérbio ou substantivo, por exigência de algum desses elementos, estabelece 
relação de regência e é chamado de complemento nominal, que estudamos na 
aula 01. 
Regência nominal, portanto, é a relação de dependência que alguns nomes 
estabelecem com seus complementos, enquanto complemento nominal é o termo 
exigido por ela. 
Examinemos as alternativas. 
(A) nocivos a: a palavra “nocivo” exige complemento introduzido pela 
preposição “a”. Trata-se de regência nominal. 
(B) necessidade de: a palavra “necessidade” exige complemento introduzido 
pela preposição “de” (regência nominal). 
(C) dispostas a: a palavra “disposto” exige complemento introduzido pela 
preposição “a” (regência nominal). 
(D) feliz com a outra pessoa: a palavra “feliz” não exige complemento, tanto 
é que podemos afirmar “para ser feliz, você precisa se divertir”, sem usar 
preposições ou complementos. 
Desse modo, a informação acrescentada pela preposição (com) é acessória. 
Essa é a preposição que não constitui caso de regência, conforme solicitado pelo 
comando! 
(E) respeito por: a palavra “respeito” exige complemento introduzido pelas 
preposições “a”, “de” ou “por”, dependendo do sentido em que seja usada. 
Resposta: D 
 
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9. FADESP/CREA-PA/2014 
No trecho “O menino moderno, familiarizado com o computador, ficou curioso 
sobre como eram as coisas no trabalho de seu pai no tempo em que não havia 
computadores”, há um desvio quanto à 
(A) regência verbal. 
(B) regência nominal. 
(C) concordância verbal. 
(D) concordância nominal. 
(E) colocação pronominal. 
 
Comentário: considerando o tema da aula, você deve ter deduzido que a respostaé a letra B. E acertou! Mas você saberia me dizer por quê? 
O problema da frase é a preposição “sobre”, que foi usada incorretamente. A 
palavra “curioso” exige complemento introduzido por “de”, como em “Ele é curioso 
de tudo”. 
Resposta: B 
 
Crase 
Enfim, chegamos ao tema mais importante da aula. Aprenda com a FCC! 
 
10. FCC/TCE-SP/2015 
Mantendo-se o sentido e a correção da frase, o segmento grifado pode ser 
corretamente substituído pelo que se encontra entre parênteses em: 
(A) essa etapa da vida é propícia à satisfação pessoal (assegura a satisfação 
pessoal) 
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(B) instrumentos capazes de enfrentar a decadência de habilidades cognitivas 
(mitigar à ruína) 
(C) esse é um momento fecundo para novas conquistas (enseja a novas 
conquistas) 
(D) uma atitude mais tolerante em relação às idades. (no que tange as faixas 
etárias) 
(E) A invenção da terceira idade [...] indicaria assim uma experiência inusitada 
de envelhecimento (à insólita experiência de envelhecimento) 
 
Comentário: como você verá, as questões sobre crase são fáceis e repetitivas. 
Todavia, para responder adequadamente a elas, precisamos conhecer os princípios 
básicos da crase, começando pela definição. 
Crase é a fusão de duas vogais iguais, quaisquer que sejam elas. Assim, 
quando pronunciamos as vogais repetidas dos vocábulos “caatinga”, “creem”, 
“niilismo”, como se fossem uma só (catinga, crem, nilismo), ocorre crase. 
Da mesma forma, quando unimos a vogal final de uma palavra com a inicial 
de outra, acontece o fenômeno da crase. Se você cantar a música “Minha Alma”, da 
banda O Rappa, unindo as vogais (Minhalma tá armada e apontada...), estará 
usando a crase. 
Em outras palavras, quero dizer que crase não é sinônimo de acento grave 
(`). Este é usado apenas para indicar alguns casos em que ela ocorre, a saber: 
a) Fusão da preposição a com o artigo a; 
Exemplo: Fui à livraria. (= Fui a + a livraria) 
 
b) Fusão da preposição a com o demonstrativo aquele; 
Exemplo: Não dê atenção àquilo. (= Não dê atenção a + aquilo) 
 
 
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c) Fusão da preposição a com o demonstrativo a. 
Exemplo: Esta rua é igual à que vi. (= Esta rua é igual a + a rua que vi) 
 
Observe que, quando há união de preposição com artigo, é necessário que o 
termo regente exija a preposição a e que o regido aceite o artigo a. Caso uma 
dessas condições não seja preenchida, não haverá crase. Compare. 
Exemplos: Assistiram à peça. 
 Visitaram à praça. X 
Uma forma prática de verificar se as frases estão escritas corretamente é 
substituir as palavras femininas (peça e praça) por nomes masculinos (espetáculo 
e parque). Se o resultado for ao, deve ocorrer acento grave. Caso contrário, não há 
combinação de letras iguais. 
Exemplos: Assistiram ao espetáculo. 
 Visitaram o parque. 
Note que o acento empregado na primeira frase está adequado, porque o 
termo ao indica a união da preposição a com o artigo o (lembre-se da aula 01: a + 
a = à, a + o = ao). 
Fato diferente ocorre no segundo período, já que o artigo o indica que não há 
preposição entre as palavras “Visitaram” e “praça”. Isso significa que o verbo não 
exige a preposição a. A forma apropriada, portanto, seria “Visitaram a praça”, sem 
acento. 
 
Voltemos à questão. 
 
