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Concordância Verbal e Nominal - Teoria e Exercícios

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Aula 6 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Concordância Verbal e Nominal 
Professor: Albert Iglésia 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 6 – Concordância Verbal e Nominal 
Prof. Albert Iglésia 
 
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Olá! 
Hoje nossa aula é sobre sintaxe de concordância. Essa 
expressão tem a ver com a relação estabelecida, como regra geral, entre o 
verbo da oração e o sujeito dela; entre o artigo, o adjetivo, o numeral adjetivo, 
o pronome adjetivo e o substantivo a que se referem. O primeiro tipo de 
relação é mais conhecido nos manuais de gramática e nas salas de aula como 
concordância verbal; o segundo, como concordância nominal. 
Existem muitas regras específicas, detalhes, exceções envolvendo 
esse assunto. Aqui, tentarei abordar um número suficiente de casos. 
Começarei pelos casos de concordância verbal. Vamos a eles! 
 
Casos Gerais de Concordância Verbal 
 
O verbo e o sujeito de uma oração concordam em número e 
pessoa. 
"O outono é mais estação da alma..." (C. D. A.) 
"Todas estavam ainda verdes." (C. D. A.) 
 
Quando o sujeito é composto, isto é, possui mais de um núcleo, 
verifica-se o seguinte: 
 
1. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉCNICO LEGISLATIVO – POLÍCIA 
LEGISLATIVA/2008) “...a cédula com Machado deixa de circular por valer 
menos de um centavo de dólar.” 
Assinale a alternativa em que, passando-se o trecho acima para o plural, 
manteve-se adequação à norma culta. 
(A) ...as cédulas com Machados deixam de circularem por valerem menos de 
centavos de dólares. 
(B) ...as cédulas com Machado deixam de circularem por valer menos de 
centavos de dólar. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 6 – Concordância Verbal e Nominal 
Prof. Albert Iglésia 
 
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(C) ...as cédulas com Machados deixam de circular por valerem menos de 
centavos de dólares. 
(D) ...as cédulas com Machado deixam de circularem por valerem menos de 
centavos de dólar. 
(E) ...as cédulas com Machado deixam de circular por valerem menos de 
centavos de dólar. 
Comentário – Havendo uma locução verbal, cabe somente ao verbo auxiliar a 
flexão de número e pessoa para concordar com o sujeito. Portanto, estão 
erradas as alternativas A, B e D. 
As locuções “com Machado” e “de dólar” não se flexionam, pois 
os substantivos designam especificamente seres únicos: respectivamente o 
ilustre Machado de Assis e a moeda americana. 
Com sintagmas formados de um núcleo seguido de uma locução 
adjetiva (“as cédulas com Machado”, “centavos de dólar”), apenas o núcleo é 
pluralizado (corte de tecido/cortes de tecido, tipo de carne/tipos de carne). 
Mas às vezes o substantivo pertencente à locução deve, por 
exigência de natureza semântica, ser pluralizado. É inadequado dizer, por 
exemplo, uma caixa de sapato, porque a caixa contém mais de um item. 
Diga, então, caixa de sapatos, caixa de fósforos, caixa de bombons, cesta 
de frutas, loja de brinquedos, talão de cheques... 
Resposta – E 
 
2. (FGV/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2011) Na charge, caso a professora 
tratasse o aluno por tu, sua fala seria, corretamente, 
 
 
 
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Aula 6 – Concordância Verbal e Nominal 
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(A) Escrevas na lousa a palavra Ética! 
(B) Escrevei na lousa a palavra Ética! 
(C) Escreveis na lousa a palavra Ética! 
(D) Escrevais na lousa a palavra Ética! 
(E) Escreve na lousa a palavra Ética! 
Comentário – O verbo escrever foi flexionado na terceira pessoa do singular 
do imperativo afirmativo, pois a professora tratou o aluno por você. Caso ele 
fosse tratado por tu (segunda pessoa do singular), a flexão correta seria 
escreve. Repare o esquema abaixo: 
Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo 
Eu escrevo (não existe) 
Tu escreves (sem o “s”) Escreve tu 
Ele escreve Escreva você 
Nós escrevemos Escrevamos nós 
Vós escreveis (sem o “s”) Escrevei vós 
Eles escrevem Escrevam vocês 
Resposta – E 
 
1. Representado por pessoas gramaticais diferentes  a primeira pessoa 
(NÓS) prevalecerá sobre as demais, e a segunda (VÓS) terá preferência 
sobre a terceira (ELES). 
Eu, tu e os cidadãos (Nós) saímos. 
Tu e os cidadãos (Vós) saístes. (norma culta) 
Tu e os cidadãos (Vocês) saíram. (norma popular – ocorre que os 
pronomes TU e VÓS, no falar do português do Brasil, são 
frequentemente substituídos por VOCÊ e VOCÊS, o que leva o 
verbo para a terceira pessoa) 
 
2. Anteposto ao verbo  o verbo ficará sempre no plural (concordância rígida 
ou gramatical). 
 
 
 
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Pai e filho conversaram longamente. 
As imagens e o som não estavam adequados. 
 
3. Posposto ao verbo  o verbo poderá ficar no plural (concordância rígida ou 
gramatical) ou concordará com o núcleo mais próximo (concordância 
atrativa). 
 
Caíram uma flor e duas folhas. (ou “Caiu”, para concordar apenas 
com “uma flor”) 
 
Saiu o ancião e seus amigos. (ou “Saíram”, para concordar com 
todos os núcleos) 
 
Saíste tu e Pedro. (ou “Saístes”, para concordar com todos os 
núcleos; ou “Saíram”, de acordo com a norma popular) 
 
ATENÇÃO! Quando há reciprocidade, no entanto, a concordância deve ser 
feita no plural. 
Agrediram-se o deputado e o senador. 
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. 
 
3. (FGV/MEC/ADMINISTRADOR DE BANCO DE DADOS/2008) “A crise 
energética e a climática revelam os limites do ecossistema planetário.” 
Assinale a alternativa em que, alterando-se o trecho acima, sem provocar 
mudança de sentido, manteve-se adequação à norma culta. 
(A) A crise energética e climática revelam os limites do ecossistema 
planetário. 
(B) As crises energética e climática revelam os limites do ecossistema 
planetário. 
 
 
 
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(C) A crise energética e climática revela os limites do ecossistema planetário. 
(D) As crises energética e a climática revelam os limites do ecossistema 
planetário. 
(E) As crises energética e climática revela os limites do ecossistema 
planetário. 
Comentário – Repare que, inicialmente, temos um caso de sujeito composto 
(“a crise energética” e “a [crise] climática”). O artigo definido “a”, que se 
repete, determina cada núcleo separadamente. A ideia, então, é a de que 
existem dois tipos de crise: energética e climática. Nossa resposta deve 
preservar o sentido e a correção gramatical. 
Alternativa A: o artigo definido no singular indica que há 
somente uma crise, qualificada ao mesmo tempo pelos adjetivos “energética” e 
“climática”. Como o sujeito é simples e seu núcleo (“crise”) está no singular, o 
verbo deve se flexionar na terceira pessoa do singular: revela. 
Alternativa B: com o artigo e o núcleo no plural (“As crises”) 
seguidos dos adjetivos “energética” e “climática”, preserva-se a ideia inicial. A 
correção gramatical também é mantida com o verbo revelar flexionado na 
terceira pessoa do plural em concordância com o núcleo do sujeito: “crises”. 
Alternativa C: a adequação à norma gramatical foi mantida 
(o verbo concorda e número e pessoa com o núcleo do sujeito), mas a ideia 
inicial foi prejudicada: há somente uma crise. 
Alternativa D: para se manter a ideia inicial de existência de 
duas crises e também a correção gramatical, duas opções são possíveis: 
1 – As crises energética e climática revelam...; 
2 – A crise energética e a climática revelam... 
Alternativa E: a ideia inicial foi mantida, mas a correção 
gramatical foi transgredida com o verbo no singular (“revela”),em total falta 
de concordância com o núcleo “crises”. 
Resposta – B 
 
Casos Particulares de Concordância Verbal 
 
 
 
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1. Verbos impessoais  não possuem sujeito, ficando na terceira pessoa do 
singular. 
Choveu muito. 
Deve nevar muito naquelas regiões. 
Aqui faz verões terríveis. 
Deve fazer dez anos que eles chegaram. 
Há anos não o vejo. 
Ia para dez anos que não o via. 
Já passava de dez horas. 
 
Poderá haver alunos reprovados. 
 
4. (FGV/FNDE/ESPECIALISTA EM FINANCIAMENTO E EXECUÇÃO DE 
PROGRAMAS E PROJETOS EDUCACIONAIS/2007) Assinale a alternativa 
em que, alterando-se a forma verbal do trecho que não existem nós 
centrais, não se respeitou a norma culta. 
(A) que não há nós centrais 
(B) que não devem existir nós centrais 
(C) que não devem haver nós centrais 
(D) que não há de haver nós centrais 
(E) que não hão de existir nós centrais 
Comentário – O examinador quer a construção sintaticamente errada. 
Quando houver uma locução verbal, fique de olho vem vivo no verbo principal, 
pois e ele que vai dizer ser o auxiliar será ou não flexionado. Em “devem 
haver” (letra C), o verbo principal (“haver”) foi usado com sentido de existir. 
Nesse caso, ele é impessoal e sua impessoalidade é transmitida ao seu 
auxiliar, que deve se flexionar obrigatoriamente na terceira pessoa do singular. 
Resposta – C 
 
Verbos que indicam 
fenômenos naturais. 
Verbos que indicam 
tempo. 
Verbo “haver” com sentido 
de “existir”, “acontecer”, 
“ocorrer”. 
 