 
Atenção! Em caso de dúvida, substitua a palavra feminina por uma 
masculina. Se o “a” virar “ao”, haverá crase. 
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(A) é propícia à satisfação pessoal (assegura a satisfação pessoal) 
Se substituirmos “satisfação” por um nome masculino (assegura o 
contentamento pessoal), veremos que “o” é artigo e que “assegurar” não exige 
preposição. Dessa maneira, a substituição está correta. Achamos de primeira! 
(B) enfrentar a decadência (mitigar à ruína) 
Se substituirmos “ruína” por um nome masculino (mitigar o declínio), veremos 
que “o” é artigo e que “mitigar” não exige preposição. Logo, a forma correta do 
segmento entre parênteses seria “mitigar a ruína”, sem acento. 
(C) esse é um momento fecundo para novas conquistas (enseja a novas 
conquistas) 
Se realizássemos a substituição, a frase ficaria incompleta (esse é um 
momento enseja a novas conquistas), pois faltaria conexão entre “momento” e 
“enseja” (momento que enseja). 
De qualquer forma, analisando o segmento entre parênteses, vemos que o 
verbo “ensejar” é transitivo direto, ou seja, não exige preposição. Logo, a forma 
correta seria “que enseja novas conquistas”. 
(D) em relação às idades (no que tange as faixas etárias) 
Se substituirmos “faixas” por um nome masculino (no que tange aos intervalos 
etários), veremos que “aos” é formado de preposição e artigo. Logo, a forma correta 
do segmento entre parênteses seria “no que tange às faixas etárias”, com acento 
indicativo de crase. 
(E) indicaria assim uma experiência inusitada de envelhecimento (à insólita 
experiência de envelhecimento) 
Se substituirmos “experiência” por um nome masculino (o insólito exercício 
de envelhecimento), veremos que “o” é artigo e que “indicar” não rege preposição. 
Logo, a forma correta do segmento entre parênteses seria “a insólita experiência de 
envelhecimento”, sem acento. 
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Resposta: A 
 
11. FCC/TRT-9/2016, com adaptações 
Está correta a redação da frase que se encontra em 
(A) Da infância e à adolescência marcado por extremas dificuldades, Bernhard 
foi criado pelo avô − o qual foi seu mestre e mentor para toda a vida − e 
passou à enfrentar a miséria da guerra em Salzburgo. 
(B) Em 1978, o escritor Italo Calvino recomendou à uma editora italiana que 
publicasse Thomas Bernhard, e o apresentou como o mais importante autor 
daquela época. 
(C) Em Origem, Thomas Bernhard discorre sobre o período de sua formação 
em que, à procura de si mesmo, descobriu também a literatura. 
(D) Uma das paixões de Bernhard, a qual se dedicou com fervor, foi o estudo 
da música, além de abandonar o ginásio para ser aprendiz de comerciante. 
(E) Quando uma gripe mal curada degenerou numa grave doença pulmonar, 
a beira da morte, boa parte da adolescência de Bernhard se passa em 
hospitais e sanatórios. 
 
Comentário: assim como a concordância e a regência, a crase também tem suas 
particularidades. Antes de apresentá-las, deixe-me resumir as situações em ela 
ocorre. 
Existem seis casos principais de crase: 
a) Antes de palavra feminina que aceita artigo; 
Exemplo: Fomos à Bahia e a Santa Catarina. 
Lembrete: O artigo refere-se a substantivos e é variável. A preposição 
conecta palavras e não varia entre singular e plural. 
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Observe que, se substituirmos o verbo “ir” por algum que exija outra 
preposição, veremos que “Bahia” aceita artigo, diferentemente de 
“Santa Catarina”(Passeamos na Bahia e em Santa Catarina). 
 
b) Antes de substantivo feminino subentendido; 
Exemplos: Preparou um prato à mineira. (= à moda de Minas) 
 Estilo à Olavo Bilac. (= à maneira de) 
 
c) Antes do pronome “aquele” e variações; 
Exemplo: Aspiramos àquele prêmio. 
 
d) Antes do pronome “qual”; 
Exemplo: Esta é a cabana à qual me referi. 
 
e) Na indicação de horas; 
Exemplo: A notícia foi divulgada à zero hora. 
 
f) Em locuções com substantivos femininos. 
Exemplos: à tarde, à custa de, à medida que. 
 
Tais locuções recebem o acento grave por motivo de clareza, não 
necessariamente pela união de vogais. Essa é uma exceção à regra. 
 
Por exclusão, podemos enumerar as principais situações em que a crase 
não ocorre: 
a) Antes de substantivo masculino; 
Exemplo: Viajamos a cavalo. 
 
b) Antes de verbos no infinitivo; 
Exemplo: Descontos a partir de dez reais. 
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c) Antes de artigos indefinidos; 
Exemplo: O gerente aspira a uma promoção. 
 
d) Antes do relativo “que”; 
Exemplo: Mostrou a conclusão a que chegou. 
 
Exceção: antes de substantivo feminino subentendido. 
Exemplo: Refiro-me a esta cidade, não à que visitamos. (à cidade que) 
 
e) Após outras preposições; 
Exemplo: Ela está aqui desde as oito horas. 
 
Exceção: com a locução “até a”. 
Exemplo: Chegou até à praça. 
 
f) Antes de nome plural com “a” no singular. 
Exemplos: Ele visava a moradias bonitas. 
 