 
 
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5. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉCNICO LEGISLATIVO – 
ADMINISTRAÇÃO/2008) “...há outras formas de garantir a 
transparência...” 
Assinale a alternativa em que, alterando-se o trecho acima, manteve-se 
adequação à norma culta. 
(A) ...há de existir outras formas de garantir a transparência... 
(B) ...hão de haver outras formas de garantir a transparência... 
(C) ...devem existir outras formas de garantir a transparência... 
(D) ...devem haver outras formas de garantir a transparência... 
(E) ...podem haver outras formas de garantir a transparência... 
Comentário – Alternativa A: errada. O verbo “existir” – o principal –, 
transfere sua pessoalidade para o seu auxiliar, que deve se flexionar na 
terceira pessoa do plural (hão) para concordar com “formas”, núcleo do 
sujeito. 
Alternativa B: errada. Agora o verbo principal é o “haver”, 
impessoal com sentido de existir, o que deve manter o verbo auxiliar na 
terceira pessoa do singular (há). 
Alternativa C: certa. O que deveria ter acontecido na 
alternativa A ocorreu aqui: a flexão do verbo auxiliar, por influência da 
pessoalidade do verbo principal (“existir”). 
Alternativas D e E: erradas. Ocorreu o mesmo erro presente 
na alternativa B. 
Resposta – C 
 
6. (FGV/SEFAZ-RJ/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2011) No 
Brasil, por exemplo, existem regras de criminal compliance... (L.81-82) 
Assinale a alternativa em que a alteração do trecho acima tenha 
provocado INADEQUAÇÃO quanto à norma culta. Não leve em conta a 
alteração de sentido. 
 
 
 
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(A) No Brasil, por exemplo, haverá regras de criminal compliance... 
(B) No Brasil, por exemplo, deve haver regras de criminal compliance... 
(C) No Brasil, por exemplo, há de existir regras de criminal compliance... 
(D) No Brasil, por exemplo, devem existir regras de criminal compliance... 
(E) No Brasil, por exemplo, poderão existir regras de criminal compliance... 
Comentário – Note como a FGV gosta de explorar a concordância envolvendo 
os verbos haver e existir. Em “há de existir regras” (letra C), o verbo 
principal é “existir”, ou seja, um verbo pessoal, que tem sujeito (“regras”), 
com o qual deve concordar em número e pessoa. A flexão necessária deverá 
ser indicada por meio do verbo auxiliar (haver). Portanto o trecho está errado 
e deve ser corrigido assim: hão de existir regras. 
Resposta – C 
 
Acredite, progredimos sim 
 Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, 
que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que 
acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, 
apenas 18 dias depois. 
 É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno 
institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, 
há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de 
problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil. 
 [...] 
Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014. 
7. (FGV/2014/Susam/Economista) “Faz hoje exatos 50 anos”; “há 29 anos”. 
Sobre as estruturas gramaticais dessas duas frases do texto, assinale a 
afirmativa correta. 
a) A primeira frase também poderia estar escrita “Fazem hoje exatos 
50 anos”. 
 
 
 
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sujeito 
sujeito 
b) A segunda frase também poderia estar escrita “Devem haver hoje 29 
anos”. 
c) As duas formas verbais não podem ser flexionadas em número. 
d) As duas formas verbais se referem a tempo passado. 
e) Só a primeira frase está escrita de forma gramaticalmente errada. 
Comentário – Os verbos fazer e haver indicam tempo, são impessoais e por 
isso devem permanecer na terceira pessoa do singular. Qualquer verbo que 
forme com eles uma locução verbal (como acontece na letra B) recebe essa 
impessoalidade e também deve ser mantido no singular. 
A letra D talvez tenha suscitado alguma dúvida, certo? Ocorre 
que, no contexto, a expressão “Faz hoje” expressa a conclusão de um período 
de tempo que se dá no momento atual da fala, ou seja, no momento presente 
do enunciador. 
Resposta – C 
 
2. Verbos unipessoais  são os que possuem sujeito, ficando na terceira 
pessoa do singular ou do plural; os principais são acontecer, bastar, 
caber, constar, convir, faltar, importar, interessar, ocorrer, parecer, 
restar, urgir, etc. 
Basta uma reflexão. 
 
Faltam apenas quatro linhas. 
 
8. (FGV/BADESC/TÉCNICO DE FOMENTO/2010) Na frase “Não resta dúvida 
de que esse tipo de pensamento aplaca muitas consciências”, a flexão do 
vocábulo dúvida no plural: 
(A) gera a obrigatoriedade de se flexionar mais um vocábulo apenas. 
(B) mantém a frase da mesma forma como se encontra redigida. 
(C) leva à flexão opcional de mais dois vocábulos. 
(D) implica a flexão nominal e verbal de três vocábulos obrigatoriamente. 
 
 
 
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sujeito 
sujeito 
or. princ. 
or. princ. 
(E) obriga o emprego da primeira pessoa do plural na forma do verbo. 
Comentário – O sujeito da forma verbal “resta” é o termo “dúvida”. 
Obrigatoriamente, a passagem desse sujeito para o plural (dúvidas) 
acarretaria a flexão do verbo na terceira pessoa do plural (restam). Como se 
verá abaixo, mais nenhuma modificação precisaria ser feita: 
 Não restam dúvidas de que esse tipo de pensamento 
 aplaca muitas consciências 
Resposta – A 
 
3. Sujeito oracional  se o sujeito for oracional, o verbo da oração principal 
ficará no singular. 
Falta fazer quatro linhas. 
 
Urge que tomemos uma atitude radical. 
 
4. Pronome apassivador e índice de indeterminação do sujeito 
Dá-se aula. (com verbos transitivosdiretos ou transitivos diretos e 
indiretos, o SE é pronome apassivador e o verbo da oração – “dá” 
– deve concordar com o sujeito – “aula”) 
Dão-se aulas. (pluralizando-se o sujeito – “aulas” –, o verbo deve 
flexionar-se também no plural – “Dão”; e o “se” continua como 
pronome apassivador) 
Precisa-se de professores. (agora, o vocábulo “SE” acompanha 
verbo transitivo indireto – “Precisa” – e, por isso, denomina-se 
índice de indeterminação do sujeito, o que força o verbo a ficar na 
terceira pessoa do singular, situação que se repete com verbos 
intransitivos, de ligação e verbo transitivo direto + SE + 
preposição) 
 
 
 
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5. Coletivo  o verbo concordará com o coletivo, estando próximo a ele; 
mas, se estiver distante, o verbo poderá ficar no singular ou no plural, 
conforme se queira destacar mais a idéia dos indivíduos. 
O povo não revelou nada. 
O grupo se dividiu; mais adiante, porém, se reuniram (ou reuniu). 
6. Expressão partitiva  quando o sujeito é formado por uma expressão 
partitiva (parte de..., metade de..., o grosso de..., a maioria de..., a maior 
parte de..., grande número de..., etc.) seguida de substantivo ou pronome 
no plural, o verbo pode ficar no singular, preferencialmente, ou no plural. 
A maioria das crianças não mente. (conc. rígida ou gramatical 
com coletivo singular, destacando o conjunto como uma 
unidade) 
 
A maioria das crianças não mentem. (conc. com a ideia de 
pluralidade sugerida pelo sujeito, evidenciando cada elemento 
que compõe o conjunto) 
 
9. (FGV/SSP-RJ/OFICIAL DE CARTÓRIO/2008) “...a maioria dos policiais 
procure...”; as gramáticas de língua portuguesa ensinam que com a 
expressão “a maioria de” seguida de substantivo plural, a concordância se 
faz predominantemente no singular (concordando com maioria), mas pode 
concordar no plural, em função do substantivo (Maria Helena de Moura 
Neves, Guia de uso do português, Editora Unesp, SP, 2003, p. 493). 
Assim sendo, pode-se dizer da concordância verbal feita nessa frase do 
texto que ela: 
(A) assume a única forma possível de concordância verbal. 
(B) prefere uma das formas de concordância verbal possível. 
(C) apresenta uma forma errada de concordância verbal. 
(D) mostra preferência por uma concordância verbal menos utilizada. 
 
 
 
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(E) indica a utilização de uma forma verbal de concordância não estudada nas 
gramáticas. 
Comentário – A concordância com o núcleo da expressão (“maioria”) é a 
predominante por ser a gramatical ou rígida, mas é licito concordar com a 
ideia de pluralidade sugerida pelo sujeito, evidenciando cada elemento 
que compõe o conjunto: ...a maioria dos policiais procurem... 
Resposta – B 
 
10. (FGV/SAD-AP/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2010) De acordo com as 
regras de concordância verbal do padrão escrito culto, assinale a 
alternativa incorreta. 
(A) A maioria dos brasileiros já viveram situações violentas no cotidiano. 
(B) Sem dúvida, devem haver formas de combater pacificamente a violência. 
(C) No artigo em análise, trata-se de questões referentes à origem histórica 
da violência. 
(D) Faz séculos que se verificam situações de opressão na sociedade 
brasileira. 
(E) Sempre existirão pessoas dispostas a resistir ao comodismo. 
Comentário – Alternativa A: correta. Tanto está certa a concordância com o 
núcleo do sujeito (“maioria”), quanto a concordância com a ideia de 
pluralidade expressa pelo sujeito. A banca preferiu o segundo caso. 
Alternativa B: incorreta. Na locução “devem haver”, a 
impessoalidade do verbo “haver”, o principal, reflete no verbo auxiliar, que 
deve flexionar-se na terceira pessoa do singular: deve. 
Alternativa C: correta. O pronome “se” é índice de 
indeterminação do sujeito. Nesse caso, o verbo concorda obrigatoriamente na 
terceira pessoa do singular. 
Alternativa D: correta. Usou-se o verbo fazer na indicação de 
tempo, o que o faz permanecer invariavelmente na terceira pessoa do singular. 
Já o verbo verificar, que foi usado na voz passiva sintética (note o pronome 
 