Avaliemos os itens. 
(A) Da infância e à adolescência [...] passou à enfrentar... 
O primeiro acento grave está adequado, pois indica união de duas vogais 
iguais, como percebemos ao reescrevê-lo com palavra masculina (Da infância e ao 
crescimento). 
O segundo, no entanto, está incorreto, porque não há crase antes de verbo 
no infinitivo. 
(B) recomendou à uma editora... 
Não há crase antes de artigo ou pronome indefinido. 
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Observe que, quando escrevemos “à uma hora”, a ocorrência da crase deve-
se à indicação de horas, não tendo relação com o numeral (uma). 
Dica! Nessas situações, substitua o horário por “meio-dia”. Se o resultado for 
“ao meio-dia”, haverá crase. 
(C) à procura de si mesmo... 
A locução prepositiva “à procura de” recebe o acento grave por motivo de 
clareza, não necessariamente pela união de vogais. A redação da frase está correta! 
(D) Uma das paixões de Bernhard, a qual se dedicou... 
Como o verbo “dedicar-se” rege a preposição “a”, e o pronome relativo “o 
qual” aceita acento grave, a forma adequada seria à qual. 
Repare que, ao substituirmos “paixões” por palavra masculina (Um dos 
interesses de Bernhard, ao qual se dedicou), obtemos ao. 
(E) doença pulmonar, a beira da morte... 
A locução prepositiva “à beira de” deve receber o acento grave, por motivo 
de clareza. 
Se quiser revisar as locuções, veja o tópico “Locuções”, da aula 01. 
Resposta: C 
 
12. FCC/TRT-15/2015 
O termo entre parênteses preenche corretamente a lacuna da frase em: 
(A) A mudança, começaram ...... senti-la apenas os descendentes dos 
escravos. (à) 
(B) Não foi apenas com o intuito de libertar ...... escravos que se promulgou 
a lei Áurea. (aos) 
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(C) As condições iniciais dos libertos eram muito próximas ...... de escravidão. 
(as) 
(D) ...... vésperas do século XX ainda eram debatidas questões como a 
escravidão. (Às) 
(E) Muito embora lhes fosse conferida ...... condição de liberto, muitos 
continuavam subjugados. (à) 
 
Comentário: direto aos itens! 
(A) começaram ...... senti-la (à) 
Não há crase antes de verbo no infinitivo (sentir + a = senti-la). 
(B) libertar ...... escravos (aos) 
Como o verbo é transitivo direto, não pede preposição (libertar os escravos). 
(C) condições [...] próximas ...... de escravidão (as) 
Atenção à regência nominal e ao termo subentendido. Como “próximas” 
exige preposição (próximas a algo), e podemos subentender uma palavra feminina 
no contexto (condições), a forma adequada seria “próximas às de escravidão”. 
(D) ...... vésperas do século XX (Às) 
Mais uma locução prepositiva. Eis o termo entre parênteses que preenche 
corretamente a lacuna! 
(E) lhes fosse conferida ...... condição de liberto (à) 
Como o verbo é transitivo direto e indireto, e o objeto indireto aparece 
expresso (lhes) na frase, seria inadequado colocar preposição antes do objeto 
direto. A forma correta deveria ser “conferida a condição”. 
Resposta: D 
 
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13. FCC/TRT-4/2015 
A idealização das mulheres em seus papéis familiares é muito 
semelhante àquelas idealizações divulgadas no final do século XVIII e início 
do século XX nos grandes centros europeus. 
 
Mantém-se a correção no emprego do sinal indicativo de crase se o segmento 
grifado na frase acima for substituído por: 
(A) à uma determinada idealização divulgada. 
(B) à cada uma das idealizações divulgadas. 
(C) à algumas idealizações divulgadas. 
(D) à típica idealização divulgada. 
(E) à qualquer das idealizações divulgadas. 
 
Comentário: avaliemos! 
(A) à uma determinada: antes de artigos e pronomes indefinidos, não 
ocorre crase. 
(B) à cada uma: antes de locuções indefinidas, não ocorre crase. 
(C) à algumas idealizações: antes de nome plural com “a” no singular 
(preposição), não ocorre crase. Além disso, antes de pronome indefinido 
(algumas) também não. 
(D) à típica idealização: o termo regente (semelhante) exige preposição (a) e 
é seguido de nome feminino que aceita artigo (idealização). A letra D é a resposta! 
(E) à qualquer: antes de pronomes indefinidos, não ocorre crase. 
Resposta: D 
 
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Você deve ter percebido que, quando as palavras femininas são usadas em 
sentido vago ou genérico, não há crase. 
Exemplos: Procedeu a busca criteriosa. 
 Faltou devido a doença em família. 
Dica! Nesses casos, conseguimos subentender o artigo indefinido uma. Veja: 
Exemplos: Procedeu a uma busca criteriosa. 
 Faltou devido a uma doença em família. 
 
14. FCC/TRT-14/2016 
No que se refere ao emprego do acento indicativo de crase e à colocação do 
pronome, a alternativa que completa corretamente a frase O palestrante deu 
um conselho... é: 
(A) à alguns jovens que escutavam-no. 
(B) à estes jovens que o escutavam. 
(C) àqueles jovens que o escutavam. 
(D) à juventude que escutava-o. 
(E) à uma porção de jovens que o escutava. 
 
Comentário: atenção ao comando. Ele falou de crase e colocação pronominal. 
Temos que analisar ambas. 
(A) à alguns jovens que escutavam-no. 
Antes de nome plural com “a” no singular (preposição), não ocorre crase. 
Além disso, pronomes indefinidos (alguns) e palavras masculinas (jovens) não 
aceitam artigo (a). 
Com palavraatrativa (que), o pronome átono deve aparecer antes do verbo. 
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33 
(B) à estes jovens que o escutavam. 
Antes de nome plural com “a” no singular (preposição), não ocorre crase. 
Além disso, as palavras masculinas (jovens) e os pronomes esta e essa não 
aceitam artigo (a). 
(C) àqueles jovens que o escutavam. 
Tanto o acento quanto a colocação estão corretos. O verbo “dar”, transitivo 
direto e indireto (deu um conselho a alguém), exige a preposição “a” e aparece 
antes do pronome demonstrativo “aqueles”. 
A palavra atrativa (que) atrai o pronome átono para antes do verbo. Essa é a 
resposta! 
(D) à juventude que escutava-o. 
O erro está na colocação pronominal, não na acentuação, que está adequada. 
(E) à uma porção de jovens que o escutava. 
Antes de artigos e pronomes indefinidos, não ocorre crase. 
Resposta: C 
 