 
 
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“se”), tem como núcleo do sujeito o substantivo plural “situações”, razão pela 
qual se flexionou na terceira pessoa do plural. 
Alternativa E: correta. O verbo existir, que é pessoal, tem como 
núcleo do sujeito o substantivo plural “pessoas”, razão que o faz concordar 
obrigatoriamente na terceira pessoa do plural. Com respeito à concordância do 
verbo “resistir”, adianto que ele também poderia se flexionar na terceira 
pessoa do plural (resistirem) para concordar com “pessoas”. A orientação é a 
seguinte: 
– se o sujeito do infinitivo é igual ao do verbo da oração principal, 
a flexão daquele é facultativa. Exemplo: 
[Reunir-nos-emos com eles] [para apresentar/apresentarmos os 
problemas da empresa]. – o sujeito comum das orações é nós. 
Mais à frente sistematizarei as orientações a respeito da flexão 
do infinitivo. 
Resposta – B 
 
7. Quantidade aproximada  quando houver uma quantidade aproximada 
(perto de..., cerca de..., coisa de..., mais de..., menos de..., etc) seguida 
de substantivo, o verbo obrigatoriamente concordará com o 
substantivo. 
 
Cerca de dois mil candidatos passaram no concurso. (concordância 
rígida ou gramatical) 
ATENÇÃO! Com a expressão mais de um, devemos ter mais cuidado. O 
verbo só vai para o plural quando há ideia de reciprocidade ou quando a 
expressão surge repetida. 
Mais de uma máquina estava parada. 
Mais de um casal se agrediram. 
Mais de uma flor, mais de uma folha foram arrancadas. 
 
 
 
 
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8. Pronome relativo que  se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo 
concordará com o antecedente. 
Fui eu que cheguei por último. 
 
Foste tu que chegaste por último. 
 
11. (FGV/2014/TJ-RJ/Técnico de Atividade Judiciária) “Sua vantagem é tanta 
que a prefeitura da Cidade do México lançou um programa de conservação 
hídrica que substituiu 350 mil vasos por modelos mais econômicos. As 
substituições reduziram de tal forma o consumo que seria possível 
abastecer 250 mil pessoas a mais. No entanto, muitas casas no Brasil têm 
descargas embutidas na parede, que costuma ter um altíssimo nível de 
consumo. O ideal é substituí-las por outros modelos.” 
Nesse segmento do texto 2, a forma verbal sublinhada que apresenta erro 
em relação à concordância é: 
a) lançou; 
b) substituiu; 
c) abastecer; 
d) têm; 
e) costuma. 
Comentário – O verbo “lançou” concorda com “prefeitura” (núcleo do sujeito). 
O verbo “substituiu” concorda com o antecedente do pronome relativo “que”: 
“um programa de conservação hídrica”. O verbo “abastecer” é sujeito do verbo 
“seria” e não deve ser flexionado no plural. O verbo “têm” está no plural (com 
o acento) para concordar com “casas” (núcleo do sujeito). Já o verbo 
“costuma” deve ser flexionado no plural para concordar com “descargas”, 
vocábulo oque é retomado pelo pronome relativo “que”. 
Resposta – E 
 
 
 
 
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9. Pronome relativo quem  o verbo concordará com o antecedente ou 
ficará na terceira pessoa do singular. 
Fui eu quem cheguei por último. 
 
Fui eu quem chegou por último. 
 
10.Um dos que  o verbo ficará na terceira pessoa do singular, 
concordando com um, ou na terceira pessoa do plural, concordando 
com os (dos = de + os). 
Você é um dos que fala/falam menos. 
O Amazonas é um dos rios que corta/cortam a floresta equatorial. 
ATENÇÃO! Quando houver ideia de exclusão necessária, o verbo ficará no 
singular. 
É uma das tragédias de Racine que se apresentará hoje no teatro. 
Ela é uma das candidatas que preencherá a vaga. 
11. Pronome indefinido, interrogativo ou demonstrativo + de (dentre) nós, 
vós ou vocês  o verbo concorda com o pronome (sujeito); mas, se 
este estiver no plural, o verbo poderá concordar com o pronome 
pessoal. 
Algum dentre vós sairá antes? 
 
Quais de nós sairão (sairemos) antes? 
 
Falo com aqueles dentre vós que trabalham (trabalhais). 
 
12. Cada um  o verbo ficará no singular. 
Cada um de nós estudará para o concurso. 
Cada um de vocês passará. 
 
 
 
 
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13. Pronome de tratamento  o verbo concordará sempre na terceira 
pessoa do singular ou do plural. 
Vossa Excelência é muito digno. 
Vossas Senhorias são muito exigentes. 
 
14. Fração  rigorosamente, o verbo concorda com o numerador; havendo 
parte inteira, o verbo concordará com ela. 
Um terço dos alunos foi embora. 
Dois inteiros e um quarto dos alunos passaram. 
ATENÇÃO! É possível ainda usar o verbo no plural quando o número 
fracionário vier seguido de substantivo no plural. Essa posição é sustentada, 
por exemplo, pelo mestre Cegalla (Novíssima gramática da Língua Portuguesa, 
48ª edição, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 2008, página 470) 
 “Um quinto dos homens eram de cor escura.” 
Recomendo que você observe atentamente todas as opções 
apresentadas pelo examinador. 
 
15. Porcentagem  o verbo concorda, a rigor, com o numeral. 
Um por cento dos alunos recusou-se a colaborar. 
Vinte e cinco por cento dos candidatos faltaram. 
Apenas 1,78% votou nesse candidato. (a concordância é com a 
parte inteira) 
ATENÇÃO! Bechara (Moderna gramática portuguesa – 37ª edição revista, 
ampliada e atualizada conforme o novo Acordo Ortográfico – Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira – 2009 – página 566) nos ensina que “Nas linguagens 
modernas em que entram expressões numéricas de porcentagem, a tendência 
é fazer concordar o verbo com o termo preposicionado que especifica a 
referência numérica”. 
 “Trinta por cento do Brasil assistiu à transmissão dos jogos da Copa.” 
 
 
 
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 Trinta por cento dos brasileiros assistiram aos jogos da Copa.” 
Aqui também recomendo que você observe atentamente todas as 
opções apresentadas pelo examinador, que pode considerar corretas as duas 
possibilidades de concordância. 
 
12. (FGV/CODESP/AUXILIAR OPERACIONAL PORTUÁRIO/2010) 
(...) Se essas restrições entrarem em vigor mundo afora, por volta de 
20% das vendas externas brasileiras na configuração de hoje em termos 
de destinos, volumes e preços seriam afetadas.(...) 
Assinale a alternativa em que a alteração do sublinhado no trecho acima 
NÃO tenha sido feita em respeito às normas gramaticais 
(A) por volta de 12% das vendas seriam afetados 
(B) por volta de 1,2% das vendas seria afetado 
(C) por volta de 0,2% das vendas seriam afetadas 
(D) por volta de 1,9% das vendas seriam afetados 
(E) por volta de 0,99% das vendas seria afetado 
Comentário – A FGV considera correta a possibilidade de concordância com o 
numeral ou com a locução especificativa. 
Alternativa A: certa. A concordância foi feita com o numeral, 
que está no gênero masculino (doze) e indica plural. 
Alternativa B: certa. A concordância foi feita com o numeral, 
cuja parte inteira (um) define a flexão de gênero e número. 
Alternativa C: certa. A concordância agora é com vendas, 
núcleo da expressão que especifica o numeral. 
Alternativa D: errada. Optando-se pela concordância com o 
numeral (1,9%), a forma correta é seria afetado, por causa da parte inteira. 
Querendo-se concordar com o núcleo vendas, a flexão correta é seriam 
afetadas. 
 
 
 
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Alternativa E: certa. A concordância foi estabelecida com a 
parte inteira (zero), que transmite a ideia de masculino singular. 
Resposta – D 
 
13. (FGV/SSP-RJ/INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL/2008) “Estima-se que possam 
ser expulsos da Europa 8 milhões de estrangeiros...” 
Assinale a alternativa em que se tenha mantido a concordância adequada 
à norma culta ao se reescrever o trecho acima. 
(A) Estima-se que possa ser expulso da Europa dez por cento dos 
estrangeiros... 
(B) Estima-se que possam ser expulsos da Europa milhares de pessoas... 
(C) Estima-se que possam ser expulsos da Europa 1 milhão do grupo... 
(D) Estima-se que possa ser expulso da Europa três quartos dos 
estrangeiros... 
(E) Estima-se que possam ser expulsos da Europa 1,98% do grupo... 
Comentário – Em todas as alternativas o verbo “Estima-se” (voz passiva 
sintética) está corretamente no singular porque o sujeito dele apresentou-se 
sob a forma de oração (subordinada substantiva subjetiva). 
Alternativa A: a expressão “dez por cento dos estrangeiros” 
não permite que os verbo fiquem no singular, pois a numeral “dez” e o 
substantivo “estrangeiros” transmitem a ideia de plural. Eis a correção: ... 
possam ser expulsos... 
Alternativa B: está correta e merece sua total atenção. Milhão, 
bilhão e milhar são substantivos masculinos, por isso devem concordar no 
masculino os artigos, numerais e pronomes que os precedem: 
Os dois milhões de pessoas; uns três milhões de árvores, 
aqueles bilhões de criaturas. 
Já o verbo no particípio e o adjetivo podem concordar no 
masculino ou no feminino com o substantivo feminino: 
 
 
 
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Dois milhões de sacas de soja estão ali armazenados (ou 
armazenadas). Os outros cinco milhões de moedas serão 
cunhados (ou cunhadas). 
Portanto estaria igualmente correta a construção: 
Estima-se que possam ser expulsas da Europa milhares de 
pessoas... 
Alternativa C: errada. Com milhão, bilhão e trilhão (no 
singular), há possibilidade de plural se esses substantivos numéricos 
estiverem seguidos de substantivo no plural: 
Um milhão de fiéis agruparam-se em procissão. 
Alternativa D: errada: Na expressão “três quartos dos 
estrangeiros” o numerador indica plural e o substantivo “estrangeiros 
também”. Por isso a concordância adequada é: possam ser expulsos. 
Alternativa E: errada. Agora a indicação é somente de 
singular, quer seja a parte inteira (“1”) do numeral percentual, quer seja o 
substantivo especificativo dele (“grupo”). Por isso a concordância correta é: 
possa ser expulso. 
Resposta – B 
 
14. (FGV/CAERN/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010) Hoje, apenas 16% dos 
192 milhões de brasileiros vivem na zona rural, de acordo com o IBGE. 
Com base no conhecimento das regras de concordância, assinale a 
alternativa em que se manteve correção gramatical ao se alterar a 
estrutura acima. 
(A) Hoje, apenas 0,99% vivem na zona rural 
(B) Hoje, apenas 1,6 milhão vivem na zona rural 
(C) Hoje, apenas um quarto vivem na zona rural. 
(D) Hoje, apenas 1,6% vive na zona rural 
(E) Hoje, apenas dois terços vive na zona rural 
 
 
 
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Comentário – Alternativa A: errada. A concordância verbal deve ser feita com 
a parte inteira do numeral (zero), que indica singular. 
Alternativa B: errada. A concordância verbal deve ser feita 
com a parte inteira do numeral (um), que indica singular. 
Alternativa C: errada. A concordância verbal deve ser feita 
com o numerador da fração (um), que indica singular. 
Alternativa D: certa. É a confirmação da regra. 
Alternativa E: errada. A concordância verbal deve ser feita 
com o numerador da fração (dois), que indica plural. 
Resposta – D 
 
15. (FGV/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2011) Desse valor, R$ 265 milhões 
são oriundos do Orçamento da União... (L.3-4) 
Assinale a alternativa em que se tenha mantido correção gramatical ao se 
alterar o trecho acima. 
(A) Desse valor, R$ 1,9 milhões são oriundos do Orçamento da União... 
(B) Desse valor, R$ 0,25 milhões são oriundos do Orçamento da União... 
(C) Desse valor, R$ 1,3 milhões é oriundo do Orçamento da União... 
(D) Desse valor, R$ 0,98 milhão são oriundos do Orçamento da União... 
(E) Desse valor, R$ 1,25 milhão é oriundo do Orçamento da União... 
Comentário – Milhão concorda com a parte inteira do numeral, portanto 
estão erradas as opções A, B e C. O verbo ser também deve concordar com a 
parte inteira do numeral, portanto a dúvida está desfeita: a letra D também 
está incorreta. 
Resposta – E 
 
16. (FGV/2014/AL-BA/Auditor) “Entre 80% e 90% da nossa energia vêm de 
fontes renováveis”. Nessa frase a concordância verbal é feita no plural, 
por fazer concordar o verbo (vêm) com o número da porcentagem. 
 
 
 
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sujeito composto aposto resumitivo 
aposto 
resumitivo 
sujeito composto 
Assinale a opção que indica a frase em que a concordância está incorreta. 
a) 1% dos brasileiros não acredita no governo. 
b) 5% da população tem medo do apagão. 
c) 12% dos cariocas apreciam futebol. 
d) 1,7% do povo aceitam a Copa do Mundo no Brasil. 
e) 32% do consumo se dirige a supérfluos. 
Comentário – Não dá mais para errar este tipo de questão. A banca aceita a 
concordância tanto com o numeral quanto com a locução especificativa. 
Portanto estão igualmente corretas as alternativas A, B, C e E. Mas a letra D 
está errada. A parte inteira do numeral é “1”, o que obriga o verbo a ficar no 
singular. A palavra “povo” também está no singular, o que impede que o verbo 
se flexione no plural. 
Resposta – D 
 
16. Substantivos sinônimos (ou quase sinônimos) e substantivos em 
gradação  o verbo concorda gramaticalmente com todos os núcleos 
ou atrativamente com o mais próximo. 
 
Medo e temor me assusta/assustam. 
 
Uma palavra, um movimento, um simples gesto 
causava/causavam-lhe medo. 
 
17. Aposto resumitivo  se o sujeito composto for resumido por um aposto 
(pronome indefinido), o verbo concordará com o aposto. 
Alunos, professores, diretores, ninguém chegava a um acordo. 
 
Pelé, Garrincha, Didi, todos foram campeões mundiais. 
 
18. Infinitivos antônimos ou determinados  verbo no plural. 
 
 
 
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Discordar e apoiar são próprios da democracia. 
O andar e o nadar fazem bem à saúde. 
ATENÇÃO! Se os infinitivos não forem antônimos ou não estiverem 
determinados, o verbo ficará no singular. 
 Andar e nadar faz bem a saúde. 
 Sujar a roupa de giz e passar a noite corrigindo prova nunca 
 desanimou os professores. 
 
17. (FGV/2015/TJ-SC/Odontólogo) A única frase que NÃO apresenta desvio 
em relação à concordância verbal recomendada pela norma culta é: 
a) A lista de assinantes da revista, uma vez autenticada pela direção, 
mostram profissões as mais estranhas possíveis. 
b) Nenhum dos terroristas que vinham atacando alvos na Europa nos últimos 
meses apresentaram-se à Polícia. 
c) Segundo a TAM, o voo teve seu atraso justificado, mas quem voaria para 
outros países foi transferido para outras companhias. 
d) Os cães aprendem a andar com as próteses, equipamento que os ajuda a 
se deslocar de um lugar para outro. 
e) Mas foram nos jogos da Copa do Mundo que a maioria dos jogadores 
conquistaram a fama que hoje justifica seus altos salários. 
Comentário – Alternativa A: errada. O verbo mostrar deve concordar com 
“lista”, que é o núcleo do sujeito: A lista de assinantes... mostra... 
Alternativa B: errada. Quando o núcleo do sujeito for um 
pronome indefinido, interrogativo ou demonstrativo no singular, o verbo da 
oração principal deve ser flexionado também no singular: Nenhum dos 
terroristas que vinha... apresentou-se... Não confunda este caso com outro 
semelhante, em que tais pronomes se encontram no plural: Quais de nós 
encontrarão/encontraremos a solução do problema? Observe que o verbo 
agora tem duas possibilidades de concordância. 
 
 
 
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Alternativa C: certa. O pronome “quem” funciona como núcleo 
do sujeito e leva o verbo a flexionar-se na terceira pessoa do singular. 
Alternativa D: errada. Esta é perigosíssima e exige um 
comentário mais exaustivo. Vejamos: 
(1) A decisão do governo obrigou os empresários a 
investir em outras áreas. 
(2) A decisão do governo obrigou os empresários a se 
esforçarem mais. 
Nos dois exemplos acima, temos a construção “obrigar 
(alguém ou algo) a verbo no infinitivo”, em que o infinitivo apresenta uma 
ação atribuída ao objeto direto do verbo obrigar. É comum achar quem 
flexione o infinitivo para fazê-lo concordar com esse objeto direto (“obrigou os 
empresários a investirem”), admitindo-o como sujeito do infinitivo. 
Embora algumas interpretações sejam possíveis, o mais usual 
é que esse infinitivo permaneça invariável, como um complemento do verbo 
“obrigar” (ou entendido como o segundo verbo de uma locução). Por isso o 
primeiro exemplo. 
Entretanto, se o infinitivo surge acompanhado de 
pronome (sendo de fato um verbo pronominal, como “arrepender-se” e 
“suicidar-se”, por exemplo, ou indicando ação reflexiva ou recíproca, como 
“cumprimentar-se” ou “olhar-se”), a flexão é inevitável. Por isso o segundo 
exemplo. Este é o caso da alternativa D. Veja a correção dela: ...equipamento 
que os [= os cães] ajuda a se deslocarem... 
Alternativa E: errada. O problema está logo no início. O certo 
é “Mais foi”. Muita gente olhou apenas para “a maioria dos jogadores 
conquistaram”. Trata-se de uma expressão partitiva, em que que o verbo pode 
flexionar-se tanto no singular quanto no plural. 
Resposta – C 
 
19. Um e outro  verbo no singular ou no plural. 
Um e outro jogador foi/foram expulsos. 
 
 
 