15. FCC/TRT-14/2016 
Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados 
em: 
(A) Ele não se dispõe à abandonar os jogos eletrônicos, mas volta e meia fica 
atento às histórias que lhe narram. 
(B) Mesmo àqueles meninos estudiosos não falta tempo para os joguinhos 
eletrônicos com cujos se entretêm. 
(C) A conexão da qual eles permanecem interligados permite-lhes 
conversarem todo o tempo à muita distância. 
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34 
(D) As narrativas clássicas, a cuja mágica oralidade sentimo-nos presos, 
competem com os meios da informática. 
(E) Cabe à plateia de um contador de histórias participar ativamente da 
narração em cuja se acha envolvida. 
 
Comentário: a questão envolve mais assuntos. Comentarei só os erros. 
(A) dispõe à abandonar... 
Não há crase antes de verbo no infinitivo (abandonar). 
(B) joguinhos eletrônicos com cujos se entretêm 
O pronome correto seria “os quais” (joguinhos com os quais se entretêm). 
(C) A conexão da qual eles permanecem interligados [...] à muita distância. 
O primeiro elemento apresenta erro de regência nominal, pois “interligados” 
rege a preposição “a”, não “de” (conexão à qual eles permanecem interligados). 
O segundo tratou de uma situação particular: não ocorre crase antes das 
palavras casa (quando for sinônimo de “lar”), distância e terra (quando for 
sinônimo de “terra firme”), desde que não estejam especificadas. 
Exemplos: Naquele dia, chegaram a casa mais cedo. 
 O marujo experiente desceu a terra. 
 Identifiquei-o a distância. 
Se vierem especificadas, no entanto, haverá crase. 
Exemplos: Naquele dia, chegaram à casa dos pais mais cedo. 
 O marujo experiente desceu à terra onde nasceu. 
 Identifiquei-o à distância de vinte metros. 
Assim, a forma adequada seria “a muita distância”. 
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35 
(D) a cuja mágica oralidade sentimo-nos presos, competem com... 
Ambos os elementos foram empregados corretamente. Não se esqueça de que 
o pronome relativo “cujo” não aceita artigo nem antes nem depois dele, razão 
pela qual não há crase em “a cuja”. Aqui está a resposta! 
(E) narração em cuja se acha envolvida. 
O pronome adequado seria “que” (narração em que se acha envolvida). 
Resposta: D 
 
16. FCC/TRF-3/2016 
O sinal indicativo de crase foi empregado de modo correto em: 
(A) Frequentemente não temos consciência de uma emoção, pois somos 
incapazes de à controlar propositadamente. 
(B) Essa é, à propósito, a semelhança que permite que a arte cruze fronteiras. 
(C) Por sinal, à essa semelhança imputa-se a causa da arte ser capaz de cruzar 
fronteiras. 
(D) A partir dessa semelhança, permite-se à arte cruzar fronteiras. 
(E) À uma região profunda do tronco cerebral atribui-se o ponto de partida de 
reações como um sorriso nascido de um prazer genuíno. 
 
Comentário: direto aos itens! 
(A) incapazes de à controlar: não há crase antes de verbo no infinitivo 
(controlar). 
(B) à propósito: não há crase antes de palavra masculina (propósito). 
(C) à essa semelhança: não há crase antes dos pronomes esta e essa. 
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(D) permite-se à arte: o verbo exige preposição “a”, e o substantivo feminino 
aceita artigo. Essa é a opção correta! 
(E) À uma região: não há crase antes de uma (exceção: “à uma hora”). 
Resposta: D 
 
17. FCC/TRT-23/2016 
O acento indicativo de crase está empregado corretamente em: 
(A) À esta assinatura eletrônica que usa algoritmos de criptografia 
assimétrica, dá-se o nome de assinatura digital. 
(B) Destinada à resguardar a integridade de um documento, a assinatura 
digital usa a criptografia. 
(C) A assinatura digital destina-se à preservação da autoria de documentos 
eletrônicos. 
(D) A assinatura digital é útil à todas as pessoas que desejam proteger seus 
documentos eletrônicos. 
(E) A assinatura digital atende à várias finalidades, das quais se destaca a 
verificação da autoria do documento. 
 
Comentário: está vendo como as questões da FCC são parecidas? Imagino que 
você não esteja errando nenhuma. Analisemos. 
(A) À esta assinatura: não ocorre crase antes dos pronomes esta e essa. 
(B) Destinada à resguardar: não ocorre crase antes de verbo no infinitivo 
(resguardar). 
(C) destina-se à preservação: o verbo exige preposição “a”, e o substantivo 
feminino aceita artigo. Achamos a resposta! 
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(D) útil à todas: não ocorre crase com termo plural antecedido de “a” 
singular. Além disso, não há crase antes de pronome indefinido (todas). 
(E) à várias finalidades: não ocorre crase com termo plural antecedido de “a” 
singular, e não há crase antes de pronome indefinido (várias). 
Resposta: C 
 
18. FCC/Manausprev/2015 
O sinal indicativo de crase pode ser corretamente suprimido em: 
(A) ...incapazes de trazê-lo à nossa domesticidade... 
(B) Renunciamos assim às árvores... 
(C) ...nos permitimos fabricá-las à feição dos nossos sonhos... 
(D) ...não está à mercê dos botânicos... 
(E) ...não incorpora a árvore à atmosfera de nossos cuidados... 
 