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ATENÇÃO! Havendo ideia de reciprocidade com a expressão um e outro, o 
plural é obrigatório. 
 Um e outro insultaram-se. 
20. Um ou outro; nem um nem outro  a corrente majoritária indica o 
singular; todavia esses casos suscitam divergências entre consagrados 
autores: 
Um ou outro jogador fez gols. 
Nem um nem outro garoto brigou na rua. 
a) Cunha e Cintra: “As expressões um ou outro e nem um nem 
outro, empregadas como pronome substantivo ou como pronome adjetivo, 
exigem normalmente o verbo no singular: Nem um nem outro havia idealizado 
previamente este encontro.” Prosseguem os mestres: “Não é rara, porém, a 
construção com o verbo no plural quando as expressões se empregam como 
pronome substantivo: Nem um nem outro desejavam questionar.” (Novagramática do português contemporâneo, 5ª edição, Rio de Janeiro: Lexikon, 
2008, página 527); 
b) Pasquale e Ulisses: “Com as expressões um ou outro e nem 
um nem outro, a concordância costuma ser feita no singular, embora o plural 
também seja praticado. (...) Não há uniformidade no tratamento dado a essas 
expressões por gramáticos e escritores.” (Gramática da língua portuguesa, São 
Paulo: Scipione, 1998, página 486); 
c) Bechara: “Com nem um nem outro é de rigor o singular para o 
substantivo e verbo: Nem um nem outro livro merece ser lido.” (Moderna 
gramática portuguesa, 37ª edição revista, ampliada e atualizada conforme o 
novo Acordo Ortográfico, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009, página 548); 
d) Cegalla: “O sujeito sendo uma dessas expressões [um e outro e 
nem um nem outro], o verbo concorda, de preferência, no plural. Exemplos: 
Nem uma nem outra foto prestavam [ou prestava]” (Novíssima gramática da 
 
 
 
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língua portuguesa, 48a. edição revista, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 
2008, páginas 556 e 557). 
ATENÇÃO! Recomendo que você mantenha certa flexibilidade ao encarar 
questões desse tipo. 
21. Sujeitos ligados por ou ou nem  o verbo ficará, normalmente, no 
plural; mas, se houver ideia de exclusão obrigatória ou sinonímia, o verbo 
ficará no singular. 
Nem Paulo, nem Ana reclamaram do salário. 
Pedro ou Paulo sairão mais cedo. 
José ou Pedro casará com ela. (apesar de tudo, uma pessoa só 
pode casar com outra, e não com outras ao mesmo tempo – risos) 
Fulano ou Beltrano será o goleiro titular. (somente um goleiro pode 
ser titular em um jogo; o outro é o reserva) 
“A Línguística ou Glotologia é a ciência que estuda a evolução da 
linguagem humana.” 
 
ATENÇÃO! Se houver ideia de retificação, o verbo concordará com o mais 
próximo. 
 O ladrão ou os ladrões, não sei ao certo, assaltaram o banco. 
 Os ladrões ou o ladrão, não sei ao certo, assaltou o banco. 
 
22. Sujeitos ligados por com  o verbo fica no plural, dando ênfase a todos 
os sujeitos. 
O professor com o aluno montaram o equipamento. 
ATENÇÃO! Na oração “O professor, com o aluno, montou o equipamento”, a 
expressão “com o aluno” é, na verdade, adjunto adverbial de companhia; por 
isso o verbo fica no singular. 
 
 
 
 
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23. Haja vista  essa expressão, no singular, está sempre certa; porém 
pode variar se o seu referente estiver no plural: 
Haja vista o caso. 
Haja(m) vista os casos. 
Haja vista dos (aos) casos. (aqui, a preposição impede que a 
expressão varie) 
 
24. Títulos de obras e nomes próprios de lugar  a concordância é feita 
levando-se em conta a presença ou a ausência de artigo. 
Os Lusíadas pertencem a Camões. 
Os Estados Unidos perderam muitos troféus. 
Minas gerais ganhou todas as competições. 
ATENÇÃO! Quando o sujeito for título de obra, o verbo poderá concordar com 
o sujeito ou com o predicativo. 
Os Lusíadas são/é a obra máxima de Camões. 
 
 
25. Concordância do verbo ser  em muitas situações, esse verbo deixa de 
concordar com o sujeito para concordar com o predicativo; em outras, 
pode concordar com um ou com outro, de acordo com o termo que se 
quer enfatizar: 
a) O termo que indica pessoa tem precedência sobre coisa/objeto. 
Maria era as esperanças de todos. 
O mundo são os homens. 
 
b) O pronome pessoal tem precedência sobre o nome. 
Os culpados éramos nós. 
“O Estado sou eu”. 
 
 
 
 
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c) O pronome pessoal ou nome têm precedência sobre qualquer outro 
pronome. 
Quem és tu? 
Tudo são flores. 
 
ATENÇÃO! No segundo caso, quando o sujeito é representado pelos pronomes 
tudo, nada, isto, isso, aquilo, considera-se possível também a concordância 
com o pronome. 
Tudo é flores. 
 
d) O plural tem precedência sobre o singular. 
A casa eram umas folhas. 
A sua paixão eram filmes de terror. 
ATENÇÃO! Modernamente, já se aceita a concordância com o sujeito, quando 
este é representado por coisa/objeto. 
A casa era umas folhas. 
Aquele amor é cacos de um passado. 
e) O verbo SER mantém-se na terceira pessoa do singular nas expressões 
que indicam preço, valor, medida, peso. 
Dois quilos é pouco. 
Vinte mil cruzeiros é demais. 
Três metros é mais do que preciso. 
 
f) Nas indicações de distância, tempo (horas, data...), o verbo SER 
concordará com a expressão designativa de distância e tempo. 
Da Tijuca à Barra são oito quilômetros. 
Era uma hora e cinquenta e nove segundos. 
Hoje são 21 de maio. 
 
 
 
 
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18. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO – TRADUÇÃO E 
INTERPRETAÇÃO/2008) “Foram 20 meses de muito poder...” 
Assinale a alternativa em que, alterando-se a forma grifada acima, não se 
manteve adequação à norma culta. 
(A) Há 20 meses de muito poder... 
(B) Fazem 20 meses de muito poder... 
(C) Havia 20 meses de muito poder... 
(D) São 20 meses de muito poder... 
(E) Completam 20 meses de muito poder... 
Comentário – Os verbos haver e fazer (alternativas A e C) são impessoais nas 
indicações de tempo e ficam, invariavelmente, na terceira pessoa do singular. 
O verbo fazer (alternativa B) também deve seguir a mesma orientação; como 
isso não aconteceu, feriu-se a norma gramatical. O verbo ser (alternativa D), 
embora impessoal, concordou com a expressão “20 meses”. O verbo completar 
é pessoal, por isso deve se flexionar. 
Resposta – B 
 
19. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO – SUPERVISOR DE 
PROGRAMAÇÃO DE TV/2008) “No próximo ano, completam-se 20 anos da 
queda do Muro de Berlim...” 
Assinale a alternativa em que, alterando-se o trecho acima, não se 
manteve a adequação à norma culta. 
(A) No próximo ano, faz 20 anos da queda do Muro de Berlim... 
(B) No próximo ano, comemoram-se 20 anos da queda do Muro de Berlim... 
(C) No próximo ano, serão 20 anos da queda do Muro de Berlim... 
(D) No próximo ano, completar-se-ão 20 anos da queda do Muro de Berlim... 
(E) No próximo ano, farão 20 anos da queda do Muro de Berlim... 
Comentário – O que achou desta questão? Muito parecida com a anterior, não 
é mesmo? Pois então vamos direto ao erro. Em “farão 20 anos” (alternativa E), 
 
 
 
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o verbo fazer é impessoal por estar indicando tempo decorrido e deve se 
manter na terceira pessoa do singular, como na letra A. 
Resposta – E 
 
26. Concordância com a expressão é que  leia o que os ilustres gramáticos 
Cunha e Cintra têm a nos dizer a esse respeito: 
“A locução é que é invariável e vem sempre colocada entre o 
sujeito da oração e o verbo a que ele se refere. Assim: ‘José é 
que trabalhou, mas os irmãos é que se aproveitaram do seu 
esforço.’” 
Mas todo cuidado é pouco! Continue a ler as lições de Cunha e Cintra: 
“[A expressão ‘é que’] é uma construção fixa, que não deve 
ser confundida com outra semelhante, mas móvel, em que o 
verbo ser antecede o sujeito e passa, naturalmente, a 
concordar com ele e a harmonizar-se com o tempo dos outros 
verbos. 
Compare-se, por exemplo, ao anterior o seguinte exemplo: 
‘José é que trabalhou, mas foram os irmãos que se 
aproveitaram do seu esforço.’ 
Ou este: 
‘Foi José que trabalhou, mas os irmãos é quese aproveitaram 
do seu esforço.’.” 
 
27. O verbo PARECER pode relacionar-se de duas maneiras distintas com o 
infinitivo: 
Os dias parecem voar.  a forma verbal parecem é verbo auxiliar 
de voar; Os dias é o sujeito da oração. 
Os dias parece voarem.  aqui houve uma inversão da ordem dos 
termos: Parece voarem os dias. Neste caso, o verbo parece é o 
verbo da oração principal, cujo sujeito é a oração subordinada 
 
 
 
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substantiva subjetiva reduzida de infinitivo voarem os dias. Se 
desenvolvermos essa oração, teremos: Parece que os dias 
voam. 
 
ATENÇÃO! Quando a construção for feita no singular, as duas análises são 
possíveis. 
 O dia parece voar.  não sabemos se aqui o verbo parece é 
auxiliar do verbo voar, ficando no singular por concordar com o sujeito O dia, 
ou se a ordem está invertida: Parece o dia voar, sendo a oração o dia voar 
sujeito do verbo Parece. 
 
Para finalizar a parte de concordância verbal, tratemos da 
concordância com verbo no infinitivo. A flexão do infinitivo para concordar com 
o sujeito da oração é assunto que gera muitas discussões entre estudantes, 
sejam eles professores ou alunos. Em geral podemos seguir as orientações 
abaixo. 
I. Flexiona-se o infinitivo quando há sujeito claro, explícito na 
mesma oração em que surge o verbo no infinitivo. 
Não é necessário [vocês chegarem cedo]. 
 
II. Mesmo não estando explícito o sujeito, pode-se flexionar o 
infinitivo para evitar ambiguidade. 
Está na hora [de começar o trabalho]. (Quem: eu, você?) 
Está na hora [de começarmos o trabalho]. (nós) 
 
III. Quando o sujeito do infinitivo for diferente do sujeito da 
oração anterior, também ocorrerá a flexão. 
[Vejo] [estarem atrasados novamente]. (...vocês estarem....) 
 
IV. Sendo os sujeitos iguais, a flexão é facultativa. 
sujeito 
 
 
 
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[Reunir-nos-emos com eles] [para apresentar/apresentarmos os 
problemas da empresa]. – o sujeito comum das orações é nós. 
 
V. Atente agora para a estrutura formada por PREPOSIÇÃO A + 
INFINITIVO, pois é possível tanto a flexão como a não flexão. 
O rapaz ajudava as garotas a se superar/superarem 
 
VI. Com a voz passiva, a flexão é obrigatória. 
As tarefas a serem feitas são essas. 
 
VII. É facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não é 
representado por pronome átono e se o verbo da oração determinada pelo 
infinitivo for causativo (mandar, deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir). 
Veja um exemplo: 
[Mandei] [sair os alunos.] / [Mandei] [saírem os alunos.] 
Mandei-os sair.  a flexão agora é proibida; o sujeito do infinitivo 
é representado por um pronome oblíquo átono. 
 
VIII. Flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito é 
diferente de pronome átono e determinante de verbo não causativo nem 
sensitivo. Veja um exemplo: 
[Esperei] [saírem todos.]  certo 
Esperei sair todos.  errado 
 
Concordância Nominal 
 
A partir de agora, trataremos da concordância nominal. Não é 
fácil selecionar questões sobre esse assunto elaboradas recentemente pela 
FGV. Ao que parece, essa banca examinadora privilegia os casos de 
concordância verbal. Por isso o alcance aqui será menor. 
sujeito 
 
 
 
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Meu intuito não é derramar sobre você uma avalanche de 
informações “desnecessárias”, mas sim orientá-lo quanto aos prováveis 
questionamentos sobre concordância nominal feitos Pela FGV. 
Nesse sentido, partiremos de algumas questões para a teoria. 
Quando for conveniente, ampliarei a explicação para abranger outros casos de 
concordância nominal. 
 
20. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2008) “... mostram que um terço dos 
pagamentos realizados por intermédio de instituições financeiras foi 
tributado apenas por aquela contribuição...” 
Assinale a alternativa em que, ao se alterar o termo “um terço”, não se 
tenha mantido a concordância em conformidade com a norma culta. 
Desconsidere a possibilidade de concordância atrativa. 
(A) mostram que 0,27% dos pagamentos realizados por intermédio de 
instituições financeiras foi tributado apenas por aquela contribuição. 
(B) mostram que menos de 2% dos pagamentos realizados por intermédio de 
instituições financeiras foram tributados apenas por aquela contribuição. 
(C) mostram que grande parte dos pagamentos realizados por intermédio de 
instituições financeiras foi tributado apenas por aquela contribuição. 
(D) mostram que três quartos dos pagamentos realizados por intermédio de 
instituições financeiras foram tributados apenas por aquela contribuição. 
(E) mostram que 1,6 milhão dos pagamentos realizados por intermédio de 
instituições financeiras foi tributado apenas por aquela contribuição. 
Comentário – A questão mistura concordância verbal com concordância 
nominal. Com relação à concordância verbal, os casos surgidos aqui já são 
conhecidos por você, por isso serei breve ao comentá-los. Só um alerta: ao 
dizer para desconsiderar os casos de concordância atrativa, o examinador 
proibiu-nos de levar em conta as locuções especificativas das expressões 
partitivas, das porcentagens e dos numerais decimais. 
 
 
 
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Alternativa A: certa. “foi tributado” concorda com a parte 
inteira do numeral (zero), que indica singular e masculino, em harmonia com o 
gênero do substantivo “pagamentos”. 
Alternativa B: certa. “foram tributados” concorda com o 
numeral indicativo da porcentagem (dois), que indica plural e masculino, em 
harmonia com o gênero do substantivo “pagamentos”. 
Alternativa D: certa. “foram tributados” concorda com o 
numerador (três) da fração, que indica plural e masculino, em harmonia com o 
gênero do substantivo “pagamentos”. 
Alternativa E: certa. “foi tributado” concorda com a parte 
inteira do numeral (um), que indica singular e masculino, em harmonia com o 
gênero do substantivo “pagamentos”. 
Alternativa C: errada. Por ser uma das formas nominais do 
verbo e poder se comportar como um adjetivo, os verbos no particípio 
flexionam-se em gênero e número para concordar com o substantivo a que 
se referem. É possível os verbos no particípio surgirem acompanhados de 
outros verbos (auxiliares), formando com eles uma locução verbal. Nesses 
casos, os verbos auxiliares (ser, estar, haver, ter, ficar) flexionam-se em 
pessoa, número, tempo e modo. Exemplos: 
Fica autorizado as visitas diurnas às praias desta região. (inadequado) 
Ficam autorizadas as visitas diurnas às praias desta região. (adequado) 
– sujeito: as visitas diurnas 
– núcleo do sujeito: visitas 
– visitas: substantivo feminina plural 
Foram corrigidos o valor das moedas locais. (inadequado) 
Foi corrigido o valor das moedas locais (adequado) 
– sujeito: o valor das moedas locais 
– núcleo do sujeito: valor 
– valor: substantivo masculino singular 
 
 
 
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Sendo assim, o particípio do verbo tributar deve concordar no 
feminino com a expressão “grande parte”: foi tributada. 
Resposta – C 
 
21. (FGV/FNDE/ESPECIALISTA EM FINANCIAMENTO E EXECUÇÃO DE 
PROGRAMAS E PROJETOS EDUCACIONAIS/2007) Assinale a alternativa 
em que a alteração do trecho os quase 6 bilhões de seres humanos estejaem consonância com a norma culta. 
(A) os quase 6 milhões de pessoas 
(B) as quase 6 milhares de pessoas 
(C) os quase 6 mil pessoas 
(D) as quase 6 bilhões de pessoas 
(E) os quase 6 centenas de pessoas 
Comentário – Milhão, bilhão e milhar são substantivos masculinos, por isso 
devem concordar no masculino os artigos, numerais e pronomes que os 
precedem: 
Os dois milhões de pessoas; uns três milhões de árvores, 
aqueles bilhões de criaturas. 
Conclui-se que a letra A está certa e as letras B e D estão 
erradas. 
Alternativa C: errada. O artigo concorda com o substantivo 
“pessoas”, devendo flexionar-se no feminino plural: as. 
Alternativa E: errada. O artigo concorda com o núcleo da 
expressão (“centenas”), ficando no feminino plural: as. 
Resposta – A 
 
22. (FGV/POTIGÁS/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2006) 
 
 
 
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(...) Não encontrou acolhida a hipótese de conservar tudo como estava, 
pelo recurso de batizar de "planetas clássicos" os nove planetas 
tradicionais e fechar as portas da família aos intrusos.(...) 
No trecho acima, a palavra acolhida foi flexionada corretamente, para 
concordar com o termo a que se refere (hipótese). 
Assinale a alternativa em que a concordância não se fez segundo a norma 
culta. 
(A) A moça disse: "Obrigada." 
(B) Ele pediu emprestado dez reais. 
(C) Eles são tais qual o pai. 
(D) Eram motivos o mais interessantes possível. 
(E) Ela ficou meio atormentada com a notícia. 
Comentário – Alternativa A: certa. Mesmo, próprio, leso, incluso, obrigado, 
quite concordam com o substantivo a que se referem. 
Ele MESMO falou. 
Elas MESMAS falaram. 
Eles PRÓPRIOS falaram. 
Ela PRÓPRIA falou. 
Foi um crime de LESA-pátria. 
Ela praticou um crime de LESO-patriotismo. 
Seguem INCLUSOS os documentos. 
Segue INCLUSA a cópia. 
Muito OBRIGADO falou José. 
Muito OBRIGADA falou Maria. 
José está QUITE. 
Nós estamos QUITES. 
Alternativa B: errada. O adjetivo “emprestado” funciona como 
predicativo do objeto “dez reais”. Nessa função e antecipado, pode concordar 
gramaticalmente com todos os núcleos ou atrativamente com o mais próximo. 
 
 
 
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No nosso caso, o núcleo é um só: “reais”, que leva o adjetivo para o plural: 
emprestados. 
Alternativa C: certa. Tal qual significa exatamente igual, sem 
diferença. A primeira palavra (tal) concorda com o elemento anterior a ela; a 
segunda (qual) concorda com o elemento posterior a ela. Então as possíveis 
concordâncias são: 
Eles são tais quais os pais. 
Eles são tais qual o pai. 
Ele é tal quais os pais. 
Ele é tal qual o pai. 
Alternativa D: certa. O adjetivo possível pode ter as seguintes 
concordâncias: 
a) se estiver precedido de o/a mais, o/a menos, o/a maior, 
o/a menor, o/a melhor, o/a pior, quanto, o adjetivo ficará invariável, 
concordando com o artigo. 
Ex.: Cadernos o mais limpos POSSÍVEL. 
b) se, no entanto, os artigos estiverem no plural, o adjetivo 
ficará no plural. 
Ex.: Cadernos os menos limpos POSSÍVEIS. 
Alternativa E: certa. Meio = metade = numeral = variável. 
Ex.: Ele comeu MEIA maçã. 
MEIA classe terá que permanecer após MEIO-dia e MEIA. 
Meio = mias ou menos, parcialmente = advérbio = 
invariável. 
Ela estava MEIO doente. 
A porta estava MEIO aberta. 
Resposta –B 
 
 
 
 
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Lembre-se também de que, conforme a regra geral de 
concordância nominal, o artigo, o adjetivo, o pronome adjetivo e o numeral 
adjetivo concordam com o substantivo a que se referem em gênero e número. 
O aluno discreto não viu aquela moça com duas alianças. 
 