Comentário: o examinador quer que você identifique a ocorrência facultativa de 
crase. Vejamos essa última lição. 
O que faz a existência da crase ser opcional é o emprego não obrigatório 
do artigo. Note que, na maioria dos exercícios em que não houve crase, o que 
estava incorreto era o uso do artigo feminino. Desse modo, saber usar o artigo é 
essencial para aplicar o acento grave. 
Existem três casos facultativos que merecem sua atenção: 
a) Antes de pronomes possessivos femininos; 
Exemplo: Homenagem a / à sua conquista. 
 
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A presença de s no a indicaria existência de artigo, já que as preposições 
são invariáveis. Nesse caso, a única forma corretaseria a acentuada 
(Homenagem às suas conquistas). 
 
b) Antes de nomes próprios de pessoas; 
Exemplo: Escreveu um soneto a / à Carolina. 
 
c) Após “até” seguido de nome feminino. 
Exemplo: A tempestade destruiu até aquela / àquela região. 
 
Usamos acento quando há ideia de limite. Ou seja, quando queremos 
dizer que a tempestade chegou perto da região, mas não a destruiu. 
Evite usá-lo com sentido de inclusão. A frase “O menino comeu até a 
verdura” equivale a “O menino comeu até o legume”, e não “ao legume”. 
 
Pronto! Era só isso que faltava aprender. Vamos às alternativas. 
(A) trazê-lo à nossa domesticidade: antes de pronomes possessivos 
femininos, no singular, o sinal de crase é opcional. Tanto podemos dizer “nossa 
domesticidade”, sem artigo, como “a nossa domesticidade”. Achamos de primeira! 
(B) Renunciamos assim às árvores: além de o verbo (renunciar) exigir a 
preposição “a”, nota-se que há artigo antes de “árvores”, pois o termo sublinhado 
está no plural (a + as = às). O acento grave é obrigatório. 
(C) fabricá-las à feição dos nossos sonhos: as locuções com substantivos 
femininos, como “à feição de”, exigem crase. 
(D) à mercê dos botânicos: as locuções com substantivos femininos, como 
“à mercê de”, exigem crase. 
(E) incorpora a árvore à atmosfera: o verbo (incorporar) é transitivo direto e 
indireto e rege a preposição “a”. O uso do acento grave é essencial à distinção do 
objeto indireto. 
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Resposta: A 
 
19. FCC/TRT-23/2016 
Quanto à ocorrência de crase, considere as frases abaixo. 
I. No segmento ... encontrar um mulungu em meio à vegetação..., pode-se 
substituir corretamente o elemento sublinhado por “por entre”, sem que 
nenhuma outra alteração seja feita. 
II. No segmento Disse isso à minha avó e ela riu..., pode-se suprimir o artigo 
definido sem prejuízo para o sentido e a correção. 
III. Uma redação correta para o segmento ... na hora de ir para casa, caso se 
substitua a preposição "em" por "a", é: "à hora de ir para casa". 
 
Está correto o que consta em 
(A) I, II e III. 
(B) I, apenas. 
(C) III, apenas. 
(D) II e III, apenas. 
(E) I e II, apenas. 
 
Comentário: examinemos as afirmativas. 
I. No segmento ... encontrar um mulungu em meio à vegetação..., pode-se 
substituir corretamente o elemento sublinhado por “por entre”, sem que nenhuma 
outra alteração seja feita. 
Se fizermos a substituição proposta (encontrar um mulungu por entre à 
vegetação), não poderá haver crase, pois faltará a preposição “a”. Assim, o uso do 
acento grave estará incorreto. 
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Lembre-se de que não ocorre crase após outras preposições. 
II. No segmento Disse isso à minha avó e ela riu..., pode-se suprimir o artigo 
definido sem prejuízo para o sentido e a correção. 
Certo! Antes de pronomes possessivos femininos, no singular, o sinal de 
crase é facultativo. 
III. Uma redação correta para o segmento ... na hora de ir para casa, caso se 
substitua a preposição "em" por "a", é: "à hora de ir para casa". 
Certo também! As locuções “na hora de” e à hora de são equivalentes. 
Nesse sentido, está correto o que consta nas afirmativas II e III (letra D). 
Resposta: D 
 
20. FCC/TRF-3/2016 
O sinal indicativo de crase está empregado corretamente em: 
(A) Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais à uma brisa de 
contentamento. 
(B) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de abraçar uma 
árvore gigante. 
(C) Antes do fim da manhã, dediquei-me à escrever tudo o que me propusera 
para o dia. 
(D) A paineira sobreviverá a todas às 18 milhões de pessoas que hoje vivem 
em São Paulo. 
(E) Acho importante esclarecer que não sou afeito à essa tradição de se 
abraçar árvore. 
 