 
Quando o adjetivo se refere a mais de um substantivo, 
verifica-se o seguinte: 
 
1. Substantivos do mesmo gênero  o adjetivo ficará neste gênero e no 
plural; poderá, ainda, concordar com o núcleo mais próximo. 
Caderno e livro bons. (ou bom) 
Casa e cadeira lindas. (ou linda) 
 
2. Substantivos de gêneros diferentes  o adjetivo ficará no masculino e no 
plural; poderá, ainda, concordar com o núcleo mais próximo. 
Caderno e casa bons. (ou boa) 
Gravata e terno lindos. (ou lindo) 
 
3. Substantivos antepostos  adjetivo no plural ou no singular, conforme 
exemplos vistos até agora. 
 
4. Substantivos pospostos  a concordância mais notável será a atrativa. 
Tratava-se de inoportuno momento e lugar. 
Tratava-se de inoportuna ocasião e lugar. 
 
23. (FGV/POTIGÁS/ADMINISTRADOR JÚNIOR/2006) “Permanente é o país e 
suas escolhas”. 
Embora a palavra permanente se refira a país e suas escolhas, a 
concordância se fez corretamente com o mais próximo. 
Art. Adj. Pron. 
Adj. 
Num. 
Adj. 
 
 
 
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Assinale a alternativa em que tenha havido inadequação à norma culta 
da língua no que tange às regras de concordância. 
(A) As alegrias da casa era ele. 
(B) Compramos caras blusas e sapatos. 
(C) Ele pediu emprestado os livros com as anotações. 
(D) Cheguei eu e ele para a festa. 
(E) Marcamos ao meio-dia e meia. 
Resposta – C 
Comentário – Alternativa A: certa. Como explicado antes, o verbo ser deixou 
de concordar com o sujeito para concordar com o predicativo, pois o pronome 
pessoal (“ele”) tem precedência sobre o nome (“alegrias”). 
Alternativa B: certa. Caro é advérbio quando indica uma 
circunstância do processo verbal (A ignorância custa caro.). Nesse caso, fica 
invariável. Mas também pode ser adjetivo. Nesse caso, exprime um atributo do 
substantivo (A gasolina está cara!). Na frase “Compramos caras blusas e 
sapatos.”, “caros” é adjetivo e concorda atrativamente com o substantivo 
“blusas”. 
Alternativa C: errada. O adjetivo “emprestado” funciona como 
predicativo do objeto “livros com as anotações”. Nessa função e antecipado, 
pode concordar gramaticalmente com todos os núcleos ou atrativamente com 
o mais próximo. No nosso caso, o núcleo é um só: “livros”, que leva o adjetivo 
para o plural: emprestados. 
Alternativa D: certa. O verbo veio antecipado aos núcleos do 
sujeito (“eu” e “ele”), situação que lhe permite concordar com o mais próximo 
(“eu”). Isso justifica a flexão do verbo chegar na primeira pessoa do singular. 
Alternativa E: certa. Meio é advérbio quando se equivale a 
mais ou menos, parcialmente (A porta está meio aberta.). Nesse caso, refere-
se a adjetivo e é invariável. É numeral quando significa metade (Comi meia 
maçã. Meia porção é suficiente.), podendo flexionar-se em gênero e número 
para concordar com o substantivo ao qual se refere. A frase “Marcamos ao 
 
 
 
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meio-dia e meia.” é um bom exemplo: “meio-dia” é metade do dia e “meia” 
significa meia hora (=metade da hora). 
 
Em “haja vista”, o substantivo “vista” é invariável: 
Haja vista o silêncio. 
Haja(m) vista os barulhentos. 
Em “a olhos vistos”, a expressão fica invariável ou a palavra 
“vistos” concorda com o substantivo a que se refere: 
Ela cresce a olhos vistos. 
 
Ela cresce a olhos vista. 
 
Como “seguro morreu de velho”, apresento agora algumas 
expressões que merecem cuidado especial. 
1. É bom, é necessário, é preciso, é permitido, é proibido  quando o sujeito 
dessas expressões estiver determinado (por artigos, pronomes ou 
numerais adjetivos), a concordância seráfeita normalmente; se, 
entretanto, não existir determinante, a expressão ficará invariável. 
É proibida a entrada. 
É proibido entrada. 
Água é bom para a saúde. 
Esta água é boa para a saúde. 
2. Todo = totalmente  poderá flexionar-se em gênero e número para 
concordar com o (pronome) substantivo a que se refere. 
Ele vinha todo de branco. 
Elas vinham todas de branco. 
CUIDADO! Eles são todo-poderosos. 
Elas são todo-poderosas. 
 
 
 
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Essa expressão pode ter seu segundo elemento flexionado, mas não 
o primeiro!!! 
 
3. Ao tratarmos de cores, observaremos o seguinte: 
a) se a cor é representada por adjetivo, varia; 
sapato branco 
camisas amarelas 
b) se a cor é representada por substantivo, não varia 
(subentende-se a locução adjetiva cor de...); 
sapatos cinza 
camisas rosa 
c) se a cor é representada por adjetivo + adjetivo, só o último 
elemento varia; 
blusas verde-claras 
camisas azul-escuras 
d) se a cor é representada por adjetivo + substantivo, o composto 
fica invariável. 
blusas verde-limão 
 calças azul-piscina 
 
24. (FGV/PREFEITURA DE ANGRA DOS REIS/FISCAL DE TRIBUTOS/2010) 
Esses raios infravermelhos acabam absorvidos pelos gases liberados 
principalmente pelos combustíveis fósseis (metano, gás carbônico, óxido 
nitroso e outros), que deixaram de ser removidos da atmosfera por causa 
do desmatamento e da produção excessiva. 
No período acima, foi feita a concordância nominal correta com a palavra 
infravermelho. Assinale a alternativa em que NÃO se tenha obedecido às 
regras de concordância nominal. 
 
 
 
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(A) Buscou proteção contra raios ultravioleta. 
(B) Compraremos camisas cinza 
(C) Usaremos nossos uniformes azul-claros 
(D) Gostamos de carros vermelhos-sangue 
(E) Não sabemos onde foram parar as folhas rosa 
Comentário – Alternativa A: certa. A palavra ultravioleta é invariável. 
Alternativa B: certa. Está subentendida a expressão cor de, o 
que torna o substantivo invariável. 
Alternativa C: certa. Sendo o composto formado por adjetivo + 
adjetivo, somente o segundo varia. 
Alternativa D: errada. A cor agora é formada por adjetivo + 
substantivo, o que torna o composto invariável: carros vermelho-sangue. 
Alternativa E: certa. Está subentendida novamente a expressão 
cor de, o que torna invariável o substantivo rosa. 
Resposta – D 
 
25. (FCC/TRE-AM/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2010) A frase em que a concordância 
está em total conformidade com o padrão culto escrito é: 
(A) Tintas e pincéis novos estavam sendo usados pela artista novata, ainda 
que os últimos não lhes pertencessem. 
(B) Debateram sobre a utilidade de vários acessórios e concluíram que muitos 
não eram, de fato, nada acessível. 
(C) O produto derramado atingiu muitas árvores, mas não as comprometeram 
de modo irreversível. 
(D) As mais vultosas doações para o programa de emergência já haviam sido 
feitas, por isso as expectativas de que a arrecadação fosse muito mais alta 
não tinha fundamento. 
(E) São muitos os aspectos do documento que merecem detida análise do 
advogado, mas tudo indica que não haverá alterações significativas. 
 
 
 
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Comentário – Alternativa A: item errado. No segmento “ainda que os últimos 
não lhes pertencessem”, o pronome “lhes” retoma “artista novata”, no 
SINGULAR. Substitua, pois, o “lhes” por lhe. 
Alternativa B: o adjetivo “acessível” refere-se ao substantivo 
“acessórios”, no plural, e com ele deve concordar em número: acessíveis. 
Alternativa C: o sujeito da forma verbal “comprometeram” é o 
termo “O produto derramado” (= ele), cujo núcleo é o substantivo singular 
“produto”. Isso deve fazer com que o verbo seja flexionado na terceira pessoa 
do singular: comprometeu. 
Alternativa D: o que não tinha fundamento? “As expectativas”. 
Logo, o verbo deve também ser flexionado no plural: tinham. 
Resposta – E 
 
26. (FCC/TRE-AM/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2010) A concordância verbal e 
nominal está inteiramente correta na frase: 
(A) Os caboclos da região, que vivem na floresta e dela retiram seu sustento, 
sabem que é importante res- peitar todas as formas de vida que nela se 
encontram. 
(B) Existe, na mitologia de vários povos, duendes com diversos poderes 
mágicos que encarna, sobretudo, o espírito da floresta. 
(C) É sempre relatado às crianças indígenas os feitos valorosos de ilustres 
guerreiros, como forma de manter as tradições da tribo. 
(D) O repositório de lendas brasileiras de origem indígena variam muito, mas 
mostram, particularmente, uma explicação para os fenômenos da 
natureza. 
(E) Quando se tratam de questões de sobrevivência na mata fechada, é 
necessário a presença de guias habituados às dificuldades da região. 
Comentário – Alternativa B: item errado. O verbo existir é pessoal, possui 
sujeito com o qual deve concordar: “Existem [...] duendes...”. Além disso, o 
sujeito sintático do verbo encarnar é o pronome relativo “que”, o qual obriga o 
verbo a concordar com o sujeito semântico: “...que [= duendes] encarnam...”. 
 
 
 
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Alternativa C: item errado. Já se perguntou o que é sempre 
relatado às crianças? A resposta é o sujeito do verbo: “os FEITOS valorosos 
de ilustres guerreiros”. O núcleo no plural leva o verbo ser a se flexionar no 
plural: SÃO. O particípio deve concordar em gênero e número com o 
substantivo ao qual se refere: RELATADOS. 
Alternativa D: item errado. Eis a correção: “O REPOSITÓRIO 
de lendas brasileiras de origem indígena VARIA muito, mas MOSTRA, 
particularmente, uma explicação para os fenômenos da natureza. 
Alternativa E: item errado. O verbo tratar-se é transitivo 
indireto. Com o pronome “se” (VTI + SE) ele forma estrutura de voz ativa com 
sujeito indeterminado. O verbo deve, pois, ficar na terceira pessoa do singular: 
“Quando se trata...”. O termo que lhe segue é seu objeto indireto, com o qual 
não deve haver concordância. Além disso, há um problema de concordância 
nominal no trecho “...é necessário a presença...”. O fato de o sujeito estar 
determinado pelo artigo feminino “a” faz com que o adjetivo se flexione no 
mesmo gênero: ...é necessária a presença... 
Resposta – A 
 
27. (FCC/TRT 7ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2009) A concordância verbal 
e nominal está inteiramente correta na frase: 
Alguns países optam por importar alimentos como forma de economizar 
água, que vem neles embutidos, já que a agricultura é que demandam 
enormes quantidades desse líquido. 
Comentário – O quem vem embutido neles (nos alimentos)? Água. Portanto a 
concordância correta é “que vem neles embutida”. Eis o outro erro: “...a 
AGRICULTURA é que DEMANDAM...”. O verbo deve ser flexionado na 
terceira pessoa do singular: demanda. 
Resposta – Item errado. 
 
 
 
 
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28. (FCC/TJ-AP/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/2011) As 
normas de concordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas 
na frase: 
(A) É inegável a influência de certos programas de televisão, especialmente 
no Brasil, mas parece necessário que se utilize esses recursos como forma 
de transmissão de teor educativo aos espectadores. 
(B) Aos meiosde comunicação, principalmente no que se refere à televisão, o 
que importa são os índices de audiência medidos por pesquisas de opinião 
pública, que se traduzem em lucrativos investimentos de anunciantes. 
(C) Como veículo de alcance público que é, a televisão oferece meios de 
atingir enorme contingente da população, ainda que lhes transmitam 
conteúdos nem sempre marcados pelo bom gosto ou pela formação de 
valores. 
(D) As notícias, por vezes transmitidas sob determinado ponto de vista, 
assume proporções inesperadas, pois passa a ser tomada como verdade 
absoluta, sem maior preocupação com a fidedignidade aos fatos ocorridos. 
(E) A preservação de valores constitucionais devem prevalecer em toda forma 
de transmissão de informações, sejam por meio de noticiários e 
comentários por especialistas, sejam em programas voltados para o lazer 
dos espectadores. 
Comentário – Alternativa A: errada. Fique de olho no segmento “que se 
utilize esses recursos”. Nele, tem-se VTD + SE, ou seja, voz passiva 
pronominal. O verbo, portanto, deve concordar no plural com o sujeito “esses 
recursos”: ...que se utilizem esses recursos... 
Alternativa C: os erros encontram-se no segmento “ainda que 
lhes transmitam conteúdos”. O pronome oblíquo retoma “enorme contingente 
da população”, o que o faz ser usado no singular. O sujeito do verbo transmitir 
tem como referência o termo “televisão”, o que o faz flexionar-se na terceira 
pessoa do singular. Veja a correção: ...ainda que lhe transmita 
conteúdos... 
 
 
 
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Alternativa D: o primeiro problema está na falta de 
concordância entre o sujeito “As notícias” e o verbo “assume”, percebeu? O 
outro, que também tem a ver com o mesmo sujeito, atinge a voz passiva 
“passa a ser tomada”, no singular. Eis a correção: As notícias... assumem..., 
pois passam a ser tomadas... Observe o comportamento do particípio, que 
deve concordar em gênero e número com o substantivo “notícias”. 
Alternativa E: o primeiro erro é mais fácil de ser notado: “A 
preservação... devem...”. Notou a desarmonia entre sujeito e verbo? O 
segundo é mais sutil, pelo menos para alguns. No papel de conjunção 
alternativa (o que pode acontecer devido ao processo de formação de palavras 
conhecido como derivação imprópria), a forma “sejam..., sejam” deve ser 
mantida no singular. Vejamos a correção: A preservação de valores 
constitucionais deve..., seja por meio de noticiários..., seja em 
programas... 
Resposta – B 
 
Depois de apresentar todos esses casos a você, quero ressaltar 
agora a concordância ideológica, também conhecida como siléptica. Silpese 
é uma figura de linguagem em que as regras tradicionais da concordância 
sintática são contrariadas, usando-se em seu lugar a concordância de acordo 
com o sentido. Veja os seguintes exemplos: 
a) Vossa Excelência está enganado. A rigor, o particípio deveria 
ser flexionado no gênero feminino. Porém o enunciador tem em mente que a 
referida pessoa é do sexo masculino. Portanto a concordância é feita com esse 
critério. Isso é o que chamamos de silepse de gênero. 
b) A maioria dos deputados votaram contra a proposta 
orçamentária. De acordo com a concordância rígida ou gramatical, o verbo 
deveria ser flexionado no singular para concordar com o núcleo do sujeito 
(“maioria”). Porém o enunciador estabeleceu a concordância com a ideia de 
plural sugerida pela expressão. Isso é o que chamamos de silepse de 
número. 
 
 
 
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c) Os três ali presentes a amávamos. Observe agora que tanto 
o sujeito quanto o verbo estão flexionados no plural, mas em pessoas 
gramaticais diferentes. O sujeito corresponde à terceira pessoa (eles); o verbo, 
à primeira (nós). Por quê? Porque o enunciador tem em mente a sua inclusão 
no grupo. Isso é o que chamamos de silepse de pessoa. 
 
29. (FGV/TJ-RJ/Analista Judiciário/2014) Na frase “Todos queremos viver em 
liberdade”, o exemplo de concordância verbal em “Todos queremos” se 
repete na seguinte frase: 
a) Não são criativos todos os brasileiros; 
b) Os candidatos estamos preocupados com a prova; 
c) V. Exa. parece entristecido; 
d) Todos nós desejamos a liberdade; 
e) A gente não deseja mais viver. 
Comentário – Na frase do enunciado, ocorreu a concordância conhecida como 
silepse de pessoa. Repare que o sujeito representa a terceira pessoa do 
plural e o verbo está flexionado na primeira pessoa do plural. 
Caso semelhante ocorre na segunda alternativa. O termo “Os 
candidatos” representa a terceira pessoa do plural e o verbo “estamos” 
corresponde à primeira pessoa do plural, pois o enunciador se incluiu no grupo. 
Na letra C, a silepse é de gênero. Na letra D, o verbo concorda 
com o pronome “nós”. Esses são os dois casos que merecem sua atenção. Os 
demais são mais simples. 
Resposta – B 
 
Texto 2. “Num posto de atendimento público, alguém espera na fila. Antes do 
horário regulamentar para o término do expediente, verifica-se que o guichê 
está sendo fechado e o atendimento do público, suspenso. Correndo para o 
responsável, essa pessoa ouve uma resposta insatisfatória, e fica sabendo que 
o expediente terminaria mais cedo por ordem do chefe. Manda chamar o chefe 
 
 
 
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e, identificando-se como presidente do órgão em pauta, despede todo o 
grupo”. 
(DaMatta, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990) 
30. (FGV/2014/SSP-AM/Assistente Operacional) Os termos de um texto 
podem manter entre si relações de concordância nominal ou verbal; os 
termos abaixo que NÃO estabelecem entre si qualquer relação de 
concordância são: 
a) resposta insatisfatória; 
b) atendimento público; 
c) alguém espera; 
d) horário regulamentar; 
e) mais cedo. 
Comentário – Somente na última alternativa é que não existe relação de 
concordância, pois trata-se de dois advérbio (intensidade e tempo, 
respectivamente). Existe concordância, por exemplo, entre sujeito e verbo, 
substantivo e adjetivo etc. Mas não há concordância entre advérbios. 
Resposta – E 
 
Agora você deve resolver sozinho o simulado a seguir. Não faça 
nenhum tipo de consulta. 
 
 
 
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Lista das Questões Comentadas 
1. 
 
A tirinha de Jean Galvão faz referência a um assunto muito recorrente nas 
aulas de Português. A respeito da identificação e classificação do sujeito, 
conforme prescreve a norma gramatical, é INCORRETO afirmar que 
a) no 1.º quadrinho, o “se” empregado nos três períodos escritos na lousa 
(“Precisa-se de empregados”, “Assiste-se a bons filmes” e “Vende-se 
casas”) exemplifica a ocorrência de índice de indeterminação do sujeito 
nos dois primeiros e partícula apassivadora no último. 
b) o período “Vende-se casas”, no 1.º quadrinho, está riscado porque contém 
um erro de concordância verbal: o verbo transitivo direto “vender” deveria 
ser flexionado no plural para concordar com o sujeito paciente “casas”. 
c) nas três ocorrências, presentes nos períodos escritos na lousa, o “se” 
exerce a função sintática de índice de indeterminação do sujeito, e, para 
estabelecerem a concordância verbal de acordo com a norma culta, os 
verbos devem permanecer no singular. 
d) no contexto da tira, o adjetivo “indeterminado” pode ser associado a um 
sentido genérico, não ao critério gramatical, porque apenas

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