Comentário: a FCC cobrou as regras que você já conhece. Aos itens! 
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(A) semelhava-se mais à uma brisa: não há crase antes de uma (a indicação 
de hora é exceção). 
(B) induziu àquela súbita vontade: o termo regente exigiu a preposição “a”, e 
o pronome demonstrativo aquela aceita a fusão das vogais. É a resposta! 
(C) dediquei-me à escrever: não há crase antes de verbo no infinitivo. 
(D) sobreviverá a todas às 18 milhões de pessoas: não há termo regente que 
exija a preposição “a”, logo, não ocorre crase (todas as 18 milhões de pessoas). 
Além disso, numerais cardinais não aceitam artigo se não acompanharem 
substantivo feminino determinado, como em “Entreguei os presentes às duas 
aniversariantes”. 
(E) afeito à essa tradição: não há crase antes de essa e esta. 
Resposta: B 
 
Aprofundamento 
Os três tópicos da aula apresentam diversos casos especiais que não são 
cobrados pelas bancas. Relaciono alguns deles abaixo. 
Concordância nominal 
a) tal qual 
Concordam, separadamente, com a palavra a que se referem. 
Sou tal quais meus pais. 
Elas agem tais qual a avó. 
Os fãs vestem-se tais quais os ídolos. 
 
b) um e outro, nem um nem outro 
O substantivo que os segue não varia, e o adjetivo pode ficar no singular 
ou no plural. 
Uma e outra ação precipitadas (ou precipitada) seriam arriscadas. 
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Nem um nem outro doce azedos (ou azedo) agradaram. 
 
c) Substantivo usado como adjetivo 
Fica invariável. 
Ele pediu calças gelo. 
As pastas café eram pequenas. 
 
d) Um substantivo determinado por mais adjetivos 
Há duas opções de concordância: 
i. um artigo antes do substantivo no plural; 
As religiões cristã, islâmica e judaica. 
 
ii. artigos repetidos e substantivo no singular. 
A religião cristã, a islâmica e a judaica. 
Regência nominal 
Veja a regência de nomes que podem gerar dúvidas. 
Acessível a 
Acostumado a, com 
Alheio a 
Alusão a 
Bacharel em 
Benéfico a 
Compatível com 
Conforme a, com 
Cuidadoso com 
Desatento a 
Desfavorável a 
Desrespeito a 
Diferente de 
Estranho a 
Fiel a 
Grato a, para, por 
Hábil em 
Habituado a 
Igual a 
Indeciso em 
Junto a, de 
Leal a 
Natural de 
Necessário a 
Negligente em 
Posterior a 
Preferência a, por 
Preferível a 
Prejudicial a 
Próprio de, para 
Próximo a, de 
Relacionado a, com 
Residente em 
Sensível a 
Simpatia por 
Simpático a 
Sito em 
Útil a, para 
Versado em 
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Crase 
A ocorrência da crase deve respeitar o paralelismo, mantendo a mesma 
estrutura entre elementos que exercem funções iguais. Em outras palavras, se 
houver artigo antes de um termo, haverá antes do seu similar. 
Exemplos: Funcionamos de segunda a sexta. 
 Funcionamos da segunda à sexta. 
 Estudantes de quinta a sétima série. 
 Estudantes da quinta à sétima série. 
Dependendo do contexto, alguns pronomes indefinidos admitem artigo e,consequentemente, crase: muita, outra, pouca, tal. 
A próxima lista resume mais situações em que não ocorre crase. 
Antes de Exemplo 
a) Pronome pessoal Sentou-se próximo a ela. 
b) Pronome de tratamento A notícia fez alusão a Vossa Excelência. 
c) Pronomes cuja e quem O bebê a cuja família referi-me. 
d) Nomes de santas e mulheres 
famosas 
Recorreu a Nossa Senhora. 
Referi-me a Clarice Lispector. 
e) Numerais cardinais Ele conheceu de 10 a 15 pessoas. 
f) Entre substantivos iguais Ficaram face a face. 
 
Resumo 
Concordância nominal 
Regra geral: os determinantes concordam com o substantivo. 
Casos especiais: 
a) Adjetivo como adjunto adnominal 
i. Antes dos substantivos: concorda com o mais próximo; 
ii. Depois dos substantivos: concorda com o mais próximo ou com todos. 
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b) Adjetivo como predicativo 
i. Antes dos substantivos: concorda com o mais próximo ou com todos; 
ii. Depois dos substantivos: concorda com todos. 
c) é bom, é proibido 
i. Adjetivo como adjunto adnominal: concorda com o substantivo; 
ii. Adjetivo como predicativo: concorda com o determinante (se houver). 
d) o mais possível: “possível” concorda com o artigo. 
e) menos: é invariável. 
f) Vossa Senhoria: o adjetivo concorda com o sexo da pessoa. 
Palavras variáveis: anexo, extra, grato, incluso, obrigado, próprio, quite. 
Palavras que podem variar: barato, bastante (= muitos), caro, longe (= 
distantes), meio (= metade), mesmo, muito, pouco, só (= sozinho), todo. 
Regência nominal 
É a relação de dependência que os nomes estabelecem com os complementos. 
Palavras que regem a preposição “a”: 
Acessível a 
Acostumado a, com 
Alheio a 
Alusão a 
Benéfico a 
Desatento a 
Desfavorável a 
Disposto a 
Estranho a 
Fiel a 
Habituado a 
Igual a 
Junto a, de 
Leal a 
Necessário a 
Nocivo a 
Posterior a 
Preferível a 
Prejudicial a 
Próximo a, de 
Respeito a, de, por 
Sensível a 
Simpático a 
Útil a, para 
Crase 
Ocorre com: 
a) palavra feminina que admite artigo; 
b) palavra feminina subentendida; 
c) àquela, àquele, àquilo; 
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d) à qual; 
e) indicação de hora; 
f) locuções adverbiais (à vista); 
g) locuções conjuntivas (à medida que); 
h) locuções prepositivas (à espera de). 
Não ocorre com: 
a) palavra masculina; 
b) verbo no infinitivo; 
c) artigo indefinido (uma); 
d) pronome que; 
e) outras preposições; 
f) a + plural; 
g) palavra que não rege preposição a; 
h) palavras femininas em sentido genérico; 
i) palavras casa, distância e terra, não especificadas; 
j) cujo, quem; 
k) esta, essa; 
l) pronome pessoal (inclusive de tratamento). 
Casos facultativos: 
a) pronomes possessivos; 
b) nomes próprios; 
c) preposição até. 
 
Se você ainda ficou com alguma dúvida, fale comigo pelo fórum. 
Bom descanso! 
Arthur Scandelari 
 
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1. FGV/SSP-AM/2015 
Os termos de um texto podem manter entre si relações de concordância nominal ou 
verbal; os termos abaixo que NÃO estabelecem entre si qualquer relação de 
concordância são: 
(A) resposta insatisfatória; 
(B) atendimento público; 
(C) alguém espera; 
(D) horário regulamentar; 
(E) mais cedo. 
 
2. FGV/CODEBA/2016, com adaptações 
Assinale a opção em que a concordância entre os termos está incorreta. 
(A) As várias eras, éons, períodos, épocas e idades. 
(B) Os vários períodos, éons, eras, épocas e idades. 
(C) Os éons, eras, períodos, épocas e idades várias. 
(D) As várias períodos, éons, eras, épocas e idades. 
(E) Os éons, eras, épocas, períodos e idades vários. 
 
3. FCC/2015-16, coletânea 
A alternativa em que a expressão sublinhada pode ser substituída pelo que se 
apresenta entre colchetes, respeitando-se a concordância, e sem quaisquer outras 
alterações no enunciado, é: 
Lista das Questões Comentadas 
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(A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades inteligentes já são viáveis 
economicamente em todo o mundo... [viável] 
(B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à abertura de bases 
de dados por parte dos órgãos públicos. [relacionado] 
(C) Não parece ser devidamente valorizada, nos debates ecológicos, a singularidade 
dos ecossistemas e a diversidade das culturas. [valorizado] 
(D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por exemplo, até os 
dados pessoais... [pública] 
(E) As emoções são adaptações singulares que integram o mecanismo, 
especialmente das espécies mais desenvolvidas, com o qual os organismos regulam 
sua sobrevivência. [os quais] 
 
4. FCC/DPE-RR/2015 
A concordância está correta na seguinte frase: 
(A) As postagens de intolerância, de ódio e de racismo devem ser monitorados por 
um aplicativo. 
(B) Quaisquer tipos de mensagens de ódio, recorrentes nas redes sociais, devem 
ser combatidos. 
(C) É preciso que seja interrompido a circulação de conteúdos ofensivos no meio 
virtual. 
(D) Com a disponibilização dos dados, serão criados políticas públicas para amparar 
as vítimas. 
(E) Métodos para reprimir os vários tipos de violência na internet se tornaram 
imprescindível. 
 
 
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5. FCC/TRT-RS/2105 
A frase que respeita as orientações da norma-padrão da língua, no que se refere à 
concordância, é: 
(A) Parece muito óbvio, de acordo com o noticiário, a intenção de os artistas de 
ópera pugnarem por melhores condições de trabalho e por melhores salários. 
(B) No planejamento constam várias cotações para a compra dos instrumentos, e 
nota-se que é bastante caro os de corda, como o violino e a harpa. 
(C) De acordo com o especialista, são muito fugaz, mesmo, as variações de tom no 
canto inicial, mas é exatamente essa diversificação que dá brilho ao trecho. 
(D) Foram realmente débeis, por confrontos com outras encenações, a série de 
entradas do tenor em cena, mas isso foi atribuído à insegurança de um iniciante. 
(E) A ópera, considerados sua concepção e entendimento atuais, pode ser tida como 
uma arte menos exótica, mas sempre transformadora. 
 
6. MPE-RS/MPE-RS/2016 
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas dos 
enunciados abaixo. 
1. Vossa Senhoria _____ apresentar imediatamente o relatório referente à viagem. 
2. Prezado Senador, é com alegria que recebemos a informação de que Vossa 
Senhoria já está _____ da cirurgia. 
3. Prezado Senador, informamos a Vossa Senhoria que o Senhor Ministro não 
poderá _____ esta semana. 
(A) deve – recuperado – recebê-lo 
(B) deveis – recuperada – receber-vos 
(C) deveis – recuperado – receber-vos 
(D) deve – recuperada – recebê-lo 
(E) deve – recuperado – receber-vos 
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7. FGV/TJ-RJ/2014 
Na frase “Todos queremos viver em liberdade”, o exemplo de concordância em 
“Todos queremos” se repete na seguinte frase: 
(A) Não são criativos todos os brasileiros; 
(B) Os candidatos estamos preocupados com a prova; 
(C) V. Exa. parece entristecido; 
(D) Todos nós desejamos a liberdade; 
(E) A gente não deseja mais viver. 
 
8. CESGRANRIO/BNDES/2011, com adaptações 
A frase em que o uso da preposição destacada NÃO constitui caso de regência 
nominal é: 
(A) ... são nocivos a uma pessoa... 
(B) temos que nos conscientizar sobre a necessidade de estarmos... 
(C) dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida... 
(D) ... que, para ser feliz com a outra pessoa... 
(E) Você aprende a ter respeito por você... 
 
9. FADESP/CREA-PA/2014 
No trecho “O menino moderno, familiarizado com o computador, ficou curioso sobre 
como eram as coisas no trabalho de seu pai no tempo em que não havia 
computadores”, há um desvio quanto à 
(A) regência verbal. 
(B) regência nominal. 
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(C) concordância verbal. 
(D) concordância nominal. 
(E) colocação pronominal. 
 
10. FCC/TCE-SP/2015 
Mantendo-se o sentido e a correção da frase, o segmento grifado pode ser 
corretamente substituído pelo que se encontra entre parênteses em: 
(A) essa etapa da vida é propícia à satisfação pessoal (assegura a satisfação 
pessoal) 
(B) instrumentos capazes de enfrentar a decadência de habilidades cognitivas 
(mitigar à ruína) 
(C) esse é um momento fecundo para novas conquistas (enseja a novas conquistas) 
(D) uma atitude mais tolerante em relação às idades. (no que tange as faixas 
etárias) 
(E) A invenção da terceira idade [...] indicaria assim uma experiência inusitada de 
envelhecimento (à insólita experiência de envelhecimento) 
 
11. FCC/TRT-9/2016, com adaptações 
Está correta a redação da frase que se encontra em 
(A) Da infância e à adolescência marcado por extremas dificuldades, Bernhard foi 
criado pelo avô − o qual foi seu mestre e mentor para toda a vida − e passou à 
enfrentar a miséria da guerra em Salzburgo. 
(B) Em 1978, o escritor Italo Calvino recomendou à uma editora italiana que 
publicasse Thomas Bernhard, e o apresentou como o mais importante autor daquela 
época. 
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(C) Em Origem, Thomas Bernhard discorre sobre o período de sua formação em 
que, à procura de si mesmo, descobriu também a literatura. 
(D) Uma das paixões de Bernhard, a qual se dedicou com fervor, foi o estudo da 
música, além de abandonar o ginásio para ser aprendiz de comerciante. 
(E) Quando uma gripe mal curada degenerou numa grave doença pulmonar, a beira 
da morte, boa parte da adolescência de Bernhard se passa em hospitais e 
sanatórios. 
 
12. FCC/TRT-15/2015 
O termo entre parênteses preenche corretamente a lacuna da frase em: 
(A) A mudança, começaram ...... senti-la apenas os descendentes dos escravos. (à) 
(B) Não foi apenas com o intuito de libertar ...... escravos que se promulgou a lei 
Áurea. (aos) 
(C) As condições iniciais dos libertos eram muito próximas ...... de escravidão. (as) 
(D) ...... vésperas do século XX ainda eram debatidas questões como a escravidão. 
(Às) 
(E) Muito embora lhes fosse conferida ...... condição de liberto, muitos continuavam 
subjugados. (à) 
 
13. FCC/TRT-4/2015 
A idealização das mulheres em seus papéis familiares é muito semelhante àquelas 
idealizações divulgadas no final do século XVIII e início do século XX nos grandes 
centros europeus. 
 
Mantém-se a correção no emprego do sinal indicativo de crase se o segmento 
grifado na frase acima for substituído por: 
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52 
(A) à uma determinada idealização divulgada. 
(B) à cada uma das idealizações divulgadas. 
(C) à algumas idealizações divulgadas. 
(D) à típica idealização divulgada. 
(E) à qualquer das idealizações divulgadas. 
 
14. FCC/TRT-14/2016 
No que se refere ao emprego do acento indicativo de crase e à colocação do 
pronome, a alternativa que completa corretamente a frase O palestrante deu um 
conselho... é: 
(A) à alguns jovens que escutavam-no. 
(B) à estes jovens que o escutavam. 
(C) àqueles jovens que o escutavam. 
(D) à juventude que escutava-o. 
(E) à uma porção de jovens que o escutava. 
 
15. FCC/TRT-14/2016 
Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados em: 
(A) Ele não se dispõe à abandonar os jogos eletrônicos, mas volta e meia fica atento 
às histórias que lhe narram. 
(B) Mesmo àqueles meninos estudiosos não falta tempo para os joguinhos 
eletrônicos com cujos se entretêm. 
(C) A conexão da qual eles permanecem interligados permite-lhes conversarem todo 
o tempo à muita distância. 
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(D) As narrativas clássicas, a cuja mágica oralidade sentimo-nos presos, competem 
com os meios da informática. 
(E) Cabe à plateia de um contador de histórias participar ativamente da narração 
em cuja se acha envolvida. 
 
16. FCC/TRF-3/2016 
O sinal indicativo de crase foi empregado de modo correto em: 
(A) Frequentemente não temos consciência de uma emoção, pois somos incapazes 
de à controlar propositadamente. 
(B) Essa é, à propósito, a semelhança que permite que a arte cruze fronteiras. 
(C) Por sinal, à essa semelhança imputa-se a causa da arte ser capaz de cruzar 
fronteiras. 
(D) A partir dessa semelhança, permite-se à arte cruzar fronteiras. 
(E) À uma região profunda do tronco cerebral atribui-se o ponto de partida de 
reações como um sorriso nascido de um prazer genuíno. 
 
17. FCC/TRT-23/2016 
O acento indicativo de crase está empregado corretamente em: 
(A) À esta assinatura eletrônica que usa algoritmos de criptografia assimétrica, dá-
se o nome de assinatura digital. 
(B) Destinada à resguardar a integridade de um documento, a assinatura digital usa 
a criptografia. 
(C) A assinatura digital destina-se à preservação da autoria de documentos 
eletrônicos. 
(D) A assinatura digital é útil à todas as pessoas que desejam proteger seus 
documentos eletrônicos. 
Português para o TRE-SP (Teoria e Exercícios) 
Aula 05 – Concordância e regência nominal. Crase 
Prof. Arthur Scandelari 
 
 
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(E) A assinatura digital atende à várias finalidades, das quais se destaca a 
verificação da autoria do documento. 
 
18. FCC/Manausprev/2015 
O sinal indicativo de crase pode ser corretamente suprimido em: 
(A) ...incapazes de trazê-lo à nossa domesticidade... 
(B) Renunciamos assim às árvores... 
(C) ...nos permitimos fabricá-las à feição dos nossos sonhos... 
(D) ...não está à mercê dos botânicos... 
(E) ...não incorpora a árvore à atmosfera de nossos cuidados... 
 
19.

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